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Obtenção do Crédito de Carbono através de Projetos de ... - Engema

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De acor<strong>do</strong> com Sanches (2003) os sistemas <strong>de</strong> cogeração se apresentam como uma<br />

alternativa eficiente, frente aos sistemas tradicionais <strong>do</strong> sistema elétrico. Sen<strong>do</strong> explora<strong>do</strong> no<br />

Brasil pelo setor industrial, geralmente com foco na auto-suficiência energética, sobretu<strong>do</strong><br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os ganhos econômicos resultantes. Os setores industriais que geralmente<br />

empregam esta tecnologia são: o sucroalcooleiro, o <strong>de</strong> celulose e papel, o si<strong>de</strong>rúrgico e o<br />

refino <strong>de</strong> petróleo.<br />

Somente os projetos registra<strong>do</strong>s para obtenção <strong>do</strong>s certifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> carbono<br />

já geram energia igual às usinas Furnas e Serra da Mesa (SILVA, A.; SILVA, D.;<br />

BARBOSA, 2007).<br />

Inicialmente, o Brasil regulamentou a cogeração a partir <strong>do</strong> <strong>de</strong>creto-lei n° 1872, <strong>de</strong><br />

21 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1981, o qual permitia aos concessionários <strong>de</strong> serviço público <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong><br />

adquirir energia elétrica exce<strong>de</strong>nte gerada por autoprodutores, com utilização <strong>de</strong> fontes<br />

energéticas que não empregavam combustíveis <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> petróleo. A partir <strong>de</strong> 1995<br />

surgiram novos agentes no setor, o qual exigiu uma nova regulamentação da eletricida<strong>de</strong><br />

<strong>através</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>creto n° 2003, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1996, que <strong>de</strong>lemitou os conceitos <strong>de</strong><br />

produtor in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e autoprodutor (OLIVEIRA, 2007).<br />

Segun<strong>do</strong> Oliveira (2007), os investimentos necessários à implantação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong><br />

cogeração <strong>de</strong> energia são inferiores aos necessários para a produção <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> pelo<br />

sistema hidrelétrico. O investimento necessário para a expansão da geração hidrelétrica, situase<br />

entre US$ 820/KW enquanto que para a geração com bagaço este valor é <strong>de</strong> US$ 719/KW<br />

(TOLMASQUIM, 2005 apud OLIVEIRA, 2007).<br />

A<strong>de</strong>mais, segun<strong>do</strong> Coelho (1999), a cogeração <strong>de</strong> energia a partir <strong>do</strong> bagaço da cana<strong>de</strong>-açúcar<br />

traz diversas vantagens como:<br />

a) colaborar na garantia da geração <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>, em particular no perío<strong>do</strong> seco da<br />

região Su<strong>de</strong>ste, correspon<strong>de</strong>nte ao perío<strong>do</strong> da safra da cana-<strong>de</strong>-açúcar para o setor elétrico;<br />

b) permitir a diversificação da produção no setor sucroalcooleiro;<br />

c) vantagens ambientais e sociais, incluin<strong>do</strong> a geração <strong>de</strong> empregos na zona rural,<br />

aumento na arrecadação <strong>de</strong> impostos e dinamização <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital.<br />

O bagaço até hoje vem sen<strong>do</strong> muito usa<strong>do</strong> pelas usinas na geração <strong>de</strong> vapor e em<br />

certos casos na co-geração <strong>de</strong> vapor e eletricida<strong>de</strong> para subsistência; com utilização <strong>de</strong> 350 a<br />

500 kg para o vapor e 15 a 25 kWh <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> no processamento da tonelada da cana.<br />

Diante <strong>do</strong> exposto, a utilização <strong>do</strong> bagaço mostra-se cada vez mais interessante na geração <strong>de</strong><br />

eletricida<strong>de</strong> exce<strong>de</strong>nte, que possivelmente será vendida a re<strong>de</strong> pública, acarretan<strong>do</strong> uma renda<br />

extra.<br />

3. Meto<strong>do</strong>logia<br />

Para este estu<strong>do</strong>, o méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> foi à pesquisa <strong>de</strong>scritivo-exploratória, a qual tem<br />

como objetivo explorar um problema ou uma situação para prover critérios e compreensão.<br />

Em geral, a pesquisa exploratória é significativa em qualquer situação da qual o pesquisa<strong>do</strong>r<br />

não disponha <strong>do</strong> entendimento suficiente para prosseguir com o projeto <strong>de</strong> pesquisa. A<br />

pesquisa exploratória é caracterizada por flexibilida<strong>de</strong> e versatilida<strong>de</strong> com respeito aos<br />

méto<strong>do</strong>s (MALHOTRA, 2001). Antes <strong>de</strong> expor o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s primários, fez-se<br />

necessário <strong>de</strong>talhar a importância da revisão bibliográfica para obtenção <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s.<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso, <strong>de</strong> caráter exploratório, implica na realização <strong>de</strong> uma análise <strong>de</strong><br />

um ou poucos objetos, porém <strong>de</strong> forma mais aprofundada, que possibilite um conhecimento<br />

mais <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> <strong>do</strong> objeto, on<strong>de</strong> a principal finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa é proce<strong>de</strong>r a<br />

uma investigação ou caracterização mais ampla e aproximativa, no intuito <strong>de</strong> formular<br />

questões mais precisas que possam nortear estu<strong>do</strong>s posteriores (GIL, 1991; YIN, 2001).<br />

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