Marketing das Organizações Politicas e da Economia Social
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Uni<strong>da</strong>de Curricular: <strong>Marketing</strong> <strong><strong>da</strong>s</strong> <strong>Organizações</strong> <strong>Politicas</strong> e <strong>da</strong> economia social<br />
Docente: Vicente Serrano & Pedro Duarte<br />
Licenciatura: comunicação Empresarial<br />
Discente: Gisela Solange Domingos<br />
Resumo<br />
N.º 8111<br />
II Semestre<br />
o presente artigo, sucede sobre a utilização <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem qualitativa na ciência politica<br />
no marketing politico, propagan<strong>da</strong> e internet. A comunicação política é uma <strong><strong>da</strong>s</strong><br />
diversas áreas sociais contemporâneas, cuja evidência contribui em grande parte para<br />
ofuscar os seus diversos sentidos. Em que to<strong>da</strong> a acção busca compreender de que modo<br />
em alguns momentos históricos actores sociais se valem de estratégias de expressão e<br />
manifestação através <strong>da</strong> internet e os mediam ou de outras formas de visibili<strong>da</strong>de<br />
publica, cujos resultados estão implicados de alguma maneira na manutenção e<br />
aperfeiçoamento do estado de direito democrático e na constituição, ampliação e na<br />
consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia democrática, que lhe esta vincula<strong>da</strong>.<br />
Gisela Domingos Página 1
Summary<br />
This Article applies on the use of qualitative research in political science in political<br />
marketing, advertising and internet. Political communication is one of several<br />
contemporary social areas, whose evidence contributes largely to overshadow its<br />
various senses. Where all the action seeks to understand how in some historical periods<br />
social actors resort to strategies of expression and manifestation through the internet and<br />
mediate or other forms of public visibility, the results are somehow involved in<br />
maintaining and improving the democratic state of law and constitution, enlargement<br />
and consoli<strong>da</strong>tion of democratic citizenship, it is bound.<br />
Palavra-chave: Comunicação Politica, marketing politico na internet, relação Politica<br />
e comunicação, assessor de marketing e propagan<strong>da</strong><br />
Keyword: political communication, political marketing on the Internet for Politics<br />
and communication advisor for marketing and advertising<br />
<strong>Marketing</strong> politico na internet<br />
O <strong>Marketing</strong> Político é uma <strong><strong>da</strong>s</strong> áreas mais interessantes dentro do cenário <strong><strong>da</strong>s</strong> eleições.<br />
É como se fosse os bastidores de um show, onde ficam as maiores e reais estrelas do<br />
espectáculo. Dentro deste cenário um dos assuntos mais importantes que é a atenção<br />
para a imagem do candi<strong>da</strong>to, imagem esta que não é só constituí<strong>da</strong> por carácter,<br />
honesti<strong>da</strong>de e passado digno. Outros atributos formadores de imagem são decisivos para<br />
uma boa aceitação do eleitorado. Trata-se <strong>da</strong> postura que o político deve ter durante<br />
to<strong>da</strong> sua campanha. Neste trabalho, abor<strong>da</strong>mos de forma detalha<strong>da</strong> como um candi<strong>da</strong>to<br />
deve se portar diante <strong><strong>da</strong>s</strong> vários medias (TV, rádio, jornal, revista, etc), este trabalho<br />
traz, em vários exemplos e em vários cenários, a boa maneira de conquistar eleitores<br />
através <strong>da</strong> imagem.<br />
O presente estudo abor<strong>da</strong> óptica do marketing político e pelo viés <strong>da</strong> rede mundial de<br />
computadores. Como metodologia a pesquisa é exploratória. Dentro <strong>da</strong> pesquisa social,<br />
o estudo exploratório, tem a finali<strong>da</strong>de de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos<br />
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e ideias. É um estudo inédito do marketing político. Nesse sentido, modifica<br />
substancialmente a condição de informação, conhecimento e cobrança. Outro<br />
importante viés que se abre com a internet é a relação entre candi<strong>da</strong>to e o eleitor, que<br />
pode-se modificar e tornar-se mais próxima e madura.<br />
Essa relação tende a não ser mais tão aliena<strong>da</strong>, pois o político, com raras excepções,<br />
