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TERMOGRAFIA - ITEAG - Instalações Técnicas Especiais

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<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

31-03-2010 Teoria, Procedimentos e Vantagens<br />

Enquadramento Teórico de Termografia Infravermelho,<br />

Vantagens da Manutenção Preditiva, Procedimentos, e<br />

Vantagem Competitiva <strong>ITEAG</strong>.<br />

João Afonso<br />

afonso@iteag.net<br />

www.iteag.net


<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

I N T R O D U Ç Ã O / E N Q U A D R A M E N T O T E Ó R I C O<br />

História da Termografia<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

Nos tempos mais remotos da história os antigos filósofos e médicos gregos de que tanto ouvimos falar hoje<br />

em dia (Platão, Aristóteles, Hipócrates e Galeno) fascinaram-se com o reconhecimento da relação entre o<br />

calor e a vida. A origem do calor humano não era sequer questionada. Por outro lado, os antigos tentavam<br />

perceber os meios pelos quais o calor era libertado do corpo. A respiração era vista como um mecanismo<br />

óbvio de refrigeração, pois podia sentir-se a temperatura quente ou fria do ar expirado.<br />

Hipócrates verificou que existiam variações de temperatura em diferentes zonas do corpo humano<br />

considerando o aumento do calor humano em certa zona como principal diagnóstico de doença localizada.<br />

Hipócrates apercebia-se de zonas quentes pelo tacto, obtendo a confirmação científica utilizando um método<br />

de cobertura de lama observando qual a zona onde a lama endurecia primeiro. Esta foi a técnica que fez<br />

nascer a Termografia.<br />

Os antigos conceitos de calor corporal foram retomados pela descoberta e desenvolvimento do primeiro<br />

termómetro de ar, em 1592, pelo astrónomo Galileu. Este instrumento rudimentar fornecia somente indicações<br />

de bruscas mudanças de temperatura, não havia escalas de medida e era influenciado pela pressão<br />

atmosférica.<br />

Boullian, em 1659, modificou o termómetro introduzindo mercúrio dentro de um tubo de vidro. Mais tarde,<br />

Fahrenheit, Celsius e Joule contribuíram com o desenvolvimento das escalas termométricas. A escala<br />

termométrica de Anders Celsius, conhecida como escala de graus centígrados, ganhou aceitação em França e<br />

Alemanha, enquanto que a escala de Fahrenheit permaneceu popular em Inglaterra e nos Estados Unidos. O<br />

termómetro não era utilizado regularmente para confirmar ou documentar a temperatura interna do corpo<br />

humano e caiu em esquecimento por cerca de 200 anos.<br />

Embora, a febre fosse muito discutida, durante o século XVIII, os médicos não analisavam regularmente a<br />

temperatura de seus pacientes, apesar da temperatura média normal já ter sido estabelecida na época por<br />

Bequerel e Brechet em 37º C.<br />

Portanto, as fontes de calor naturais e artificiais começavam a despertar algum interesse junto dos estudiosos,<br />

filósofos e investigadores. A termografia é uma técnica que surge bastante mais tarde, mas que têm em<br />

conta toda a investigação realizada pelos antigos (ainda que realizada com fins medicinais). Em 1884,<br />

Boltzmann mostrou como a lei empírica do corpo negro de Josef Stefan, formulada em 1879, poderia ser<br />

derivada dos princípios físicos termodinâmicos. Boltzmann chegou conclusivamente à seguinte fórmula:<br />

Radiação = Temperatura 4 x Constante


<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

Consequentemente, Boltzmann foi chamado o pai da termografia infravermelha. Neste tipo de técnica, um<br />

pequeno processador dentro do aparelho usa esta fórmula para prever com precisão a temperatura do<br />

alvo.<br />

A primeira patente de um pirómetro óptico surge 15 anos mais tarde, em 1899, por parte de Morse (Figura<br />

