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Revista ed.95 - Crea-RS

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4<br />

Engenheiro Civil<br />

Luiz Alcides Capoani<br />

GeStão 2009/2011 e 2012/2014<br />

MAR/ABR’13 | 95<br />

LegIsLAção InAdequAd<br />

contRA IncêndIo e pânI<br />

tragéd<br />

Muitos foram os motivos que nos levaram a aceitar o desafio de ser presidente<br />

do CREA-<strong>RS</strong>, entre os quais a necessidade de agilização, racionalização,<br />

otimização, descentralização, melhorias na estrutura física, atendimento eficaz<br />

e eficiente aos profissionais e empresas, melhorias na fiscalização e combate ao<br />

exercício ilegal nas obras e serviços profissionais, valorização de nossas profissões<br />

e aproximação do Conselho e profissionais da sociedade.<br />

Víamos que o Conselho era esquecido nos debates sobre as questões que<br />

importam aos profissionais da área tecnológica; em relação à saúde, ouvia-se<br />

o Cremers, em questões políticas, a OAB.<br />

Na hora de ouvir sobre temas exclusivos de nossas profissões, geralmente<br />

eram chamados políticos, leigos, representantes da defesa civil, dos bombeiros,<br />

do Ministério Público (MP), entre quaisquer outros que opinavam na mídia,<br />

porém ainda que revestidos da maior boa vontade, quase sempre lhes faltando<br />

o principal: atribuição profissional e conhecimento técnico.<br />

Ultimamente, isso ocorre com menos frequência, resultado de muito trabalho,<br />

dedicação, transparência, isenção, superação, coragem e luta na busca<br />

da ocupação dos espaços de opinião técnica, graças ao apoio da ampla maioria<br />

de nossos profissionais e da sociedade gaúcha.<br />

Estivemos em Santa Maria, assistimos, sentimos e não há como esquecer<br />

a tristeza que vimos nos olhos das famílias que lá estavam para reconhecer seus<br />

parentes e o sofrimento coletivo. Jamais esqueceremos o sentimento de impotência<br />

ao nada podermos fazer para ajudar outro ser humano que estampava<br />

no rosto a dor, em seu sentido pleno.<br />

A tragédia não foi uma fatalidade e sim resultado de uma sucessão de erros<br />

que culminou na morte, até agora, de 241 jovens, muitos estudantes e profissionais<br />

da área tecnológica que tiveram seus sonhos dizimados, causando sofrimento<br />

coletivo a todos os gaúchos, brasileiros e tendo repercussão mundial.<br />

O modelo ora adotado, desde agosto de 1997, através da Lei Estadual 10.987,<br />

que institui as normas técnicas de prevenção e proteção contra incêndio, constante<br />

no Decreto 37.380, de abril de 1997, alterado pelo Decreto 38.273, de<br />

março de 1998, que novamente aprova as normas técnicas de prevenção contra<br />

incêndio e pânico. No nosso entender é complexo e incorpora problemas<br />

de uniformidade nas exigências, dando margem à possibilidade de que PPCIs<br />

sejam elaborados por leigos, sem exigência de projetos e responsável técnico,<br />

com a devida ART, e sem ser discutido com quem tem o conhecimento técnico-científico,<br />

que são os mais de 65 mil profissionais do CREA-<strong>RS</strong>.

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