CLIPPING DEPUTADOS - Alesc
CLIPPING DEPUTADOS - Alesc
CLIPPING DEPUTADOS - Alesc
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Acordo distante<br />
<strong>CLIPPING</strong> <strong>DEPUTADOS</strong><br />
11/07/2011<br />
Moacir Pereira<br />
A Assembleia Legislativa entra em recesso nesta quinta-feira. Se até quarta não houver<br />
um entendimento entre o governo e os professores sobre o projeto de lei complementar<br />
que trata do piso salarial, a matéria fica para agosto. Neste caso, os professores terão<br />
redução salarial. O governo aplicou em junho os aumentos da Medida Provisória 189, já<br />
revogada. Portanto, perdeu seus efeitos legais. O que está em vigor é a lei com os<br />
vencimentos de março e abril. A outra alternativa para respaldar juridicamente a<br />
proposta salarial que os professores rejeitam seria uma nova medida provisória. Opção<br />
descartada. Haveria inconstitucionalidade, como já definido pelos deputados.<br />
Os professores continuam em greve pelo piso na carreira. Como o governo não admitiu<br />
sequer examinar o parcelamento do benefício, solução adotada por outros estados, o<br />
impasse permanece. Quer dizer: acordo não haverá. Com isto, descarta-se a condição<br />
estabelecida pela mesa diretora da Assembleia de só aprovar o projeto oficial, em<br />
regime de urgência, mediante acordo de lideranças. Os três partidos que estiveram ao<br />
lado dos grevistas não devem respaldar esta solução política.<br />
Se concordarem, contrariando frontalmente os professores, a mensagem oficial passaria<br />
facilmente. O governo continua com maioria tranquila na Assembleia. O presidente<br />
Gelson Merisio fixou as duas condições – acordo de lideranças e retorno à sala de aula<br />
– por razões regimentais e políticas. Apega-se ao regimento para evitar que o<br />
parlamento transforme-se em campo de batalha, provoque prejuízo irreparável aos<br />
deputados que serão candidatos em 2012 e entre num confronto que foi criado pelo<br />
Executivo.<br />
TEM SAÍDA?<br />
Os professores foram colocados num beco sem saída. Darão plantão na Assembleia<br />
Legislativa para que o projeto de lei seja rejeitado. O governo tem maioria tranquila e<br />
poderá transferir a decisão para agosto. Neste cenário, há o risco de maior esvaziamento<br />
da greve. Os professores teriam condições de reverter esta situação desconfortável,<br />
1
colocando o governo em sinuca, se a greve ganhasse mais força esta semana, mantendo<br />
a paralisação no noticiário político. Ou, então, com a rejeição do projeto pela maioria<br />
parlamentar, possibilidade muito distante, senão impossível. A rejeição seria o pior<br />
cenário para o governo e o ideal para os professores. Raimundo Colombo teria que<br />
reabrir negociações para enviar um novo projeto, em condições mais favoráveis ao<br />
magistério. O governador enfatizou que estão encerradas as negociações. Os secretário<br />
Antônio Ceron reiterou, na convenção de fundação do PSD, que ―não há mais espaços<br />
para negociações‖, ao anunciar de forma categórica que ―a greve termina esta semana‖.<br />
Confirmou, também, que a Secretaria da Educação começará a contratar professores<br />
para substituição dos grevistas. O endurecimento do jogo foi anunciado pelo próprio<br />
Raimundo Colombo, quando alvo de protestos. Ele perdeu a calma e antecipou que<br />
agora o governo vai atuar com todo o rigor.<br />
A semana terá outra definição relevante que pode criar um fato novo: a decisão do<br />
ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que deverá se posicionar sobre o<br />
pedido de suspensão da liminar do juiz Hélio do Valle Pereira, mandando o governo<br />
devolver imediatamente os descontos salariais dos grevistas. A liminar não foi<br />
cumprida. Foi, depois, confirmada pelo desembargador Gaspar Rubick. O juiz deu<br />
prazo ao governo, fixando multa pelo descumprimento.<br />
Nada aconteceu. O governo alega que o Judiciário descontou dos servidores da Justiça<br />
que fizeram greve e não adota o mesmo procedimento para o Executivo. A questão,<br />
contudo, é de outra ordem. Se a Justiça tivesse decretado a ilegalidade da greve, os<br />
professores não teriam que retornar às escolas?<br />
Leia o blog de Moacir Pereira<br />
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/<br />
Votar e votar<br />
Informe Político<br />
Roberto Azevedo<br />
No dia em que o governo do Estado poderá depositar os valores descontados da folha de<br />
pagamento dos professores estaduais, em greve há 55 dias, a Assembleia acelera seus<br />
trabalhos em cima do projeto de lei complementar, de origem do Executivo, que<br />
concede o piso nacional de salários ao magistério catarinense e outras decisões sobre a<br />
regência de classe e as horas excedentes. A simples rodagem da folha, confirmada na<br />
última sexta-feira, já causou alguma confusão, pois a primeira parcela do 13º do<br />
funcionalismo saiu no mesmo dia, uma coincidência que levou professores a afirmarem,<br />
de maneira equivocada, que o governo mentia. Mais um capítulo na guerrilha da<br />
contrainformação entre movimento e governo.<br />
As ações no Legislativo começam com as reuniões conjuntas das comissões de mérito<br />
hoje, e se necessário amanhã, para que o PLC do professores esteja pronto para ser<br />
2
votado em plenário antes do recesso, que, na prática, começa na próxima quinta-feira. A<br />
aceleração do trâmite da matéria só é possível por conta de um acordo de líderes.<br />
Na semana passada, os deputados que estão à frente das bancadas, reunidos com o<br />
presidente Gelson Merisio, decidiram que só votariam o projeto se a maioria absoluta<br />
dos professores retornasse às salas de aula. Os líderes da oposição não respaldaram, de<br />
forma total, a versão dos governistas. Disseram que se posicionaram sobre o porquê de<br />
votar uma matéria que não trouxe efeito para que os grevistas retornassem ao trabalho.<br />
Trata-se de questão de semântica. Pois, devido à flagrante desvantagem em relação aos<br />
31 parlamentares da base de apoio do governador Raimundo Colombo na casa, nada<br />
resta aos nove integrantes da oposição se não marcar posição.<br />
Não votar a matéria do magistério estadual causa um estranho fato jurídico. Os<br />
professores estaduais ficariam sem o piso nacional, o que coloca o Estado contra a lei<br />
federal, reafirmada em recente julgamento do STF. Caso o elemento de pressão tenha<br />
funcionado, junto com ostensiva campanha do Centro Administrativo para o retorno à<br />
normalidade nas escolas públicas, os números do comparecimento de professores hoje e<br />
amanhã serão decisivos para avaliar o comportamento do parlamento. Além disso, há a<br />
obrigatória votação da LDO e uma audiência sobre a criação da Defensoria Pública em<br />
Santa Catarina no meio do caminho.<br />
SINAL OTIMISTA<br />
Ao lado do prefeito Gilberto Kassab (à direita), o governador<br />
Raimundo Colombo é um dos líderes do PSD nacional. No<br />
sábado, durante a primeira convenção estadual da sigla, na<br />
Assembleia Legislativa, Colombo aparentava tranquilidade e<br />
estava eufórico, quadro diferente dos últimos dias, quando se<br />
manifestou de forma enfática contra a greve dos professores estaduais. Para selar a<br />
criação do PSD, Kassab afirmou que está adiantada a formação dos diretórios estaduais<br />
em todo o país, e que não haverá problemas para a formalização junto ao Tribunal<br />
Superior Eleitoral, para acalmar alguns pré-candidatos a prefeito e à reeleição, que<br />
questionam o andamento do processo. Mais de mil pessoas passaram pelo Palácio<br />
Barriga Verde no sábado. O PSD nasceu forte e robusto.<br />
O presidente estadual do PMDB, o vice-governador Eduardo<br />
Pinho Moreira fez a provocação no encontro em Sombrio, uma<br />
das paradas de seu tour pelo Sul do Estado. Ao mostrar um<br />
vídeo da Fundação Ulysses Guimarães, onde aparecia o<br />
presidente nacional em exercício da sigla, o catarinense Valdir Raupp, senador por<br />
Rondônia, Moreira indagou sobre o local de nascimento do parlamentar. De um lado, o<br />
pessoal de São João do Sul confirmava; outros, de Santa Rosa do Sul, juravam que<br />
havia nascido no município; e até o prefeito de Praia Grande, Valcir Daros, assegurava a<br />
origem de Raupp. O senador é mesmo nascido em São João do Sul, em 24 de agosto de<br />
1955.<br />
3
Diferenças<br />
O Sinte ainda não desistiu de marcar uma audiência com o governador Raimundo<br />
Colombo.<br />
Enquanto isso, a Procuradoria Geral do Estado aguarda uma manifestação do STJ sobre<br />
o pedido para derrubar a liminar da Justiça catarinense que assegurou o pagamento dos<br />
dias parados da greve que foram descontados. Se sair, hoje, poderá interromper o<br />
depósito dos salários.<br />
Agrado<br />
Gilberto Kassab afirmou, em discurso, que tão logo esteja com o registro homologado<br />
pelo TSE, volta a Santa Catarina.<br />
Kassab disse que a próxima visita terá o objetivo de filiar o ex-senador e ex-governador<br />
Jorge Bornhausen no PSD. Kassab chamou Bornhausen de grande amigo e conselheiro.<br />
Foi bastante aplaudido.<br />
Eleição (1)<br />
Pelo menos duas biografias estão em xeque a mais de um ano da eleição na Capital do<br />
Estado: a do ex-governador Leonel Pavan (PSDB), lançado candidato à prefeitura de<br />
Florianópolis pelo senador Paulo Bauer, e a da ex-deputada federal e prefeita Angela<br />
Amin (PP).<br />
O simples mencionar dos dois nomes provoca reações e pode significar, em caso de<br />
fracasso eleitoral, uma prematura aposentadoria política para qualquer um deles.<br />
Correligionários estão em alerta máximo.<br />
Eleição (2)<br />
Angela tem mais força e um patrimônio administrativo pelas duas vezes que governou a<br />
Capital. Mas precisa de alianças fortes e muito investimento de recursos em uma<br />
campanha onde terá oponentes como a deputada Angela Albino (PC do B); o deputado<br />
estadual Cesar Souza Junior (PSD, secretário do Turismo, Esporte e Cultura); e o<br />
deputado federal Gean Loureiro (PMDB), nomes que iniciaram o trabalho pré-eleitoral.<br />
Pavan teria que acertar uma costura substancial. À esta época, todos são candidatos na<br />
cabeça de chapa. Não estranhe se a maioria estiver em torno de um projeto único, que<br />
poderia incluir o PT. Angela e Pavan poderiam estar juntos, quem sabe.<br />
Para o STJ<br />
O desembargador catarinense Marco Aurélio Gastaldi Buzzi será sabatinado pela<br />
Comissão de Constituição e Justiça do Senado, hoje, às 15h. O ato é obrigatório ao<br />
escolhido para uma vaga no Superior Tribunal Justiça (bem como no STF). O relator<br />
será o senador Luiz Henrique (PMDB).<br />
Gastaldi Buzzi foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para uma das duas vagas<br />
abertas no STJ, depois de ter sido o mais votado na lista quádrupla pelos ministros da<br />
4
corte. O magistrado integra o Tribunal de Justiça do Estado e, depois de passar pela<br />
sabatina, terá seu nome levado ao plenário do Senado para a ratificação.<br />
No forno<br />
Homenagem póstuma ao ex-deputado Lírio Rosso, em Criciúma, reuniu Eduardo Pinho<br />
Moreira, a vereadora Romanna Remor (DEM), o ex-deputado José Paulo Serafim (PT),<br />
o vereador Douglas Matos (PC do B) e o vereador João Fabris, presidente do PMDB<br />
local.<br />
Romanna, quase no PMDB, está perto de ser a alternativa do bloco de oposição ao<br />
prefeito Clésio Salvaro (PSDB), costura que poderia ter o PT, o PC do B, e até o PSD.<br />
Aprendeu<br />
Em mais um périplo por Brasília, esta semana, o prefeito Dário Berger (PMDB) pedirá<br />
a ajuda do vice-presidente Michel Temer para que seus pedidos saiam do papel de fato.<br />
Antes passará nas pastas das Cidades e da Integração Nacional atrás de recursos para a<br />
urbanização da Praia do Abraão – uma emenda de R$ 13 milhões de Ideli Salvatti (PT)<br />
–, obras de saneamento e para o projeto entre a Beiramar e o Titri.<br />
ADENDO<br />
- Nelson Serpa foi confirmado presidente estadual do PSD.<br />
- Secretário Paulo Bornhausen (Desenvolvimento Econômico Sustentável),<br />
entusiasmado com os investimentos que podem chegar ao Estado, receberá a diretoria<br />
da montadora alemã BMW.<br />
- Deputado Ciro Roza (PSD) pode ser baixa governista amanhã e quarta-feira. Está com<br />
uma pneumonia.<br />
Na crise, um passeio de moto<br />
Informe Econômico<br />
Estela Benetti<br />
Milhares de europeus apaixonados pelas lendárias motocicletas<br />
Harley-Davidson ignoraram a crise e lotaram ruas de<br />
Barcelona (foto), na Espanha, nos três últimos dias. Foi a<br />
Jornada Harley da cidade. Há poucos dias, o empresário<br />
catarinense, Wanderlei Berlanda, assinou contrato para<br />
representar as concessionárias da marca no Estado. A primeira<br />
loja será às margens da BR-101, em Florianópolis, e as vendas começam em cerca de<br />
oito meses.<br />
5
Estado cobra contrapartida a incentivos<br />
Pressionado principalmente pela Confederação Nacional da Indústria e pela Federação<br />
das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o governo federal mostra que tem pressa para<br />
acabar com os incentivos fiscais de importações, concedidos por alguns estados, entre<br />
os quais Santa Catarina. Na reunião do Confaz que se encerrou sexta, em Curitiba, o<br />
secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que esses<br />
descontos no ICMS para movimentar portos, na prática, significam uma taxa de câmbio<br />
mais favorecida para importações. A proposta foi de uma alíquota interestadual de 4%<br />
para importados a partir de 2012.<br />
O secretário adjunto da Fazenda de SC, Almir Gorges, disse que o Estado precisa de<br />
compensações porque o corte total dos incentivos vai implicar perda anual de ICMS da<br />
ordem de R$ 900 milhões, além da redução da atividade econômica. A compensação<br />
deveria ser permanente, não da forma como está ocorrendo o pagamento das perdas pela<br />
Lei Kandir, que hoje cobre só 15%. Segundo ele, o ideal seria o fim de toda a guerra<br />
fiscal, não só da importação. O pleito dos estados é de um indexador menor para as<br />
dívidas junto à União e mudança na arrecadação do ICMS para vendas eletrônicas.<br />
SP barra tudo<br />
Apesar de ser o Estado mais rico do Brasil, São Paulo é um dos que mais praticam<br />
guerra fiscal e barra quase todos os pleitos no Confaz, onde as decisões devem ser por<br />
unanimidade. Segundo o secretário adjunto de SC, Almir Gorges, São Paulo foi o único<br />
a barrar a proposta catarinense de autorizar empresas a fazerem pequenas obras de<br />
infraestutura para compensar, depois, na arrecadação de ICMS.<br />
Até refrigerador<br />
Seguindo a guerra a favor do seu caixa, a Fazenda paulista acaba de dar incentivo para a<br />
linha branca que pode inviabilizar boa parte da produção catarinense da Whirlpool se<br />
não for feita compensação equivalente por aqui. O governo paulista reduziu de 18%<br />
para 7% a alíquota de produtos como refrigeradores e freezeres e SC terá que<br />
acompanhar porque a empresa oferece 13,5 mil empregos diretos e 1,5 mil indiretos em<br />
Joinville e região.<br />
Telonas na Capital<br />
O Beiramar Shopping abre seus cinemas esta semana. Vai anunciar o começo das<br />
atividades terça. No mesmo dia, oferece sessão especial para os lojistas do<br />
empreendimento. Atento à nova concorrência, o Shopping Iguatemi passou a oferecer<br />
com estacionamento grátis e ingresso a partir de R$ 4, de segunda a quarta.<br />
“Roupa” nova<br />
A Tirol, laticínio de Treze Tílias, lançou nova linha de embalagens<br />
para a sua linha de iogurtes. Os potes plásticos de 200 gramas foram<br />
renovados pelo escritório de design e gestão de marcas Design Inverso,<br />
de Joinville. As novas embalagens têm cores fortes e trazem<br />
6
informações sobre os benefícios dos produtos à saúde e sugestões de receitas.<br />
Chcolates<br />
A Nugali Chocolates, de Pomerode, é uma das empresas apoiadoras do Winterfest,<br />
festival de inverno que acontece na cidade até o dia 24.<br />
Fundada pela engenheira Maitê Lang, que antes atuou na Embraer, a Nugali faz seu<br />
próprio chocolate. Além de atuar em mais de 200 pontos de vendas no país, já tem três<br />
lojas próprias: em Pomerode, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e no Blumenau<br />
Norte Shopping, inaugurado recentemente.<br />
Aemflo no Kobrasol<br />
O empresário Tito Alfredo Schmitt, que assumiu o segundo<br />
mandato à frente da Aemflo/CDL de São José sexta à noite<br />
(foto), anunciou a criação de uma nova unidade da entidade no<br />
Bairro Kobrasol para ficar mais perto das empresas da região.<br />
Afirmou que a entidade seguirá lutando pela melhoria da<br />
mobilidade urbana, contorno da BR-101 para a região, mais<br />
segurança e fiscalização dos serviços públicos. A entidade<br />
criou as diretorias de assuntos fiscais e tributários, expansão,<br />
articulação política e desenvolvimento do comércio varejista.<br />
Cadastro positivo<br />
A nova legislação do cadastro positivo foi apresentada para cerca de 400 empresários e<br />
executivos do comércio do Estado, em seminário do SPC/SC, em Gaspar. Segundo o<br />
presidente da Federação das CDLs, Sérgio Medeiros, o cadastro pode ajudar o Brasil a<br />
manter a economia e o comércio aquecidos com a concessão de crédito qualificado,<br />
evitando uma ―bolha‖ especulativa parecida com a que atingiu os EUA e Europa em<br />
2008.<br />
O cadastro é um banco de dados que será constituído para que os lojistas e bancos<br />
tenham informações sobre os bons pagadores, que terão juros menores.<br />
No exterior funciona bem. A expectativa dos consumidores é de que seja positivo no<br />
Brasil também.<br />
Turismólogos<br />
Os bacharéis em Turismo, também conhecidos como turismólogos, querem que<br />
profissão seja mais reconhecida no Estado e no país. Em reunião, em Florianópolis com<br />
o presidente do Instituto Brasileiro de Turismólogos (ITB), Márcio Bensuachi,<br />
decidiram criar uma seccional catarinense do ITB e lutar para incluir a categoria em<br />
concursos públicos. Bensuachi também esteve com o secretário de Turismo, Cesar<br />
Souza Junior. SC já em 26 mil bacharéis em turismo, que atuam nos setores público e<br />
privado.<br />
7
Em Lages<br />
A prefeitura de Lages e o Estado vão dar incentivos fiscais para a instalação de duas<br />
empresas no município, a Flex Contact Center, do segmento de telemarketing, e a<br />
Chocoleite, produtora de achocolatados em caixinhas e garrafas. A Flex vai iniciar<br />
atividades em setembro com 150 empregos diretos.<br />
A Chocoleite, do empresário Lírio Utech, de Jaraguá do Sul, aceitou instalar operação<br />
na unidade da Lactoplasa, onde vai investir R$ 13 milhões para a produção de leite.<br />
Aeroporto<br />
Usuários do Aeroporto Hercílio Luz têm mais facilidades para acessar a internet. A<br />
Linktel Corporate, operadora brasileira de telecomunicações, passou a oferecer internet<br />
fixa e Wi-Fi no no terminal. A empresa oferece rede própria para os passageiros e para<br />
as empresas que atuam no terminal. Segundo o presidente da Linktel, Jonas Trunk, até o<br />
final do ano 20 grandes aeroportos brasileiros terão internet da empresa.<br />
Crédito<br />
De acordo com o Branco Central, o crédito, no Brasil, representa atualmente 48% do<br />
PIB. No Chile, chega a 98% e na Inglaterra está em 211%.<br />
Quanto mais crédito, maior o pontencial de compras das empresas e consumidores.<br />
ALIADOS DE ALTO RISCO<br />
EDITORIAIS<br />
Um dia depois da queda de Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, o<br />
ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, afirmou, em tom<br />
categórico, que o governo não irá transigir diante de suspeitas de irregularidades<br />
cometidas por ocupantes de cargos de confiança em qualquer escalão do governo. Disse<br />
mais o ministro: "Aliados não podem ser mantidos a qualquer preço". Assim deveria<br />
ser, em quaisquer circunstâncias e em qualquer atividade pública, sempre que, como<br />
ocorreu no caso dos Transportes, sejam fortes os indicativos de delitos. A declaração do<br />
senhor Gilberto Carvalho somente será efetiva, no entanto, se for traduzida em<br />
providências, ou restará como mera figura de retórica, depois do constrangedor<br />
envolvimento de servidores ligados a Nascimento em evidências de superfaturamento<br />
de obras e recebimento de propinas.<br />
No mesmo dia em que o ministro da Secretaria Geral parecia impor condições para a<br />
permanência no governo, o próprio Planalto admitia que o ministro afastado continuará<br />
interferindo na escolha de seu sucessor. O objetivo dessa participação seria a<br />
manutenção dos vínculos palacianos com o partido do demitido. Pergunta-se: um<br />
ministro que cai, sob suspeitas graves, tem o direito de apontar quem irá ocupar o cargo<br />
que deixou, depois de submeter o próprio governo a que servia a uma situação<br />
8
humilhante? Que contribuição pode continuar oferecendo ao Executivo um ex-ministro<br />
afastado do cargo por não ter o controle da pasta que comandava?<br />
A situação de Nascimento é a repetição de episódios que são explicados, sem<br />
dificuldades, pela preservação de espaços destinados a partidos da base governista. A<br />
reincidência de desmandos comprova que, ao contrário do que prega o secretário-geral<br />
da Presidência, os aliados continuam, sim, sendo mantidos a qualquer preço.<br />
Substituem-se os personagens, mas não se mexe no sistema de cotas partidárias por<br />
mais suspeitos que sejam antecessores e sucessores. Aparentemente, apenas o governo<br />
paga o preço dessa concessão, sempre com a desculpa de que não pode pôr em risco a<br />
sustentação no Congresso. Todos arcam com os custos dessas concessões.<br />
Ao manter a partilha de cargos, figuras conhecidas da República, herdadas do governo<br />
