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Arte e arquitetura moderna na obra de Luís Fernando Corona em ...

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Introdução<br />

<strong>Arte</strong> e <strong>arquitetura</strong> <strong>mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong></strong> <strong>na</strong> <strong>obra</strong> <strong>de</strong> <strong>Luís</strong> Fer<strong>na</strong>ndo Coro<strong>na</strong><br />

<strong>em</strong> Porto Alegre<br />

Tendo atuado entre 1950 e 1977, o arquiteto <strong>Luís</strong> Fer<strong>na</strong>ndo Coro<strong>na</strong> (1923-77) <strong>de</strong>ixou uma <strong>obra</strong><br />

pouco numerosa, cuja importância ainda precisa ser afirmada no contexto da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

gaúcha. Formado <strong>em</strong> 1950 <strong>na</strong> capital gaúcha, Coro<strong>na</strong> participou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo do esforço pela<br />

afirmação da <strong>arquitetura</strong> <strong>mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong></strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong>. Autor <strong>de</strong> muitas residências, ele é responsável por<br />

três importantes edifícios <strong>em</strong> altura no centro <strong>de</strong> Porto Alegre: o edifício Jaguaribe (1951), a se<strong>de</strong><br />

do Tribu<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Justiça do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (Palácio da Justiça, 1952) e a se<strong>de</strong> da Companhia<br />

Rio-gran<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Telecomunicações (CRT, 1964). O fato <strong>de</strong> <strong>Luís</strong> Fer<strong>na</strong>ndo Coro<strong>na</strong> ter assi<strong>na</strong>do<br />

estas <strong>obra</strong>s <strong>em</strong> co-autoria dissimula o papel fundamental que teve <strong>em</strong> sua concepção,<br />

comprovado pela presença dos t<strong>em</strong>as que caracterizam sua produção individual e por<br />

test<strong>em</strong>unhos <strong>de</strong> colegas. Filho do espanhol Fer<strong>na</strong>ndo Coro<strong>na</strong> (1895-1979), escultor e arquiteto<br />

autodidata <strong>de</strong> produção importante <strong>em</strong> Porto Alegre, <strong>Luís</strong> Fer<strong>na</strong>ndo herdou o pendor artístico do<br />

pai. Contudo, esta herança se manifestou <strong>em</strong> termos da manipulação artística <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos<br />

arquitetônicos. Em suas fachadas se percebe a idéia da composição artística por meio do<br />

<strong>em</strong>prego <strong>de</strong> muros e faixas com diferentes texturas, revestimentos ou cores, da exploração dos<br />

el<strong>em</strong>entos vazados e fenestração seriada e do uso <strong>de</strong> superfícies <strong>em</strong> recesso ou ressalto<br />

animando tridimensio<strong>na</strong>lmente a configuração dos volumes.<br />

Edifício Jaguaribe<br />

A história do Edifício Jaguaribe inicia com a compra do terreno localizado <strong>na</strong> esqui<strong>na</strong> da Avenida<br />

Salgado Filho com a Rua Vigário José Inácio, no centro <strong>de</strong> Porto Alegre. O <strong>em</strong>presário Romeu<br />

Pianca e sua filha, Malvi<strong>na</strong> Pianca, <strong>de</strong>sejavam construir um edifício resi<strong>de</strong>ncial para a classe<br />

média alta <strong>de</strong> Porto Alegre, conjugado a um cin<strong>em</strong>a <strong>de</strong> luxo. O projeto do <strong>em</strong>preendimento da<br />

firma M. Pianca foi confiado a um amigo <strong>de</strong> Romeu, o arquiteto Fer<strong>na</strong>ndo Coro<strong>na</strong>, que por sua vez<br />

convidou seu filho, <strong>Luís</strong> Fer<strong>na</strong>ndo Coro<strong>na</strong>, para participar do trabalho.<br />

A primeira perspectiva do edifício foi publicada no Jor<strong>na</strong>l Correio do Povo <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1951<br />

sob o anúncio do “Alteroso Edifício Jaguaribe” com 20 andares (um dos maiores edifícios da<br />

capital), a ser construído pelo engenheiro Paulo Ricardo Levacov. O <strong>em</strong>preendimento possuía um<br />

subsolo com estacio<strong>na</strong>mento para quarenta carros e uma base comercial on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacava o

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