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perfil sociodemografico e adesão ao tratamento do paciente ...

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Nos anos de 1980, as causas perinatais eram as principais responsáveis pela<br />

mortalidade infantil no Brasil, corresponden<strong>do</strong> a 38% <strong>do</strong>s óbitos de menores de um ano.<br />

Nesse mesmo perío<strong>do</strong>, as malformações ocupavam a quinta posição entre as principais<br />

causas, o que correspondia a 5% <strong>do</strong> total (CARVALHO et al., 2006; CALONE et al., 2009).<br />

Atualmente, no Brasil as malformações congênitas constituem a segunda causa de<br />

mortalidade infantil, sen<strong>do</strong> responsáveis por 18,3% <strong>do</strong> total de mortes e no Ceará,<br />

especificamente, também permanecem como segunda maior causa de óbitos, com a taxa de<br />

16,9%, o que indica a necessidade de estratégias específicas nas políticas de saúde (BRASIL,<br />

2012a). Vale ressaltar que além da mortalidade, as malformações são responsáveis também<br />

por alto índice de morbidade, risco para desenvolvimento de complicações clínicas, com<br />

números de internamentos e gravidade das intercorrências (RAMOS; OLIVEIRA;<br />

CARDOSO, 2008).<br />

Pesquisas revelam que, apesar de cada vez mais se conhecer as origens<br />

moleculares das malformações congênitas, em média de 50 a 60% <strong>do</strong>s casos são por causas<br />

desconhecidas. Nos 40% restantes, as causas comuns podem ser divididas em três categorias<br />

principais: genéticas (anomalias cromossômicas), ambientais (teratógenos) e multifatoriais<br />

(genética e ambiental) (MACIEL et al., 2006; CAMELIER et al., 2007). Segun<strong>do</strong> Arruda,<br />

Amorim e Souza (2008), todas as populações estão expostas <strong>ao</strong>s riscos de desenvolverem<br />

malformações congênitas, porém a frequência e o tipo variam de acor<strong>do</strong> com a raça, a etnia e<br />

as condições socioeconômicas.<br />

Atualmente, os programas de saúde pública <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará atuam<br />

diretamente na população em idade fértil, de forma a prevenir o aumento da frequência de<br />

recém-nasci<strong>do</strong>s com alguma malformação. De acor<strong>do</strong> com Ribeiro (2008), existem três tipos<br />

de prevenção: primária, secundária e terciária. Na prevenção primária, os profissionais da<br />

saúde agem em pessoas saudáveis, evitan<strong>do</strong> <strong>do</strong>enças por meio da redução de susceptibilidade<br />

ou exposição a fatores de risco durante o perío<strong>do</strong> pré-concepcional. Na prevenção secundária,<br />

a atuação volta-se <strong>ao</strong>s afeta<strong>do</strong>s, evitan<strong>do</strong> a evolução e sequela das <strong>do</strong>enças mediante detecção<br />

precoce e <strong>tratamento</strong> rápi<strong>do</strong> durante o perío<strong>do</strong> pré-natal. É nessa fase que se detectam a<br />

maioria <strong>do</strong>s defeitos congênitos, uma das características de um recém-nasci<strong>do</strong> (RN) de risco.<br />

A prevenção terciária, por sua vez, atua durante o perío<strong>do</strong> pós-natal em pessoas com lesão,<br />

evitan<strong>do</strong> as complicações da <strong>do</strong>ença através da adequada reabilitação e correção.<br />

Dentre to<strong>do</strong>s os casos de malformações congênitas, mais da metade poderia ser<br />

evitada mediante a aplicação de medidas econômicas de prevenção primária, sen<strong>do</strong> para isso<br />

necessário: conhecer a frequência de cada defeito específico para avaliar o impacto de uma<br />

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