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ÓRGÃOS DOS SENTIDOS (2) A Audição - Unificado

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Disciplina: Biologia<br />

SÈrie: 6 sÈrie - 1 TRIM<br />

Professora: Ivone Azevedo da Fonseca<br />

”RG OS <strong>DOS</strong> SENTI<strong>DOS</strong> (2)<br />

A AudiÁ„o<br />

Assunto: ”rg„os dos sentidos (2)<br />

O ouvido È o Ûrg„o coletor dos estÌmulos externos, transformando as vibraÁıes<br />

sonoras em impulsos sonoros para o cÈrebro. …, sem d˙vida, a estrutura mec‚nica mais<br />

sensÌvel do corpo humano, pois detecta quantidades mÌnimas de energia. Fig. 1 <br />

Para fins de estudo, o ouvido È dividido em trÍs partes: ouvido externo, ouvido mÈdio e ouvido<br />

interno.<br />

O ouvido externo<br />

O ouvido externo compıe-se do pavilh„o auditivo (orelha), do canal auditivo e do<br />

tÌmpano. A funÁ„o da orelha È a de uma corneta ac˙stica, capaz de dar um acoplamento de<br />

imped‚ncias entre o espaÁo exterior e o canal auditivo, possibilitando uma melhor<br />

transferÍncia de energia. Essa corneta, tendo certa caracterÌstica diretiva, ajuda a localizaÁ„o<br />

da fonte sonora. As paredes do canal auditivo s„o formadas de ossos e cartilagens. Em<br />

mÈdia, o canal tem 25 mm de comprimento, 7 mm de di‚metro e cerca de 1 cm<br />

www.unificado.com.br 1<br />

3 de volume


total. O tÌmpano (membrana timp‚nica) È oblÌquo e fecha o fundo do canal auditivo. Tem a<br />

forma aproximada de um cone com di‚metro da base de 10 mm. … formado de uma<br />

membrana de 0,05 mm de espessura e superfÌcie de 85 mm 2 . Deve ficar claro, que o tÌmpano<br />

assemelha-se a um cone rÌgido sustentado em sua periferia por um anel de grande<br />

elasticidade, que lhe permite oscilar como uma unidade, sem sair do seu eixo.<br />

O ouvido mÈdio<br />

Logo depois do tÌmpano temos o ouvido mÈdio: uma cavidade cheia de ar conhecida<br />

tambÈm como cavidade do tÌmpano, cujo volume È da ordem de 1,5 cm 3 e que contÈm 3<br />

ossÌculos: o martelo (23 g), a bigorna (27 g) e o estribo (2,5 g). A funÁ„o de tais ossÌculos<br />

È, atravÈs de uma alavanca, acoplar mecanicamente o tÌmpano ‡ cÛclea (caracol),<br />

triplicando a press„o do tÌmpano. Na parte interna da cavidade do tÌmpano, existem as<br />

janelas oval que determina a entrada do caracol e a janela redonda, que libera os sons j·<br />

processados pelos Ûrg„os de Cortii. As ·reas de tais janela s„o da ordem de 3,2 e 2 mm 2<br />

respectivamente. A janela redonda È fechada por uma membrana e a oval È fechada pelo<br />

"pÈ" do estribo (fig. 1)<br />

A cadeia ossicular do ouvido mÈdio È mostrada na Figura 2 .<br />

Martelo<br />

Na figura acima È possÌvel visualizar o martelo com os seus ligamentos ;a bigorna,<br />

tambÈm com os ligamentos que a sustentam; e o estribo com o ligamento anular (7) e o<br />

m˙sculo estapÈdio (8). O m˙sculo estapÈdio tem uma importante funÁ„o na proteÁ„o da<br />

audiÁ„o contra os altos nÌveis de ruÌdo.<br />

O ouvido interno<br />

Bigorna<br />

Estribo<br />

O ouvido interno inicia-se pela janela oval, seguindo um canal semicircular que<br />

conduz ao caracol (cÛclea) que tem um comprimento de 30 a 35 mm e È dividido<br />

longitudinalmente em duas galerias, pela membrana basilar.<br />

A membrana basilar sustenta os neurÙnios receptores do som, os Ûrg„os de Corti,<br />

formando uma espÈcie de rampa intermedi·ria ou mÈdia. O caracol tem aspecto de um<br />

caramujo de jardim e mede cerca de 5 mm do ·pice ‡ base, com uma parte mais larga de<br />

aproximadamente 9 mm. Pode-se dizer que o caracol consiste de um canal duplo enrolado<br />