1). Holborn e Kurlbaum, aparentemente sem saber da sua existência, desenvolveram um aparelho similar dois<br />

anos mais tarde, em 1901.<br />

1 - PRIMEIRO PIRÓMETRO ÓPTICO (MORSE)<br />

Em 1913, L. Bellingham apresentou um método para detectar a presença de icebergs e navios a vapor<br />

usando um espelho e uma termopilha. O seu termómetro de IV apresenta melhorias em relação ao pirómetro<br />

óptico porque com ele era possível detectar objectos com temperatura inferior à temperatura ambiente<br />

(Figura 2).<br />

2 - TERMÓMETRO DE INFRAVERMELHOS (L. BELLINGHAM)<br />

A evolução de aparelhos de detecção de temperatura em objectos foi surgindo ao longo do século XIX, em<br />

que foram desenvolvidos Termómetros de Infravermelho de curto alcance utilizando termopilhas, termopilhas<br />

em miniatura, e cristais temoeléctricos como sensores de infravermelhos.<br />

Esta evolução permitiu o desenvolvimento da actual câmara termográfica (Figura 3), que já sofreu inúmeras<br />

alterações desde a sua versão original. A evolução tecnológica deu-se neste aparelho com o sentido de


<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

minimizar o tamanho dos componentes, tornando-o numa ferramenta mais fácil de utilizar (com mais<br />

características, opções e informações obtidas).<br />

Princípios Básicos em Termografia<br />

Corpo Negro<br />

3 - CÂMARAS TERMOGRÁFICAS GUIDE THERMOPRO TP8 E TP8S<br />

Um objecto capaz de absorver toda a radiação que incide sobre ele em qualquer comprimento de onda.<br />

Nenhuma superfície emite mais radiação IV que um corpo negro à mesma temperatura.<br />

Corpo Real<br />

As superfícies só são capazes de emitir uma determinada parte da energia. O parâmetro que determina a<br />

capacidade de emissão é a emissividade ().<br />

Emissividade<br />

A emissividade mede a capacidade de um corpo emitir energia. Definem-se a reflectividade (ρ) como a<br />

capacidade de um corpo reflectir energia. A transmissividade () mede a capacidade de um corpo transmitir<br />

energia. E a absorvidade (α) mede a capacidade de um corpo absorver energia.<br />

A reflectividade (ρ) e a transmissividade () são conceitos associados à natureza do objecto (opaco ou<br />

translúcido) e às condições atmosféricas na zona entre sensor e objecto (Figura 4).


4 - ESQUEMA DE DIRECCIONAMENTO DA ENERGIA<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

Um corpo negro possui uma emissividade = 1, um corpo cinzento possui emissividade constante porém <<br />

1 e um corpo não cinzento possui emissividade que varia ao longo de diferentes comprimentos de onda, mas<br />

que não varia consoante a temperatura.<br />

GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO ESPECTRAL DE DIFERENTES EMISSIVIDADES<br />

Num corpo não negro, uma parte da radiação total incidente é absorvida e, por conservação de energia, a<br />

restante é reflectida () na superfície e transmitido () através do corpo (ε+ρ+=1).<br />

No campo de aplicação da termografia as superfícies são na maioria das vezes opacas ao IV (=0) e a sua<br />

capacidade emissiva é constante (para T e considerados) e menor que 1, assim temos:<br />

Corpo Negro: ε=1, ρ==0<br />

Corpo Cinzento: ε+ρ=1<br />

Corpo Transparente: =1, ρ=ε=0<br />

Espelho Perfeito: ρ=1, ε==0


Um corpo real tem uma emissão dada pela Lei de Stefan-Boltzmann :<br />

W= Potencia radiante [W/m 2]<br />

W = σ ε T 4<br />

σ = Constante de Stefan-Boltzmann [5,7x10-8 W/K4m2] T = Temperatura absoluta [K]<br />

ε = Emissividade<br />

Emissividades típicas consideradas em termografia<br />

TABELA 1 - VALORES DE EMISSIVIDADE (NÃO METAIS)<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong>