anterior, continuam transitando com desenvoltura pelos altos escalões, como o<br />
presidente de honra do PR, Valdemar Costa Neto, líder da articulação que levara<br />
Nascimento aos Transportes. Costa Neto e outros aliados do governo são reconhecidos<br />
por sua nebulosa passagem pela vida pública. Com eles, agregam-se ao poder, direta ou<br />
indiretamente, os amigos, os parentes, os financiadores de campanha. São esses os<br />
grupos quem, além de contribuir para desmoralizar o governo, encarregam-se depois de<br />
exercer toda forma de chantagem, como a que pode preservar a vaga do ministério sob<br />
suspeita a um integrante do mesmo partido que lá estava.<br />
Qualquer governo depende de uma base política no Congresso, mas é enganoso e imoral<br />
tentar convencer o país de que vale tudo em nome dessa sustentação. Preservar alianças,<br />
muitas vezes espúrias, sob o pretexto da governabilidade, é transigir com os que<br />
transformam a política num instrumento de trocas para favorecimento privado. O que o<br />
governo deve é reavaliar seus critérios ao fazer escolhas e preservar o decoro a qualquer<br />
preço.<br />
Boicote irracional<br />
EDITORIAIS<br />
Os campeões de vôlei de praia Alison e Emanuel não entenderam nada quando pisaram<br />
na areia do Circuito Mundial de Roma e foram recebidos por uma chuva de laranjas.<br />
Aconteceu no dia 15 do mês passado, e esta foi apenas uma das tantas manifestações de<br />
represália de italianos a brasileiros devido à soltura do ex-ativista Cesare Battisti,<br />
condenado à prisão perpétua na Itália por suposta participação no assassinato de quatro<br />
pessoas na década de 1970.<br />
A decisão do governo brasileiro, referendada pelo Supremo Tribunal Federal (STF),<br />
também foi questionada em nosso país, principalmente por quem considera que a pátria<br />
do terrorista é uma democracia consolidada.<br />
Mas a reação de diversos grupos radicais, como o movimento Roma-Europa Social, que<br />
foi o responsável pelo arremesso das frutas contra nossos atletas, e de algumas<br />
9
autoridades e personalidades daquele país europeu parece desmentir o espírito<br />
democrático do povo italiano.<br />
Por conta desta animosidade crescente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva<br />
cancelou, recentemente, uma viagem a Roma, onde iria apoiar a eleição do ex-ministro<br />
José Graziano da Silva à direção-geral da FAO, o órgão da ONU para a agricultura e a<br />
alimentação. Esta semana, alegando discordância da posição do governo brasileiro em<br />
não extraditar Battisti, o escritor italiano Antonio Tabucchi cancelou sua presença na 9ª<br />
Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que reúne intelectuais de todo o mundo.<br />
Compreende-se o estado emocional de quem está diretamente envolvido no episódio,<br />
como os familiares das vítimas do terrorismo, que estão sugerindo, até mesmo, um<br />
boicote italiano à Copa de 2014. Mas as pessoas sensatas não podem cair nesta<br />
armadilha. Um disparate.<br />
São atos que só servem para estimular rupturas entre países e povos que sempre<br />
cultuaram o respeito mútuo e valores comuns.<br />
POLÍTICA<br />
VOTAÇÕES NA ASSEMBLEIA<br />
A última semana antes das férias<br />
Deputados precisam decidir sobre projeto do magistério e bater martelo a respeito<br />
da LDO 2012 para entrarem em recesso<br />
A última semana de trabalhos na Assembleia Legislativa (AL) antes do recesso de julho<br />
deve ser pautada por dois assuntos principais: o projeto de lei complementar da<br />
educação e o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).<br />
O primeiro é a cartada do governo para que os professores da rede estadual terminem a<br />
greve, que já chega aos 55 dias. O presidente da AL, deputado Gelson Merisio (PSD),<br />
diz que a expectativa é que o projeto vá a plenário, no máximo, até quarta-feira:<br />
– Temos que votar esta semana. Tem todo esse apelo da comunidade pela volta às aulas.<br />
Só precisa do acordo entre as categorias e os partidos de oposição e da base. Seria bom<br />
para os professores, para os alunos e para a sociedade – explica Merisio.<br />
O projeto propõe o pagamento do piso e a reestruturação da regência de classe no<br />
vencimento de agosto. Caso não haja votação, o próximo salário dos professores teria os<br />
mesmos valores de antes do início da greve, em maio. A preocupação do deputado<br />
Romildo Titon (PMDB) é que, nesse caso, o Estado estaria descumprindo a lei do piso<br />
do magistério (leia mais sobre o assunto na página 18).<br />
Também deve ser votado, ainda nesta semana, o projeto que estabelece as diretrizes<br />
orçamentárias do ano que vem. A proposta de tirar o Fundeb da base de cálculo para o<br />
repasse aos poderes deve ser aprovada sem problemas, segundo o deputado Joares<br />
Ponticelli (PP).<br />
10
– Já tem acordo de todas as bancadas pra retirar o Fundeb, não deve mais ter discussão<br />
sobre isso – expõe Ponticelli.<br />
Segundo o deputado Romildo Titon, cerca de quatro outros projetos estão com prazos<br />
estourados e devem entrar em votação ainda nesta semana. É o caso do projeto<br />
Revigorar, que prevê a regularização dos inadimplentes em impostos como o ICMS. Ele<br />
acredita que, até quinta-feira, quando há a última sessão ordinária, os deputados<br />
conseguiram dar uma ―boa limpada‖ nas propostas com prazo.<br />
Na terça-feira, audiência sobre defensoria pública<br />
Além das votações e dos encontros das comissões permanentes, estão previstas três<br />
audiências públicas nesta última semana antes do fim do semestre na AL. A mais<br />
polêmica delas, ainda de acordo com Ponticelli, é a de terça-feira de manhã, em que<br />
defensoria pública de SC será discutida. O projeto, de iniciativa popular, prevê a<br />
substituição ao modelo adotado, atualmente, de convênio entre Estado e a Ordem dos<br />
Advogados do Brasil (OAB).<br />
– O Estado, de um modo geral, já está com a estrutura saturada, não está conseguindo<br />
dar conta dos seus compromissos. Adotar a defensoria pública seria agregar mais uma<br />
estrutura pesada, por isso, o assunto deve ser bem debatido – destaca Ponticelli.<br />
Uma audiência pública para discutir o relatório sobre o término do trecho Sul da BR-<br />
101, que contaria com a presença de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit que<br />
foi afastado do cargo pelas suspeitas de corrupção envolvendo o órgão, foi retirada da<br />
agenda.<br />
11
NOVO PARTIDO<br />
PSD nasce em SC de olho em 2018<br />
O primeiro diretório estadual do PSD em Santa Catarina foi eleito, no sábado, já de olho<br />
em 2018. Os discursos das principais lideranças da nova sigla buscaram motivar a<br />
militância a trabalhar por um bom resultado nas eleições municipais de 2012, mirando<br />
em um projeto para chegar ao Planalto em sete anos.<br />
Com a presença do presidente nacional do PSD, prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab,<br />
a convenção foi aberta pelo presidente da comissão estadual provisória do PSD no<br />
Estado, Nelson Serpa, que explicou que como apenas uma chapa havia sido inscrita, a<br />
eleição iria ser feita por aclamação. Em seguida, foi eleita a nova executiva estadual,<br />
que tem o próprio Serpa como presidente. Os discursos buscaram tranquilizar as<br />
lideranças quanto os passos legais para a formalização do partido.<br />
– Temos a exata dimensão dos desafios que nos esperam, mas estamos preparados e<br />
determinados a construir um partido que se constituirá em um canal de comunicação<br />
com todas as pessoas de bem do Estado – destacou Serpa.<br />
Também foram ressaltados os motivos que os levaram a romper com o DEM e a apostar<br />
na criação de uma nova sigla e a importância de um bom resultado nas urnas no ano que<br />
vem para pavimentar o caminho para 2014 e 2018.<br />
– Queremos chegar ao governo federal em 2018 – afirmou Paulo Bornhausen.<br />
Em um discurso forte, o governador Raimundo Colombo admitiu que a escolha mais<br />
fácil seria ficar no DEM. Mas lembrou que, em política, é preciso ter coragem para<br />
arriscar. Segundo Colombo, a mudança é necessária porque os partidos estão fora de<br />
sintonia com as demandas da sociedade.<br />
Kassab disse que Santa Catarina foi o primeiro Estado a fazer convenção para eleição de<br />
um diretório estadual e que o ato simbolizava o nascimento do PSD. A convenção foi o<br />
último passo legal antes do pedido de registro ao TRE.<br />
12
Diário Catarinense – O senhor disse que a formalização do partido está bem<br />
encaminhada em 20 estados. Quando a comissão nacional pretende enviar o<br />
processo ao TSE para ter o registro oficial?<br />
Gilberto Kassab – Até o final de setembro. Não temos por que antecipar esta data.<br />
DC – Qual será a orientação do partido? O PSD será mais próximo da base da<br />
presidente Dilma Rousseff?<br />
Kassab – O partido nasce independente. Muitas lideranças estiveram ao lado da<br />
presidente Dilma nas eleições e estão, hoje, na base de apoio. E têm aqueles que<br />
estavam na oposição e terão a liberdade na hora das votações.<br />
DC – O PTB reivindica o registro da sigla PSD. Como está esta questão?<br />
Kassab – Segundo nossos advogados, não existe qualquer problema em relação a isso.<br />
Mas se tiver algo, se muda a sigla.<br />
DC – Já foi definido o número da legenda? O senhor tem alguma preferência?<br />
Kassab – O número será definido no ato do registro. Será o que a maioria escolher. Não<br />
tenho uma preferência, vou ser apenas o juiz.<br />
natalia.viana@diario.com.br<br />
Nelson Serpa, Indio da Costa, Raimundo Colombo, Gilberto Kassab e Paulo<br />
Bornhausen<br />
EMPRESA DE SENADOR<br />
Contratos da Petrobras são questionados pela oposição<br />
Manchester Ltda ganha conta de R$ 300 milhões e faz serviços de R$ 57 milhões<br />
sem licitação<br />
EUNÍCIO OLIVEIRA - ―Desafio que alguém apresente prova de<br />
interferência minha em concorrências públicas.‖<br />
A oposição pedirá que a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da<br />
República investiguem os contratos da Petrobras com a empresa<br />
Manchester Serviços Ltda. O senador Eunício Oliveira (PMDB-<br />
CE) é dono de 50% da companhia, mas está afastado de sua<br />
direção.<br />
13
O objetivo é a apuração de possíveis indícios de fraude em uma licitação de R$ 300<br />
milhões vencida pela Mancheste. A empresa assinou, ainda, contratos de R$ 57 milhões<br />
com a Petrobras sem licitação.<br />
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), pedirá ao ministro da Justiça, José<br />
Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal entre no caso.<br />
– É preciso que haja investigação. A Petrobras é um patrimônio do cidadão e não um<br />
feudo de um grupo ou de outro que quer tirar vantagem da coisa pública.<br />
Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara, anunciou que o partido vai procurar o<br />
Ministério Público. O PPS vai pedir à Procuradoria-Geral da República que abra uma<br />
investigação.<br />
– Temos que acabar de uma vez por todas com essa prática criminosa envolvendo<br />
dinheiro público, fraudes e negócios particulares de políticos.<br />
A oposição pedirá também que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça auditoria nos<br />
contratos.<br />
De acordo com reportagens do jornal O Estado de S. Paulo, o diretor comercial da<br />
Manchester, José Wilson de Lima, esteve no prédio da Seebla Serviços de Engenharia<br />
um dia antes da abertura das propostas enviadas para a disputa do convite 0903283118,<br />
da Petrobras.<br />
A reportagem do jornal afirma: ―O objetivo da visita era exigir da Seebla que aceitasse<br />
um acordo.‖<br />
Estatal e peemedebista negam irregularidades<br />
A reportagem sugere, com base na declaração de um ―diretor de outra empresa<br />
envolvida, que pediu para não ser identificado por questão de segurança‖, que a<br />
Manchester ofereceria R$ 6 milhões a empresas concorrentes em troca de ―cobertura‖<br />
na licitação, ou seja, apresentar ―proposta com valor que serve apenas para simular<br />
concorrência e ajudar uma parceira a ganhar a licitação‖. No dia seguinte ao encontro de<br />
Lima com a Seebla, esta apresentou proposta de R$ 235 milhões. A Manchester, R$ 299<br />
milhões. Apesar do valor superior, a Manchester venceu a disputa, por meio eletrônico.<br />
A Petrobras afirmou ―que a licitação foi realizada em meio eletrônico, com entrega das<br />
propostas por computador. A abertura das propostas também foi eletrônica‖.<br />
A estatal também afirmou que desclassificou a Seebla por ter encontrado<br />
inconsistências em sua proposta.<br />
Em nota, Eunício disse que está afastado da gestão das empresas desde 1998 e que não<br />
acompanha nem interfere em "quaisquer decisões administrativas".<br />
14
―Desafio que alguém apresente prova de interferência minha em concorrências<br />
públicas‖, afirma no texto. ―Diante das acusações a meu respeito, todas infundadas e<br />
inverídicas, buscarei na Justiça a reparação dos danos à minha imagem‖.<br />
TRANSPORTES<br />
Decisão do PR sobre cargo sai na quarta<br />
A decisão sobre o nome que irá assumir o Ministério dos Transportes pode ficar para<br />
quarta-feira. Diante do impasse criado pelo impedimento do senador Blairo Maggi (PR-<br />
MT) para assumir o cargo, o Partido da República (PR) só voltará a se reunir no meio<br />
desta semana para discutir o assunto.<br />
Maggi admitiu a sondagem do Planalto, mas como as empresas das quais ele é sócio<br />
têm contratos com o governo, ele não pode, legalmente, ser ministro sem deixar os<br />
negócios privados.<br />
Segundo o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (PR-MG), a próxima reunião<br />
marcada entre ele, Maggi e o senador Magno Malta (PR-ES), os três encarregados pela<br />
cúpula do PR para encontrar um nome que agrade à presidente Dilma Rousseff e que<br />
seja fiel ao partido, será na quarta.<br />
Apesar do impasse gerado pela recusa de Maggi, o preferido do PR para o cargo,<br />
Lincoln procurou ser cauteloso quanto à indicação do partido, que é da base aliada e tem<br />
40 deputados federais e seis senadores.<br />
GERAL<br />
GREVE DO MAGISTÉRIO<br />
Será que hoje, enfim, vai ter aula?<br />
Enquanto o governo afirma que 80% dos professores já voltaram e Sinte diz que o<br />
número é irreal, indefinição prossegue<br />
Uma pergunta na comunidade do Orkut do Instituto Estadual de Educação (IEE), maior<br />
colégio catarinense, resume as indefinições sobre a greve no magistério: ―Segunda tem<br />
aula?‖. Sim, quer o governo; não, pensam os professores. A resposta só será dada hoje,<br />
quando o movimento completa 55 dias. Só que os desdobramentos não se restringem às<br />
salas de aulas, mas à Assembleia Legislativa e ao Superior Tribunal de Justiça (STF)<br />
Como era de se esperar, governo e grevistas têm avaliações diferentes quanto à greve<br />
dos professores, que exigem o pagamento do piso nacional da categoria sem<br />
achatamento do plano de carreira.<br />
Por um lado, o governo crê em um enfraquecimento do movimento depois que a<br />
maioria das assembleias regionais, na semana passada, decidiu pela volta às aulas – 17<br />
de 30.<br />
15
– Nosso objetivo está voltado para a reposição do calendário escolar. A partir de<br />
segunda-feira (hoje) esperamos que, aos poucos, aumente ainda mais o número de 80%<br />
dos professores que já voltaram às aulas. Se precisar, contrataremos ACTs (Admitidos<br />
em caráter temporário) para substituir os grevistas – avalia o secretário de Educação,<br />
Marco Tebaldi.<br />
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) espera ter, na terça-feira, o<br />
levantamento de quantos professores estão em greve. Até lá serão realizadas<br />
assembleias regionais, embora o resultado pelo fim da greve só pode sair em assembleia<br />
estadual.<br />
– Este número apresentado pelo governo é uma falácia – diz Janete Silva, vicecoordenadora<br />
do Sinte/SC.<br />
Disputas também na Assembleia e no STF<br />
Na Assembleia Legislativa há outro campo de disputa. O projeto de lei Complementar<br />
enviado pelo governo, com a proposta de reajuste, pode ser votado nesta semana. Mas,<br />
segundo o presidente da Casa, só se tiver consenso entre situação e oposição.<br />
O terceiro nó da greve está no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O governo quer a<br />
suspensão da liminar que manda repor os descontos pelos dias parados dos grevistas.<br />
Segundo a assessoria de Raimundo Colombo, a folha já foi rodada, mas o pagamento<br />
vai depender da decisão do STF.<br />
--------------------------------------------------------------------------------<br />
MARCO TEBALDI, Secretário estadual da Educação<br />
"Esperamos que, aos poucos, aumente ainda mais o número de 80% dos professores<br />
que já voltaram às aulas. Se precisar, contrataremos ACTs para substituir os<br />
grevistas".<br />
--------------------------------------------------------------------------------<br />
JANETE SILVA, Vice-coordenadora do Sinte/SC<br />
"Na terça-feira teremos um levantamento de quantos professores estão em greve.<br />
Acredito que o movimento vá ficar ainda mais forte quando os professores virem como<br />
vai ficar o plano de carreira com o projeto que está na Assembleia".<br />
mauricio.frighetto@diario.com.br<br />
16
TRÂNSITO VIOLENTO<br />
18 mortos nas estradas<br />
Ontem à noite, acidentes mataram um na 282 e três na SC453 em Videira<br />
Pelo menos 18 pessoas morreram nas rodovias federais e estaduais em SC neste fim de<br />
semana.<br />
O último acidente registrado aconteceu às 20h50min de ontem na BR-282 em Rancho<br />
Queimado. Um caminhão que ia em direção a Lages tombou e caiu em cima de duas<br />
caminhonetes, uma Toyota Bandeirante e uma Hilux. O carona da Bandeirante morreu.<br />
O motorista do caminhão estava desaparecido entre as ferragens até o fechamento desta<br />
edição. Um caroneiro do caminhão e um da Hilux estão em estado gravíssimo.<br />
Um acidente envolvendo dois carros às 19h50min de ontem na SC-453, em Videira,<br />
deixou três mortos. O motorista do Uno, Armindo Israel Roveda Trilha, de 26 anos,<br />
morreu no local, bem como o condutor do Gol, Leandro Borges Camargo, 23 anos, e<br />
Ironice Ruts Bonato, passageira deste.<br />
Às 18h de ontem o motociclista Edvaldo L. de Andrade, 36, morreu ao bater em um<br />
carro na BR-116 em Lages.<br />
Às 19h20min, o ciclista Joel de Jesus Freitas, de 42 anos, morreu atropelado ao tentar<br />
atravessar a 101 em Joinville.<br />
Acidente em Rancho Queimado entre caminhão e duas caminhonetes<br />
ECONOMIA<br />
COMBUSTÍVEL LIMPO<br />
Usina de biodiesel começa a ser construída no Estado<br />
Investimento, estimado em R$ 100 milhões, deve gerar cem empregos diretos em<br />
Joaçaba, Meio-Oeste<br />
A primeira usina de biodiesel de Santa Catarina começou a ser construída pela ADM,<br />
gigante americana do agronegócio, em Joaçaba, no Meio-Oeste. A unidade, que<br />
17
utilizará a soja como matéria-prima, tem investimento estimado em R$ 100 milhões, e<br />
deve entrar em operação no final de 2012.<br />
O projeto permitirá à ADM elevar a sua aposta neste segmento.A empresa poderá<br />
produzir até 164 mil toneladas anuais do biocombustível, o que significa uma expansão<br />
de quase 50% em relação ao volume atual – ela é dona da maior usina de biodiesel em<br />
termos de capacidade diária de produção autorizada pelo governo, em Rondonópolis<br />
(MT).<br />
A ADM foi a última das grandes tradings (empresas de comércio exterior) do<br />
agronegócio a chegar ao país, depois de Bunge, Cargill e Louis Dreyfus. Entre as<br />
unidades compradas em 1997 estava a de Joaçaba, que pode processar até 475 mil<br />
toneladas de soja em grão e refinar 73 mil toneladas de óleo de soja por ano.<br />
A nova usina ocupará um espaço de 7 mil metros quadrados anexo a esta unidade.<br />
Quando estiver em funcionamento, deve gerar cem empregos diretos. O biodiesel é um<br />
combustível de origem vegetal mais limpo que o diesel comum. No Brasil, 80% do<br />
volume produzido vem da soja. Ainda recente, o mercado brasileiro de biodiesel ganhou<br />
um novo fôlego no ano passado, quando o governo decidiu elevar o percentual de<br />
mistura de biodiesel no diesel de 3% para 5% três anos antes do previsto pelo programa<br />
federal para o setor. Existe uma expectativa de que a mistura chegue a 20% até 2020.<br />
Além disso, o Brasil tem um potencial enorme no mercado internacional. Terceiro<br />
maior produtor global, atrás de França e Alemanha, utiliza apenas 47% da capacidade<br />
industrial instalada para atender a sua demanda interna, o que cria um enorme excente<br />
para exportação.<br />
Maior impacto econômico dos últimos 10 anos<br />
Até o final do ano passado, havia 64 usinas de biodiesel com operação autorizada pela<br />
Agência Nacional de Petróleo (ANP) no país, 47 delas com autorização para<br />
comercialização do biodiesel fabricado. O mercado funciona por leilões organizados<br />
pela ANP, que estabelece um teto máximo para o preço do biocombustível vendido à<br />
Petrobras.<br />
A usina de Joaçaba foi anunciada em novembro de 2010. Pesou na escolha da ADM a<br />
inclusão do projeto da usina no polêmico Pró-emprego, o programa estadual que oferece<br />
descontos no ICMS para atrair e manter investimentos em solo catarinense.<br />
O secretário de Desenvolvimento Sustentável de Joaçaba, Jorge Puhl, afirma que o<br />
investimento deve gerar o maior impacto econômico dos últimos 10 anos no município.<br />
18<br />
Unidade que multinacional do<br />
agronegócio constrói em Joaçaba<br />
produzirá o biocombustível da soja,<br />
matéria-prima de 80% do biodiesel<br />
brasileiro
OPINIÃO DO SANTA<br />
Exemplo a seguir<br />
EDITORIAL<br />
Iniciativa espontânea de diferentes grupos de artistas que fazem a cena cultural de<br />
