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RESUMOS - UNESP - Rio Claro

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<strong>RESUMOS</strong>


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”<br />

Instituto de Geociências e Ciências Exatas<br />

Programas de Pós-Graduação em Geociências<br />

Geociências e Meio Ambiente<br />

Prof. Dr. José Alexandre J. Perinotto<br />

Geociências e Meio Ambiente<br />

Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />

Coordenadores dos programas<br />

Vices-coordenadores dos programas<br />

Geologia Regional<br />

Prof. Dr. Norberto Morales<br />

Geologia Regional<br />

Prof. Dr. Peter Christian Hackspacher<br />

Membros da comissão organizadora do II Encontro<br />

Ana Olivia Baruf Franco<br />

Fabiano do Nascimento Pupim<br />

Frederico dos Santos Gradella<br />

Gustavo Marques e Amorim<br />

Juliano Oliveira Martins Coelho<br />

Patrick Thomaz de Aquino Martins<br />

Rafael Riani Costa Perinotto<br />

Wagner Roberto Hansted Pocay<br />

Antenor Zanardo<br />

Antonio Carlos Artur<br />

Antonio Celso Oliveira Braga<br />

Antonio José Ranalli Nardy<br />

Antonio Misson Godoy<br />

Antonio Roberto Saad<br />

Carlos Alberto Tello Sáenz<br />

Chang Hung Kiang<br />

Daniel Marcos Bonotto<br />

Dimas Dias de Brito<br />

Fabiano Tomazini da Conceição<br />

Gilberto José Garcia<br />

Gilda Carneiro Ferreira<br />

Jairo Roberto Jiménez Rueda<br />

João Carlos Dourado<br />

Joel Carneiro de Castro<br />

José Alexandre J. Perinotto<br />

José Eduardo Zaine<br />

José Ricardo Sturaro<br />

Juércio Tavares de Mattos<br />

Leandro Eugênio da Silva Cerri<br />

Corpo docente<br />

Luiz Roberto Cottas<br />

Marcelo Guimarães Simões<br />

Luis Sérgio Amarante Simões<br />

Marcos Aurélio F. Oliveira<br />

Maria Margarita Torres Moreno<br />

Maria Rita Caetano Chang<br />

Mario Luis Assine<br />

Nelson Angeli<br />

Norberto Morales<br />

Osmar Sinelli<br />

Paulina Setti Riedel<br />

Paulo Milton Barbosa Landim<br />

Peter Christian Hackspacher<br />

Reinaldo José Bertini<br />

Rosemarie Rohn Davies<br />

Sebastião Gomes de Carvalho<br />

Tamar Milca Bortolozzo Galembeck<br />

Walter Malagutti Filho<br />

Washington Barbosa Leite Júnior<br />

Yociteru Hasui


APOIO


APRESENTAÇÃO<br />

Este CD de resumos reúne os trabalhos apresentados no “II EPGG –<br />

ENCONTRO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS”.<br />

Apresentando como tema central para o ano de 2008: Pós-Graduação em Geociências:<br />

avaliação e perspectivas para os egressos, este evento busca a interação entre os<br />

alunos dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, além da divulgação das<br />

diversas linhas de pesquisa que configuram o cenário atual de ambos os programas.<br />

As percepções da comunidade geocientista sobre o destino profissional de<br />

nossos mestres e doutores, a atuação do Programa de Pós-Graduação em Geociências e<br />

debates sobre a formação de alto-nível de mestre e doutores são alguns dos temas<br />

abordados neste evento.<br />

Dessa forma, os trabalhos aqui expostos pretendem incrementar o entendimento<br />

dos temas supramencionados, e outros surgidos no decorrer do evento, na discussão de<br />

novas idéias, na contribuição na formação do profissional, mas, sobretudo, nas<br />

implicações dessas atitudes para a política de Pós-Graduação em Geociências.<br />

Comissão Organizadora


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

SUMÁRIO<br />

PROGRAMA DE GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE 8<br />

ÁGATA FERNANDES ROMERO 9<br />

MAPA DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL AO ÓLEO E CARTAS SAO.<br />

TRECHO: PRAIA GRANDE – ILHA COMPRIDA, LITORAL PAULISTA<br />

AGUINALDO SILVA 11<br />

CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS DO RIO PARAGUAI, BORDA<br />

NORTE DO PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />

ALESSANDRA RODRIGUES GOMES 12<br />

CONTRIBUIÇÃO DAS IMAGENS DE RADAR SAR POLARIMÉTRICO PARA O<br />

MONITORAMENTO DE FAIXAS DE DUTOS<br />

BEATRIZ LIMA DE PAULA 13<br />

ANÁLISE DA APLICABILIDADE DE TÉCNICAS DE TOMADA DE DECISÃO<br />

PARA A PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM ÁREAS DE RISCO<br />

GEOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO<br />

CÉSAR AUGUSTO MOREIRA 14<br />

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E ALTERAÇÕES NA<br />

RESISTIVIDADE ELÉTRICA E POTENCIAL REDOX<br />

CLEITON MANFREDINI 15<br />

CAPACIDADE DE SUPORTE E SUSTENTABILIDADE DA BACIA DO RIBEIRÃO<br />

GRANDE EM PINDAMONHANGABA-SP, UM MODELO DE GERENCIAMENTO<br />

HÍDRICO<br />

CRISTIANE ALESSANDRA DE MOURA 17<br />

ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA FAIXA DE DUTOS OSVAT/OSPLAN -<br />

SÃO SEBASTIÃO, SP<br />

ELEONICE DE FÁTIMA DAL MAGRO 19<br />

METODOLOGIA PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS<br />

HÍDRICOS NA BACIA DO RIO CORUMBIARA<br />

ELIOMAR PEREIRA SILVA FILHO 21<br />

ÁREAS DEGRADADAS DE PASTAGENS EM PORTO VELHO/RO, E SEUS<br />

IMPACTOS ABIÓTICOS SOBRE O SOLO<br />

ELIZANDRA GOLDONI GOMIG 23<br />

ANÁLISE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE CANARANA-MT, COMO SUBSÍDIO<br />

AO ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL E GEOTÉCNICO A FIM DE<br />

IMPLANTAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL<br />

2


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

FABIANO DO NASCIMENTO PUPIM 25<br />

ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO PARA O<br />

PLANEJAMENTO TERRITORIAL: caso do município de Morretes-PR<br />

FABRÍCIO ANÍBAL CORRADINI 26<br />

EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO MEGALEQUE FLUVIAL DO RIO SÃO<br />

LOURENÇO, PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />

FÁTIMA SUELI MARCON DOS SANTOS 27<br />

ANÁLISE DOS FATORES AMBIENTAIS NATURAIS E ANTRÓPICOS NO<br />

PROCESSO EROSIVO LINEAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO DAS<br />

PEDRAS, QUIRINÓPOLIS (GO)<br />

FERNANDO SANTOS CORRÊA 28<br />

MODELOS DINÂMICOS EXPERIMENTAIS EM CAIXAS DE AREIA:<br />

INFLUÊNCIA DE ESTRUTURAS PRETÉRITAS NA HALOCINESE NA BACIA DE<br />

SANTOS.<br />

FREDERICO DOS SANTOS GRADELLA 30<br />

PALEOCLIMA E PALEOGEOGRAFIA NA PORÇÃO SUL DO MEGALEQUE<br />

FLUVIAL DO TAQUARI, PANTANAL DA NHECOLÂNDIA/MS-BRASIL.<br />

HEROS AUGUSTO SANTOS LOBO 31<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS NAS TAXAS DE CO 2 ATMOSFÉRICO CAUSADOS<br />

POR UM EVENTO MUSICAL NA GRUTA DO MORRO PRETO I (PETAR-SP)<br />

JANE DELANE VERONA 32<br />

RECONTRUÇÃO PALEO-GEOGRÁFICA POR ISOBASES CONFLUENTES NO<br />

MUNICÍPIO DE CRISTAIS PAULISTAS – SP<br />

JOSÉ RICARDO MELGES BORTOLIN 33<br />

IMAGEAMENTO ELÉTRICO APLICADO NO MONITORAMENTO DA PLUMA<br />

DE CONTAMINAÇÃO DO ATERRO CONTROLADO DE RIO CLARO (SP):<br />

RESULTADOS INICIAIS<br />

JULIANA BROGGIO BASSO 35<br />

ESTIMATIVA DO FATOR DE RETARDAMENTO (R d)<br />

E DA DISPERSÃO<br />

HIDRODINÂMICA (D h)<br />

EM SOLO ARENOSO DO SUBGRUPO ITARARÉ – SP:<br />

APLICAÇÃO DE TESTE DE COLUNA<br />

JULIANO OLIVEIRA MARTINS COELHO 36<br />

APLICAÇÃO DO ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL NO PLANEJAMENTO DE<br />

OBRAS LINEARES: O CASO DO EIXO CURITIBA-PARANAGUÁ<br />

LEONARDO BRASIL FELIPE 37<br />

COMPARTIMENTAÇÃO FISIOGRÁFICA, CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA E<br />

CARTOGRAFIA TEMÁTICA APLICADA À ANÁLISE DE TERRENOS COMO<br />

SUBSÍDIOS PARA PROTEÇÃO, MANUTENÇÃO E GERENCIAMENTO DE<br />

TRANSPORTES DUTOVIÁRIOS<br />

3


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

LEONARDO ZANI CASTELLO 38<br />

APLICAÇÃO DE MÉTODOS GEOELÉTRICOS EM ESTUDO DA<br />

CONTAMINAÇÃO DE SEDIMENTOS POR COMBUSTÍVEIS EM MODELO<br />

REDUZIDO DE CAMPO<br />

LUZIANE SANTOS RIBEIRO 40<br />

EVOLUÇÃO MORFOESTRUTURAL E MORFOTECTÔNICA DA PAISAGEM DO<br />

MUNICÍPIO DE CAMPOS/RJ DETERMINADA PELA ERODIBILIDADE DO<br />

CONJUNTO SOLO-ROCHA NO DECORRER DO TEMPO GEOLÓGICO<br />

MATEUS VIDOTTI FERREIRA 41<br />

APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE DETECÇÃO DE MUDANÇAS PARA O<br />

MONITORAMENTO DE FEIÇÕES DE EROSÃO E DE USO DA TERRA EM<br />

TRECHO DE DUTOS LOCALIZADOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE DUQUE DE<br />

CAXIAS (RJ) E BETIM (MG)<br />

PATRICK THOMAZ DE AQUINO MARTINS 42<br />

SENSIBILIDADE AMBIENTAL A DERRAME DE ÓLEO E DERIVADOS NA<br />

RODOVIA DOS TAMOIOS (SP-099): PROPOSIÇÃO METODOLÓGICA<br />

RAFAEL RIANI COSTA PERINOTTO 44<br />

MAPEAMENTO DE SENSIBILIDADE DOS AMBIENTES COSTEIROS DAS<br />

ILHAS DE SÃO VICENTE E DE SANTO AMARO (SP) AO DERRAMAMENTO DE<br />

ÓLEO<br />

SIDNEY KUERTEN 46<br />

COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO PANTANAL DO<br />

NABILEQUE, UM MEGALEQUE PECULIAR NA BORDA SUL DO PANTANAL<br />

MATO-GROSSENSE<br />

SIMONE FERREIRA DINIZ 47<br />

ESTUDO INTEGRADO DO VALE DO BAIXO CURSO DO RIO ACARAÚ COM<br />

FUNDAMENTO NA ANÁLISE DA PAISAGEM E QUALIDADE DA ÁGUA E<br />

SOLOS<br />

SUELI ROBERTA DA SILVA 49<br />

HIDROGEOQUÍMICA DO SISTEMA AQÜÍFERO GUARANI NO MUNICÍPIO DE<br />

BAURU<br />

SUSANA BELÉN CORVALÁN 50<br />

VULNERABILIDADE AMBIENTAL DA APA-CORUMBATAÍ MEDIANTE USO<br />

DE GEOTECNOLOGIAS<br />

VANESSA CRISTINA DOS SANTOS 51<br />

VARIAÇÃO TEMPORAL DO FLUXO E PROCESSO DE FORMAÇÃO DE<br />

BARRAS FLUVIAIS EM SISTEMA ANASTOMOSADO: EXEMPLO ALTO RIO<br />

PARANÁ (PORTO RICO-PR)<br />

4


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

PROGRAMA DE GEOLOGIA REGIONAL 52<br />

ANA OLIVIA BARUFI FRANCO 53<br />

TERMOTECTÔNICA MESO-CENOZÓICA DO ARCO DE PONTA GROSSA:<br />

IMPLICAÇÕES NA ABERTURA DO OCEANO ATLÂNTICO-SUL E NA<br />

EVOLUÇÃO TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DA BACIA DE SANTOS<br />

CAIO FABRICIO CEZAR GEROTO 54<br />

REVISÃO HISTÓRICA, PROSPECÇÃO E LEVANTAMENTO DOS FÓSSEIS DE<br />

VERTEBRADOS, ESPECIALMENTE TITANOSSAUROS, NAS REGIÕES<br />

FOSSILÍFERAS ENTRE LUCÉLIA E PACAEMBU (GRUPO BAURU, FORMAÇÃO<br />

ADAMANTINA), SUDOESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO<br />

CARLOS EDUARDO MAIA DE OLIVEIRA 55<br />

ASSOCIAÇÃO DE OVOS DE CROCODILOMORFOS DA FORMAÇÃO<br />

ADAMANTINA, GRUPO BAURU, CRETÁCEO SUPERIOR, NA REGIÃO DE<br />

JALES – SP<br />

CAROLINA DEL ROVERI 56<br />

ESTRATIGRAFIA TECNOLÓGICA DA FORMAÇÃO CORUMBATAÍ (REGIÃO<br />

DE RIO CLARO – SP) E PRODUTOS CERÂMICOS<br />

CAROLINA MATHIAS DOS SANTOS 58<br />

AVALIAÇÃO DA TAXA DE REMOÇÃO DE MATERIAL DISSOLVIDO DEVIDO<br />

AO INTEMPERISMO QUÍMICO DA FORMAÇÃO SERRA GERAL NA BACIA DO<br />

RIBEIRÃO PRETO<br />

CÁSSIO SANTOS DE CARVALHO 59<br />

ESTUDO DO COMPORTAMENTO TECNOLÓGICO E DE ALTERABILIDADE<br />

DAS ROCHAS ORNAMENTAIS SILICÁTICAS VERDE AMAZONAS, PRETO<br />

CAJUGRAM E BEGE IPANEMA - ES<br />

CLEBER JOSÉ SOARES 60<br />

COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DAS POPULAÇÕES E O MÉTODO DO<br />

DETECTOR EXTERNO EM APATITA<br />

DANIEL FIGUEIRA DE BARROS 62<br />

ESTUDO COMPARATIVO DA LEGISLAÇÃO NUCLEAR BRASILEIRA E A<br />

INTERNACIONAL COM RELAÇÃO À INDÚSTRIA DE URÂNIO<br />

DIEGO DE SOUZA SARDINHA 63<br />

AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS CÁTIONS E ÂNIONS NAS ÁGUAS<br />

SUPERFICIAIS DA BACIA DO ALTO SOROCABA (SP)<br />

FELIPE JOSÉ DE MORAES PEDRAZZI 65<br />

AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO DO RESERVATÓRIO DE ITUPARANGA<br />

EM ÉPOCA DE SECA<br />

GUSTAVO MARQUES E AMORIM 67<br />

5


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

A CARACTERIZAÇÃO GEOTURÍSTICA DA BORDA LESTE DA BACIA DO<br />

PARANÁ (SP) E A DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS GEOCIENTÍFICOS POR<br />

MEIO DE UMA APLICAÇÃO DE WEB-MAPPING<br />

JACQUELINE PEIXOTO NEVES 69<br />

TAFONOMIA DE ROCHAS CARBONÁTICAS CONCHÍFERAS DA FORMAÇÃO<br />

TERESINA E RIO DO RASTO (PERMIANO, BACIA DO PARANÁ)<br />

JESUÉ ANTONIO DA SILVA 71<br />

POTENCIALIDADE E PADRÃO TECNOLÓGICO DAS ROCHAS ORNAMENTAIS<br />

E DE REVESTIMENTO SW DE MATO GROSSO<br />

JOSÉ REINALDO CARDOSO NERY 73<br />

DETERMINAÇÃO DA TAXA DE SEDIMENTAÇÃO NA FOZ DO RIO<br />

AMAZONAS USANDO O Pb-210 COMO GEOCRONÔMETRO<br />

JULIANA MACHADO DAVID 75<br />

BIVALVES PERMIANOS DA FASE DE CONTINENTALIZAÇÃO DAS BACIAS<br />

DO GONDWANA OCIDENTAL: SISTEMÁTICA, PALEOGEOGRAFIA E<br />

BIOESTRATIGRAFIA<br />

LYGIA RODRIGUES DE MORAES DE ANDRADE 77<br />

SISTEMAS TURBIDÍTICOS DA FORMAÇÃO TACIBA/MEMBRO RIO SEGREDO<br />

NA FAIXA AFLORANTE CATARINENSE<br />

MAGNÓLIA BARBOSA DO NASCIMENTO 79<br />

EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DA PORÇÃO NORTE DO COMPLEXO GUAXUPÉ<br />

NA REGIÃO DE ARCEBURGO-SANTA CRUZ DA PRATA, MG<br />

PEDRO OLIVEIRA PAULO 81<br />

PALEOVERTEBRATES FROM THE GOIÁS STATE<br />

RAIMUNDO HUMBERTO CAVALCANTE LIMA 83<br />

MINERALOGIA E GEOQUIMICA DOS SEDIMENTOS ALUVIAIS DO BAIXO<br />

RIO JAGUARIBE, CEARÁ<br />

RODRIGO NEREGATO 84<br />

PALINOLOGIA DAS FORMAÇÕES TERESINA E RIO DO RASTO (PERMIANO,<br />

GRUPO PASSA DOIS, BACIA DO PARANÁ) NOS FUROS DE SONDAGEM SP-<br />

23-PR E SP-58-PR (MUNICÍPIO DE CONGONHINHAS, NORDESTE DO ESTADO<br />

DO PARANÁ): CONSIDERAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS<br />

RODRIGO PRUDENTE DE MELO 86<br />

EVOLUÇÃO METAMÓRFICA P-T-T DE GRANULITOS E MIGMATITOS DO<br />

COMPLEXO GUAXUPÉ NA REGIÃO DE SÃO JOÃO DA VOA VISTA, SP<br />

ROGERS RAPHAEL DA ROCHA 88<br />

PREPARAÇÃO DE MASSA ATOMIZADA COM ARGILAS DA FORMAÇÃO<br />

CORUMBATAÍ<br />

6


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

SAMIA DE MOURA PASSARELLA 90<br />

COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA REGIÃO DE CÁSSIA,<br />

PORÇÃO SUDOESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS<br />

TATIANE MARINHO VIEIRA TAVARES 91<br />

PERMIAN PETRIFIED FERTILE FERN LEAVES FROM THE CENTRAL NORTH<br />

BRAZIL (PARNAIBA BASIN, ARAGUAINA REGION, MARRATIALLES)<br />

TATIANI DE PAULA PINOTTI SABARIS 93<br />

O MÉTODO GEOCRONOLÓGICO DO Pb-210 APLICADO NO ESTUDO DE<br />

PROCESSOS INTEMPÉRICOS NA BACIA DO RIO ATIBAIA (SP)<br />

TERCILIO DE ALMEIDA COUTINHO JUNIOR 95<br />

ESTUDO DE DEFEITOS ASSOCIADOS A CARBONATOS EM PISOS E<br />

REVESTIMENTOS CERÂMICOS POR VIA SECA FABRICADOS NO PÓLO<br />

CERÂMICO DE SANTA GERTRUDES<br />

WAGNER MASSAYUKI NAKASUGA 97<br />

MÉTODO DE TRAÇOS DE FISSÃO EM EPÍDOTO: ESTUDO DE ANNEALING<br />

WAGNER ROBERTO HANSTED POCAY 98<br />

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DO DEPÓSITO DE Au E Cu DO MUNICIPIO<br />

DE PARAN, REGIÃ DE HUAURA, PERU<br />

7


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

PROGRAMA DE GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE<br />

8


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

MAPA DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL AO ÓLEO E CARTAS SAO.<br />

TRECHO: PRAIA GRANDE – ILHA COMPRIDA, LITORAL PAULISTA<br />

ÁGATA FERNANDES ROMERO<br />

E-mail: agatafr@gmail.com<br />

Orientador: Profa. Dra. Paulina Setti Riedel<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. João Carlos Carvalho Milanelli (CETESB)<br />

As cartas SAO e os Mapas de Vulnerabilidade Ambiental ao óleo devem estar presentes<br />

nos Planos Individuais de Emergência e nos processos de licenciamento ambiental das<br />

atividades ligadas ao setor de petróleo e gás. Foram elaboradas Cartas SAO para alguns<br />

municípios da Baixada Santista e Litoral Sul de São Paulo, utilizando método proposto<br />

pelo Ministério do Meio Ambiente. O índice de sensibilidade do litoral (ISL), classifica<br />

os ambientes de acordo com sua sensibilidade ao óleo, através de escala de 1 a 10, do<br />

menos sensível para o mais sensível. O Mapa de Vulnerabilidade será elaborado para<br />

duas regiões do litoral estudado: (1) próximo à Praia Grande, na área de fundeadouro do<br />

Porto de Santos; e (2) em Peruíbe, na área onde está prevista a construção do berço de<br />

atracação do Porto Brasil. O modelo de derrame de óleo e impacto biológico SIMAP,<br />

desenvolvido pela Applied Science Associates (ASA), será utilizado na geração de<br />

contornos de probabilidade do óleo. Ao se sobrepor os contornos de probabilidades à<br />

Carta SAO, obtém-se o Mapa de Vulnerabilidade. A utilização de um modelo numérico<br />

capaz de apresentar a concentração do óleo na coluna d’água após um derramamento,<br />

permite avaliar a dimensão real da mancha de óleo que tem potencial para causar algum<br />

impacto. Isso porque existem frações tóxicas do petróleo que podem estar solubilizadas<br />

na água, mesmo que a mancha não seja mais visível (fração hidrossolúvel ou FHS). Por<br />

outro lado, para que o Mapa de Vulnerabilidade seja uma ferramenta eficiente durante<br />

as ações de combate de um incidente de derramamento de óleo, é preciso também<br />

representar o comportamento do óleo na superfície da água e linha de costa, orientando<br />

os trabalhos de contenção, remoção e limpeza. Assim, os Mapas de Vulnerabilidades<br />

gerados representarão a probabilidade do óleo na coluna d’água, linha de costa e<br />

superfície da água. As Cartas SAO apresentam informações sobre os recursos<br />

socioeconômicos, recursos biológicos e sensibilidade do litoral ao petróleo. A maioria<br />

das praias mapeadas foram classificadas com ISL 3. As praias do Una e <strong>Rio</strong> Verde, em<br />

Peruíbe, foram classificadas com ISL 4. Os costões rochosos presentes na área foram<br />

classificados com ISL 1, 2, 6 ou 8, dependendo de sua morfologia, declividade e grau de<br />

exposição às ondas. Os manguezais presentes na região do Complexo Estuarino-lagunar<br />

de Cananéia e Iguape foram classificados com ISL 10 e os banco de lamas não<br />

vegetados com ISL 9, caracterizando uma região de elevada sensibilidade.<br />

Palavras-chave: Carta SAO, derramamento de óleo, litoral paulista, sensibilidade ao<br />

óleo.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Mapa de Vulnerabilidade<br />

Ambiental ao Óleo e Cartas SAO. Trecho: Praia Grande – Ilha Comprida, litoral<br />

9


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

paulista; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Nome do grupo de<br />

pesquisa: Grupo de Pesquisa em Sensibilidade Ambiental; Projeto guarda-chuva:<br />

Concepção, desenvolvimento e implementação de um sistema de informação aplicado à<br />

elaboração de cartas de sensibilidade ambiental a derrames de petróleo: litoral paulista -<br />

Edital CT-PETRO/MCT/CNPQ 16/2005, processo n° 550233/05-9; data de entrada na<br />

pós-graduação: 03/ 2005; nº de créditos concluídos: 48; Exame de qualificação:<br />

23/11/2007; data prevista de defesa: 03/2009; Possui bolsa: sim; Agência: ANP.<br />

10


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS DO RIO PARAGUAI, BORDA<br />

NORTE DO PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />

AGUINALDO SILVA<br />

E-mail: aguinald_silva@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />

Fluindo de norte para sul, o Paraguai é o rio de tronco de uma área depositional aluvial<br />

caracterizado por uma complexa zona geomorfológica que foi o resultado de uma<br />

evolução geológica desde o Pleistoceno Recente. Na parte norte do Pantanal, o rio<br />

Paraguai flui em uma planície fluvial agradacional, com uma largura média de 5 km<br />

cortando depósitos aluviais mais velhos. O rio exibe um estilo sinuoso na maioria do<br />

seu curso, apresentando índice de sinuosidade de 2.2 para 1.1 perto da borda noroeste<br />

do Pantanal onde o rio tem formado o megaleque do Paraguai. Na região próxima ao<br />

Morro Pelado, rio inclina 90º para o leste na entrada do Pantanal, mudando seu estilo<br />

fluvial a jusante devido a uma perda progressiva da declividade. A partir deste ponto o<br />

rio fica mais sinuoso e adota um padrão distributário, provocando a criação do lóbulo<br />

depositional moderno, caracterizado por uma sedimentação ativa e um aumento do<br />

espaço de acomodação permitindo desta forma uma progradação. Pontos de avulsão e<br />

um complexo sistema de canal-dique são preservados na zona sujeita a inundações. Ao<br />

sul após a convergência dos dois canais principais que definem a Ilha Taiamã, uma<br />

perda de gradiente marca a base do lóbulo deposicional.<br />

Palavras chaves: <strong>Rio</strong> de Paraguai, Pantanal, padrões fluviais, megaleque fluvial.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: GEOMORFOLOGIA DO<br />

LEQUE DO PARAGUAI, BORDA NORTE DO PANTANAL MATO-GROSSENSE,<br />

REGIÃO DE CÁCERES-MT; Nome do grupo de pesquisa: LEQ – Laboratório de<br />

Estudos do Quaternário; Linha de pesquisa: Mudanças ambientais (regionais e globais);<br />

data de entrada na pós-graduação: Março/2006; nº de créditos concluídos: 78; data<br />

prevista de defesa: Março/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />

11


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

CONTRIBUIÇÃO DAS IMAGENS DE RADAR SAR POLARIMÉTRICO PARA<br />

O MONITORAMENTO DE FAIXAS DE DUTOS<br />

ALESSANDRA RODRIGUES GOMES<br />

E-mail: agomes@rc.unesp.br<br />

Orientador: Dra. Paulina Setti Riedel<br />

Co-Orientador: Dra. Corina da Costa Freitas (INPE)<br />

O oleoduto ORBEL está localizado na região sudeste, iniciando-se no município de<br />

Betim (MG) atravessando os estados de Minas Gerais e <strong>Rio</strong> de Janeiro, até chegar em<br />

Duque de Caxias. Ele ocupa uma faixa de aproximadamente 363,9 km, compartilhando<br />

faixa com outros gasodutos e oleodutos. Cruzando um total de 24 municípios entre os<br />

estados do <strong>Rio</strong> de Janeiro e Minas Gerais, estima-se que a população dos municípios<br />

que ele atravessa chega a 3 milhões de habitantes. Devido a isso, as pressões antrópicas<br />

são grandes e fazem parte de um processo dinâmico, onde o acompanhamento temporal<br />

das mudanças tanto ambientais quanto antrópicas se torna extremamente necessário para<br />

garantir o abastecimento bem como a integridade da obra. A aplicação das técnicas de<br />

sensoriamento remoto se mostra fundamental para o diagnóstico e monitoramento dos<br />

fenômenos que ocorrem na superfície da terra e são essenciais na compreensão e<br />

modelagem das dinâmicas das mudanças no uso e cobertura da terra, além de contribuir<br />

na identificação de alvos que podem constituir risco ao duto. Conseqüentemente, as<br />

imagens de radar se tornam uma alternativa importante para obter dados em regiões<br />

tropicais, onde a grande quantidade de nuvens difíceis torna difícil a aquisição de<br />

informação. Dentro das pesquisas com radar, as informações polarimétricas fornecidas<br />

por novos sensores indicam um produto recente, com ampla necessidade de avaliação.<br />