Leis da Radiação (Lei de Planck, Lei de Wien)<br />

TABELA 2 - VALORES DE EMISSIVIDADE (METAIS)<br />

GRÁFICO 2 - RELAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO ESPECTRAL DA RADIAÇÃO TÉRMICA COM A TEMPERATURA<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong>


Radiação Térmica<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

A radiação térmica ou transmissão de calor por radiação, é a taxa de emissão de energia de um dado<br />

material, dada a sua temperatura. A radiação térmica está relacionada com a energia libertada devido às<br />

oscilações ou transições dos electrões, átomos, iões ou moléculas mantidos pela energia interna do material.<br />

Toda a forma de matéria com temperatura acima do zero absoluto emite energia térmica.<br />

A lei de Planck descreve, matematicamente, a quantidade de energia emitida por um material numa dada<br />

temperatura, para cada comprimento de onda ().<br />

Porém, a lei de Panck aplica-se apenas a radiadores perfeitos, que teoricamente emitem a uma taxa de<br />

100% da energia armazenada em forma de calor. Esta teoria não passa disso mesmo, por exemplo; nos<br />

gases ou outros materiais transparentes (materiais com absorção interna desprezível), a energia térmica<br />

irradia-se através de seu volume. Para materiais com alta absorção interna, como os metais, apenas algumas<br />

centenas de camadas atómicas mais externas contribuem para a emissão de energia térmica.<br />

Os comprimentos de onda utilizados para a medição de temperatura compõem o chamando espectro<br />

electromagnético, onde está o espectro IV. A zona visível abrange comprimentos de onda entre 0,4 μm e 0,7<br />

μm, e os IV entre 0,7μm e 1000 μm. Os pirómetros de IV usam a banda entre 5 μm e 20 μm.<br />

5 - ESPECTRO ELECTROMAGNÉTICO


Radiação dos corpos reais<br />

Condicionantes (externos ao sistema)<br />

Emissividade da superfície<br />

6 - DISSIPAÇÃO DE ENERGIA PELOS CORPOS<br />

Capacidade do corpo para radiar energia na banda infravermelha.<br />

Absorção atmosférica<br />

Redução da radiação que chega á lente ao atravessar a atmosfera.<br />

Temperatura ambiente<br />

Proporção da radiação vinda do exterior reflectida na superfície.<br />

7 - ESQUEMA DE RECEPÇÃO DE DADOS PELA CÂMARA TERMOGRÁFICA<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong>


Á R E A S D E A P L I C A Ç Ã O<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

A termografia não é uma tecnologia nova, antes pelo contrário. A recente evolução tecnológica direccionou a<br />

termografia para áreas como a manutenção industrial, tornando-a numa ferramenta crucial e imprescindível<br />

na manutenção preditiva em empresas.<br />

Na Natureza; todos os corpos, pelo facto de se encontrarem a uma temperatura superior ao zero<br />

absoluto emitem radiação térmica.<br />

A termografia consiste na técnica de estudo da temperatura dos corpos através da radiação infravermelho<br />

emitida. Como pode ser observado nas Figuras 8 e 9, uma câmara termográfica sensível às radiações IV<br />

descodifica a imagem em cores equivalentes às diferentes temperaturas (teoricamente: cores frias significam<br />

baixas temperaturas e cores quentes significam altas temperaturas), possibilitando assim a identificação das<br />

áreas cujas temperaturas são anómalas.<br />

Em electricidade e electrónica, a monitorização constante e a detecção precoce de alterações na<br />

temperatura de um determinado componente (devido, por exemplo, à sobrecarga energética ou vida útil<br />

comprometida) permitem a prevenção de falhas de maquinaria e consequentes perdas de produtividade,<br />

além de resultar em redução significativa nos custos com manutenção correctiva.<br />

8 - DISJUNTOR DM1.14 9 – IMAGEM TERMOGRÁFICA DE DISJUNTOR DM1.14<br />

Resumindo e descrevendo o Serviço de Termografia, trata-se de um método de detecção da distribuição de<br />

energia térmica emitida pela superfície de um ou vários corpos ou objectos. É uma técnica não destrutiva que<br />

utiliza os raios infravermelhos para medir temperaturas ou observar padrões diferenciais de distribuição de<br />

temperatura. Esta técnica fornece informações úteis relativas às condições operacionais de um componente,<br />

equipamento ou processo.