Blumenau, o projeto Vamosiuní? comprovou ontem a viabilidade da Prainha como um<br />
espaço de lazer do município. Bem-sucedido, o evento teve como uma de suas virtudes<br />
o fato de ter sido promovido à margem do poder público, o que reforça o conceito de<br />
que a comunidade deve ter papel preponderante na produção de ações desta natureza.<br />
Esta independência, no entanto, de modo algum exime as autoridades de cumprirem<br />
com seus deveres institucionais e intransferíveis de, entre outras coisas, proporcionar<br />
segurança aos frequentadores e cuidar da manutenção do local. O exemplo de como<br />
reintegrar a Prainha à agenda de Blumenau está dado. Basta segui-lo.<br />
O nome (1)<br />
Valther Ostermann<br />
Virou febre entre os leitores e tuiteiros sugerir nome para o gatinho jogado na cova dos<br />
leões, digo, na casa com cachorros, e que acabou adotado pelo colunista. Eu, no caso.<br />
Tanta generosidade sempre me faz lembrar o dito popular ―Quem tem padrinho não<br />
morre pagão‖.<br />
19
O nome (2)<br />
Relaciono algumas sugestões: Vicki, Princesa (ou Príncipe), Feliz, Adônis, Invencível,<br />
Sortudo, Dilma (!), Neymar, Dr. Blumenau, Valtinho, Tiririca, Wolverine e até um<br />
inacreditável Wanderclayton.<br />
A sugestão mais numerosa foi Brilho, já que conviverá com Fosca, gata também<br />
adotada. Outra de bom ibope foi Daniel, personagem bíblico que foi jogado na cova dos<br />
leões e, como o bichano em questão, também sobreviveu.<br />
O nome (3)<br />
Agora, o conselho de família decidirá. Fosse por mim daria ao felino o nome de todos<br />
os leitores que enviaram sugestão, mas seria quilométrico e não caberia na carteira de<br />
identidade. Seria minha forma de agradecer aos leitores que nunca me faltam.<br />
Pontes<br />
A conclusão da ponte mais longa do mundo sobre o mar, pela<br />
China, está rendendo inúmeros comparativos com prazos e<br />
custos das pontes brasileiras.<br />
Damos um banho: nossas pontes custam infinitamente mais,<br />
fora os aditivos, e demoram também muito mais. Significa que<br />
os chineses fazem tudo às pressas, sem considerar que a pressa<br />
é inimiga da perfeição. O material que usam deve ser de péssima qualidade, para custar<br />
tão pouco. Os chineses têm muito que aprender com o Brasil.<br />
Meninos, eu vi!<br />
Envelhecer tem lá suas vantagens. O coroa aqui é do tempo em que a Seleção Brasileira<br />
de Futebol sabia jogar futebol, coisa que os jovens de hoje nunca viram. Talvez nem<br />
acreditem.<br />
Mercado Aberto - Francisco Fresard<br />
Centro de Eventos em Balneário (1)<br />
Onze entidades de Balneário Camboriú lançaram semana passada a campanha pela<br />
construção de um Centro de Eventos na cidade. Outdoors, adesivos, camisetas, anúncios<br />
e banners ganharam as ruas e os veículos de comunicação desde sábado. Inicialmente, a<br />
campanha segue até o dia 18 de agosto.<br />
Estimativa do diretor do Convention & Visitors Bureau, Cimélio Marcos Pereira, revela<br />
que no primeiro semestre deste ano os eventos feitos em hotéis trouxeram R$ 4 milhões<br />
para a cidade. Com estrutura adequada, esse número seria multiplicado em pouco<br />
tempo.<br />
20
Centro de Eventos em Balneário (2)<br />
A Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte trabalha com a meta de lançar o<br />
edital de licitação para construção do centro de eventos em 30 dias. O secretário Cesar<br />
Souza Filho explica que o governo não tinha dinheiro para contratar a obra antes. O<br />
investimento total será de R$ 100 milhões, sendo que a primeira etapa vai custar R$ 37<br />
milhões. O governo procura parceiros privados para a segunda etapa da estrutura que<br />
será erguida às margens da BR-101.<br />
– Será o maior centro de eventos do Sul do país – reforça o secretário.<br />
Eventos em Blumenau<br />
Enquanto Balneário corre atrás da estrutura, Blumenau investe<br />
na divulgação do Parque Vila Germânica. Uma publicação de<br />
14 páginas foi elaborada pela Free Comunicação para ser<br />
distribuída nas ações de captação de eventos. Foram impressos<br />
mil exemplares, em inglês e português, com as característica<br />
da Vila para a promoção de eventos dos mais diversos tipos.<br />
É mais uma ferramenta na tentativa de marcar território antes da iminente batalha entre<br />
os dois centros de eventos.<br />
Schornstein na Ilha<br />
O chope de Pomerode já está sendo vendido nas unidades da tradicional<br />
pizzaria Chico Toicinho, de Florianópolis. O acordo foi fechado semana<br />
passada e reforça a região da Capital como a principal consumidora dos<br />
produtos Schornstein.<br />
– Vendemos mais em Floripa do que aqui no Vale – explica o gestor de<br />
Marketing da cervejaria, Maurício Zipf.<br />
O acordo marca também o retorno de Zipf, depois de seis meses, à gestão<br />
da cervejaria, mudanças que fazem parte da estratégia da empresa.<br />
Consciência de intercâmbio<br />
A Coordenadoria de Relações Internacionais da Furb busca parceiros para oficializar<br />
um novo programa de intercâmbio com a Suécia, desta vez com a Escola Têxtil de<br />
Boras. O coordenador David Bilsland já entrou em contato com o sindicato das<br />
indústrias do setor em Blumenau (Sintex) para um possível trabalho conjunto.<br />
– O difícil é convencer as indústrias que elas também ganham recebendo estudantes de<br />
lá – explica.<br />
21
Bilsland diz que em outras áreas a parceria está avançada. Electro-Aço Altona, Farbe,<br />
Haco, Weg e Provolt são exemplos de empresas que têm aproveitado bem a experiência<br />
com intercâmbios.<br />
* * *<br />
Cerca de 70 alunos devem seguir para o Exterior este ano e 60 estrangeiros vêm para<br />
Blumenau.<br />
Mais segurança privada<br />
Os interessados em abrir uma empresa de segurança privada em Blumenau deverão,<br />
primeiro, obter o alvará da Polícia Federal. A exigência está prevista em lei municipal.<br />
Antes, a prefeitura não exigia o documento – mesmo sendo obrigatório para a atividade<br />
– o que facilitava a emissão do alvará de funcionamento para os que trabalham<br />
irregularmente.<br />
* * *<br />
Segundo o delegado regional do Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Santa<br />
Catarina, Avelino Lombardi, para cada profissional de segurança trabalhando<br />
formalmente há três na clandestinidade.<br />
POLÍTICA<br />
SC<br />
Precisa de mais vereadores?<br />
Nos últimos meses, 30 câmaras aprovaram 114 cadeiras a mais. Trinta vagas<br />
foram abertas no Vale<br />
FLORIANÓPOLIS - Nos últimos meses, sem muito barulho, 30 câmaras aprovaram<br />
projetos que criaram 114 novas vagas de vereador em Santa Catarina. Em outros nove<br />
municípios, projetos estão sendo discutidos e, se aprovados, significarão mais 32 vagas.<br />
Além disso, outros 41 municípios podem adaptar as leis orgânicas para aumentar a<br />
quantidade de representantes. Com base nessa movimentação, amparada por uma<br />
emenda constitucional aprovada em 2009, o Estado pode ter mais 292 vereadores a<br />
partir de 2013.<br />
O arquivamento do projeto em Jaraguá do Sul, semana passada, motivado por uma<br />
campanha contrária que teve repercussão nacional, levanta de novo a reflexão: é<br />
necessário o aumento do número de vereadores? A defesa dos parlamentares é que, com<br />
mais cadeiras, aumenta a representação da população.<br />
– Aumentarão também as possibilidades de discussão, inclusive junto ao Executivo –<br />
diz Jaime Tonello (DEM), presidente da Câmara da Capital, que aumentou de 16 para<br />
23 vagas.<br />
22
O presidente da União dos Vereadores de Santa Catarina, Itamar Agnoletto (PSDB),<br />
ressalta que a PEC recompõe vagas que foram extintas e que o aumento exigirá apenas<br />
remanejamento de gastos, pois os repasses para as câmaras não são reajustados.<br />
Aumento em quantidade não siginifica melhora da qualidade<br />
As opiniões dos políticos estão longe da unanimidade. O cientista político da Univali,<br />
Eduardo Guerini, considera que práticas negativas e escândalos fazem com que a<br />
população não acredite nas funções básicas do Legislativo – de promover melhorias por<br />
meio de leis e de fiscalizar o Executivo. Por isso, para Guerini, são justificáveis<br />
protestos:<br />
– O aumento em quantidade não significa aumento da qualidade dos serviços prestados.<br />
Para ele, o aumento de vereadores é mal-visto, também, porque ampliar gastos é<br />
totalmente incompatível com a realidade do Estado e do país.<br />
gabrielle.bitelbrun@diario.com.br<br />
23
SC<br />
Entidades do Vale se mobilizam contra aumentos nas câmaras<br />
Depois da mobilização de entidades de Rio do Sul e Blumenau, agora é a vez de<br />
Brusque começar a se movimentar para pedir que a Câmara não aumente o número de<br />
vereadores. Entidades empresarias que compõem o Centro Empresarial, Social e<br />
Cultural de Brusque (CescBr), encaminharam ofício ao presidente da Câmara Municipal<br />
de Brusque, Celso Carlos Emydio da Silva, se posicionando contrárias ao aumento de<br />
10 para 17 vereadores na próxima legislatura.<br />
Em síntese, a nota diz: ―Não acreditamos que mais cadeiras ocupadas no Legislativo<br />
oportunizarão melhora de alguma forma no atendimento prestado aos cidadãos de nossa<br />
cidade. (…) Não queremos generalizar, mas é preciso admitir que ainda falta esforço e<br />
atenção aos problemas inerentes à nossa sociedade. No entanto, não acreditamos que<br />
mais cadeiras corrigirão os problemas dos dias atuais(...)‖.<br />
25
Em Blumenau, o manifesto público foi lançado em nome da Câmara de Dirigentes<br />
Lojistas (CDL), Associação Empresarial de Blumenau (Acib), OAB de SC, Intersindical<br />
Patronal de Blumenau e Região e a Associação das Micro e Pequenas Empresas<br />
(AMPE). Quando do lançamento, há dois meses, o presidente da CDL de Blumenau,<br />
Paulo Cesar Lopes, disse que os representantes das entidades chegaram à conclusão que<br />
os 15 parlamentares que atuam na Câmara já atendem à representatividade que a<br />
comunidade espera.<br />
Na mesma ocasião, o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Jr., afirmou que defende<br />
este ponto de vista desde quando o assunto começou a ser discutido no Congresso:<br />
– Como classe entendemos que o aumento da quantidade de vereadores não vai trazer<br />
nenhum benefício para a cidade.<br />
EMENDA ABRIU BRECHA<br />
- A possibilidade de criação de novas vagas está prevista na Proposta de Emenda<br />
Constitucional (PEC) 333, apresentada em 2004 pelo deputado federal Pompeo de<br />
Mattos (PDT-RS)<br />
- O texto original aumentava o repasse das prefeituras para as câmaras e estabelecia uma<br />
tabela que condicionava a quantidade de vereadores à população do município<br />
- O texto foi reformulado e aprovado em 2009, com a retirada do aumento do repasse e<br />
manutenção, apenas, da tabela com o número de vereadores máximo por população. No<br />
Estado, das 293 câmaras, 81 se enquadram nas regras da PEC e podem criar novas<br />
vagas<br />
- Santa Catarina tem, atualmente, 2.697 vereadores. O número pode aumentar a partir de<br />
2013, com a posse dos eleitos nas eleições municipais do ano que vem<br />
- A alteração não é automática. O aumento depende de votação em plenário para<br />
mudança na Lei Orgânica do município. Isto deve ocorrer até 7 de outubro deste ano<br />
LEI SECA<br />
Romário se recusa a fazer teste do bafômetro e tem a CNH<br />
retida<br />
RIO DE JANEIRO - O ex-jogador de futebol e deputado federal Romário (PSB-RJ)<br />
teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida por uma blitz da Operação<br />
Lei Seca, no início da madrugada de ontem. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro<br />
e teve de entregar o documentos aos fiscais da Secretaria de Estado de Governo na<br />
operação.<br />
Romário passava pela Avenida Armando Lombardi, Barra da Tijuca, quando foi parado<br />
pela blitz. Como não havia irregularidades na documentação da Land Rover que<br />
conduzia, o carro foi liberado.<br />
26
De acordo com a assessoria de imprensa do governo do Rio, o deputado estava<br />
acompanhado de pessoa habilitada a dirigir e que não havia ingerido álcool. Essa<br />
pessoa, cuja identidade foi preservada, levou o carro do ex-jogador. O parlamentar terá<br />
de pagar multa de R$ 957,70. A carteira de habilitação ficará retida por cinco dias.<br />
Romário se recusa a fazer teste do bafômetro e tem a CNH retida<br />
Cláudio Prisco Paraíso<br />
A ARRANCADA DO PSD EM SC<br />
Santa Catarina foi o primeiro Estado a realizar a convenção de fundação do PSD. O<br />
prefeito Gilberto Kassab (São Paulo) não poupou elogios aos pessedistas catarinenses,<br />
apontados como precursores nacionais do novo partido.<br />
O ponto alto do evento foi o discurso de improviso de Raimundo Colombo. Eloquente e<br />
afirmativo, o governador assinalou que a opção pelo PSD não representa apenas uma<br />
troca de sigla, mas a busca de uma nova prática política. ―Mudei porque hoje os partidos<br />
tocam valsa e o povo, rock. Precisamos mudar nossa postura, buscar afinidade com o<br />
sentimento das ruas‖, observou Raimundo Colombo.<br />
Lideranças de todo o Estado marcaram presença na convenção, que elegeu o novo<br />
diretório e escolheu a primeira executiva, respaldada por deputados, prefeitos e<br />
vereadores.<br />
27
Arrojado<br />
Da para dizer que Raimundo Colombo perdeu a estribeira ao criticar, em discurso de 20<br />
minutos, em Lages, a decisão de uma minoria de professores de continuar a greve. ―São<br />
anarquistas e atrapalham a educação‖, alfinetou. ―A reivindicação é justa, mas a greve<br />
não tem mais sentido‖, ponderou.<br />
No ataque<br />
Detentor da maior votação proporcional da história política de SC, o deputado federal<br />
Mauro Mariani (PMDB) rompeu formalmente com o governo Raimundo Colombo,<br />
abrindo dissidência. Em entrevista para um jornal de São Bento do Sul, chutou o pau da<br />
barraca. ―Este governo está desgovernado. Nada se decide, nada se resolve. Falaram em<br />
economizar R$ 1 bilhão, mas fazer isso deixando de pagar as contas é fácil‖, disparou<br />
Mariani, que sustentou o desembarque do PMDB, ―desconectando-se do Executivo‖.<br />
Futuro<br />
Mauro Mariani foi além: ―Jamais estarei no mesmo palanque dessa gente que não<br />
cumpre compromissos‖. Ao acionar a metralhadora giratória, o deputado procura liderar<br />
uma corrente no PMDB pela candidatura própria ao governo, para a qual ele próprio<br />
seria uma opção. ―Sorte do Colombo que ele não tem oposição na Assembleia‖,<br />
observou Mariani, que também defendeu a renovação do diretório estadual, já se<br />
apresentando como candidato contra Eduardo Moreira, que além de presidente é vicegovernador.<br />
INTEGRAÇÃO DOS SENADORES<br />
Paulo Bauer (E) provou que está enturmado no ambiente do<br />
PMDB. Depois de jantar com os colegas Casildo Maldaner (D)<br />
e LHS, o tucano mostrou a placa do carro que o serve em<br />
Brasília, com as letras MDB.<br />
--------------------------------------------------------------------------------<br />
O governo providenciou a rodagem da folha de pagamento suplementar dos professores<br />
com os valores das medidas provisórias que tramitavam na Assembleia e foram<br />
arquivadas. Ou seja: cumpre integralmente a liminar concedida pelo juiz Hélio do Valle<br />
Pereira.<br />
Só que isso não quer dizer que o Executivo tenha desistido de contestar o despacho<br />
judicial. Muito ao contrário, aposta todas as fichas na derrubada da liminar pelo<br />
Superior Tribunal de Justiça. Na hipótese de o recurso apresentado pelo governo na<br />
última sexta-feira ser acolhido pelo STJ, o Estado fica desobrigado de fazer a reposição<br />
dos dias parados, que foram descontados no último contracheque.<br />
-----------------------------------------------------------------------------<br />
28
Cartada<br />
Mais de 70% dos professores em sala de aula e acordo de lideranças. Essas são as duas<br />
condições impostas pelo presidente Gelson Merisio para colocar em votação o projeto<br />
encaminhado quinta-feira pelo governo. Se até quarta-feira essas duas situações não<br />
forem observadas, a matéria só será apreciada depois do recesso de julho. Recado curto<br />
e grosso para os líderes da oposição (PT, PCdoB e PDT), que respaldam a greve dos<br />
professores.<br />
Polêmica<br />
Resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente foi tema de conversa reservada<br />
entre o secretário João Rodrigues (Agricultura) e Raimundo Colombo. A norma trata de<br />
exigências para criação e exploração de espécies da fauna e flora catarinense. Segundo<br />
relato de Rodrigues, a resolução está assustando os agricultores, já que exige, entre<br />
outras coisas, licença ambiental para cultivo de limão e chuchu e criação de cabra e<br />
coelho. João Rodrigues defende que resolução seja revogada o mais rápido possível.<br />
Colombo ouviu mudo e saiu calado.<br />
-------------------------------------------------------------------------------<br />
CONTERRÂNEOS<br />
O desembargador Marco Aurélio Buzzi será sabatinado amanhã pela Comissão de<br />
Justiça do Senado, cuja relatoria caberá ao senador LHS. O novo ministro do STJ terá<br />
seu nome submetido ao plenário amanhã.<br />
CHOQUE<br />
As relações do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), com os<br />
senadores petistas vão de mal a pior. Ultimamente, os petistas têm consultado Ideli<br />
Salvatti para checar a posição do Planalto.<br />
CONDECORAÇÃO<br />
Dilma Rousseff e Fernando Haddad estarão na solenidade dos 60 anos da Coordenação<br />
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, marcada para hoje, em Brasília.<br />
Entre os homenageados com o Prêmio Anísio Teixeira, o reitor da UFSC, Álvaro Prata.<br />
Jefferson Saavedra<br />
O TAMANHO DA MIGRAÇÃO<br />
Nesta semana, o IBGE divulga estudo sobre migrações no País. Não se sabe se virão<br />
dados por municípios. Se vierem, vão mostrar que Joinville ganhou 25 mil migrantes,<br />
uma Araquari, na última década. É continha fácil de fazer. A população de Joinville<br />
aumentou em 85 mil moradores nos últimos dez anos. Como nasceram 82 mil pessoas e<br />
morreram 22 mil, são 60 mil. Os migrantes, em tese, são 25 mil. É em tese porque<br />
29
Joinville também perdeu moradores, gente que se mudou para outras cidades. Tem<br />
ainda os habitantes das anexações de bairros junto a Araquari e São Francisco do Sul.<br />
Não é difícil explicar a atração que Joinville ainda exerce: entre janeiro de 2001 e<br />
dezembro do ano passado, a primeira década deste século, foram criados (e/ou<br />
formalizados) 66.796 empregos, bem pertinho de 10% das vagas surgidas no Estado. A<br />
população joinvilense girou em torno de 8% da catarinense ao longo da década. Hoje é<br />
de 8,2%. Não é aquela migração em massa dos anos 70, quando a população passou de<br />
126 mil para 135 mil, mas Joinville ainda é sedutora para muita gente.<br />
Uma sala por dia em Joinville<br />
Ainda há quem repita a tese de que nasceu uma sala de aula por dia na cidade. Portanto,<br />
haveria necessidade de construção de uma sala por dia. Não é bem assim, embora tenha<br />
sido verdade um tempo atrás.<br />
Nos anos 90<br />
Até meados da década de 90, nasciam em média 23 crianças por dia em Joinville, filhas<br />
de mães moradoras da cidade; nascidos aqui de outras cidades não entram na conta. Mas<br />
a fecundidade despencou.<br />
Rede maior<br />
No ano passado, a média baixou para 19. Não parece muito, mas dá uma baita diferença<br />
ao fim de um ano inteiro. E em 20 anos, a rede cresceu muito. O turno intermediário<br />
caiu para cerca de 300 alunos. Há pontos que cresceram mais e precisam de mais salas,<br />
mas não naquela dimensão toda.<br />
Rede estadual<br />
Se conseguiram atender a mais gente por causa da greve municipal, os hospitais<br />
Regional e Materno-infantil têm como produzir. Não tanto quanto nos dias da<br />
paralisação, mas mais do que está sendo feito.<br />
Dia do Mariano<br />
Hoje, o diretório do PT de SC decide se manda ou não para o Conselho de Ética o<br />
pedido de expulsão de Adilson Mariano, feito pelo PT de Joinville. O resultado não<br />
deixará de ser uma avaliação de quantas anda a relação de Carlito com a cúpula<br />
estadual.<br />
Sem espaço<br />
O pessoal do Núcleo Joinvilense de Fotografia ficou surpreso no sábado quando chegou<br />
à sede da entidade, instalada na Cidadela Cultural. O espaço foi ocupado pela bikepatrulha<br />
da Conurb e ninguém no núcleo foi informado. O núcleo quer explicações.<br />
30
Mais PDT<br />
Enquanto há quem defenda o desembarque do partido da administração, o PDT aumenta<br />
a participação no governo Carlito. Ademir Negherbon, primeiro suplente do partido<br />
com 2 mil votos, vai assumir órgão que substituirá o municipalizado Sine.<br />
--------------------------------------------------------------------------------<br />
O Tribunal de Contas analisa hoje consulta do prefeito de São Francisco, Luiz Zera,<br />
sobre a legalidade de adoção do ponto eletrônico para acompanhar a frequência de<br />
ocupantes de cargos comissionados.<br />
------------------------------------------------------------------------------<br />
Um calçadão<br />
Quem passou por ali já notou. No início da Via Gastronômica, bem no comecinho da<br />
Visconde de Taunay, foi instalado um calçadão. Não está completo porque o espaço<br />
está em obras. Mas não dá mais para os carros cruzarem ali.<br />
Ainda o museu<br />
Enquanto Tebaldi diz que dificilmente o Museu das Bicicletas será instalado no prédio<br />
do antigo CEI Padre Carlos, Valter Bustos continua confiante. Era para ter sido sexta,<br />
mas na terça, diz ele, deverá ser realizada a reunião para definir a instalação.<br />
PARA SONHAR<br />
LIMPEZA DE RIOS<br />
O leitor Giovani S.Thiago mostra o alvorecer em Ubatuba,<br />
