Aulas 1 a 3. Introducao, Filo Cnidaria, Classes Hydrozoa ...
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Prof. Dr. Carlos Daniel Pérez<br />
1
CELENTEROLOGIA<br />
2
CELENTERADOS<br />
OU<br />
CNIDÁRIOS?<br />
3
UM POUCO DE HISTORIA...<br />
Aristóteles Acalephae (do grego akalephe, urtiga)<br />
ou Cnida (do grego knide, irritante)<br />
Até século XIX Zoophyta<br />
Jean-André Peysonnel (1723) em corais e Trembley (1740)<br />
em hidras natureza animal dos cnidários<br />
Cuvier (1817) Vertebrata, Insecta, Vermes, Radiata<br />
Acalephae (medusas, sifonóforos e anêmonas)<br />
Radiata<br />
Polypos (hidrozoários, briozoários, antozoários<br />
e esponjas)<br />
Escholtz (1829) Radiata Acalephae Ctenophora<br />
Zoophyta Siphonophora<br />
Echinodermata Medusas<br />
4
1829 Sars relação entre pólipo e medusa<br />
Thompson (1844) separa Briozoários dos Zoophyta<br />
Leuckart (1847) divide Radiata Echinodermata<br />
Coelenterata (do grego koilos, cavidade;<br />
enteron, intestino)<br />
Cnidários<br />
Ctenóforos<br />
Esponjas<br />
Hatschick (1888) 3 fila dentro de Coelenterata<br />
Spongiaria<br />
<strong>Cnidaria</strong><br />
Ctenophora<br />
Grant separou os poríferos criando o nome Porifera<br />
5
<strong>Filo</strong> Coelenterata <strong>Cnidaria</strong><br />
Ctenophora ou Acnidaria<br />
Libbie Henrietta Hyman (1940) abandona o termo Coelenterata<br />
Até hoje Superfilo, infrareino Coelenterata<br />
Porque manter ctenóforos e cnidários juntos?<br />
Sempre se pensou em relação filogenética forte baseada na<br />
natureza geral similar.<br />
6
Porque não manter ctenóforos e cnidários juntos?<br />
Caracteres sinapomórficos bem marcados:<br />
Cnidários: presença de cnidocistos<br />
Ctenóforos: placas de pentes e coloblastos<br />
8
Larva<br />
Camadas<br />
germinativas<br />
Triploblásticos Diploblásticos<br />
Cleptocnidae<br />
(Haeckelia rubra)<br />
Aberturas anais Presentes Ausentes<br />
Colônias Nunca formam Podem formar<br />
Polimorfismo Nunca presente Podem apresentar<br />
9
Evidencias moleculares<br />
Philippe et al (1993), Collins (1998) e Podar et al (2001)<br />
RNA ribossomal<br />
Ctenóforos mais ligados com esponjas que do grupo<br />
<strong>Cnidaria</strong>/Placozoa ou dos Bilateria<br />
Coelenterata se tornaria parafilético<br />
Placozoários grupo-irmão dos Cnidários<br />
Classificação grupos monofiléticos<br />
não usar Coelenterata<br />
10
Outros estudos moleculares...<br />
11
FILO CNIDARIA<br />
12
CARACTERES GERAIS<br />
• Diploblásticos, acelomados, protostômios<br />
• Exclusivamente aquáticos, maioria marinhos<br />
• Bentônicos (sésseis), planctônicos ou<br />
pleustônicos<br />
• Solitários ou coloniais<br />
• Simetria radial ou bilatero-radial<br />
13
CARACTERES GERAIS<br />
• Cavidade central única: celêntero ou<br />
cavidade gastrovascular<br />
• Abertura única: boca, rodeada de tentáculos<br />
• Característica diagnóstica: cnidocistos<br />
• Parede corporal: epiderme, mesogléia e<br />
gastroderme<br />
• Ausência de sistemas excretor, circulatório<br />
e respiratório<br />
14
FORMAS DE CNIDÁRIOS<br />
Todas as formas de cnidários são de um o<br />
dois tipos morfológicos, o pólipo, de forma<br />
hidroide, adaptado a uma vida séssil ou<br />
sedentária, o de forma medusa, adaptada a<br />
uma vida planctónica ou pelágica livre<br />
nadadora. Podem apresentar alternância de<br />