Na <strong>ITEAG</strong>, a termografia é aplicada às seguintes áreas:<br />

Edifícios e construção civil<br />

Fugas caloríficas<br />

Perdas energéticas pelas janelas<br />

Problemas de isolamento<br />

Humidades internas<br />

<strong>Instalações</strong> Eléctricas<br />

Aquecimento nos accionamentos<br />

Aquecimento em bornes<br />

Radiadores de refrigeração dos transformadores<br />

Conexões com binários de aperto incorrectos<br />

Maus Contactos<br />

Sobrecargas<br />

Ensaios Não Destrutivos<br />

Aquecimentos em barramentos<br />

Aquecimentos em cabos e condutores<br />

Aquecimentos em aparelhagem de protecção e manobra<br />

T E R M O G R A F I A E M M A N U T E N Ç Ã O<br />

Termografia aplicada à Manutenção Preditiva<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

A apresentação de imagens térmicas tornou-se numa das mais valiosas ferramentas de diagnóstico de<br />

manutenção preditiva. Através da detecção de anomalias, muitas vezes invisíveis a olho nu, a termografia<br />

permite acções correctivas tomadas antes que uma falha (na maior parte das situações, bastante<br />

dispendiosa) ocorre no sistema. As câmaras de infravermelhos tornaram-se em sistemas compactos, como<br />

câmaras de vídeo normais, são fáceis de usar e geram imagens de alta resolução em tempo real. Existem<br />

muitas indústrias em todo o mundo que já descobriram as vantagens das câmaras de imagem térmica:<br />

Tão fáceis de usar como uma câmara de vídeo;<br />

Fornecem um quadro completo da situação;<br />

Realizam inspecções com os sistemas operacionais em utilização;<br />

Identificam e localizam o problema;<br />

Medem a temperatura;<br />

Armazenam as Informações;<br />

Encontram os problemas antes que eles ocorram.


V A N T A G E N S D A M A N U T E N Ç Ã O P R E D I T I V A<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

A manutenção preditiva não substitui totalmente os métodos tradicionais de manutenção. Mas esta filosofia<br />

traduz-se num valioso aditivo para a constituição de um programa abrangente de manutenção. Enquanto os<br />

programas tradicionais de manutenção se baseiam em serviços de rotina de todos os equipamentos e<br />

resposta rápida a falhas inesperadas, um programa de manutenção preditiva planeia tarefas específicas de<br />

manutenção, somente quando forem de facto necessárias. Não eliminando totalmente os aspectos dos<br />

programas tradicionais preventivos e correctivos, a manutenção preditiva pode reduzir o número de falhas<br />

inesperadas, bem como fornecer uma ferramenta de programação mais confiável para tarefas rotineiras de<br />

manutenção preventiva.<br />

A mais-valia da manutenção preditiva tem que ver com a monitorização regular das condições reais dos<br />

equipamentos, e do rendimento operacional dos sistemas. A manutenção preditiva pode assegurar o<br />

intervalo máximo entre intervenções de reparação. Outra vantagem é a minimização do número e do custo<br />

de situações inesperadas criadas por falhas de equipamento.<br />

Em 1998, o D. Eng. Márcio Tadeu de Almeida (Professor da Escola Federal de Engenharia de Itajubá, Minas<br />

Gerais, Brasil) desenvolveu um estudo junto de 500 fábricas que implementaram com sucesso métodos de<br />

manutenção preditiva, o qual demonstra resultados, em média, bastante positivos:<br />