sábado. Ajuda a entender por que tanta gente sonha em um dia<br />
se mudar de vez para São Francisco do Sul ou uma outra praia<br />
da região.<br />
Máquinas limpam o rio Piraizinho, em Joinville. A ação<br />
deveria ser feita rapidamente devido a prazo legal. Mas como<br />
foi renovado um dos decretos de emergência, deve ter mais<br />
prazo.<br />
E as escolas?<br />
Está mais difícil que abrir as delegacias. Na administração anterior, o governador era de<br />
Joinville e o secretário de Educação mais ou menos (com base em Jaraguá e Joinville).<br />
Agora, o secretário é de Joinville. Ainda assim, não foi defi nido quando iniciam-se as<br />
obras das quatro novas escolas de ensino médio.<br />
31
Quando?<br />
São as unidades para os bairros João Costa, Parque Guarani, Morro do Meio e<br />
Aventureiro. Já são pelo menos três anos de idas e vindas. Um dos atrasos foi causado<br />
porque o Ministério da Educação não aceitou os termos da cessão dos terrenos pelo<br />
município. Mas só isso é motivo?<br />
Não para todos<br />
Em Joinville, não há vagas suficientes no ensino médio de dia e muita gente é obrigada<br />
a estudar à noite. É complicado cobrar em seis meses o que o governo anterior não fez<br />
em pelo menos quatro anos, mas imaginava-se que estava tudo encaminhado. Ou não?<br />
----------------------------------------------------------------------------------------<br />
A Secretaria de Habitação de Joinville conheceu o condomínio gigantesco em Palhoça e<br />
concluiu que não tem espaço disponível para empreendimento tão grande. São cinco mil<br />
casas e dois mil apartamentos em 2,5 milhões de m².<br />
---------------------------------------------------------------------------------------<br />
Quantos táxis<br />
Em Londrina, cidade com população um pouco menor do que a de Joinville, eram 344<br />
permissões para táxis. Foi feito um recadastramento no início do ano e sobraram em<br />
torno de 250 placas, o restante teve problemas. Será aberto edital para licitar as vagas e<br />
o número voltar a 344.<br />
Parado na Câmara<br />
Em Caxias, outra cidade usada muitas vezes para comparações com Joinville pelo perfil<br />
industrial, embora tenha 80 mil moradores a menos, são 277 placas. Joinville tem 216<br />
táxis. A Prefeitura queria aumentar para 270, mas o projeto parou na Câmara porque há<br />
discordância sobre a renovação da permissão.<br />
OPINIÃO DE A NOTÍCIA<br />
Regularização de imóveis<br />
EDITORIAL<br />
Com valores mais baixos e parcelamento ampliado, espera-se que não seja necessária<br />
uma nova versão da lei que permite regularização de imóveis em condições tão<br />
vantajosas. A lei deve entrar em vigor nos próximos dias e terá validade por um ano em<br />
Joinville, tempo suficiente para quem quiser colocar a documentação em dia. Se a cada<br />
versão as condições forem se abrandando, não vai demorar muito tempo para que não<br />
seja cobrada nenhuma contrapartida, punido de certa forma quem construir atendendo à<br />
legislação.<br />
Para Joinville contar com cerca de 28 mil imóveis em desacordo com a legislação –<br />
estimativa imprecisa se tratando de ilegalidade, não é fácil medir a extensão –, houve<br />
32
desleixo na fiscalização. Na época de rápida expansão da cidade, nem havia aparato<br />
para tanto. Pode ser também que regras duras tenham colaborado em determinadas<br />
situações. Tentar passar uma borracha no passado e zerar as irregularidades com<br />
compensações em dinheiro não chega a ser uma ideia tão reprovável, afinal, demonstra<br />
interesse do poder público em buscar um caminho. O mesmo vale para a regularização<br />
fundiária, alvo de esforços da Prefeitura neste momento. Não dá para deixar a janela da<br />
regularização eternamente aberta, incentivando o desrespeito à lei para aproveitamento<br />
posterior da anistia. Além de tudo, é claro, há a imposição de evitar que as novas<br />
construções caiam na ilegalidade.<br />
AN Estado<br />
MEIO AMBIENTE<br />
Árvores sob ameaça de extinção<br />
Santa Catarina tem 857 tipos de árvores. E 25% dessas espécies estão ameaçadas de<br />
extinção – com menos de dez unidades cada. É o que apontou o inventário Florístico-<br />
Florestal de SC, elaborado pela Furb, em parceria com a UFSC e com a Empresa de<br />
Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).<br />
Desde maio, estão sendo divulgadas as primeiras constatações do estudo que começou<br />
em 2007. Os levantamentos, em 550 pontos de amostragem, revelaram que o Estado<br />
tem uma cobertura florestal de 36% e não 23% como se acreditava. Mas a maioria das<br />
florestas é composta por árvores secundárias, consideradas mais jovens e de troncos<br />
finos.<br />
De acordo com o coordenador do inventário, Alexander Vibrans, essas áreas apresentam<br />
um empobrecimento de espécies.<br />
AN Joinville<br />
BARRA VELHA<br />
Novo prefeito demite mais 11 pessoas<br />
Empossado como prefeito de Barra Velha na quinta-feira após o afastamento de Samir<br />
Mattar (PMDB) pela Justiça Federal por suspeitas de irregularidades, o então vice<br />
Claudemir Francisco (PSB) não quis perder tempo e deu sequência às exonerações.<br />
Na sexta, ele havia confirmado a demissão de 30 comissionados. Ontem, a Prefeitura<br />
anunciou o desligamento de mais 11 pessoas. Segundo o novo prefeito, hoje o total de<br />
exonerações deve chegar a 50 nomes. A promessa é de que todos os cargos de confiança<br />
sejam substituídos por dez nomes. Outra medida deve ser a extinção da Secretaria de<br />
Turismo. Segundo o novo prefeito, o trabalho feito pela secretaria pode ser concentrado<br />
apenas na Fundação Municipal de Turismo.<br />
33
Novo Código Penal é criticado<br />
Paulo Alceu<br />
As mudanças no Código de Processo Penal, que passaram há valer esta semana,<br />
foram criticadas pelo deputado Darci de Matos<br />
Maldita droga - FOTO- DROGAS-<br />
Divulgação/ND<br />
Fiquei emocionado vendo na semana passada no RIC Notícias uma reportagem sobre<br />
um ex-bombeiro comunitário sendo preso por roubo em residências no Canto da Lagoa,<br />
em Florianópolis, para conseguir dinheiro que sustentasse o vício em crack. Pai de dois<br />
filhos, que não vê faz tempo, envergonhado chorava diante das câmeras na Delegacia<br />
revelando fragilidade e uma dependência incontrolável que o levou ao crime. Uma entre<br />
tantas histórias tristes. Maldita droga. Há sim vários movimentos visando uma política<br />
de combate à dependência química. No Senado, amanhã, a Submissão Temporária de<br />
Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e outras drogas vai<br />
ouvir a embaixadora da Suécia no Brasil. Por quê? Por lá houve uma redução, desde a<br />
década de 80, de 12% para 2% dos dependentes de drogas. Isso devido a uma avançada<br />
legislação antidrogas. Claro que nada mais interessante do que recolher experiências na<br />
tentativa de aplicar por aqui. Mas trata-se da Suécia, com nove milhões de habitantes, e<br />
hoje o número de usuários no país é três vezes menor do que a média europeia. Um país<br />
com características completamente diferentes das nossas e muito mais avançado em<br />
políticas sociais e de educação. Mas não custa ouvir, embora ainda estejamos muito na<br />
teoria, demorando em demasia chegar á prática. Em agosto acontece a Conferência<br />
Nacional de Políticas sobre Drogas. Que venham projetos e que logo sejam executados<br />
saindo do patamar exclusivamente do debate. Quem sabe salvando pessoas como o exbombeiro<br />
de profissão digna atropelado pelo vício sem apoio e proteção.<br />
34
Previsão<br />
Para o prefeito Dário Berger, o pré-candidato do PMDB Udo Döhler tem todas as<br />
chances de vitória na disputa pela Prefeitura de Joinville. Num encontro dias atrás entre<br />
os dois, Berger sinalizou várias qualidades do empresário.<br />
Crítica<br />
As mudanças no Código de Processo Penal, que passaram há valer esta semana, foram<br />
criticadas pelo deputado Darci de Matos alegando que trarão intranquilidade á<br />
sociedade: ―Enquanto o crime organizado está mais forte, com ações mais audazes e<br />
violentas, o Estado afrouxa as medidas repressivas. Esta mudança no Código Penal tem<br />
como objetivo principal acabar com a superlotação no sistema prisional. O bandido<br />
pratica o crime, paga fiança e fica solto. Mais uma vez a lei beneficia o criminoso e<br />
deixa o cidadão de bem entregue aos leões‖, desabafou o parlamentar do futuro PSD.<br />
Rápidas<br />
# Hoje é dia de calcular a volta ás aulas. Pelo visto o Projeto do Magistério vai para<br />
votação na Assembleia.<br />
#O PSD nasce em Santa Catarina com um governador, onze deputados estaduais e 56<br />
prefeitos. Todos vivos, é claro.<br />
# ―Como o estimo torço para que ele permaneça no governo de Dilma Rousseff, pois<br />
todos devemos atuar juntos em defesa dos interesses de Santa Catarina‖, declarou o<br />
deputado Maurício Eskudlark, agora no PSD, em apoio ao ex-deputado Claúdio<br />
Vignatti.<br />
#Será que o Felipe Massa está se preparando para ser o sucessor de Rubinho<br />
Barrichello, na Fórmula Um?<br />
# O deputado Esperidião Amin afogou o sofrimento com o Brasil e o Avaí colocando a<br />
mão na kafta domingo. Foi o almoço em Ponta das Canas.<br />
#Está se transformando em calamidade pública o alto índice de acidentes nas estradas<br />
catarinenses. Algo tem que ser feito, urgente.<br />
Declaração<br />
Num encontro casual, em Balneário Camboriú, o presidente do PSDB Leonel Pavan<br />
passou a elogiar a ex-prefeita Ângela Amin, dizendo se tratar de uma mulher honesta,<br />
eficiente, leal e importante para Florianópolis. Nesse momento o ex-vereador Juarez<br />
Silveira disparou uma ligação à ex-prefeita e colocou Pavan no celular. Foi quando ele<br />
declarou apoio incondicional a Ângela Amin caso ela concorra em 2012. ―Não é<br />
negociar vice, não é nada, é apoio mesmo...‖, disse Pavan ao telefone.<br />
35
Desabafo<br />
Arquivo/Fernando Mendes/ND<br />
Outra, o ex-governador Leonel<br />
Pavan revelou bem a realidade do<br />
poder efêmero. Num determinado<br />
momento de uma conversa divertida<br />
num restaurante em Balneário<br />
Camboriú, depois de um encontro<br />
inesperado, Pavan disparou o<br />
seguinte: ―Eu torço para que meu<br />
celular toque...‖ Referia-se ao fato<br />
de quando governador era assediado<br />
24 horas. Chegou a simbolizar que<br />
se fizesse um carreteiro daria volta<br />
na quadra de gente na fila. Ou seja, deixou o cargo perdeu a importância.<br />
Silenciosos<br />
Dá para perceber em Joinville, que há os postulantes a 2012 declarados e os silenciosos.<br />
A disputa à prefeitura da cidade poderá revelar nomes que no momento desconversam<br />
ou evitam o assunto. Dá para descartar os secretários da Saúde, Dalmo de Oliveira, e da<br />
Educação, Marco Tebaldi? Será que o deputado Mauro Mariani realmente está fora?<br />
Além disso, há jovens políticos no páreo ofertando um quadro de renovação.<br />
Bastidor<br />
Já há conversas bem adiantadas envolvendo lideranças do PSDB em apoio à candidatura<br />
do peemedebista Gean Loureiro para a Prefeitura de Florianópolis. Dias atrás um grupo<br />
tentava colocar o deputado Marcos Vieira nessa ―carreata‖.<br />
E a Vida Segue<br />
O tempo passa, o tempo muda... Será que o PT de hoje representa os mesmos<br />
trabalhadores de anos passados?<br />
Beatriz, um anjo abatido<br />
CARLOS DAMIÃO<br />
Criança de 6 anos, vítima da insana guerra do tráfico de drogas, simboliza a nossa<br />
desesperança, a nossa indignação<br />
Se o noticiário em geral já é capaz de nos chocar pela crueza no relato dos fatos<br />
policiais, o brutal assassinato de uma criança de seis anos, vítima inocente da guerra do<br />
tráfico, é algo que destrói em nosso íntimo as mais generosas esperanças de que, um<br />
dia, toda essa violência possa cessar. A estupidez da morte de Beatriz nos causa dor,<br />
36
evolta, descrença, desequilíbrio. E não podemos esquecer que toda uma geração de<br />
crianças e adolescentes vem sendo dizimada nessa disputa insana do mercado de drogas<br />
– são assassinos e vítimas de uma marginalidade econômica e social latente, que gera<br />
terror nas comunidades e, mais que isso, desorienta qualquer perspectiva de esperança e<br />
paz que ainda possamos guardar em nossos corações e mentes.<br />
Nem em velório<br />
"Fui roubada dentro do cemitério ontem (sábado, 9). Arrombaram o carro enquanto eu<br />
estava em um velório! A coisa está feia em Floripa mesmo! E soube na delegacia que<br />
até assalto a mão armada rolou lá, semana passada". Registro da jornalista Marja Nunes,<br />
em seu Twitter (@marjanunes), sobre a insegurança na região do Cemitério do<br />
Itacorubi.<br />
Cinema central<br />
Jornalistas conhecerão nesta terça-feira (12), às 8h30, o complexo Cinespaço do do<br />
Beiramar Shopping, que inclui salas para projeção em 3D e uma para os amantes da arte<br />
cinematográfica não-comercial. Os dirigentes do empreendimento também vão anunciar<br />
a data de inauguração: segundo lojistas, será no dia 15 (sexta), com o lançamento do<br />
último filme da série Harry Potter – ―As Relíquias da Morte 2‖.<br />
Divulgação<br />
Mobilidade e sustentabilidae estarão entre os temas do TEDxFloripa<br />
Ideias para<br />
Mais um evento vai discutir ideias para melhorar a mobilidade urbana em Florianópolis.<br />
O seminário A Ponte, As Ilhas, programado para este sábado (16), no Teatro da UFSC,<br />
é mais uma edição do TEDxFloripa e discutirá também sustentabilidade e novas<br />
37
tecnologias. As palestras podem ser acompanhadas ao vivo das 9h às 19h pelo site<br />
www.tedxfloripa.com.br.<br />
.... mobilidade<br />
Werner Kraus Junior, engenheiro e professor da UFSC, falará aos participantes sobre<br />
tecnologia e gestão do transporte público para melhorar a mobilidade urbana na Capital,<br />
e o empresário Rodrigo Sabatini apresentará projeto de redução de resíduos sólidos.<br />
TED é uma organização internacional sem fins lucrativos devotada a ―Ideias Que<br />
Merecem Ser Espalhadas‖. As três letrinhas significam Tecnologia, Entretenimento,<br />
Desenho. Quando incorpora o "x" ao nome (TEDx) indica a realização de um evento<br />
localizado.<br />
Divulgação/James Tavares/ND<br />
Novo desafio<br />
Templo católico refletido na fachada de vidro de<br />
um prédio comercial<br />
Templo<br />
A Igreja de Santo Antônio, nos altos da rua Padre<br />
Roma, sempre impressiona quando sua imagem é<br />
projetada na fachada de vidro de um prédio<br />
comercial construído na região. O fotojornalista<br />
James Tavares passou por lá e realizou mais um<br />
belo ensaio fotográfico desse cenário urbano muito<br />
curioso.<br />
A Rádio Record SC (1470 AM) estreia sua programação nesta segunda-feira (11), a<br />
partir das 6h, com foco no jornalismo 24 horas. O Notícias do Dia estará presente à<br />
grade em todos os momentos do dia. Este colunista participará pela manhã, entre 9 e<br />
11h, com comentários e entrevistas sobre os temas mais importantes do cotidiano.<br />
Vereadores<br />
Na polêmica sobre número de vereadores nas câmaras catarinenses, uma questão que<br />
raras vezes é debatida, por conta da aversão geral à política: aumentar a quantidade de<br />
parlamentares não pode resultar em mais gastos. Simplesmente porque a dotação<br />
financeira das câmaras permanecerá igual. Quem perde, na verdade, são os próprios<br />
vereadores, que terão seus vencimentos congelados ou reduzidos.<br />
38
Imprensa<br />
O jornalista Valmor Fritsche foi escolhido por aclamação, na assembleia do MÓS<br />
(Movimento de Oposição Sindical), como candidato a presidente do sindicato da<br />
categoria. Dezenas de profissionais estiveram no encontro, realizado na sede da<br />
Associação Catarinense de Imprensa.<br />
Preocupação<br />
Leitor levanta uma questão sobre a construção do Centro Cultural da Aliança Francesa<br />
na avenida Beira-mar: foram realizados estudos de impacto de trânsito na região,<br />
considerada fundamental para a mobilidade no sentido Centro-UFSC? ―Nada contra a<br />
ideia, porque é uma iniciativa louvável, mas contra a falta de planejamento em<br />
Florianópolis‖, diz o leitor.<br />
Uma mãe<br />
Ainda sobre o Centro Cultural da Aliança Francesa, um gaiato não resistiu, depois de ler<br />
a matéria publicada no Notícias do Dia da última sexta-feira (8): ―Quer dizer que além<br />
de levar o terreno de graça, a Aliança ainda vai captar dinheiro público para a<br />
construção? Sim, porque Lei Rouanet significa renúncia fiscal! O governo anterior (de<br />
Santa Catarina) era mesmo ‗uma mãe‘‖.<br />
Nervos<br />
Guerra de nervos no Twitter: enquanto o governo e a mídia dizem – e provam – que os<br />
professores estão voltando às salas de aula, representantes do sindicato (Sinte) espalham<br />
o bordão ―a greve continua‖. Até pode ser, mas não como no auge, em maio e junho.<br />
Inferno sonoro<br />
"Cidadãos conscientes deveriam evitar as lojas que poluem o ambiente", clama Jonas<br />
Caldeira, residente no Kobrasol, em São José. Ele se refere especificamente ao caso de<br />
lojas que instalaram equipamentos de som nas ruas do bairro, propagandeando<br />
infernalmente suas ofertas, das 9h às 19h, todo santo dia.<br />
* * *<br />
Por que essas lojas não anunciam nas emissoras de rádio e televisão? O retorno seria<br />
muito maior e a cidade ficaria livre da poluição sonora.<br />
Pedaladas<br />
O vereador Romeu Franzoni Júnior (PP) ingressou com pedido de informações na<br />
Câmara de Florianópolis para saber por que os bicicletários junto aos terminais de<br />
ônibus não são ativados, mesmo com as estruturas prontas (banheiros, chuveiros e<br />
porta-objetos).<br />
39
Gelo<br />
Catarinenses estão se mobilizando para que São Joaquim seja escolhida como nova sede<br />
da Confederação Brasileira de Desportos do Gelo. Para votar é só acessar o site da<br />
confederação – www.cbdg.org.br<br />
Sem ofensa<br />
―Onde foi parar a cobertura em acrílico da passarela de pedestres do trevo do CIC? Vai<br />
fazer aniversário, desde sua retirada para suposta limpeza e conservação‖. O<br />
contribuinte Márcio Silva agradece à prefeitura por um suposto esclarecimento...<br />
Adelor Lessa<br />
Boeira e Eduardo se reúnem para tratar de aliança PMDB-<br />
PT em Criciúma<br />
O deputado federal Jorge Boeira, PT, e o vice-governador Eduardo Moreira, PMDB, se<br />
reuniram para discutir a montagem de uma frente de oposição em Criciúma, liderada<br />
por PMDB e PT, para disputar a prefeitura em 2012. Nada ficou definido, mas bem<br />
encaminhado. Os dois saíram em sintonia.<br />
Não chegou a ser discutida uma proposta de chapa. Apenas a intenção de fazer a<br />
aliança. Mas foram avaliados alguns nomes. Inclusive o do próprio Boeira. Ele admitiu<br />
ser candidato.<br />
Os dois "pactuaram" que vão trabalhar dentro dos seus partidos a proposta da aliança, e<br />
fazer a defesa de que devam ser "escalados" para a eleição os candidatos que estiverem<br />
em melhor posição à época.<br />
A reunião foi em Brasília, semana passada. Só teve duas testemunhas. Secretário<br />
catarinense de articulação nacional, Acélio Casagrande, e deputado federal Ronaldo<br />
Benedet, PMDB.<br />
Eduardo Moreira fez relato da reunião com Boeira, no encontro que teve com<br />
vereadores e dirigentes do PMDB de Criciúma, sábado pela manhã.<br />
Ontem, Eduardo disse que a vereadora Romanna Remor, ainda no DEM, deverá definir<br />
sobre filiação no PMDB nos próximos dias. Ela tem convite, mas continua avaliando<br />
circunstâncias. Se entrar no PMDB, Romanna passará a ser a principal alternativa do<br />
partido para disputar a prefeitura. Mas o nome do vereador Luiz Fernando Vampiro,<br />
secretário regional, continua no processo.<br />
Pelo PT, além de Jorge Boeira, é considerado o ex-deputado José Serafim.<br />
Saindo a Frente, com PMDB e PT juntos, é provável que a chapa tenha dois destes<br />
quatro nomes: Boeira, Serafim, Romanna e Vampiro.<br />
40
Ausente<br />
Apesar do clima da reunião de Brasília, o deputado Jorge Boeira não apareceu no ato do<br />
PMDB para homenagear Lírio Roso. A sua ausência surpreendeu, uma vez que ele<br />
havia confirmado que estaria no ato, acertou que iria discursar, o compromisso foi<br />
incluído na sua agenda e os dois assessores de imprensa do seu mandato foram para<br />
encontrá-lo no local. Ele não apareceu e não justificou. Mas estava em Criciúma, e<br />
minutos depois do ato, almoçava em uma churrascaria.<br />
POLÍTICA<br />
Secretário Leodegar Tiscoski presta contas na Câmara de<br />
Tubarão<br />
41<br />
Repercutiu positivamente, tanto<br />
para a imprensa quanto para a<br />
população em geral, a visita do<br />
secretário nacional de<br />
Saneamento, Leodegar Tiscoski<br />
à Câmara de Vereadores de<br />
Tubarão no início da semana.<br />
O secretário esteve no<br />
legislativo tubaronense para<br />
prestar contas do seu trabalho em<br />
Brasília. Mostrou muito<br />
conhecimento técnico na função<br />
e ficou satisfeito com a reunião. ―Foi uma boa oportunidade para prestarmos contas de<br />
nossas atividades e responder às dúvidas das lideranças e dos vereadores‖, disse.<br />
Leodegar aproveitou a reunião para esclarecer aos tubaronenses sobre essa defasagem<br />
de investimentos em algumas cidades do Sul em relação a Tubarão, principalmente<br />
quando comparado o número de habitantes.<br />
Citou sobre os investimentos nos serviços de água e esgoto e disse que o ministério fica<br />
impossibilitado quando esses serviços são privatizados.<br />
"Foi importante também para esclarecermos alguns pontos sobre as obras de<br />
redragagem do Rio Tubarão e novamente destacamos a importância da execução de<br />
projetos consistentes na captação de recursos", argumentou o secretário.<br />
A visita foi solicitada pelos vereadores do PP, Deka e Dionísio e acompanhada de<br />
líderes progressistas da região entre eles o suplente Gelson Bento.