houve pouco seus eleitores e os ci<strong>da</strong>dãos acompanham de longe os políticos.<br />
É importante ter em mente que o marketing político é mais amplo que o marketing<br />
Eleitoral. Isto significa que o marketing político engloba acções destina<strong><strong>da</strong>s</strong> a promover<br />
pessoas públicas, independente destas terem intenções governamentais. E, no caso de<br />
actuar junto a políticos, as activi<strong>da</strong>des são realiza<strong><strong>da</strong>s</strong> nos períodos pré e pós-eleitoral.<br />
Outro termo tem sido usado no meio académico para substituir o termo “marketing<br />
político” que é “marketing público”<br />
<strong>Marketing</strong> político “é, portanto, um conjunto de planos e acções desenvolvidos por um<br />
político ou partido político para influenciar a opinião pública em relação a ideias ou<br />
activi<strong>da</strong>des que tenham a ver com eleições, programas de governo, projectos de lei,<br />
desempenho parlamentar e assim por diante”. a Ciência Política e o <strong>Marketing</strong> Político<br />
não são antagónicos. Pelo contrário, defende que ambos podem contribuir para o<br />
Aperfeiçoamento mútuo, uma vez que a teoria política traz grande contribuição para a<br />
Análise <strong><strong>da</strong>s</strong> campanhas políticas e, por sua vez, os conceitos <strong>da</strong> Ciência Política devem<br />
Estar lastrados por referências empíricas. Desta forma, acredita-se que uma maior<br />
Integração entre Ciência Política e <strong>Marketing</strong> Político resultará em significativos<br />
avanços para o mundo académico e para o mercado.<br />
A internet é uma ferramenta, mas não é um fim em si mesma, ou seja, o perigo é sair do<br />
colonialismo tradicional, para entrar no colonialismo electrónico. Portanto é necessária<br />
destreza para não cair na armadilha <strong>da</strong> interactivi<strong>da</strong>de dirigi<strong>da</strong> nos endereços<br />
electrónicos de partidos e candi<strong>da</strong>tos.<br />
Dentro do cenário de convergência multimédia pelo qual passa a socie<strong>da</strong>de em seus<br />
vários aspectos: económico, social, político e mediático, as certezas de ontem são as<br />
dúvi<strong><strong>da</strong>s</strong> de hoje e as incertezas de amanhã.<br />
Tudo é agora e rápido, acessível e disponível, informativo e complementar. Num<br />
simples toque a informação está disponível para todos em qualquer lugar e hora Na<br />
visão de MORAES (2001), a rede mundial de computadores favorece a difusão aberta,<br />
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descentraliza<strong>da</strong> e interactiva, sem subordinação de comandos e hierarquias na media ou<br />
<strong><strong>da</strong>s</strong> engrenagens burocráticas de legitimação. Mas, infelizmente, o marketing político,<br />
ain<strong>da</strong>, não descobriu a potenciali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> internet. Os meios tradicionais e os novos<br />
paradigmas não são excludentes, mas apresentam a possibili<strong>da</strong>de de serem<br />
convergentes. Nas disputas eleitorais o marketing político é estratégico, assim como, a<br />
comunicação é fun<strong>da</strong>mental. Ca<strong>da</strong> vez mais, as campanhas tornam-se mais dinâmicas,<br />
com fatos onde sucedendo-se a todo o momento.<br />
A internet proporciona a veloci<strong>da</strong>de exigi<strong>da</strong> para contornar situações complica<strong><strong>da</strong>s</strong>, um<br />
recurso para fortalecer o discurso e ferramenta de contra propagan<strong>da</strong>.<br />
Segundo reportagem do jornal Meio&Mensagem8 os partidos reservaram para o meio<br />
online entre milhões de verba. A internet tornou-se uma peça - chave no mix de<br />
mídia os candi<strong>da</strong>tos. Há uma déca<strong>da</strong> a internet era uma rede que usava a infra-estrutura<br />
de outros serviços, como a telefonia, para existir. Hoje, açambarcou outros meios de<br />
comunicação e promoveu a competição.<br />
To<strong><strong>da</strong>s</strong> as empresas tornaram, assim como as pessoas têm seu e-mail pessoal.<br />
Alguns <strong>da</strong>dos – não utilizados pelos candi<strong>da</strong>tos na disputa eleitoral sobre a reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
Internet na ci<strong>da</strong>de<br />
O Assessor de <strong>Marketing</strong> & Propagan<strong>da</strong><br />
