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Biologia do Desenvolvimento Animal Comparado - UFPB Virtual

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<strong>Biologia</strong> <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> <strong>Animal</strong> Compara<strong>do</strong><br />

conten<strong>do</strong> o núcleo fica no polo animal e o restante rechea<strong>do</strong> de vitelo no polo vegetal, porém, a<br />

ausência dessas marcas não pode ser considerada como ausência de polaridade <strong>do</strong> ovócito.<br />

Assim, o estabelecimento de especializações regionais <strong>do</strong> embrião será determina<strong>do</strong> pela<br />

distribuição desigual <strong>do</strong>s constituintes <strong>do</strong> citoplasma <strong>do</strong> ovócito. Consequentemente, o<br />

mecanismo que estabelece e mantém a organização espacial <strong>do</strong> citoplasma propicia as bases<br />

para o desenvolvimento embrionário ordena<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s quais pouco se conhece.<br />

Envolven<strong>do</strong> o citoplasma, encontramos a membrana plasmática <strong>do</strong> ovócito. Esta<br />

membrana dever ser capaz de se fundir como membrana plasmática <strong>do</strong> espermatozoide e<br />

também é responsável por regular o fluxo de certos íons durante a fertilização. Externamente à<br />

membrana plasmática se encontra um envelope extracelular que forma uma estrutura fibrosa<br />

circundan<strong>do</strong> o ovócito e que está envolvida no mecanismo de reconhecimento <strong>do</strong> espermatozoide<br />

com o ovócito.<br />

Em invertebra<strong>do</strong>s, essa estrutura é chamada de envelope vitelínico, o qual contém várias<br />

glicoproteínas diferentes, e que ainda é suplementada por prolongamentos de glicoproteínas da<br />

membrana celular e por estruturas proteínicas que aderem o envelope vitelínico à membrana. O<br />

envelope vitelínico é essencial para o reconhecimento de ligação espécie-específica <strong>do</strong><br />

espermatozoide.<br />

Nos mamíferos, o envelope vitelínico é uma estrutura de matriz extracelular fina e<br />

separa<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> de zona pelúcida. O ovócito também é circunda<strong>do</strong> por uma camada de células<br />

ovarianas (foliculares) remanescentes eliminadas quan<strong>do</strong> da ovulação e que se encontram<br />

adjacentes à zona pelúcida, sen<strong>do</strong> chamadas de corona radiata. O espermatozoide tem que<br />

atravessar essas células para poder fertilizar o ovócito (Figura 12).<br />

Figura 12 - A- Micrografia eletrônica de Transmissão <strong>do</strong> citoplasma de um ovócito onde se observam<br />

microvilos, camada hialina e grânulo cortical. B – Ovócito de mamífero mostran<strong>do</strong> a corona radia<br />

formada por células foliculares e cincunda<strong>do</strong> pela zona pelúcida.<br />

A B<br />

Fonte: Adapta<strong>do</strong> de Developmental Biology Gilbert, S.F.. 8ª Ed. 2006.<br />

Situada logo abaixo da membrana plasmática <strong>do</strong> ovócito, se encontra uma fina cobertura<br />

semelhante a um gel citoplasmático chama<strong>do</strong> de córtex. O citoplasma nesta região contém altas<br />

concentrações de moléculas de actina globular (uma proteína) que durante a fertilização, essa<br />

actina se polimeriza e forma longos fios de actina - os microfilamentos, necessários para a divisão<br />

celular e também para promover a extensão da superfície de membrana como pequenas<br />

projeções chamadas de microvilos, que ajudam ao espermatozoide a entrar no ovócito.<br />

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