Por conta disso, o principal objetivo desta pesquisa é avaliar a contribuição e<br />

potencialidades de diferentes imagens polarimétricas de radar SAR, com variação em<br />

freqüência e polarização, para a análise do uso e ocupação do solo em diferentes<br />

condições geomorfológicas encontradas na área de estudo. Este estudo faz parte de um<br />

projeto de pesquisa entre a <strong>UNESP</strong>/<strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> e a PETROBRAS firmado para testar<br />

diferentes imagens óticas e de radar com o intuito de desenvolver métodos para a<br />

análise das mudanças ocorridas ao longo do tempo.<br />

Palavras-chave: sensoriamento remoto, polarimetria SAR, condições geomorfológicas,<br />

detecção de mudanças, dutos.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: CONTRIBUIÇÃO DAS<br />

IMAGENS DE RADAR SAR POLARIMÉTRICO PARA O MONITORAMENTO DE<br />

FAIXAS DE DUTOS; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Projeto<br />

guarda-chuva: Avaliação de produtos de sensoriamento remoto e técnicas de detecção<br />

de mudanças para o monitoramento de riscos antrópicos em faixas de dutos- estudo de<br />

caso: Duto Orbel; data de entrada na pós-graduação: Março/2006; nº de créditos<br />

concluídos: 71; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />

12


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ANÁLISE DA APLICABILIDADE DE TÉCNICAS DE TOMADA DE DECISÃO<br />

PARA A PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM ÁREAS DE RISCO<br />

GEOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO<br />

BEATRIZ LIMA DE PAULA<br />

E-mail: beatrizlpaula@yahoo.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Leandro Eugenio da Silva Cerri<br />

A ocorrência de processos da geodinâmica interna e externa em áreas ocupadas pode<br />

provocar sérios acidentes geológicos. Tais acidentes afetam diretamente o homem,<br />

inclusive com o registro de mortes e de grandes prejuízos econômicos. O acidente<br />

geológico pode ser considerado como um acontecimento no qual a ocorrência de um<br />

processo de natureza geológica, ou seja, um fenômeno envolvendo o solo e/ou rocha,<br />

tenha provocado conseqüências ao homem e/ou a suas propriedades. No Brasil há<br />

muitas ocorrência de morte e acidentes nas encostas ocupadas devido a precariedade das<br />

moradias e a situação da população. Por isso, em muitos municípios foram elaborados<br />

os Planos Municipais de Redução de Risco (PMRR). No município de São Paulo já<br />

foram realizados dois mapeamentos, um em 2003 e outro 2004. Para cada situação de<br />

risco identificada são indicadas alternativas de intervenção adequadas, que variam desde<br />

a sugestão de obras de engenharia e programas de monitoramento, até a elaboração de<br />

planos preventivos e planos de contingências. A análise de risco como subsídio para<br />

medidas preventivas a desastres é fundamental para o sucesso e segurança de muitos<br />

empreendimentos. Embora seja improvável a eliminação da subjetividade nas atividades<br />

de identificação e análise de risco, é perfeitamente possível aplicar técnicas que<br />

possibilitem resultados mais precisos e objetivos. Considerando esses fatos, na presente<br />

pesquisa estão sendo analisadas a aplicação de técnicas que auxiliam na tomadas de<br />

decisões baseadas em critérios qualitativos e quantitativos. As técnicas serão aplicados<br />

nos critérios de priorização das intervenções no mapeamento realizado em São Paulo,<br />

onde se tem os registros de ocorrência de escorregamentos. Dentre essas técnicas<br />

possíveis de serem avaliadas destacam-se a AHP (Analytical Hierarch Process), Lógica<br />

Difusa (Fuzzy Logic) e Redes Neurais. Essas técnicas serão analisadas para verificar<br />

quais delas apresentam resultados mais precisos para uma melhor compreensão do meio<br />

físico e também, uma prevenção mais adequada para escorregamentos em encostas,<br />

auxiliando na tomada de decisão por parte dos órgãos públicos.<br />

Palavras-chave: risco geológico, mapeamento de risco, tomada de decisão.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: ANÁLISE DA<br />

APLICABILIDADE DE TÉCNICAS DE TOMADA DE DECISÃO PARA A<br />

PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM ÁREAS DE RISCO GEOLÓGICO NO<br />

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO; Linha de pesquisa: Riscos geológicos: diagnóstico,<br />

prevenção e remediação; data de entrada na pós-graduação: Agosto 2006; nº de créditos<br />

concluídos: 72; data prevista de defesa: Julho 2010; Possui bolsa: sim; Agência:<br />

CAPES.<br />

13


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E ALTERAÇÕES<br />

NA RESISTIVIDADE ELÉTRICA E POTENCIAL REDOX<br />

CÉSAR AUGUSTO MOREIRA<br />

E-mail: cesargeologia@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Antonio Celso de Oliveira Braga<br />

Variações do parâmetro resistividade elétrica e potencial de redox obtidos a partir de<br />

medidas realizadas em sete valas em um aterro de resíduos sólidos domiciliares, com<br />

datas de fechamento entre 2001 e 2007, permitiu a análise de variações no<br />

comportamento geoquímico do produto lixiviado, durante o processo de degradação de<br />

materiais orgânicos. A ausência de intervalos de resistividade inferiores a 30 .m na<br />

linha referência e sua ocorrência nas linhas sobre as valas indicam a presença de<br />

material percolado enriquecido em íons. A linha sobre a vala de 2007 é bastante<br />

semelhante à linha referência, enquanto que as linhas sobre as valas de 2004, 2005 e<br />

2006 apresentam amplos intervalos de baixa resistividade, concomitantes a medidas<br />

elevadas de potencial redox. A linha sobre a vala de 2003 representa uma ruptura no<br />

padrão descrito anteriormente, com extenso intervalo altamente resistivo combinado a<br />

medidas de potencial redox bastante baixas, com ocorrência de padrão semelhante, mas<br />

de menor intensidade para as valas de 2002 e 2001. A correlação entre baixa<br />

resistividade e alto consumo de O2 indica elevada atividade geoquímica entre 2004 e<br />

2006. O padrão definido na vala de 2003, aparentemente indica desaceleração da<br />

atividade geoquímica devido à precipitação de íons anteriormente em solução. A<br />

retomada do processo de degradação é evidenciada pela presença concomitante de<br />

intervalos de alta e baixa resistividade e pelo aumento no consumo de O2 nas valas de<br />

2001 e 2002.<br />

Palavras-chave: Chorume, aterro sanitário, geofísica, eletrorresistividade.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Decomposição de Resíduos<br />

Sólidos Domiciliares e alterações em parâmetros Geoelétricos; Linha de pesquisa:<br />

Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação: 08/2006; nº de<br />

créditos concluídos: 70; Exame de qualificação: 07/10/2008; data prevista de defesa:<br />

08/2010; Possui bolsa: sim ; Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

CAPACIDADE DE SUPORTE E SUSTENTABILIDADE DA BACIA DO<br />

RIBEIRÃO GRANDE EM PINDAMONHANGABA-SP, UM MODELO DE<br />

GERENCIAMENTO HÍDRICO<br />

CLEITON MANFREDINI<br />

E-mail: cleiton@feg.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Osmar Sinelli<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Juércio Tavares de Mattos<br />

A degradação dos recursos naturais, principalmente do solo e da água, vem crescendo<br />

assustadoramente em todas regiões brasileiras, atingindo a níveis críticos que refletem<br />

na deterioração do meio ambiente, no assoreamento e poluição dos cursos d'água com<br />

graves prejuízos para a saúde humana e animal, na disponibilidade de água para<br />

abastecimento e irrigação, na redução da produtividade e na diminuição da renda líquida<br />

dos produtores, com reflexos danosos para a economia rural local. A região em estudo,<br />

Bacia do Ribeirão Grande, localizada no município de Pindamonhnagaba, São Paulo,<br />

devido a ação da especulação imobiliária e do uso inadequado de suas terras, está sendo<br />

ocupada e explorada de forma desordenada, aumentando a preocupação das autoridades<br />

e moradores quanto sua capacidade de suporte e sustentabilidade. O potencial que a<br />

Bacia do Ribeirão Grande apresenta para o lazer e para a adequabilidade de suas terras a<br />

culturas e pastagens, se bem gerenciadas por meio de um planejamento hídrico, tem a<br />

possibilidade de se tornar um pólo de desenvolvimento de lazer e agro-negócios.A<br />

região possui cerca de 200 propriedades com população estimada segundo o IBGE<br />

(2005), de 2.000 habitantes, sendo que 90% das áreas, são compostas de micros,<br />

pequenas e médias propriedades. Grande parte das terras agricultáveis da bacia<br />

apresenta alto grau de suscetibilidade a erosão em sulcos e ravinas, alem de<br />

suscetibilidade a inundações e assoreamentos. O trabalho tem por objetivo caracterizar a<br />

bacia por meio de técnicas de sensoriamento remoto orbital, analisando as informações<br />

das características sob a ótica dos processos formadores e modeladores do relevo<br />

(tectônica e clima) que favoreceram a formação da bacia. A partir destas informações,<br />

utilizando-se de ferramentas como Sistema de Informação Geográrfica-SIG para<br />

associação, análise, manipulação e integração dos dados, resultará em mapas temáticos<br />

e analíticos que fornecerão subsídios para compartimentação da bacia em regiões, subregiões,<br />

setores e zonas gerando um Mapa Integrado Geoambiental. A discussão dos<br />

resultados irá definir a classificação do uso da terra, base para um modelo de<br />

“Gerenciamento Hídrico” que contemple a capacidade de suporte e vulnerabilidade da<br />

bacia hidrográfica em estudo.<br />

Palavras-chave: Ribeirão Grande, Gerenciamento Hídrico, suporte, sustentabilidade,<br />

vulnerabilidade.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Sustentabilidade da Bacia do<br />

Ribeirão Grande no município de Pindamonhangaba/SP, um modelo de Gerenciamento<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Hídrico; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na<br />

pós-graduação: 2008; data prevista de defesa: 2011; Possui bolsa: não.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA FAIXA DE DUTOS OSVAT/OSPLAN -<br />

SÃO SEBASTIÃO, SP<br />

CRISTIANE ALESSANDRA DE MOURA<br />

E-mail: cristimoura@hotmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Juércio Tavares de Mattos<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />

Neste trabalho executou-se o zoneamento geoambiental da faixa de dutos OSPLAN e<br />

OSVAT – localizada no município de São Sebastião entre as coordenadas<br />

23°30´/45°45’e 24°00´/45°15’ no estado de São Paulo, dentro do Planalto Atlântico e da<br />

Província Costeira. O trecho da faixa do polidutos Osvat/Osplan mapeado possui<br />

aproximadamente 39 km de extensão. Esta faixa é considerada de grande importância<br />

econômica, pois transporta o maior volume de hidrocarbonetos do Brasil, se estendendo<br />

do Terminal de São Sebastião - considerado o maior da América Latina- as refinarias do<br />

Planalto Atlântico Paulista. Para a execução do mapeamento foram aplicadas técnicas<br />

de sensoriamento remoto na compartimentação da área de estudo dividindo-a em zonas<br />

e unidades geoambientais. A compartimentação fisiográfica foi efetuada diretamente na<br />

tela do computador numa escala fixada de 1:50.000. Nesse estudo optou-se por uma<br />

compartimentação estruturada em quatro níveis hierárquicos associados às condições<br />

morfoambientais da região. Esta compartimentação consistiu em: setor geomorfológico<br />

regional, domínio litológico, domínio morfológico e unidades básicas de<br />

compartimentação (Unidades Geoambientais). O primeiro nível hierárquico (setor<br />

geomorfológico) foi delimitado pela análise das formas dos elementos texturais de<br />

drenagem e relevo na imagem, neste nível foram delimitadas três setores: Planalto<br />

Atlântico, Serrania Costeira e Planície Costeira, conforme trabalhos de Almeida (1964)<br />

e IPT (1981). Posteriormente o setor Planalto Atlântico foi subdividido em Planalto do<br />

Moraes, Planalto do Lourenço Velho e Planalto do Juqueriquerê. No segundo nível<br />

hierárquico foram identificadas subdivisões associadas ao domínio litológico e no<br />

terceiro nível hierárquico as subdivisões associavam se ao domínio morfológico<br />

conforme mapas geológicos e geomorfológicos compilados. Os limites das unidades<br />

foram estabelecidos na imagem de satélite, buscando o detalhamento desses limites. O<br />

quarto nível de compartimentação (unidades geoambientais) identificou as subdivisões<br />

nos níveis anteriores, determinadas por variações nas propriedades das formas dos<br />

elementos texturais de relevo e drenagem. Uma vez determinadas, essas unidades são<br />

caracterizadas através de propriedades e características geoambientais de interesse<br />

específico, ou seja, de acordo com o objetivo do trabalho. O zoneamento geoambiental<br />

permite a partir da determinação dos elementos do meio físico o estabelecimento de<br />

áreas prioritárias para monitoramento e avaliação de estratégias preventivas para<br />

garantir a integridade de obras de engenharia. As obras lineares possuem<br />

especificidades quanto a sua escala de interferência, portanto, necessitam de estratégias<br />

que viabilizem tecnicamente e financeiramente esses mapeamentos. O uso de<br />

tecnologias de sensoriamento remoto na compartimentação de zonas homólogas<br />

comporta esses dois objetivos, pois permite o desenvolvimento desse trabalho a baixos<br />

custos e com eficiência técnica.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Palavras-chave: compartimentação; meio físico; sensoriamento remoto; obras lineares.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Zoneamento geoambiental<br />

como subsídio na determinação de áreas de instabilidade em faixas de intervenção de<br />

dutos; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Nome do grupo de<br />

pesquisa: Dutovias e meio ambiente; data de entrada na pós-graduação: 03/2007; nº de<br />

créditos concluídos: 40; Exame de qualificação: 10/10/2008; data prevista de defesa:<br />

03/2009; Possui bolsa: sim; Agência: ANP.<br />

18


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

METODOLOGIA PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS<br />

HÍDRICOS NA BACIA DO RIO CORUMBIARA<br />

ELEONICE DE FÁTIMA DAL MAGRO<br />

E-mail: eleonice@unir.br<br />

Orientador: Dr. Antonio Celso de Oliveira Braga<br />

Co-Orientador: Dr. Dorisvalder Dias Nunes<br />

RESUMO: Encontramo-nos, neste início de terceiro milênio às portas de um<br />

gravíssimo problema que aflige a humanidade como um todo: a escassez dos recursos<br />

hídricos, uma vez que a escalada dos problemas ambientais do mundo moderno, boa<br />

parte em decorrência da industrialização e da massificação do consumo, acaba se<br />

refletindo nas águas, que se constitui no depositório final dos resíduos gerados por<br />

praticamente todas as atividades antrópicas. A importância do presente estudo reside na<br />

necessidade e discutir a problemática ambiental na bacia, a partir da constatação das<br />

condições atuais dos cursos d´água e de condições locais como o uso e ocupação de seu<br />

solo, considerando-se a organização das atividades urbanas, industriais e agrícolas da<br />

bacia. Objetivos: O presente trabalho propõe, a partir da contextualização e análise da<br />

atual problemática ambiental, identificar causas e efeitos da redução da oferta de<br />

recursos hídricos na Bacia do <strong>Rio</strong> Corumbiara, no sul do Estado de Rondônia, com<br />

vistas a contribuir com uma proposta de (re)ordenação de seu uso, por meio da<br />

participação da sociedade nas discussões inerentes à gestão, conforme preconiza a Lei<br />

9.433/97. Instrumentos de coleta de dados: realizou-se um levantamento dos<br />

instrumentos de coleta de dados, com base na leitura de autores como Gil (2002),<br />

Furasté (2005) e CHRISTOFOLETTI (1999), além das informações relativas às normas<br />

técnicas disponíveis no sitio da <strong>UNESP</strong>. A metodologia adotada denomina-se de<br />

metodologia do Ordenamento Sustentável do Território, segundo proposta por<br />

Botequilha Leitão (2001), a qual contempla itens como: a) Baseia-se em princípios de<br />

ecologia da paisagem; b) Fornece um enquadramento geral ao planejamento, um<br />

conjunto de ferramentas aplicáveis, além de apresentar uma abordagem sistêmica e<br />

holística que permite relacionar componentes e processos e compreender a evolução das<br />

paisagens; c) Baseia-se no princípio de que o desenvolvimento sustentável é possível,<br />

ao passo que objetiva contribuir para com tal desenvolvimento. De Christofoletti<br />

(1999), adotou-se modelos de suporte à decisão, que embasam o tratamento e análise de<br />

dados. O banco de dados da SEDAM (2007) referente ao zoneamento constituiu<br />

elemento imprescindível para a realização do trabalho. Aplicação dos instrumentos de<br />

coleta: Inicialmente, procedeu-se uma visita ao município, com vistas a conhecer o<br />

local da pesquisa, promover o contato e a sensibilização da população e autoridades<br />

locais acerca do projeto, apresentando seus objetivos. Nesta fase, foram visitados órgãos<br />

como: prefeitura, órgãos estaduais, escolas, empresas e algumas propriedades rurais.<br />

Ato contínuo, a metodologia abarca a realização das seguintes fases: I) Identificação das<br />

questões prioritárias a serem consideradas no ordenamento do território com vistas a<br />

gerar dados para análise e proposição de um planejamento e gestão dos recursos<br />

hídricos na Bacia; II) Contextualização da área de estudo e análise de seus<br />

componentes; III) Elaboração de dois cenários futuros de planejamento para a área de<br />

estudo, o que possibilita a identificação de possíveis conseqüências de diferentes<br />

19


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

políticas ou estratégias na qualidade e quantidade da água superficial da Bacia; IV)<br />

Análise dos resultados das simulações e conseqüente sugestão de sistema de<br />

planejamento e gestão dos recursos hídricos da Bacia do <strong>Rio</strong> Corumbiara.<br />

Palavras-chave: Água. Solo. Gestão. Ordenamento sustentável.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: METODOLOGIA PARA O<br />

PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA DO RIO<br />

CORUMBIARA; Linha de pesquisa: Recursos hídricos e energéticos (desenvolvimento<br />

sustentável); data de entrada na pós-graduação: 08/2004; nº de créditos concluídos: 84;<br />

Exame de qualificação: 03.08.2007; data prevista de defesa: 12/2008; Possui bolsa: sim;<br />

Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ÁREAS DEGRADADAS DE PASTAGENS EM PORTO VELHO/RO, E SEUS<br />

IMPACTOS ABIÓTICOS SOBRE O SOLO<br />

ELIOMAR PEREIRA DA SILVA FILHO<br />

E-mail: eliomar@unir.br<br />

Orientador: Luiz Roberto Cottas<br />

O estudo das áreas de pastagens degradadas na Amazônia deve ser objeto da<br />

multidisciplinaridade de análise, pois seus efeitos ultrapassam a relação da inadequação<br />

do manejo dos seus solos, podendo envolver outros parâmetros como o econômico e<br />

cultural que interferem significativamente no processo de deterioração desse ambiente<br />

na região. O avanço do desmatamento em novas áreas florestadas devido à<br />

capitalização dos antigos proprietários das áreas de pastagens degradadas. A venda<br />

dessas áreas a custo relativamente baixo para os monocultores, que introduzem a soja<br />

na região amazônica e capitalizam os agentes promovedores de desmatamentos, que<br />

visam a criação de novas áreas de pastagens, promovendo um ciclo abrangente quanto<br />

aos impactos ambientais e sociais na região. As grandes áreas desmatadas na Amazônia<br />

nos últimos 37 anos formaram um quadro diversificado quanto a relação de ocupação e<br />

de uso dos solos, e suas diferentes conseqüências no que se refere aos impactos<br />

ambientais desenvolvidos. De acordo com Toni & Kaimowitz (2003), os problemas<br />

considerados de grande impacto para região são variados e abrangem diferentes áreas<br />

de conhecimento, destacando-se entre estas: As questões de deterioração das áreas de<br />

pastagens, e os impactos abióticos associados, em especial a compactação dos solos e a<br />

erosão, a questão do aquecimento global e carbono, a biodiversidade associada a<br />

extinção de espécies vegetais e animais, as questões de zoonose e zoonosológicas<br />

existentes, as contaminações de aqüíferos em áreas rurais e urbanas, entre outras. O<br />

trabalho, avaliou níveis de compactação dos solos, no caso de um Latossolo Amarelo,<br />

cuja ocupação e o uso nos últimos 20 anos estiveram associados a pastagens com sobre<br />

carga de animais, e que hoje se encontra deterioradas.A compactação dos solos pode<br />

influenciar processos como a erosão devido a sua atuação na modificação da estrutura<br />

dos mesmos, e na taxa de infiltração de água devido à mudança dos índices de sua<br />

porosidade total entre outras propriedades físico-hídricas relacionadas, segundo Yong<br />

& Voorhees (1982). Foi escolhida uma área de pastagem, no município de Porto Velho-<br />

RO, com de 20 anos de pastoreio em macha de Latossolo Amarelo. Utilizou-se um<br />

penetrômetro de impacto para medição de compactação no solo de acordo com Jorge<br />

(1985). Os valores obtidos em KGF/cm² foram transformados em Mega Pascal (MPa).<br />

Utilizou-se o programa R 2.4.0 (software livre) para análises estatísticas. Com base na<br />

classe de resistência a penetração no solo (RPS), foram observados valores entre a<br />

superfície e os 40 cm de profundidade. Os valores MPa analisados estatisticamente,<br />

foram definidos como normais a 5%, sendo que o valor de coeficiente de variação<br />

(CV%) calculado, foi de 29,84%, indicando uma alta homogeneidade dos dados,<br />

segundo Nascimento (1976). A classificação da resistência a penetração nos solos, foi<br />

definida como: moderada, alta e muito alta .Os valores alto e muito alto<br />

corresponderam a 87% das amostras, evidenciando a compactação no caso por pisoteio<br />

animal, principalmente entre os primeiros 20 cm de profundidade do solo, em níveis<br />

preocupantes que atestam a falta de manejo correto dos mesmos. Níveis de<br />

21


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

compactação acima de 2,5 MPa, invariavelmente promovem problemas no<br />

desenvolvimento de diferente culturas, devido a dificuldade do desenvolvimento<br />

radicular das mesmas, inclusive em áreas de extração de minério que promovam a<br />

recuperação vegetativa das mesmas.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do<br />

meio físico; data de entrada na pós-graduação: 2005; nº de créditos concluídos: 48;<br />

Exame de qualificação: 15/8/2007; data prevista de defesa: 2008; Possui bolsa: sim;<br />

Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ANÁLISE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE CANARANA-MT, COMO<br />

SUBSÍDIO AO ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL E GEOTÉCNICO A FIM<br />

DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL.<br />

ELIZANDRA GOLDONI GOMIG<br />

E-mail: eligomig@yahoo.com.br<br />

Orientador: Luiz Roberto Cottas<br />

Co-orientador:Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />

A gestão administrativa responsável pelos territórios brasileiros necessita de estudos<br />

preliminares que forneçam um banco de dados confiável para a geração de mapas de<br />

adequação do uso da terra, ocupação humana nas zonas urbano-rural e para estabelecer<br />

áreas prioritárias ao desenvolvimento sócio-econômico sem afetar a qualidade de vida<br />

da população local. Um instrumento importante para os estudos de adequabilidade<br />

territorial é a Análise Ambiental, gerador de estudos-base que auxiliam na análise<br />

conjunta e integrada dos dados físicos com os dados de classificações técnicas das terras<br />

(aptidão agrícola, classes de capacidade de uso, zoneamento agrícola, uso potencial da<br />

terra e outros). O Município de Canarana - MT, objeto desse estudo, está inserido na<br />

meso-região Norte Matogrossense e na micro-região Canarana, possui uma área total<br />

10.870 km 2 e uma população atual de 17.183 habitantes, e não apresenta estudos do<br />

meio físico que detenha informações relevantes para a geração de um Zoneamento<br />

Geoambiental e Geotécnico da região, levando a necessidade de um levantamento<br />

ambiental que possua como resultado final cartas temáticas que vão de encontro com as<br />

necessidades e problemas da área, servindo de apoio à tomada de decisões<br />

sóciopolíticas e ambientais de toda a região Norte Matogrossense e acessíveis aos<br />

habitantes do município. Este estudo sistemático de integração e inter-relação dos<br />

fatores ambientais levantados, principalmente do meio físico, resulta em uma análise<br />

que identifica as unidades fisiográficas integrando-as em padrões, possibilitando a<br />

compreensão da evolução da paisagem e consequentemente de sua ecodinâmica. O<br />

conhecimento dos condicionantes ecodinâmicos, interpretação e compreensão dos<br />

processos endógenos e exógenos da dinâmica da paisagem permitirão inferir sobre a<br />

capacidade suporte do meio físico para diferentes tipos de uso e ocupação. Já o<br />

levantamento topográfico, o relevo, a constituição das rochas e materiais de cobertura,<br />

bem como, as propriedades geotécnicas das mesmas e as características dos potenciais<br />

hídricos, permitirão a orientação de expansão urbana e locação adequada da rede de<br />

esgoto, de distribuição de água e aterros sanitários do município. As informações<br />

obtidas através do estudo proposto constituirão um banco de dados consistente da<br />

micro-região Canarana, que servirá como um modelo de aplicação para os diversos<br />

municípios matogrossenses que não possuem Plano Diretor e que buscam o equilíbrio<br />

entre o crescimento sócio-econômico e a preservação ambiental.<br />

Palavras-chave: Zoneamento Geoambiental, Levantamento Ambiental, Geotécnica,<br />

Plano Diretor, Canarana-MT<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: ANÁLISE AMBIENTAL DO<br />

MUNICÍPIO DE CANARANA-MT, COMO SUBSÍDIO AO ZONEAMENTO<br />

GEOAMBIENTAL E GEOTÉCNICO A FIM DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO<br />

DIRETOR MUNICIPAL; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico;<br />

data de entrada na pós-graduação: 03/2010; nº de créditos concluídos: 26; data prevista<br />

de defesa: 03/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO PARA O<br />

PLANEJAMENTO TERRITORIAL: caso do município de Morretes-PR<br />

FABIANO DO NASCIMENTO PUPIM<br />

E-mail: fabianopupim@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Juércio Tavares de Mattos<br />

Este plano de pesquisa visa o estudo integrado do meio físico para contribuir com o<br />

planejamento territorial do município de Morretes-PR, visando múltiplos usos, como<br />

aptidão agrícola do solo, seleção de área de proteção ambiental, estudos de recursos<br />

hídricos (superficiais e profundos), obras de engenharia, aterros sanitários, turismo,<br />

planejamento urbano e rural. A análise do meio físico será realizada a partir de produtos<br />

de sensoriamento remoto, verificações de campo e análises laboratoriais (quando<br />

necessário), de acordo com procedimentos propostos pela sistemática de Zoneamento<br />

Geoambiental, que contempla as principais características litológicas, morfoestruturais,<br />

hidrológicas, fisiográficas, climáticas e de alterações intempéricas e solos. A análise<br />

integrada das propriedades do meio físico possibilita compartimentar a área em zonas e<br />

subzonas geoambientais. Todas as informações serão armazenadas em um banco de<br />

dados georreferenciados, o que facilitará a manipulação dessas informações e a<br />

elaboração de cartas temáticas orientativas para o planejamento de políticas públicas.<br />

Palavras-chave: Zoneamento Geoambiental, Análise Integrada do Meio Físico,<br />

Planejamento Territorial, Cobertura de Alteração Intempérica, Morretes-PR.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: ZONEAMENTO<br />

GEOAMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO PARA O PLANEJAMENTO<br />

TERRITORIAL: caso do município de Morretes-PR; Linha de pesquisa: Planejamento<br />

e gestão do meio físico; Projeto guarda-chuva: ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL<br />

COMO UM INSTRUMENTO PARA O PLANEJAMENTO TERRITORIAL: caso do<br />

município de Morretes-PR; data de entrada na pós-graduação: 03/03/2008; nº de<br />

créditos concluídos: 18; data prevista de defesa: 03/03/2010; Possui bolsa: sim;<br />

Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO MEGALEQUE FLUVIAL DO RIO<br />

SÃO LOURENÇO, PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />

FABRÍCIO ANÍBAL CORRADINI<br />

E-mail: f_coradini@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />

A Bacia do Alto Paraguai apresenta paisagens naturais bem distintas que diferenciam<br />

quanto à forma, litologia, cobertura vegetal e ocupação da terra. Os poucos estudos e<br />

dados existentes não respondem questões norteadoras sobre a origem e funcionamento<br />

do ambiente pantaneiro, principalmente a Bacia do rio São Lourenço, caracterizada por<br />

elevadas taxas de erosão. Uma vez que as modificações são impostas na bacia a<br />

montante, uma nova situação se impõe (re) configurando completamente o padrão, a<br />

direção do canal fluvial e toda a manutenção dos ecossistemas que se associam. A bacia<br />

do São Lourenço desenvolve três sistemas bem distintos com inúmeros canais<br />

tributários em planalto, sendo as áreas das nascentes acima de 800 m, a planície fluvial<br />

entrincheirada formada por meandros abandonados em altitudes inferiores a 200 m e<br />

que adentrando a jusante encontra-se um sistema distributário em leque aluvial a 150 m<br />

de altitude. A área estudada na bacia está entre as coordenadas 16º10’ S e 54º30’ W a<br />

17º20’ S e 56º50’ W. Os objetivos principais da pesquisa são os seguintes: 1)<br />

compartimentação geomorfológica em detalhe da área objeto de pesquisa; 2)<br />

caracterização dos padrões de canal e comportamento do regime hidrológico em<br />

diferentes segmentos do rio São Lourenço e seu afluente Vermelho; e 3) investigação da<br />

evolução dos processos deposicionais do megaleque fluvial no Quaternário. Para isso<br />

serão realizadas análises abordando a morfometria do canal; a tipologia das barras<br />

fluviais; dados hidrológicos; dados sedimentológicos; análise dos perfis transversais e<br />

longitudinais; e ensaios geofísicos na bacia sedimentar. Espera-se que com as<br />

ferramentas de pesquisa adotada seja possível compreender os eventos paleogeográficos<br />

e os processos fluviais regentes na bacia.<br />

Palavras-chaves: megaleque fluvial, rio São Lourenço, <strong>Rio</strong> Vermelho, geomorfologia<br />

fluvial, Pantanal.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Evolução Geomorfológica Do<br />

Megaleque Fluvial Do <strong>Rio</strong> São Lourenço, Pantanal Mato-Grossense; Linha de pesquisa:<br />

Mudanças ambientais (regionais e globais); Projeto guarda-chuva: Projeto Pantanal:<br />

Trato de Sistemas Deposicionais do Quaternário (Pleistoceno Tardio/Holoceno) da<br />

Bacia do Pantanal Mato-Grossense, Centro-Oeste do Brasil; data de entrada na pósgraduação:<br />

03/2007; data prevista de defesa: 03/2011; Possui bolsa: sim; Agência:<br />

CAPES.<br />

26


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ANÁLISE DOS FATORES AMBIENTAIS NATURAIS E ANTRÓPICOS NO<br />

PROCESSO EROSIVO LINEAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO<br />

DAS PEDRAS, QUIRINÓPOLIS (GO)<br />

FÁTIMA SUELI MARCON DOS SANTOS<br />

E-mail: suelimarconn@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Zaine<br />

O Ribeirão das Pedras é o principal manancial para o abastecimento de água da cidade<br />

de Quirinópolis. Sua Bacia Hidrográfica localiza-se no Município de Quirinópolis-<br />

Goiás, a noroeste da cidade, com sua principal nascente à 26 quilômetros da área urbana<br />

e a uma altitude de 850m, desaguando no <strong>Rio</strong> Preto à 2 quilômetros e a Sul da área<br />

urbana, a uma altitude de 425m. Ocupa uma área de aproximadamente 247 Km 2 ,<br />

localizada entre as coordenadas 18º16”43” e 18º30’55” de Latitude Sul e 50º25’10” e<br />

50º37’42” de Longitude Oeste. Caracteriza-se como objetivo desta pesquisa, identificar e<br />

avaliar o estado atual da área de estudo quanto à fragilidade do ambiente, apontando os<br />

fatores geomorfológicos e antrópicos que condicionam os processos morfodinâmicos na<br />

área. A pesquisa será realizada através de levantamentos bibliográficos, trabalhos de<br />

campo, levantamentos cartográficos e análises laboratoriais para identificação das áreas<br />

de maior fragilidade ao processo erosivo, analisando as diferentes características<br />

geomorfológicas face ao atual processo de uso da terra na Bacia, que apresenta<br />

características geoambientais propícias à ocupação humana. Entretanto, a presença de<br />

relevos residuais contornados por escarpas erosivas, com condições naturais nem sempre<br />

adequadas para a utilização antrópica da terra, leva a um processo acelerado de<br />

degradação ambiental. As evidências dessa degradação são dadas pelas mudanças no<br />

quadro natural, através dos processos de formação de ravinas e boçorocas, aceleradas<br />

pelos desmatamentos e do uso intensivo através de atividades agrícolas. Nessa unidade<br />

os terrenos são fortemente inclinados, verificando-se o predomínio da morfogênese em<br />

relação a pedogênese, conduzidos pelo escoamento superficial de água das chuvas e pela<br />

intensa infiltração de água no arenito da Formação Marília (Km), principalmente durante<br />

o período chuvoso, elementos estes favoráveis a diminuição da estabilidade do manto e<br />

aos deslizes do regolito. O cruzamento das informações através dos mapas elaborados,<br />

permitirá apontar as divergências entre a utilização atual da terra e a capacidade de uso<br />

para cada unidade.<br />

Palavras-chave: Fragilidade, processo erosivo, Quirinópolis.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: ANÁLISE DOS FATORES<br />

AMBIENTAIS NATURAIS E ANTRÓPICOS NO PROCESSO EROSIVO LINEAR<br />

NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO DAS PEDRAS, QUIRINÓPOLIS<br />

(GO); Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pósgraduação:<br />

04/08/2008; nº de créditos concluídos: 8; data prevista de defesa:<br />

04/08/2012; Possui bolsa: não.<br />

27


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

MODELOS DINÂMICOS EXPERIMENTAIS EM CAIXAS DE AREIA:<br />

INFLUÊNCIA DE ESTRUTURAS PRETÉRITAS NA HALOCINESE NA BACIA<br />

DE SANTOS<br />

FERNANDO SANTOS CORRÊA<br />

E-mail: fscorrea@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Chang Hung Kiang<br />

Co-Orientador: Dr. Jean Letouzey (Instituto Francês do Petróleo – IFP)<br />

A Bacia de Santos foi gerada durante a ruptura dos continentes africano e sul<br />

americano, onde grande número de falhas normais foram geradas nas fases iniciais do<br />

rifte devido ao processo de distensão. Tais falhas são observadas afetando a base dos<br />

evaporitos, indicando processos de relaxamento da crosta antes da ruptura, provocando<br />

reativações das falhas. Coincidentemente, estruturas diapíricas são observadas sobre<br />

estes ressaltos do embasamento, os quais funcionam como anteparos ao fluxo de sal,<br />

resultando na construção de diápiros assimétricos e simétricos com presença facultativa<br />

de falhas lístricas no topo. Contudo, importantes falhas normais de direção N10-15E<br />

com mergulho para SW, região central da bacia, parecem controlar inicialmente a mais<br />

expressiva feição sedimentar na calha central, onde imensas cunhas clásticas<br />

progradantes avançam bacia adentro deslocando a linha de costa cerca de 200 km para<br />

leste durante o Senoniano. Isso por que, o grande aporte de sedimentos sobre a espessa<br />

camada de sal, no bloco baixo da falha, causou a expulsão do sal para leste, resultando<br />

no crescimento contínuo do diápiro à frente das cunhas progradantes, dando origem a<br />

uma grande falha antitética denominada de Cabo Frio. Esta estrutura se estende desde a<br />

porção central da bacia, defronte a Ilhabela (SP), até as proximidades do Alto de Cabo<br />

Frio, já no limite com a Bacia de Campos. Experimentos em escala de laboratório<br />

ajudaram a entender a dinâmica da criação da falha de Cabo Frio. Para tanto foram<br />

utilizados matérias como: silicone para representar a camada evaporítica; coríndon na<br />

granulometria areia para representar os carbonatos (mais densos) e areia quartzosa de<br />

fontainebleau para representar os sedimentos como: arenitos, folhelhos, siltitos e etc. A<br />

caixa utilizada no experimento tem dimensões de 39cm x 72cm, tamanho ideal para<br />

inserir no tomógrafo de Raios-X, onde a cada passo de sedimentação era feito uma<br />

varredura. Desta forma, foi possível acompanhar o experimento em tempo real, sem que<br />

houvesse a necessidade de destruir-lo. Na base do modelo foi introduzido um obstáculo<br />

transversal a largura da caixa, a fim de representar a falha na porção sul da bacia. O<br />

bloco baixo da falha foi preenchido com 1cm de silicone e as demais regiões com<br />

0.8cm. Deposições iniciais de coríndon foram efetuadas na tentativa de representar os<br />

depósitos carbonáticos albianos. Diversas camadas de sedimentos foram depositadas em<br />

sequencia, variando de 2mm a 5mm conforme a posição da coluna sedimentar da bacia<br />

que se estava tentando representar. Durante o processo, notou-se na região do obstáculo<br />

o crescimento de diápiros de silicone à frente da cunha de sedimentação. Com a<br />

evolução do experimento, a configuração do modelo se assemelhou muito com os dados<br />

sísmicos da área real, demonstrando que estas heterogeneidades da base do sal<br />

apresentam grande influência no desenvolvimento da halocinese na Bacia de Santos.<br />

Levando em consideração que a deposição sedimentar se processou de sul para norte, é<br />

possível que estas heterogeneidades tenham sido o ponto inicial da grande falha de<br />

28


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Cabo Frio, a qual foi propagada para norte acompanhando a migração dos depocentros<br />

senonianos.<br />

Palavras-chave: Bacia de Santos, halocinese, falhas, diápiros de sal, experimentos de<br />

caixa de areia.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Evolução Tectono-<br />

Sedimentar da Porção Centro-Norte da Bacia de Santos: influências da fase rifte na<br />

interação sedimentação e halocinese; Linha de pesquisa: Recursos hídricos e energéticos<br />

(desenvolvimento sustentável); Nome do grupo de pesquisa: Laboratório de Estudos de<br />

Bacias - LEBAC; data de entrada na pós-graduação: 01/08/2005; Exame de<br />

qualificação: 01/11/2008; data prevista de defesa: 02/2009; Possui bolsa: sim; Agência:<br />

Fundunesp.<br />

29


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

PALEOCLIMA E PALEOGEOGRAFIA NA PORÇÃO SUL DO MEGALEQUE<br />

FLUVIAL DO TAQUARI, PANTANAL DA NHECOLÂNDIA/MS-BRASIL<br />

FREDERICO DOS SANTOS GRADELLA<br />

E-mail: fregradella@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Arnaldo Yoso Sakamoto<br />

O Pantanal é uma bacia sedimentar, relativamente plana, onde ocorrem inundações<br />

anuais. Está localizado no centro da América do Sul, na Bacia do Alto rio Paraguai, em<br />

maior parte no território brasileiro, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br />

Sua extensa área é marcada pela presença de notáveis megaleques fluviais, dentre eles,<br />

o mais representativo é o do rio Taquari, com uma área de aproximadamente 49.000<br />

km². O canal atual do Taquari flui com sentido predominante E-W, dividindo em duas<br />

regiões a superfície do megaleque: Paiaguás, ao norte e Nhecolândia, ao sul, essa última<br />

limitada pelo rio Taquari ao norte e rio Negro ao sul. A Nhecolândia é conhecida por<br />

apresentar um grande número de lagoas doces, salinas, vazantes e corixos. As lagoas<br />

concentram-se na porção SW da área, intercaladas por cordilheiras (cordões arenosos<br />

elevados entre 3 e 4 metros) que impedem a entrada de água nas lagoas salinas, mesmo<br />

durante as inundações. Os processos que originaram a Nhecolândia ainda são pouco<br />

conhecidos. Estudos apontam para mudanças climáticas regionais, de um período árido<br />

no final do Pleistoceno para um período úmido no Holoceno. Com base nesta hipótese,<br />

o presente estudo tem por objetivo estabelecer a cronologia dos processos que<br />

originaram a região da Nhecolândia, bem como reconstituir o cenário paleoclimático e<br />

paleogeográfico regional. Para isso, serão realizadas sondagens com vibro-core e o<br />

material recuperado será datado pelos métodos da Luminescência Oticamente<br />

Estimulada (LOE) de cristais de Quartzo e C 14 . Os sedimentos também serão<br />

analisados para a verificação de conteúdo palinológico e correlação cronológica.<br />

Espera-se compreender a gênese da porção sul do megaleque do Taquari e,<br />

posteriormente, correlacionar as informações obtidas com as demais áreas do Pantanal<br />

Mato-Grossense.<br />

Palavras-chave: Pantanal; lagoas; Quaternário; paleoclima; paleogeografia.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: PALEOCLIMA E<br />

PALEOGEOGRAFIA NA PORÇÃO SUL DO MEGALEQUE FLUVIAL DO TAQUARI, PANTANAL DA<br />

NHECOLÂNDIA/MS-BRASIL; Linha de pesquisa: Mudanças ambientais (regionais e<br />

globais); Nome do grupo de pesquisa: Geologia aplicada a recursos hídricos e<br />

energéticos Projeto guarda-chuva: Trato de Sistemas Deposicionais do Quaternário<br />

(Pleistoceno tardio/Holoceno) da Bacia do Pantanal Mato-Grossense, Centro-Oeste do<br />

Brasil - 07/55987-3 FAPESP; data de entrada na pós-graduação: 03/2008; nº de créditos<br />

concluídos: 34; data prevista de defesa: 03/2012; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />

30


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS NAS TAXAS DE CO2 ATMOSFÉRICO CAUSADOS<br />

POR UM EVENTO MUSICAL NA GRUTA DO MORRO PRETO I (PETAR-SP)<br />

HEROS AUGUSTO SANTOS LOBO<br />

E-mail: heroslobo@hotmail.com<br />

Orientador: José Alexandre de Jesus Perinotto<br />

Co-Orientador: Paulo César Boggiani (Instituto de Geociências – IGc/USP)<br />

O uso de cavernas para eventos no Brasil não é muito comum, e restrito normalmente<br />

àquelas onde tradicionalmente se realizam cultos religiosos, algumas até com<br />

edificações em seu interior. Partindo deste cenário, o presente trabalho apresenta os<br />

resultados do processo de monitoramento de dois atributos microclimáticos<br />

(Temperatura Ambiente – T – e Umidade Relativa do Ar – UR) e da concentração de<br />

Gás Carbônico – CO2 – atmosférico durante um evento musical na Gruta do Morro<br />

Preto I, Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – PETAR. A coleta e registro de<br />

dados – realizada antes, durante e depois do evento – se deu através de dataloggers para<br />

T e UR e registros pontuais para o CO2, aferido por meio de um aparelho com análise<br />

por infra-vermelho. Realizou-se também a contagem de pessoas presentes no dia do<br />

evento, de forma a relacionar os dados coletados com o total de visitantes. Os dados<br />

receberam dois tipos de tratamento estatístico: descritivo e multivariado, com aplicação<br />

da regressão linear múltipla. Foram elaborados perfis térmicos de momentos temporais<br />

antes e depois do evento, por meio de superfícies de tendência de terceira ordem,<br />

usando para tanto o aplicativo surfer. Concluiu-se que a presença de 237 visitantes na<br />

Gruta do Morro Preto I não causou alterações significativas nos parâmetros de T e UR.<br />

Por outro lado, identificou-se uma relação de alteração nas taxas de CO2 da ordem de<br />

13,2% no ambiente em relação ao evento.<br />

Palavras-chave: Espeleoturismo; Manejo Espeleológico; Microclima; Estudo de<br />

Impactos Ambientais.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Microclimatologia e<br />

Geoespeleologia das Cavernas do PETAR: Subsídios Para o Manejo Turístico; Linha de<br />

pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação:<br />

Jul/07; nº de créditos concluídos: 40; data prevista de defesa: Jul/11; Possui bolsa: sim;<br />

Agência: CAPES.<br />

31


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

RECONTRUÇÃO PALEO-GEOGRÁFICA POR ISOBASES CONFLUENTES<br />

NO MUNICÍPIO DE CRISTAIS PAULISTAS – SP<br />

JANE DELANE VERONA<br />

E-mail: janeverona@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Jairo Roberto Jimènez-Rueda<br />

O interesse na reconstrução paleogeográfica se faz presente em vários ramos das<br />

ciências da Terra, e, entre eles o da pedologia em especial, por buscar explicar a origem<br />

e a evolução dos solos que recobrem a superfície, auxiliando na elaboração de<br />

mapeamentos e zoneamentos geoambientais para diversas finalidades. Com base nisso,<br />

essa pesquisa busca verificar o número de paisagens pretéritas em detalhe possíveis de<br />

serem reconstruídas utilizando-se a metodologia de isobases confluentes. Ela conta com<br />

a participação dos alunos de graduação do terceiro ano de Ecologia da <strong>UNESP</strong> de <strong>Rio</strong><br />

<strong>Claro</strong> - SP, que participaram no processamento dos dados durante as aulas ministradas<br />

pela autora no âmbito do estágio-docência estimulado pela CAPES (Coordenação de<br />

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). O município escolhido foi o de Cristais<br />

Paulistas, situado ao norte de Franca, nordeste do estado de São Paulo. Foram utilizadas<br />

vinte e sete cartas planialtimétricas na escala de 1:10.000. Cada carta foi escaneada e<br />

registrada à projeção UTM, datum Córrego Alegre. Em seguida foram importadas para<br />

o SPRING v 4.3.3, onde foram extraídas as curvas de nível e drenagens com seus<br />

prolongamentos. Cada aluno se responsabilizou por uma carta. Três tipos de modelos<br />

conceituais foram criados para os dados: imagem, para a carta digitalizada; temático,<br />

para a drenagem; e MNT (modelo numérico de terreno), para as isolinhas e pontos<br />

cotados. Cada trecho de drenagem foi classificado segundo o grau do rio e segundo a<br />

ordem de confluência, assumindo-se que a cada confluência de um rio é somado um<br />

grau ao valor da mesma, independente do valor de sua ordem. Das amostras altimétricas<br />

foram geradas grades retangulares e triangulares, por representarem melhor o relevo,<br />

das quais foram extraídos os valores de altitude de cada isobase confluente. Para cada<br />

ordem de confluência a ser obtida serão geradas novas grades e suas respectivas<br />

representações tridimensionais serão apresentadas. Além de se avaliar a sensibilidade da<br />

metodologia nesse nível de detalhe, espera-se que dos resultados gerados sejam<br />

recuperadas as informações dos antigos níveis de base do relevo e que, pela suas<br />

representações tridimensionais sejam possíveis reconstruir e visualizar alguns modelos<br />

das antigas paisagens ocorridas no município, que certamente servirão como guia para<br />

futuros trabalhos.<br />

Palavras-chave: mapeamento, isobases, reconstrução, paleo-geográfica, modelo<br />

tridimensional.<br />

32


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

IMAGEAMENTO ELÉTRICO APLICADO NO MONITORAMENTO DA<br />

PLUMA DE CONTAMINAÇÃO DO ATERRO CONTROLADO DE RIO<br />

CLARO (SP): RESULTADOS INICIAIS<br />

JOSÉ RICARDO MELGES BORTOLIN<br />

E-mail: jrmb@bol.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Walter Malagutti Filho<br />

Atualmente, milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos são geradas por dia, em<br />

todo o mundo. Dois fatores que contribuem significativamente para tanto são o Modelo<br />

de Produção e Consumo Capitalista (MPCC) e a constante busca do ser humano por<br />

melhores condições de vida. Ambos os fatores contribuem de modo eficiente para a<br />

geração descontrolada de resíduos sólidos urbanos. A disposição final de tais resíduos<br />

muitas vezes é feita de forma incorreta e em locais geologicamente impróprios,<br />

acarretando em sérios problemas ambientais, como a contaminação de águas<br />

superficiais e subterrâneas. Uma das melhores e mais importantes ferramentas para<br />

estudos de contaminação ambiental é a geofísica. Dentre as principais vantagens da<br />

aplicação das técnicas geofísicas em relação aos métodos tradicionais de investigação<br />

de subsuperfície, como, por exemplo, as sondagens e os poços de monitoramento,<br />

destaca-se a rapidez na avaliação de grandes áreas com custo relativamente menor<br />

(CETESB, 1999). Diante desse cenário, são apresentados aqui os resultados e<br />

discussões iniciais de um trabalho de monitoramento da contaminação ambiental,<br />

desenvolvido no aterro controlado desativado do município de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> (SP),<br />

objetivando-se determinar possíveis alterações nas dimensões e nos valores de<br />

resistividade elétrica da pluma de contaminação sob o aterro. Para tanto, utilizou-se<br />

Geofísica Elétrica, método da Eletrorresistividade, técnica do Imageamento Elétrico<br />

com arranjo Dipolo-Dipolo, para o levantamento de 2 linhas na área supra citada, entre<br />

os meses de Abril e Maio de 2008. Tais linhas foram executadas nos mesmos locais<br />

onde, em Abril de 2000, Moura (2002) executou ensaios semelhantes. Os dados obtidos<br />

em 2000 e em 2008 foram processados e comparados entre si, de modo a se estabelecer<br />

uma evolução temporal da pluma (monitoramento). A Linha 1, com abertura de dipolo<br />

de 10m e 5 níveis de investigação, foi realizada paralelamente ao eixo maior do aterro,<br />

às margens da Rodovia SP 127 “Fausto Santomauro”, que liga <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> a Piracicaba.<br />

A Linha 2, com abertura de dipolo de 5m e, também, 5 níveis de investigação, foi<br />

realizada transversalmente ao eixo menor do aterro, sobre a cava de resíduos. Os dados<br />

de ambas as campanhas de campo foram processados no software Res2dinv, gerando<br />

perfis de resistividade aparente. Pôde-se verificar que existem alterações nos valores de<br />

resistividade e estes são mais evidentes na Linha 1, na qual a tendência geral é de<br />

aumento de tais valores, de aproximadamente 40Ω.m para >200Ω.m. Em profundidades<br />

maiores (± 13m) houve diminuição da resistividade, de cerca de 40Ω.m para a ordem de<br />

1Ω.m. A princípio, pode-se concluir que houve redução da produção de chorume pelos<br />

resíduos da porção mais superficial da cava, ocasionando a elevação dos valores da<br />

resistividade local a níveis característicos de ambiente sem contaminação, determinados<br />

através da Linha 3 (Moura, 2002) e adotada como referência. A migração do percolado<br />

para níveis mais profundos, próximo à zona saturada, pode ter sido ocasionada por ação<br />

33


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

da gravidade e pelo próprio fluxo subterrâneo, o qual apresenta sentido para onde as<br />

anomalias condutivas (da ordem de 1Ω.m) são mais freqüentes.<br />

Palavras-chave: aterro, contaminação ambiental, geofísica, imageamento elétrico,<br />

monitoramento.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Eletrorresistividade aplicada na<br />

análise temporal da pluma de contaminação do aterro controlado de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> (SP);<br />

Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pósgraduação:<br />

Agosto/2007; nº de créditos concluídos: 52; data prevista de defesa:<br />

Julho/2009; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />

34


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ESTIMATIVA DO FATOR DE RETARDAMENTO (Rd) E DA DISPERSÃO<br />

HIDRODINÂMICA (Dh) EM SOLO ARENOSO DO SUBGRUPO ITARARÉ –<br />

SP: APLICAÇÃO DE TESTE DE COLUNA<br />

JULIANA BROGGIO BASSO<br />

E-mail: julibb@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Chang Hung Kiang<br />

Este trabalho apresenta resultados de ensaio de coluna em solo arenoso do Subgrupo<br />

Itararé, compactado e saturado, percolado com solução aquosa de cloreto de potássio<br />

(K + = 500 mg.L -1 ). Neste solo arenoso foram avaliadas a composição mineralógica, as<br />

características físico-químicas e as propriedades físicas. Curvas de Chegada foram<br />

construídas para os íons potássio e cloreto e determinados o fator de retardamento (Rd) e<br />

o coeficiente de dispersão hidrodinâmica (Dh). Os resultados indicaram valores baixos<br />

de retenção para os íons K + e Cl - , compatíveis com características de solos arenosos.<br />

Palavras-chave: Ensaios de Coluna, Contaminação de Água Subterrânea, Solos<br />

arenosos<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudos Mineralógicos e de<br />

Sorção por meio de Ensaios de Coluna e Equilíbrio em Lote com Contaminantes<br />

Inorgânicos em Solos do Subgrupo Itararé - SP; Linha de pesquisa: Riscos geológicos:<br />

diagnóstico, prevenção e remediação; data de entrada na pós-graduação: Agosto/2005;<br />

nº de créditos concluídos: 82; Exame de qualificação: 19/08/2008;data prevista de<br />

defesa: Agosto/2009; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />

35


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

APLICAÇÃO DO ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL NO PLANEJAMENTO<br />

DE OBRAS LINEARES: O CASO DO EIXO CURITIBA-PARANAGUÁ<br />

JULIANO OLIVEIRA MARTINS COELHO<br />

E-mail: julianogeografia@gmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Juércio Tavares de Mattos<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />

O objetivo deste trabalho é aplicar a sistemática do Zoneamento Geoambiental, numa<br />

análise integrada do meio físico, para avaliar a capacidade de suporte do meio físico à<br />

intervenção por obras lineares superficiais e enterradas. A área de estudo se localiza no<br />

eixo rodoviário que faz a ligação entre a região metropolitana de Curitiba ao porto de<br />

Paranaguá. As principais unidades geomorfológicas presentes na área são o Planalto<br />

Atlântico e as planícies Costeira e Fluvial. O método de investigação adotado se baseia<br />

na aplicação da sistemática do Zoneamento Geoambiental como compartimentação e<br />

caracterização do meio físico, servindo de base para a avaliação da capacidade de<br />

suporte do meio físico. Após a compartimentação é realizada uma análise<br />

morfoestrutural a partir de lineamentos estruturais, traços de junta e assimetrias de<br />

relevo e drenagem, permitindo a Avaliação da Capacidade de Suporte do Meio Físico à<br />

intervenção por obras lineares, na forma de um mapa síntese, onde as propriedades do<br />

meio físico consideradas no estudo são submetidas a uma análise estatística com<br />

atribuição de pesos às propriedades mais significativas à conservação das obras lineares.<br />

A partir da carta de capacidade de suporte do meio físico pode ser realizada uma<br />

correlação com o uso do solo, o que permitirá analisar o traçado das obras lineares e<br />

identificar áreas com risco de erosão acelerada, instabilidade de encostas, abatimentos e<br />

outros problemas que possam afetar a conservação das obras e oferecer risco aos<br />

usuários. Todos os produtos obtidos com o estudo serão organizados processados em<br />

um SIG, na forma de um Banco de Dados Georreferenciados, que constituirá um<br />

instrumento de gestão passível de manipulação e atualização dos dados.<br />

Palavras-chave: zoneamento geoambiental, sensoriamento remoto, dutovias, meio<br />

físico.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: APLICAÇÃO DO<br />

ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL NO PLANEJAMENTO DE OBRAS<br />

LINEARES: O CASO DO EIXO CURITIBA-PARANAGUÁ; Linha de pesquisa:<br />

Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação: 03/2008; data<br />

prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />

36


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

COMPARTIMENTAÇÃO FISIOGRÁFICA, CARACTERIZAÇÃO<br />

GEOTÉCNICA E CARTOGRAFIA TEMÁTICA APLICADA À ANÁLISE DE<br />

TERRENOS COMO SUBSÍDIOS PARA PROTEÇÃO, MANUTENÇÃO E<br />

GERENCIAMENTO DE TRANSPORTES DUTOVIÁRIOS<br />

LEONARDO BRASIL FELIPE<br />

E-mail: lbfelipe@ufpa.br<br />

Orientador: Profa. Dra. Paulina Setti Riedel<br />

A área em estudo refere-se à região compreendida entre as cidades de Betim (MG) e<br />

