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Síntese geológica e prospecção geoquímica da área Barro ... - CPRM

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<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA<br />

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL<br />

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - <strong>CPRM</strong><br />

DIRETORIA DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS<br />

DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS<br />

<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica<br />

<strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

INFORME DE RECURSOS MINERAIS<br />

Série Metais do Grupo <strong>da</strong> Platina e Associados, nº. 30<br />

Goiânia, 2010<br />

1<br />

1


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA<br />

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL<br />

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - <strong>CPRM</strong><br />

DIRETORIA DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS<br />

DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS<br />

PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL<br />

<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica<br />

<strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

INFORME DE RECURSOS MINERAIS<br />

Série Metais do Grupo <strong>da</strong> Platina e Associados, nº. 30<br />

Ficha Catalográfica<br />

Lima, Thiers Muniz.<br />

<strong>Síntese</strong> <strong>geológica</strong> e <strong>prospecção</strong> <strong>geoquímica</strong> <strong>da</strong> <strong>área</strong><br />

<strong>Barro</strong> Alto, Goiás / Thiers Muniz Lima [e] Pedro Sérgio<br />

Estevam Ribeiro. – Brasília : <strong>CPRM</strong>, 2010.<br />

56p. : il. ; 30 cm + 1 DVD. – (Informe de Recursos<br />

Minerais. Série Metais do Grupo <strong>da</strong> Platina e Associados,<br />

30)<br />

Programa Geologia do Brasil.<br />

ISBN 978-85-7499-086-6<br />

1.Geologia econômica – Brasil – Goiás. 2. Platina –<br />

Brasil – Goiás. – 3. Prospecção <strong>geoquímica</strong> – Brasil – Goiás.<br />

I. Ribeiro, Pedro Sérgio Estevam. II. Título. III. Série.<br />

2<br />

CDD 553.098173<br />

Foto Capa: Fotomicrografia de ortopiroxênio-gabro, isotrópico, com textura cúmulus bem preserva<strong>da</strong>.<br />

Nicóis cruzados. Complexo Máfico-Ultramáfico de <strong>Barro</strong> Alto - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior.


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA<br />

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL<br />

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - <strong>CPRM</strong><br />

DIRETORIA DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS<br />

DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS<br />

PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL<br />

<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica<br />

<strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA<br />

EDISON LOBÃO<br />

Ministro<br />

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL<br />

CLÁUDIO SCLIAR<br />

Secretário<br />

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL-<strong>CPRM</strong><br />

AGAMENON SÉRGIO LUCAS DANTAS<br />

Diretor-Presidente<br />

MANOEL BARRETTO DA ROCHA NETO<br />

Diretor de Geologia e Recursos Minerais<br />

JOSÉ RIBEIRO MENDES<br />

Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial<br />

FERNANDO PEREIRA DE CARVALHO<br />

Diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento<br />

EDUARDO SANTA HELENA DA SILVA<br />

Diretor de Administração e Finanças<br />

REINALDO SANTANA CORREIA BRITO<br />

Chefe do Departamento de Recursos Minerais<br />

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE GOIÂNIA<br />

MARIA ABADIA CAMARGO<br />

Superintendente<br />

GILMAR JOSÉ RIZZOTO<br />

Gerente de Geologia e Recursos Minerais<br />

3<br />

3


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA<br />

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL<br />

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - <strong>CPRM</strong><br />

DIRETORIA DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS<br />

DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS<br />

PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL<br />

<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica<br />

<strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

As ativi<strong>da</strong>des foram executa<strong>da</strong>s pela equipe do Projeto Platina Goiás\Tocantins, na Superintendência Regional<br />

de Goiânia e no Departamento de Recursos Minerais - Brasília, com a participação, em suas diversas etapas,<br />

dos seguintes técnicos:<br />

CRÉDITOS DE AUTORIA<br />

Thiers Muniz Lima<br />

Pedro Sérgio Estevam Ribeiro<br />

COORDENAÇÃO EXECUTIVA<br />

Coordenador Nacional: Reinaldo Santana Correia Brito e Mário Farina<br />

Coordenação Regional: Pedro Sérgio Estevam Ribeiro<br />

Supervisão Regional: Cipriano Cavalcante Oliveira<br />

Chefes do Projeto: Thiers Muniz Lima e Pedro Sérgio Estevam Ribeiro<br />

EQUIPE EXECUTORA<br />

Serviço Geológico do Brasil<br />

Ativi<strong>da</strong>des de campo: Pedro Sérgio Estevam Ribeiro – SUREG-GO<br />

Claudionor Francisco de Souza – SUREG-GO<br />

Pedro Ricardo Soares Bispo – SUREG-GO<br />

João Rocha de Assis – SUREG-GO<br />

Divino Francisco de Paula – SUREG-GO<br />

Compilação do mapa geológico e confecção do texto: Thiers Muniz Lima - DEREM<br />

Petrografia: Maria Abadia Camargo – SUREG-GO e Thiers Muniz Lima – DEREM<br />

Geoquímica: Eric Santos Araújo – SUREG-GO e Thiers Muniz Lima - DEREM<br />

Geofísica: Marcus Flavio Noqueira Chiarini – DIGEOF<br />

Montagem de imagens de satélite e MDT: Rogério Celestino de Almei<strong>da</strong> – DIARMI-SA<br />

APOIO TÉCNICO<br />

Serviço Geológico do Brasil<br />

Desenhos de figuras: geólogo Thiers Muniz Lima e Helena Soares Zanetti Eyben - DEREM<br />

Digitalização <strong>da</strong> base planimétrica: Pedro Ricardo Soares Bispo – SUREG-GO<br />

Digitalização do mapa geológico: Micrograph Computação Gráfica Lt<strong>da</strong><br />

Edição e montagem do mapa geológico em CorelDraw X3: Helena Soares Zanetti Eyben - DEREM<br />

REVISÃO<br />

Hardy Jost<br />

Thiers Muniz Lima – DEREM - <strong>CPRM</strong><br />

REVISÃO FINAL<br />

Thiers Muniz Lima – DEREM - <strong>CPRM</strong><br />

Hardy Jost<br />

EDITORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO<br />

Hardy Jost<br />

MONTAGEM DO SISTEMA GEOGRÁFICO DE INFORMAÇÕES<br />

Helena Soares Zanetti Eyben - DEREM<br />

DIGEOP-SA<br />

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<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

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5<br />

APRESENTAÇÃO<br />

O Serviço Geológico do Brasil – <strong>CPRM</strong>, têm a grata satisfação de disponibilizar à socie<strong>da</strong>de a<br />

publicação <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás. Este produto<br />

faz parte do Programa de Geologia do Brasil-PGB tendo sido executado no âmbito <strong>da</strong> Superintendência<br />

Regional de Goiânia e do Departamento de Recursos Minerais em Brasília. Esse representa a continui<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> série de publicações <strong>da</strong> Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) - Departamento de Recursos<br />

Minerais (DEREM) entitula<strong>da</strong> Informe de Recursos Minerais - Série Metais do Grupo <strong>da</strong> Platina e Associados.<br />

A publicação apresenta a síntese <strong>da</strong>s informações <strong>geológica</strong>s referentes ao Complexo Máfico-<br />

Ultramáfico de <strong>Barro</strong> Alto, no Estado de Goiás e disponibiliza em meio digital os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> <strong>prospecção</strong><br />

<strong>geoquímica</strong> para Elementos do Grupo <strong>da</strong> Platina (EGP) efetua<strong>da</strong>s no projeto.<br />

O produto é apresentado em um volume impresso e um DVD com o relatório do projeto e mapa<br />

geológico digital na escala 1:100.000 em formato pdf; banco de <strong>da</strong>dos geológicos e geoquímicos;<br />

imagens geofísicas e de sensoriamento remoto estruturados em um Sistema de Informações Geográficas<br />

(SIG). O desenvolvimento do Projeto esteve centrado na realização de levantamento geoquímico, com<br />

a coleta sistemática (amostragem a ca<strong>da</strong> 300 metros) de amostras de sedimento de corrente e<br />

concentrado de bateia cobrindo a rede de drenagens <strong>da</strong> <strong>área</strong> do projeto. Este conjunto de <strong>da</strong>dos e a<br />

interpretação dos resultados geoquímicos obtidos constituem uma <strong>da</strong>s principais referências para as<br />

ativi<strong>da</strong>des de exploração mineral para Elementos do Grupo <strong>da</strong> Platina e metais básicos em complexos<br />

máfico-ultramáficos do Brasil. Nesse sentido, o relatório será uma referência para o planejamento de<br />

novos investimentos do setor mineral na <strong>área</strong> do projeto, o que acrescenta importância ao presente<br />

trabalho.<br />

Com mais este lançamento, o Serviço Geológico do Brasil-<strong>CPRM</strong>, sob a coordenação <strong>da</strong> Secretaria<br />

de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do Ministério de Minas e Energia, presta sua colaboração<br />

ao firme propósito do Governo Federal de fomentar a retoma<strong>da</strong> dos levantamentos geológicos básicos,<br />

dos levantamentos geofísicos, <strong>da</strong>s integrações <strong>geológica</strong>s estaduais ou dos trabalhos temáticos a<br />

exemplo deste projeto. Contribui dessa forma, para enfatizar o papel <strong>da</strong> informação <strong>geológica</strong> como<br />

indutor no desenvolvimento do setor mineral no país. Este produto, além de ser um instrumento para a<br />

formulação de políticas públicas, auxilia na atração de investimentos no setor mineral, fator importante<br />

para o crescimento econômico, cujos efeitos podem resultar na geração de emprego, ren<strong>da</strong> e<br />

desenvolvimento social no país.<br />

Manoel Barretto <strong>da</strong> Rocha Neto<br />

Diretor de Geologia e Recursos Minerais


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

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<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

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RESUMO<br />

O presente Informe de Recursos Minerais denominado <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área<br />