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por 2,5 voltas em torno de um eixo Ûsseo. A janela oval fecha o compartimento superior e<br />

transmite suas vibraÁıes para a membrana basilar atravÈs da endolinfa, lÌquido viscoso que<br />

preenche esse conduto. A janela redonda È uma membrana circular, muito el·stica, que<br />

fecha a parte superior do canal e, mediante as suas contraÁıes, compensa as variaÁıes de<br />

press„o produzidas pelas oscilaÁıes da membrana basilar e por ela s„o liberados os sons j·<br />

processados (ouvidos).<br />

Sobre a membrana basilar est„o distribuÌdas as cÈlulas ac˙sticas (”rg„o de Corti),<br />

em n˙mero de 18 mil (externas e internas), de onde saem as fibras nervosas que formam o<br />

nervo Ûtico e levam o sinal elÈtrico atÈ o cÈrebro A membrana basilar atua como um filtro<br />

seletivo ou analisador de freq¸Íncias, em que a percepÁ„o de cada freq¸Íncia se realiza em<br />

um determinado ponto da membrana: as altas freq¸Íncias excitam a parte prÛxima da<br />

membrana oval e, ‡ medida que se caminha para dentro do caracol, a freq¸Íncia diminui.<br />

O som sendo decomposto em sua freq¸Íncia fundamental e suas harmÙnicas, torna possÌvel a<br />

distinÁ„o do timbre dos sons, realizando uma verdadeira an·lise espectral.<br />

Imagens<br />

do interior da CÛclea humana <br />

O trajeto do som<br />

O processo fundamental da audiÁ„o È a transformaÁ„o do som em impulsos elÈtricos<br />

ao cÈrebro. Esse processo passa pelas seguintes etapas:<br />

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As ondas sonoras chegam atÈ o pavilh„o auditivo e s„o conduzidas ao canal<br />

auditivo. AlÈm de conduzir o som ao canal auditivo, o pavilh„o auditivo tambÈm ajuda<br />

na localizaÁ„o da fonte sonora.<br />

As ondas sonoras percorrem o canal auditivo e incidem sobre o tÌmpano<br />

(membrana timp‚nica), fazendo-o vibrar com a mesma freq¸Íncia e amplitude da energia<br />

do som. As ondas sonoras (press„o) s„o transformadas em vibraÁ„o.<br />

A vibraÁ„o do tÌmpano È transmitida para o cabo do martelo que faz<br />

movimentar toda a cadeia ossicular.<br />

A vibraÁ„o do martelo È transmitida para a bigorna e para o estribo, atravÈs<br />

de um sistema de alavancas que aumentam em 3 vezes a forÁa do movimento, diminuindo<br />

em 3 vezes a amplitude da vibraÁ„o.<br />

A vibraÁ„o da platina do estribo È transmitida sobre a janela oval, que est·<br />

em contato com o lÌquido do ouvido interno. A vibraÁ„o È transformada em ondas de press„o<br />

no lÌquido. Como a relaÁ„o entre as ·reas do tÌmpano e da janela oval È de 14:1, ocorre uma<br />

nova amplificaÁ„o do som pela reduÁ„o da ·rea.<br />

A vibraÁ„o no lÌquido da cÛclea È, portanto, uma onda sonora (longitudinal),<br />

semelhante ‡ onda sonora que chegou ao pavilh„o auditivo, com a mesma freq¸Íncia, com a<br />

amplitude reduzida de 42 vezes (3 X 14) e a press„o aumentada de 42 vezes.<br />

As ondas sonoras se propagando nos lÌquidos do ouvido interno provocam<br />

a vibraÁ„o da membrana basilar que est· abaixo dos ”rg„os de Corti. A vibraÁ„o chega atÈ<br />

as cÈlulas ciliadas, fazendo com que seus cÌlios oscilem saindo de sua posiÁ„o de repouso.<br />

A oscilaÁ„o dos cÌlios (na mesma freq¸Íncia da onda sonora original) causa<br />

uma mudanÁa na carga elÈtrica endocelular, provocando um disparo de um impulso elÈtrico<br />

para as fibras nervosas e que È conduzido para o nervo Ûtico e para o cÈrebro.<br />

A indicaÁ„o de qual cÈlula ciliada ir· responder ao estimulo vibratÛrio<br />

depende da freq¸Íncia do som: para sons agudos o deslocamento da membrana basilar È<br />

maior na regi„o basal (prÛxima ‡ janela oval) estimulando as cÈlulas desta regi„o; se o som<br />