Duque de Caxias (RJ), com extensão aproximada de 364 km, onde se situa um aparato<br />

tecnológico desenvolvido para transporte de petróleo e derivados em dutos subterrâneos<br />

(Duto Orbel I). O entendimento do meio físico, incluindo a constituição da litologia,<br />

estruturação, morfologia e regime de tensões, torna-se fundamental para a<br />

caracterização da estabilidade geológica, principalmente para o planejamento e<br />

gerenciamento de obras de engenharia e para a previsão de riscos de estabilização de<br />

massas de rochas, sedimentos e solos, para o planejamento da ocupação urbana. Este<br />

trabalho tem como principal objetivo analisar, identificar e produzir documentos<br />

cartográficos geotécnicos e diversos, através de técnicas de Geoprocessamento<br />

(Sensoriamento Remoto e Sistema de Informações Georreferenciadas) e atividades de<br />

campo, sobre os ambientes naturais encontrados na superfície da Terra e seus diferentes<br />

componentes, que se articulam e interagem através de mecanismos de funcionamento e<br />

interdependência. Para isso, serão utilizados os princípios de Análise dos Terrenos, que<br />

compreende etapas de compartimentação fisiográfica, caracterização geotécnica e<br />

cartografia final. Esses ambientes naturais possuem regiões onde os dutos precisam de<br />

mais proteção ou reforços estruturais, em virtude da quantidade de escorregamentos<br />

superficiais na região. Aliado a esses mecanismos, é cada vez mais significativa a ação<br />

humana que, ao se apropriar do território e de seus recursos naturais, causa grandes<br />

alterações na paisagem com um ritmo muito mais intenso que o determinado pela<br />

natureza.<br />

Palavras-chave: Fisiografia, morfologia, geotecnia, geoprocessamento, duto Orbel.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Compartimentação<br />

Fisiográfica, Caracterização Geotécnica e Cartografia Temática Aplicada à Análise de<br />

Terrenos como Subsídios para Proteção, Manutenção e Gerenciamento de Transportes<br />

Dutoviários; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Projeto guardachuva:<br />

Avaliação de Produtos e Técnicas de Sensoriamento Remoto no Monitoramento<br />

dos Riscos Geotécnicos e Antrópico em Dutos - Caso de Estudo Duto Orbel; data de<br />

entrada na pós-graduação: 04/08/2008; data prevista de defesa: 04/08/2012; Possui<br />

bolsa: não.<br />

37


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

APLICAÇÃO DE MÉTODOS GEOELÉTRICOS EM ESTUDO DA<br />

CONTAMINAÇÃO DE SEDIMENTOS POR COMBUSTÍVEIS EM MODELO<br />

REDUZIDO DE CAMPO<br />

LEONARDO ZANI CASTELLO<br />

e-mail: leonardocastello@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Antônio Celso de Oliveira Braga<br />

A elevada utilização de combustíveis fósseis, como a gasolina, em diversos setores da<br />

sociedade há tempos tem gerado uma elevada demanda na produção, estocagem e<br />

distribuição desses produtos, causando um aumento considerável nos casos de<br />

vazamentos de tanques subterrâneos utilizados para armazenamento, e outros incidentes<br />

envolvendo a contaminação do meio físico, o que torna imprescindível o conhecimento<br />

das interações entre esses possíveis contaminantes com solos, rochas e águas<br />

subterrâneas. As análises acerca da área impactada normalmente são realizadas através<br />

de métodos diretos de investigação, tais como sondagens mecânicas e coleta de<br />

amostras para análise química, entretanto, uma aquisição de dados efetuada com relativa<br />

acurácia através desses métodos está relacionada com seu custo e, em alguns casos, com<br />

dificuldades operacionais. Os produtos derivados do petróleo são caracterizados como<br />

uma mistura de hidrocarbonetos e apresentam uma alta gama de arranjos moleculares<br />

em suas constituições, que são compostos, em sua maioria, por átomos de carbono e<br />

hidrogênio e, em menor escala por átomos de oxigênio, nitrogênio e enxofre. A<br />

assinatura de resistividade de alguns derivados do petróleo, como a gasolina, se mostra<br />

variável em função do tempo quando em contato com sedimentos, com isso, estudos<br />

que analisaram a variação temporal do parâmetro físico resistividade elétrica de<br />

sedimentos alterados por esse tipo de contaminante em diversos contextos apresentaram<br />

resultados distintos em função de heterogeneidades do meio geológico e distinções de<br />

clima envolvidas, assim, ainda não é possível definir um claro padrão de<br />

comportamento para esse tipo de contaminante. É importante salientar a composição<br />

característica da gasolina no Brasil, que recebe a adição de álcool etílico anidro<br />

combustível (AEAC)-pouco estudado com relação aos parâmetros geoelétricos- em<br />

proporção aproximada de 23%. O álcool é um composto distinto dos hidrocarbonetos, e<br />

também se mostra presente em casos de contaminação do meio físico, pois, é utilizado<br />

em larga escala em vários processos que necessitam da energia associada a ele. O<br />

presente trabalho visa avaliar as variações temporais dos parâmetros físicos<br />

resistividade e cargabilidade elétrica, através dos métodos da eletrorresistividade e<br />

polarização induzida, em modelos reduzidos de campo constituídos por dois tanques de<br />

fibra preenchidos com sedimentos arenosos saturados a níveis controlados por sondas<br />

instaladas no interior dos tanques. Os sedimentos serão submetidos a contaminações<br />

induzidas de gasolina e álcool, sendo que, cada tanque será contaminado com apenas<br />

um tipo de combustível. O estudo do comportamento desses contaminantes em escala<br />

laboratorial visa gerar subsídios técnicos para melhor compreensão de resultados acerca<br />

da caracterização geoelétrica em estudos de caso em áreas que apresentem alterações<br />

devido à presença desses combustíveis, que não raro apresentam resultados conflitantes.<br />

A análise sobre os métodos de interpolação utilizados no processamento dos dados<br />

geofísicos será realizada com o objetivo de determinar o mais viável a ser empregado<br />

38


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

em estudos envolvendo esses contaminantes, e também como critério de controle sobre<br />

as variáveis determinantes para a variação dos parâmetros geoelétricos envolvidos em<br />

contaminações de ambientes análogos ao utilizado por gasolina e álcool.<br />

Palavras-chave: resistividade, cargabilidade, contaminação, gasolina, álcool.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: APLICAÇÃO DE MÉTODOS<br />

GEOELÉTRICOS EM ESTUDO DA CONTAMINAÇÃO DE SEDIMENTOS POR<br />

COMBUSTÍVEIS EM MODELO REDUZIDO DE CAMPO; Linha de pesquisa:<br />

Recursos hídricos e energéticos (desenvolvimento sustentável); Projeto guarda-chuva:<br />

MÉTODOS GEOELÉTRICOS APLICADOS EM ESTUDOS DA CONTAMINAÇÃO<br />

DE SEDIMENTOS POR COMBUSTÍVEIS; data de entrada na pós-graduação:<br />

03/03/2008; nº de créditos concluídos: 22; Possui bolsa: não.<br />

39


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

EVOLUÇÃO MORFOESTRUTURAL E MORFOTECTÔNICA DA PAISAGEM<br />

DO MUNICÍPIO DE CAMPOS/RJ DETERMINADA PELA ERODIBILIDADE<br />

DO CONJUNTO SOLO-ROCHA NO DECORRER DO TEMPO GEOLÓGICO<br />

LUZIANE SANTOS RIBEIRO<br />

E-mail: kdluziane@yahoo.com.br<br />

Orientador: Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />

Freqüentemente o homem precisa reorganizar o espaço superficial que ocupa em virtude<br />

de inúmeros fatores, mas principalmente por que deve utilizar os recursos naturais<br />

disponíveis de forma sustentável. Essa premissa o tem levado a incertezas quanto o<br />

método apropriado de disposição na superfície do solo. Infelizmente, e talvez por<br />

simples falta de orientação, ele não tem utilizado o espaço de maneira racional. Muito<br />

pelo contrário, ele tem aplicado às terras procedimentos que têm maximizado perdas de<br />

solo e produtividade devido a taxas cada vez maiores de erosão. Se a sociedade ao<br />

menos conhecesse a capacidade natural de erosão de uma determinada região antes da<br />

implantação de qualquer obra de engenharia, por exemplo, os prejuízos e os custos<br />

poderiam ser minimizados. No município de Campos alguns trabalhos foram realizados<br />

neste sentido. Porém, determinaram apenas a erodibilidade do solo pela aplicação de<br />

equações matemáticas desenvolvidas para terras de clima temperado, como a EUPS, por<br />

exemplo. Entretanto, sabe-se hoje que para determinação da erodibilidade natural das<br />

terras é necessário que se estude também a condição geológica em que a camada de solo<br />

está assentada. De acordo com o “Método Morfoestrutural para Mapeamentos<br />

Geoambientais” desenvolvido por Jiménez-Rueda & Mattos (1992), os processos<br />

deformacionais das rochas se apresentam na superfície através de falhas, lineamentos<br />

estruturais, juntas e feições anômalas de drenagem. A análise deste conjunto de<br />

observações permite estabelecer o grau de erodibilidade do conjunto solo/rocha,<br />

condicionada por sua permeabilidade e grau de cisalhamento. Outra faceta deste estudo<br />

permite também visualizar como se deu a evolução da paleogeográfica paisagem no<br />

município de Campos ao longo do tempo geológico pela geração de superfícies de<br />

“Isobases de Confluências”. De posse destes dados, é então gerado um modelo do<br />

comportamento geoambiental da região capaz de determinar sua erodibilidade natural e<br />

sua evolução geológica, além da delimitação das zonas erosivas mais sensíveis. O<br />

resultado é a compartimentação fisiográfica do município de Campos, com indicadores<br />

de potencialidades e restrições do meio físico ao uso e ocupação do solo.<br />

Palavras-chave: Campos/RJ, morfortectônica, morfoestrutura, erodibilidade, geologia<br />

estrutural.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Evolução morfoestrutural e<br />

morfotectônica da paisagem do município de Campos/RJ determinada pela<br />

erodibilidade do conjunto solo-rocha no decorrer do tempo geológico; Linha de<br />

pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação:<br />

03/2006; nº de créditos concluídos: 68; data prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa:<br />

Sim; Agência: CNPq.<br />

40


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE DETECÇÃO DE MUDANÇAS PARA O<br />

MONITORAMENTO DE FEIÇÕES DE EROSÃO E DE USO DA TERRA EM<br />

TRECHO DE DUTOS LOCALIZADOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE DUQUE<br />

DE CAXIAS (RJ) E BETIM (MG)<br />

MATEUS VIDOTTI FERREIRA<br />

E-mail: mateusvidotti@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dra. Paulina Setti Riedel<br />

Detecção de mudanças é o processo de identificar diferenças no estado de um objeto ou<br />

fenômeno qualquer através da observação em diferentes espaços de tempo. As fontes<br />

dos dados podem ser diversas, no entanto, os produtos advindos de sensores remotos<br />

têm se mostrado uma excelente fonte de informação para essa finalidade. Os sistemas de<br />

informação geográficos (SIG) são considerados então uma ferramenta indispensável<br />

para organizar e processar toda informação adquirida pelos satélites, além de sobrepôlas<br />

com outras informações espaciais. Pretende-se analisar neste trabalho a<br />

aplicabilidade das técnicas de detecção de mudanças para o monitoramento de feições<br />

erosivas e de uso da terra em trechos de dutos. Assim espera-se como resultado definir<br />

os potenciais e limitações das principais técnicas e produtos para o monitoramento de<br />

feições de erosão e uso da terra em regiões de dutos.<br />

Palavras-chave: Detecção de Mudanças, Sensoriamento Remoto, Monitoramento.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: APLICAÇÃO DE TÉCNICAS<br />

DE DETECÇÃO DE MUDANÇAS PARA O MONITORAMENTO DE FEIÇÕES DE<br />

EROSÃO E DE USO DA TERRA EM TRECHO DE DUTOS LOCALIZADOS<br />

ENTRE OS MUNICÍPIOS DE DUQUE DE CAXIAS (RJ) E BETIM (MG); Linha de<br />

pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação:<br />

08/2007; nº de créditos concluídos: 40; data prevista de defesa: 08/2009; Possui bolsa:<br />

Não.<br />

41


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

SENSIBILIDADE AMBIENTAL A DERRAME DE ÓLEO E DERIVADOS NA<br />

RODOVIA DOS TAMOIOS (SP-099): PROPOSIÇÃO METODOLÓGICA<br />

PATRICK THOMAZ DE AQUINO MARTINS<br />

E-mail: patrick_thomaz@yahoo.com.br<br />

Orientador: Profª. Drª. Paulina Setti Riedel<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. João Carlos Carvalho Milanelli<br />

O petróleo é uma das principais fontes de energia do mundo. Apesar do domínio de<br />

avançadas técnicas de transporte, é comum a ocorrência de acidentes. Os ambientes<br />

costeiros e marítimos possuem um índice de sensibilidade ambiental a derramamento de<br />

óleo que, embora constitua importante elemento norteador para o planejamento de ações<br />

mitigadoras, é direcionado a áreas litorâneas, não contemplando outros ambientes<br />

também susceptíveis ao óleo. O aquecimento da economia, as recentes descobertas de<br />

reservas petrolíferas no território nacional e as ainda incipientes malhas dutoviária e<br />

ferroviária sugerem as rodovias como o modal mais provável para o transporte. Os<br />

espaços adjacentes a esse modal acendem como importantes áreas para estudos piloto de<br />

sensibilidade a derrame de óleo, com critérios integrados envolvendo a avaliação dos<br />

parâmetros do meio físico, biológicos e socioeconômicos, a sensibilidade dos<br />

ecossistemas naturais e antrópicos, e a discussão de índices a serem aplicados às áreas<br />

terrestres e águas interiores, já que diferentes ambientes a margeiam, estando estes<br />

inevitavelmente propícios a impactos desse tipo. A presente constatação ressalta a<br />

necessidade de se avançar na consolidação de metodologia específica para o<br />

mapeamento ambiental de sistemas lineares terrestres. Nesse sentido, a hipótese busca<br />

provar que a rodovia pode ser utilizada como espaço para o estabelecimento e<br />

mapeamento de índices de sensibilidade ambiental a derramamento de óleo em áreas<br />

continentais. Foi definido como meta o desenvolvimento de um método à elaboração e<br />

mapeamento desses índices, apoiado em soluções geotecnológicas, tendo como área<br />

piloto de aplicação a Rodovia dos Tamoios (SP-099), São Paulo. Com este objetivo,<br />

será realizada uma análise crítica das metodologias de mapeamento da sensibilidade<br />

ambiental a derramamento de óleo existentes e sua aplicabilidade em rodovias; o<br />

mapeamento e caracterização dos ambientes adjacentes à Rodovia dos Tamoios; o<br />

reconhecimento da sensibilidade a derrames de óleo desses ambientes, seus recursos<br />

físicos, biológicos e composição socioeconômica; a discussão, elaboração e avaliação<br />

de um sistema de índices de sensibilidade para áreas rodoviárias; e a aplicação do<br />

método de mapeamento à Rodovia dos Tamoios. A operacionalização do método será<br />

iniciada a partir da análise bibliográfica, em base de periódicos correlacionados com a<br />

temática, acompanhada de uma pesquisa documental, onde buscará um elenco de mapas<br />

e imagens de sensoriamento remoto, definindo, dentre outros, a demarcação do recorte<br />

espacial da área de influência do impacto e a definição da escala de trabalho. Após a<br />

aquisição desses documentos, serão realizados a digitalização e o mapeamento dos<br />

dados. Essa etapa compreenderá o levantamento e mapeamento dos meios físico,<br />

biológico, do uso do solo e de elementos administrativos do espaço em estudo.<br />

Concomitantemente, serão realizadas saídas de campo, consolidando as informações<br />

aferidas a partir da interpretação das imagens. Complementando o método, será<br />

realizado o levantamento de dados referentes à rodovia, as quais comporão um banco de<br />

42


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

dados. Este será analisado e subsidiará a produção das cartas de sensibilidade ambiental<br />

da Rodovia Tamoios, bem como a proposta metodológica para modais lineares<br />

terrestres.<br />

Palavras-chave: geotecnologias; metodologia; vulnerabilidade ambiental.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Mapa de sensibilidade<br />

ambiental a derrames de óleo em rodovias: proposta aplicada à Rodovia dos Tamoios<br />

(SP-099); Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Grupo de pesquisa:<br />

Sensibilidade ambiental a derrames de óleo; data de entrada na pós-graduação:<br />

Março/2008; nº de créditos concluídos: 42; data prevista de defesa: Março/2012; Possui<br />

bolsa: Sim; Agência: ANP.<br />

43


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

MAPEAMENTO DE SENSIBILIDADE DOS AMBIENTES COSTEIROS DAS<br />

ILHAS DE SÃO VICENTE E DE SANTO AMARO (SP) AO DERRAMAMENTO<br />

DE ÓLEO<br />

RAFAEL RIANI COSTA PERINOTTO<br />

E-mail: rafa.riani@gmail.com<br />

Orientadora: Profª. Drª. Paulina Setti Riedel<br />

Co-Orientador: Dr. João Carlos Carvalho Milanelli<br />

Derramamentos de óleo têm trazido recorrentes e graves prejuízos aos ecossistemas<br />

costeiros em várias regiões do mundo. O óleo derramado, quando atinge a zona<br />

litorânea, provoca sérios danos à vida selvagem, aos ambientes naturais e às atividades<br />

sócio-econômicas. Os planos de contingência estabelecem as diretrizes de ações de<br />

resposta aos derramamentos de óleo, e sua elaboração em nível nacional é uma das<br />

metas do país. O mapeamento de sensibilidade ambiental é um componente essencial e<br />

fonte de informação primária para o planejamento de contingência. Estes mapas<br />

incluem informações sobre os recursos biológicos; os recursos de uso humano de valor<br />

comercial, recreacional ou de subsistência; e a sensibilidade dos ecossistemas costeiros<br />

e marinhos (medidos através de um índice de sensibilidade do litoral, baseado<br />

principalmente nas características geomorfológicas dos ambientes). A metodologia de<br />

mapeamento será baseada na proposta elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente,<br />

“Especificações e Normas Técnicas para Elaboração de Cartas de Sensibilidade<br />

Ambiental para Derramamentos de Óleo”, com algumas modificações de acordo com<br />

aspectos da região de estudo; e com a utilização de um Sistema de Informação<br />

Geográfica (SIG) e um Sistema de Banco de Dados Geográficos. A região da Baixada<br />

Santista (que contém o Porto de Santos, píeres, o Pólo Petroquímico de Cubatão, e uma<br />

extensa rede de oleodutos) foi sugerida como prioritária para o mapeamento em escala<br />

operacional (de 1:10.000 a 1:50.000) devido à sua sensibilidade e ao alto risco de<br />

ocorrência de eventos com derrame de petróleo. O objetivo central deste trabalho é<br />

definir as áreas prioritárias de proteção e áreas de sacrifício, de acordo com as<br />

peculiaridades da região, através do mapeamento de sensibilidade ambiental a<br />

derramamentos de óleo dos ambientes costeiros da Ilha de São Vicente e da Ilha de<br />

Santo Amaro (SP), em nível detalhado (escala operacional), com avaliação das<br />

diferenças espaciais e sazonais do ISL (Índice de Sensibilidade do Litoral) nos<br />

ambientes estudados. Os principais resultados esperados são a confecção das Cartas<br />

SAO (Sensibilidade Ambiental ao Óleo), organizadas em um Atlas de Sensibilidade<br />

Ambiental a Derramamentos de Óleo; e a inserção destes dados no Atlas de<br />

Sensibilidade Ambiental ao Óleo do Litoral Paulista, desenvolvido pelo Grupo de<br />

Pesquisa em Sensibilidade Ambiental Costeira do PRH-05 (<strong>UNESP</strong>/MCT/FINEP/ANP)<br />

Palavras-chave: Cartas SAO, Baixada Santista, derramamento de óleo, sensibilidade<br />

ambiental costeira.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: MAPEAMENTO DE<br />

SENSIBILIDADE DOS AMBIENTES COSTEIROS DAS ILHAS DE SÃO VICENTE<br />

44


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

E DE SANTO AMARO (SP) AO DERRAMAMENTO DE ÓLEO; Linha de pesquisa:<br />

Planejamento e gestão do meio físico; Grupo de pesquisa: Sensibilidade Ambiental a<br />

Derrames de Petróleo – CNPq/Grupo de Pesquisa em Sensibilidade Ambiental - PRH-<br />

05 (<strong>UNESP</strong>/MCT/FINEP/ANP); data de entrada na pós-graduação: 03/2008; nº de<br />

créditos concluídos: 34; data prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa: Sim; Agência:<br />

FAPESP.<br />

45


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO PANTANAL DO<br />

NABILEQUE, UM MEGALEQUE PECULIAR NA BORDA SUL DO<br />

PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />

SIDNEY KUERTEN<br />

E-mail: sidneykuerten@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />

Co-Orientadora: Profa. Dra. Edna Maria Facincani<br />

O Pantanal do Nabileque, localizado na borda meridional da Bacia sedimentar do<br />

Pantanal Mato-Grossense, abrange terras do Estado do Mato Grosso do Sul, Bolívia e<br />

Paraguai. Esta região foi analisada com auxílio de geotecnologias que possibilitaram o<br />

reconhecimento e o mapeamento de diferentes unidades geomorfológicas. Reconheceuse<br />

uma vasta planície recortada por densa rede de paleocanais distributários, orientados<br />

NE-SW, obliterados em sua maior parte por recentes e erosivos canais tributários. Além<br />

disso, foram identificados dois notáveis cinturões de meandros encaixados: o primeiro,<br />

recente e ativo, abriga o atual canal do rio Paraguai; o segundo, pretérito e inativo, é<br />

marcado pela grande quantidade de registros de paleocanais e barras em pontal<br />

pertencentes a um antigo sistema fluvial meandrante com grande energia. Sedimentos<br />

arenosos de 4 amostras foram obtidos em perfurações com “vibro-core” na região da<br />

planície do rio Nabileque, área que abriga o antigo cinturão de meandros (20º 10’/20º<br />

20’ S - 57º 35’ / 57º 43’ W). Os sedimentos foram datados pelo método da<br />

Luminescência Oticamente Estimulada (LOE) de cristais de Quartzo e obtiveram os<br />

seguintes resultados: 6.850 ± 750 anos AP (172 cm profundidade), 6.100 ± 700 anos AP<br />

(176 cm profundidade), 16.800 ± 2500 anos AP (233 cm profundidade) e 13.000 ± 1500<br />

anos AP (160 cm profundidade). As informações geomorfológicas obtidas indicam que<br />

o Pantanal do Nabileque constitui um antigo megaleque aluvial (9100 km²) que passou<br />

por ajustes decorrentes de processos alogênicos (tectonismos e mudanças climáticas) e<br />

autogênicos (alterações no fluxo fluvial e aporte/transporte de sedimentos) durante o<br />

Quaternário. Dentre todos os megaleques existentes na Bacia do Pantanal, o do<br />

Nabileque é o único que não possui lobo de deposição ativo e não desenvolve<br />

progradação sedimentar, o que o torna assim um exemplo peculiar.<br />

Palavras-chave: Pantanal do Nabileque, geomorfologia, datação LOE, megaleque<br />

aluvial, Quaternário.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Nabileque: Um Megaleque<br />

Fluvial Construído pelo <strong>Rio</strong> Paraguai na Saída da Bacia do Pantanal Mato-Grossense,<br />

Centro-Oeste do Brasil; Linha de pesquisa: Mudanças ambientais (regionais e globais);<br />

Projeto guarda-chuva: Sistemas deposicionais da bacia sedimentar do Pantanal Mato-<br />

Grossense, Centro-Oeste do Brasil; data de entrada na pós-graduação: Agosto/2006; nº<br />

de créditos concluídos: 82; data prevista de defesa: Agosto/2010; Possui bolsa: sim;<br />

Agência: CAPES.<br />

46


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ESTUDO INTEGRADO DO VALE DO BAIXO CURSO DO RIO ACARAÚ<br />

COM FUNDAMENTO NA ANÁLISE DA PAISAGEM E QUALIDADE DA<br />

ÁGUA E SOLOS<br />

SIMONE FERREIRA DINIZ<br />

E-mail: dinfersim@hotmail.com<br />

Orientador: Jairo Roberto Jimenez Rueda<br />

No estado do Ceará, os recursos naturais encontram-se muito alterados tendo em vista a<br />

contínua expansão das atividades produtivas do homem. Estas características<br />

determinam a alta vulnerabilidade dos recursos hídricos, agravados pelos grandes<br />

desmatamentos e remoção de matas ciliares. Dentro desse contexto, a água constitui-se<br />

em um dos recursos mais atingidos, o que vem aumentando os impactos ambientais,<br />

diminuindo a qualidade de vida da população ribeirinha (Zanella, 2005). A ação humana<br />

tem causado significativas alterações no ambiente natural principalmente em bacias<br />

hidrográficas que são ocupadas de forma desordenada e têm as suas sustentabilidades<br />

ameaçadas, principalmente onde a água é mais escassa, ou onde a sua distribuição<br />

temporal é muito irregular, como é o caso da região nordeste, que tem potenciado usos<br />

específicos, gerando em determinados trechos do recurso hídrico um estrangulamento<br />

de atividades que utiliza em excesso água causando assim um desequilíbrio na<br />

capacidade de suporte dos aquíferos. Fato este que tem alertado a comunidade científica<br />

nos últimos anos, para a relação crescente entre os problemas de natureza quantitativa e<br />

qualitativa, e os problemas de natureza ambiental que são suscitados pela intensificação<br />

e diversificação de utilizações dos recursos de água. Nas regiões semi-áridas, como é o<br />

caso do Ceará, a escassez da água tem sido há muito tempo, motivo de preocupação e<br />

discussão. Destaca-se a irrigação e a criação de camarão com o fim de tornar produtivas<br />

as áreas áridas e semi-áridas, é comum percebermos no delineamento de uso do solo de<br />

bacias hidrográfica da região nordeste, extensas áreas destinadas a perímetros irrigados<br />

e viveiros de camarão. Os principais impactos ambientais devido a este uso são<br />

modificação do meio, consumo exagerado da disponibilidade hídrica, contaminação dos<br />

recursos, salinização do solo, assoreamento dos rios, problemas de saúde pública. A<br />

situação agrava-se pela insuficiente proteção das fontes e mananciais, que muitas vezes<br />

inviabiliza o aproveitamento dessa água para outros usos, ou onera seu custo devido à<br />

necessidade de tratamento que, em última instância, será tributado à comunidade. No<br />

sentido de prevenir tal ordem de problemas assume particular importância o<br />

estabelecimento de um estudo integrado que aborde os aspectos associados a evolução<br />

da paisagem e aos diversos usos deste ambiente natural. O objetivo principal da<br />

presente pesquisa é fazer um estudo ambiental de seu uso, ocupação e reorganização, a<br />

partir da ordenação territorial das atividades econômicas, e políticas de conservação<br />

ambiental, que visem a gestão sustentável da água e do solo. A primeira etapa do<br />

trabalho consistirá no levantamento dos dados físicos existentes acerca da bacia<br />

(estudos e produtos dos Planos de Informação) e dados de qualidade de água e solo,<br />

seleção da escala de trabalho para levantar a demanda de adequação e correção de<br />

mapas, digitalização de material cartográfico, gerando assim um banco de dados em<br />

ARCGIS, elaborando mapas de Zoneamento geoambiental.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Palavras-chave: Análise ambiental, Bacia hidrográfica, <strong>Rio</strong> Acaraú.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo integrado do vale do<br />

baixo curso do rio Acaraú com fundamento na análise da paisagem e qualidade da água<br />

e solos; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na<br />

pós-graduação: Agosto/2006; nº de créditos concluídos: 64; data prevista de defesa:<br />

Agosto/2010; Possui bolsa: Sim; Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