<strong>Barro</strong> Alto, Goiás apresenta os resultados <strong>da</strong> <strong>prospecção</strong> <strong>geoquímica</strong> por sedimento de corrente e concentrado<br />

de bateia, realiza<strong>da</strong> na escala 1:100.000 pelo Serviço Geológico do Brasil – <strong>CPRM</strong> no Complexo Máfico-<br />

Ultramáfico de <strong>Barro</strong> Alto no Estado de Goiás. O projeto teve como objetivo apresentar o potencial de<br />

ocorrência dos elementos do grupo <strong>da</strong> platina (EGP) nesta <strong>área</strong>.<br />

Este complexo está localizado na Província Tocantins, pertencendo ao Maciço de Goiás e alinhado por<br />

cerca de 350 km com as intrusões de Niquelândia e Cana Brava, adjacentes à zona estrutural NE do Sistema<br />

do Rio Maranhão. As uni<strong>da</strong>des <strong>geológica</strong>s adjacentes ao complexo acama<strong>da</strong>do são representa<strong>da</strong>s pelo<br />

Complexo Granito-Gnáissico, a Seqüência Metavulcano-Sedimentar de Juscelândia e os Grupos Araxá, Serra<br />

<strong>da</strong> Mesa e Paranoá.<br />

O complexo é constituído por duas principais associações de rochas máfico-ultramáficas de filiação toleítica,<br />

agrupa<strong>da</strong>s na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior e Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior. Estas mostram-se metamorfisa<strong>da</strong>s do<br />

fácies anfibolito ao granulito, tectonicamente justapostas e aparentemente com origens e histórias <strong>geológica</strong>s<br />

distintas.<br />

A Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior, de i<strong>da</strong>de neoproterozóica (~780 – 800 Ma), é dividi<strong>da</strong> em Zona Máfica Inferior<br />

(ZMI) e Zona Ultramáfica (ZU). Na ZMI predominam metagabronorito, metanorito (± metatroctolito) com<br />

intercalações de cama<strong>da</strong>s de piroxenitos (websterito, olivina-websterito, ortopiroxenito, websterito<br />

feldspático). Estes piroxenitos apresentam-se parcialmente preservados <strong>da</strong> deformação dúctil e com texturas<br />

cumuláticas (cúmulus de ortopiroxênio, clinopiroxênio e/ou olivina e pós-cúmulus de plagioclásio), podendo<br />

ocorrer até 3% de sulfetos disseminados. Nesta uni<strong>da</strong>de são ain<strong>da</strong> encontrados granulitos félsicos, rochas<br />

máficas de granulação fina e rochas supracrustais. A ZU é forma<strong>da</strong> por repetições de cama<strong>da</strong>s de<br />

metaperidotito (dunito ± harzburgito) e localiza<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s de piroxenito.<br />

A Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior, de i<strong>da</strong>de mesoproterozóica (ca 1,25 Ga), corresponde a uma associação<br />

predominantemente de rochas gabro-anortosíticas e subordinados anfibolitos ban<strong>da</strong>dos de granulação<br />

grossa. Os principais litotipos são metanortosito, olivina-gabro coronítico, metagabronorito, gabro com<br />

intercalações de piroxenitos, gabronorito, leucogabro e anortosito, os quais se dispõem em grandes massas<br />

plutônicas aparentemente independentes.<br />

Os trabalhos de <strong>prospecção</strong> <strong>geoquímica</strong> corresponderam à coleta simultânea de 3244 amostras de<br />

sedimento de corrente e 3244 amostras de concentrado de bateia. Os resultados de sedimento de corrente<br />

individualizaram quatro regiões anômalas para Cu, Co, Ni e Cr no complexo. Na ZMI estão presentes três<br />

principais <strong>área</strong>s (Áreas Anômalas I, II, III) e na ZU ocorre uma <strong>área</strong> anômala (Área Anômala IV). As anomalias<br />

de Zn, em sedimento de corrente, concentram-se em outras quatro <strong>área</strong>s <strong>da</strong> ZMI (Áreas Anômalas A, B, C e<br />

D). Os resultados de Au, Pd e Pt, em amostras de concentrado de bateia, mostraram-se esporadicamente<br />

acima dos seus limites de detecção, mas com concentrações que atingiram até 3579 ppb (Pt), 30 ppb (Pd) e<br />

43.010 ppb (Au).<br />

Em algumas <strong>da</strong>s <strong>área</strong>s anômalas <strong>da</strong> ZMI são encontrados resultados elevados de Cu, Ni, Co e Cr em<br />

sedimento de corrente, valores Pt e Pd acima do limite de detecção e grãos de platina nativa em concentrado<br />

de bateia, localizados à jusante de cama<strong>da</strong>s de piroxenito. Possivelmente estes resultados estão associados<br />

à presença de sulfetos de Ni-Cu e minerais do grupo <strong>da</strong> platina (MGP) nestas cama<strong>da</strong>s.<br />

As cama<strong>da</strong>s de piroxenito <strong>da</strong> ZMI e ZU sugerem fazer parte de uni<strong>da</strong>des cíclicas cujos mecanismos de<br />

mistura de magma poderiam ser os responsáveis pela saturação em enxofre e a maior segregação de<br />

sulfetos em cama<strong>da</strong>s de piroxenitos/peridotitos. Desta forma, especial atenção deve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> ao mapeamento<br />

geológico <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s de piroxenito <strong>da</strong> ZMI e ZU que apontam ser os principais guias prospectivos para<br />

EGP no Complexo Máfico-Ultramáfico de <strong>Barro</strong> Alto.


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

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<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

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ABSTRACT<br />

This report presents the Geological Summary and Geochimical Exploration Survey of <strong>Barro</strong> Alto Area, Goiás<br />

which includes results of stream sediment and pan concentrate geochemical survey at 1:100,000 scale<br />

developed by the Geological Survey of Brazil – <strong>CPRM</strong> in <strong>Barro</strong> Alto Mafic-Ultramafic Complex in the Goiás<br />

State. The project aimed to assess the potential for platinum group elements (PGE) mineralization in this<br />

area.<br />

This complex is located in the Tocantins Province, Goiás Massif, where it lies aligned with Niquelândia and<br />

Cana Brava intrusions in about 350 km along NE structural zone of the Rio Maranhão System. The layered<br />

complex is hosted by the Granite-Gneissic Complex, the Juscelândia Metavolcano-Sedimentary Sequence<br />

and Araxá, Serra <strong>da</strong> Mesa and Paranoá Groups.<br />

The complex is composed by two major associations of tholeiitic affiliated mafic-ultramafic rocks grouped<br />

in Lower Layered Series and Upper Layered Series. They are metamorphosed from amphibolite to granulite<br />

facies and are believed to correspond to two tectonically justaposed sequences with different ages and<br />

geological histories. Available geochronological <strong>da</strong>ta indicate that the Lower Layered Series is 780-800 Ma<br />

and the Upper Layered Series is ca. 1.25 Ga.<br />

The Lower Layered Series is divided into Lower Mafic Zone (LMZ) and Ultramafic Zone (UZ). In the LMZ<br />

predominate metagabronorite, metanorite (± metatroctolite) intercalated with pyroxenites layers (websterite,<br />

olivine-websterite, orthopyroxenites, feldspathic websterite). These pyroxenites have been partially preserved<br />

from the ductile deformation and exhibit cumulate textures (cumulus orthopyroxene, clinopyroxene and / or<br />

post-cumulus olivine and plagioclase) and may contain up to 3% disseminated sulphides. Felsic granulites,<br />

fine-grained mafic and supracrustal rocks are also observed. The UZ is formed predominantly by repetitions<br />

of metaperidotite layers (dunite ± harzburgite) with minor pyroxenite layers.<br />

The Upper Layered Series consists mainly of gabbro-anorthositic rocks and subordinate coarse-grained<br />

banded amphibolites. It is made of metanortosite, olivine-gabbro coronitic, metagabronorite, gabbronorite,<br />

leucogabro, anorthosite, and gabbro interlayered with pyroxenite, whose occur as apparently independent<br />

large plutonic masses.<br />

This report also presents the <strong>da</strong>ta from 3244 samples of both stream sediment survey and pan<br />

concentrated. The stream sediment survey selected four anomalous regions for Cu, Co, Ni and Cr in the<br />

complex. In LMZ is recognizable three main anomalous areas (Anomalous Areas I, II, III) and another<br />

anomalous area occurs in UZ (Anomalous Area IV). Stream sediment Zn anomalies are also detected in four<br />

other areas in the LMZ (Anomalous Areas A, B, C and D). The results for Au, Pd and Pt values from pan<br />

concentrate samples are sporadically above their detection limits, nevertheless it was also detected<br />

concentrations up to 3579 ppb (Pt), 30 ppb (Pd) and 43 010 ppb (Au) .<br />

In some areas of LMZ it was found anomalous results for Cu, Ni, Co and Cr in stream sediment survey. In<br />

these areas some few samples slightly present Pt and Pd values above the detection limits, where it was<br />

also identified native platinum grains in pan concentrate, located downstream of pyroxenites layers. These<br />

results are ascribed to the presence of Ni-Cu sulphides and platinum group minerals (PGM) in these layers.<br />

The pyroxenite layers seem to belong to cyclic units, whose formation mechanisms are possibly due to<br />

magma mixing which could have yielded sulfur saturation and sulfide segregation. Therefore, special attention<br />

should be given to these pyroxenite layers in LMZ and UZ. Thus, theses rocks are the main PGE prospective<br />

targets in the <strong>Barro</strong> Alto Mafic-Ultramafic Complex.