È grave, o movimento maior da membrana basilar ser· na regi„o apical.<br />

O equilÌbrio tambÈm È uma das funÁıes<br />

do ouvido interno. O VestÌbulo est·<br />

localizado sobre uma proeminÍncia<br />

chamada UtrÌculo. Tal estrutura È oca,<br />

preenchida por um lÌquido denominado<br />

Endolinfa, dentro da qual est„o in˙meros<br />

micro cristais de carbonato de c·lcio,<br />

chamados de otÛlitos.<br />

Outra estrutura que constitui o labirinto<br />

Ûsseo s„o os trÍs canais semicirculares<br />

Ûsseos que contÈm trÍs ductos<br />

semicirculares membran·ceos. Os canais<br />

semicirculares est„o arranjados em<br />

‚ngulos retos entre si, formando um canal<br />

semicircular anterior, um lateral e um<br />

posterior. Os canais semicirculares<br />

anterior e posterior s„o verticais e o canal<br />

O equilÌbrio do corpo<br />

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semicircular lateral È horizontal, cada ducto semicircular membran·ceos apresenta uma dilataÁ„o<br />

chamada ampola membran·cea contendo cÈlulas receptoras que detectam as movimentaÁıes<br />

da cabeÁa captando informaÁıes referentes ao equilÌbrio (SPENCE, 1991). Como os canais<br />

semicirculares ocupam os trÍs eixos ortogonais do espaÁo, formando ‚ngulos retos uns com os<br />

outros, permite a captaÁ„o de informaÁıes referentes a movimentos da cabeÁa em todos os<br />

planos, como afirmam Berne e Levy (2000).<br />

Dentro de vestÌbulo h· um lÌquido meio viscoso chamado endolinfa, dentro do qual est„o os<br />

otÛlitos. Quando a cabeÁa muda sua inclinaÁ„o, tais cristais tocam diferentes grupos de cÈlulas<br />

receptoras que, por sua vez, transmitem os impulsos ao Cerebelo, indicando ao indivÌduo a<br />

posiÁ„o correta do corpo quando o indivÌduo ingere bebidas alcoÛlicas em excesso. O ·lcool<br />

interfere na correta interpretaÁ„o dos impulsos que chegam do vestÌbulo. Quando h· uma<br />

inflamaÁ„o do vestÌbulo o indivÌduo pode ficar com sintomas de vertigens fortes, conhecidas<br />

como Labirintite.<br />

A labirintite<br />

Parece que a labirintite pode ser, ‡s vezes, causada por um vÌrus, mas ela tambÈm pode<br />

ocorrer devido a infecÁ„o por bactÈria, les„o na cabeÁa, alergia ou reaÁ„o a um determinado<br />

medicamento. Tanto a labirintite viral como bacteriana pode causar perda de audiÁ„o<br />

permanente, caso a infecÁ„o atinja a CÛclea, embora isso seja raro.<br />

Muitas vezes, a causa da labirintite È uma cinetose, caracterizada por perturbaÁıes do<br />

equilÌbrio causadas por movimentaÁ„o. Mas uma das causas mais comuns desta desagrad·vel e<br />

perigosa perturbaÁ„o do labirinto parace ser a infcciosa, por vÌrus e/ou bactÈrias. Nestes casos,<br />

h· a formaÁ„o de filamentos de pus ou muco que, indevidamente, tocam a parede ciliada,<br />

sensÌvel do interior do UtrÌculo. Como os contatos mec‚nicos destes filamentos n„o<br />

correspondem ‡ real posiÁ„o corporal do indivÌduo e os estÌmulos acontecerem, ao mesmo<br />

tempo, em mais de um ponto diferente das cÈlulas ciliadas, a pessoa tem percepÁıes muito<br />

confusas. O Cerebelo n„o consegue discernir corretamente a posiÁ„o corporal e envia como<br />

resposta sensaÁıes conflitantes. Estes m˙ltiplos estÌmulos causam n·useas, vÙmitos, vertigens<br />

fortes, dores de cabeÁa, entre os sintomas mais freq¸entes.<br />

Os cuidados devem ser constantes, com o indivÌduo deitado, em repouso. Sair do leito na<br />

fase aguda È risco de fraturar partes importantes do corpo, como fÍmur, ˙mero e cr‚nio.<br />

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