TABELA 3 - VANTAGENS DA MANUTENÇÃO PREDITIVA<br />

Vantagem Unidade Percentual<br />

1. Redução em Custos de Manutenção 50 a 80%<br />

2. Redução em Falhas de Equipamento 50 a 60%<br />

3. Redução em Stock de Peças para Reparação 20 a 30%<br />

4. Redução em Horas Extraordinárias para Manutenção 20 a 50%<br />

5. Redução no Tempo de Inactividade de Equipamentos 50 a 80%<br />

6. Aumento do Ciclo de Vida dos Equipamentos 20 a 40%<br />

7. Aumento de Produtividade 20 a 30%<br />

8. Aumento de Lucros 25 a 60%<br />

1. Redução em Custos de Manutenção<br />

O levantamento indicou que os custos reais normalmente associados à manutenção foram reduzidos em mais<br />

de 50%. A comparação dos custos de manutenção incluía a mão-de-obra real e overhead do departamento<br />

de manutenção, bem como o custo real de materiais de peças de reparação, ferramentas, e outros<br />

equipamentos requeridos para manter o equipamento das fábricas. A análise não incluía tempo de produção<br />

perdida, variâncias na mão-de-obra directa, ou outros custos que podem ser directamente atribuídos a<br />

práticas ineficientes de manutenção.


2. Redução em Falhas de Equipamento<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

A adição de monitorização regular das condições reais dos equipamentos reduziu o número de falhas<br />

inesperadas numa média de 55%. A comparação baseou-se na frequência de falhas inesperadas em<br />

equipamentos, isto é, em número e intervalo, antes da implementação do programa de manutenção preditiva<br />

e a taxa de falha durante o período de dois anos após a adição da monitorização de condições ao<br />

programa. As projecções dos resultados do levantamento indicam que podem obter-se reduções de 90% -<br />

usando a monitorização regular das condições reais do equipamento.<br />

3. Redução em Stock de Peças para Reparação<br />

A capacidade de pré-determinar as peças defeituosas para reparação, ferramentas, e as habilitações de<br />

mão-de-obra exigidas, garantiram a redução tanto em tempo de reparação como em custos. Os custos que<br />

envolvem stock de peças para reparação ou substituição foram reduzidos em mais de 30%. Ao invés de<br />

adquirir todas as peças de reparação para stock, as zonas industriais investigadas tinham tempo suficiente<br />

para encomendar as peças de reparação ou substituição, conforme necessário. A comparação incluía o custo<br />

real de peças, e os custos de realização do stock para cada unidade fabril.<br />

4. Redução em Horas Extraordinárias para Manutenção<br />

Verificou-se que com a implementação do programa de manutenção preditiva, as fábricas investigadas<br />

passaram a realizar menos acções de manutenção aos seus equipamentos (passaram a ser efectuadas<br />

apenas quando necessário) e como tal, reduziram a mão-de-obra em horas extraordinárias na ordem dos<br />

25% em média.<br />

5. Redução no Tempo de Inactividade de Equipamentos<br />

Mostrou-se que a manutenção preditiva reduz o tempo real necessário para reparar os equipamentos da<br />

fábrica. O Tempo Médio de Reparação de equipamentos (TMR) sofreu uma redução de 60%. Para<br />

determinar a melhoria média, os tempos reais de reparação, antes do programa de manutenção preditiva,<br />

foram comparados com o tempo real para reparação após um ano de utilização de técnicas de manutenção<br />

preditiva. Verificou-se que a monitorização regular e a análise das condições do equipamento identificaram<br />

o(s) componente(s) específico(s) com avaria em cada equipamento.<br />

6. Aumento do Ciclo de Vida dos Equipamentos<br />

A prevenção de falhas graves, e a detecção antecipada de problemas nos equipamentos aumentou o ciclo<br />

de vida operacional das máquinas nas fábricas investigadas numa média de 30%. O aumento do ciclo de<br />

vida do equipamento baseou-se numa projecção a cinco anos de operação, após implementação de um<br />

programa de manutenção preditiva. O cálculo incluiu: frequência de reparações, gravidade dos danos do<br />

equipamento, e condição real do equipamento após reparação. Um programa de manutenção preditiva<br />

evita danos sérios nos equipamentos. Esta redução na gravidade dos danos aumenta o ciclo de vida<br />

operacional dos equipamentos, evitando também a propagação de defeitos.