HIDROGEOQUÍMICA DO SISTEMA AQÜÍFERO GUARANI NO MUNICÍPIO<br />

DE BAURU<br />

SUELI ROBERTA DA SILVA<br />

Orientador: Prof. Dr. Maria Rita Caetano-Chang<br />

O Sistema Aqüífero Guarani (SAG), composto pelas formações Botucatu e Pirambóia,<br />

ocupa no estado de São Paulo aproximadamente 76% do território, aflorando numa<br />

faixa estreita e irregular no centro leste do estado. No sentido de leste para oeste, varia<br />

em profundidade de algumas dezenas a mais de 1900 m (Silva, 1983).<br />

Aproximadamente 90% do aqüífero está confinado pelos basaltos da Formação Serra<br />

Geral. No município de Bauru, a água subterrânea captada do SAG, em conjunto com<br />

os sistemas aqüíferos Bauru e Serra Geral, corresponde a 60% do abastecimento hídrico<br />

(DAE, 2008). Este município dista 352 km da capital de São Paulo e está localizado no<br />

Planalto Ocidental sobre os sedimentos cretáceos do Grupo Bauru (Formações Marília e<br />

Adamantina), que estão sobrepostos por discordância angular e erosiva (Paula e Silva &<br />

Cavaguti, 1994) às formações Serra Geral (Cretáceo Inferior), Botucatu (Cretáceo<br />

Inferior) e Pirambóia (Triássico a Jurássico). O SAG na área urbana do município de<br />

Bauru, diferentemente da maior parte do oeste paulista, não está totalmente confinado<br />

pela Formação Serra Geral (que apresenta ocorrência restrita na porção leste desta área).<br />

Estudos preliminares, a partir da coleta em 24 poços de abastecimento da área urbana do<br />

município de Bauru, mostram que a água apresenta pH alcalino de 7,9 a 9,6,<br />

condutividade elétrica entre 95 e 237uS/cm, predomínio das espécies químicas<br />

bicarbonato e sódio. São classificadas como bicarbonatadas sódicas e possuem<br />

características hidroquímicas semelhantes às amostras do aqüífero confinado do SAG<br />

em São Paulo, caracterizadas por Silva (1983), embora as baixas concentrações de Cl - e<br />

SO4 2- sejam características das amostras próximas à área de recarga. O equilíbrio<br />

químico com a calcita e a relação inversa entre as concentrações do Ca 2+ e o Na +<br />

indicam possível troca catiônica do Ca (na água) pelo Na (na rocha).<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Hidrogeoquímica dos Sistemas<br />

Aquíferos Bauru e Guarani no município de Bauru; Linha de pesquisa: Recursos<br />

hídricos e energéticos (desenvolvimento sustentável); data de entrada na pós-graduação:<br />

03/2007; nº de créditos concluídos: 40; Exame de qualificação: 05/09/2008; data<br />

prevista de defesa: 03/2009; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

VULNERABILIDADE AMBIENTAL DA APA-CORUMBATAÍ MEDIANTE<br />

USO DE GEOTECNOLOGIAS<br />

SUSANA BELÉN CORVALÁN<br />

E-mail: corvalansu@yahoo.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Gilberto Garcia<br />

A área de estudo selecionada neste trabalho é a Área de Proteção Ambiental (APA)<br />

perímetro Corumbataí, criada em 1983 pelo Decreto Estadual n. 20.960. Compreende<br />

uma superfície de 272.692 e foi criada para proteger as cuestas basálticas, áreas de<br />

recarga do aqüífero guarani e os remanescentes de vegetação de cerrado e mata<br />

atlântica. O Geoprocessamento e o Sensoriamento Remoto são ferramentas eficientes<br />

para a avaliação da vulnerabilidade ambiental e coordenação de ações. Alem disso,<br />

permitem uma rápida atualização das informações sobre a variabilidade ambiental, no<br />

tempo e no espaço. Ao analisar esses mapas, podem-se diagnosticar áreas mais<br />

sensíveis a problemas ambientais, mostrando a intensidade e a sua distribuição,<br />

permitindo recomendações para um melhor aproveitamento das atividades de controle e<br />

proteção. A abordagem multicriterial é uma das técnicas empregadas para a tomada de<br />

decisão e integrada com os Sistema de Informação Geográfica (SIGs) envolve a<br />

utilização de dados georreferenciados. A sensibilidade ambiental pode ser definida por<br />

vários fatores que freqüentemente atuam em conjunto. Assim, para a integração dos<br />

diferentes fatores que serão avaliados conforme a capacidade dos recursos naturais<br />

resistir à degradação com base na abordagem multicriterial, vários métodos vêm sendo<br />

utilizados, mais recentemente o de “Método da Media Ponderada Ordenada”, tendo<br />

permitido a obtenção de resultados muito satisfatórios na avaliação de vulnerabilidade<br />

ambiental, e que será aplicado no presente trabalho de pesquisa. A principio os fatores<br />

selecionados foram: distancia aos corpos da água e das nascentes, erodibilidade do solo,<br />

declividade, geologia, pedologia, geomorfologia, cobertura vegetal, Áreas de<br />

Preservação Permanente e como restrição, a delimitação da área de estudo. Para a<br />

obtenção desses fatores foram necessários os seguintes planos de informação: uso da<br />

Terra e Vegetação Natural, Rede Hidrográfica, Modelo Numérico de Terreno, mapas<br />

Geológico, Geomorfológico e Pedológico. Como resultados preliminares foram obtidos<br />

os mapas de: MDT, declividade e Uso da terra e Vegetação Natural, para o qual foram<br />

utilizadas imagens do satélite CCD/CBERS-2, sendo que o cultivo de cana de açúcar<br />

representa mais de 27% da área total, seguida de mata com 21% e pastagem com 18%.<br />

Assim, se visará avaliar a vulnerabilidade ambiental da APA-Corumbataí, prévio<br />

diagnostico da situação atual e estruturação do banco de dados geográficos mediante<br />

técnicas de geoprocessamento.<br />

Palavras-chaves: APA-Corumbataí, Geoprocessamento, Abordagem Multicriterial.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Vulnerabilidade Ambiental da<br />

APA-Corumbataí mediante uso de Geotecnologias; Linha de pesquisa: Planejamento e<br />

gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação: Ago/2005; data prevista de<br />

defesa: Ago/2009; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

VARIAÇÃO TEMPORAL DO FLUXO E PROCESSO DE FORMAÇÃO DE<br />

BARRAS FLUVIAIS EM SISTEMA ANASTOMOSADO: EXEMPLO ALTO<br />

RIO PARANÁ (PORTO RICO-PR)<br />

VANESSA CRISTINA DOS SANTOS<br />

E-mail: vcsgeo@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Mario Luiz Assine<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. José Cândido Stevaux<br />

O Paraná é um rio aluvial com fundo essencialmente arenoso e dominado por formas de<br />

leito do tipo dunas e ondas-de-areia. Em nível médio e baixo de água essas formas<br />

afloram em superfície formando barras arenosas de morfologia e posição variada. Estas<br />

barras têm grande extensão e sua morfologia muda rapidamente ao longo do tempo,<br />

podendo, em alguns casos, ser rapidamente deformadas ou removidas pelo fluxo<br />

ordinário. Com implantação da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (Porto<br />

Primavera), o regime de fluxo do alto rio Paraná sofreu alterações (descargas mínimas<br />

e máximas), além da retenção de boa parte da carga sedimentar. Estas alterações podem<br />

modificar os processos de erosão e sedimentação, levando o rio a se adaptar a um novo<br />

perfil. Estudos identificaram uma série de alterações na textura da carga de fundo<br />

(“armoring effect”), na intensidade processos erosivos, na carga suspensa e, mais<br />

recentemente, na dinâmica de incisão e agradação do canal. A detecção das alterações<br />

neste sistema fluvial é importante, pois tais modificações não afetam somente os<br />

aspectos físicos do sistema, mas o biológico (redução da biodiversidade) e também o<br />

homem, que utiliza os rios como fonte de água potável e recursos alimentares. Este<br />

estudo pretende-se analisar o comportamento hidrossedimentológico e morfológico das<br />

barras fluviais. Para tanto, serão realizados levantamentos de estrutura de fluxo, da<br />

textura do material de fundo e da morfometria das barras selecionadas. Espera-se com<br />

isto compreender o comportamento das barras fluviais e identificar as possíveis<br />

mudanças da dinâmica hidrossedimentar resultantes do fechamento da barragem.<br />

Palavras-chave: Barras fluviais, rio Paraná, hidrossedimentologia e morfologia.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: VARIAÇÃO TEMPORAL DO<br />

FLUXO E PROCESSO DE FORMAÇÃO DE BARRAS FLUVIAIS EM SISTEMA<br />

ANASTOMOSADO: EXEMPLO ALTO RIO PARANÁ (PORTO RICO-PR); Linha de<br />

pesquisa: Recursos hídricos e energéticos (desenvolvimento sustentável); data de<br />

entrada na pós-graduação: 03/03/2008; nº de créditos concluídos: 34; data prevista de<br />

defesa: 03/03/2010; Possui bolsa: Sim; Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

PROGRAMA DE GEOLOGIA REGIONAL<br />

52


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

TERMOTECTÔNICA MESO-CENOZÓICA DO ARCO DE PONTA GROSSA:<br />

IMPLICAÇÕES NA ABERTURA DO OCEANO ATLÂNTICO-SUL E NA<br />

EVOLUÇÃO TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DA BACIA DE SANTOS<br />

ANA OLIVIA BARUFI FRANCO<br />

E-mail: aobf@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Peter Christian Hackspacher<br />

O Arco de Ponta Grossa (APG) é uma das feições tectônicas mais expressivas da porção<br />

sul-oriental da Plataforma Sulamericana. Delineado como uma megaestrutura soerguida,<br />

com eixo dirigido para NW, é caracterizado por cinco alinhamentos estruturaismagnéticos<br />

com extensões de aproximadamente 500 km e larguras variáveis entre 20 e<br />

100 km. Diversos estudos têm mostrado que o APG e seus alinhamentos estruturais<br />

parecem condicionar, muito fortemente, a evolução tectônica dessa faixa de estruturação<br />

desde o Devoniano, porém com maior acentuação à partir do Cretáceo Inferior, durante<br />

os processos responsáveis pela ruptura do Gondwana Sul-Ocidental e conseqüente<br />

abertura do Oceano Atlântico-Sul. Nesse contexto, a reconstrução de histórias térmicas<br />

(gráficos tempo x temperatura) utilizando termocronômetros de baixa temperatura –<br />

traços de fissão em apatitas (geotermômetro de 120ºC) e zircão (geotermômetro de<br />

240ºC) – têm se mostrado uma ferramenta bastante útil no entendimento de eventos<br />

ocorridos na porção superior da crosta, tais como denudação e exumação. Dessa forma,<br />

os primeiros resultados mostram um importante evento tectonomagmático responsável<br />

pelo extravasamento das lavas da Formação Serra Geral da Bacia do Paraná e pelo<br />

break-up do Gondwana Sul-Ocidental no Cretáceo Inferior. Outros dois importantes<br />

eventos foram registrados: em 90 Ma, associado à um provável soerguimento térmico<br />

relacionado às intrusões alcalinas neocretácicas de Cananéia, Barra do Teixeira, Mato<br />

Preto, dentre outras. Em cerca de 30 Ma, um evento de resfriamento encontra-se<br />

relacionado às reativações responsáveis pela origem das bacias terciárias que compõem<br />

a porção sul do denominado Rifte Continental do Sudeste do Brasil, representado pela<br />

Bacia de Curitiba, Formações Pariquera-Açu e Alexandra, e Gráben da Cananéia.<br />

Palavras-chave: termocronologia, Arco de Ponta Grossa, Evolução termotectônica do<br />

Sudeste Brasileiro<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: TERMOTECTONICA<br />

MESO-CENZOICA DO ARCO DE PONTA GROSSA: IMPLICACOES NA<br />

ABERTURA DO OCEANO ATLANTICO-SUL E NA EVOLUCAO TECTONO-<br />

ESTRATIGRAFICA DA BACIA DE SANTOS; Nome do grupo de pesquisa:<br />

Laboratório de Cronologia por traços de fissão; Linha de pesquisa: Sistemas e processos<br />

geológicos superficiais ou quasi superficiais; data de entrada na pós-graduação:<br />

03/2006; data prevista de defesa: 03/2009; Possui bolsa: sim; Agência: FAPESP.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

REVISÃO HISTÓRICA, PROSPECÇÃO E LEVANTAMENTO DOS FÓSSEIS<br />

DE VERTEBRADOS, ESPECIALMENTE TITANOSSAUROS, NAS REGIÕES<br />

FOSSILÍFERAS ENTRE LUCÉLIA E PACAEMBU (GRUPO BAURU,<br />

FORMAÇÃO ADAMANTINA), SUDOESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO<br />

CAIO FABRICIO CEZAR GEROTO<br />

E-mail: cgeroto@gmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Reinaldo José Bertini<br />

A Formação Adamantina tem se revelado, nos últimos 15 anos, como significativa<br />

fronteira para prospecção e investigação de vertebrados fósseis, incluindo titanossauros,<br />

grupo de saurópodos típicos do Cretáceo, com tamanhos que variavam, de 4 a 22 m de<br />

comprimento, hábitos alimentares herbívoros e vértebras caudais procélicas. O grande<br />

número de espécies, e a distribuição cosmopolita deste grupo, os distinguem como um<br />

clado de importância para estudos paleoecológicos, biocronológicos, paleogeográficos,<br />

paleobiogeográficos e filogenéticos no Cretáceo.<br />

Palavras-chave: saurópodo, titanossauro, Cretáceo, Formação Adamantina,<br />

paleobiogeográfia<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: REVISÃO HISTÓRICA,<br />

PROSPECÇÃO E LEVANTAMENTO DOS FÓSSEIS DE VERTEBRADOS,<br />

ESPECIALMENTE TITANOSSAUROS, NAS REGIÕES FOSSILÍFERAS ENTRE<br />

LUCÉLIA E PACAEMBU (GRUPO BAURU, FORMAÇÃO ADAMANTINA),<br />

SUDOESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO; Linha de pesquisa: Bacias sedimentares<br />

e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada na pós-graduação: 04/08/2008;<br />

nº de créditos concluídos: 0; data prevista de defesa: 04/08/2010; Possui bolsa: sim;<br />

Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ASSOCIAÇÃO DE OVOS DE CROCODILOMORFOS DA FORMAÇÃO<br />

ADAMANTINA, GRUPO BAURU, CRETÁCEO SUPERIOR, NA REGIÃO DE<br />

JALES – SP<br />

CARLOS EDUARDO MAIA DE OLIVEIRA.<br />

E-mail: edumaiaoli@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Paulo Milton Barbosa Landim.<br />

Co-orientador: Prof. Dr. Rodrigo Miloni Santucci.<br />

A Formação Adamantina do Grupo Bauru, Cretáceo Superior, é muito rica em fósseis<br />

de vertebrados. Dentre estes fósseis, destacam-se os restos de crocodilomorfos, em<br />

especial os do gênero Baurusuchus. Neste trabalho, é relatado pela primeira vez um<br />

grande conjunto de associações de ovos e cascas de crocodilomorfos fósseis restrito em<br />

uma área relativamente pequena nesta unidade litológica na região de Jales – SP. Este<br />

conjunto de associações revela informações inéditas sobre a biologia reprodutiva de<br />

Baurusuchus sp que não puderam ser obtidas, até então, através da análise de materiais<br />

osteológicos. A análise da morfologia e da histoestrutura dos ovos revelou que a<br />

espessura da casca, as unidades básicas e o padrão e formato dos poros são diferentes de<br />

todos os outros ovos de crocodilomorfos fósseis já descritos na literatura. O estudo das<br />

associações de ovos mostrou que: estas não foram construídas em nível de lençol<br />

freático e por isso não sofreram transporte; que alguns ovos eclodiram; o gênero<br />

Baurusuchus nidificava em grupo, construía ninhos principais e secundários e retornava<br />

ao mesmo local de nidificação periodicamente.<br />

Palavras-chave: Baurusuchus sp; Ovos de crocodilomorfos fósseis; Grupo Bauru.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: ASSOCIAÇÕES DE OVOS<br />

DE CROCODILOMORFOS DA FORMAÇÃO ADAMANTINA, GRUPO BAURU,<br />

CRETÁCEO SUPERIOR, NA REGIÃO DE JALES - SP; Linha de pesquisa: Bacias<br />

sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada na pós-graduação:<br />

Março/2005; nº de créditos concluídos: 50; Exame de qualificação: 26/04/2008; data<br />

prevista de defesa: Novembro/2008; Possui bolsa: não.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ESTRATIGRAFIA TECNOLÓGICA DA FORMAÇÃO CORUMBATAÍ<br />

(REGIÃO DE RIO CLARO – SP) E PRODUTOS CERÂMICOS<br />

CAROLINA DEL ROVERI<br />

E-mail: cdroveri@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Antenor Zanardo<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Anselmo Ortega Boschi<br />

O Pólo Cerâmico de Santa Gertrudes, que em 2006 fabricou 312 milhões de m 2 de<br />

placas, é o maior do Brasil e das Américas. O surgimento e desenvolvimento deste<br />

Sistema Produtivo Local se deram pelo fato de ocorrer na região matéria-prima<br />

cerâmica com qualidade excepcional e em grande quantidade, proveniente da Formação<br />

Corumbataí (Permiano da Bacia do Paraná), cujas propriedades não são conhecidas<br />

integralmente. Este trabalho, em andamento, tem como objetivos: cartografar as<br />

unidades tecnológicas com base nos dados gerados nas diferentes etapas da pesquisa,<br />

como laboratório (químico-mineralógicos, granulométricos, petrográficos e<br />

tecnológicos), escritório (pesquisas bibliográficas, interpretação de fotos aéreas e<br />

imagens) e de campo, envolvendo a topografia, geomorfologia e, principalmente, o<br />

detalhamento geológico. Assim, está sendo coletado um grande número de informações,<br />

objetivando a geração de um mapa de aproveitamento tecnológico das argilas da região,<br />

relacionando sua posição estratigráfico-geomorfológica com propriedades cerâmicas,<br />

visando o embasamento científico para o domínio tecnológico da matéria-prima<br />

utilizada pelo Pólo. Também está sendo enfocada a diagênese ocorrida nas rochas da<br />

Formação Corumbataí, relacionando-a com as propriedades tecnológicas. Os estudos<br />

vêm mostrando que o enorme sucesso das matérias-primas para a produção de<br />

revestimentos cerâmicos reside na composição mineralógica e granulométrica dos<br />

materiais e em sua variação. Estas características são fatores de diferenciação entre as<br />

minas e estão relacionadas ao posicionamento estratigráfico (variações de fácies, na<br />

lateral e principalmente na vertical), geomorfológico e tectônico e os estudos destes<br />

fatores vêm gerando informações essenciais para a implantação de métodos racionais de<br />

lavra, com importantes ganhos econômicos e ambientais. A matéria-prima proveniente<br />

da base e do topo da Formação Corumbataí apresenta comportamentos químicomineralógicos<br />

distintos, acarretando assim em propriedades igualmente distintas,<br />

fazendo com que a generalização destas qualidades pelos mineradores seja<br />

completamente errônea. Observou-se que a evolução geomorfológica tem extrema<br />

importância no grau de alteração dos materiais da Formação Corumbataí, uma vez que<br />

estes, quando recobertos por platôs de material arenoso, provenientes principalmente da<br />

Formação <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> sofrem intemperismo diferenciado (profundo), pela percolação<br />

acentuada de fluidos ácidos que lentamente vão dissolvendo os carbonatos e removendo<br />

os álcalis da illita e dos feldspatos. Esta alteração diferenciada também pode ocorrer<br />

quando há proximidade com sills e diques de diabásio, cujo calor e percolação de<br />

fluidos geram brechas hidráulicas e zonas de metamorfismo de contato, que modificam<br />

as características gerais das rochas. O efeito termal causado pelo diabásio pode ser<br />

constatado pela presença de veios irregulares de magnetita, estruturas interpretáveis<br />

como brechas hidráulicas, evidências de hidrotermalismo, pela albitização generalizada<br />

e pela dimensão média dos cristais de illita que aliada à orientação que gera aspecto<br />

56


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

filítico. De maneira geral as análises realizadas contribuíram para a compreensão de<br />

como é o comportamento dos materiais da Formação Corumbataí tanto lateralmente,<br />

como verticalmente. Estas etapas foram de extrema importância para consolidar<br />

conceitos e elaborar modelos preliminares.<br />

Palavras-chave: matérias-primas, mineralogia, hidrotermalismo, argilas, cerâmica<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estratigrafia Tecnológica da<br />

Formação Corumbataí (região de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, SP) e Produtos Cerâmicos; Linha de<br />

pesquisa: Recursos minerais metálicos e não-metálicos; Nome do grupo de pesquisa:<br />

Qualidade em Cerâmica; Projeto guarda-chuva: Evolução Geológica e Bens Minerais<br />

Não Metálicos da Porção Centro-Sudeste da Região Sudeste do Brasil (processo<br />

303267/2002-0 – GL – PQ); data de entrada na pós-graduação: 06/03/2006; nº de<br />

créditos concluídos: 72; data prevista de defesa: 10/01/2010;Possui bolsa: sim; Agência:<br />

FAPESP.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

AVALIAÇÃO DA TAXA DE REMOÇÃO DE MATERIAL DISSOLVIDO<br />

DEVIDO AO INTEMPERISMO QUÍMICO DA FORMAÇÃO SERRA GERAL<br />

NA BACIA DO RIBEIRÃO PRETO<br />

CAROLINA MATHIAS DOS SANTOS<br />

E-mail: carolinamathias_santos@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Fabiano Tomazini da Conceição<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Marcos Aurélio F. Oliveira<br />

Este trabalho teve como objetivo efetuar um estudo sobre a taxa de remoção de material<br />

dissolvido devido ao intemperismo químico das rochas da Formação Serra Geral na<br />

bacia do Ribeirão Preto, São Paulo. A taxa de intemperismo em rochas é um parâmetro<br />

de extrema importância na caracterização geomorfológica dos continentes, de maneira<br />

que todas as ferramentas disponíveis devem ser empregadas na sua avaliação, inserindose<br />

nesse contexto o método utilizado neste trabalho. Para tanto, foi avaliada a<br />

concentração dos principais cátions e ânions nas águas pluviais e fluviais desta bacia. A<br />

bacia do Ribeirão Preto apresenta graves problemas ambientais na qualidade das destas<br />

águas ocasionados pelas contribuições antropogênicas neste sistema natural, que<br />

provavelmente estão interferindo no estudo do intemperismo das rochas nesta bacia. O<br />

balanço geoquímico efetuado na bacia do Ribeirão Preto, utilizando os principais<br />

cátions e ânions, apresentou alguns inconvenientes, não sendo possível utilizar o sódio,<br />

o potássio e o magnésio como traçadores naturais a partir da modelagem empregada. A<br />

taxa de remoção de material dissolvido, obtida a partir da utilização do Ca como<br />

traçador natural, indicou um valor de 24,48 ton/km 2 /ano para as rochas básicas da<br />

Formação Serra Geral encontradas na bacia do Ribeirão Preto. Quando o valor<br />

encontrado neste trabalho é comparado com as rochas sedimentares (argilitos, siltitos,<br />

arenitos e carbonatitos) encontradas na Bacia do Paraná, fica evidente que as rochas da<br />

Formação Serra Geral possuem uma maior facilidade de serem intemperizadas devido a<br />

sua composição mineralógica, indicando a seguinte seqüência de intemperismo para as<br />

rochas da Bacia do Paraná: rochas ígneas básicas>arenitos>argilitos/siltitos.<br />

Palavras-chave: Taxa de remoção de material dissolvido, intemperismo químico,<br />

influências antropogênicas.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: AVALIAÇÃO DA TAXA DE<br />

REMOÇÃO DE MATERIAL DISSOLVIDO DEVIDO AO INTEMPERISMO<br />

QUÍMICO DA FORMAÇÃO SERRA GERAL NA BACIA DO RIBEIRÃO PRETO;<br />

Linha de pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou quasi superficiais;<br />

data de entrada na pós-graduação: 06/08/2007; nº de créditos concluídos: 40; data<br />

prevista de defesa: 06/08/2009; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ESTUDO DO COMPORTAMENTO TECNOLÓGICO E DE<br />

ALTERABILIDADE DAS ROCHAS ORNAMENTAIS SILICÁTICAS VERDE<br />

AMAZONAS, PRETO CAJUGRAM E BEGE IPANEMA - ES.<br />

CÁSSIO SANTOS DE CARVALHO<br />

E-mail: emailducassio@gmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Artur<br />

O presente projeto de pesquisa enfoca aspectos da caracterização tecnológica e de<br />

alterabilidade das rochas ornamentais silicáticas comercialmente denominadas de Verde<br />

Amazonas, Preto Cajugram e Bege Ipanema, exploradas pela Empresa CAJUGRAM<br />

Granitos e Mármores do Brasil Ltda., sediada no Município de Mimoso do Sul - ES. O<br />

principal objetivo da pesquisa consiste, além da obtenção de novos dados tecnológicos,<br />

no levantamento e estabelecimento das principais relações entre os aspectos<br />

petrográficos e os respectivos comportamentos físico-mecânico e de alterabilidade<br />

exibidos pelas referidas rochas. As rochas selecionadas para os estudos revelam-se<br />

bastante favoráveis às finalidades propostas, considerando que representam materiais<br />

petrograficamente distintos, quartzo-feldspáticos e feldspáticos, e que, portanto,<br />

permitem o estabelecimento de comparaçõs dos comportamentos tecnológicos em<br />

função de suas variações composicionais. Espera-se, através de ensaios físicomecânicos<br />

e de simulações laboratoriais de envelhecimento acelerado, o melhor<br />

entendimento do comportamento tecnológico das rochas frente às diversas solicitações<br />

quando do uso em obras civis e, conseqüentemente, contribuir na orientação para uma<br />

correta especificação dos materiais pétreos.<br />

Palavras-chave: rochas silicáticas, Espírito Santo, ensaios tecnológicos.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Linha de pesquisa: Recursos minerais metálicos e<br />

não-metálicos; data de entrada na pós-graduação: 07/2008; nº de créditos concluídos:<br />

16; data prevista de defesa: 04/08/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DAS POPULAÇÕES E O MÉTODO DO<br />

DETECTOR EXTERNO EM APATITA<br />

CLEBER JOSÉ SOARES<br />

E-mail: pccj13@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Norberto Morales<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Tello Sáenz<br />

Nas últimas duas décadas o Método do Traço de Fissão, MTF, tem sido utilizado<br />

tanto para datação de amostras como para auxiliar em estudos geológicos. Podem ser<br />

citados: 1) datações utilizadas na análise dos processos de soerguimento e evolução do<br />

relevo associado à abertura do Oceano Atlântico e a historia recente do Litoral Sudeste<br />

do Brasil; 2) no estudo da proveniência de manufaturados pré-históricos e 3) como<br />

ferramenta na localização de depósitos de minerais. Para a datação pelo MTF deve-se<br />

realizar analises dos traços espontâneos do U-238 (esses traços são acumulativos nos<br />

minerais em tempos geológicos), e analises dos traços induzidos do U-235 pela captura<br />

de nêutrons térmicos, quando a amostra é submetida a uma irradiação em um reator<br />

nuclear. Esta irradiação é utilizada para evitar medidas diretas do fator de eficiência de<br />

observação (que é a razão entre o numero de traços analisados, por unidade de<br />

superfície, e o numero de fissões ocorridas no mineral, por unidade de volume) e da<br />

quantidade de urânio presente no mineral. Dentro da metodologia, há diversas maneiras<br />

de se analisar os traços. Se os mesmos grãos forem utilizados para análise dos traços de<br />

fissão espontânea e induzida, tem-se o procedimento denominado grão por grão<br />

(Método do Detector Externo, MDE). Se duas parcelas do mineral forem utilizadas,<br />

uma para analise dos traços espontâneos e a outra para analise dos traços induzidos,<br />

tem-se um procedimento por populações de grãos (Método das populações, MP). No<br />

PM as idades calculadas são as médias das idades dos grãos de apatita analisados. Para<br />

isso considera-se, a priori, que todos estes grãos pertencem a uma mesma população.<br />