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

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<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica<br />

<strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

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<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

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<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

SUMÁRIO<br />

1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 15<br />

2 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO ...................................................................................................... 15<br />

3 – MÉTODOS E PRODUTOS ........................................................................................................ 15<br />

3.1 -Mapa Geológico ..................................................................................................................... 15<br />

3.2 - Sistema de Informações Geográficas – SIG .......................................................................... 17<br />

3.3 – Geofísica .............................................................................................................................. 17<br />

3.4 - Modelo Digital de Terreno ...................................................................................................... 18<br />

3.5 - Imagens do Mosaico GeoCover 2000..................................................................................... 18<br />

3.6 - Integração Geologia x Modelo Digital do Terreno SRTM .......................................................... 18<br />

3.7 - Coleta de Amostras e Análises Laboratoriais ......................................................................... 18<br />

3.7.1 - Sedimento de Corrente ...................................................................................................... 18<br />

3.7.2 - Concentrado de Bateia ....................................................................................................... 19<br />

3.8 - Tratamento dos Dados Geoquímicos ...................................................................................... 19<br />

4 - GEOLOGIA REGIONAL ........................................................................................................... 19<br />

5 - GEOLOGIA LOCAL ................................................................................................................. 20<br />

5.1 – Introdução ........................................................................................................................... 20<br />

5.2 – Trabalhos Anteriores ............................................................................................................ 22<br />

5.3 – Estratigrafia e Petrografia do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto ........................................................... 24<br />

5.3.1 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Intrusões Dioríticas e Rochas Supracrustais Granulitiza<strong>da</strong>s ...... 24<br />

5.3.2 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica Inferior ............................................................... 24<br />

5.3.3 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Ultramáfica .................................................................... 26<br />

5.3.4 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior ................................................................................................ 26<br />

5.4 – Dados Geocronológicos ........................................................................................................ 29<br />

6 - QUÍMICA MINERAL E LITOGEOQUÍMICA .............................................................................. 29<br />

6.1 - Química Mineral .................................................................................................................... 29<br />

6.2 - Lito<strong>geoquímica</strong> ...................................................................................................................... 29<br />

6.3 – Características Petrogenéticas .............................................................................................. 31<br />

6.4 – Resultados Analíticos dos Elementos do Grupo <strong>da</strong> Platina (EGP) em Amostras de Rocha ........ 31<br />

7 – PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA ................................................................................................. 31<br />

7.1 – Sedimento de Corrente ........................................................................................................ 32<br />

7.1.1 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica Inferior ............................................................... 33<br />

7.1.2 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Ultramáfica .................................................................... 34<br />

7.1.3 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior ................................................................................................ 39<br />

7.1.4 – Uni<strong>da</strong>des Geológicas Adjacentes ........................................................................................ 44<br />

7.2 – Concentrado de Bateia ......................................................................................................... 44<br />

7.2.1 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Zona Máfica Inferior ................................................................ 45<br />

7.2.2 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Ultramáfica .................................................................... 45<br />

7.2.3 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior ................................................................................................ 46<br />

7.2.4 – Uni<strong>da</strong>des Geológicas Adjacentes ........................................................................................ 46<br />

8 - CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 46<br />

8.1 - Sedimento de Corrente ......................................................................................................... 50<br />

8.1.1 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica Inferior ................................................................ 50<br />

8.1.2 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Zona Ultramáfica ..................................................................... 50<br />

8.1.3 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior ................................................................................................. 50<br />

8.1.4 - Uni<strong>da</strong>des Geológicas Adjacentes ........................................................................................ 50<br />

8.2 - Concentrado de Bateia ......................................................................................................... 50<br />

9 – SUGESTÕES .......................................................................................................................... 50<br />

10 - Referências Bibliográficas ................................................................................................ 51<br />

11 - Listagem dos Informes de Recursos Minerais................................................................ 53<br />

13<br />

13


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

14


1 - INTRODUÇÃO<br />

<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

O Programa Nacional de Prospecção dos Metais<br />

do Grupo <strong>da</strong> Platina - PNPP, executado pela Companhia<br />

de Pesquisa de Recursos Minerais - <strong>CPRM</strong> - Serviço<br />

Geológico do Brasil, foi criado para fomentar a<br />

pesquisa mineral destes metais nobres em todo território<br />

nacional, mediante projetos de <strong>prospecção</strong><br />

mineral centrados em ambientes geológicos os mais<br />

favoráveis, tais como intrusões acama<strong>da</strong><strong>da</strong>s, intrusões<br />

associa<strong>da</strong>s a basaltos de platô, greenstone<br />

belts, intrusões anorogênicas e complexos máficoultramáficos<br />

indiferenciados.<br />

Nos estados de Goiás e Tocantins foram investiga<strong>da</strong>s<br />

cinco <strong>área</strong>s com potencial para Elementos do<br />

Grupo <strong>da</strong> Platina (EGP), tendo sido escolhidos como<br />

alvos prospectivos os complexos máfico-ultramáficos<br />

de Cana Brava, <strong>Barro</strong> Alto e Barra do Gameleira, a<br />

Suíte Gabro-Diorítico Córrego Seco e a Suíte Gabro-<br />

Anortosítico de Santa Bárbara (Fig. 1). Este relatório<br />

apresenta um sumário geológico do Complexo Máfico-Ultramáfico<br />

de <strong>Barro</strong> Alto e os resultados de <strong>prospecção</strong><br />

<strong>geoquímica</strong> por concentrado de bateia e sedimento<br />

de corrente, desenvolvi<strong>da</strong>s na escala de<br />

1:100.000 na <strong>área</strong> denomina<strong>da</strong> de <strong>Barro</strong> Alto-GO-03.<br />

2 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO<br />

O acesso à Área <strong>Barro</strong> Alto – GO-03 (Fig. 2) é feito,<br />

a partir de Goiânia, pela rodovia BR-153 (Rodovia<br />

Belém-Brasília), até Ceres, totalizando cerca de 167<br />

km. A <strong>área</strong> também pode ser atingi<strong>da</strong> a partir de<br />

Goiânia, via Jaraguá até Goianésia (rodovia GO-080)<br />

por 169 km. A <strong>área</strong> do projeto situa-se na região<br />

central do Estado de Goiás e ocupa parte <strong>da</strong>s folhas<br />

em escala 1:100.000 de Uruaçu (SD-22-Z-B-IV), <strong>Barro</strong><br />

Alto (SD-22-Z-B-V), Ceres (SD-22-Z-C-III), Goianésia<br />

(SD-22-Z-D-I) e Vila Propício (SD-22-Z-D-II) (Fig.<br />

3). Esta forma um polígono com cerca de 5.720 km 2<br />

limitado pelos paralelos 48 o 42'58" e 49 o 51'47" Sul e<br />

meridianos 14 o 38'32" e 15 o 25'41" Oeste.<br />

Durante a etapa de levantamento geoquímico a<br />

<strong>área</strong> foi dividi<strong>da</strong> em 7 sub<strong>área</strong>s, denomina<strong>da</strong>s informalmente<br />

de Rio Maranhão, Santo Antônio <strong>da</strong> Laguna,<br />

Rio dos Patos, Goianésia, Santa Isabel, Ceres e<br />

Rubiata<strong>da</strong> (Fig. 4). A Tabela 1 mostra as coordena<strong>da</strong>s<br />

limítrofes <strong>da</strong>s sub<strong>área</strong>s de trabalho.<br />

3 – MÉTODOS E PRODUTOS<br />

O projeto é apresentado em DVD com mapa geológico<br />

na escala 1:100.000, <strong>da</strong>dos sistematizados em<br />

Sistema de Informações Geográficas (SIG) e o relatório<br />

do projeto em formato PDF, acompanhado <strong>da</strong><br />

versão impressa.<br />

3.1 - Mapa Geológico<br />

As informações <strong>geológica</strong>s estão disponíveis no<br />

Mapa Geológico do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto, na escala<br />

15<br />

1:100.000, em formato digital para impressão (PDF)<br />

e no Sistema de Informações Geográficas (SIG), disponíveis<br />

no DVD do projeto. As informações <strong>da</strong> cartografia<br />

<strong>geológica</strong> foram compila<strong>da</strong>s e integra<strong>da</strong>s dos<br />

mapas efetuados por Baeta Jr. et al.(1972), Fuck et<br />

al. (1980), Danni et al. (1982) Moraes (1992, 1997),<br />

Souza & Leão Neto (1997) e Nilson et al. (1996).<br />

A legen<strong>da</strong> do mapas contém as uni<strong>da</strong>des estratigráficas<br />

representa<strong>da</strong>s em boxes com a cor e o código<br />

<strong>da</strong>s mesmas em correspondência com o mapa,<br />

acrescidos de breve descrição. O código está organizado<br />

na seguinte seqüência: a(s) primeira(s)<br />

letra(s) corresponde(m) à representação de eras e<br />

de períodos (MP = Mesoproterozóico, K = Cretáceo,<br />

etc.) O número que segue, quando presente, representa,<br />

cronologicamente, a subdivisão de Éon, Era,<br />

Período ou Estágio, de 1 a 2 (Carbonífero, Cretáceo,<br />

Neógeno e Quaternário), de 1 a 3 (a maioria <strong>da</strong>s eras<br />

e períodos), e de 1 a 4 (Arqueano, Paleoproterozóico<br />

e Siluriano). As últimas letras, com dois ou três<br />

dígitos, equivalem ao nome de ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de. Quando<br />

a uni<strong>da</strong>de é de rocha ígnea, entre os códigos alfanuméricos<br />

iniciais (cronoestratigrafia) e as letras<br />

finais (nome <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de), inseriram-se símbolos que<br />

representam o tipo de magmatismo dominante: γ<br />

(gamma) = plutonismo félsico, α (alfa) = vulcanismo<br />

félsico, β (beta) = vulcanismo máfico, δ (delta) = plutonismo<br />

máfico, μ (mu) = plutonismo ultramáfico, τ<br />

(teta) = vulcanismo ultramáfico, ε (epsilon) = pluto-<br />

Figura 1 – Localização <strong>da</strong>s <strong>área</strong>s prospecta<strong>da</strong>s no Projeto<br />

