Agricultores podem renegociar dívidas para manter terras - O Paraná

Jornal O Paraná
A6|OPR POLÍTICA| Terça-feira, 12 de fevereiro de 2013 cidades@oparana.com.br
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Informe
editoria e colaboradores
da redação
Renúncia
Em pleno Carnaval, a renúncia do Papa Bento XVI conseguiu
desviar o foco da folia popular. Nas redes sociais, os comentários
sobre o Papa bombaram ontem. Aliás, cinco arcebispos
brasileiros devem participar da eleição do novo representante
da Igreja Católica, um deles com fortes raízes na região.
Raízes
DIVULGAÇÃO
Trata-se de dom Odílio Scherer
(foto), 63 anos, arcebispo
de São Paulo. Nascido no Rio
Grande do Sul, Scherer tem
uma relação muita próxima
com Cascavel e região. Nas
décadas de 80 e 90, ele foi
professor e reitor do Seminário
São José. Antes, em
1978, foi nomeado presbítero
em Toledo pelo então bispo
dom Armando Círio.
Tendência
O nome de Scherer sempre
circulou com facilidade entre
os arcebispos latinos e até no
Vaticano. Em favor dele, a idade.
O arcebispo de São Paulo
está com 63 anos. Além disso,
há um apelo para que o
novo papa seja um nome fora
do circuito europeu.
Desgaste
Para evitar um desgaste ainda
maior, o prefeito Edgar Bueno
(PDT) está investindo pesado
com propaganda institucional,
falando sobre as medidas tomadas
para conter os gastos
com a folha de pagamento,
que no ano passado superou
o limite prudencial.
Falta de planejamento
A publicidade induz a algumas
interpretações equivocadas.
Uma delas é de que a
restrição no atendimento na
área de saúde foi uma consequência
da redução dos
salários e gratificações dos
gestores e servidores municipais.
Quando, na prática, o
problema foi a total falta de
planejamento do Executivo
para evitar tal situação.
Pagando a conta
E, como sempre acontece em
uma situação dessas, quem
paga o pato, digo, a conta é a
população, em especial os
mais pobres que necessitam
do serviço público. Até mesmo
os eleitores de “carteiri-
nha” do prefeito consideram-se
traídos pelas medidas
anunciadas.
Fiscalização
Falando ainda sobre gestão,
o Observatório Social de
Cascavel vai continuar atento
à aplicação dos recursos
públicos neste ano. As nomeações
dos cargos em comissão
da Prefeitura de
Cascavel também estão na
mira do Observatório.
Pendências
A entidade ainda vai acompanhar
os casos pendentes
de 2012, como a ampliação
do Autódromo, a construção
do kartódromo, do teatro
municipal e o transporte escolar
rural e urbano, ou
seja, assunto é que não vai
faltar novamente na agenda
do Observatório.
Suporte
O Observatório inicia as atividades
deste ano com praticamente
a mesma equipe
passada, ou seja, com 25
pessoas, entre efetivos e voluntários.
No ano passado, a
criação da assessoria jurídica
é citada pelo presidente
Eron Schirmer como o principal
avanço e que possibilitou
celeridade nos trabalhos de
acompanhamento de licitações
e formatação de ações.
Frustração
O ex-candidato a prefeito de
Cascavel Chico Menin (PPS)
adiou o sonho de se tonar
deputado estadual. Ele
apostava que o deputado do
seu partido, Douglas Fabrício,
fosse chamado pelo governador
Beto Richa (PSDB)
para assumir uma secretaria
na reforma feita recentemente,
o que não ocorreu.
Nova aposta
Menin virou primeiro suplente
do partido com a eleição
dos deputados Marcelo Rangel
e Cesar Silvestre, respectivamente,
prefeitos de
Ponta Grossa e Guarapuava.
Agora a nova aposta é
para o meio do ano. Enquanto
isso, Menin tem se
dedicado aos negócios particulares
e a reforma de sua
casa em Cascavel.
*Dos 124 processos referentes à eleição municipal de
Cascavel, apenas três continuam tramitando, conforme o
site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). *Todas tratam de
abuso do poder econômico e condutas vedadas contra o
prefeito reeleito Edgar Bueno (PDT), que, até aqui, conseguiu
derrubar as acusações nas instâncias inferiores.
*O “paradão do Carnaval” aliviou o ambiente na Câmara e
na Prefeitura de Cascavel, mas a partir de amanhã o circo
volta ao normal.
edição: Miguel Portela - editoria@oparana.com.br
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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Eron Schirmer espera mais cuidado com dinheiro público
Cascavel - Alvo de críticas
durante a campanha eleitoral
por parte de políticos em razão
de seu trabalho de controle
de qualidade do dinheiro
público, o Observatório Social
de Cascavel não pretende
recuar em relação ao seu papel
neste ano. O presidente da
entidade, Eron Schirmer, disse
que a meta é ampliar as
ações de monitoramente nos
Poderes Executivo e Legislativo
municipal e avisa: “Façam
as coisas certas e o Observatório
será parceiro”.