Uma boa assessoria de marketing político deve conhecer a fundo to<strong><strong>da</strong>s</strong> as etapas de uma<br />
Campanha, alem de to<strong><strong>da</strong>s</strong> as activi<strong>da</strong>des que o seu candi<strong>da</strong>to deverá cumprir ao longo<br />
<strong>da</strong> mesma, “não somente quanto aos aspectos promocionais e necessi<strong>da</strong>des de<br />
comunicação, mas também às liga<strong><strong>da</strong>s</strong> a área operacional e política <strong>da</strong> campanha.<br />
Essa experiência não se aprende somente nos livros e nos gabinetes, é necessário o<br />
contacto com o eleitorado nos mais diversos centros de encontros populares. Esse<br />
profissional tem que fazer com que exista um elo de ligação entre a agência e o<br />
candi<strong>da</strong>to, fornecendo e este suporte técnico quanto ás informações que deve ter acesso,<br />
para melhor desenvolver suas activi<strong>da</strong>des, orientando os profissionais de produção<br />
quanto á peculiari<strong>da</strong>des <strong><strong>da</strong>s</strong> activi<strong>da</strong>des eleitorais e até mesmo nas activi<strong>da</strong>des políticas<br />
do candi<strong>da</strong>to que assessora e de seus adversários, para que possa executar um projecto<br />
de comunicação eficaz, evitando projectos mal estruturados, por motivos falhos de<br />
comunicação entre candi<strong>da</strong>to e agência; Deve também estar atento aos interesses do<br />
candi<strong>da</strong>to junto á agência e os desta ao candi<strong>da</strong>to, alem de organizar o plano e materiais<br />
e serviços, bem como sua distribuição no decorrer <strong>da</strong> campanha.<br />
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A comunicação política enquanto forma de divulgação de ideias e planos tem sido<br />
bastante diferencia<strong>da</strong> nas eleições presidenciais, senador, deputados e governadores dos<br />
estados brasileiros. Enquanto nas demais eleições aproveitava-se ao máximo o espaço<br />
dos meios audiovisuais para campanha: rádio e televisão. Também pode presenciar<br />
uma nova mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de divulgação: a internet. As novas tecnologias disponíveis<br />
como vídeos online, Messenger, skype, blogues e os sites de relacionamento, têm sido<br />
grandes aliados na divulgação pró e contra os candi<strong>da</strong>tos. Da mesma forma que o<br />
ambiente virtual, mas especificamente, a internet, serve como veículo de divulgação do<br />
candi<strong>da</strong>to e funciona de modo mais igualitário, oferecendo espaço a todos, serve<br />
também como local para manifestação do eleitor, que tem a liber<strong>da</strong>de e a possibili<strong>da</strong>de<br />
para colocar suas opiniões. Em busca de uma comunicação ca<strong>da</strong> vez mais adequa<strong>da</strong> é<br />
que se percebe as mais diferentes formas e veículos de comunicação serem aproveitados<br />
a fim de se atingir o público mais variado possível. Com o desenvolvimento dos meios<br />
de comunicação de massa, em especial dos meios electrónicos, multiplicou-se a<br />
capaci<strong>da</strong>de de transmitir informações a um<br />
número ca<strong>da</strong> vez maior de pessoas. Assim, a Comunicação como processo penetra a<br />
política como activi<strong>da</strong>de e, obviamente, podemos descrever muitos aspectos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
política como tipos de comunicação Em busca dessa comunicação adequa<strong>da</strong>, ou do<br />
aproveitamento de todos os nichos e ofertas dos novos meios é que as eleições têm feito<br />
a utilização intensa <strong>da</strong> internet.<br />
Apesar de a rede oferecer material de maneira dispersa, ela proporciona igual<strong>da</strong>de para<br />
todos os candi<strong>da</strong>tos, sem restrições quanto ao tempo ou ao espaço.<br />
De acordo com os grupos de pesquisa, o número de pessoas que cessavam a Internet em<br />
Portugal em meados do ano de 2005 estava em torno dos 32 milhões. Esse número<br />
representa 25% <strong>da</strong> população Portuguesa que está em condição de exercer a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia<br />
por meio do voto nessas eleições, segundo <strong>da</strong>dos do Tribunal Superior Eleitoral.<br />
A relação política e comunicação<br />
Para David Miller, a política é “ um processo pelo qual um grupo de pessoas, cujas<br />