Platina Goiás/Tocantins<br />

15


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 2 – Localização e acesso – Área <strong>Barro</strong> Alto/GO-<br />

03<br />

Figura 3 – Localização do Projeto <strong>Barro</strong> Alto – GO-03, nas folhas topográficas 1:100.000<br />

nismo e vulcanismo alcalino. Quando há mais de um<br />

evento magmático, geralmente aplicado a rochas plutônicas<br />

félsicas (γ), são acrescidos números que representam<br />

as i<strong>da</strong>des relativas (γ1, γ2, γ3, etc.). Exemplo:<br />

Em NP2μ2b, NP significa Neoproterozóico 2 Criogeniano,<br />

μ rocha plutônica ultramáfica 2 i<strong>da</strong>de relativa<br />

e b o nome <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de, Zona Ultramáfica. O arquivo<br />

shape de geologia contém informações sobre<br />

as denominações <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des litoestratigráficas,<br />

principais litótipos e classes de rocha.<br />

O mapa geológico também contém as feições es-<br />

16<br />

Tabela 1 - Coordena<strong>da</strong>s limítrofes <strong>da</strong>s sub<strong>área</strong>s do Projeto<br />

<strong>Barro</strong> Alto - GO-03<br />

truturais, jazimentos minerais, substâncias minerais,<br />

acrescido <strong>da</strong> localização <strong>da</strong>s amostras de sedimento<br />

de corrente e concentrado de bateia coleta<strong>da</strong>s durante<br />

as ativi<strong>da</strong>des prospectivas do projeto na escala<br />

1:50.000. As informações planimétricas foram<br />

extraí<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s folhas topográficas 1:100.000 (DSG):<br />

Uruaçu (SD-22-Z-B-IV), <strong>Barro</strong> Alto (SD-22-Z-B-V),<br />

Ceres (SD-22-Z-C-III), Goianésia (SD-22-Z-D-I) e Vila<br />

Propício (SD-22-Z-D-II). A elaboração do mapa geológico,<br />

no formato Corel Draw, foi realiza<strong>da</strong> no Departamento<br />

de Recursos Minerais (DEREM-Sede).


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 4 – Articulação <strong>da</strong>s sub<strong>área</strong>s do projeto – Área <strong>Barro</strong> Alto –GO-03.<br />

3.2 - Sistema de Informações Geográficas - SIG<br />

O Sistema de Informações Geográficas (SIG) do<br />

projeto apresenta, em formato digital, as informações<br />

<strong>da</strong> cartografia <strong>geológica</strong>, resultados de análises<br />

químicas de sedimento de corrente e concentrados<br />

de bateia, imagens geofísicas e de sensoriamento<br />

remoto e informações de recursos minerais do Mapa<br />

Geológico do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. Os temas do mapa<br />

estão organizados em pastas no DVD, com arquivos<br />

no formato shape file elaborados no software ArcGis<br />

9.3 e disponibilizados no sitema de coordena<strong>da</strong>s<br />

geográficas – <strong>da</strong>tum WGS-1984. A visualização dos<br />

temas é feita mediante o software ArcExibe, desenvolvido<br />

pela <strong>CPRM</strong>, de livre distribuição.<br />

Os arquivos digitais <strong>da</strong> base planimétrica foram<br />

digitalizados na Superintendência Regional de Goiânia<br />

(SUREG-GO). Os temas de geologia e estruturas<br />

foram digitalizados pela Micrograph Computação Gráfica<br />

Lt<strong>da</strong>, com vetorização no software Microstation.<br />

A geração <strong>da</strong>s imagens de geofísica foi feita pela Divisão<br />

de Geofísica (DIGEOF) e as de sensoriamento<br />

remoto, relevo sombreado e fusão <strong>da</strong> geologia e MDT<br />

pela <strong>da</strong> Divisão de Avaliação de Recursos Minerais<br />

(DIARMI-SA). As coordena<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s amostras de <strong>geoquímica</strong><br />

(concentrado de bateia e sedimento de corrente)<br />

foram extraí<strong>da</strong>s por digitalização dos pontos<br />

de amostragem no software Maxicad. A organização<br />

final dos arquivos digitais do SIG coube ao Departamento<br />

de Recursos Minerias (DEREM-Sede) e a montagem<br />

do SIG do projeto, no ambiente ArcExibe, à<br />

pela Divisão de Geoprocessamento (DIGEOP-SA).<br />

3.3 – Geofísica<br />

Aeromagnetometria e Aerogamaespectrometria<br />

O polígono limítrofe do Projeto <strong>Barro</strong> Alto é coberto<br />

por três projetos aerogeofísicos: Projeto Geofísico<br />

17<br />

Brasil Canadá – PGBC (1975), Projeto Aerogeofísico<br />

Arco Magmático de Arenópolis (2004) e Projeto Aerogeofísico<br />

Paleo-Neoproterozóico do Nordeste de<br />

Goiás (2006).<br />

O Projeto Geofísico Brasil Canadá – PGBC, de caráter<br />

regional, abrange os estados Goiás, Tocantins,<br />

Mato Grosso e Pará e foi realizado por convênio entre<br />

o Departamento <strong>da</strong> Produção Mineral (DNPM) e<br />

Serviço Geológico do Canadá (SGC) em 1975. Os<br />

<strong>da</strong>dos foram adquiridos sem a tecnologia GPS com<br />

os seguintes parâmetros gerais: altura de vôo de<br />

150 m; direção <strong>da</strong>s linhas de vôo N-S; espaçamento<br />

<strong>da</strong>s linhas de vôo de 2000 m; direção <strong>da</strong>s linhas de<br />

controle E-W e espaçamento <strong>da</strong>s linhas de controle<br />

de 14.000 m.<br />

O Projeto Aerogeofísico Arco Magmático de Arenópolis<br />

(número de série <strong>CPRM</strong> 3009) foi executado<br />

em 2004 e o Projeto Aerogeofísico Paleo-Neoproterozóico<br />

do Nordeste de Goiás (número de série <strong>CPRM</strong><br />

3013) no ano de 2006 por meio de convênio do Governo<br />

Federal (Ministério de Minas e Energia-Secretaria<br />

de Geologia, Mineração e Transformação Mineral/Serviço<br />

Geológico do Brasil - <strong>CPRM</strong>) e o Estado de<br />

Goiás (Secretaria <strong>da</strong> Indústria e Comércio\ Superintendência<br />

de Geologia e Mineração), com a realização<br />

do levantamento e pré-processamento pela Lasa<br />

Engenharia Lt<strong>da</strong>. Estes levantamentos são de alta<br />

resolução e ambos apresentam os seguintes parâmetros<br />

de aquisição de <strong>da</strong>dos: altura de vôo de 100<br />

m, direção linhas de vôo N-S, espaçamento <strong>da</strong>s linhas<br />

de vôo 500 m, direção linhas de controle E-W e<br />

espaçamento <strong>da</strong>s linhas de controle de 5 km (http:/<br />

/www.cprm.gov.br/aero/3000/aero3000.htm). As características<br />

instrumentais de taxa de amostragem<br />

e resolução instrumental são respectivamente de 10<br />

Hz e 0,001 nT para o magnetômetro, 10 Hz e 1m<br />

para altímetros, 1 Hz e 1,0 cps para espectrômetro e<br />

1 Hz para GPS.<br />

17


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Nas medi<strong>da</strong>s magnéticas foram efetua<strong>da</strong>s a correção<br />

altimétrica e a remoção do IGRF, <strong>da</strong> variação<br />

diurna do campo magnético terrestre e do erro “paralax”<br />

do sistema e o nivelamento. Nas medi<strong>da</strong>s de<br />

gamaespectrometria foram realiza<strong>da</strong>s a correção do<br />

dead-time, correção do efeito compton, de background<br />

e altimétrica, correção de temperatura e pressão,<br />

nivelamento radiométrico, correção de erro de “paralax”,<br />

conversão <strong>da</strong>s contagens em elementos de<br />

concentração, cálculo do fator de sensibili<strong>da</strong>de e conversão<br />

do <strong>da</strong>do de CPS para uni<strong>da</strong>de de concentração<br />

(K- %, eU e eTh - ppm, CT- μR/h).<br />

Processamento dos Dados Os <strong>da</strong>dos geofísicos<br />

do Projeto Geofísico Brasil-Canadá (PGBC) e dos dois<br />

outros projetos de alta resolução foram processados<br />

separa<strong>da</strong>mente. Destaca-se que o PGBC possuí<br />

uma resolução muito inferior aos outros dois projetos,<br />

tendo sido utilizado para preencher a lacuna de<br />

<strong>da</strong>dos em parte <strong>da</strong> <strong>área</strong> do Projeto <strong>Barro</strong> Alto.<br />

Para os projetos Aerogeofísico Arco Magmático de<br />

Arenópolis e Aerogeofísico Paleo-Neoproterozóico do<br />

Nordeste de Goiás foram definidos a dimensão de<br />

125m para a célula de interpolação (um quarto do<br />

espaçamento entre as linhas de produção) e os métodos<br />

interpoladores bi-direcional e mínima curvatura,<br />

para magnetometria e gamaespectrometria respectivamente.<br />

Nos <strong>da</strong>dos magnetométricos foram<br />

minimizados os efeitos <strong>da</strong> amostragem irregular e<br />

processados algoritmos com os gradientes horizontais<br />

e vertical do Campo Magnético Anômalo, com o<br />

intuito de produzir imagens que realçassem as mu<strong>da</strong>nças<br />

bruscas <strong>da</strong>s variações <strong>da</strong> susceptibili<strong>da</strong>de<br />

magnética. Os <strong>da</strong>dos foram iluminados com uma inclinação<br />

<strong>da</strong> fonte de 45° e azimute de 135°. Os diversos<br />

produtos magnetométricos e gamaespectrométricos<br />

são apresentados somente em formato<br />

digital no SIG do projeto.<br />

3.4 - Modelo Digital de Terreno<br />

O relevo sombreado de Modelo Digital de Terreno<br />

(MDT), apresentado no SIG do projeto, foi obtido a<br />

partir do Modelo Digital de Terreno <strong>da</strong> América do Sul<br />

produzido a partir dos <strong>da</strong>dos SRTM - Shuttle Ra<strong>da</strong>r<br />