No caso do MDE, os grãos de apatita são datados individualmente o que torna possível<br />

observar flutuações significativas nas suas idades e possíveis variações no conteúdo de<br />

urânio. O objetivo deste trabalho é comparar as idades obtidas por ambas as<br />

metodologias. Para isso deve-se considerar que no MP as medidas dos traços<br />

espontâneos e induzidos são realizados em uma mesma geometria (4π para a apatita).<br />

No MDE os traços espontâneos são analisados na apatita e os traços induzidos no<br />

detector externo (geometria 2π). No ultimo caso, como as medidas são realizadas em<br />

geometrias diferentes, deve ser acrescentado um fator de geometria para correção das<br />

idades. Foram utilizadas para o calculo das idades via MDE três fatores de eficiência<br />

existentes na literatura e que ainda são motivos de discussões acerca do melhor valor a<br />

ser adotado. Todas essas medidas foram comparadas com as idades via o MP que não<br />

necessita de correções geométrica. O observado foi que todas as idades obtidas via<br />

MDE utilizando as três medias do fator de eficiência de geometria são estatisticamente<br />

concordantes com as idades obtidas através do MP. Desta forma, para se evitar maiores<br />

propagações nos erros das idades, a metodologia pelo MP foi escolhida para futuras<br />

analises pelo MTF. Isso porque as amostras utilizadas no presente estudo são granitos e<br />

rochas alcalinas, o que permite considerar que as apatitas retiradas pertencem a uma<br />

mesma população.<br />

60


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Palavras-chave: Método de Traços de Fissão, Apatita, Detector Externo, Método das<br />

Populações.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Geocronologia por Traço de<br />

Fissão em Apatita de rochas alcalinas: Comparação dos diferentes métodos de datação e<br />

calibração da dosimetria de nêutrons; Linha de pesquisa: Sistemas e processos<br />

geológicos superficiais ou quasi superficiais; Nome do grupo de pesquisa: Laboratório<br />

de cronologia por traço de fissão- Grupo de cronologia e cronometria; data de entrada<br />

na pós-graduação: 03/2008; nº de créditos concluídos: 24; data prevista de defesa:<br />

03/2012; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />

61


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ESTUDO COMPARATIVO DA LEGISLAÇÃO NUCLEAR BRASILEIRA E A<br />

INTERNACIONAL COM RELAÇÃO À INDÚSTRIA DE URÂNIO<br />

DANIEL FIGUEIRA DE BARROS<br />

E-mail: figueiradebarros@gmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Daniel Marcos Bonotto.<br />

A futura tese de doutorado buscará demonstrar se o interesse e evolução da legislação<br />

nuclear brasileira estão em sintonia com o ditado internacionalmente na indústria de<br />

urânio. Serão tomados como parâmetros de comparação: a situação atual da indústria de<br />

urânio no mundo; a exploração (mineração) e interesse por urânio de países, como por<br />

exemplo: EUA, França, Argentina, Índia, Japão, China, Coréia do Norte e Sul,<br />

Alemanha, Rússia etc. com foco na produção de energia nuclear oriunda de urânio; as<br />

origens e as peculiaridades do direito nuclear em diversos países; as normas dos usos<br />

pacíficos da energia nuclear; a proteção contra a radiação ionizante; o seguro de<br />

responsabilidade de terceiros; o transporte do material e combustível nuclear; a proteção<br />

física do material e instalações nucleares; acidentes e emergências nucleares; o cuidado<br />

ambiental; o gerenciamento do rejeito radioativo; a prevenção da proliferação de<br />

armamentos nucleares; a implantação das agências reguladoras ao longo dos anos e a<br />

evolução das políticas de proteção do público e do meio ambiente contra os possíveis<br />

danos da radiação ionizante. Será estudado se a nova edição do Red Book de 2007 está<br />

adequada para as solicitações futuras de urânio no planeta. Serão pesquisados através<br />

de um levantamento histórico, organizado em ordem cronológica a evolução da legislação<br />

nuclear, o interesse internacional no setor uranífero e também como é tratada a produção de<br />

urânio de cada nação em destaque, tomando-se como base uma comparação ao que ocorre<br />

no Brasil. Deste modo será apresentada a evolução, num plano geral, das legislações no campo<br />

da indústria de urânio, com o propósito de demonstrar como a legislação brasileira sobre esta<br />

indústria pode ser aperfeiçoada e melhorada, se necessário.<br />

Palavras-chave: urânio, legislação nuclear, mineração, radioatividade, indústria<br />

uranífera.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo comparativo da<br />

legislação nuclear brasileira e a internacional com relação à indústria de urânio; data de<br />

entrada na pós-graduação: 03/03/2008; nº de créditos concluídos: 0; data prevista de<br />

defesa: Jan/2012, Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />

62


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS CÁTIONS E ÂNIONS NAS ÁGUAS<br />

SUPERFICIAIS DA BACIA DO ALTO SOROCABA (SP)<br />

DIEGO DE SOUZA SARDINHA<br />

E-mail: sardinha@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Daniel Marcos Bonotto<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Fabiano Tomazini da Conceição<br />

Este trabalho teve como objetivo avaliar a contribuição de cátions e ânions na bacia<br />

hidrográfica do Alto Sorocaba, além de indicar como as influências antropogênicas<br />

estão afetando esses valores. Oito pontos de amostragem foram estabelecidos e<br />

realizaram-se seis coletas (13/08/06, 20/09/06, 18/10/06, 23/11/06, 10/12/06 e 10/01/07)<br />

abrangendo o período seco e chuvoso. As seguintes variáveis foram quantificadas:<br />

vazão, temperatura, pH, condutividade, oxigênio dissolvido, sólidos totais dissolvidos e<br />

em suspensão, cálcio, magnésio, sódio, potássio, alcalinidade, cloreto, sulfato, fosfato e<br />

nitrato. Os resultados indicaram que as nascentes dos afluentes do <strong>Rio</strong> Sorocaba (rios<br />

Una, Sorocabuçu e Sorocamirim) estão situadas em regiões com mínima presença de<br />

poluição, assim, estes pontos possuem características próximas ao comportamento<br />

natural de cátions e ânions dissolvidos nas águas, permitindo discutir as suas origens.<br />

Em geral, as maiores concentrações foram obtidas no ponto, que flui somente sobre o<br />

Granito Ibiúna, composto por quartzo, feldspato potássico, plagioclásio, biotita e<br />

hornblenda. As águas do <strong>Rio</strong> Sorocamirim são dominadas pelo intemperismo do granito<br />

Caucaia e Ibiúna, que apresenta quartzo, feldspato potássico, plagioclásio e biotita em<br />

sua composição mineralógica. As menores concentrações foram obtidas para o <strong>Rio</strong><br />

Sorocabuçu que recebe a contribuição do intemperismo do Granito Caucaia e dos<br />

gnaisses migmatíticos do Complexo Embu, composto basicamente por biotita,<br />

muscovita e sillimanita. Além disso, os resultados indicam que as concentrações desses<br />

íons aumentam ao longo destes rios devido as atividades antropogênicas. O <strong>Rio</strong> Una, ao<br />

passar pelo município de Ibiúna, recebe todo o esgoto “in natura”, tendo como<br />

conseqüência, o aumento dos valores de sódio, cálcio, potássio, nitrato, fosfato, cloreto,<br />

sulfato, alcalinidade e sólidos. Já os <strong>Rio</strong>s Sorocabuçu e Sorocamirim drenam uma área<br />

onde a grande quantidade de propriedades agrícolas, com cultivo de olerícolas (repolho,<br />

alface, batata, tomate, etc.) pode ocasionar a liberação de grandes quantidades de<br />

macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio). Outro fator interessante que também<br />

pode ser observado é a diminuição da concentração de íons no <strong>Rio</strong> Sorocaba após o<br />

Reservatório de Itupararanga. A diminuição destes valores se deve provavelmente ao<br />

alto tempo de detenção hidráulica, à pequena entrada de elementos durante o percurso e<br />

à precipitação ou reação química dos mesmos, proporcionando uma recuperação da<br />

qualidade da água após o Reservatório de Itupararanga. Assim, de forma a manter a<br />

qualidade da água do <strong>Rio</strong> Sorocaba e seus afluentes, é de extrema importância para a<br />

integridade do sistema como um todo que ocorra a proteção dos mananciais de<br />

abastecimento de água de Ibiúna, Sorocaba, Mairinque, Votorantim e São Roque, além<br />

de outras cidades que eventualmente necessitem deste importante recurso natural.<br />

63


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Palavras-chave: Bacia hidrográfica; Intemperismo; Composição mineralógica;<br />

Influências antropogênicas.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Abordagem Geoquímica e<br />

Isotópica na Avaliação do Potencial Hidrogeológico do Complexo Termal de Caldas<br />

Novas (GO); Linha de pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou quasi<br />

superficiais; data de entrada na pós-graduação: 04/08/2008; data prevista de defesa:<br />

04/08/2012; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO DO RESERVATÓRIO DE<br />

ITUPARANGA EM ÉPOCA DE SECA.<br />

FELIPE JOSÉ DE MORAES PEDRAZZI<br />

E-mail: felipe.pedrazzi@terra.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Fabiano Tomazini da Conceição<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Washington Barbosa Leite Júnior<br />

A qualidade da água em reservatórios é reflexo do efeito combinado de muitos<br />

processos que ocorrem ao longo do curso d’água que o alimentam, entre esses<br />

problemas podemos citar a poluição pelo despejo de efluentes urbanos e industriais a<br />

disposição inadequada de resíduos, da lixiviação dos solos onde houve a aplicação de<br />

fertilizantes fosfatados e defensivos agrícolas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar<br />

a qualidade da água superficiais do Reservatório de Itupararanga localizado na bacia<br />

hidrográfica do Alto Sorocaba (SP) no seu gradiente espacial horizontal, tendo em vista<br />

sua importância regional. As coletas de águas superficiais foram realizadas, abrangendo<br />

todo o reservatório, as amostras foram caracterizadas físico-quimicamente e<br />

quimicamente: temperatura, pH, condutividade e oxigênio dissolvido e teores de<br />

Fósforo total, clorofila-a, sólidos totais dissolvidos (STD) e em suspensão (STS). O<br />

fósforo total foi quantificado por espectofotometria, sólidos totais e dissolvidos foram<br />

quantificados por gravimetria. A quantificação da clorofila-a e Estado Trófico foram<br />

determinadas conforme metodologia da CETESB. Foi observada melhora da qualidade<br />

da água na direção barragem, as temperaturas da água ficaram entre 12,5ºC e 17,1ºC, a<br />

menor concentração de OD foi determinada na região próxima a zona urbana de<br />

Ibiúna/SP, devido a contribuição de efluentes domésticos, 4,6 mg/L, foi constatada<br />

presença de grande quantidade de cianobactérias (Microcystis), a variação de pH na<br />

entrada do reservatório registrou 6,6 mg/L, e 7,0 na barragem, todos os pontos<br />

apresentam condutividade elétrica baixa, entre 60 e 70 µS/cm. O comportamento de<br />

STD e STS também foram muito similares (P=0,68), devido a passagem de ambiente<br />

lótico para lêntico os maiores valores analisados no reservatório encontram-se altos<br />

próximos a sua entrada e diminuem ao longo no eixo do reservatório, estando<br />

relacionados às impurezas encontradas nos cursos d’água. Os maiores valores dos<br />

parâmetros de fósforo e clorofila-a, foram obtidos a montante do reservatório,<br />

decrescendo em direção a barragem. Essas variáveis apresentaram a maior correlação<br />

entre os parâmetros analisados (P=0,80), indicando a concentração de fósforo total<br />

como fator limitante na a proliferação de algas. Esses resultados indicam no tempo<br />

tendência de aumento da trofia para a barragem, podendo vir a comprometer a boa<br />

qualidade da água de abastecimento público da região.<br />

Palavras-chave: Reservatório, Hidroquímica, Itupararanga, Qualidade da água,<br />

Eutrofização.<br />

Dados acadêmicos: Título do Projeto: Avaliação da qualidade da água no Reservatório<br />

de Itupararanga - Alto Sorocaba (SP); data de entrada na pós-graduação: 08/2007; nº de<br />

65


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

créditos concluídos: 40; data prevista de defesa: 08/2009; Possui bolsa: sim; Agência:<br />

CAPES.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

A CARACTERIZAÇÃO GEOTURÍSTICA DA BORDA LESTE DA BACIA DO<br />

PARANÁ (SP) E A DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS GEOCIENTÍFICOS POR<br />

MEIO DE UMA APLICAÇÃO DE WEB-MAPPING.<br />

GUSTAVO MARQUES E AMORIM<br />

E-mail: gmamorim@yahoo.com<br />

Orientador: Norberto Morales<br />

A área de estudo, localizada no setor centro oriental do Estado de São Paulo,<br />

compreende as folhas topográficas, na escala 1:50.000, de São Carlos, Itirapina, São<br />

Pedro, Corumbataí, <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, Piracicaba, Leme, Araras e Limeira. Abrange totalmente<br />

os sítios urbanos de Analândia, Araras, Charqueada, Cordeirópolis, Corumbataí, Ipeúna,<br />

Iracemápolis, Itirapina, Leme, Limeira, <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, Santa Gertrudes, São Pedro e<br />

abrange parcialmente, os sítios urbanos de Americana, São Carlos, Santa Bárbara do<br />

Oeste, Piracicaba e Pirassununga. Geomorfologicamente contida na Província<br />

“Depressão Periférica Paulista” a região abarca as unidades “zona do Médio Tietê”,<br />

“zona do Mogi-Guaçu” e “zona de Cuestas Basálticas”. Na área de transição entre a<br />

“zona das cuestas basálticas” e as outras duas subunidades existem diversos cenários<br />

naturais ou feições de relevo como as cachoeiras, rios, morros, cavernas e as escarpas<br />

que servem como subsídio para a aplicação de conhecimentos geocientíficos. Além<br />

desta diversidade o quadro geológico da região é distinto, pois coexistem registros<br />

geológicos e estratigráficos que documentam 250 milhões de anos de processos<br />

deposicionais, magmáticos e tectônicos pertencentes às Eras Paleozóica, Mesozóica e<br />

Cenozóica. Esta diversidade foi em parte concretizada pela ocorrência de três altos<br />

estruturais (Domo de Pitanga, Ártemis e Pau d`Alho) que promoveram um<br />

soerguimento diferencial da seqüência deposicional e contribuíram para o<br />

posicionamento de unidades mais antigas ao lado de unidades mais novas da Bacia<br />

Sedimentar do Paraná. A verificação destas peculiaridades é feita por meio da<br />

observação de diversos afloramentos que expõem as unidades afetadas por esta<br />

atividade tectônica como no caso do afloramento “Falha do Passa-Cinco” ou em locais<br />

onde se visualizam contatos litológicos de unidades geológicas de eras diferentes como<br />

no caso do “Afloramento das Três Eras”. A diversidade geológica e geomorfológica ou<br />

a geodiversidade presente na região contribui para a existência de belezas cênicas, pois<br />

estas condicionaram parcialmente o relevo e contribuíram para a formação de atrativos<br />

turísticos, visíveis em cachoeiras, cavernas e afloramentos. O conhecimento<br />

geocientífico acumulado sobre a região é vasto e inclui livros, artigos em periódicos,<br />

dissertações, teses, cursos, palestras e eventos científicos, mas o grau de especialização<br />

dos termos utilizados dificulta o acesso do público em geral. Atualmente a forma mais<br />

adequada de aproveitar a geodiversidade e contribuir com difusão de conhecimentos<br />

geocientíficos é o geoturismo, pois esta modalidade de turismo se ultrapassa o valor<br />

estético do local de interesse e fornece uma visão ampla ao abordar a temática<br />

geológica, geomorfológica e tópicos correlatos, valorizando toda geodiversidade do<br />

ambiente. As informações sobre a região podem ser compiladas, sistematizadas,<br />

organizadas, selecionadas e adaptadas para o púbico em geral para subsidiar a geração<br />

de um produto único e de acessibilidade facilitada, como no caso de aplicativos de<br />

Web-Mapping. Os trabalhos que integram informações relevantes sobre a região,<br />

capazes de aplicar e demonstrar os resultados obtidos, que utilizem uma linguagem<br />

67


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

adaptada e de acessibilidade facilitada inexistem. Neste projeto busca-se tornar<br />

acessível os interessados, os conhecimentos produzidos sobre o substrato geológico da<br />

área de estudo e contribuir na popularização do conhecimento gerado na grande área das<br />

geociências e ciências da terra.<br />

Palavras chave: Geodiversidade, Geoturismo, Acessibilidade.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: A caracterização geoturística<br />

da borda leste da Bacia do Paraná (SP) e a difusão de conhecimentos geocientíficos por<br />

meio de uma aplicação de Web-mapping; data de entrada na pós-graduação: 03/2006; nº<br />

de créditos concluídos: 80; data prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa: sim;<br />

Agência: CNPq.<br />

68


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

TAFONOMIA DE ROCHAS CARBONÁTICAS CONCHÍFERAS DA<br />

FORMAÇÃO TERESINA E RIO DO RASTO (PERMIANO, BACIA DO<br />

PARANÁ)<br />

JACQUELINE PEIXOTO NEVES<br />

E-mail: nevesjp@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Rosemarie Rohn<br />

Co-Orientador: Marcello Guimarães Simões<br />

Na presente pesquisa, foram selecionadas as regiões de Prudentópolis, Irati (Distrito de<br />

<strong>Rio</strong> Preto) e Ribeirão <strong>Claro</strong>, PR e Taguaí, SP, para a análise tafonômica de coquinas e<br />

de rochas carbonáticas conchíferas em afloramentos das formações Teresina e <strong>Rio</strong> do<br />

Rasto, na borda leste da Bacia do Paraná. As regiões oferecem exemplos diversificados<br />

de situações tafonômicas e de relações complexas entre rochas carbonáticas e<br />

siliciclásticas. O trabalho objetiva (1) a descrição das características tafonômicas dos<br />

bioclastos; (2) interpretação dos processos sedimentares, controles ecológicos e<br />

trajetória tafonômica dos bioclastos e, se possível, (3) o estabelecimento de modelos de<br />

tafofácies integrados à interpretações no contexto da estratigrafia de seqüências. As<br />

rochas conchíferas estão sendo estudadas em afloramentos e em laboratório. A primeira<br />

etapa do trabalho consistiu no levantamento de perfis geológicos das seções com as<br />

camadas carbonáticas conchíferas, Em laboratório, as amostras foram descritas em<br />

detalhe e fotografadas, seguindo as determinações do protocolo tafonômico proposto<br />

por Simões & Ghilardi (2000), obedecendo, sempre que possível, os critérios<br />

recomendados por Kidwell & Holland (1991). Porções representativas das amostras<br />

foram selecionadas para a confecção de lâminas petrográficas. A análise microscópica<br />

permitiu a identificação das rochas carbonáticas. A maior parte dos bivalves das<br />

amostras analisadas da Formação Teresina está preservada em bioosparitos, biomicritos<br />

e coquinas, apresentando espessuras de alguns milímetros a, geralmente, 40<br />

centímetros. As acumulações de Prudentópolis e <strong>Rio</strong> Preto apresentam distribuição<br />

caótica dos bioclastos, formando pacotes aleatórios com conchas densamente<br />

empacotadas misturadas às conchas que estão dispersas na matriz sedimentar. Os<br />

bioclastos são representados principalmente por fragmentos de moluscos bivalves, que<br />

podem estar silicificados ou preenchidos por cimento após a dissolução da composição<br />

carbonática. Há evidente indício de bioturbação na acumulação de Prudentópolis. Em<br />

Taguaí as conchas estão dispersas na matriz micrítica impura. Os raros bioclastos<br />

presentes também foram dissolvidos e preenchidos por cimento. Na Formação <strong>Rio</strong> do<br />

Rasto, região dos municípios de Ribeirão <strong>Claro</strong> e Carlópolis, as rochas carbonáticas são,<br />

geralmente, biomicritos e coquinas, não existindo oosparitos. Os bioclastos são<br />

representados principalmente por fragmentos de conchas de moluscos bivalves e<br />

ostracodes, distribuídos caoticamente na matriz micrítica. O empacotamento dos<br />

bioclastos varia de frouxo a denso. Foi verificado o crescimento de estromatólitos sobre<br />

prováveis fragmentos de conchas. Constatou-se a presença de diversificadas situações<br />

deposicionais entre as concentrações estudadas. A partir da análise detalhada dos dados<br />

acima será realizada a interpretação dos processos envolvidos na gênese das<br />

acumulações estudadas.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Palavras-chave: Tafonomia; Rochas carbonáticas; Grupo Passa Dois e Permiano.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Tafonomia das rochas<br />

carbonáticas conchíferas das formações Teresina e <strong>Rio</strong> do Rasto (Permiano, Bacia do<br />

Paraná); Linha de pesquisa: Bacias sedimentares e seus recursos (hídricos e<br />

energéticos); data de entrada na pós-graduação: 08/2007; nº de créditos concluídos: 38;<br />

data prevista de defesa: 08/2009; Possui bolsa: sim; Agência: FAPESP.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

POTENCIALIDADE E PADRÃO TECNOLÓGICO DAS ROCHAS<br />

ORNAMENTAIS E DE REVESTIMENTO SW DE MATO GROSSO<br />

JESUÉ ANTONIO DA SILVA<br />

E-mail: jesuesilva@yahoo.com.br<br />

Orientador: Antonio Misson Godoy<br />

A partir da caracterização geológica, petrográfica, geoquímica e tecnológica teve como<br />

objetivo os estudos da potencialidade e da qualificação tecnológica como material<br />

ornamental e de revestimento de granitos e movimentados do sudoeste de Mato Grosso,<br />

com novas variedades estéticas que apresentem padronização das características<br />

tecnológicas, além da adequada identificação e tipificação das variedades. O interesse na<br />

exploração de rochas ornamentais no centro-oeste brasileiro é recente, apresentando como<br />

único trabalho o Catálogo de Rochas Ornamentais do Estado de Mato Grosso publicado pelo<br />

Departamento Nacional de Produção Mineral. Ressalta-se também o trabalho de uma única<br />

empresa produtora, a “De Jorge Mineração Ltda.”, que nos anos de 1993 a 1995 beneficiou<br />

blocos oriundos do Granito São Vicente, o “Vermelho Pantanal”, e atualmente, no extremo<br />

noroeste de Mato Grosso no município de Rondolândia, situam-se as únicas jazidas de rochas<br />

ornamentais em atividade explorada pela “Gramazon Ltda.” de Rondônia, constituída pelo<br />

Granito Marrom, denominado de “Café da Amazônia” e o Granito Cinza Marrom,<br />

denominado de “Prata da Amazônia”. Os granitos e movimentados objetos deste estudo<br />

são relativamente conhecidos do ponto de vista geológico e demonstram clara<br />

exeqüibilidade econômica de lavra. Quanto aos aspectos geológicos regionais, as áreas<br />

pesquisadas situam-se no Cráton Amazônico e constituem 10 tipos agrupados pela<br />

coloração dominante: os granitos e movimentados vermelhos constituído pelo Granito<br />

Sararé, Granito <strong>Rio</strong> Branco, Ortognaisse Tarumã e Ortognaisse Indiavai Vermelho, os<br />

granitos e movimentados cinzas constituídos pelo Granito Nova Lacerda, Ortognaisse<br />

Indiavaí Cinza e Ortognaisse Cachoeirinha e os granitos e movimentados pretos<br />

constituídos pelo Anfibolito Canaã, Anfibolito Indiavaí e Diabásio Salto do Ceú. Foram<br />

realizados os principais ensaios para a determinação das propriedades físicas e<br />

mecânicas, obedecendo aos procedimentos normativos apresentados pela ABNT<br />

(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e ASTM (American Society for Testing<br />

and Materials). As análises foram realizadas no Laboratório de Rochas Ornamentais do<br />

Departamento de Petrologia e Metalogenia do Instituto de Geociências e Ciência Exatas<br />

da <strong>UNESP</strong>. Como referências na comparação dos dados obtidos em laboratório, foram<br />

utilizados os valores limítrofes para rochas graníticas estabelecidos pela norma C-615<br />

da ASTM (1992) e os sugeridos por Frazão e Farjallat (1995). Os valores dos<br />

parâmetros mineralógicos, petrográficos e físico-mecânicos encontram-se próximos e às<br />

vezes superiores aos valores médios de rochas semelhantes e obedecem<br />

satisfatoriamente aos padrões limítrofes fixados pela norma C615 (ASTM, 1992) e<br />

Frazão & Farjallat (1995). Do ponto de vista tecnológico e do estudo de alterabilidade e<br />

resistência ao manchamento apresentaram resultados satisfatórios para os tipos<br />

possibilitando também a sua recomendação como rocha ornamental com aplicação tanto<br />

em ambientes internos como externos como elemento de revestimento de pisos ou<br />

fachadas.<br />

71


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Caracterização Geológica e<br />

Tecnológica de Unidades Gnaissicas e Graniticas de Mato Grosso Para fins de<br />

Exploração como Rochas Ornamentais ou de Revestimento; data de entrada na pósgraduação:<br />

07/03/2005; nº de créditos concluídos: 56; Exame de qualificação:<br />

10/04/2008; data prevista de defesa: 07/03/2009; Colaboradores: Amarildo Salina Ruiz,<br />

Larissa Marques Barbosa de Araújo. Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />

72


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

DETERMINAÇÃO DA TAXA DE SEDIMENTAÇÃO NA FOZ DO RIO<br />

AMAZONAS USANDO O Pb-210 COMO GEOCRONÔMETRO.<br />

JOSÉ REINALDO CARDOSO NERY<br />

E-mail: jrnery@unifap.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Daniel Marcos Bonotto<br />

Este trabalho tem como objetivo principal a determinação da taxa de sedimentação na<br />

foz do rio Amazonas, no chamado canal Norte, região de divisa entre os estados do Pará<br />

e Amapá, no Norte do Brasil. A metodologia empregada é baseada na datação de<br />

sedimentos através do 210 Pb, elemento radioativo presente nos sedimentos. A datação<br />

através do 210 Pb é utilizada na cronologia de sedimentos recentes e possui grande<br />

importância no estabelecimento do histórico ambiental, ganhando maior relevância,<br />

ainda, quando aplicada em regiões de intensas atividades antrópicas. A presença de<br />

elementos radioativos nos sedimentos é decorrente do decaimento dos elementos<br />

radioativos presentes originalmente no sedimento como também de elementos<br />

radioativos removidos da atmosfera por precipitação e que se depositam nos sedimentos<br />

por processos de sedimentação. O 210 Pb é um elemento intermediário da cadeia de<br />

decaimento radioativo do 238 U. Na seqüência de decaimento, o 210 Pb é gerado após a<br />

formação do gás radônio ( 222 Rn) e está presente na atmosfera em decorrência do 222 Rn<br />

que escapa dos solos. Nos ambientes aquáticos, o suprimento de 210 Pb se dá por<br />

precipitação atmosférica, assim como pelo decaimento do 226 Ra presente nas águas. O<br />

210 Pb depositado nas superfícies aquáticas é adsorvido pela matéria sólida em<br />

suspensão, sendo adicionado aos sedimentos pelo fluxo de partículas de sedimentação.<br />

A quantificação do 210 Pb presente nas amostras de sedimentos poderá ser feita<br />

diretamente por espectrometria gama ou, indiretamente, através de métodos<br />

radioquímicos. Neste trabalho, a determinação do 210 Pb foi realizada de maneira<br />

indireta, mediante a quantificação de seu descendente 210 Po, por espectrometria alfa,<br />

após tratamento químico das amostras de sedimento. Para subsidiar as análises sobre a<br />

sedimentação, foram determinadas algumas características hidroquímicas da região<br />

investigada. Procedeu-se a coleta de testemunhos de sedimento, em profundidade de até<br />

1,0 metro, em três pontos dentro da região de interesse e, também, amostras de água em<br />

cada local de amostragem. Foram determinados parâmetros físicos e químicos, teores de<br />

