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203 Monitoramento do Fitoplâncton para a Qualidade da Água de ...

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RBRH – Revista Brasileira <strong>de</strong> Recursos Hídricos Volume 17 n.2 - Abr/Jun 2012, <strong>203</strong>-211<br />

ra<strong>do</strong>s pela Superintendência <strong>de</strong> Tratamento (Tabela<br />

2).<br />

Tabela 1 - Caracterização <strong>do</strong>s mananciais amostra<strong>do</strong>s.<br />

Manancial<br />

Tipo <strong>de</strong><br />

manancial<br />

Município<br />

<strong>de</strong><br />

localização<br />

Ocorrência <strong>de</strong><br />

florações <strong>de</strong><br />

cianobactérias<br />

B1 Barragem Santiago Sim<br />

B2 Barragem Unistal<strong>da</strong> Não<br />

B3 Barragem Vacaria Não<br />

B4 Barragem<br />

Canal pro-<br />

Farroupilha Sim<br />

C veniente<br />

<strong>de</strong> lagoa<br />

Osório Sim<br />

R Rio Canela Não<br />

Figura 1 - Localização <strong>do</strong>s municípios gaúchos aos quais<br />

pertencem os mananciais amostra<strong>do</strong>s. Fonte: A<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Banco <strong>de</strong> Informações e Mapas <strong>de</strong> Transportes (2011).<br />

A análise <strong>do</strong> fitoplâncton foi realiza<strong>da</strong> no<br />

Laboratório Central <strong>de</strong> <strong>Água</strong>s <strong>da</strong> CORSAN utilizan<strong>do</strong><br />

o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Sedgwick-Rafter (APHA; AWWA;<br />

WEF, 2005). As amostras foram analisa<strong>da</strong>s sem preservação,<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o méto<strong>do</strong> vali<strong>da</strong><strong>do</strong> pelo<br />

Laboratório (Müller; Raya-Rodriguez; Cybis, 2011).<br />

A concentração <strong>da</strong>s amostras, quan<strong>do</strong> necessária, foi<br />

realiza<strong>da</strong> através <strong>de</strong> centrifugação <strong>de</strong> 100 mL por 20<br />

minutos a 2.500 rpm. As câmaras <strong>de</strong> contagem <strong>de</strong><br />

Sedgwick-Rafter tem um volume fixo <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong><br />

1 mL. Após pre<strong>para</strong><strong>da</strong>s, as câmaras foram observa-<br />

205<br />

<strong>da</strong>s ao microscópio óptico comum <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação<br />

e quantificação <strong>do</strong>s organismos. Na análise qualitativa,<br />

os organismos foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s em nível<br />

<strong>de</strong> gênero e classifica<strong>do</strong>s nos seguintes grupos, <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com a engenharia sanitária (Palmer, 1962):<br />

cianobactérias, algas ver<strong>de</strong>s, diatomáceas e fitoflagela<strong>do</strong>s<br />

(to<strong>da</strong>s as algas que se movimentam através <strong>de</strong><br />

flagelo). Os critérios <strong>de</strong> contagem seguiram CE-<br />

TESB (2005).<br />

Tabela 2 - Parâmetros físico-químicos analisa<strong>do</strong>s e méto<strong>do</strong>s<br />

analíticos utiliza<strong>do</strong>s.<br />

Parâmetro Uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Temperatura<br />

<strong>da</strong> água<br />

Cor mg.L -1 Pt<br />

Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

análise<br />

°C Termometria<br />

Com<strong>para</strong>ção<br />

visual<br />

Turbi<strong>de</strong>z NTU Nefelométrico<br />

Oxigênio<br />

dissolvi<strong>do</strong><br />

mg.L -1<br />

O 2<br />

Winkler<br />

pH - Colorimétrico<br />

RESULTADOS<br />

Procedimento<br />

Interno<br />

FQ-S 001 Rev.<br />

01 Out. 2006<br />

FQ-S 005 Rev.<br />

01 Out. 2006<br />

FQ-S 003A Rev.<br />

01 Out. 2006<br />

FQ-S 003B Rev.<br />

01 Out. 2006<br />

FQ-S 008 Rev.<br />

01 Out. 2006<br />

FQ-S 002A Rev.<br />

01 Out. 2006<br />

A Tabela 3 mostra uma caracterização físicoquímica<br />

<strong>do</strong>s mananciais estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s e sua classificação<br />

segun<strong>do</strong> CONAMA (2005), sen<strong>do</strong> os mananciais B2,<br />

B3 e R enquadra<strong>do</strong>s na classe 1; B1, na classe 2; B4 e<br />

C, na classe 3. Na Tabela 4 são apresenta<strong>do</strong>s os <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> monitoramento quali-quantitativo <strong>do</strong> fitoplâncton,<br />

bem como a classificação preliminar <strong>do</strong>s<br />

ambientes aquáticos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

fitoplanctônica (Margalef, 1983). A condição eutrófica<br />

foi pre<strong>do</strong>minante, ocorren<strong>do</strong> em quatro mananciais<br />

(B1, B2, B3 e C). O manancial B4 apresentou-se<br />

hipereutrófico e o manancial R, oligotrófico.<br />

A classificação <strong>do</strong>s mananciais como eutrófico, po<strong>de</strong>ria<br />

ser melhor compreendi<strong>da</strong> analisan<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> fósforo, pois somente os mananciais<br />

B1 e C apresentaram floração <strong>de</strong> cianobactérias.<br />

No entanto, essas análises não foram realiza<strong>da</strong>s,<br />

pois não fazem parte <strong>da</strong> rotina <strong>de</strong> monitoramento<br />

<strong>de</strong>sses mananciais.

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