Topography Mission, corrigidos e projetados ao Datum<br />

WGS-84. O relevo sombreado de Modelo Digital<br />

de Terreno (MDT) tem fonte de iluminação artificial<br />

de 45° de elevação e 315° de azimute. O contraste<br />

<strong>da</strong> imagem final foi obtido por ampliação linear, com<br />

saturação de 2% nos extremos do histograma. A<br />

resolução espacial é de 30 m. O processamento digital<br />

foi realizado no software ENVI. A fonte dos <strong>da</strong>dos<br />

do Modelo Digital de Terreno compreendeu os arquivos<br />

disponíveis do Projeto “Topo<strong>da</strong>ta – Banco de<br />

Dados Geomorfométricos do Brasil”, executado pela<br />

Divisão de Sensoriamento Remoto, do Instituto Nacional<br />

de Pesquisas Espaciais (INPE), que providenciou<br />

a reamostragem para 30m utilizando como método<br />

de interpolação a Krigagem. Este aumento de<br />

resolução teve como base os <strong>da</strong>dos do SRTM (<strong>da</strong>dos<br />

de domínio público, disponíveis no U. S. Geological<br />

18<br />

Survey), com resolução espacial original de 90m, do<br />

EROS Data Center, Sioux Falls, SD.<br />

3.5 – Imagens de Satélite - Mosaico GeoCover<br />

2000<br />

As imagens do satélite Landsat ETM 7 estão incluídos<br />

no SIG do projeto e apresentam-se no formato<br />

Geotiff, com cobertura na <strong>área</strong> do mapa geológico<br />

do projeto. As Imagens do satélite Landsat ETM<br />

7 são resultante do “sharpening” ou fusão <strong>da</strong>s ban<strong>da</strong>s<br />

7, 4, 2 e 8. As imagens do Mosaico Geocover<br />

Landsat 7 foram coleta<strong>da</strong>s no período de 1999/ 2000<br />

e apresentam resolução espacial de 14,25 m. Além<br />

<strong>da</strong> exatidão cartográfica, o Mosaico GeoCover possui<br />

outras vantagens como: a facili<strong>da</strong>de de aquisição<br />

dos <strong>da</strong>dos sem ônus, âncora de posicionamento,<br />

boa acurácia e a abrangência mundial.<br />

3.6 - Integração Geologia x Modelo Digital do Terreno<br />

SRTM<br />

A missão SRTM (Shuttle Ra<strong>da</strong>r Topography Mission)<br />

foi dirigi<strong>da</strong> pela National Aeronautics and Space Administration<br />

- NASA, com o propósito de gerar um MDT<br />

de alta quali<strong>da</strong>de entre as latitudes de 60°N e 57°<br />

S, cobrindo aproxima<strong>da</strong>mente 80% <strong>da</strong> superfície terrestre,<br />

utilizando um sistema de Ra<strong>da</strong>r de Abertura<br />

Sintética – SAR operando no modo interferométrico<br />

com as ban<strong>da</strong>s C e X. Sua resolução é de 30m (~1<br />

arco de segundo). O MDT possui exatidão absoluta<br />

de ±16 m em 90% dos <strong>da</strong>dos sendo bastante usado<br />

para derivação automática do relevo como curvas de<br />

nível, declivi<strong>da</strong>de, orientação de vertentes, hipsometria,<br />

perfil topográfico, modelos 3D, dentre outras. A<br />

partir deste MDT foi gerado um mapa de relevo sombreado,<br />

e em segui<strong>da</strong> integrado ao mapa de geologia<br />

através <strong>da</strong> Fusão HSV. A imagem integra<strong>da</strong> do<br />

mapa geológico com o modelo digital do terreno está<br />

disponível no DVD com resolução espacial de 15 m,<br />

em formato geotif.<br />

3.7 - Coleta de Amostras e Análises Laboratoriais<br />

A <strong>prospecção</strong> <strong>geoquímica</strong> foi efetua<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong><br />

amostragem simultânea de sedimento de corrente<br />

(amostra composta) e concentrado de bateia efetua<strong>da</strong><br />

ao longo de canais ativos de drenagens de 1ª e<br />

2ª ordens, com espaçamento de 300 m, que totalizou<br />

3224 amostras de sedimento de corrente e 3224<br />

amostras de concentrado de bateia.<br />

3.7.1 - Sedimento de Corrente<br />

As amostras de sedimento de corrente foram<br />

coleta<strong>da</strong>s com cerca de 0,5 litros e peneira<strong>da</strong>s para<br />

descarte <strong>da</strong> fração superior a 1 mm. As frações<br />

inferiores apresentaram 300 a 700 g e foram seca<strong>da</strong>s<br />

em estufa a 60-80ºC, peneira<strong>da</strong>s, quartea<strong>da</strong>s e<br />

pulveriza<strong>da</strong>s em frações inferiores a 100 mesh para<br />

análise química.<br />

No Laboratório Central de Análise de Minerais-LAMIN-


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

<strong>CPRM</strong> foram analisa<strong>da</strong>s 2361 amostras para Cu, Zn,<br />

Co, Ni, Cr e Au. Foi utiliza<strong>da</strong> digestão por ácido nítrico<br />

a quente (Cu, Zn, Co, Ni), ácido fosfórico (Cr) e ácido<br />

bromídrico e bromo (Au). A dosagem dos elementos<br />

foi realiza<strong>da</strong> por espectrometria de absorção atômica<br />

(AA) com limites inferiores de detecção de 1 ppm (Cu,<br />

Zn, Co e Ni), 5 ppm (Cr) e 0,02 ppm (Au). No Laboratório<br />

NOMOS Lt<strong>da</strong> foram análisa<strong>da</strong>s 863 amostras (Sub<strong>área</strong><br />

Rubiataba e parte <strong>da</strong> Sub<strong>área</strong> Ceres), com dosagem<br />

por absorção atômica (AA) e limites de detecção de<br />

1 ppm (Cu, Zn, Co, Ni) e 0,001 ppm (Au). As amostras<br />

destas sub<strong>área</strong>s não foram analisa<strong>da</strong>s para Cr.<br />

3.7.2 - Concentrado de Bateia<br />

As amostras de concentrados de bateia foram<br />

coleta<strong>da</strong>s com cerca de 15 litros, peneira<strong>da</strong>s para<br />

descarte <strong>da</strong> fração superior a 3 milímetros e batea<strong>da</strong>s,<br />

com obtenção de concentrados de 300 a 1000<br />

g. A separação <strong>da</strong> fração pesa<strong>da</strong> foi efetua<strong>da</strong> pelo<br />

Laboratório SGS Lt<strong>da</strong> com emprego de bromofórmio.<br />

No Laboratório Nomos Lt<strong>da</strong> foram analisa<strong>da</strong>s 2862<br />

amostras para Pt, Pd, Au, a partir de pré-concentração<br />

por fire-assay com coletor de chumbo e dosagem<br />

por espectrometria de absorção atômica (AA), com<br />

limites inferiores de detecção de 3 ppb (Pt) 1 ppb<br />

(Pd) e 1 ppb (Au).<br />

Alguns lotes (313 amostras) foram analisados<br />

pelo Laboratório Central de Análise de Minerais –LA-<br />

MIN-<strong>CPRM</strong>, utilizando-se de fusão e dosagem por<br />

espectrometria de absorção atômica (AA). Nos primeiros<br />

lotes foram utilizados limites de detecção de<br />

40 ppb (Pt) 10 ppb (Pd) e 20 ppb (Au). Posteriormente,<br />

outros lotes de amostras foram dosados com<br />

2 ppb (Pt), 4 ppb (Pd) e 1 ppb (Au), respectivamente<br />

agrupados sob a denominação informal. de LAMIN-1<br />

(115 amostras) e LAMIN-2 (198 amostras). Um lote<br />

restrito de amostra (49 amostras: PS-B-025 a PS-B-<br />

073) foi analisado pelo Laboratório GEOLAB–GEOSOL<br />

Geologia e Son<strong>da</strong>gem Lt<strong>da</strong>. A sua dosagem foi realiza<strong>da</strong><br />

por espectrometria de absorção atômica (AA), com<br />

limites de detecção de 20 ppb (Pt) 10 ppb (Pd) e 10<br />

ppb (Au).<br />

Amostras com teores de Pt + Pd superiores a 100<br />

ppb foram analisa<strong>da</strong>s mineralogicamente pelo Laboratório<br />

SGS Lt<strong>da</strong>, com separação dos grãos metálicos<br />

para posterior determinação semi-quantitativa de<br />

sua composição por meio de microscopia eletrônica<br />

de varredura com EDS na Pontifícia Universi<strong>da</strong>de<br />

Católica do Rio de Janeiro.<br />

3.8 - Tratamento dos Dados Geoquímicos<br />

A caracterização estatística dos resultados analíticos<br />

foi efetua<strong>da</strong> com os programas SUMEST (GEO-<br />

QUANT-<strong>CPRM</strong>) e EXCEL, representados na forma de<br />

sumários estatísticos e matrizes de correlações, conforme<br />

Maranhão (1989) e Licht (1998). A confecção<br />

dos mapas de anomalias <strong>geoquímica</strong>s foi realiza<strong>da</strong><br />

com o programa ArcGis.<br />

O tratamento estatístico dos <strong>da</strong>dos de sedimento<br />

de corrente foi inicialmente efetuado por testes<br />

19<br />

de melhor ajuste às distribuições normal ou log-normal.<br />

Na distribuição normal os valores obedecem à<br />

curva simétrica defini<strong>da</strong> pela função de probabili<strong>da</strong>de:<br />