210 Pb e presença dos principais óxidos, em cada testemunho, além da determinação das<br />

características básicas da água coletada. A análise da concentração de 210 Pb em função<br />

da profundidade do sedimento amostrado permitirá a determinação da taxa de<br />

sedimentação e a datação de camadas da coluna sedimentar.<br />

Palavras-chave: chumbo; taxa de sedimentação; sedimentos; espectrometria alfa.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Determinação da taxa de<br />

sedimentação na foz do rio Amazonas usando o Pb-210 como geocronômetro; Linha de<br />

pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou quasi superficiais; Nome do<br />

grupo de pesquisa: Hidroquímica e Radioatividade na Geosfera (Unesp-RC); Geofísica<br />

Aplicada (Unifap-AP); data de entrada na pós-graduação: 07/03/2005; nº de créditos<br />

73


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

concluídos: 48; Exame de qualificação: 29/02/2008; data prevista de defesa: 02/2008;<br />

Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />

74


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

BIVALVES PERMIANOS DA FASE DE CONTINENTALIZAÇÃO DAS<br />

BACIAS DO GONDWANA OCIDENTAL: SISTEMÁTICA,<br />

PALEOGEOGRAFIA E BIOESTRATIGRAFIA<br />

JULIANA MACHADO DAVID<br />

E-mail: juliana_mdavid@yahoo.com.br<br />

Orientador: Rosemarie Rohn Davies<br />

Co-Orientador: Marcello Guimarães Simões<br />

Moluscos bivalves estão entre os elementos mais comuns e conspícuos do registro fóssil<br />

do Grupo Passa Dois (Permiano), da Bacia do Paraná, Brasil. As principais ocorrências<br />

provêm, principalmente, das assembléias de Leinzia (ou Anhembia) froesi, Pinzonella<br />

illusa, Pinzonella neotropica, Leinzia similis e Terraia altissima, que ocorrem em<br />

sucessão estratigráfica nas formações Serra Alta, Teresina/Corumbataí e <strong>Rio</strong> do Rasto.<br />

A evolução dos moluscos do Grupo Passa Dois constitui um capítulo à parte na história<br />

evolutiva da Classe Bivalvia, dado seu desenvolvimento em bacia intracratônica, em<br />

ambiente do tipo lago/mar, sob condições de extremo isolamento geográfico e stress<br />

ambiental. De fato, a fauna do Grupo Passa Dois é conhecida pelo alto grau de<br />

endemismo dos gêneros e espécies presentes, porém, alguns autores reconheceram as<br />

afinidades desses bivalves (exclusive Formação <strong>Rio</strong> do Rasto) com ancestrais marinhos,<br />

em especial com os Megadesmidae, comuns no Permiano do Gondwana. Até 1980,<br />

cerca de duas dezenas de gêneros eram conhecidos para o Grupo Passa Dois, das quais<br />

mais de 90% da distribuição paleobiogeográfica era restrita à Bacia do Paraná. Em<br />

1984, M.R. Cooper e B. Kensley registraram na Formação Waterford (Permiano),<br />

Grupo Ecca, da Bacia do Karroo, África do Sul, algumas das espécies anteriormente<br />

descritas para as faunas das formações Teresina e Corumbataí. Mais recentemente, em<br />

2000, alguns autores (H. Stollhofen e colaboradores) mencionaram a presença de<br />

espécies da Formação <strong>Rio</strong> do Rasto em rochas permianas da Namíbia (Formação Gaias).<br />

A principal espécie presente nestas rochas é Leinzia similis, entretanto estes fósseis<br />

nunca foram formalmente descritos ou ilustrados. A confirmação da presença desta<br />

espécie na Formação Gai-as, Namíbia, reveste-se de grande importância<br />

bioestratigráfica, pois no Grupo Passa Dois, ela está confinada aos níveis estratigráficos<br />

referentes ao Membro Serrinha, na parte inferior da Formação <strong>Rio</strong> do Rasto. Na borda<br />

leste da Bacia do Paraná, os fósseis presentes nessa unidade litoestratigráfica,<br />

especialmente os conchostráceos, plantas vasculares e anfíbios são indicativos de idade<br />

pré-Triássica. Na Formação Gai-as, Namíbia, os fósseis de Leinzia similis são<br />

encontrados em abundância em horizonte pouco abaixo de tufos vulcânicos, cuja<br />

datação radiométrica de minerais de zircão indicam idades de aproximadamente<br />

265+2.5 Ma (limite Wordiano-Capitaniano). Dessa maneira, as ocorrências do gênero<br />

Leinzia no continente africano (formações Gai-as) sugerem idade pré-Triássica para o<br />

topo do Grupo Passa Dois, na Bacia do Paraná. Em adição a essas questões<br />

bioestratigráficas, outro aspecto importante da pesquisa em desenvolvimento refere-se a<br />

paleobiologia e evolução do gênero Leinzia e de outras formas semelhantes (Anhembia).<br />

Desde que foi proposto, em 1949, por J.C. Mendes, o posicionamento taxonômico deste<br />

gênero é problemático, em razão do parco conhecimento da anatomia interna de suas<br />

espécies. O re-exame de fósseis de Leinzia ou Anhembia, provenientes de rochas da<br />

porção basal da Formação Serra Alta, mostra a presença de cicatrizes musculares bem<br />

75


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

preservadas e também da charneira. Esses são elementos importantes para a sistemática<br />

e determinação da paleoecologia desses bivalves, com implicações no entendimento dos<br />

processos sedimentares operantes no ambiente deposicional onde foram preservados.<br />

Palavras-chaves: Bacia do Paraná, Grupo Passa Dois, Permiano, Bioestratigrafia,<br />

Bivalva.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: BIVALVES PERMIANOS<br />

DA FASE DE CONTINENTALIZAÇÃO DAS BACIAS DO GODWANA<br />

OCIDENTAL: SISTEMÁTICA, PALEOGEOGRAFIA E BIOESTRATIGRAFIA;<br />

Linha de pesquisa: Bacias sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de<br />

entrada na pós-graduação: Julho/2008; nº de créditos concluídos: 0; data prevista de<br />

defesa: Julho/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />

76


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

SISTEMAS TURBIDÍTICOS DA FORMAÇÃO TACIBA/MEMBRO RIO<br />

SEGREDO NA FAIXA AFLORANTE CATARINENSE<br />

LYGIA RODRIGUES DE MORAES DE ANDRADE<br />

E-mail: lygiadeand@hotmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Joel Carneiro de Castro<br />

O Grupo Itararé (Pensilvaniano-Eopermiano) consiste de três ciclos/formações, na<br />

concepção de França & Potter (1988): Lagoa Azul, Campo Mourão e Taciba. Cada ciclo<br />

apresenta um perfil de argilosidade crescente para cima: conglomerado, arenito,<br />

diamictito, ritmito/siltito e folhelho. O Membro <strong>Rio</strong> Segredo do ciclo/Formação Taciba<br />

é o objeto deste estudo, na margem aflorante do centro e norte catarinense.<br />

Dois sistemas turbidíticos destacam-se naquela unidade: (a) turbidito canalizado, no<br />

vale do rio Itajaí do Sul; (b) turbidito em lençol, nos vales dos rios Hercílio e Forcação.<br />

O sistema canalizado pode ser observado ao longo das rodovias Ituporanga - <strong>Rio</strong> do Sul,<br />

<strong>Rio</strong> do Sul - Laurentino e BR-470. É amplamente dominado por arenitos médios a<br />

muito finos, com estratos espessos (espessura métrica e seqüência Bouma Tabc) e<br />

médios (espessura de 20-30cm e seqüência Bouma Tcde), e raras intercalações de<br />

diamictito. A espessura do sistema arenoso, levantado em Aurora, alcança 170m, que<br />

inclui um corpo de diamictito de 35m (Gonçalves e Tommasi, 1974); no poço<br />

1-BN-1-SC a espessura de turbidito é de 80m. Depósitos cronocorrelatos de turbiditos<br />

areno-argilosos médios e delgados ocorrem lateralmente ao turbidito, para leste, o que<br />

sugere um grande leque submarino dirigido para noroeste, com o turbidito canalizado<br />

em sua porção axial (Castro, 1991; Silva, 2005).<br />

O sistema de turbidito em lençol ocorre no norte catarinense a partir de Presidente<br />

Getúlio, incluindo os clássicos afloramentos da rodovia Dr. Pedrinho-Bonsucesso (rio<br />

Forcação), onde Castro (1998) identificou 20 m de turbiditos espessos e mais de 50 m<br />

de turbiditos delgados (thin-bedded). O contato inferior com o Folhelho Lontras é<br />

abrupto, e consiste de cinco tipos faciológicos, de acordo com a espessura dos estratos:<br />

muito espesso (> 1m), espesso (30-100cm), médio (10-30cm), delgado (3-10cm), e<br />

muito delgado (0,3-3cm; representado como “folhelho” nos perfis levantados). Os<br />

estratos médios e delgados têm seqüências Bouma Tbcde e Tcde. Também deve ser<br />

destacada a natureza “várvica” do Folhelho Lontras, com pares gradacionais arenitofolhelho<br />

de espessura milimétrica; tal litofácies pode ocorrer na parte inferior dos perfis<br />

levantados. Em três perfis faciológicos, nos vales dos rios Laeisz, Wiegand e Forcação,<br />

observam-se alguns ciclos de espessamento crescente nos turbiditos. Na base dos<br />

estratos espessos é comum a presença de terminações assintóticas relacionadas a<br />

estratificação sigmoidal, o que os diferencia dos turbiditos clássicos; por outro lado, tais<br />

estratos espessos sigmoidais são característicos da porção superior de lobos deltaicos<br />

progradando sobre varvitos lacustres, como se observa na região de Vidal Ramos. Tal<br />

constatação referenda uma origem relativamente rasa para os lobos turbidíticos,<br />

sobrepostos ao seu equivalente distal, o Folhelho Lontras.<br />

Palavras-chave: Bacia do Paraná, Grupo Itararé, Formação Taciba, Membro <strong>Rio</strong><br />

Segredo, Turbidito.<br />

77


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: PROCESSOS, FÁCIES E<br />

GEOMETRIAS DE SISTEMAS TURBIDÍTICOS DO GRUPO ITARARÉ/ FORMAÇÃO TACIBA<br />

(EOPERMIANO), BORDA LESTE DA BACIA DO PARANÁ; Linha de pesquisa: Bacias<br />

sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada na pós-graduação:<br />

05/03/07; nº de créditos concluídos: 40; Exame de qualificação: 05/09/08; data prevista<br />

de defesa: 05/03/09; Possui bolsa: Sim; Agência: ANP.<br />

78


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DA PORÇÃO NORTE DO COMPLEXO<br />

GUAXUPÉ NA REGIÃO DE ARCEBURGO-SANTA CRUZ DA PRATA, MG.<br />

MAGNÓLIA BARBOSA DO NASCIMENTO<br />

E-mail: magbnascimento@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Marcos Aurélio Farias de Oliveira<br />

A região compreendida entre as cidades de Passos (MG) e Monteiro Lobato (SP), tem<br />

sido bastante trabalhada em pesquisas geológicas, incluindo mapeamentos regionais e<br />

locais. Por tratar-se de uma área com elevada complexidade em termos de unidades<br />

litoestratigráficas, a problemática surgida é bastante variada, considerando que esses<br />

terrenos na sua maioria são de médio a alto grau metamórfico e sua evolução aos níveis<br />

topográficos atuais, é bastante complexa. Diante disso o trabalho que está sendo<br />

realizado está voltado a análise petrológica, de química mineral, litogeoquímica e<br />

isotópica de rochas granulíticas presentes na área com o intuito de fazer uma<br />

comparação com os dados já existentes e tentar estabelecer a evolução metamórfica<br />

desses terrenos. Por ora são apresentados dados geológicos, petrográficos e<br />

geoquímicos dessa área. A área escolhida para o trabalho localiza-se na região de<br />

Arceburgo – Santa Cruz da Prata (MG), dentro da Faixa Brasília e mais especificamente<br />

do Complexo Guaxupé. A geologia inclui metassedimentos representados por quartzitos<br />

foliados e rochas com intercalações de quartzo detrítico, associados a tipos da suíte<br />

charnockítica (alaskitos, charnockitos, mangeritos, enderbitos) além de granulitos<br />

máficos e granada gnaisses. Essas rochas constituem faixas alongadas segundo a direção<br />

N60W, com ângulo de mergulho pequeno que varia entre 25 e 40 o , em média, para SW.<br />

As rochas da série charnockítica são predominantes, com mangeritos e enderbitos<br />

representando as principais ocorrências. Exibem foliação milonítica e bandamento<br />

metamórfico ressaltado pela deformação. As texturas predominantes são do tipo<br />

granoblástica ou mais freqüentemente blastomiloníticas, com quartzo e feldspato muito<br />

deformados e porfiroclastos de feldspato pertítico muito comuns, formando sigmóides.<br />

Os minerais essenciais são: feldspato potássico pertítico (mesopertita), plagioclásio<br />

(oligoclásio-andesina) antipertítico, hiperstênio, diopsídio, hornblenda marrom e biotita<br />

vermelha. Para os granulitos máficos, que ocorrem intercalados nos mangeritos e<br />

enderbitos os minerais principais são ortopiroxênio, clinopiroxênio, hornblenda marrom<br />

e plagioclásio (labradorita). Granada foi observada em alguns granulitos e gnaisses.<br />

Dados de análises litogeoquímicas em elementos maiores revelaram que, com relação<br />

aos óxidos desses elementos, observa-se uma tendência revelada nos gráficos SiO2 x<br />

TiO2, SiO2 x Fe2O3, SiO2 x MnO, SiO2 x CaO, com destaque para os granulitos<br />

máficos, formando isoladamente um conjunto que corresponde a rochas de composição<br />

básica a ultrabásica (SiO2 entre 46,03 a 49,07%) de afinidade toleítica. Para os<br />

elementos terras raras, suas assinaturas, de modo geral, evidenciam um enriquecimento<br />

em terras raras leves, principalmente para os mangeritos e charnockitos, que também<br />

exibem anomalias negativas de Eu.<br />

Palavras-chave: Granulitos – Litoquímica - Metamorfismo – Evolução Geotectônica.<br />

79


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: EVOLUÇÃO<br />

METAMÓRFICA DA PORÇÃO NORTE DO COMPLEXO GUAXUPÉ NA REGIÃO<br />

DE ARCEBURGO-SANTA CRUZ DA PRATA, MG; Linha de pesquisa: Estudos da<br />

evolução da crosta terrestre em áreas cristalinas; data de entrada na pós-graduação:<br />

03/2006; nº de créditos concluídos: 64; data prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa:<br />

Sim; Agência: CNPq.<br />

80


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

PALEOVERTEBRATES FROM THE GOIÁS STATE<br />

PEDRO OLIVEIRA PAULO<br />

E-mail: pedro@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Reinaldo José Bertini<br />

The Paleozoic strata, in the Goiás State, containing fossil vertebrates, up to now are<br />

restricted to the Irati and Corumbataí formations. The first one, from the Lower Permian<br />

Period, have yielded a vast number of mesosaurid remains. The second, Middle Permian<br />

in age, also outcrops on Central Goiás State, presenting some isolated and fragmented<br />

undescribed fish remains (teeth and scales).<br />

There are some areas in Brazil where, considering Upper Cretaceous strata, show<br />

several representative remains of a significative biotic diversity. One of the most<br />

important of these areas is the Bauru Basin, divided in two lithostratigraphic units,<br />

named Caiuá and Bauru groups. As one of the most expressive continental fossil<br />

assemblages from Brazil, the Bauru Group contains fossils associated to strata formed<br />

in depositional enviroments, mainly fluvial and lacustrine, covering areas in the states<br />

of Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná and São Paulo. The<br />

Bauru Group has an expressive occurrence on the Southern-Central portion of the Goiás<br />

State, where there are some Adamantina and Marília Formations outcrops. The<br />

Adamantina Formation has furnished several remains of vertebrate fossils, such as<br />

fishes, testudines, lacertilians, crocodyliforms, theropodomorphs, sauropods and<br />

mammals, from Minas Gerais and São Paulo states. Otherwise the Marília Formation<br />

occurs in the states of Goiás, Minas Gerais, and São Paulo. It has been rich in fossil<br />

remains, representing a wide array of taxons, such fishes, testudines, crocodyliforms,<br />

maniraptoriforms and sauropodomorphs. Despite both Marília and Adamantina<br />

formations, rich in fossil vertebrates, occur in the Goiás State, the fossil record related<br />

to these Cretaceous sequences only mentions some fossil localities, presenting citations,<br />

not descriptions of materials, about remains associated to theropodomorphs and<br />

sauropodomorphs. Therefore in these circumstances one may suppose that there are<br />

some regions on Southern-Central Goiás State that could shelter interesting<br />

prospectable vertebrate fossil outcrops. Then detailed searching and prospecting in these<br />

litostratigraphic units of the Bauru Basin, on the Goiás State, could yield new fossil<br />

remains, aiding to improve our understanding of the paleoecological, biochronological,<br />

paleobiogeographical comparisons to the vertebrate faunas previously revered in the<br />

Bauru Basin, especially from Minas Gerais and São Paulo states. In the same way it<br />

would also permit paleoecological, biochronological, paleobiogeographical<br />

comparisons to the Cambambe Group area, not associated to the Bauru Basin, located<br />

on the Mato Grosso State, until now not well known.<br />

Besides there are some areas, in the Goiás State, that have furnished some remains of<br />

fossil mammals, from both Pleistocene and sub-Holocene epochs.<br />

So this study aims to outline the vertebrate fossil fauna of this part of the Central Brazil,<br />

comprehending Permian and Cretaceous periods, besides Pleistocene Epoch. All<br />

bibliographic records about these groups, as well as detailed analysis of the housed<br />

materials in some institutional collections spread through Brazil, will improve our<br />

knowledge and understanding of the fossil vertebrates occurrences in the Goiás State,<br />

81


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

and identifying main groups represented. It will build a data base, to support future<br />

prospection and research.<br />

Key words: Fossil Vertebrates, Goiás State, Permian, Cretaceous, Pleistocene<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Os Vertebrados Fósseis do<br />

Estado de Goiás; Grupo de pesquisa: Núcleo de Evolução e Paleobiologia de<br />

Vertebrados; data de entrada na pós-graduação: 19/06/2007; nº de créditos concluídos:<br />

34; data prevista de defesa: 06/08/2009; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />

82


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

MINERALOGIA E GEOQUIMICA DOS SEDIMENTOS ALUVIAIS DO BAIXO<br />

RIO JAGUARIBE, CEARÁ.<br />

RAIMUNDO HUMBERTO CAVALCANTE LIMA<br />

E-mail: humbertoclima@yahoo.com.br<br />

Orientadora: Profa. Dra. Maria Margarita Torres Moreno<br />

A bacia do baixo rio Jaguaribe está localizada na região leste do estado do Ceará,<br />

nordeste do Brasil. Compreende depósitos aluviais Holocênicos, composto por<br />

cascalho, areia fina e grossa , silte e argila. Na bacia existem cerca de 80 indústrias<br />

cerâmicas de pequeno e médio porte, constituindo o Pólo Ceramico de Russas. As<br />

cerâmicas explotam matéria-prima argilosa da bacia e fabricam, principalmente, telhas<br />

por extrusão, bem como tijolos maciços. Estes depósitos exibem estruturas em camadas<br />

que são diferenciadas em termos de cor, tamanho do grão, conteúdo da matéria orgânica<br />

e plasticidade. No intuito de determinar as propriedades mineralógicas e químicas dos<br />

materiais argilosos, foram feitas amostragens em duas minas (denominação Central-P e<br />

Cedan-NP). A composição mineralógica foi determinada por difração de raios X, e a<br />

composição quimica por fluorescência de raios X. As análises mineralógicas foram<br />

realizadas em amostras totais e na fração argila após serem separadas por sedimentação<br />

de acordo com a lei de Stokes. Nas duas amostras foram identificados os minerais:<br />

quartzo, fedspato sódico-cálcico, feldspato potássico e filossilicatos em amostra total,<br />

que foram melhor identificadas na fração argila: esmectita dioctaédrica, ilita<br />

dioctaédrica e caulinita. Analises semi-quantitativas dos minerais foram feitas de acordo<br />

com procedimentos padrões e mostraram que as amostras analisadas diferem<br />

principalmente na proporção dos minerais. Análises químicas identificaram os<br />

elementos maiores e alguns traços nas amostras totais. Similaridades foram encontradas<br />

entre os dados geoquímicos das duas amostras, sendo os valores de perda ao fogo (P.F.),<br />

essencialmente, relacionados às águas zeolítica e estrutural existentes nos<br />

argilominerais. Os dados analíticos obtidos mostraram uma complexidade, em termos<br />

de mineralogia e geoquímica das argilas estudadas, e sugerem que estas sejam<br />

provenientes de uma variedade de materiais geológicos depositados ao longo da bacia<br />

aluvial de solos oriundos de diferentes rochas. A constituição dos argilominerais<br />

identificados (composição ternária consistindo de ilita, caulinita e esmectita) é<br />

principalmente herdada. Nota-se um baixo conteúdo de minerais interestratificados<br />

irregulares de ilita-esmectita na mina Cedan em relação à Central indicando que esta<br />

contém menor quantidade de argilominerais em estado de transição.<br />

Palavras-chave: argilominerais, mineralogia, geoquímica, depósitos quaternários,<br />

Russas (Ce)<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo da Matéria Prima e de<br />

Formulação de Massa Utilizada em Ceramica Vermelha no Pólo Ceramista de Russas-<br />

Ceará; Linha de pesquisa: Recursos minerais metálicos e não-metálicos; data de entrada<br />

na pós-graduação: 01.08.2005; nº de créditos concluídos: 72; Exame de qualificação:<br />

20.06.2008; data prevista de defesa: 01.08.2009; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />

83


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

PALINOLOGIA DAS FORMAÇÕES TERESINA E RIO DO RASTO<br />

(PERMIANO, GRUPO PASSA DOIS, BACIA DO PARANÁ) NOS FUROS DE<br />

SONDAGEM SP-23-PR E SP-58-PR (MUNICÍPIO DE CONGONHINHAS,<br />

NORDESTE DO ESTADO DO PARANÁ): CONSIDERAÇÕES<br />

BIOESTRATIGRÁFICAS<br />

RODRIGO NEREGATO<br />

E-mail: rodrigoneregato@hotmail.com<br />

Orientadora: Profa. Dra. Rosemarie Rohn<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Paulo Alves de Souza<br />

O presente trabalho é resultante da amostragem palinológica da Formação Teresina e da<br />

porção inferior da Formação <strong>Rio</strong> do Rasto (Membro Serrinha) numa extensão vertical<br />

de aproximadamente 600 m, em dois furos de sondagem da Companhia de Pesquisa de<br />

Recursos Minerais (CPRM), situados no sul do Município de Congonhinhas, nordeste<br />

do Estado do Paraná. Foram selecionadas 20 amostras de folhelhos e siltitos escuros do<br />

furo de sondagem SP-23-PR, das quais oito são férteis, e 17 do furo SP-58-PR, das<br />

quais dez são férteis, num espaçamento vertical entre 2 e 30 m. A correlação e a<br />

integração das informações dos dois furos foi possível devido à proximidade geográfica<br />

(aproximadamente 2,5 km) e à similaridade litofaciológica, sendo considerados como<br />

um perfil composto. Um total de 30 espécies de palinomorfos foi registrado, sendo 13<br />

referentes a esporos, incluídas em oito gêneros, e 17 grãos de pólen, relativas a dez<br />

gêneros. Dentre os esporos, há um predomínio absoluto das formas monoletes, sendo<br />

dominantes em determinados níveis. Esporos triletes ocorrem subordinadamente e são<br />

menos diversificados. Grãos de pólen ocorrem com uma freqüência bastante parecida<br />

com a dos esporos, sendo as formas bissacadas as mais abundantes. Neste estudo, de<br />

forma preliminar, foram reconhecidos dois intervalos informais de acordo com a<br />

abundância dos esporos monoletes: Intervalo 1, caracterizado pela grande abundância<br />

de Laevigatosporites vulgaris, correspondendo ao topo do primeiro terço da Formação<br />

Teresina do furo SP-58 PR até a base do Membro Serrinha do furo SP-23-PR, e<br />

Intervalo 2, caracterizado pela grande abundância de espécies do gênero Thymospora,<br />

correspondendo desde a base do Membro Serrinha do furo SP-23-PR até a penúltima<br />

amostra fértil neste furo, porção média do membro. Algumas espécies encontradas neste<br />

estudo ainda não haviam sido registradas para a Bacia do Paraná: Punctatosporites<br />

granifer, Leschikisporis chacoparanaense, Thymospora obscura, Thymospora<br />

thiessenni, Thymospora pseudothiessenii e Thymospora rugulosa, Alisporites grandis e<br />

Lueckisporites stenotaeniatus. Os conjuntos palinológicos são perfeitamente<br />

posicionados na Zona Lueckisporites virkkiae, sendo a seção analisada considerada de<br />

idade kunguriana-wordiana, tendo como base correlações com estratos<br />

palinologicamente similares ao longo do Gondwana e dados advindos de outros fósseis<br />

ocorrentes na bacia. Os intervalos reconhecidos têm significado paleoecológico,<br />

devendo ser rastreados em outras localidades para efeitos bioestratigráficos.<br />

Palavras-chave: Palinologia, Permiano, Bacia do Paraná, Grupo Passa Dois.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo das esfenófitas da<br />

Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional (Permiano, Bacia do Parnaíba); data de<br />

entrada na pós-graduação: Março-2008; nº de créditos concluídos: 48; data prevista de<br />

defesa: Março-2012; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

EVOLUÇÃO METAMÓRFICA P-T-T DE GRANULITOS E MIGMATITOS DO<br />

COMPLEXO GUAXUPÉ NA REGIÃO DE SÃO JOÃO DA VOA VISTA, SP<br />

RODRIGO PRUDENTE DE MELO<br />

Orientador: Marcos Aurelio Farias de Oliveira<br />

A região de São João da Boa Vista é composta por um conjunto de rochas de origem<br />

metamórfica de alto grau, predominando granulitos e migmatitos. Os dados<br />

geoquímicos em conjunto com os dados de razões isotópicas de Sm/Nd e Rb/Sr<br />

sugerem que a origem dos protólitos das unidades presentes na área se deu no<br />

Mesoproterozóico, com a formação de magmas toleíticos a calcioalcalinos,<br />

aparentemente em um ambiente de margem continental ativa. Dados U/Pb datam um<br />

evento ocorrido no Neoproterozóico que recristalizou totalmente o zircão apagando<br />

heranças anteriores. Atribui-se a essa época o pico metamórfico da área que ocorreu a<br />

aproximadamente 639 Ma. Os dados de geotermobarometria mostram que esse pico<br />

chegou a 11,5 kbar de P e acima de 820ºC de T. Os cálculos mostram que após o pico<br />

metamórfico houve um processo de descompressão isotérmica. Esse processo pode ser<br />

explicado pela exumação das rochas aliviando a pressão litostática com gradiente<br />

térmico ainda elevado, ou então pode ser resultante de relaxamento de esforços que<br />

ocorrem após colisões continentais, passando-se então a ter esforços tectônicos de<br />

tração que reduzem a pressão. Processo de descompressão isotérmica pode gerar fusão<br />

de porções da crosta devido à inclinação positiva da reta dT/dP, isso explicaria os<br />

processos de fusão parcial posteriores ao pico metamórfico. Esse tipo de trajetória<br />

metamórfica, com sentido horário, é típico de processos tectônicos convergentes, com<br />

espessamento crustal causado por colisão continental, o que justificaria processo de<br />

anatexia por relaxamento de esforços pós-colisão continental. O magma gerado por<br />

anatexia teria cristalizado durante o metamorfismo, em um regime de alto grau em<br />

ambiente anidro e pode explicar a ocorrência das rochas charnockíticas associadas com<br />

os leucognaisses e granitos porfiróides. Essa fase de anatexia, em locais que não<br />

sofreram tanto os efeitos do metamorfismo em um ambiente anidro, explica a<br />

ocorrência de leucossomas cinza pouco espessos por toda a área. Outra hipótese para a<br />

formação dessas leucossomas de primeira fase é a de que se trata de uma fase de fusão<br />

parcial que pode ter ocorrido junto com o pico metamórfico, quando começa o processo<br />

de descompressão. O fato é que essa fase de anatexia ocorreu sob regime tectônico ativo<br />

que posteriormente deformou os leucossomas. Os leucosssomas da segunda fase podem<br />

ter sido gerados a partir da fusão dos leucossomas da primeira, formando novos<br />

leucossomas mais enriquecidos em ETR leves e mais pobres em ETR pesados. A ultima<br />

fase de anatexia fica regitrada pela presença de corpos de aplito e pegmatitos de<br />

dimensões métricas, com contatos difusos e discordantes com os demais leucossomas,<br />

evidenciando formação na ausência total de esforços tectônicos. A presença de rochas<br />

paraderivadas, calciossilicatadas e kinzigitos sugere que rochas sedimentares, presentes<br />

na área, podem ter sido soterradas por grandes blocos crustais, cavalgados durante o<br />

processo de colisão continental.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Evolução metamórfica P-T-t<br />

de granulitos e migmatitos do Complexo Guaxupé na região de São João da Voa Vista,<br />

