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A Parar Gran<strong>de</strong> para Entrevista Pensar<br />

46<br />

qualida<strong>de</strong>. As políticas dos governos<br />

<strong>de</strong>vem apoiar as indústrias que constituem<br />

as referências na produção<br />

nacional e que mais contribuem para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento do país. Por outro<br />

lado, po<strong>de</strong>mos ter nichos industriais<br />

orientados para novas tecnologias,<br />

on<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias empreen<strong>de</strong>doras po<strong>de</strong>m<br />

ser <strong>de</strong>senvolvidas para a comercialização<br />

<strong>de</strong> novos produtos.<br />

POL. - A Delta está ligada a Campo<br />

Maior, participando em todas as ativida<strong>de</strong>s<br />

da Localida<strong>de</strong>. O comendador<br />

conseguiu a partir <strong>de</strong> uma vila<br />

do interior <strong>de</strong> Portugal criar uma<br />

empresa <strong>de</strong> dimensão internacional.<br />

Nunca sentiu problemas por<br />

não estar sediado na capital?<br />

C.R.N. - Essa é uma questão que<br />

todos os jornalistas me fazem. Não<br />

troco nenhuma cida<strong>de</strong> por Campo<br />

Maior, porque é nesta terra que me<br />

sinto útil. É aqui que existe amiza<strong>de</strong><br />

entre as pessoas, fomentada pelo<br />

conhecimento mútuo caraterístico<br />

das pequenas localida<strong>de</strong>s. Ao longo<br />

do ano, as minhas viagens <strong>de</strong> negócios<br />

levam-me regularmente a várias<br />

cida<strong>de</strong>s mas volto sempre com muitas<br />

sauda<strong>de</strong>s para Campo Maior.<br />

POL. - Contrariamente aquilo que<br />

assistimos na maioria das localida<strong>de</strong>s<br />

do interior do país, Campo<br />

Maior é uma vila cheia <strong>de</strong> vida, com<br />

uma população jovem, on<strong>de</strong> as escolas<br />

não fecham por falta <strong>de</strong> alunos.<br />

Este fato <strong>de</strong>ve-se ao trabalho<br />

que <strong>de</strong>senvolve?<br />

C.R.N. - Sim é. Eu sempre sonhei<br />

que a vila <strong>de</strong> Campo Maior não iria ficar<br />

<strong>de</strong>serta. E apesar <strong>de</strong> haver ainda<br />

muito por fazer, este <strong>de</strong>senvolvimento<br />

que assistimos aqui, faz-me bem à<br />

alma. É com gran<strong>de</strong> prazer que vejo<br />

esta terra a <strong>de</strong>senvolver-se e as escolas<br />

cheias <strong>de</strong> crianças.<br />

POL. - Fale-nos um pouco sobre<br />

o centro educativo Alice Nabeiro.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um projeto inovador<br />

no campo do empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

infantil.<br />

C.R. N. - A minha i<strong>de</strong>ia era fugir<br />

um pouco ao mo<strong>de</strong>lo comum dos<br />

infantários e ATL’s. Tentamos incutir,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo, nas nossas crianças<br />

um espírito empreen<strong>de</strong>dor que<br />

os prepare para a vida ativa. Aqui,<br />

as crianças tomam contacto com<br />

várias áreas do saber o que lhes<br />

permite abrir os seus horizontes.<br />

Outro ponto, que trabalhamos aqui,<br />

é o respeito pelo meio ambiente. As<br />

nossas crianças já possuem preocupações<br />

ambientais, ao contrário<br />

do que é habitual nestas ida<strong>de</strong>s,<br />

elas não matam os bichinhos que<br />

encontram na rua, trazem-nos para<br />

o centro para os estudarem.<br />

POL. - Está a formar os futuros empresários<br />

<strong>de</strong> Campo Maior?<br />

C.R. N. - Penso que sim, porque já temos<br />

um manual do empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

para as crianças dos 3 aos 12 anos,<br />

que visa estimular as suas i<strong>de</strong>ias, levando-as<br />

a <strong>de</strong>senvolver os seus próprios<br />

projetos. Mas ainda não estou<br />

totalmente satisfeito. É necessário que<br />

a partir dos 12 anos as crianças não<br />

parem e continuem a <strong>de</strong>senvolver as<br />

suas capacida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras.<br />

Tentamos incutir, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo, nas nossas crianças um espírito<br />

empreen<strong>de</strong>dor que os prepare para a vida ativa. Aqui, as<br />

crianças tomam contacto com várias áreas do saber o que<br />

lhes permite abrir os seus horizontes<br />

POL. - Relativamente ao futuro do<br />

grupo Nabeiro, atualmente os seus<br />

filhos e netos já estão a trabalhar<br />

nas suas empresas. Acredita que<br />

assim vai conseguir a continuida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ste projeto que nasceu consigo?<br />

C.R. N. - Sim, acredito que sim. Eles<br />

são uma mais -valia, <strong>de</strong>vido à sua formação<br />

superior, para a empresa. É verda<strong>de</strong><br />

que nós nunca sabemos o que o<br />

futuro nos reserva, mas a experiência<br />

diz-me que é preciso continuar a trabalhar<br />

e a empreen<strong>de</strong>r. Só assim conseguiremos<br />

manter-nos competitivos.<br />

A bordo do Barco do Empreen<strong>de</strong>dorismo, o comendador Rui Nabeiro <strong>de</strong>u conselhos aos<br />

jovens que participaram no concurso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias Poliempreen<strong>de</strong><br />

ÍNDICE<br />

Politecnia n.º 26 março / 2012

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