O Navegante das Índias Orientais - Sueca Rolamentos Ltda.

Recuperação da carga
Já nos primeiros dias após o
naufrágio do Götheborg, em
1745, a sociedade de mergulho
de Gotemburgo enviou pessoas
para resgatar o tesouro do fundo
do mar. Este resgate incluiu
2.677 baús de chá, 19 de seda
e 3,4 toneladas de madrepérola.
No total, um terço da carga,
os equipamentos e os canhões
foram recuperados.
Cerca de 160 anos mais tarde,
outras operações de resgate
ocorreram. No ínício do século
19, buscas no local do naufrágio
recuperaram mais porcelana
das Índias Orientais. A famosa
coleção Keillerska foi recuperada
entre 1906 e 1907, quando
mais de 3.000 peças intactas de
porcelana foram encontradas.
Passadas mais sete décadas,
em dezembro de 1984, o
Götheborg foi redescoberto por
mergulhadores. Teve início uma
escavação marítima arqueológica.
Mesmo neste período, quase
240 anos após o naufrágio,
4 • Götheborg no Brasil
mais porcelana, chá, especiarias
e seda foram encontrados
sob camadas de sedimento.
Entretanto, os mergulhadores
também encontraram itens
que a tripulação comercializava
pessoalmente, tais como leques,
cadeados chineses, partes de
uma cadeira de dobrar chinesa,
ferramentas e tinta.
Entretanto, em meio às últimas
preciosidades do navio
Götheborg, um grupo de obstinados
pesquisadores extraiu
um sonho: o de reconstruir a
embarcação. Ou seja, criar uma
réplica exata da nau que existiu
em 1745.
Marcou-se ali o começo do
projeto que em outubro de
2005 tornou-se realidade. Uma
empreitada que durou mais
de 10 anos, demandou muita
dedicação e envolveu, além de
artesãos, profi ssionais de engenharia
náutica, mais de 200
instituições públicas e privadas
da Suécia seduzidas pelo renascimento
do Götheborg.
O resgate do naufrágio trouxe à tona 2.677 baús de
chá, 19 de seda e 3,4 toneladas de madrepérola. No
total, um terço da carga, os equipamentos e os canhões
foram recuperados. Cerca de 160 anos mais
tarde, outras operações de resgate ocorreram. No
ínício do século 19, buscas no local do naufrágio
recuperaram mais porcelana das Índias Orientais.
A vida em
alto-mar
té seis chefes de carga acompanhavam cada
viagem. Eles representavam a diretoria da
Companhia Sueca das Índias Orientais e eram
responsáveis por toda a expedição. Eles mantinham
os livros e os registros dos eventos durante toda
a viagem e inspecionavam todos o produtos que eram
comprados.
Assim como para o capitão, ofi ciais, pregador e primeiro
barbeiro-cirurgião, a vida a bordo era boa para os chefes
de carga. Tinham suas próprias cabines, seu próprio chefe
de cozinha e serviçais a seu dispor. No convés de canhões,
entretanto, a vida era muito diferente. Os marinheiros dividiam
este convés com cerca de trinta canhões, sem falar
em bois, porcos, ovelhas e centenas de galinhas, patos e
gansos. No século 18, a viagem de Gotemburgo a Cantão
demorava no mínimo seis meses. Era um intento árduo,
apressado, e a falta de higiene, desnutrição, doenças e
elementos naturais signifi cavam que uma tripulação entre
100 e 120 homens poderia diminuir drasticamente.