f(x) = {1/σ(2π) ½ }e -½{(x-μ)/σ2}<br />

onde σ= desvio padrão, μ= média.<br />

Na distribuição log-normal os <strong>da</strong>dos descrevem<br />

uma curva assimétrica defini<strong>da</strong> pela função:<br />

19<br />

f(x) = {1/σ(2π) ½ }e<br />

-½ {(lnx-μ)/2σ2}2<br />

onde σ= desvio padrão dos logarítimos, μ= média dos<br />

logarítimos.<br />

Para observar a melhor aderência a uma distribuição<br />

foram aplicados os testes de Kolmogorov-Smirnof<br />

(K-S) e do Qui-quadrado (χ), a níveis de significância<br />

de 5% e 1%. No teste de K-S obtêm-se o índice D<br />

= 1,36 (n) ½ para nível de significância de 5% e D =<br />

1,63 (n) ½ para o nível de significância de 1%, o qual<br />

deverá ser comparado com as freqüências acumula<strong>da</strong>s<br />

observa<strong>da</strong>s e teóricas de diferentes intervalos<br />

de classe. Se a diferença entre a freqüência observa<strong>da</strong><br />

e a teórica de pelo menos uma <strong>da</strong>s classes for<br />

superior à D, a hipótese do tipo de distribuição admiti<strong>da</strong><br />

será aceita.<br />

No teste do Qui-quadrado (χ 2 ) empregou-se a fórmula:<br />

χ 2 = k Σ i=1 {(f(o)i – f(t)i) 2 /f(t)i}<br />

onde, k= número de intervalo de classes, f(t) = função<br />

de densi<strong>da</strong>de acumula<strong>da</strong> teórica e f(o) = função<br />

de densi<strong>da</strong>de acumula<strong>da</strong> observa<strong>da</strong>.<br />

Quando χ 2 for inferior a χ 2<br />

0,95<br />

ou χ2<br />

0,99<br />

(com grau de<br />

liber<strong>da</strong>de (ν); =k-3 ), obtidos na tabela de porcentagem<br />

<strong>da</strong> distribuição de Qui-quadrados, a hipótese<br />

do tipo de distribuição considera<strong>da</strong> será aceita.<br />

Os <strong>da</strong>dos de concentrado de bateia freqüentemente<br />

ocorrem abaixo do limite de detecção. Em vista<br />

disto, utilizou-se os valores dos percentis >99,4%,<br />

95-99,4%, 90-95% e


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 5 – Mapa dos domínios geotectônicos <strong>da</strong> porção leste <strong>da</strong> Província Tocantins com a localização do Complexo<br />

de <strong>Barro</strong> Alto (a<strong>da</strong>ptado de Fuck et. al. 1994, Dardene 2000).<br />

víncia Tocantins, durante o Mesoproterozóico. Entretanto,<br />

permanecem em discussão os aspectos relativos<br />

a sua evolução e <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des <strong>geológica</strong>s regionais.<br />

As uni<strong>da</strong>des <strong>geológica</strong>s adjacentes ao Complexo<br />

Máfico-Ultramáfico de <strong>Barro</strong> Alto são representa<strong>da</strong>s<br />

pelo Complexo Granito-Gnáissico, a Seqüência Metavulcano-Sedimentar<br />

de Juscelândia e os Grupos<br />

Araxá/Serra <strong>da</strong> Mesa e Paranoá, cujos litotipos não<br />

formam descritos devido ao enfoque do trabalho. A<br />

uni<strong>da</strong>de <strong>geológica</strong> em estudo será informalmente<br />

referi<strong>da</strong> como Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

5 - GEOLOGIA LOCAL<br />

5.1 – Introdução<br />

O Complexo de <strong>Barro</strong> Alto corresponde ao maior<br />

conjunto contínuo de rochas máfico-ultramáficas acama<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

do Brasil e, por isto, importante <strong>área</strong> para<br />

estudos de evolução crustal <strong>da</strong> Província Tocantins e<br />

a <strong>prospecção</strong> de metais básicos e Elementos do Grupo<br />

<strong>da</strong> Platina (EGP) (Fig.6). Possui cerca de 150 km<br />

de comprimento e 10 a 22 km de largura, formado<br />

20<br />

por dois segmentos justapostos. O segmento ocidental<br />

(orientação aproxima<strong>da</strong> EW) e o de segmento<br />

oriental (orientação NE/SW) estão aparentemente<br />

ajustados à estruturação <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des <strong>geológica</strong>s<br />

regionais. O segmento ocidental se ajusta à Megainflexão<br />

dos Pirineus e o oriental é controlado pelo<br />

Sistema de Falhas Rio Maranhão (Fonseca e Dardenne<br />

1995). Oliveira (1993) e Ferreira Filho (1999) sugerem<br />

que estes segmentos estão em contato tectônico<br />

e são delimitados por falhas transcorrentes<br />

de direção geral EW.<br />

O complexo é constituído por duas associações<br />

de rochas máfico-ultramáficas de filiação toleiítica,<br />

tectonicamente justapostas, aparentemente com<br />

origem e história <strong>geológica</strong> distintas. A estas se somam<br />

restritas ocorrências de rochas metassedimentares<br />

e intrusões félsicas. O conjunto foi metamorfisado<br />

na fácies anfibolito a granulito.<br />

Dados de levantamentos gravimétricos regionais<br />

mostram que o complexo é contornado por forte gradiente<br />

nas bor<strong>da</strong>s sul e leste. O modelamento destes<br />

<strong>da</strong>dos sugere que o complexo tem a forma de<br />

cunha com caimento para norte e noroeste, respectivamente<br />

(Assumpção et al. 1985).


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 6 - Mapa geológico simplificado do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto (compilado de Baeta Jr. et al. 1972; Fuck et al.<br />

1980; Danni et al. 1982; Moraes 1992, 1997; Souza & Leão Neto 1997; Nilson et al. 1996).<br />

O Complexo de <strong>Barro</strong> Alto contém importante jazi<strong>da</strong><br />

de níquel laterítico, com reservas (medi<strong>da</strong> + indica<strong>da</strong><br />

+ inferi<strong>da</strong>) de 72,10 milhões de tonela<strong>da</strong>s e<br />

teor médio de 1,67% de Ni metálico (Baeta Jr. 1986),<br />

inicialmente defini<strong>da</strong> pela Companhia de Mineração de<br />

Ferro e Carvão (FERTECO S.A.), no período de 1969 a<br />

1972, e concluí<strong>da</strong> pela BAMINCO Mineração e Siderurgia<br />

S.A em 1974. Atualmente a jazi<strong>da</strong> pertence ao<br />

Grupo Anglo American, que redefiniu um total de recursos<br />

<strong>da</strong> ordem de 112 milhões de tonela<strong>da</strong>s, com<br />

teor médio de 1,54% de níquel, sendo que 62,4 milhões<br />

de tonela<strong>da</strong>s mostram teor médio de 1,66%<br />

de níquel. A partir de 2007, foram programa<strong>da</strong>s a<br />

expansão <strong>da</strong> mina em operação e construção de planta<br />

metalúrgica para a produção de 36 mil tonela<strong>da</strong>s<br />

de níquel contido em ferroníquel (Anglo American<br />

2008).<br />

A faixa mineraliza<strong>da</strong> se localiza na uni<strong>da</strong>de ultramáfica<br />

peridotítica, a qual possui cerca de 18 km de<br />

comprimento por 1,4 km de largura e é parte do segmento<br />

oriental do complexo. Trescases & Oliveira<br />

(1981) e Baeta Jr. (1986) descrevem as principais<br />

zonas do perfil de intemperismo e reconhecem a importância<br />

<strong>da</strong> evolução fisiográfica <strong>da</strong> região no desenvolvimento<br />

e preservação <strong>da</strong>s zonas ricas em níquel.<br />

O perfil de intemperismo ideal compreende, <strong>da</strong><br />

21<br />

base para o topo, de peridotitos serpentinizados,<br />

horizontes de saprólitos e cobertura laterítica, localmente<br />

com intervalos de silicificação <strong>da</strong>dos por silcretes<br />

e silexito.<br />

Segundo (Trescases & Oliveira 1981), os teores<br />

de Ni ocorrem principalmente em saprólito grosso<br />

coerente e homogêneo resultante <strong>da</strong> substituição de<br />

olivina por esmectita, em saprólito argiloso caracterizado<br />

pela per<strong>da</strong> de coesão e substituição <strong>da</strong> serpentina<br />

por nontronita (Fe-esmectita) que evolui para<br />

saprólito ferruginoso, no qual os Fe-silicatos foram<br />

substituidos por hidróxidos de ferro (nontronita →goetita).<br />

A passagem para o horizonte laterítico é marca<strong>da</strong><br />

pelo desaparecimento <strong>da</strong> estruturação dos saprólitos,<br />

com ingresso de goetita, a qual origina material<br />

de granulação fina e pulverulento. As maiores<br />

concentrações de Ni foram observa<strong>da</strong>s ao longo <strong>da</strong><br />

transição entre horizontes de saprólito grosso coerente<br />

e saprólito argiloso e estão relaciona<strong>da</strong>s com<br />

a presença de nontronita. Teores menores ocorrem<br />

nos horizontes de saprólito ferruginoso e laterítico e<br />

se devem à presença de goetita. Altos teores de<br />

cobalto e manganês ocorrem no horizonte laterítico<br />

sob a forma de concreções de asbolana, assim como<br />

significativos valores de Au (1 g/t) e Ag (3 g/t) (Baeta<br />

Jr. 1986; Trescases & Oliveira 1981).<br />

21


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Além de Ni, destaca-se ain<strong>da</strong> a caracterização de<br />

importantes depósitos de bauxita pela Empresa de<br />

Desenvolvimento em Mineração e Participações Lt<strong>da</strong><br />

(EDEM), a partir de 1999, associa<strong>da</strong>s às rochas anortosíticas<br />

do complexo. Foram defini<strong>da</strong>s reservas de<br />

cerca 160 milhões de tonela<strong>da</strong>s com teores de 47,40<br />

a 52,64% de alumina aproveitável, entretanto, avaliações<br />

complementares, ain<strong>da</strong> em curso, indicam a<br />

ampliação <strong>da</strong>s reservas para cerca de 300 milhões<br />

de tonela<strong>da</strong>s (EDEM 2007). Partes de suas <strong>área</strong>s de<br />

pesquisa foram negocia<strong>da</strong>s com a Mineração Curimbaba<br />

(com reservas de 4 a 10 milhões de tonela<strong>da</strong>s)<br />

e Companhia Brasileira de Alumínio – CBA (com reservas<br />

de 20 milhões de tonela<strong>da</strong>s e teor 55% de<br />

alumina aproveitável), que planejam a abertura de<br />

minas e o beneficiamento do minério.<br />

Registra-se ain<strong>da</strong> uma pequena lavra abandona<strong>da</strong><br />

de amianto, próximo à locali<strong>da</strong>de de Santo Antônio<br />

<strong>da</strong> Laguna, explota<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> de 1950 pela<br />