Rolando Christian Coelho<br />
Tiririca: pior que tá, fica!<br />
Ao receber 1,3 milhão de votos como candidato a<br />
deputado federal por São Paulo, o palhaço Tiririca<br />
levou consigo para o Congresso Nacional mais três<br />
deputados. A bancada do PR, seu partido, elegeu,<br />
portanto, quatro deputados através do tal voto de<br />
protesto do eleitor paulista. Como o PR tem 40<br />
deputados federais, Tiririca é o responsável direto por<br />
10% dos representantes de seu partido na Câmara.<br />
Mesmo antes de estarem empossados os deputados já<br />
começam a travar uma briga homérica pela ocupação de espaços no governo.<br />
Geralmente partidos da base aliada, como é o caso do PR, recebem cargos<br />
proporcionalmente a voz das urnas. Sendo assim, os ―quatro Tiriricas‖ eleitos tiveram<br />
influência direta no preenchimento de ministérios e secretarias de governo. Ministérios<br />
como o dos Transportes, até pouco tempo ocupado pelo senador do PR, Alfredo<br />
Nascimento, que teve que deixar o cargo acusado de cobrar 4% de comissão sobre as<br />
obras pagas por sua pasta.<br />
Mas Tiririca é apenas uma metáfora do porquê que o Brasil é um país tão corrupto.<br />
Como ele, existem vários outros Tiriricas, seja no Congresso, nas Assembléias<br />
Legislativas ou nas Câmaras Municipais. Pessoas que disputam eleições pautadas<br />
apenas no oba-oba, nas promessas vãs, no discurso fácil. Eleitas não se sentem<br />
compromissadas com nada, até porque seus mandatos não são fruto de nada realmente<br />
programático.<br />
Em sua propaganda eleitoral o palhaço paulista cunhou um jargão que notabilizou sua<br />
campanha: ―Vote em Tiririca, pior do que tá não fica!‖. A efêmera passagem de Alfredo<br />
Nascimento pelo governo Dilma demonstrou justamente o contrário.<br />
PSD Nasce em SC<br />
Final de semana marcou a criação do PSD em Santa Catarina. De cara a sigla conta com<br />
as intenções de filiação do governador Raimundo Colombo, de três deputados federais,<br />
nove estaduais, 50 prefeitos e 300 vereadores. Só perde em representatividade para o<br />
PSD de São Paulo, que é comandado por Gilberto Kassab. A presidência estadual ficou<br />
com Nelson Serpa, que é procurador Geral do Estado. A secretaria geral ficou com o<br />
deputado sulista José Nei Ascari. A nova sigla corre contra o tempo para ser<br />
oficializada em nove Estados e fechar as 500 mil filiações necessárias para ser criada<br />
oficialmente, até a primeira semana de Outubro. Segundo Kassab, ―tudo está sob<br />
controle‖.<br />
42
Contradição<br />
Ao chegarem em Chapecó para saber como funciona o Hospital Regional do Oeste, que<br />
é referencia em saúde pública no Estado, o presidente da Amesc e prefeito de<br />
Araranguá, Mariano Mazzuco (PP), e o deputado estadual José Milton Scheffer (PP),<br />
receberam a seguinte informação: ―Enquanto o HRO esteve nas mãos de políticos, ele<br />
não funcionou‖. Sendo assim, a lição número um que se pode tirar dessa incursão ao<br />
Oeste é que o Hospital Regional de Araranguá não deve ficar sob a responsabilidade da<br />
Amesc, como chegou a ser ventilado. A situação, no entanto, é no mínimo contraditória:<br />
Se a saúde pública não deve ficar nas mãos do poder público, quem poderá nos salvar?<br />
PMDB Empolgado<br />
Encontro do PMDB realizado na sexta-feira em Sombrio deixou bem clara posição do<br />
partido em relação ao pleito do ano que vem: bancar candidaturas próprias aonde for e<br />
até mesmo aonde não for possível. Em especial no Extremo Sul Catarinense os ânimos<br />
do PMDB estão muito aflorados. Dos 15 municípios da Amesc a sigla tem o comando<br />
de oito prefeituras. Oficialmente o PMDB estadual, através do presidente Eduardo<br />
Pinho Moreira, pregou a manutenção da aliança com DEM e PSDB. Nos bastidores, no<br />
entanto, o PMDB tem aconselhado a aproximação com o PT, partido que<br />
provavelmente será seu colega de chapa na disputa pelo governo do Estado em 2014.<br />
Nomes de Sobra<br />
Vereador Jair Toretti, um dos nomes sempre lembrados para a chapa majoritária pelo<br />
PMDB de Turvo, diz que 2012 ainda não será a sua vez de encarar uma disputa à<br />
prefeitura. De acordo com ele, seu partido tem duas opções naturais: um possível<br />
projeto de reeleição de Ronaldo Carlessi, ou uma nova tentativa de chegar ao executivo<br />
por parte do empresário Tiago Zilli, que concorreu em 2004 contra o prefeito eleito José<br />
Brina Tramintin (PP). ―O PMDB nem discute uma terceira opção de tão natural que<br />
esses dois nomes são dentro do partido‖, ressalta Toretti. Carlessi também é lembrado<br />
pelo PMDB para a disputa de 2014 à Assembléia Legislativa.<br />
Jarbas Vieira<br />
Passo quer um terminal pesqueiro melhor<br />
Responsável pela movimentação de cinco toneladas de<br />
pescado por ano e geração de 400 empregos diretos, o<br />
Terminal Pesqueiro de Passo de Torres, que opera de<br />
forma precária, pode passar por um processo de<br />
reestruturação e modernização. O projeto começou a<br />
ganhar força nos últimos meses com a integração dos<br />
trabalhos organizados pelo deputado Zé Milton (PP),<br />
junto da prefeita Janaina Scheffer (PMDB), da ministra<br />
Ideli Salvatti (PT) e do superintendente do Ministério<br />
da Pesca, Horst Doering (PT), que esteve no município para conhecer a atual estrutura<br />
do terminal e para uma reunião com lideranças de Passo.<br />
Na oportunidade foram questionados os itens do projeto que pretende ampliar a<br />
movimentação para cerca de 20 mil toneladas/ano, aumentando a geração de emprego e<br />
43
a receita do município. "Precisamos nos reunir daqui a poucos dias com o esboço do<br />
projeto, para vermos a empresa que irá realizá-lo", declarou Zé Milton. Ao final ficou<br />
estabelecido que a prefeita e empresários do setor estarão se reunindo e no prazo<br />
máximo de 20 dias a comissão novamente irá se encontrar já com o esboço do projeto,<br />
para então o deputado, juntamente com o superintendente e a prefeita, buscarem<br />
recursos junto ao Ministério da Pesca para a elaboração do projeto executivo, com todas<br />
as licenças para então dar início a construção.<br />
Gás natural em Sombrio<br />
Depois de reunião realizada no dia 28 de junho, no auditório da Prefeitura de Sombrio,<br />
entre representantes da SCGás e autoridades políticas e empresariais do município, um<br />
novo encontro ficou acordado entre os participantes. A reunião técnica foi marcada pela<br />
gerente comercial da SCGás, Anna Cristina Limeira Martins Ferreira e confirmada pelo<br />
secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Sombrio, Carlos<br />
Gilberto de Oliveira.<br />
Será no dia 20 de julho, quando na parte da manhã serão apresentados projetos técnicos<br />
da SCGás, discutidas as formas de utilização do gás natural no município, feito<br />
levantamento dos volumes que serão convertidos para o gás e, à tarde, visitas às<br />
empresas interessadas em utilizar o produto. "Tivemos naquele primeiro encontro a<br />
promessa de agilidade no processo, já que Sombrio se mostrou realmente interessado na<br />
vinda do gás natural. Encaramos como positivo o rápido agendamento desta reunião<br />
técnica. Estamos otimistas", afirmou o prefeito de Sombrio, Professor Jusa (PP).<br />
Se assanhando<br />
Ex-gerente regional de Educação, professora Rosa Nagel, vem trabalhando para que o<br />
PMDB de Araranguá a lance candidata a prefeita na próxima eleição. Durante a reunião<br />
do partido realizada da última sexta-feira, em Sombrio, Rosa pediu pela foto ao lado do<br />
vice-governador Eduardo Moreira e para citá-la como aspirante ao posto. O deputado<br />
estadual Manoel Mota (PMDB) e o presidente do partido, Carlos Machado, são outros<br />
cotados para a disputa na maior cidade da região.<br />
Câmara<br />
Responsável pelo Programa Municipal de Educação Ambiental de Sombrio, Taise<br />
Serafim Godinho Raupp, fará hoje à noite, na sessão da Câmara de Vereadores, uma<br />
explanação sobre o Projeto Coleta Seletiva nas Escolas, parte do Programa Sombrio<br />
Ambiente e Vida (SAV), desenvolvido pelo município como forma de iniciar o<br />
processo de conscientização da população sobre a responsabilidade de separar o lixo<br />
reciclável e, assim, preservar o meio ambiente. Na mesma sessão, o suplente Aloísio<br />
Rodrigues Caetano (PP) assume a cadeira do vereador Paulo Humberto Borges (PP),<br />
que entra em licença.<br />
Conexsul<br />
Prefeitos dos sete municípios que integram o Consórcio Intermunicipal do Extremo Sul<br />
Catarinense (Conexsul) estarão reunidos na manhã desta terça-feira, 12 de julho, em<br />
Balneário Gaivota, para mais uma sessão ordinária da entidade. Em pauta estarão<br />
assuntos relacionados ao desenvolvimento da região formada por Praia Grande, São<br />
João do Sul, Passo de Torres, Santa Rosa do Sul, Jacinto Machado, Sombrio e Balneário<br />
Gaivota, como projetos de vigilância eletrônica, formas menos onerosas para depósito<br />
do lixo, turismo integrado e revitalização da Lagoa do Sombrio.<br />
44
E-maiL<br />
"Caro jornalista, sinto ter que discordar de sua opinião em 'Professores adotam<br />
estratégia errada'. Não poderíamos voltar depois de tanta luta com as mãos abanando,<br />
com o plano de carreira, nossa conquista histórica, abalados, por favor".<br />
Marisa - professora grevista - Santa Rosa do Sul<br />
Ele disse:<br />
“Quais são as bandeiras que carregamos hoje? Precisamos resgatar nossa identidade<br />
de lutas, mas para isso temos que conhecer os projetos atuais do partido”<br />
Presidente estadual do PMDB, vice-governador Eduardo Pinho Moreira, durante<br />
reunião realizada com peemedebistas do extremo-sul em Sombrio.<br />
Cláudio Humberto<br />
Lula agora usa recados para dar palpites a Dilma<br />
As relações da presidenta Dilma com o ex-presidente Lula continuam amistosas, mas<br />
eles falam cada vez menos. No começo do governo, jantavam secretamente pelo menos<br />
uma vez por semana, no Palácio Alvorada, e os contatos ao telefone eram diários, mas<br />
esses momentos foram diminuindo e hoje Lula tem recorrido até mesmo a recados, por<br />
amigos comuns, para fazer chegar os seus palpites à presidenta.<br />
Nem ao telefone<br />
Lula e Dilma falam tão pouco que ela não demitiu o ex-ministro Alfredo Nascimento,<br />
no primeiro momento, para não chatear o ex-presidente.<br />
Demissão imediata<br />
No velório de Itamar Franco, Lula pediu a Michel Temer e José Sarney para dar um<br />
recado a Dilma: ―Demita o Alfredo logo, para não ter crise‖.<br />
Boca fechada<br />
Sarney ouviu o recado de Lula para Dilma, sobre Alfredo Nascimento, e depois<br />
cochichou com um amigo: ―Eu não sou de levar recados...‖<br />
Recado tardio<br />
Só na terça chegou a Dilma o recado de Lula aconselhando-a a afastar o ministro dos<br />
Transportes. E Dilma mandou Alfredo se demitir.<br />
45
Viagens de diretores<br />
Escaldado com os passeios do governador Cabral (PMDB) em jatos e helicópteros<br />
amigos, o presidente da estatal de águas e saneamento (Cedae) Wagner Vícter mandou<br />
abrir sindicância para apurar denúncias de que três diretores viajaram à Europa e EUA<br />
com tudo pago pela Piralise do Brasil, a fornecedora mundial de centrífugas para<br />
tratamento de esgoto e detentora de contratos milionários na estatal.<br />
Nervos de aço<br />
A filha do diretor de produção da Ceade, Jorge Briard – responsável pelos contratos –, é<br />
funcionária da Piralise. Vícter está uma arara.<br />
Síndrome de Cabral<br />
Vícter, que sonha com o Legislativo, só se mexeu após o denunciante, ex-diretor da<br />
Cedae, ameaçar representação no Ministério Público-SP.<br />
Lexotan<br />
Dilma afirmou, no teleférico do Complexo do Alemão, no Rio, que quer contribuir<br />
―para o ambiente de paz‖. Mas logo ela, que gosta de gritar?<br />
Aviso prévio<br />
Esfriaram de vez as relações de Dilma e Sérgio Gabrielli (Petrobras). Ela não o mandou<br />
de volta à Bahia por causa da sucessão de crises, de Palocci a Nascimento. Na próxima<br />
maré de tranquilidade, ele roda.<br />
Classificados<br />
Aliados procuram um lugar ao sol para o suplente do senador Alfredo Nascimento (PR).<br />
Amigo de Lula, João Pedro (PT-AM), que presidiu a inútil CPI da Petrobras, é<br />
conhecido pelas abobrinhas no plenário.<br />
Oportunidade<br />
Por ordem da presidenta Dilma, a estatal Eletrobrás encaminhou à portuguesa EDP<br />
proposta de compra de 10% da empresa. Coisa de 1 bilhão de euros pela fatia. Ou ―mil<br />
milhões‖, como dizem em Portugal.<br />
Sem fumaça na Infraero<br />
O governo vai incinerar cocaína apreendida, mas não se livra das 300 mil revistas<br />
guardadas a sete chaves nos porões da Infraero, porque atribui mazelas dos aeroportos<br />
aos governos e prefeituras. A diretoria, envergonhada, mandou incinerá-las, mas até<br />
agora não se viu fumaça.<br />
46
Poder sem pudor<br />
Cobra morreu faz tempo<br />
Em debate acalorado sobre a veracidade dos dados do Cadastro Geral de Empregos nos<br />
governos FHC e Lula, o senador abestalhado Eduardo Suplicy (PT-SP) prometeu:<br />
- Vou mostrar o pau e a cobra morta...<br />
O então senador Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM) jamais perderia a chance da ironia<br />
carregada de perversidade:<br />
- A ―cobra morta‖ fica por sua conta...<br />
A hora de mudar de barco<br />
Matheus Madeira<br />
A legislação eleitoral evoluiu e nos trouxe a formidável garantia de que o parlamentar<br />
precisa manter-se no lado político pelo qual se elegeu _ salvo as exceções que estão<br />
sendo manifestas na criação do PSD. Porém, ainda não há uma regra de fidelidade dos<br />
partidos com seu eleitor. Restando algo em torno de um ano para as eleições<br />
municipais, a grande movimentação política dos municípios trata da busca dos governos<br />
pela captação de novos partidos, oposicionistas, segundo as eleições de 2008, para suas<br />
bases. O DS Entrevista do último final de semana confirmou que o PSDB de Imbituba<br />
se aproxima do PMDB, o que pode encerrar uma rivalidade histórica. Em Capivari de<br />
Baixo, o PP abriu a possibilidade de conversar com o PMDB; em Tubarão, o PSDB já<br />
tem o DEM (que migrará em boa parte para o PSD) e ainda busca o PMDB. Temos uma<br />
espécie de prazo limite para que os partidos que não gostaram muito de ser oposição<br />
troquem de barco. Aliás, muita gente ainda comenta que estas eleições estão sendo<br />
antecipadas, mas isso é uma realidade que, ao que tudo indica, será permanente. Com o<br />
poder e a caneta nas mãos, os partidos governistas dão o pontapé inicial para as<br />
composições, chamando quem lhe interessa, e quem está convicto em lançar um projeto<br />
alternativo precisa correr atrás.<br />
Petardos<br />
O PMDB de Tubarão realizou uma grande reunião regional na noite de sexta-feira, com<br />
a presença do vice-governador Eduardo Moreira, da secretária Ada de Luca e do<br />
deputado estadual Manoel Mota, entre outras lideranças. Edinho Bez coordenava<br />
reunião do Fórum Parlamentar Catarinense em Chapecó no mesmo momento.<br />
Edinho, porém, foi assunto permanente. Teve comentada a possibilidade de ter sua<br />
candidatura lançada à prefeitura. A possibilidade, claro, empolgou a militância do<br />
partido.<br />
Ninguém sabe ao certo até que ponto essa possibilidade realmente existe ou se é apenas<br />
uma forma de valorizar o passe do partido, que evidentemente teria uma candidatura de<br />
impacto com Edinho.<br />
47
Mas a ventilação do seu nome acaba tendo um efeito colateral: confirma ao mundo a<br />
falta de outros nomes para pleitar a composição majoritária.<br />
Além da discussão majoritária, o partido lançou um interessante curso de formação<br />
política para quem for candidato a algum cargo eletivo no ano que vem. São 13 aulas<br />
por vídeo com conteúdo denso. Iniciativa louvável do partido.<br />
O PSD realizou sua convenção estadual no sábado e mostrou força, sem sombra de<br />
dúvidas. Santa Catarina, pela adesão do governador, é um dos Estados onde o partido<br />
nasce mais forte, com bancada federal e estadual muito representativa.<br />
De Tubarão, uma grande comitiva esteve em Florianópolis, prestigiando o grande líder<br />
deste movimento, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.<br />
Romanna Remor cada vez mais perto do PMDB<br />
Criciúma - Ato oficial de criação do PSD,<br />
realizado ontem em Florianópolis não contou<br />
com a presença da vereadora Romanna Remor.<br />
Fato confirmou a decisão já anunciada pela<br />
vereadora de rever sua ida para o novo partido e<br />
indica uma aproximação ainda maior da<br />
parlamentar com o PMDB.<br />
Nos bastidores, corre a informação que Romanna<br />
estaria com as portas abertas para mudar de partido, rumar para o PMDB e ser a<br />
candidata do partido para a prefeitura de Criciúma em uma chapa unindo também o<br />
Partido dos Trabalhadores.<br />
Assembleia de SC deve seguir exemplo de MG e extinguir<br />
salário vitalício, afirma Padre Pedro<br />
O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou, na manhã da última<br />
quarta-feira (6), o projeto de lei 4/11, que extingue o salário vitalício pago a exgovernadores<br />
de Minas. O projeto será encaminhado para a sanção do governador.<br />
48
A decisão, tomada em segunda instância, revogou a lei 1.654, criada em 1957, que<br />
instituía a pensão. Essa lei dispõe que, na falta da viúva, os filhos menores ou filhas<br />
maiores, solteiras ou viúvas, sem rendimentos, podem ser beneficiários da pensão.<br />
O deputado Padre Pedro Baldissera afirmou que a medida é um avanço, no entanto,<br />
questiona a manutenção do benefício aos ex-governadores beneficiados depois da<br />
Constituição de 1988. O parlamentar observou que, mesmo com esta ressalva, a decisão<br />
da Assembleia de Minas Gerais é um exemplo para Santa Catarina. ―Este é o caminho<br />
que propomos, de retirada desta lei da Constituição. Devemos isso à sociedade<br />
catarinense‖, disse o parlamentar.<br />
Segundo a Assembleia de Minas Gerais, o projeto foi aprovado com as modificações<br />
determinadas no primeiro turno da votação. Deverão ser informados o nome de<br />
beneficiário de pensão vitalícia concedida a ex-governadores do Estado, suas viúvas ou<br />
filhos e o valor correspondente ao benefício. Esses poderão ser informados mediante<br />
requerimento fundamentado, apresentado por qualquer cidadão junto à Secretaria de<br />
Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). O projeto não tem efeito retroativo. Ou seja,<br />
aqueles que já recebem o subsídio (que é de R$ 10,5 mil, metade do salário do<br />
governador) seguem com o benefício garantido.<br />
O deputado Padre Pedro Baldissera afirmou que a medida é um avanço, no entanto,<br />
questiona a manutenção do benefício aos ex-governadores beneficiados depois da<br />
Constituição de 1988. O parlamentar observou que, mesmo com esta ressalva, a decisão<br />
da Assembleia de Minas Gerais é um exemplo para Santa Catarina.<br />
PEC de Padre Pedro propõe fim do benefício em SC<br />
Padre Pedro protocolou, em 3 de março deste ano, a Proposta de Emenda Constitucional<br />
(PEC) 03/2011, que revoga o artigo 195 da Constituição Estadual. O item, que permite<br />
o pagamento de um salário vitalício mensal a todos ex-governadores de Santa Catarina,<br />
é considerado inconstitucional pelo parlamentar. ―Além de um abuso, a questão aqui é<br />
de legalidade. A Constituição Federal proíbe equiparação de salários, e este subsídio<br />
vitalício é vinculado ao salário dos desembargadores. E ele ainda cria um critério<br />
diferenciado para aposentadoria dos beneficiários do regime geral de Previdência<br />
Social, o que também é incostitucional‖, destaca Padre Pedro.<br />
Além de duas ações na justiça catarinense (2006 e 2007) e de uma reclamação no STF<br />
(2008), o parlamentar acredita que a proposição da PEC pressiona por uma posição<br />
clara do parlamento, que segundo ele ―terá a chance de mostrar à sociedade uma ação<br />
objetiva de respeito com os cofres públicos‖.<br />
49
POLÍTICA<br />
Deputado traz secretário do Deinfra para percorrer obras em<br />
andamento na serra<br />
Verificar a situação do andamento de algumas das<br />
obras em execução é o motivo da visita que o<br />
secretário da Infraestrutura Valdir Cobalchini, faz<br />
nesta segunda (11), pela serra catarinense, a convite do<br />
deputado Elizeu Mattos (PMDB).<br />
Acompanhados pela secretária da SDR/São Joaquim,<br />
Solange Scortegagna Pagani, o secretário e o líder do<br />
Governo, iniciam vistoria pela SC 439, trecho<br />
Urupema/Rio Rufino. Em São Joaquim percorrem a<br />
rodovia Caminhos da Neve e visitam a estação da<br />
Epagri e o aeroporto local. Em Urubici, passam pela<br />
rodovia Serra do Corvo Branco e retornam, no final da tarde, a Florianópolis.<br />
Deslocamento da comitiva acontece no trecho de revitalização (contorno) da SC 439, às<br />
10h.<br />
Maiores informações pelo fone (49) 8833-4598/Solange.<br />
POLÍTICA<br />
PDS dá arrancada inicial rumo às eleições/2012<br />