gerações entre as duas formas.<br />
15
FORMA PÓLIPO<br />
• Base aderente ou<br />
arredondada<br />
• Coluna cilíndrica<br />
• Boca central<br />
• Disco oral presente ou<br />
ausente<br />
• Tentáculos rodeando a<br />
boca<br />
17
FORMA PÓLIPO<br />
Solitário Colonial<br />
18
FORMA MEDUSA<br />
• Corpo em forma de<br />
guarda-chuva<br />
• Boca central, as vezes<br />
em pedúnculo<br />
• Tentáculos na margem<br />
• Sempre solitárias<br />
• De vida livre ou séssil<br />
(um grupo)<br />
20
Hidromedusa<br />
Cubomedusa Cifomedusa<br />
21
<strong>Filo</strong> <strong>Cnidaria</strong><br />
CLASSIFICAÇÃO<br />
Subfilo Medusozoa<br />
Classe <strong>Hydrozoa</strong><br />
Classe Scyphozoa<br />
Classe Cubozoa<br />
Classe Staurozoa<br />
Subfilo Anthozoa<br />
Classe Hexacorallia<br />
Classe Octocorallia<br />
22
SUBFILO MEDUSOZOA<br />
• Presença de medusa<br />
• Cavidade gastrovascular indivisa<br />
• Formas pólipo e medusa<br />
• Solitários ou coloniais<br />
23
Hidra<br />
Condróforo<br />
CLASSE HYDROZOA<br />
Porpita<br />
Hidromedusa<br />
Hidroide<br />
Hidrocoral<br />
Sifonóforo<br />
24
• Água doce<br />
• Apenas pólipo<br />
• Formas pequenas<br />
• Sésseis<br />
• Reprodução por<br />
brotamento<br />
• Diversos estudos<br />
HIDRAS<br />
25
HIDRÓIDES<br />
• Colônia de pólipos<br />
• Boca em hipostoma<br />
• Sem disco oral<br />
• Tentáculos filiformes<br />
ou capitados<br />
• Colônias recobertas<br />
por perissarco<br />
(quitina)<br />
• Polimorfismo<br />
– Gastrozooide<br />
– Gonozooide<br />
– Dactilozooide<br />
26
• <strong>Hydrozoa</strong> – 3000 espécies de hidrozoários<br />
(Schuchert, 1998).<br />
• Esta classe é abundantemente representada na<br />
zona de entremarés e no infralitoral pelos<br />
hidróides;
Ciclo de Vida<br />
• Estágio Medusa (livre; séssil ou reduzida ao esporossarco)<br />
• Estágio Polipóide<br />
• Problemas Taxonômicos
• Os hidróides podem ter os pólipos cobertos por<br />
perissarco (Subclasse Leptothecata ou Tecata)<br />
ou pólipos nus (Subclasse Anthoathecata ou<br />
Atecata)<br />
teca
A estrutura de um hidróide
HIDROMEDUSAS<br />
• Geralmente pequenas<br />
• 4 canais radiais<br />
• Boca em manúbrio<br />
• Estruturas sensoriais<br />
dispersas na margem<br />
• Com ou sem ciclo<br />
alternante<br />
31
Subclasse Leptothecata – hidróides<br />
tecados<br />
• Pólipos coloniais, hidrante protegido por hidrotecas.<br />
Tentáculos sempre em um fileira. Gonóforos reduzidos aos<br />
hidrantes e sempre envoltos pelo perissarco. Gonóforos<br />
desenvolvidos tanto em esporossacos como em medusas<br />
sésseis com sino rasas, gônadas em canais radiais,<br />
geralmente mais de quatro tentáculos, principalmente com<br />
estatocistos. Cnidoma nunca inclui estenoteles.
Subclasse Leptothecata – hidróides<br />
tecados<br />
• Ordem Conica: Pólipos com hipostômio<br />
simples (cônico);<br />
• Ordem Proboscoidea: Pólipos com<br />
hipostômio alongado;
Subclasse Leptothecata – hidróides<br />
tecados
Subclasse Leptothecata – hidróides<br />
tecados
Subclasse Leptothecata – hidróides<br />
tecados
Subclasse Leptothecata – hidróides<br />
tecados
Subclasse Anthoathecata – hidróides<br />
atecados<br />
• Hidrante solitário ou colonial, pólipo não<br />
coberto por perissarco. Medusas sem<br />
estatocistos, com gônadas no manúbrio, com<br />
canais radiais. Cnidoma normalmente inclui<br />
desmonemes.