Socie<strong>da</strong>de Anônima Mineração de Amianto (SAMA).<br />

5.2 – Trabalhos Anteriores<br />

A primeira referência ao Complexo de <strong>Barro</strong> Alto<br />

devem-se a Barbosa (1959), segui<strong>da</strong> de Godoy<br />

(1968), Berbert (1968 1970) e Barbosa et al. (1969)<br />

que suscintamente descrevem as ocorrências de corpos<br />

máfico-ultramáficos do Estado de Goiás.<br />

O primeiro mapeamento geológico sistemático do<br />

complexo foi efetuado por Baeta Jr. et al. (1972 ), no<br />

qual os autores individualizam as principais uni<strong>da</strong>des<br />

estratigráficas e as agrupam em uma Seqüência<br />

Ocidental Indiferencia<strong>da</strong>, com predomínio de gabros<br />

e corpos orto-paraderivados granulitizados, e uma<br />

Seqüência Oriental Diferencia<strong>da</strong>, subdividi<strong>da</strong> nas<br />

zonas Basal, Ultramáfica, Anortosítica, Intermediária<br />

e de Topo (Fig. 7).<br />

Estudos petrológicos foram efetuados por Stache<br />

(1976), Figueiredo (1978) e Girardi et al. (1981), os<br />

quais apresentam novas sugestões de compartimentação<br />

estratigráfica e evolução magmática do complexo.<br />

Girardi et al. (1981) consideram o complexo<br />

como contendo 4 uni<strong>da</strong>des denomina<strong>da</strong>s de Zona<br />

Basal (metagabro e anfibolitos), Zona Ultramáfica<br />

(metaperidotitos ± piroxenitos), Zona Anortosítica<br />

(anortosito e metagabro) e Zona Superior (gabro<br />

ofítico, parcialmente recristalizado). Segundo os autores,<br />

<strong>da</strong>dos de química mineral sugerem forte associação<br />

entre os litótipos <strong>da</strong> Zona Ultramáfica e<br />

Zona Anortosítica, com derivação a partir de um mesmo<br />

líquido ou de líquidos de composição semelhante<br />

e, estudos geobarométricos, condições de cristalização<br />

magmática sob pressão inferior a 5 kbar e recristalização<br />

metamórfica na fácies granulito sob pressão<br />

de 5-6 kbar e temperatura de cerca de 800º C.<br />

Fuck et al. (1981) e Danni et al. (1984), em trabalhos<br />

de mapeamento geológico de escala 1:50.000<br />

do segmento ocidental do complexo, individualizaram<br />

três uni<strong>da</strong>des, isto é, a Seqüência Granulítica<br />

Serra de Santa Bárbara, a Plutônica Serra <strong>da</strong> Malacacheta<br />

e a Seqüência Metavulcano-Sedimentar de<br />

Juscelândia. A Seqüência Granulítica Serra de Santa<br />

22<br />

Bárbara foi caracteriza<strong>da</strong> como a uni<strong>da</strong>de basal, com<br />

predomínio de rochas granulitiza<strong>da</strong>s máficas (metagabronorito,<br />

metanorito e metapiroxenitos), ultramáficas<br />

e félsicas (intrusões noríticas e granodioríticas).<br />

A Seqüência Plutônica Serra <strong>da</strong> Malacacheta, no Segmento<br />

Oriental, foi caracteriza<strong>da</strong> por gabro, anortosito,<br />

troctolito e olivina gabro, e, no Segmento Ocidental,<br />

por anfibolitos ban<strong>da</strong>dos grossos, interpretados<br />

como representantes metamórficos dos litótipos<br />

do Segmento Oriental. A Seqüência Metavulcano-Sedimentar<br />

de Juscelândia, metamorfiza<strong>da</strong> na<br />

fácies xisto-verde a anfibolito, foi subdividi<strong>da</strong> nas<br />

uni<strong>da</strong>des Inferior, de anfibolitos finos com intercalações<br />

de metachert, Intermediária de biotita gnaisse<br />

fino com intercalações de xistos, e a Superior de rochas<br />

metassedimentares representa<strong>da</strong>s por mica<br />

xisto, grana<strong>da</strong>-muscovita quartzito, anfibolito fino,<br />

metachert e formações ferríferas subordina<strong>da</strong>s. Os<br />

contatos entre as seqüências são predominantemente<br />

falhas reversas, as quais também justapõem a<br />

Seqüência Metavulcano-Sedimentar de Juscelândia<br />

e o Grupo Araxá sobre as sequências plutônicas e<br />

estas sobre os terrenos granito-gnáissicos.<br />

Oliveira (1993) intepreta os litótipos do segmento<br />

ocidental do complexo como produtos de intrusão<br />

acama<strong>da</strong><strong>da</strong> toleítica e o subdivide em duas zonas<br />

estratigráficas, isto é, a Zona de Tectonitos Basais e<br />

a Zona Máfica Acama<strong>da</strong><strong>da</strong>, reuni<strong>da</strong>s sob a denominação<br />

de Série Magmática Goianésia. A Zona Máfica<br />

foi subdivi<strong>da</strong><strong>da</strong> em seis subzonas caracteriza<strong>da</strong>s por<br />

uni<strong>da</strong>des cíclicas resultantes de fracionamento magmático<br />

e compostas, <strong>da</strong> base para o topo, por piroxenito<br />

seguidos de norito, anortosito e subordina<strong>da</strong>mente<br />

gabronorito.<br />

Suíta (1996) investigou as características estratigráficas,<br />

petrográficas, petrológicas e geocronológicas<br />

<strong>da</strong> porção norte do complexo, sugerindo uma<br />

compartimentação estratigráfica em quatro uni<strong>da</strong>des<br />

principais: Seqüência Santa Bárbara, Seqüência Ultramáfica,<br />

Seqüência Serra Grande (+ Seqüência Sul)<br />

e Seqüência Malacacheta, justapostas por contatos<br />

tectônicos. Segundo o autor, a Seqüência Santa Bárbara<br />

é a uni<strong>da</strong>de basal do complexo e forma<strong>da</strong> por<br />

metanorito e metagabronorito, com restritos protomilonitos<br />

e ultramilonitos granulitizados de metapiroxenito,<br />

sotoposta a grana<strong>da</strong>-anfibolito milonítico<br />

ban<strong>da</strong>do. A Seqüência Ultramáfica comprende dunito<br />

e peridotitos harzburgíticos cumuláticos, deformados<br />

e granulitizados. A Seqüência Serra Grande, correlacionável<br />

parcialmente com a Seqüência Serra <strong>da</strong><br />

Malacacheta de Danni et al. (1984) e Fuck et al.<br />

(1981), compreende gabronoritos, gabros, anortositos<br />

e corpos diferenciados e/ou intrusões de hornblen<strong>da</strong>-gabro<br />

pegmatítico. A Seqüência Sul, localizase<br />

no Segmento Ocidental, é correlaciona<strong>da</strong> com a<br />

Seqüência Serra Grande devido às semelhanças petrográficas<br />

e <strong>geoquímica</strong>s de ambas e consiste de<br />

gnaisses metamáficos milonitizados e blastomilonitizados.<br />

A Seqüência Malacacheta compreende olivina-gabro<br />

coronítico basal que, para o topo, dá lugar<br />

a Fe-gabro, hornblen<strong>da</strong>-gabro e localiza<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s<br />

de magnetitito, gabro pegmatítico e intrusões


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 7 - Propostas de compartimentação estratigráfica do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto (Baeta Jr. et al. 1972; Stache<br />

