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Arte e arquitetura moderna na obra de Luís Fernando Corona em ...

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volume sinuoso do térreo, reforçam o t<strong>em</strong>a da complexida<strong>de</strong> da articulação <strong>de</strong> episódios<br />

volumétricos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um quadro <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. Abaixo <strong>de</strong>sses volumes, <strong>em</strong> ambos os lados, uma<br />

série <strong>de</strong> treze aberturas retangulares ventila as salas localizadas no subsolo. As escadas, nessas<br />

duas fachadas, marcam o fim do subsolo e o acesso ao pórtico <strong>de</strong> entrada no térreo.<br />

Na fachada leste acontece a entrada do subsolo e acima, no térreo, surge uma esquadria <strong>de</strong><br />

altura integral, centralizada <strong>em</strong> relação à extensão da fachada, atrás da qual se mostra a escada<br />

monumental <strong>em</strong> espiral como escultura monumental. Acima do nível dos pilotis, os cinco<br />

pavimentos-tipo, correspon<strong>de</strong>ntes ao corpo do edifício, são <strong>em</strong>oldurados pelas lajes e pelas<br />

<strong>em</strong>pe<strong>na</strong>s laterais, sendo fechados com esquadrias <strong>em</strong> fita da altura do pavimento. As esquadrias<br />

estão colocadas à frente da linha <strong>de</strong> pilares e possu<strong>em</strong> modulação <strong>de</strong> 1,20m, submúltiplo do<br />

intercolúnio <strong>de</strong> 8,40m. O rigor e o controle presentes <strong>em</strong> todas as partes do projeto são<br />

encontrados também <strong>na</strong> estereotomia das fachadas, on<strong>de</strong> o revestimento <strong>em</strong> granito é modulado,<br />

coincidindo com as medidas <strong>de</strong> altura, comprimento e largura dos pavimentos e das lajes.<br />

Os dois últimos andares são ocupados pelo Tribu<strong>na</strong>l Pleno, Câmara Cível e Crimi<strong>na</strong>l (6º andar) e<br />

pelo restaurante e terraço (7º andar). O tratamento dado a esses pavimentos caracteriza o<br />

coroamento do edifício. Tal como <strong>na</strong> base, on<strong>de</strong> ocorre um jogo <strong>de</strong> recuos e projeções, o<br />

coroamento introduz uma diversificação <strong>em</strong> relação aos cinco pavimentos regulares que o<br />

antece<strong>de</strong>m. As colu<strong>na</strong>s voltam a aparecer <strong>na</strong> fachada, três <strong>de</strong> cada lado do painel <strong>em</strong> relevo,<br />

posicio<strong>na</strong>do no centro do coroamento. Do lado esquerdo do painel, <strong>na</strong> fachada leste, on<strong>de</strong> está<br />

localizado o Tribu<strong>na</strong>l Pleno, com pé direito duplo, as três colu<strong>na</strong>s aparec<strong>em</strong> inteiras e atrás <strong>de</strong>las<br />

estão as esquadrias do 6º andar, que dão acesso ao terraço, também com dupla altura. Sobre as<br />

esquadrias, painéis <strong>em</strong> relevo faz<strong>em</strong> o fechamento <strong>de</strong>sse plano. Do lado direito do painel, nessa<br />

mesma fachada, as três colu<strong>na</strong>s são interrompidas pela laje do 7º pavimento, on<strong>de</strong> está o terraço<br />

do restaurante. No pavimento abaixo, a esquadria atrás das colu<strong>na</strong>s separa o terraço da área das<br />

câmaras cível e crimi<strong>na</strong>l. Na fachada oposta, a solução adotada é a mesma, exceto pelo térreo,<br />

on<strong>de</strong> não há nenhum tipo <strong>de</strong> abertura e, do 1º ao 5º pavimento, on<strong>de</strong> há a presença dos brises<br />

verticais móveis <strong>em</strong> alumínio para o controle da insolação oeste. Estes brises confer<strong>em</strong> ao mesmo<br />

t<strong>em</strong>po unida<strong>de</strong> e di<strong>na</strong>mismo ao corpo principal do volume.<br />

O edifício construído apresenta, entre outras alterações <strong>de</strong>correntes da modificação das funções<br />

estabelecidas no concurso e por a<strong>de</strong>quações estruturais e <strong>de</strong> equipamentos, o aumento do<br />

coroamento que altera ligeiramente as proporções do edifício. Tais diferenças com relação ao<br />

projeto <strong>de</strong> 1952 são registradas nos <strong>de</strong>senhos publicados pela revista Espaço Arquitetura nº1, <strong>de</strong><br />

nov<strong>em</strong>bro e <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1958.<br />

O Palácio da Justiça é importante pioneiro como <strong>obra</strong> <strong>mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong></strong> madura <strong>em</strong> Porto Alegre. O<br />

projeto origi<strong>na</strong>l <strong>de</strong> 1952 contém el<strong>em</strong>entos básicos da <strong>arquitetura</strong> <strong>de</strong> Le Corbusier com t<strong>em</strong>pero<br />

brasileiro, produzido pelo grupo carioca a partir <strong>de</strong> 1936 (Lúcio Costa, Oscar Ni<strong>em</strong>eyer e outros).<br />

As faces curtas opacas, combi<strong>na</strong>das às fachadas longas envidraçadas, l<strong>em</strong>bram o Pavilhão Suíço

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