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Opiniões e interesses são geralmente divergentes, chegam a decisões colectivas<br />
geralmente entendi<strong><strong>da</strong>s</strong> como vinculativas para o grupo”. De acordo com o autor, três<br />
elementos estão envolvidos na toma<strong>da</strong> de decisão colectiva: a persuasão, a negociação e<br />
um mecanismo para chegar a uma decisão. Essa definição pode ser uma <strong><strong>da</strong>s</strong> explicações<br />
para a relação existente entre a política e a comunicação, uma vez que para se chegar ao<br />
resultado <strong><strong>da</strong>s</strong> eleições, por exemplo, precisa-se de um mecanismo de toma<strong>da</strong> de decisão<br />
colectiva, o voto, e para tal, existe a necessi<strong>da</strong>de de convencer outras pessoas. A<br />
comunicação, assim, torna-se ferramenta fun<strong>da</strong>mental para que a política aconteça. O<br />
processo de comunicação política deve ser visto como um sistema de relações entre<br />
organizações mediáticas e instituições políticas em que ambas precisam do público para<br />
acontecerem, uma por meio <strong>da</strong> audiência e outra por meio do voto. Segundo os autores,<br />
a comunicação política deve ser defini<strong>da</strong> estu<strong>da</strong>ndo as interacções entre os principais<br />
componentes do sistema de comunicação política: as instituições políticas nos seus<br />
aspectos comunicacionais, as instituições mediáticas nos seus aspectos políticos, as<br />
orientações <strong>da</strong> audiência para a comunicação política e os aspectos <strong>da</strong> cultura política<br />
relevantes para a comunicação Deste modo, os media dependem <strong><strong>da</strong>s</strong> organizações<br />
políticas, uma vez que são elas o motor <strong><strong>da</strong>s</strong> instituições económicas, sociais e culturais,<br />
e produtores de acontecimentos e opiniões. Já as instituições políticas precisam e<br />
dependem dos media porque são eles quem detém o poder de alcance <strong><strong>da</strong>s</strong> grandes<br />
audiências. Com relação ao processo de comunicação política, Já os dispositivos são<br />
aqueles elementos que permitem que o actor alcance a audiência, que é quem legitima o<br />
poder. Esses são os meios de comunicação, os comícios e reuniões, as organizações<br />
sociais e alguns veículos de comunicação proporcionam apolítica mediatiza<strong>da</strong>, com<br />
simples fins eleitorados, fez com que a democracia tivesse sua essência desvirtua<strong>da</strong>,<br />
uma vez que as decisões alcança<strong><strong>da</strong>s</strong> pela população são frutos de conclusões retira<strong><strong>da</strong>s</strong><br />
de produtos mediáticos, e não mais <strong>da</strong> prática discursiva e argumentativa. Esse impacto<br />
<strong><strong>da</strong>s</strong> novas tecnologias no dia-a-dia <strong>da</strong> comunicação é intenso e requer fretamento<br />
constante para domínio e actualização, além <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de desenvolver conteúdos<br />
específicos para as novas medias. Esse fato exige do comunicador postura profissional<br />
pró-activa e transformadora, uma vez que o processo de digitalização <strong>da</strong> comunicação<br />
ain<strong>da</strong> se encontra em um estágio incipiente<br />
Os novos meios: a internet<br />
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Tanto a comunicação como a política não podem ser compreendi<strong><strong>da</strong>s</strong> fora do ambiente<br />
social <strong>da</strong> comunicação. Ou seja, Quanto mais complexa se torna a socie<strong>da</strong>de, maior a<br />
exigência de conhecimento e de avanços tecnológicos de aparelhos que possam atender<br />
a deman<strong>da</strong> de rapidez, conhecimento e fluxo de informação.<br />
Essa “aceleração no processo” acontece também na comunicação, em que, leitores e<br />
espectadores querem, de maneira ca<strong>da</strong> vez mais rápi<strong>da</strong>, estar inteirados sobre o que<br />
acontece em sua região, país e mundo. Ao mesmo tempo em que existe essa necessi<strong>da</strong>de<br />
de informação, existe também a falta de tempo para captação e processamento dessa<br />
informação, fazendo com que o público informe-se o mínimo necessário, apenas para<br />
conhecimento do assunto. Assim, surge um dos grandes aliados do mundo moderno: a<br />
internet.<br />