SP; Linha de pesquisa: Estudos da evolução da crosta terrestre em áreas cristalinas;<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Grupo de pesquisa: Evolução de Terrenos Metamórficos; data de entrada na pósgraduação:<br />

05/03/07; Exame de qualificação: 03/10/2008; data prevista de defesa:<br />

05/2009; Possui bolsa: Não.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

PREPARAÇÃO DE MASSA ATOMIZADA COM ARGILAS DA FORMAÇÃO<br />

CORUMBATAÍ<br />

ROGERS RAPHAEL DA ROCHA<br />

E-mail: rogers.rocha@rochaforte.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Antenor Zanardo<br />

As tecnologias de preparação de massa dos produtos cerâmicos foram desenvolvidas<br />

para otimizar o uso de algumas famílias de minerais, que apresentam propriedades e<br />

composição química ideais para a fabricação de produtos cerâmicos. Os componentes<br />

de uma massa cerâmica podem ser divididos em várias categorias: componentes<br />

plásticos, como as argilas e caulins, componentes inertes, como o quartzo e o talco,<br />

componentes fundentes, como os feldspatos e as nefelinas, aditivos e contaminantes.<br />

Raramente uma única matéria-prima apresentará todos os componentes químicos e nas<br />

proporções corretas para a obtenção de um produto, como ocorre no pólo cerâmico de<br />

Santa Gertrudes para a produção de massa via seca. Para descrever efetivamente uma<br />

matéria-prima ou uma massa, em relação às suas características cerâmicas é necessário<br />

fazer uma referência à análise mineralógica e à distribuição do tamanho de partículas, a<br />

análise química não é suficiente, a composição química de uma massa para<br />

revestimento, sanitário ou estrutural é muito semelhante, embora certos elementos como<br />

o Ca, Mg, Na e Fe possam direcionar certas propriedades. Estudos tecnológicos da<br />

Formação Corumbataí mostram que estratos diferentes com composição química<br />

semelhante apresentam propriedades cerâmicas diferentes. A etapa inicial da preparação<br />

da massa consiste na mistura e moagem das matérias-primas, leva-se em conta que<br />

existe uma dimensão limite, que permite o benefício da qualidade e economia de<br />

energia. Também deve ser considerado que cada família de mineral apresente uma<br />

dimensão ótima para a função que irá atuar durante o processamento cerâmico. Por<br />

exemplo, as matérias-primas que irão funcionar como fundentes, devem ter seu tamanho<br />

bem reduzido, enquanto as que formam o esqueleto (estrutura) podem ter uma dimensão<br />

maior, os contaminantes devem possuir um tamanho que neutralize sua ação. Com as<br />

matérias-primas moídas, torna-se necessário um processo que possa aglomerar as<br />

partículas mais finas para se obter dimensões maiores, o controle granulométrico passa<br />

a ser visto de forma diferente, pois há uma necessidade de obter uma massa que facilite<br />

a prensagem e as etapas posteriores do processo produtivo até o produto acabado, no<br />

qual se destacam as propriedades de distribuição granulométrica e fluidez, atualmente o<br />

processo que permite obter a melhor granulometria é a atomização da barbotina, o qual<br />

permite obter produtos de maior qualidade. Outro aspecto importante da moagem a<br />

úmido para o pólo cerâmico de Santa Gertrudes é o fato de não haver necessidade de<br />

secar a argila nos pátios de secagem, o que atualmente está provocando a ação dos<br />

órgãos ambientais devido à grande geração de poeira. Portanto a associação da melhora<br />

da qualidade dos produtos cerâmicos obtidos através do processo de preparação via<br />

úmida (moagem a úmido e granulação em atomizador) e a redução da emissão de poeira<br />

pode ser uma alternativa para o desenvolvimento do pólo. Este trabalho tem como<br />

objetivo a preparação de massa pelo processo de moagem via úmida das argilas da<br />

Formação Corumbataí com outras matérias-primas que resultem numa formulação de<br />

massa com características adequadas aos ciclos de queima rápida utilizados atualmente<br />

no pólo de Santa Gertrudes.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Preparação de Massa<br />

Atomizada com Argilas da Formação Corumbataí; Linha de pesquisa: Recursos<br />

minerais metálicos e não-metálicos; data de entrada na pós-graduação: 03/08; nº de<br />

créditos concluídos: 48; data prevista de defesa: 03/03/12; Possui bolsa: Não.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA REGIÃO DE CÁSSIA,<br />

PORÇÃO SUDOESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS.<br />

SAMIA DE MOURA PASSARELLA<br />

E-mail: samiageo84@gmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Norberto Morales<br />

A região de Cássia, no sudoeste do estado de Minas Gerais, é caracterizada pela<br />

presença de relevo residual com testemunhos da superfície de aplainamento, a partir da<br />

qual se instalou o sistema de drenagem atual, com atuação de processos exógenos e<br />

endógenos. O substrato rochoso é representado por rochas metamórficas précambrianas,<br />

recobertas a oeste pelas rochas da Bacia do Paraná. A partir da realização<br />

de mapa geomorfológico e da caracterização de formas, sistemas, padrões e anomalias<br />

de relevo e de drenagem, com o objetivo de contribuir no conhecimento da evolução<br />

geomorfológica da região, foram investigadas feições associadas aos diferentes tipos<br />

litológicos, bem como às estruturas presentes nas rochas, resultando na<br />

compartimentação geomorfológica regional.<br />

Palavras-chave: Evolução geomorfológica, estruturas rochosas e região de Cássia.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: COMPARTIMENTAÇÃO<br />

GEOMORFOLÓGICA DA REGIÃO DE CÁSSIA, NO SUDOESTE DO ESTADO DE<br />

MINAS GERAIS; Linha de pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou<br />

quase superficiais; data de entrada na pós-graduação: 05-03-2007; nº de créditos<br />

concluídos: 40; Exame de qualificação: 05-09-2008; data prevista de defesa: 2009;<br />

Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

PERMIAN PETRIFIED FERTILE FERN LEAVES FROM THE CENTRAL<br />

NORTH BRAZIL (PARNAIBA BASIN, ARAGUAINA REGION,<br />

MARRATIALLES)<br />

TATIANE MARINHO VIEIRA TAVARES<br />

E-mail: tatipaleo@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Rosemarie Rohn<br />

The Natural Monument of Petrified Trees in Tocantin, Central North Brazil, is mainly<br />

characterized by the abundant well preserved tree fern stems (mainly Tietea and<br />

Psaronius), rare other ferns (Grammatopteris, Dernbachia), as well as gymnosperms<br />

(“Dadoxylon” and others). They occur in the southern margin of the Parnaíba Basin in<br />

fluvial fine sandstones and siltstones, probably of the Motuca Formation, tentatively<br />

positioned close to the Lower-Middle Permian boundary. The Buritirana Farm in the<br />

Monument additionally has provided outstanding pinnae preserved as petrifactions.<br />

Rare specimens may be included in the compression taxa Pecopteris, Sphenopteris and<br />

Lobatopteris, but the majority corresponds to very peculiar ferns of the Scolecopteris<br />

type. Their most intriguing characteristic is the pectinate pinnule margin with lobe<br />

sinuses very close to the midvein at the adaxial surface and narrow linear lobules curled<br />

under, reaching the midvein on the abaxial surface. The lobule lamina is relatively thick.<br />

Tangential sections of pinnules show a decurrent strong secondary vein at the middle of<br />

each lobule. In some specimens, the lobules were removed from the abaxial surface and<br />

the synangia are exposed in 3D. The synangia are borne in one row on each side of the<br />

pinnule midrib, disposed very closely, with pedicel apparently attached to the midrib.<br />

The shape is broadly oval, slightly acute at the distal part. They are composed of 3 or 4<br />

axially elongate sporangia, fused laterally, not well radially symmetrical. The pinnules<br />

are oblong, with rounded tips, closely spaced, attached at 90 o to the pinna rachis, which<br />

shows distinct trichomes and a W-shaped vascular trace. Scolecopteris species from the<br />

Permo-Carboniferous of Euramerica, Cathaysia and Triassic in Antarctica show<br />

pecopterid foliage with smooth to slightly lobed margins, or their shape cannot be<br />

determined in sections, being not taken into consideration for classification. The only<br />

apparently similar other fertile pectinate pinnules were observed in the Middle Permian<br />

of the Paraná Basin, southern Brazil, where Tietea and Psaronius also occur. Up to the<br />

moment, it was not possible to substantiate whether the fertile pinnae from both the<br />

Parnaíba and Paraná basins are related to Tietea, but their apparent restriction to<br />

Western Gondwana is significant. The ecological reason for the deep incisions at the<br />

pinnule margins must be further investigated, considering that thick leaf laminae and<br />

inrolled margins to the abaxial side may indicate a protection from dehydration.<br />

Palavras-chave: Permian, Marattiales, Scolecopteris, Parnaiba Basin.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo de Psaroniales da<br />

porcao setentrional de Tocantins, na Bacia do Parnaiba (Permiano, Brasil); Linha de<br />

pesquisa: Bacias sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

na pós-graduação: 7/8/2007; data prevista de defesa: 6/8/2011; Possui bolsa: Sim;<br />

Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

O MÉTODO GEOCRONOLÓGICO DO Pb-210 APLICADO NO ESTUDO DE<br />

PROCESSOS INTEMPÉRICOS NA BACIA DO RIO ATIBAIA (SP)<br />

TATIANI DE PAULA PINOTTI SABARIS<br />

E-mail: tatianisabaris@hotmail.com<br />

Orientador: Daniel Marcos Bonotto<br />

A determinação da taxa de intemperismo das rochas é de grande interesse atual devido<br />

ao fato da alteração ser um dos fenômenos fundamentais da geoquímica de<br />

superfície/caracterização geomorfológica dos continentes. Ela encontra aplicação em<br />

estudos relacionados a várias áreas do conhecimento como geologia, ecologia,<br />

pedologia e agronomia, subsidiando parâmetros necessários a uma melhor orientação na<br />

distribuição das culturas/exploração dos solos. O estudo das coberturas de alteração<br />

intempérica indica a viabilidade da ocupação humana e suas atividades, podendo ainda,<br />

intervir diretamente em problemas relacionados à construção de barragens, rodovias,<br />

fundações, etc. Sabendo que a caracterização do intemperismo é de fundamental<br />

importância para o planejamento urbano e rural de qualquer município, o presente<br />

projeto propõe o estudo da taxa de intemperismo em uma porção da bacia do <strong>Rio</strong><br />

Atibaia através da análise de sedimentos de fundo, utilizando a técnica de datação<br />

geocronológica do 210 Pb. A área de estudo localiza-se na porção sudeste do Estado de<br />

São Paulo e corresponde ao território municipal de Atibaia. O município de Atibaia está<br />

contido na bacia hidrográfica do <strong>Rio</strong> Atibaia, sendo drenado pelo <strong>Rio</strong> Atibaia e seus<br />

afluentes. O <strong>Rio</strong> Atibaia drena uma área de 2.817,88 Km 2 desde a divisa com o Estado<br />

de Minas Gerais até a confluência com o <strong>Rio</strong> Piracicaba. No seu curso estão<br />

compreendidos os municípios de Atibaia, Joanópolis, Piracaia, Nazaré Paulista, Jarinu,<br />

Bragança Paulista, Bom Jesus dos Perdões, Itatiba, Valinhos, Nova Odessa, Americana,<br />

Jaguariúna e Morungaba. Na área de estudo, a bacia hidrográfica do <strong>Rio</strong> Atibaia é<br />

subdividida em 13 sub-bacias (<strong>Rio</strong> dos Amarais, <strong>Rio</strong> Cachoeira, Ribeirão Caetetuba,<br />

Ribeirão Campo Largo, Ribeirão das Pedras, Ribeirão Folha Larga, Ribeirão Itapetinga,<br />

<strong>Rio</strong> Jundiazinho, Ribeirão Laranja Azeda, Ribeirão Mato Dentro, Ribeirão dos Porcos,<br />

Ribeirão Taboão e do Pequeno Porte do <strong>Rio</strong> Atibaia). Geologicamente, a região é<br />

constituída por diversas unidades (magmáticas, metamórficas e sedimentares). As<br />

unidades sedimentares são representadas por rochas miocênicas e pleistocênicas, além<br />

de material de origem fluvial depositado principalmente ao longo da calha do <strong>Rio</strong><br />

Atibaia. As rochas magmáticas e metamórficas são caracterizadas por xistos e gnaisses,<br />

derivados de metassedimentos, associados a metavulcânicas e metabasitos, migmatitos,<br />

destacando-se os granatíferos com estruturas bandadas e rochas graníticas em geral<br />

(Oliveira, 1986). São encontradas rochas graníticas do Complexo Socorro que se<br />

destacam pela textura porfirítica, com presença de megacristais de microclínio, presença<br />

de foliação cataclástica de baixo ângulo e feições migmatíticas. Nestes granitos é<br />

comum a ocorrência de granada. Os demais granitos pertencem ao maciço Atibaia e são<br />

bastante homogêneos, de coloração rosa. Ocorrem ainda na área rochas charnockíticas.<br />

O método geocronológico do 210 Pb proporcionará obter resultados como a concentração<br />

de 210 Pb e taxa de sedimentação na bacia em estudo, os quais auxiliarão na<br />

caracterização do intemperismo na área bem como avaliará sua aplicabilidade em<br />

iniciativas direcionadas ao planejamento territorial e ambiental.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Palavras chaves: Geocronologia, Pb-210, Intemperismo, Análises Radiométricas e<br />

Bacia do <strong>Rio</strong> Atibaia.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: O método geocronológico do<br />

Pb-210 aplicado no estudo de processos intempéricos na Bacia do <strong>Rio</strong> Atibaia (SP);<br />

Linha de pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou quasi superficiais;<br />

data de entrada na pós-graduação: 03/03/2006; nº de créditos concluídos: 40; data<br />

prevista de defesa: 05/03/2010; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ESTUDO DE DEFEITOS ASSOCIADOS A CARBONATOS EM PISOS E<br />

REVESTIMENTOS CERÂMICOS POR VIA SECA FABRICADOS NO PÓLO<br />

CERÂMICO DE SANTA GERTRUDES<br />

TERCILIO DE ALMEIDA COUTINHO JUNIOR<br />

E-mail: terciliocoutinho@hotmail.com<br />

Orientador: Maria Margarita Torres Moreno<br />

Nos últimos anos a contaminação, a economia de energia, a mecanização e a<br />

automatização das instalações, tem sido o tema de numerosos encontros e<br />

manifestações, organizados pelas indústrias, associações e organizações, direta ou<br />

indiretamente interessados na produção cerâmica devido a suas implicações sociais e<br />

políticas, além das técnicas e econômicas. Dentro deste contexto o assunto “defeito“ ou<br />

então “qualidade” de um material será sempre atual, porque a melhoria da qualidade é<br />

um problema sempre “aberto” e “eterno” da produção. O controle de um defeito<br />

pressupõe o conhecimento de sua origem para ser eliminado satisfatoriamente. No caso<br />

da matéria-prima da formação do Corumbataí os mecanismos de formação de defeitos<br />

nas peças cerâmicas não são bem conhecidos e as soluções adotadas seguem processos<br />

empíricos. Estes nem sempre funcionam devido a que um mesmo defeito poder ter<br />

origens diferentes ou as variações de processo adotados nas diferentes fábricas<br />

minimizam ou acentuam sua ocorrência. Os equipamentos atuais de pesquisa,<br />

associados à experiência, permitem investigações mais apuradas capazes de indicar as<br />

causas e os limites de segurança que impeçam o aparecimento dos defeitos durante o<br />

processo de fabricação. Os carbonatos são minerais sempre presentes em quantidades<br />

variáveis nas frentes de lavra da Formação Corumbataí, podendo ser encontrados de<br />

forma localizada em níveis e fraturas onde houve percolação de fluídos; em forma<br />

estratificada com material siltoso ou disseminados na rocha. As formas dominantes são<br />

calcita e dolomita, provocando defeitos por decomposição incompleta ou tardia (reação<br />

de CaO com o esmalte) ou hidratação posterior. Este projeto pretende estudar os<br />

defeitos produzidos por carbonatos, quantificando os limites de tolerância quanto a<br />

porcentagem na massa, tamanho de grão, minerais associados e curva de queima<br />

utilizada no processo de fabricação, levando em consideração os efeitos do acabamento<br />

da superfície. A contaminação, a economia de energia, a mecanização e a automatização<br />

das instalações nestes últimos anos, tem sido o objeto de numerosos encontros e<br />

manifestações, organizados por indústrias, associações e organizações, direta ou<br />

indiretamente interessados na produção cerâmica. O assunto “defeito“ ou então<br />

“qualidade” de um material será sempre atual e nunca será “obsoleto”, porque a<br />

melhoria da qualidade é um problema sempre “aberto” e “eterno” da produção. A<br />

eliminação de um defeito pressupõe sempre o conhecimento de sua origem. No caso da<br />

matéria-prima da formação do Corumbataí os mecanismos de sua formação não são<br />

bem conhecidos, as soluções adotadas seguem processos empíricos, que nem sempre<br />

funcionam devido a que um mesmo defeito poder ter origens diferentes. O objetivo do<br />

presente trabalho é estudar as causas dos principais defeitos produzidos pelas argilas no<br />

processo de fabricação de pisos e revestimentos via seco e encontrar explicações<br />

cientificas para os problemas e direcionar as soluções cabíveis.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo de Defeitos<br />

Associados a Carbonatos em Pisos e Revestimentos Cerâmicos por via Seca Fabricados<br />

no Pólo Cerâmico de Santa Gertrudes; Linha de pesquisa: Recursos minerais metálicos<br />

e não-metálicos; data de entrada na pós-graduação: 05/03/2006; data prevista de defesa:<br />

05/03/2010; Possui bolsa: sim ; Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

MÉTODO DE TRAÇOS DE FISSÃO EM EPÍDOTO: ESTUDO DE<br />

ANNEALING<br />

WAGNER MASSAYUKI NAKASUGA<br />

E-mail: wamassa@gmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Peter Christian Hackspacher<br />

Co-Orientador: Dr. Eduardo Augusto Campos Curvo<br />

Os minerais, em geral, possuem algumas partes por milhão de urânio como impureza. O<br />

U-238, isótopo mais abundante do urânio natural, pode fissionar espontaneamente<br />

originando uma zona linear desarranjada (traços latentes) devido à carga e massa dos<br />

fragmentos da fissão. Esses traços latentes são termicamente instáveis, ou seja, com<br />

temperaturas relativamente elevadas pode-se ter um retorno dos átomos deslocados<br />

durante a formação do traço, ocasionando a reconstrução da rede cristalina do mineral<br />

nas imediações desta zona desarranjada, processo que é denominado “annealing” dos<br />

traços de fissão. Para análise dos traços em microscopia óptica é necessário que o<br />

mineral seja submetido a um ataque químico conveniente, para que os traços tenham seu<br />

tamanho aumentado (revelação dos traços). Realizando análises dos comprimentos dos<br />

traços e a sua densidade superficial (número de traços por unidade de superfície) podese<br />

obter a idade na qual os traços começaram a ser gravados. Isso pode expedir à<br />

formação do mineral, ou a algum evento geológico que apagou total ou parcialmente os<br />

traços pré-existentes. No caso do epídoto, é um mineral que possui cerca de 200 μg de<br />

urânio por grama do mineral (Wagner et al., 1992) e uma temperatura de fechamento de<br />

traços superior a 300ºC. Essas características, juntamente com o fato da “epidotização”<br />

ocorrer em falhas geológicas, tornam seu estudo muito atraente. Na década de 70 a<br />

comunidade científica tentou utilizá-lo para a realização de datações, contudo resultados<br />

discrepantes desencorajaram sua utilização (Naeser et al., 1970 e Saini et al., 1978).<br />

Entretanto, as potencialidades encerradas neste mineral, como sua temperatura de<br />

fechamento superior à da apatita (o termocronômetro atualmente mais utilizado),<br />

justificam a continuação de trabalhos relacionados ao mesmo, tendo em vista sua<br />

utilização no Método dos Traços de Fissão (MTF), bem como a aplicação dessa<br />

metodologia na investigação de eventos geotérmicos. No presente trabalho pretende-se<br />

obter um conjunto de dados de annealing através de aquecimentos de 1, 10 e 100 horas<br />

para 10 valores diferentes de temperatura, o que torna possível obter uma curva de<br />

correção de idades e obter parâmetros de ajuste nos modelos de annealing.<br />

Palavras-chave: traços de fissão, annealing, epídoto.<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Caracterização Estrutural do<br />

Depósito de Au e Cu do Município de Paran, Região de Huaura – Peru; data de entrada<br />

na pós-graduação: 03/2007; data prevista de defesa: 03/2009; Possui bolsa: sim;<br />

Agência: CNPq.<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DO DEPÓSITO DE Au E Cu DO<br />

MUNICIPIO DE PARAN, REGIÃ DE HUAURA, PERU<br />

WAGNER ROBERTO HANSTED POCAY<br />

E-mail: wrhpocay@gmail.com<br />

Orientador: Prof. Dr. Luis Sérgio Amarante Simões<br />

Este trabalho é resultado do mapeamento do prospecto de Au e Cu denominada Invicta,<br />

localizada nas proximidades da cidade de Paran, província de Huaura, Peru. Durante<br />

este mapeamento foram reconhecidos três tipos de eventos magmáticos, sendo estes<br />

representados por uma sucessão de eventos que formam várias seqüências andesíticas e<br />

de brechas e tufos vulcânicas, um evento posterior que é representado pela intrusão do<br />

Batólito Costeiro, cuja rocha encontrada pertencente a este evento foi um diorito, e por<br />

fim o evento de posterior que gera diques de andesitos, riolitos e dioritos, assim como<br />

intensas silicificações. Este estudo não está concluído sendo que falta uma melhor<br />

caracterização petrográfica das rochas. O principal enfoque do trabalho é a<br />

caracterização das várias estruturas que estão presentes na área, que é localizada no<br />

contexto tectônico da Cordilheira Andina Ocidental, onde ocorrem grandes lineamentos<br />

com direções NNW, e alguns com direções NE. Na área estudada são encontradas três<br />

direções principais de estruturas: NW, NE e E-W. Estas três direções são de extrema<br />

importância econômica para o prospecto já que em alguns casos, as falhas pertencentes<br />

à estes trends possuem veios mineralizados em ouro e cobre principalmente. Os dados<br />

colhidos foram concentrados nas estruturas que encaixavam veios mineralizados e assim<br />

extrapolou-se a caracterização destes resultados para as demais estruturas pertencentes a<br />

mesma família. No caso da família NW foram coletadas medidas de um veio de<br />

espessura variando de 2 a 5 metros e de comprimento em torno de 150 metros. Com os<br />

dados colhidos foi possível caracterizar as estruturas NW como sendo uma fase<br />

transcorrente sinistral, gerada por esforços E-W coerentes com o que atualmente é<br />

entendido para a Cordilheira Andina. Para a família NE, foram coletados dados em dois<br />

veios, um com comprimento em torno de 120 metros e espessura variando de 2 a 4<br />

metros, e outro com comprimento de 550 metros e espessura variando de 5 a 20 metros.<br />

As falhas NE mostram um evento cujo esforço principal de encurtamento é provindo de<br />

SE, com baixo ângulo de mergulho, sugerindo assim uma falha de mergulho para este<br />

sistema. O sistema de falhas E-W não foi caracterizado já que, apesar de apresentar<br />

mineralização, não é tão importante quanto os outros sistemas já descritos, e os dados<br />

colhidos não são estatisticamente confiáveis. As principais conclusões atingidas até o<br />

momento foram um melhor mapa geológico da área, onde são interpretadas e inferidos<br />

alguns contatos, a separação de unidades com maior critério, e a caracterização da falha<br />

que controla o veio de direção NW, que possui caráter transcorrente sinistral, enquanto<br />

que a falha que controla os veios NE possui caráter de mergulho.<br />

Palavras-chave: caracterização estrutural, mineralização de ouro, mapeamento<br />

estrutural.<br />

98


II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: MÉTODO DE TRAÇOS DE<br />

FISSÃO EM EPÍDOTO: ESTUDO DE ANNEALING; Linha de pesquisa: Estudos da<br />

evolução da crosta terrestre em áreas cristalinas; data de entrada na pós-graduação:<br />

08/2008; data prevista de defesa: 08/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />

99


A<br />

AMORIM, G. M. 67<br />

ANDRADE, L. R. M. 77<br />

B<br />

BARROS, D. F. 62<br />

BASSO, J. B. 35<br />

BORTOLIN, J. R. M. 33<br />

C<br />

CARVALHO, C. S. 59<br />

CASTELLO, L. Z. 38<br />

COELHO, J. O. M. 36<br />

CORRADINI, F. A. 26<br />

CORRÊA, F. S. 28<br />

CORVALÁN, S. B. 50<br />

COUTINHO JUNIOR, T. A. 95<br />

D<br />

DAL MAGRO, E. F. 19<br />

DAVID, J. M. 75<br />

DEL ROVERI, C. 56<br />

DINIZ, S. F. 47<br />

F<br />

FELIPE, L. B. 37<br />

FERREIRA, M. V. 41<br />

FRANCO, A. O. B. 53<br />

G<br />

GEROTO, C. F. C. 54<br />

GOMES, A. R. 12<br />

GOMIG, E. G. 23<br />

II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

ÍNDICE - AUTORES<br />

100<br />

GRADELLA, F. S. 30<br />

K<br />

KUERTEN, S. 46<br />

L<br />

LIMA, R. H. C. 83<br />

LOBO, H. A. S. 31<br />

M<br />

MANFREDINI, C. 15<br />

MARTINS, P. T. A. 42<br />

MELO, R. P. 86<br />

MOREIRA, C. A. 14<br />

MOURA, C. A. 17<br />

N<br />

NAKASUGA, W. M. 97<br />

NASCIMENTO, M. B. 79<br />

NEREGATO, R. 84<br />

NERY, J. R. C. 73<br />

NEVES, J. P. 69<br />

O<br />

OLIVEIRA, C. E. M. 55<br />

P<br />

PASSARELLA, S. M. 90<br />

PAULA, B. L. 13<br />

PAULO, P. O. 81<br />

PEDRAZZI, F. J. M. 65<br />

PERINOTTO, R. R. C. 44


POCAY, W. R. H. 98<br />

PUPIM, F. N. 25<br />

R<br />

RIBEIRO, L. S. 40<br />

ROCHA, R. R. 88<br />

ROMERO, A. F. 9<br />

S<br />

SABARIS, T. P. P. 93<br />

SARDINHA, D. S. 63<br />

SANTOS, C. M. 58<br />

SANTOS, F. S. M. 27<br />

SANTOS, V. C. 51<br />

SILVA, A. 11<br />

SILVA, J. A. 71<br />

SILVA, S. R. 49<br />

SILVA FILHO, E. P. 21<br />

SOARES, C. J. 60<br />

T<br />

TAVARES, T. M. V. 91<br />

V<br />

VERONA, J. D. 32<br />

II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências<br />

12 e 13 de Novembro de 2008<br />

Prédio da Pós-Graduação em Geociências “Prof. Dr. Hans Dirk Ebert”<br />

Avenida 24A, 1515, Bela Vista<br />

13.506-900 <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> - SP<br />

E-mail: eppg@rc.unesp.br<br />

Web: http://www.rc.unesp.br/igce/geologia/gl/enc_insc.php<br />

102

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