<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

Uma das vantagens da manutenção preditiva é a capacidade automática de estimar o tempo médio entre<br />

falhas (TMF). Esta estatística fornece os meios para se determinar o tempo mais efectivo em termos de custo<br />

para substituir equipamentos, ao invés de continuar a absorver altos custos de manutenção. O TMF dos<br />

equipamentos é reduzido cada vez que ocorre uma grande intervenção de reparação ou substituição. A<br />

manutenção preditiva reduzirá automaticamente o TMF sobre a vida do equipamento. Quando o TMF atinge<br />

o ponto em que os custos de manutenção e de operação continuada excedem os custos da substituição, a<br />

máquina deve ser substituída.<br />

7. Aumento de Produtividade<br />

Em cada uma das unidades fabris investigadas, a disponibilidade dos equipamentos foi aumentada após<br />

implementação de um programa de manutenção preditiva baseado na condição real das máquinas. A média<br />

de aumento nas 500 fábricas investigadas foi de 30%. A melhoria relatada baseou-se estritamente na<br />

disponibilidade do equipamento.<br />

Um exemplo deste tipo de vantagem foca-se numa indústria alimentar investigada (a qual o autor do estudo<br />

não refere o nome), que teria tomado a decisão de construir fábricas adicionais, para colmatar as<br />

necessidades dos clientes. Usando várias técnicas de manutenção preditiva, conseguiu um aumento de 50%<br />

na sua produção, sem necessitar de construir novas fábricas.<br />

8. Aumento de Lucros<br />

Os benefícios globais da manutenção preditiva têm potenciado substancialmente a produtividade das<br />

fábricas em geral. Em todos os casos investigados, os benefícios têm compensado os custos financeiros da<br />

contratação de empresas especializadas em manutenção preditiva para implementação e monitorização de<br />

manutenções periódicas. As condições perfeitas dos equipamentos utilizados pelas empresas significam lucros<br />

no fim do ano. Isto porque, ao reduzir os custos variáveis que representam as reparações inesperadas, bem<br />

como o tempo de inactividade dos equipamentos, a empresa consegue transformar custos variáveis em lucros.<br />

Entre as vantagens demonstradas, salienta-se ainda o Aumento de Segurança de Operadores. O aviso<br />

antecipado da existência de problemas nos equipamentos ou risco de falha destrutiva evita situações que<br />

poderiam causar graves danos pessoais ou morte. Empresas que beneficiam de programas de manutenção<br />

preditiva podem ter benefícios ao nível dos seguros mantendo um historio quase isento de sinistros. Outra<br />

vantagem inerente diz respeito à Verificação das Condições de Equipamento Novo, ou seja, antes das<br />

empresas efectuarem a compra de equipamentos, a análise da sua condição pode ser determinante na<br />

resolução de problemas deste género entre clientes e fornecedores.


P R O C E D I M E N T O S D E A N Á L I S E P O R T E R M O G R A F I A IV<br />

Objectivo<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

Este procedimento tem como objectivo a definição do processo de inspecção por análise termográfica de<br />

equipamentos eléctricos.<br />

Procedimento<br />

As inspecções são realizadas por um técnico da equipa da manutenção preditiva, devidamente qualificado.<br />

É utilizado um equipamento de detecção e medição por radiação infravermelha, seguindo um protocolo préestabelecido,<br />

com uma periodicidade definida para o equipamento específico.<br />

Observação<br />

Caso sejam detectadas anomalias consideradas graves, o responsável fará através de equipamentos de<br />

ensaio, o despiste necessário à detecção do problema existente.<br />

Estes procedimentos originam de seguida a elaboração de um Relatório Técnico de Termografia, onde são<br />

apresentados os seguintes dados:<br />

1. Equipamentos Utilizados<br />

2. Equipamentos Inspeccionados<br />

3. Apresentação de Anomalias<br />

4. Filtro de Situações de Importância<br />

5. Listagem de Resultados e Respectivas Análises<br />

6. Recomendações para cada Análise<br />

Por fim, relatório é disponibilizado para download em www.iteag.net para o cliente, em ambiente protegido<br />

por palavra-chave.