A internet entrou e trouxe novas previsões: o nascimento de uma nova socie<strong>da</strong>de, a <strong>da</strong><br />
informação, ou a <strong>da</strong> comunicação global, media<strong>da</strong> pelo computador. Ela reúne<br />
elementos de to<strong><strong>da</strong>s</strong> as medis existentes que significa em termos de comunicação poli<br />
funcional. Segundo, a possibili<strong>da</strong>de de uma comunicação interactiva, uma vez que o<br />
utilizador pode assumir uma postura activa e não a passiva, que ocorre, por exemplo,<br />
quando se lê um jornal. Assim, ele pode ser o produtor e emissor de mensagens e<br />
selector de informação. Por último, a internet não está sujeita a um controle central, o<br />
que a torna mais propensa a atender o interesse colectivo.<br />
Como tecnologias <strong>da</strong> comunicação, podem favorecer a emergência de formas<br />
plurais, horizontais, criativas e autónomas: “As tecnologias de comunicação, como no<br />
princípio a impressão livreira e a imprensa, e posteriormente, a rádio e a televisão,<br />
tornam disponíveis enunciados acerca de quase qualquer contexto e facultam uma rede<br />
altamente diferencia<strong>da</strong> de esferas públicas locais e supra-regionais, literárias, científicas<br />
e políticas, interpartidárias ou específicas de associações, ou subculturas, dependentes<br />
dos media”<br />
A tentativa de cercear a liber<strong>da</strong>de <strong>da</strong> media, seja por meio controle financeiro <strong><strong>da</strong>s</strong><br />
Empresas jornalísticas - uma vez que grande maioria dependem dos recursos<br />
governamentais para sobreviverem ou até mesmo por formas mais intransigentes.<br />
O online, apesar de mais recente, também não foge a regra. Jornais online de todo o país<br />
Também se vêem obrigados a sucumbir a aju<strong>da</strong> do governo para permanecerem no ar.<br />
Neste momento em que o blogue, mantido por um jornalista ou um especialista, surge<br />
como uma alternativa de exposição de opiniões e conteúdos de maneira mais<br />
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independente e livre. A blogosfera, como é conhecido o espaço em que se apresentam e<br />
se condensam os blogues, altera as noções que se tinham de veículo de comunicação<br />
como algo concreto e localizado, e apresenta conceitos mais gerais. Deste modo, tanto o<br />
blogues quanto o internauta podem estar em qualquer parte do mundo, apresentar suas<br />
opiniões e sem a necessi<strong>da</strong>de de ver<strong>da</strong>deira identificação, relata que a blogosfera de<br />
Portugal, a princípio, apresentava características intimistas, semelhante a um diário<br />
cibernético.<br />
O blogue é um recurso recente <strong>da</strong> Internet. Alguns autores afirmam que o surgimento do<br />
blogue aconteceu simultâneo as primeiras páginas <strong>da</strong> Web. Outros, no entanto, afirmam<br />
que o conceito de blogue, sinónimo de página ordena<strong>da</strong> cronologicamente e liga<strong>da</strong> a<br />
outras páginas, foi usado pela primeira vez em Dezembro de 1997, contudo, a grande<br />
explosão do blogue só aconteceria nessa déca<strong>da</strong> O blogue apresenta duas características<br />
que contribuem muito para seu desenvolvimento, o baixo custo e a facili<strong>da</strong>de de<br />
manuseio. Além desses atractivos, os blogues formam uma ver<strong>da</strong>deira rede interesses<br />
por meio <strong>da</strong> relação com outros blogues que abor<strong>da</strong>m temáticas semelhantes.<br />
A varie<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> discussão sobre os mais variados assuntos transformam esse<br />
espaço num fórum de discussão ímpar, com características e regras peculiares, em<br />
especial, a completa liber<strong>da</strong>de de manifestação, por meio <strong>da</strong> exposição <strong>da</strong> opinião, e de<br />
acesso e a compartilha de informação. Essa é uma <strong><strong>da</strong>s</strong> inúmeras razões pelas quais os<br />
blogues que abor<strong>da</strong>m questões políticas não param de crescer. Os blogues são uma<br />
excelente fonte de informação os veículos de comunicação. A ca<strong>da</strong> dia torna-se maior o<br />
número de jornalistas que recorrem a eles para conseguirem pautas, informações ou<br />
mesmo opiniões de especialistas. Existem alguns motivos que justificam a ligação entre<br />
o jornalismo e os blogues: a veloci<strong>da</strong>de com que as informações são posta<strong><strong>da</strong>s</strong> nesses<br />