A próxima campanha eleitoral já começou, isso, há um ano e três meses antes do pleito.<br />
Principalmente para os partidos políticos e suas lideranças, é a chamada organização<br />
partidária, um dos principais itens da competitividade eleitoral. Em suas bases, o<br />
deputado estadual Gelson Merisio, Presidente da Assembléia Legislativa de SC, e o<br />
deputado federal João Rodrigues (licenciado), atualmente exercendo o cargo de<br />
Secretário de Estado da Agricultura, reuniram mais de 200 lideranças da região,<br />
provenientes de mais de 100 municípios, desde Tangará no Meio Oeste até Dionísio<br />
Cerqueira na divisa com a Argentina.<br />
50
Merisio destaca que foi um ‗‘encontro de integração regional‘‘, que dá a arrancada<br />
para as eleições municipais de 2012. Observou que a partir de agora o foco é preparar<br />
lideranças e definir os pré - candidatos. Também destacou o propósito de reunir a<br />
organização e construir uma rede de trabalho prestativa e eficiente para um projeto<br />
regional liderado pelo mesmo e João Rodrigues, e que ambos irão trabalhar para eleger<br />
os ‗‘nossos candidatos‘‘. Comentou que as denúncias contra a criação do PSD não<br />
comprometem em nada a formação do partido e que a agremiação muitas vezes é<br />
atacada por sua força que já nasceu com base de 60 deputados federais e um projeto<br />
nacional que inclui novos nomes para a próxima campanha presidencial.<br />
João Rodrigues assegura que o encontro mostra a força do novo partido. ‗‘Todos nós<br />
somos um só exército‘‘ comparou, salientou ainda que se o novo partido é forte porque<br />
todos estão fazendo parte. ―Eu e o Merísio temos um projeto para o Oeste e estamos<br />
executando a custo de muito trabalho e o que é mais importante, com o apoio de todos‖.<br />
O Prefeito de Chapecó, José Caramori declarou que a região Oeste está seguindo seus<br />
lideres e citou que sem desmerecer as demais regiões do Estado que agora os ventos<br />
estão soprando do Oeste ao litoral.<br />
Greve é consequência da falta de atitude do governo, aponta<br />
deputada<br />
A continuidade da greve do magistério em Santa Catarina pautou o pronunciamento da<br />
deputada Ana Paula Lima (PT), no plenário da Assembleia Legislativa nesta quintafeira<br />
(07). A parlamentar tem acompanhado de perto a paralisação e mais uma vez se<br />
manifestou em defesa da mobilização dos professores pelo pagamento do piso nacional,<br />
conforme previsto em lei.<br />
―Os professores esperaram uma ação do Governo do Estado, depois que Luis Henrique<br />
entrou com uma ação para não pagar o piso. Mas os professores ganharam esta causa na<br />
justiça. O erro do atual governo foi demorar em fazer uma proposta e, quanto fez, tentou<br />
tirar conquistas históricas da categoria‖, comentou.<br />
A deputada afirmou que compartilha do anseio da sociedade pelo retorno às aulas. Ao<br />
mesmo tempo, salientou que é o momento para a sociedade exigir do Estado as<br />
condições necessárias a um ensino de qualidade. ―É claro que nós queremos a volta às<br />
aulas, sabemos da angústia dos pais e dos alunos. Mas a greve é um movimento<br />
legítimo, uma luta justa, por isso estamos junto‖, enfatizou.<br />
Governo Federal – A deputada também falou sobre a consolidação da economia<br />
brasileira e os reflexos disso para a população, enquanto países europeus estão em crise.<br />
―Brasileiros que estavam vivendo no exterior estão retornando ao Brasil porque o país<br />
está bem. Até os americanos estão fazendo curso de português para vir investir e<br />
trabalhar aqui. Isso é resultado do bom governo feito pelo presidente Lula e pela<br />
presidenta Dilma. Como já dizia Lula, a crise mundial foi para o Brasil uma marolinha‖,<br />
disse Ana Paula.<br />
51
Já no Estado, Ana Paula avalia que a administração não está correspondendo às<br />
expectativas da população. Ela citou as Secretarias de Desenvolvimento Regional<br />
(SDRs), tidas como canais de descentralização da gestão. ―Descentralizar o governo<br />
sem descentralizar o orçamento, não é descentralizar. Temos visto problemas em várias<br />
áreas nos municípios. Aquilo que a população mais precisa não está mais perto com as<br />
SDRs‖, comentou.<br />
PSD surge oficialmente em Balneário Camboriú<br />
Da Assessoria de Imprensa<br />
Florianópolis, SC - Os vereadores<br />
Claudir Maciel e Dão Koeddermann<br />
participaram nesse sábado (9) do<br />
lançamento oficial do Partido Social<br />
Democrático (PSD) de Santa Catarina e<br />
aproveitaram o ato para também<br />
oficializar o diretório da sigla em<br />
Balneário Camboriú. Os parlamentares<br />
apostam no novo partido no município<br />
para levar um dialogo democrático à<br />
administração e apresentar uma proposta<br />
de trabalho de prioridade aos setores de<br />
saúde e educação.<br />
A partir do lançamento oficial do PSD no estado, as lideranças municipais vão indicar<br />
uma executiva com sete responsáveis pela gestão da legenda. A meta é conseguir até<br />
setembro 500 filiações na cidade e contribuir para o coeficiente de formação do partido<br />
em nível nacional.<br />
O PSD pretende apresentar candidatura à Prefeitura em 2012, por acreditar que pode ser<br />
feito mais por Balneário Camboriú. Qualificar o atendimento de saúde da população,<br />
abrir o Hospital Ruth Cardoso, ampliar o numero de vagas na educação e oferecer<br />
condições de trabalho aos profissionais do setor são algumas das metas.<br />
Dão Koeddermann e Claudir Maciel colocaram os nomes à disposição do partido para<br />
concorrer à eleição majoritária do próximo ano. Acreditam no consenso para definir<br />
uma candidatura à Prefeitura de Balneário Camboriú, que possa estar junto da<br />
população e entender as necessidades de cada cidadão.<br />
PSD EM SANTA CATARINA - A cerimônia de formação do PSD em Santa Catarina<br />
contou com a participação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; com o candidato a<br />
52
vice-presidência no ultimo pleito Índio da Costa (RJ) e com o governador catarinense<br />
Raimundo Colombo. O advogado blumenauense Nelson Serpa foi aclamado como<br />
presidente da legenda no estado e participou da mesa de condução dos trabalhos ao lado<br />
do prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing.<br />
O PSD catarinense nasce com 35 mil filiados, governador, três deputados federais, nove<br />
deputados estaduais, 56 prefeitos e mais de 500 vereadores. A meta é atingir esse ano o<br />
número de 50 mil filiados no estado. O deputado estadual Mauricio Eskudlark e a<br />
vice-prefeita de Itajaí, Dalva Rhenius, foram outros representantes da região presentes<br />
no evento realizado na Assembleia Legislativa.<br />
Timboense Indicado para o STJ será sabatinado na próxima<br />
segunda-feira<br />
Está marcada para segunda-feira (11), às 15h, na Comissão de Constituição, Justiça e<br />
Cidadania (CCJ) do Senado Federal, a sabatina dos desembargadores Marco Aurélio<br />
Gastaldi Buzzi e Marco Aurélio Bellizze Oliveira, indicados pela presidenta da<br />
República, Dilma Rousseff, para ocupar os cargos de ministros do Superior Tribunal de<br />
Justiça (STJ).<br />
Na sessão do dia 11, os dois indicados serão submetidos à arguição pelos membros da<br />
CCJ e, em seguida, os relatórios serão votados. Uma vez aprovados, os nomes são<br />
levados à votação pelo Plenário do Senado Federal para, só então, serem nomeados pela<br />
presidenta da República.<br />
Os magistrados – oriundos, respectivamente, de Santa Catarina e do Rio de Janeiro –<br />
vão substituir o ministro aposentado Paulo Medina e o ministro Luiz Fux, nomeado para<br />
o Supremo Tribunal Federal (STF).<br />
Eles foram escolhidos, junto com outros dois, entre 60 candidatos. Os desembargadores<br />
Marco Aurélio Buzzi, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e Marco Aurélio<br />
Bellizze, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, obtiveram 22 e 17 votos,<br />
respectivamente, em segundo escrutínio. No primeiro, ninguém foi eleito, pois não<br />
alcançaram os 17 votos necessários para integrar a lista tríplice.<br />
53
POLÍTICA<br />
Ambientalista do Alto Vale deixa o PV<br />
Miriam Prochnow da Apremavi e outros filiados deixam o PV juntamente com<br />
Marina Silva. "Por uma nova política". Leia manifesto da ex-candidata a<br />
deputada federal.<br />
Assessoria de imprensa<br />
Hoje, junto com Marina Silva, saio do PV. Essa atitude pesa no coração e é tomada<br />
depois de muita reflexão. Sou uma das fundadoras do PV em Santa Catarina. Fui<br />
candidata em 1988. Fizemos uma belíssima campanha: ―que as ideias floresçam e a<br />
árvores cresçam‖. Foi a primeira vez na história de SC que uma chapa só de mulheres<br />
disputou uma prefeitura.<br />
Na década de 90 tive que optar entre a militância partidária e o trabalho na ONG<br />
ambientalista que eu havia ajuda a criar em 1987. Em 2009 fui chamada a retornar<br />
exatamente sob o argumento de ter chegado o momento do PV dar a volta por cima e<br />
aproveitar a oportunidade única de fazer uma grande diferença na política de<br />
desenvolvimento sustentável no Brasil.<br />
Acreditando nisso aceitei ser candidata à Deputada Federal e fazer uma campanha com<br />
grandes desafios.<br />
Essa experiência foi uma das melhores da minha vida e conseguimos movimentar<br />
pessoas, ideais, caminhos e esperanças, que continuam acesas para continuar<br />
movimentando os rumos de um país melhor. Infelizmente isso não é mais possível<br />
dentro do PV. Precisamos de uma Nova Política. Aagradeço de coração todo o apoio<br />
recebido durante todo este período. Reforço aqui meu compromisso com o futuro<br />
sustentável do Planeta.<br />
Carta de desfiliação enviada à direção do PV<br />
Chegou a hora de acreditar que vale a pena, juntos, criarmos um grande movimento para<br />
que o Brasil vá além e coloque em prática tudo aquilo que a sociedade aprendeu nas<br />
últimas décadas, experimentando a convivência na diversidade, a invenção de novas<br />
maneiras de resolver problemas solidariamente, indo à luta à margem [das estruturas<br />
burocráticas] do Estado para defender direitos, agindo em rede, expandindo e agregando<br />
conhecimento sobre novas formas de fazer, produzir, gerar riquezas sem privilégios e<br />
sem destruição do incomparável patrimônio natural brasileiro.<br />
Esse texto, que abre o documento ―Juntos pelo Brasil que queremos – diretrizes para o<br />
programa de governo‖, expressa a motivação do grupo de pessoas que assina esta carta<br />
54
ao ingressar no Partido Verde e que tinha na candidatura de Marina Silva à Presidência<br />
da República a oportunidade de ampliar essas ideias e dialogar com a sociedade.<br />
Participamos, ao longo dos últimos 22 meses, da vida partidária com a expectativa de<br />
colaborarmos para colocar em prática os três compromissos que marcaram a entrada da<br />
Marina no partido: a candidatura própria à Presidência da República, a revisão<br />
programática e a reestruturação estatutária.<br />
Apesar das dificuldades próprias de uma candidatura dessa envergadura, e algumas<br />
geradas por resistências internas a um projeto efetivamente autônomo, realizamos uma<br />
campanha ampla, que envolveu a militância do partido e a colaboração de inúmeras<br />
pessoas da sociedade que encontraram na candidatura um meio de expressão e de<br />
representação de desejos e esperança.<br />
Depois de um resultado expressivo na eleição, entendíamos que era o momento de<br />
aproximarmos ainda mais o PV desse legado, incorporando na prática do partido<br />
propostas como uma nova forma de fazer política, o diálogo horizontal com a sociedade<br />
por meio de redes sociais – digitais ou não, a sustentabilidade como valor central para<br />
um projeto de desenvolvimento e muitas outras que receberam ampla adesão social.<br />
Chegamos nesse momento em que reconhecemos que não é possível trilhar esse<br />
caminho dentro do PV. As resistências internas, que durante a campanha eram veladas e<br />
pontuais, expressaram-se claramente na sua totalidade. A direção do partido, em sua<br />
maioria, disse não à democratização de suas estruturas institucionais, ao diálogo com a<br />
sociedade e a um projeto autônomo de construção partidária.<br />
Acreditamos que essas propostas não podem ficar enclausuradas em estruturas arcaicas<br />
de poder. Queremos resgatar as motivações originais desse projeto, agora participando<br />
da construção de uma nova política efetivamente democrática, ética, ecológica,<br />
participativa, inovadora e conectada com os desafios e oportunidades que o século 21<br />
nos impõe.<br />
Pelas razões acima expostas, comunicamos à direção nacional do PV nossa desfiliação,<br />
juntamente com Marina Silva. Aos milhares de militantes do partido, estaremos sempre<br />
juntos na construção de um Brasil justo e sustentável.<br />
Adriana Ramos<br />
André Lima<br />
Bazileu Alves Margarido Neto<br />
Guilherme Leal<br />
João Paulo Capobianco<br />
José Paulo Teixeira<br />
Juarez de Paula<br />
Luciano Zica<br />
Marcos Novaes<br />
Marina Silva<br />
Miriam Prochnow<br />
Pedro Ivo Batista<br />
Ricardo Young<br />
Roberto Kishinami<br />
55
Rubens Gomes<br />
Sérgio Guimarães<br />
POLÍTICA<br />
Câmaras de vereadores em Santa Catarina criaram 114 novas<br />
vagas nos últimos meses<br />
O Estado pode ter mais 292 parlamentares a partir de 2013<br />
Gabrielle Bitelbrun - gabrielle.bitelbrun@diario.com.br<br />
Nos últimos meses, sem muito barulho, para que poucos percebessem, 30 câmaras<br />
aprovaram projetos que criaram 114 novas vagas de vereador em Santa Catarina.<br />
Em outros nove municípios, projetos estão sendo discutidos e, se aprovados,<br />
significarão mais 32 vagas. Além disso, outros 41 municípios podem adaptar suas leis<br />
orgânicas para aumentar a quantidade de representantes. Com base nessa<br />
movimentação, amparada por uma emenda constitucional aprovada em 2009, Santa<br />
Catarina pode ter mais 292 vereadores a partir de 2013.<br />
O arquivamento do projeto em Jaraguá do Sul, na terça-feira, motivado por uma<br />
campanha contrária que teve repercussão nacional, levanta, novamente, a reflexão: é<br />
realmente necessário o aumento do número de vereadores em Santa Catarina?<br />
A defesa dos parlamentares é que, com mais cadeiras, aumenta a representação da<br />
população.<br />
— Com a medida, outras áreas da cidade poderão ter representatividade. Aumentarão<br />
também as possibilidades de discussão, inclusive junto ao Executivo — diz Jaime<br />
Tonello (DEM), presidente da Câmara da Capital, que aumentou de 16 para 23 vagas.<br />
O presidente da União dos Vereadores de Santa Catarina, Itamar Agnoletto (PSDB),<br />
ressalta que a PEC recompõe vagas que foram extintas e que o aumento exigirá apenas<br />
remanejamento de gastos, já que os repasses para as câmaras não aumentam.<br />
As opiniões dos políticos estão longe da unanimidade. O cientista político da Univali,<br />
Eduardo Guerini, considera que práticas negativas e escândalos fazem com que a<br />
população não acredite nas funções básicas do Legislativo — de promover melhorias<br />
56
por meio de leis e de fiscalizar o Executivo. Por isso, para Guerini, são justificáveis<br />
protestos, como de Jaraguá do Sul, contra o maior número de parlamentares.<br />
— O aumento em quantidade não significa aumento da qualidade dos serviços<br />
prestados.<br />
Para ele, o aumento de vereadores é mal-visto, também, porque ampliar gastos é<br />
totalmente incompatível com a realidade do Estado e do país.<br />
A semana política<br />
POLÍTICA<br />
Comece a semana bem informado. Veja aqui os principais fatos que marcaram a última<br />
semana no campo da política. Saiba detalhes sobre a movimentação de Adilson Mariano<br />
para continuar no PT; acompanhe a discussão sobre o aumento do número de<br />
vereadores em Joinville; e confira os bons resultados apresentados pela Companhia<br />
Águas de Joinville.<br />
Adilson Mariano promove evento parar ficar no PT<br />
O vereador Adilson Mariano promoveu, neste sábado, um evento para angariar apoio à<br />
sua permanência no Partido dos Trabalhadores (PT), no qual enfrenta um processo de<br />
expulsão. O pedido de expulsão veio à tona na sexta-feira passada (1/7) e foi feito por<br />
um grupo de filiados ligados à ala do prefeito Carlito Merss. Entre eles, os outros<br />
vereadores petistas: Manoel Bento, Bellini Meurer e João Rinaldi.<br />
Mariano é ligado a uma corrente minoritária do PT, chamada Esquerda Marxista. Com<br />
uma postura política mais radical, a ala de Mariano tem entrado em conflito com o<br />
grupo de Carlito desde que este assumiu a administração municipal. O rompimento em<br />
público do vereador com o governo tornou a relação cada vez mais difícil e chegou ao<br />
seu limite durante a greve dos servidores municipais, no mês passado.<br />
O movimento, que desgastou ainda mais a imagem de Carlito Merss, foi visto como<br />
uma rusga política pela administração, já que a direção do sindicato dos servidores é<br />
ligada à Esquerda Marxista. E Mariano também fez questão de se mostrar ao lado dos<br />
servidores durante todo o processo.<br />
O pedido de expulsão foi encaminhado à Executiva Estadual do PT, que decidirá nesta<br />
semana inicia o processo. Se iniciar, ouvirá a defesa de Mariano. Enquanto isso, o<br />
vereador segue articulando o apoio, principalmente de sua ala partidária.<br />
57
Aumento do número de vereadores<br />
O aumento do número de vereadores voltou a ser discutido em Joinville. Um grupo,<br />
líderes de seus partidos, procuraram o presidente da Câmara, Odir Nunes, para solicitar<br />
a atualização da lei que versa sobre o número de legisladores. De acordo com a Emenda<br />
Constitucional 58/2009, no Artigo 29, cidades com mais de 450 mil habitantes podem<br />
ter até 25 vereadores. O presidente Odir Nunes sugeriu ao grupo que procurassem<br />
membros de outros partidos maiores – DEM, PMDB e PSDB – para participarem da<br />
discussão. Ele afirmou também que a questão será amplamente discutida com a<br />
sociedade antes de qualquer decisão.<br />
Águas de Joinville apresenta bons resultados<br />
Empresa de economia mista – mas com 99% das ações pertencentes à Prefeitura –, a<br />
Companhia Águas de Joinville apresentou, nessa semana, bons resultados. O primeiro é<br />
a economia de mais de R$ 10 milhões, conseguida por meio do setor de licitações. Isso<br />
ocorreu porque a Companhia prevê um orçamento para as suas obras, mas fecha<br />
contrato com a empresa que oferece o menor preço. Nesse processo, economizou o<br />
montante.<br />
O segundo é um prêmio nacional conquistado pela Companhia com o projeto ―Óleo e<br />
Água não se misturam‖. O objetivo do projeto é diminuir a quantidade de óleo de<br />
cozinha despejada na rede de esgoto, já que este é o principal problema de entupimento<br />
das redes.<br />
SÃO FRANCISCO DO SUL<br />
Governo do Estado fará repasse de mais de R$ 3,5 milhões a<br />
Apaes da Região<br />
O Governo do Estado, através da Fundação Catarinense de Educação Especial, fará um<br />
repasse anual de R$ 3.645.143,32 a sete Apaes (Associações de Pais e Amigos dos<br />
Excepcionais) e quatro associações de educação especial de Joinville e Região<br />
A verba referente a 2011 será destinada ao pagamento de salários de professores da rede<br />
estadual, cedidos às instituições.<br />
58
O acordo foi firmado na tarde de sexta (08) na Apae de Joinville, com a participação de<br />
presidentes das Apaes de Joinville, Araquari, Barra Velha, Balneário Barra do Sul,<br />
Garuva, Itapoá e São Francisco do Sul.<br />
Representando o secretário de Desenvolvimento Regional de Joinville, estavam a<br />
gerente de Assistência Social, Trabalho e Habitação da SDR - Joinville, Maria José<br />
Fettback e a assistente do secretário, Larissa Grun Brandão do Nacimento.<br />
Valores anuais por instituição:<br />
Apae Joinville - R$ 1.524.648,84<br />
Apae Barra Velha - R$ 267.934,81<br />
Apae Garuva - R$ 74.028,37<br />
Apae Balneário Barra do Sul - R$ 237.936,27<br />
Apae São Francisco do Sul - R$ 420.200,82<br />
Apae Itapoá - R$ 169.346,84<br />
Apae Araquari - R$ 193.229,14<br />
AMA - R$ 533.301,34<br />
ISPERE - R$ 12.370,41<br />
AJIDEVI - R$ 191.940,84<br />
APISCAE - R$ 20.205,64<br />
Secretária Municipal de Turismo deixa o governo de Luiz<br />
Zera<br />
A Secretária Municipal de Turismo Jamille de Freitas Machado pediu exoneração do<br />
cargo na última sexta-feira (08)<br />
Mais uma valiosa e competente profissional decide voltar para o mercado privado. As<br />
duas jovens profissionais graduadas na área de turismo que compõe a equipe da exsecretária,<br />
também devem deixar os cargos.<br />
Até final de setembro, mais duas pessoas do primeiro e segundo escalão ligadas ao<br />
governo municipal, deixarão Luiz Zera.<br />
59
POLÍTICA<br />
65
POLÍTICA<br />
72
Blog Ivan Exxtra<br />
Bastidores da política em SC<br />
Por Ivan Lopes da Silva<br />
Política partidária antiquada<br />
A coluna do final de semana (Marina e as ―velhas<br />
práticas‖ políticas) que abordou o descrédito pelos<br />