Subclasse Anthoathecata – hidróides<br />
atecados<br />
• Ordem Capitata: Tentáculos de formas<br />
variadas, principalmente capitados;<br />
• Ordem Filifera: Tentáculos sempre são<br />
filiformes; o cnidoma nunca possui estenoteles
Subclasse Anthoathecata – hidróides<br />
atecados
Subclasse Anthoathecata – hidróides<br />
atecados
Cnidoma de Hidróides
• Colônia de pólipos<br />
• Bentônicos<br />
• Esqueleto externo de<br />
carbonato de cálcio<br />
• Muito urticantes<br />
• Polimorfismo<br />
• Pouco ou muito<br />
ramificados<br />
• Ex: Tapitanga<br />
HIDROCORAL<br />
Millepora alcicornis<br />
44
Stylaster roseus<br />
HIDROCORAIS<br />
Millepora complanata<br />
Millepora squarrosa<br />
47
• Colônia de pólipos<br />
flutuantes<br />
• Polimorfismo<br />
• Planctônica ou<br />
pleustônica<br />
• Pneumatóforo para<br />
flutuar<br />
• Ex: Caravela<br />
portuguesa<br />
SIFONÓFOROS<br />
48
Ciclo de vida geral de um hidróides<br />
53
• Colônia de pólipos<br />
• Polimorfismo<br />
• Gastrozóides centrais<br />
• Planctônicos<br />
• Ex: Porpita e Velella<br />
CONDRÓFOROS<br />
54
CLASSE SCYPHOZOA<br />
• são medusas maiores do que as<br />
hidromedusas e com<br />
consistência gelatinosas<br />
• Existem umas 200 espécies<br />
descritas, são exclusivamente<br />
marinhas;<br />
• alternam as formas polipóides e<br />
medusóides em seu ciclo de<br />
vida.<br />
• A medusa é a fase dominante;<br />
• Pólipos diminutos (cifístoma)<br />
são pouco conhecidos<br />
57
• Medusas grandes<br />
• 4 bolsas gástricas<br />
• Margem lobulada<br />
• Ropálios (estruturas<br />
sensoriais)<br />
• Sem manúbrio<br />
• Braços orais<br />
• Águas-vivas<br />
58
Morfologia Externa<br />
•a cifomedusa típica tem uma umbrela em forma de pires com margem<br />
recortada em lobos marginais. A umbrela divide-se na exumbrela e<br />
subumbrela<br />
•Tentáculos marginais com nematocistos (captura de alimento) podem estar<br />
presentes ou ausentes;<br />
•não possuem véu;<br />
•estruturas sensoriais agrupam-se na margem umbrelar (ropálios) que contem<br />
um estatocisto;<br />
•no centro da subumbrela há o manúbrio com a boca, rodeada por quatro<br />
braços orais (prolongamentos do manúbrio) que contêm muitos nematocistos<br />
e são utilizados na captura de alimento<br />
60
Morfologia Interna<br />
•sistema gastrovascular consiste de um estômago central e amplo e uma região<br />
periférica dividida em bolsas gástricas ou canais radiais;<br />
•no interior do estão as gônadas e os filamentos gástricos;<br />
•a pulsação da umbrela é efetuada pelas fibras estriadas da epiderme<br />
subumbrelar dispostas em circunferências formando a musculatura circular e<br />
os músculos radiais;<br />
•o sistema nervoso consiste de duas redes epidérmicas que interagem com<br />
gânglios junto dos ropálios. Uma rede motora com fibras grandes conduzem os<br />
estímulos dos gânglios às fibras estriadas (musculatura). A rede difusa é<br />
sensorial e distribui-se por toda a umbrela, tentáculos e manúbrio, conduzindo<br />
estímulos até os gânglios.<br />
62
CLASSE SCYPHOZOA<br />
Pelagia noctiluca<br />
Cyanea capillata<br />
63
CLASSE CUBOZOA<br />
• apenas 16 espécies em mares<br />
tropicais e subtropicais. Os<br />
cubopólipos das espécies com<br />
ciclos de vida conhecidos habitam<br />
estuários e manguezais;<br />
• a cubomedusa mais perigosa aos<br />
seres humanos é encontrada na<br />
Austrália. No Brasil apenas um<br />
registro em 1997 em São Sebastião;<br />
• as sinapomorfias da classe são:<br />
forma cubóide da medusa,<br />
presença de velário (dobra da<br />
subumbrela, semelhante ao véu da<br />
hidromesas, mas posicionado mais<br />
internamente e apresenta canais<br />
gastrovasculares);<br />
65
Carybdea rastoni<br />
Carukia barnesi<br />
CLASSE CUBOZOA<br />
Chironex fleckeri<br />
(Vespa-do-mar)<br />
Chiropsalmus quadrigatus<br />
66
Morfologia Externa<br />
•medusa é cubóide, com face aboral e arestas levemente arredondada;<br />
•no lado interno da margem umbrelar, observa-se o velário com canais do sistema gastrovascular conectados com as bolsas<br />
gástricas;<br />
•quatro pedálios (expansões de mesogléia rígida próximos à margem umbrelar);<br />
•em cada pedálio insere-se um ou vários tentáculos com anéis de nematocistos;<br />
•o manúbrio no centro da cavidade subumbrelar não se estende em braços orais.<br />
•Também existem quatro pares de projeções cônicas mesogleais de função desconhecida.<br />
67
Morfologia Interna<br />
•a boca na extremidade do manúbrio contornada por quatro lábios triangulares.<br />
•O estômago abre-se em quatro bolsas gátricas, separadas por septos onde se inserem as<br />
gônadas;<br />
•no interior do pedálio existe um canal gastrovascular que se ramifica para cada lobo e<br />
tentáculos;<br />
•o sistema nervoso é bem definido, com um anel nervoso marginal, nervos radiais e um<br />
plexo subumbrelar com oito gânglios (provável centro nervoso).<br />
68
CLASSE STAUROZOA<br />
• Mais nova classe<br />
(Marques & Collins,<br />
2005)<br />
• Medusas sésseis +<br />
ordem Conulata<br />
(extinta)<br />
• 50 spp<br />
• Simetria tetrâmera<br />
• Tentáculos em grupos<br />
71
Lucernariopsis<br />
campanulata<br />
CLASSE STAUROZOA<br />
Lucernaria quadricornis<br />
73