Az-zait nº2 - Casa do Azeite

obter o rótulo DOP, o casal Passanha
decidiu usar apenas duas qualidades de
azeitona: a Cobrançosa, variedade reinante
em Trás-os-Montes, e a Cordovil,
predominante na margem esquerda do
Guadiana. “O resultado é um azeite de textura
fina e frutado intenso com aroma de
relva acabada de cortar e o picante da
Cobrançosa”, revela Alfredo Passanha.
A atribuição, em 2002, do terceiro
Prémio de Qualidade Mário Solinas, do
Conselho Oleícola Internacional, entidade
que superintende o sector do azeite a
nível internacional, mostrou-lhes que
estão no bom caminho.
Actualmente no quarto ano de produção,
a empresa produziu cerca de 15 mil
litros de azeite este ano, mas a aposta é
feita mais na qualidade do que na quantidade.
“Por colhermos a azeitona antes
de estar madura e fazermos a extracção
muito a frio, temos um rendimento por
Kg de azeitona baixíssimo, o que encarece
bastante o produto final, mas apostamos
na diferenciação”, explica Carlota
Passanha. A sobriedade do rótulo, especialmente
estudado para atingir a classe
alta do sexo masculino, e a distribuição,
limitada aos nichos de mercado das lojas
especializadas, deixando propositadamente
de fora as grandes superfícies, são
manobras de marketing que reflectem
essa especialização.
A provar que o empenhamento compensou
está o êxito alcançado em tão
curto espaço de tempo.
E para não deixar de fora nenhuma fase
do processo da produção do “ouro líquido”,
a herdade integra ainda um viveiro
de oliveiras. Uma actividade rentável se
Cooperativa de Olivicultores de Enxoé
“TINHA 400 OLIVEIRAS MAS VENDI AGORA 100. OS FILHOS NÃO QUEREM SABER,
A MALTA NOVA SÓ QUER HAMBÚRGUERES, NÃO SE IMPORTA COM ISTO!” ESTÊVÃO
SILA, SÓCIO DA COOPERATIVA DE OLIVICULTORES DE ENXOÉ, EM VALE DE VARGO
Lagar tradicional
Roteiros do Azeite
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