partidos políticos, pode abrir uma discussão para<br />
pensar em outras formas de fazer política no país.<br />
Forma onde o cidadão possa participar,<br />
efetivamente, sem meandros impostos por um<br />
reduzido grupo de pessoas que tomam as decisões<br />
sozinhas como se fossem donas das agremiações.<br />
O atual modelo, engessado por uma legislação<br />
caduca, onde o Congresso discute reformas, mas<br />
pelo que se tem visto, tudo vai ficar como está,<br />
pois algumas propostas podem piorar ainda mais o sistema eleitoral.<br />
Portanto, questionam-se também os partidos como instrumentos de participação política<br />
e pergunta-se por outros canais de participação. Fica cada vez mais evidente a<br />
preferência pela atuação política nos movimentos sociais e organizações não<br />
governamentais (ONGs), tidos como instrumentos mais imediatos, eficientes e diretos<br />
de atuação. Muitos vêem nas iniciativas da sociedade civil formas de democracia direta,<br />
passando como alternativas aos partidos e passando até por cima do Estado. Até mesmo<br />
na linguagem fala-se mais em cidadania do que em política.<br />
E as mudanças? Elas ocorrem através dos partidos políticos ou através dos movimentos<br />
sociais? O certo é que os movimentos sociais e as ONGs não devem tirar o lugar das<br />
organizações político-partidárias, mas desafiá-las a se renovarem. Não há dúvida de que<br />
o partido político é que deve aglutinar as reivindicações sociais, específicas dos<br />
movimentos sociais, e elaborar um projeto político para toda a sociedade.<br />
A dimensão político-partidária do agir político é, hoje, nas sociedades democráticas<br />
ocidentais, imprescindível, embora apareçam também claros os seus limites e a<br />
necessidade de que, a seu lado, se fortaleçam outras dimensões do agir político.<br />
Assim sendo, a política, hoje, ao mesmo tempo em que perde espaço nas<br />
macroestruturas, ganha lugar no nível do cotidiano das pessoas. Há no espaço<br />
comunitário uma onda expressiva de experiências participativas. Reivindicam-se<br />
73
democracia em todas as esferas que implicam relações interpessoais, desde a família, a<br />
associação de bairro, a escola e o trabalho.<br />
As mudanças sociais só acontecem mediante um processo de transformação capaz,<br />
também, de gerar bem-estar e felicidade na vida das pessoas. Desejase fazer política<br />
sem sacrificar a própria subjetividade, a emoção e o sentimento. A subjetividade não se<br />
opõe à cidadania, mas a prolonga, enriquecendo-a com novas dimensões.<br />
Então, como atividade há alternativa, como promover um debate em que os próprios<br />
alunos, cada um ou cada grupo, defenda o programa e as bandeiras de um partido. As<br />
diretrizes e os documentos dos principais partidos estão disponíveis nos sites<br />
correspondentes. Após a defesa de cada partido (pode-se representar os principais<br />
partidos que concorrem nas eleições nos estados e no país em 2010), conversar sobre<br />
estas questões, por exemplo:<br />
O que diferencia os partidos apresentados?; estas diferenças acontecem na prática ou<br />
apenas nos programas desses partidos?; que espaços de participação e de decisão os<br />
partidos oferecem aos jovens?; através da democracia representativa e dos partidos<br />
políticos, podemos construir o país e o estado de nossos sonhos?; como os partidos<br />
estão se organizando e articulando para as eleições deste ano?; o que há de bom e que<br />
discrepâncias você está percebendo?; de que forma estamos acompanhando e nos<br />
preparando para estas eleições?, entre outras indagações que o eleitor acredita ser<br />
pertinentes.<br />
ivan@exxtra.com.br<br />
Secretaria da Educação divulga calendário de reposição das<br />
aulas<br />
Reposição das aulas em julho, utilizando 10<br />
dias do recesso escolar, se estendendo até<br />
30 de dezembro e sem aulas aos sábados.<br />
Estas foram as principais decisões tomadas<br />
na reunião realizada na sexta-feira (8), em<br />
Lages, entre o governador Raimundo<br />
Colombo, o secretário Marco Tebaldi,<br />
diretores da Secretaria de Estado da<br />
Educação e os 36 gerentes regionais de<br />
Educação (foto).<br />
―Vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para repor as aulas e restabelecer o ano<br />
letivo, e nossa prioridade agora são os alunos‖, destacou o governador, lembrando que<br />
80% dos professores já retornaram às suas unidades escolares. Para o secretário Tebaldi,<br />
não tem mais sentido para a paralisação ainda de professores. ―Todos os canais de<br />
negociação foram abertos e fomos até nosso limite‖, ressaltou.<br />
De acordo com a diretora de Educação Básica, Gilda Mara Penha Marcondes, a<br />
reposição ocorrerá sempre de segunda a sexta-feira, sendo que os feriados de 28 de<br />
74
outubro e 14 de novembro também serão destinados para o cumprimento dos 200 dias<br />
letivos previstos em lei.<br />
Outra alternativa para os professores reporem os conteúdos é usar as aulas de colegas<br />
que por algum motivo não possam ir trabalhar em determinado dia, preenchendo essa<br />
lacuna. Mas tudo será feito mediante algumas regras, como não extrapolar três aulas<br />
seguidas da mesma disciplina.<br />
Secretaria e gerências regionais de Educação vão acompanhar a reposição, no dia a dia<br />
escolar, e promoverão encontros sistemáticos de avaliação. Em início de agosto vão se<br />
reunir para avaliar o mês de julho e assim por diante.<br />
Já os professores que ainda não retornaram às suas escolas terão dificuldades em<br />
encerrar o ano letivo em 2011. ―Por isso, pedimos que voltem na segunda-feira para não<br />
comprometerem o ano letivo‖, apela a diretora. ―Consideramos que a greve acabou por<br />
indicativos da maioria das regionais e que na segunda tudo voltará ao normal‖, declara.<br />
Para as escolas que não participaram do movimento grevista, o calendário escolar<br />
continua o mesmo: recesso de 18 a 29 de julho e encerramento do ano letivo no dia 16<br />
de dezembro.<br />
Gerentes de Educação vão conversar pessoalmente com<br />
professores em greve<br />
Durante reunião na sexta-feira (8) entre o<br />
governador Raimundo Colombo, a<br />
Secretaria de Educação e os gerentes<br />
regionais da área, ficou acordado que os<br />
gerentes atuarão no diálogo com os<br />
professores que ainda não voltaram às salas<br />
de aula. "Agora vamos fazer a reposição<br />
das aulas. Visitar colégio por colégio,<br />
diretor por diretor, sala por sala e vamos<br />
normalizar a educação. É isso que a<br />
sociedade quer e quem quer voltar para a sala de aula tem todo o direito de voltar‖,<br />
finaliza o governador.<br />
Além de pedir um trabalho em conjunto, o governador relembrou toda a negociação<br />
feita nesses 50 dias de greve e no trabalho do Governo em atender as reivindicações,<br />
pagar o piso e respeitar os limites financeiros do Estado. "Uma greve se dá quando não<br />
há conversa, quando há contraponto, mas não fizemos nada disso. O movimento e as<br />
reivindicações sempre foram entendidos como justas, então por que fazer greve?",<br />
explicou Colombo durante a fala aos gerentes de Educação.<br />
Raimundo Colombo frisou que 80% dos professores, conforme números desta quintafeira<br />
(7), já voltaram e que, se for preciso, serão contratados professores ACTs<br />
(Admitidos em Caráter temporário). "Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance<br />
para repor as aulas e restabelecer o ano letivo. Nossa prioridade nesse momento são os<br />
alunos", completou o governador.<br />
75
Cabo eleitoral de Passo de Torres é condenado por fazer boca<br />
de urna<br />
A juíza da 54ª Zona Eleitoral (Sombrio),<br />
Alessandra Meneghetti, condenou o cabo eleitoral<br />
Isael Lessa Silveira à pena de sete meses de<br />
detenção e ao pagamento de onze dias-multa por ter<br />
realizado propaganda de boca de urna em Passo de<br />
Torres em 3 de outubro do ano passado, data do 1º<br />
turno das Eleições 2010. A sentença foi publicada<br />
na terça-feira (5) e pode ser recorrida ao Tribunal<br />
Regional Eleitoral de Santa Catarina.<br />
Na sentença, a magistrada declarou que Silveira foi visto na manhã do dia do pleito<br />
distribuindo material eleitoral pela janela do carro que dirigia e depois foi flagrado por<br />
policiais, que encontraram e apreenderam 2.469 folhetos, 291 cédulas de propaganda e<br />
14 adesivos para automóvel.<br />
O material divulgava dois candidatos do DEM, Gelson Merísio e Romanna Remor, e<br />
cinco do PP: Angela Amin (foto), Hugo Biehl, João Pizzolatti Júnior, José Milton<br />
Scheffer e Maria Elizabeth Tiscoski.<br />
"A autoria do crime imputada ao réu está demonstrada nas provas já analisadas, que<br />
informam claramente que ele foi a única pessoa envolvida na prática do fato", ressaltou<br />
a juíza.<br />
Silveira obteve o direito de cumprir inicialmente a pena de detenção em regime aberto<br />
porque respondeu ao processo e não se enquadra nos requisitos do Código de Processo<br />
Penal. Em relação ao dia-multa, a magistrada estabeleceu o valor unitário de 1/15 do<br />
salário mínimo vigente na época do crime.<br />
Doze partidos da região de Joaçaba têm cotas de fundo suspensas<br />
O juiz da 85ª Zona Eleitoral, Ademir Wolff, julgou não prestadas as contas de doze<br />
partidos de municípios da região de Joaçaba por não terem entregado a prestação do<br />
exercício financeiro de 2010 até 30 de abril deste ano e tampouco após serem<br />
notificados para realizar isso em um novo prazo, de 15 dias.<br />
Por esse motivo, o juiz decretou a suspensão do repasse das cotas do Fundo Partidário<br />
(artigo 37 da Lei nº 9.096/1995), que valerá enquanto os diretórios permanecerem<br />
inadimplentes.<br />
As sentenças foram publicadas no Diário da Justiça Eleitoral desta quarta-feira (6), com<br />
aplicação de penalidade aos partidos dos seguintes municípios:<br />
- Água Doce: DEM e PT;<br />
- Erval Velho: DEM, PP e PR;<br />
- Herval D'Oeste: DEM, PR, PRB e PSDB;<br />
- Treze Tílias: DEM, PP e PT.<br />
76
Saiba o que muda no Código de Processo Penal<br />
O Ministério Público de Santa Catarina<br />
(MPSC) realizou um estudo para informar<br />
os Promotores de Justiça sobre as<br />
modificações do Código de Processo Penal,<br />
que entraram em vigor no dia 4 de julho.<br />
Entre as alterações promovidas pela Lei<br />
12.403/11 está a valorização da fiança e a<br />
inclusão de medidas cautelares alternativas<br />
à prisão preventiva.<br />
A partir dessa avaliação, realizada pelo<br />
Centro de Apoio Operacional Criminal, o<br />
MPSC identificou algumas mudanças que<br />
considerou positivas e outras negativas. A<br />
lei restringiu a possibilidade de prisão<br />
preventiva, especificando medidas cautelares para substituí-la. Não sendo caso de<br />
aplicação direta, a prisão poderá ser requerida somente se a medida cautelar for<br />
desobedecida. A nova lei define que a prisão preventiva só é admitida nos crimes<br />
dolosos punidos com pena de prisão máxima superior a quatro anos, ou quando tiver<br />
sido condenado por outro crime doloso ou, ainda, quando o crime envolver violência<br />
doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com<br />
deficiência.<br />
Na prática, por exemplo, um acusado de furto simples, que não seja reincidente, não<br />
poderá ser preso preventivamente, já que a pena máxima de reclusão para esse crime é<br />
menor que quatro anos. Na avaliação do Promotor de Justiça Onofre José Carvalho<br />
Agostini, Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, a regra aumentará a<br />
sensação de impunidade. "Em Santa Catarina, a prisão só é pedida quando necessária,<br />
enquanto que, em alguns Estados, apresenta-se como regra". Avaliando a realidade de<br />
outros Estados, para o Promotor a mudança pode ser positiva por fornecer a<br />
normatização do assunto.<br />
Em substituição à prisão, a lei estabelece medidas cautelares que podem ser utilizadas<br />
isoladas ou cumulativamente. Agostini observa que a alteração também tornou as<br />
medidas cautelas mais restritivas e rigorosas. O caso de prisão domiciliar, por exemplo,<br />
que na Lei de Execução Penal é prevista para presos com mais de 70 anos, com a nova<br />
lei, como medida cautelar, passa a ser permitida somente acima de 80 anos.<br />
Outra mudança importante é a valorização da fiança que não era mais usada<br />
habitualmente. As novas regras permitem que chegue a um valor muito mais alto, de<br />
acordo com a situação econômica do preso. Segundo Agostini a impossibilidade de<br />
elevar o valor muitas vezes tornava a fiança um instrumento sem efeito. "Agora a fiança<br />
ganha importância e se for utilizada criteriosamente ajudará a inibir a sensação de<br />
impunidade e a prevenção à criminalidade", destaca o Promotor.<br />
A fiança deverá ser arbitrada pelo Delegado de Polícia. Caso se negue ou demore a<br />
definir o valor, o preso poderá requerer ao Juiz a definição em 24 horas. Agostini<br />
considera que nesse aspecto houve um retrocesso, pois a legislação anterior obrigava o<br />
77
Juiz a ouvir o Delegado, no caso de demora na fixação, antes de decidir sobre a fiança.<br />
A nova regra libera o magistrado dessa consulta, o que poderá resultar em uma decisão<br />
sem o conhecimento da realidade do caso ou da investigação.<br />
Saiba mais:<br />
As medidas cautelares previstas na Lei 12.403/11 são:<br />
•Prisão domiciliar;<br />
•Comparecimento periódico em juízo;<br />
•Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares;<br />
•Proibição de manter contato com pessoa determinada;<br />
•Proibição de ausentar-se da Comarca;<br />
•Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga;<br />
•Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou<br />
financeira;<br />
•Internação provisória do acusado;<br />
•Fiança.<br />
Tribunal de Contas de SC orienta gestores públicos em<br />
Jaraguá, Rio do Sul e Lages<br />
O Tribunal de Contas de Santa Catarina realiza, nesta semana, mais três etapas do XIII<br />
Ciclo de Estudos de Controle Público da Administração Municipal. Técnicos do<br />
TCE/SC estarão nas cidades de Jaraguá do Sul (12/7), Rio do Sul (13/7) e Lages (14/7)<br />
para orientar prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários e técnicos municipais<br />
sobre melhores práticas na gestão municipal.<br />
A exemplo das edições de 2007 e 2010, o público será dividido em duas clientelas:<br />
política e técnica. Na sala dos agentes políticos serão discutidos aspectos estratégicos da<br />
Administração Pública, como publicidade governamental. Já os técnicos municipais<br />
poderão escolher, de acordo com seu interesse, entre quatro salas temáticas: atos de<br />
pessoal; contabilidade; licitações, contratos, obras e serviços; e controle interno.<br />
Os auditores do Tribunal vão alertar os gestores que a Constituição veda a utilização da<br />
publicidade governamental para a promoção pessoal, além de destacar os tipos de<br />
serviços que devem ser prestados, exclusivamente, por agências de publicidade, como<br />
determina a Lei nº 12.232/10.<br />
A necessidade de adequação dos planos de cargos e salários do magistério pelos<br />
municípios, em função do piso nacional de R$ 1.187,14, também estará em destaque.<br />
No âmbito da transparência da gestão pública, serão repassadas informações referentes a<br />
prazos e procedimentos que devem ser cumpridos pelos municípios para possibilitar<br />
amplo acesso a dados sobre a gestão de recursos públicos — em especial, despesa e<br />
receita. A medida é uma exigência da chamada Lei da Transparência — Lei nº 131/2009<br />
—, e do Decreto nº 7.185/2010, que determina a disponibilização dos dados na Internet,<br />
com linguagem clara, fácil localização e navegabilidade.<br />
78
Em Jaraguá do Sul, o público-alvo são gestores das seguintes associações de<br />
municípios: Amvali, Amunesc e Amplanorte. Em Rio do Sul, da Amavi. Em Lages, o<br />
evento é voltado aos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários e técnicos<br />
municipais da Amures e Amurc.<br />
Nas etapas iniciais (foto), em Campos Novos (6/7) e Caçador (6/7), participaram cerca<br />
de 600 pessoas. No total, 12 cidades vão sediar o evento.<br />
Organizado pelo Instituto de Contas da Corte catarinense (Icon), o XIII Ciclo de<br />
Estudos tem a parceria da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), das<br />
associações de municípios e da União dos Vereadores do Estado (Uvesc), além da<br />
participação do Ministério Público Estadual e do Ministério Público junto ao TCE e da<br />
Controladoria-Geral da União (CGU). O apoio financeiro é do Programa de<br />
Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e<br />
Municípios Brasileiros (Promoex).<br />
Inscrições ainda podem ser feitas no site do Tribunal (www.tce.sc.gov.br). Mais<br />
informações também no site ou com o Instituto de Contas, unidade responsável pelos<br />
eventos de capacitação da instituição, por meio do e-mail apoioicon@tce.sc.gov.br ou<br />
dos telefones: (48) 32213794/3834.<br />
Oposição quer investigar empresa de deputado que havia<br />
fraudado licitação<br />
A pauta pré-recesso parlamentar de meio de ano ganhou um elemento extra depois de<br />
notícia publicada hoje (domingo, 10) pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre suposta<br />
fraude em contrato com a Petrobras por parte de empresa do senador Eunício (foto)<br />
Oliveira (PMDB-CE), tesoureiro do partido. Segundo a reportagem, a irregularidade<br />
aconteceu em licitação de R$ 300 milhões na bacia de Campos, região de exploração do<br />
pré-sal no Rio de Janeiro. A Manchester Serviços Ltda., com 50% de participação de<br />
Eunício, obteve informação privilegiada da estatal, e com antecedência, a respeito da<br />
atuação de seus concorrentes na disputa por um contrato na área de consultorias e gestão<br />
empresarial. Depois disso, a Manchester procurou empresas em busca de acordo, com o<br />
objetivo de ganhar o contrato.<br />
Eunício silencia. Mas a oposição, que tem aproveitado focos de escândalo do governo<br />
Dilma Rousseff para polemizar, quer fazer barulho. O PPS, capitaneado pelo deputado<br />
Roberto Freire (PE), vai recorrer à Procuradoria-Geral da República em busca de<br />
abertura de inquérito sobre o caso. O líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR),<br />
quer ouvir o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, na Comissão de Minas e Energia<br />
da Câmara. Também é cogitado um convite para que diretores da empresa de Eunício<br />
prestem esclarecimentos.<br />
Já o PSDB vai encaminhar ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para<br />
que a Polícia Federal seja acionada e investigue as denúncias. O partido, sob a liderança<br />
de Duarte Nogueira (SP) na Câmara, também vai recorrer ao Tribunal de Contas da<br />
União para instalar auditoria especial sobre o contrato. Os tucanos querem ainda<br />
aprovar nas Comissões de Minas e Energia e Fiscalização e Controle requerimentos de<br />
convite ao presidente da estatal.<br />
79
Gilberto Kassab participa de "inauguração" do PSD de SC<br />
83<br />
O prefeito de São Paulo, Gilberto<br />
Kassab, e o governador de SC,<br />
Raimundo Colombo, participaram da<br />
inauguração<br />
Foto: Fabrício Escandiuzzi/Especial<br />
para Terra<br />
Fabrício Escandiuzzi<br />
Direto de Florianópolis<br />
O prefeito de São Paulo, Gilberto<br />
Kassab, participou neste sábado da<br />
"inauguração" do PSD em Santa<br />
Catarina. A convenção estadual foi o primeiro ato oficial da nova legenda, que surge<br />
possuindo a segunda maior representação política no estado.<br />
Apesar da Assembléia Legisativa estar lotada, a convenção ocorreu sem muito alarde. O<br />
maior líder do novo partido no estado, o governador Raimundo Colombo vem<br />
enfrentando reações em seu antigo partido, o DEM, e em grupos aliados como o PSDB.<br />
As investigações realizadas pela Polícia Federal sobre a filiação de eleitores "mortos" na<br />
região oeste também fez com que as lideranças optassem por ato político mais<br />
"discreto".<br />
Gilberto Kassab destacou que deve encaminhar as documetações para regularizar o PSD<br />
junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o próximo mês de setembro. Ele declarou<br />
que ¿haverá tempo hábil¿ para que os filiados possam disputar as eleições municipais.<br />
As convenções estaduais do partido devem ser realizadas em pelo menos nove estados<br />
para que o PSD possa finalizar seu registro e participar do processo eleitoral.<br />
"Temos confiança e estamos trabalhado para cumprir esse prazo", disse. "Estamos<br />
inaugurando a legenda em Santa Catarina, formando um grupo com boas cabeças para<br />
podermos discutir a fundo os novos rumos para o Brasil", completou.<br />
A executiva do PSD catarinense será presidida pelo atual procurador geral do estado<br />
Nelson Serpa. Ex-democratas, o presidente da Assembléia Legislativa, Gelson Merísio<br />
e o deputado federal Paulo Bornhausen completam a direção local da sigla.