Pelo menos foi com esse espírito
que a diretoria e os voluntários
se reuniram recentemente
para prestar contas do
ano passado e definir algumas
metas para 2013. Na oportunidade,
o presidente do Observatório
Social reafirmou a importância
da entidade em relação
à transparência pública, à
prevenção de eventuais irregularidades
e ao desperdício de
recursos públicos.
“Não temos conotação política
em nosso trabalho de
acompanhamento das ações
dos gestores municipais. Dentre
os nossos objetivos estão
o de contribuir para que haja
maior transparência na gestão
dos recursos públicos e
estimular a sociedade no pro-
Cascavel - Outra prioridade
estabelecida pelo Observatório
Social de Cascavel é a ampliação
do programa de educação
fiscal, promovendo palestras
nas escolas e nas entidades
com o objetivo de desper-
cesso de avaliação da gestão
pública”, afirmou Eron.
De acordo com ele, uma das
metas estabelecidas é cobrar
o termo de compromisso assinado
pelo prefeito reeleito
Edgar Bueno (PDT) e dos vereadores
em relação à transparência
pública. No entanto,
dos 21 vereadores, apenas 11
assinaram o documento.
“O que a gente pede no termo
de compromisso já é de conhecimento
de todos e estão respaldados
por lei. Por exemplo, o documento
pede a não contratação de
parentes. Isso faz parte da lei que
trata do nepotismo no serviço público.
Não tem sentido a gente
cobrar uma coisa que não existe
legalmente”, frisou.
Sobre a nova legislatura
sob o comando do vereador
Márcio Pacheco (PPL), a expectativa
do Observatório é
pela mudança de práticas antigas,
como a contratação de
funcionários fantasmas. “Esperamos
que a transparência
seja total tanto na prefeitura
quanto na Câmara. No Legislativo
municipal de Cascavel
pretendemos mostrar pela primeira
vez a produtividade e a
frequência dos vereadores”.
Ano passado, o monitoramento
da ONG em relação às
licitações e à entrega de produ-
LORENA MANARIN
Eron Schirmer, presidente do
Observatório Social de Cascavel
tos ficou restrita por conta das
eleições municipais e também
pela campanha organizada em
favor da redução do número de
vereadores de 21 para 15. Apesar
da mobilização, a Câmara
manteve as 21 vagas - na legislatura
passada eram 15.
“A nossa prioridade vai continuar
sendo as grandes licitações
e outras que a gente
considerar direcionadas vamos
nos manifestar, como temos
feito até agora. O Observatório
não tem intenção de julgar
o A, B ou C, pois quem julga é
a Justiça. Façam as coisas certas
e a entidade será parceira”.
Entidade pretende ampliar ações
de educação fiscal em Cascavel
tar e conscientizar os alunos
sobre seu papel como cidadão e
mostrar como a educação pode
traçar um novo rumo para a
vida do cidadão e, em
consequência, para o País.
“A educação fiscal teve pou-
Apenas um município do
Paraná marcou nova eleição
Curitiba - Os TREs (Tribunais
Regionais Eleitorais) já
definiram a realização de novas
eleições para os cargos de
prefeito e vice-prefeito em 25
municípios localizados nos estados
do Rio Grande do Sul,
de Santa Catarina, de Minas
Gerais, de São Paulo, do Mato
Grosso do Sul, do Rio Grande
do Norte, da Bahia, do Amapá
e do Paraná. No território paranaense
haverá eleição em 7
de abril em Joaquim Távora.
Os pleitos marcados até o
momento estão agendados para
os meses de março e abril. Em
todas essas cidades, as eleições
foram anuladas porque os candidatos
que concorreram com
registro de candidatura rejeitado
obtiveram mais de 50%
dos votos válidos.
Assim, os votos recebidos
por eles foram anulados pela
Justiça Eleitoral, ficando o
candidato impedido de ser diplomado
e empossado. Também
é possível a anulação do
pleito quando é constatada a
cas ações nesse sentido. Nós
queremos informar também a
população sobre quanto ela
paga de impostos”, disse Eron.
Além dessa questão, a entidade
vai cobrar a informatização
da saúde no Município.
prática, no processo eleitoral,
de fraude, falsidade, coação,
abuso de poder, compra de
votos ou emprego de processo
de propaganda vedado por lei.
A eleição de 2012 foi a primeira
com plena aplicação da
Lei da Ficha Limpa. Aprovada
em 2010, a norma endureceu
as regras para que um
político possa se candidatar.
Os cargos estão sendo ocupados
interinamente pelos presidentes
das Câmaras de Vereadores
até que os novos pleitos
aconteçam.