V A N T A G E M C O M P E T I T I V A I T E A G<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

A vantagem <strong>ITEAG</strong> é encontrada pelo cliente a vários níveis. Desde o primeiro contacto até à entrega do<br />

relatório da inspecção. É no relatório técnico que as empresas clientes vêm a melhor das vantagens.<br />

Comparando com um relatório efectuado por outra entidade, considerando os registos de inspecções:<br />

10 - RELATÓRIO DE EMPRESA CONCORRENTE


No relatório apresentado anteriormente, o resultado Classificação B significa:<br />

(Diferença Tp-Tf entre 5 e 15ºC)<br />

<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

Componentes cuja temperatura registada é significativamente superior à temperatura de referência. Os<br />

componentes nestas condições não requerem uma intervenção de manutenção imediata, contudo, recomenda-<br />

se que o componente seja objecto de uma intervenção na próxima revisão programada.<br />

Tp Temperatura do ponto quente no momento da medição (ºC)<br />

Tf Temperatura de referência no momento da medição (ºC)<br />

11 - RELATÓRIO <strong>ITEAG</strong>


<strong>TERMOGRAFIA</strong><br />

Em análise comparativa aos dois relatórios apresentados, verifica-se a diferença de qualidade em termos de<br />

conteúdo. Portanto, em termos de conteúdos, os relatórios apresentados pela <strong>ITEAG</strong> são bastante ricos. Pode<br />

dizer-se que o primeiro relatório apresenta conclusões meramente descritivas e recomendações ambíguas<br />

(Transcrição: Verificar se os equipamentos estão a funcionar em sobrecarga), enquanto que no segundo<br />

exemplo, além das conclusões detalhadas, são apresentadas ao cliente as soluções para a resolução das<br />

anomalias detectadas (Transcrição: Este quadro está construído num único monobloco incluindo o QAC 1.3E e<br />

QAC 1.3N, encontrando-se os equipamentos muito juntos. Uma vez que se registam estas anomalias e que a<br />

solução das mesmas passa por uma alteração na cablagem, recomenda-se que seja construído um novo QAC<br />

1.3N em separado do QAC 1.3E).<br />

C O N C L U S Õ E S<br />

Após término do presente documento de investigação, pôde concluir-se que a Termografia é o mais<br />

importante, eficiente, preciso e seguro método de avaliação de instalações e componentes eléctricos pois<br />

para além de se tratar de um ensaio não destrutivo, destacam-se benefícios chave como a minimização dos<br />

riscos, redução de custos, maior segurança, e melhoria e optimização do desempenho.<br />

Analisando o caso de estudo do D. Eng. Márcio Tadeu de Almeida, conclui-se que a Manutenção Preditiva é<br />

imprescindível em todas as unidades fabris. Empresas que não utilizem programas de manutenção preditiva<br />

podem ser consideradas antiquadas em detrimento de outras que tiram máximo proveito de todos os<br />

recursos.<br />

Quanto a empresas que fornecem serviços de manutenção preditiva, filtrando para serviços de termografia,<br />

conclui-se que a <strong>ITEAG</strong> realiza inspecções analisando anomalias e recomendando qual a solução para que os<br />

equipamentos possam ter o seu ciclo de vida prolongado ao máximo. Comparando um Relatório Técnico de<br />

Termografia da <strong>ITEAG</strong> com outro de uma empresa concorrente, conclui-se que é no relatório que está a<br />

diferenciação para a concorrência. Em termos de conteúdo, os relatórios apresentados pela <strong>ITEAG</strong> são<br />

realmente muito objectivos e as recomendações são da maior utilidade para o cliente.

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