PSD nasce como segunda maior força politica em SC<br />
Liderado pelo governador o Colombo (ex-DEM), o PSD terá expressiva representação<br />
política em Santa Catarina. O grupo contou com adesão de líderes do PP e PSDB,<br />
superou os antecessores Democratas, perdendo apenas para o PMDB. O novo partido<br />
fundado pelo prefeito paulista contará com uma bancada de 3 deputados federais e 9<br />
estaduais, além de 56 prefeitos e mais de 500 vereadores.<br />
Raimundo Colombo falou sobre as pressões que vem sofrendo após anunciar a saída do<br />
DEM e disse que a decisão de participar da fundação de um novo partido foi um ato de<br />
"coragem". "Foi muito corajoso por parte de todos nós a troca de sigla", disse. "Temos<br />
um bom grupo para trabalharmos pela sociedade e mudarmos a nossa política".<br />
==============================================================<br />
Sinopses dos Principais Jornais do Brasil<br />
Manchete: Dinheiro público domina parcerias<br />
em obras da Copa<br />
Estádios erguidos em modelo que prevê<br />
associação com o setor privado recebem R$ 1 bi<br />
em financiamento do BNDES<br />
Dinheiro público banca mais de 60% dos estádios<br />
da Copa-2014 erguidos com as chamadas PPPs<br />
(parcerias público-privadas). Três Estados que<br />
optaram pelo modelo receberam R$ 1 bilhão do<br />
BNDES.<br />
Em Salvador, o setor público se comprometeu<br />
com 80% do total do estádio. Para o Ministério<br />
Público, isso desvirtua o modelo, no qual o setor privado financia e executa<br />
uma obra ou serviço em troca da concessão.<br />
Os governos da Bahia, do Ceará e de Pernambuco afirmam cumprir a<br />
legislação com rigor. Dizem que o modelo de PPP foi aprovado pelo BNDES,<br />
que criou financiamento específico para o Mundial. (Págs. 1 e Poder A4)<br />
Folha.com publica dados sobre todas as escolas do país<br />
A Folha.com lança serviço contendo dados e a nota no Enem de todas as<br />
escolas de ensino médio e fundamental do país. Os números mostram que, na<br />
84
capital paulista, escolas privadas podem ter classes maiores que as públicas e<br />
que não há perfil padrão entre as melhores no Enem. (Págs. 1 e Cotidiano C7)<br />
No dia do leilão, dúvida ainda cerca o trem-bala<br />
Com a decisão de manter para hoje o leilão do trem-bala, o governo federal<br />
tenta quebrar o domínio das grandes empreiteiras.<br />
Mas, segundo apurou a Folha, a tendência é que não haja oferta. Interessados<br />
têm de entregar envelopes até as 14h. (Págs. 1 e Mercado B8)<br />
Estreias na folha<br />
Aécio Neves<br />
Itamar Franco tinha razão para estar magoado<br />
A mágoa de Itamar Franco era legítima, fruto da falta de reconhecimento à sua<br />
contribuição ao país.<br />
Os elogios após sua morte pretenderam nos redimir da ingratidão com que<br />
tantos o tratamos. (Págs 1 e Opinião A2)<br />
Aécio Neves, senador pelo PSDB-MG passa a publicar seu texto às segundas<br />
Vinicius Mota<br />
Senilidade precoce afeta a governo Dilma (Págs 1 e Opinião A2)<br />
Paul Krugman<br />
É difícil confiar nas motivações de Barack Obama (Págs. 1 e Mundo A13)<br />
Editoriais<br />
Leia "Proibição infantil", sobre regras para a publicidade dirigida às crianças, e<br />
"Subsídios transparentes", acerca dos cálculos da Previdência. (Págs 1 e<br />
Opinião A2)<br />
Manchete: Empresa diz ter alertado Petrobrás sobre fraude<br />
Estatal teria sido informada de proposta de companhia do senador Eunício<br />
Oliveira para burlar licitação<br />
A direção da Seebla Engenharia afirmou ontem ao Estado ter alertado a<br />
Petrobrás no dia 11 de maio sobre o assédio da empresa Manchester Serviços<br />
85
Ltda, que pertence ao senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), para fazer um<br />
acerto numa licitação de R$ 300 milhões na Bacia de Campos, região de<br />
exploração do pré-sal no Rio. Na edição de ontem, o Estado revelou que a<br />
empresa do senador soube com antecedência da relação de concorrentes e os<br />
procurou para propor um acordo para burlar a licitação e ganhar o contrato. O<br />
diretor da ouvidoria da Seebla, Milton Rodrigues Junior, disse que relatou a<br />
Petrobrás "chantagem" “ameaça de retaliação” pela Manchester antes da<br />
licitação, ocorrida em 31 de março. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)<br />
defendeu que o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União (TCU)<br />
investiguem a negociação. (Págs. 1 e Nacional A4)<br />
Estatal e senador negam fraude<br />
A Petrobrás “rechaça com veemência as insinuações de favorecimento" na<br />
licitação. Em nota, o senador Eunício Oliveira disse desafiar "que alguém<br />
apresente prova" de sua interferência em concorrências. (Págs. 1 e Nacional<br />
A4)<br />
Haddad admite disputar Prefeitura de SP em 2012<br />
O ministro Fernando Haddad (Educação) disse ao Estado que seu nome “está<br />
efetivamente sendo discutido" no PT como um dos possíveis candidatos para<br />
disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições do ano que vem. “Tenho<br />
apreço por esse movimento", afirmou ele, que fez questão de citar a senadora<br />
Marta Suplicy e o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) como<br />
petistas que podem reivindicar a candidatura. (Págs. 1 e Nacional A6)<br />
Salários sobem 10% em um ano e pressionam a inflação<br />
O forte aquecimento do mercado de trabalho deve pressionar a inflação no<br />
segundo semestre. Em um ano, os salários iniciais de contratação na indústria<br />
subiram 12%. Na média da economia, a alta foi de 10%. Nos próximos meses,<br />
categorias importantes devem se mobilizar por novos reajustes. Para<br />
especialistas, o Banco Central tem dificuldade para impedir que a inflação<br />
ultrapasse o teto da meta prevista para este ano, de 6,5%. (Págs. 1 e<br />
Economia B1)<br />
Nova Marginal custa 75% a mais que o previsto<br />
Atualização no convênio entre a Prefeitura de São Paulo e o governo do<br />
Estado elevou o custo da ampliação da Marginal do Tietê para R$ 1,75 bilhão.<br />
(págs. 1 e Cidades C1)<br />
EUA cortam ajuda militar ao Paquistão<br />
A Casa Branca vai cortar o envio de US$ 800 milhões, do total de US$ 2<br />
bilhões anuais, para as forças armadas paquistanesas, agravando a relação<br />
entre os países. (Pág. 1 e Internacional A15)<br />
86
UE tenta blindar Itália, novo alvo da crise (Págs. 1 e Economia E8)<br />
Romário tem habilitação apreendida em blitz (Págs. 1 e Nacional A7)<br />
Raul Velloso: Fusões e fusões<br />
No protegido setor de serviços, a falta de competição externa recomenda maior<br />
atenção da política de defesa econômica. (Págs. 1 e Economia B2)<br />
José Roberto de Toledo: ‘Deslulização’ do governo<br />
Em semanas, Lula perdeu dois ministros na Esplanada e um amigo no Senado<br />
por ação direta de Dilma Rousseff. (Págs. 1 e Nacional A6)<br />
Notas & Informações: Só falta o etanol<br />
Se o mercado americano se abrir, os brasileiros serão incapazes de se<br />
beneficiar da abertura. (Págs. 1 e A3)<br />
Manchete: TCU apontou irregularidades em contratos<br />
para obras<br />
Relatórios mostram problemas nas contas de Teresópolis e<br />
Friburgo<br />
O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral<br />
da União (CGU) detectaram indícios de irregularidades em<br />
contratos sem licitação assinados pelas prefeituras da Região<br />
Serrana e pelo governo do estado com empresas chamadas<br />
para socorrer as cidades atingidas pelas chuvas. Relatórios<br />
apontaram falhas nas planilhas onde estão discriminadas as obras em que há<br />
suspeita de corrupção. O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, negou tudo,<br />
mas aguarda resultado de sindicância para pagar a uma das empreiteiras. Ele<br />
foi expulso pelo PT local. (Págs. 1, 10 e 11)<br />
Blairo: Pagot só fazia o autorizado<br />
Senador diz que aumentos de despesa em obras do Dnit tiveram o aval do<br />
Planejamento<br />
O senador Blairo Maggi (PR-MT) afirmou que todos os aumentos de despesa<br />
em obras sob responsabilidade do Dnit foram autorizados pelos coordenadores<br />
do PAC e necessitaram do aval do Ministério do Planejamento. Em entrevista a<br />
JORGE BASTOS MORENO, Maggi adiantou o que Luiz Antonio Pagot, diretorgeral<br />
do Dnit afastado no escândalo que levou a queda do ministro dos<br />
87
Transportes, deverá dizer amanhã em depoimento no Senado: "Ele é um<br />
executivo, não um formulador. Ele executa ordens." (Págs. 1, 3 e Ricardo<br />
Noblat)<br />
Aeroportos só serão privatizados em 2012<br />
É praticamente impossível que o governo cumpra a promessa e consiga<br />
privatizar, este ano, os aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília e Viracopos<br />
(Campinas), o maior programa de infraestrutura do governo Dilma. Diante da<br />
complexidade do processo, técnicos acreditam que o leilão, previsto para<br />
dezembro, só ocorrerá em abril de 2012. Nos bastidores, o governo já admite<br />
que a concessão não será solução para a Copa de 2014, que terá de ser<br />
atendida com os "puxadinhos", nas áreas de embarque e desembarque. (Págs.<br />
1 e 24)<br />
Manchete: Descaso público com o crack<br />
Governo federal utilizou menos de 20% das verbas<br />
destinadas ao combate à droga no DF, a situação é pior, até<br />
abril nenhum real foi aplicado na ajuda aos usuários<br />
Já são 900 mil os dependentes químicos de cocaína e crack<br />
no país. Número insuficiente para o governo federal reagir<br />
com a rapidez que a tragédia exige. Mesmo sabendo que a<br />
droga já chegou a 98% dos municípios brasileiros – e ainda<br />
sem um estudo técnico para definir as ações públicas -, a<br />
secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina<br />
Duarte, afirma que falar em epidemia “é uma grande bobagem”. Não é o que<br />
mostra a foto feita ontem à tarde nas proximidades do Congresso Nacional.<br />
Secretário de Saúde do DF reconhece a precariedade no socorro às vítimas da<br />
droga. (Págs. 1 e 7)<br />
A pesada distorção salarial no Judiciário<br />
O Correio teve acesso exclusivo a uma radiografia da folha de pagamento de<br />
tribunais que revela os supersalários e as disparidades nos vencimentos de<br />
servidores que exercem a mesma função. Há técnicos de nível médio<br />
recebendo contracheques com valores acima de R$ 22 mil, mais do que<br />
ganham magistrados e ministros do STF. (Págs. 1 e 8)<br />
Disque 190 e não espere pela polícia<br />
Terceirizado há três anos, o serviço de emergência da Polícia Militar está cada<br />
vez mais desacreditado. Nem os policiais confiam na agilidade do atendimento.<br />
88
Para o GDF, está tudo bem, embora reconheça que há necessidade de<br />
melhorias. (Págs. 1 e 17)<br />
Cristina vai firme rumo à reeleição<br />
Momento econômico favorável e oposição desunida contribuem para os planos<br />
de Cristina Kirchner à frente da Casa Rosada. Na eleição para a Prefeitura de<br />
Buenos Aires, pesquisas de boca de urna indicam que o aliado da presidente<br />
chegou ao segundo turno. (Págs. 1 e 12)<br />
Manchete: Indústria perde investimento e vira<br />
deficitária<br />
Nos primeiros cinco meses do ano, os investidores<br />
estrangeiros colocaram menos dinheiro no país para<br />
atividades industriais nas operações de participação no<br />
capital, influenciados pela perda de competitividade do<br />
produto brasileiro. O fluxo de investimento estrangeiro<br />
direto para a indústria caiu 17% em relação ao mesmo<br />
período de 2010, para US$ 7,1 bilhões. Apenas dois<br />
segmentos ligados a commodities e ao mercado interno -<br />
metalurgia e produtos alimentícios - concentraram 60%<br />
desses ingressos.<br />
Já quando se incluem os empréstimos intercompanhias, realizados da matriz<br />
para a filial, os investimentos diretos totais para a indústria subiram 8% no<br />
período. Foi, porém, um crescimento muito inferior ao do fluxo para o setor de<br />
serviços, que teve alta de mais de 250% de janeiro a maio deste ano. Não por<br />
acaso, a fatia da indústria no investimento estrangeiro direto total ficou em 32%<br />
nos cinco primeiros meses de 2011, bem abaixo dos 54,9% de igual período de<br />
2010, na soma de participação no capital e empréstimos intercompanhias.<br />
(págs. 1, A2 e A3)<br />
Foto legenda: Nada de imediatismo<br />
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, contesta a "falsa impressão" de<br />
crise e paralisia do início do governo Dilma: "Nossa corrida não é de 100<br />
metros, mas de quatro anos." (Págs. 1 e A12)<br />
Cartões dão show de ofertas para classe C<br />
Roberto Carlos já foi o rei da Jovem Guarda e agora sua majestade se estende<br />
ao universo dos cartões de crédito. A Credicard lançou o cartão Emoções,<br />
inspirado em um dos maiores sucessos do cantor, com foto de Roberto e<br />
benefícios sob medida. A cada R$ 50 em compras, o cliente ganha um número<br />
da sorte e concorre a cruzeiros, CDs e ingressos para shows do Rei.<br />
89
Os prêmios do Credicard Emoções são parte de uma tendência: programas de<br />
benefícios que vão além das milhas aéreas para tentar seduzir - e fidelizar - o<br />
consumidor das classes de menor renda, que lidera a expansão do consumo<br />
no país. Na disputa, há desde descontos em supermercados e créditos para<br />
celulares pré-pagos, até oportunidades de conhecer ídolos da Jovem Guarda.<br />
(Págs. 1 e C8)<br />
Juízes marcam audiências até de 1 minuto<br />
Com uma pauta sobrecarregada, juízes trabalhistas de Pernambuco têm<br />
agendado audiências de um em um minuto. Em São Paulo, o espaçamento é<br />
maior, chega a dez minutos. Com tantos casos, os atrasos são inevitáveis,<br />
gerando críticas de advogados e trabalhadores. Muitas vezes, os profissionais<br />
são obrigados a cancelar todos os seus compromissos em dia de audiência.<br />
Não é raro também julgamentos, aguardados por horas, serem remarcados no<br />
fim do dia. Em 2010, o caso do eletricista paulista Ednei Barreto dos Santos foi<br />
adiado. Na semana passada, um ano depois, ele voltou ao Fórum Ruy<br />
Barbosa, na capital.<br />
Para o juiz trabalhista Rogério Neiva, os atrasos são o preço pago pela<br />
celeridade. "É uma questão matemática. Se eu marcar audiências de duas em<br />
duas horas vou ter que diminuir o número de casos julgados e haverá um<br />
aumento na duração dos processos." (Págs. 1 e E1)<br />
AES garante que não vai deixar o país<br />
As tentativas de grupos brasileiros de comprar os ativos da AES serão<br />
frustradas mais uma vez - a empresa é dona, junto com o BNDES, da<br />
Eletropaulo e da Tietê. O vice-presidente executivo mundial da AES e<br />
presidente do conselho da Brasiliana, Andres Gluski, repetiu várias vezes, em<br />
entrevista ao Valor, na sexta-feira, que a empresa não deixará o país, muito<br />
menos a Eletropaulo. Gluski não diz com todas as letras que exercerá o direito<br />
de preferência caso o BNDES saia da Brasiliana, mas afirma que, depois da<br />
capitalização da empresa pelos chineses, a AES tem como seguir fazendo<br />
aquisições. Diz ainda que o Brasil é prioridade para a companhia e prevê<br />
expansão na geração. Em distribuição, a empresa ainda é dona da AES Sul,<br />
que atua no Rio Grande do Sul. (Págs. 1 e B7)<br />
Foto legenda: Fé no etanol<br />
O novo líder mundial da química resultante da compra da Rhodia pela belga<br />
Solvay aposta no etanol brasileiro em sua produção, diz Jean-Pierre<br />
Clamadieu, CEO global da Rhodia. (Págs. 1 e B1)<br />
O "Boy" de Mogi, do malufismo ao petismo<br />
Foi na década de 1960, numa Mogi das Cruzes de 40 mil habitantes, que o<br />
deputado federal Valdemar Costa Neto, secretário-geral do PR, ganhou o<br />
apelido de "Boy", pelo hábito de andar a bordo de carros e motocicletas,<br />
90
inacessíveis, à época, à maioria dos jovens da cidade. O pai, Valdemar Costa<br />
Filho, foi prefeito quatro vezes. Andava armado e orgulhava-se da amizade<br />
com o então governador Paulo Maluf, a quem atribuía a viabilidade de obras<br />
como a rodovia Mogi-Bertioga.<br />
No sexto mandato consecutivo como deputado federal, Valdemar hoje tem<br />
mais prestígio entre as lideranças políticas da cidade do que entre os eleitores.<br />
Costuma ciceronear caravanas de vereadores da cidade em suas incursões<br />
pelos ministérios. Em maio, levou o então diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, à<br />
cidade para assinar contratos. A atuação, no entanto, ainda não foi capaz de<br />
lhe devolver o capital eleitoral de antes do mensalão. No ano passado, Mogi<br />
lhe deu apenas 18,6 mil votos, 40% do que havia conseguido lá antes do<br />
mensalão. (Págs. 1 e A7)<br />
NE já disputa liderança na venda de moto<br />
O fortalecimento da demanda no Nordeste explica a recuperação da indústria<br />
de motocicletas, que já produz tanto quanto antes da crise de 2008. Em dois<br />
meses deste ano - janeiro e março -, os emplacamentos de motos na região<br />
superaram os do Sudeste. A participação do Nordeste no mercado nacional de<br />
motos, que era de 23,6% há nove anos, chegou a 34,1% no mês passado.<br />
No primeiro semestre, o consumo nordestino praticamente se equiparou ao do<br />
Sudeste, onde está a maior frota de motos do país. Os fabricantes acham que<br />
essa mudança se deve à melhora de poder aquisitivo dos nordestinos,<br />
resultante de políticas de transferência de renda, à inflação controlada e à<br />
maior oferta de crédito à baixa renda. (Págs. 1 e B8)<br />
Governo adota plano B se leilão do trem-bala fracassar hoje (Págs. 1 e A5)<br />
Apesar da alta do yuan, exportações da China mantêm forte crescimento<br />
(Págs. 1 e A9)<br />
Custo fiscal<br />
As empresas no Brasil gastam entre 2% e 6% da receita bruta para gerenciar a<br />
complexidade fiscal. São 250 mil leis e 40 mudanças diárias na<br />
regulamentação tributária, diz Tarek Farahat, vice-presidente da P&G. (Págs. 1<br />
e A3)<br />
Inclusão de jovens infratores<br />
Dez anos após a implantação em São Carlos, Ribeirão Preto, Santos e<br />
Americana, o programa de inclusão de jovens infratores será ampliado. A<br />
Secretaria de Direitos Humanos financiará dois novos núcleos. (Págs. 1 e A4)<br />
91
Ouro brasileiro<br />
A AngloGold Ashanti Brasil pretende mais que dobrar a produção local de ouro,<br />
de 420 mil para 880 mil até 2020. A meta de mais longo prazo é produzir um<br />
milhão de onças no Brasil. (Págs. 1 e B1)<br />
Banda larga da TIM<br />
Após a compra da Atimus, a operadora de telefonia móvel TIM planeja entrar<br />
no mercado de banda larga fixa no Rio e em São Paulo, diz Luca Luciani,<br />
presidente. A ideia é oferecer 100 megabits por segundo para o segmento<br />
residencial e até 1 gigabit por segundo para o corporativo. (Págs. 1 e B2)<br />
Investimentos da GE<br />
A General Electric do Brasil planeja investir US$ 550 milhões nos próximos três<br />
anos para aumentar a capacidade produtiva. No primeiro trimestre, a GE Brasil<br />
registrou aumento de 80% nos negócios. No ano, eles devem crescer 35%.<br />
(Págs. 1 e B7)<br />
Rússia reabre mercado da carne<br />
Um mês após anunciar o embargo a importação da carne brasileira, os russos<br />
concordaram em reabrir seu mercado ao produto nacional. Até o fim de julho, a<br />
Rússia deve formalizar sua decisão em uma teleconferência. (Págs. 1 e B12)<br />
Frio reduz produção de leite<br />
Frio excessivo e as fortes geadas no início deste inverno, em pleno período de<br />
safra de leite no Rio Grande do Sul, devem provocar uma queda de 18,5<br />
milhões de litros na produção gaúcha de julho, uma queda de 7% a 8% ante o<br />
mesmo mês de 2010. (Págs. 1 e B12)<br />
Avanço dos títulos imobiliários<br />
A busca dos bancos por funding para crédito imobiliário e o apetite aos<br />
investidores pela renda fixa impulsionam as emissões de títulos com lastro<br />
imobiliário. O estoque desses papéis cresceu 88% no primeiro semestre do<br />
ano. (Págs. 1 e D1)<br />
Ideias<br />
David Kupfer<br />
Sócios do Mercosul precisam acordar para a necessidade de aprofundar a<br />
integração produtiva no continente. (Págs. 1 e A11)<br />
92
Ideias<br />
Renato Janine Ribeiro<br />
Dilma está em fase difícil de seu governo, mas que dizer da oposição? Restou<br />
o PSDB, mas sem rumo. (Págs. 1 e A6)<br />
Manchete: Interior surfa na onda do consumo<br />
Belo Horizonte já fez a festa do varejo. Agora é a vez das<br />
outras cidades de Minas, que respondem por 80% de todo o<br />
dinheiro gasto no estado. Enquanto na capital as compras<br />
devem cair 1% este ano em relação a 2010, no interior haverá<br />
avanço de 12% no consumo, segundo cálculos do IPC<br />
Marketing. Por trás desse movimento está o aumento da renda<br />
das classes C e D, que acelera o ritmo do comércio. Na esteira,<br />
vêm investimentos em shoppings e supermercados, que miram<br />
municípios de porte menor. (Págs. 1, 10 e 11)<br />
Combate ao crack fica só na promessa<br />
Dos R$ 410 milhões previstos no plano nacional contra drogas em junho do<br />
ano passado, nem 20% foram aplicados. Governo vem anunciando ações para<br />
conter o avanço do número de usuários, que chega a 900 mil no país, mas<br />
efeitos são frustrantes. (Págs. 1 e 7)<br />
Prefeituras com as contas no vermelho<br />
Pelo menos 14 cidades mineiras gastam acima do permitido com a folha de<br />
pessoal. Outras 89 estão perto do limite previsto na Lei de Responsabilidade<br />
Fiscal, conforme levantamento do TCE. Se em até oito meses não controlarem<br />
suas despesas, serão punidas. (Págs. 1 e 3)<br />
Manchete: Recife dos buracos<br />
Apesar de a Prefeitura ter anunciado reforço na operação tapa-buraco,<br />
população reclama das crateras espalhadas por toda a cidade e da qualidade<br />
do serviço efetuado. Nem as novas máquinas escapam das críticas. (Pág. 1)<br />
93
Obras na Serra Fluminense na mira do MP (Pág. 1)<br />
Manchete: Alerta em escolas tenta barrar avanço da gripe A<br />
Colégios da Região Metropolitana já providenciam a<br />
imunização de alunos e orientação aos pais diante do<br />
surgimento de novos casos da doença. (Págs. 1 e 22)<br />
Licitação teria favorecido senador<br />
Empresa do peemedebista Eunício Oliveira venceu<br />
concorrência para consultoria de R$ 300 milhões. (Págs. 1 e 6)<br />
94
==============================<br />
Diretoria de Comunicação Social<br />
Tayana Cardoso de Oliveira<br />
Coordenadora de Imprensa<br />
EDITOR do <strong>CLIPPING</strong><br />
Moacir Cardoso Pereira<br />
COLABORADORES<br />
Janine Souza Costa<br />
Carolina Amaral Goulart<br />
Victor Barbato<br />
INFORMAÇÕES<br />
Diretoria de Comunicação Social<br />
3221 2757 / 3221 2750<br />
www.alesc.sc.gov.br/clipping<br />
E-mails: clippingsc@gmail.com<br />
imprensa@alesc.sc.gov.br<br />
===============================<br />
95