ambientes e o baixo custo, tanto para os blogues quanto para o leitor; a relação entre<br />
blogues e opinion makers, que acabam gerando uma atmosfera de cumplici<strong>da</strong>de e<br />
confiança na informação posta<strong>da</strong>; e a diversi<strong>da</strong>de e especialização de ca<strong>da</strong> blogue em<br />
determinado assunto, ao contrário dos veículos tradicionais que trabalham com<br />
informações generaliza<strong><strong>da</strong>s</strong> e mais simples o possível.<br />
Além disso, blogues e comuni<strong>da</strong>des do orkut funcionam como um termómetro de<br />
feedback e de aceitação ou rejeição <strong>da</strong> mensagem política transmiti<strong>da</strong> de forma rápi<strong>da</strong> e<br />
também gratuita ao político. Para os jornalistas a internet, mais especificamente, os<br />
blogues e até mesmo as comuni<strong>da</strong>des do orkut, surgiram como uma forma alternativa de<br />
expressão de opinião. Mesmo trabalhando para jornais online, os jornalistas devem<br />
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seguir a linha editorial <strong>da</strong> empresa, que por sua vez, também recebe auxílio de<br />
prefeituras e governo. A liber<strong>da</strong>de de expressão, nos jornais online, se resume a mesma<br />
liber<strong>da</strong>de do jornal impresso ou <strong>da</strong> TV e do rádio. Apesar de to<strong><strong>da</strong>s</strong> as restrições<br />
menciona<strong><strong>da</strong>s</strong> que envolvem a internet há que se aceitar que novas ferramentas de<br />
comunicação estão a caminho.<br />
Por to<strong><strong>da</strong>s</strong> essas facili<strong>da</strong>des, os blogues são excelentes instrumentos para a transmissão<br />
<strong>da</strong> mensagem política, seja ela por parte do político, do jornalista ou do eleitor.<br />
Conclusão<br />
Com a realização do presente artigo, concluo que o resultado <strong>da</strong> pesquisa pode ser<br />
considerado positivo pelo produtivo laço estabelecido entre os media, e pela<br />
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contribuição científica <strong>da</strong><strong>da</strong> à área de assessoria de comunicação para conselhos<br />
municipais, na forma de indicações de estratégias adequa<strong><strong>da</strong>s</strong> ao sector. Entretanto, a<br />
continui<strong>da</strong>de <strong><strong>da</strong>s</strong> acções de comunicação se faz necessária, por se tratar de órgãos<br />
municipais que li<strong>da</strong>m diariamente com assuntos referentes à socie<strong>da</strong>de em geral e que<br />
não conseguem alcançar a devi<strong>da</strong> atenção dos meios de comunicação quando estão sem<br />
uma pessoa capacita<strong>da</strong> para intermediar esta relação. Trabalhar com os conselhos<br />
constituiu uma importante experiência ao indicar o caminho que os órgãos<br />
devem tomar para a construção de sua imagem positiva, já que desenvolvem<br />
alternativas para a resolução de problemas públicos e, assim, exercem grande influência<br />
nas diversas esferas <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e evidenciam a importância <strong><strong>da</strong>s</strong> causas sociais.<br />
Confirma<strong>da</strong> a relevância dos conselhos municipais no auxílio <strong>da</strong> administração, fica<br />
relevante a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> assessoria de imprensa para divulgar as acções, já que a<br />
técnica jornalística é imprescindível neste sentido. Afinal, é o jornalista que consegue<br />
transformar as activi<strong>da</strong>des do dia-a-dia em fatos de relevância pública, que aju<strong>da</strong>m a<br />
ampliar a visão <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de sobre os acontecimentos do mundo.<br />
Referencias Bibliografia<br />
KOTLER, Philips. Administração de <strong>Marketing</strong>: edição do novo milénio; tradução Bazar<br />
Tecnologia e Linguística; revisão técnica Arão Sapiro – São Paulo: Prentice Hall, 2000.<br />
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VEIGA, Luciana F. “A Utilização de Métodos Qualitativos na Ciência Política e no <strong>Marketing</strong><br />
Político”. Ih: Opinião Pública, Revista Cesop, vol. VII, nº 1, Maio de 2001.<br />
KUNTZ, R. A. “Manual de campanha eleitoral: <strong>Marketing</strong> Político”. São Paulo, Global, 1986.<br />
Gisela Domingos Página 11