1976; Figueiredo 1978); Girardi et al. 1981; Fuck et al. 1981; Oliveira 1993; Suíta 1996; Ferreira Filho 1999).<br />

tardias quartzo-dioríticas, interpreta<strong>da</strong>s como fases<br />

comagmáticas.<br />

Moraes (1997) estudou as condições e evolução<br />

do metamorfismo do complexo e <strong>da</strong> Seqüência Metavulcano-Sedimentar<br />

de Juscelândia. Segundo o autor,<br />

as paragêneses minerais dos granulitos máficos<br />

<strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior indicam temperatura de<br />

reequilíbrio metamórfico entre 680 o e 750 o C ± 75 o C e<br />

pressão de 8,3 a 10,5 ± 1,5 kbar, dos granulitos félsicos<br />

entre 755 ± 55 o C a 934 o ± 142 o C e 6,8 ± 0,9 a<br />

8,5 ± 1,2 kbar, e <strong>da</strong>s rochas supracrustais condições<br />

mais eleva<strong>da</strong>s, <strong>da</strong> ordem de 950 o C e 10 kbar. Em<br />

contraste, o pico metamorfico na Seqüência Metavulcano-Sedimentar<br />

de Juscelândia alcançou condições<br />

do fácies anfibolito, Zona <strong>da</strong> Silimanita, com<br />

valores de 600 o ± 20 o C e 5,5 ± 0,5 Kbar, o que sugere<br />

descontinui<strong>da</strong>de metamórfica com o segmento ocidental<br />

do complexo.<br />

Ferreira Filho (1999) divide o complexo nas Séri-<br />

23<br />

es Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior e Superior. A primeira, correlacionável<br />

com a Seqüência Serra de Santa Bárbara<br />

de Fuck et al. (1981) e Danni et al. (1984), foi subdividi<strong>da</strong><br />

na Zona Máfica Inferior (gabronorito, norito,<br />

websterito, websterito feldspático, olivina-websterito<br />

e dunito) e Zona Ultramáfica (dunito e harzburgito<br />

serpentinizados). Ao longo <strong>da</strong> Zona Máfica Inferior,<br />

a partir <strong>da</strong> análise de cúmulus de piroxênios, o<br />

autor reconhece a tendência de fracionamento magmático<br />

no sentido oeste <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de. Na Zona Ultramáfica,<br />

cristais mais primitivos de olivina (Fo 91-92 ) possuem<br />

composição semelhante aos do Complexo de<br />

Niquelândia. Por outro lado, a Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior,<br />

correlacionável à Seqüência Serra <strong>da</strong> Malacacheta<br />

de Fuck et al. (1981) e Danni et al. (1984), compreenderia<br />

intercalações de rochas gabróicas (gabro,<br />

gabronorito, olivina-gabro, olivina-gabronorito),<br />

anortosíticas (anortosito, leuco-troctolito, leuco-olivina<br />

gabro, leuco-olivina gabronorito) e piroxenito.<br />

23


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

As paragêneses metamórficas <strong>da</strong> Série Máfica Inferior<br />

indicam condições <strong>da</strong> fácies granulito e as <strong>da</strong> Série<br />

Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior <strong>da</strong> fácies hornblen<strong>da</strong>-granulito<br />

e anfibolito superior.<br />

5.3 – Estratigrafia e Petrografia do Complexo de<br />

<strong>Barro</strong> Alto<br />

A nomenclatura estratigráfica adota<strong>da</strong> para o<br />

Complexo de <strong>Barro</strong> Alto foi a proposta de Ferreira<br />

Filho (1999), com sua subdivisão na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior (Zona Máfica Inferior e Zona Ultramáfica) e<br />

Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior. Estas são correlacionáveis<br />

respectivamente à Seqüência Granulítica Serra de<br />

Santa Bárbara e a Seqüência Plutônica Serra <strong>da</strong> Malacacheta<br />

de Fuck et al. (1981) e Danni et al. (1982).<br />

5.3.1 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Intrusões Dioríticas<br />

e Rochas Supracrustais Granulitiza<strong>da</strong>s<br />

Granulitos Félsicos (NP2γγγγγ1ba) - Nestes predomina<br />

metaquartzodiorito, cujo provável protólito são<br />

quartzodioritos, granodioritos a granitos alojados na<br />

Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior. Possuem distribuição quilométrica,<br />

com apófises injeta<strong>da</strong>s na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior, além de xenólitos de rochas máficas<br />

granulitiza<strong>da</strong>s (Moraes 1997).<br />

O metaquartzodiorito tem aspecto gnáissico e é<br />

composto por quartzo, ortopiroxênio, plagioclásio,<br />

grana<strong>da</strong>, biotita e hornblen<strong>da</strong> em matriz granoblástica<br />

orienta<strong>da</strong>. Os termos mais félsicos (metagranodiorito<br />

a metagranito) possuem ortoclásio. Em conjunto,<br />

estes litotipos possuem trama metamórfica<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> pela orientação de cristais de feldspato, piroxênio,<br />

quartzo e biotita. A grana<strong>da</strong> é poiquiloblástica<br />

e está sobrecresci<strong>da</strong> ao piroxênio e feldspato.<br />

Neste grupo também ocorrem granulitos aluminosos<br />

de aspecto gnáissico, textura granoblástica e<br />

compostos por cordierita, sillimanita, grana<strong>da</strong>, ortoclásio,<br />

ortopiroxênio e quartzo, subordina<strong>da</strong>mente<br />

ilmeno-hematita, espinélio verde, rutilo e cianita.<br />

Grana<strong>da</strong>-metaquartzodiorito (NP2γγγγγ1bg) - No<br />

topo <strong>da</strong> Zona Máfica Inferior predomina grana<strong>da</strong>metaquartzodiorito,<br />

além de tipos gnáissicos foliados<br />

e ban<strong>da</strong>dos com biotita e hornblen<strong>da</strong> (Moraes<br />

1997; Danni et al. 1984). O grana<strong>da</strong>-metaquartzodiorito<br />

tem granulação média a grossa, cor cinza claro<br />

a esverdea<strong>da</strong>, formado por quartzo, ortopiroxênio,<br />

plagioclásio, grana<strong>da</strong>, biotita (± hornblen<strong>da</strong> e clinopiroxênio)<br />

e acessórios (ilmenita, rutilo, apatita e zircão).<br />

Possuem xenólitos de granulitos máficos ou mais<br />

raramente de rochas calcissilicata<strong>da</strong>s. (plagioclásio,<br />

quartzo, clinopiroxênio, escapolita, biotita, grana<strong>da</strong>).<br />

Sillimanita-Grana<strong>da</strong> Quartzito (NP2bq) - A região<br />

norte do segmento ocidental contém uma faixa<br />

com cerca de 30 km de comprimento por 7 km de<br />

largura de (cianita)-sillimanita-grana<strong>da</strong> quartzito com<br />

delga<strong>da</strong>s intercalações de granulitos félsicos e máficos<br />

(Moraes 1997). O litotipo dominante possui ban<strong>da</strong>mento<br />

composicional milimétrico e foliação bem<br />

24<br />

desenvolvidos, textura granoblástica e é composta<br />

por quartzo e grana<strong>da</strong>, subordina<strong>da</strong>mente sillimanita,<br />

cianita, cordierita, espinélio verde, rutilo e zircão.<br />

Granulitos Máficos Finos (NP2βββββ1baf) - Os litotipos<br />

deste grupo, reuni<strong>da</strong>s por Danni et al. (1984)<br />

sob a denominação de Rochas Supracrustais, ocorrem<br />

em lentes no segmento ocidental e compreendem<br />

principalmente granulitos máficos finos com intercalações<br />

de rochas calciossilicáticas e metachert.<br />

Segundo Danni et al. (1994), os granulitos máficos<br />

finos são compostos por hiperstênio, clinopiroxênio<br />

e plagioclásio, subordina<strong>da</strong>mente quartzo,<br />

óxidos de ferro e titânio e rara pirita e pirrotita. Possuem<br />

textura granoblástica e paragênese <strong>da</strong> fácies<br />

granulito. Associações retrometamórficas são representa<strong>da</strong>s<br />

por hornblen<strong>da</strong> e biotita <strong>da</strong> fácies anfibolito,<br />

actinolita, zoisita, epidoto, clorita e albita <strong>da</strong> fácies<br />

xisto verde. As rochas calciossilicáticas ocorrem<br />

em delga<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s ou lentes, associa<strong>da</strong>s à enderbito<br />

e a leptinito, possuem ban<strong>da</strong>mento fino e<br />

são compostas por clinopiroxênio, grana<strong>da</strong>, calcita,<br />

plagioclásio e escapolita, subordina<strong>da</strong>mente apatita,<br />

zircão, epidoto e sulfetos. Localmente são compostas<br />

por quartzo, diopsídio, plagioclásio, titanita e<br />

calcita de uma fácies sílico-carbonática.<br />

5.3.2 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica<br />

Inferior<br />

A Zona Máfica Inferior, com cerca de 1878 km 2 ,<br />

constitui a base do complexo e sua espessura aparente<br />

no segmento oriental é <strong>da</strong> ordem de 5 km a 9<br />

km e, no segmento ocidental, de 15 km a 18 km. Seus<br />

contatos basal com o Complexo Granito-Gnáissico e<br />

de topo com a Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior é por falha<br />

reversa no segmento oriental e transcorrente no<br />

segmento ocidental. Oliveira (1993) interpreta o contato<br />

inferior do segmento oriental como rampa frontal<br />

e o do segmento ocidental, em seu contato com o<br />

oriental, como rampa lateral resultantes de aloctonia<br />

diferencial de ambos, o que introduziria incertezas<br />

de correlação estratigráfica entre os mesmos. O<br />

segmento oriental está em contato tectônico com a<br />

uni<strong>da</strong>de ultramáfica granulitiza<strong>da</strong>.<br />

Nos dois segmentos, a Zona Máfica Inferior consiste<br />

predominantemente de rochas metamáficas<br />

(principalmente metanorito e metagabronorito) com<br />

intercalações de delga<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s de piroxenitos,<br />

além de rochas félsicas e supracrustais granulitiza<strong>da</strong>s.<br />

No segmento oriental predominam estruturas<br />

deformacionais dúcteis, com foliação milonítica N 10 o -<br />

20 o E/30 o -40 o NW bem desenvolvi<strong>da</strong>. No segmento<br />

ocidental as estruturas e texturas magmáticas estão<br />

melhor preserva<strong>da</strong>s, superimpostas por foliação<br />

milonítica de atitude média EW/60 o N e de intensi<strong>da</strong>de<br />

decrescente em direção ao extremo oeste do complexo,<br />

caracterizando uma transição de fácies ban<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

para maciça (Danni et al. 1984).<br />

A proposta estratigráfica de Oliveira & Jost (1992)<br />

e Oliveira (1993) segue os critérios de nomenclatura<br />

sugeridos por Irvine (1982) para intrusões acama-


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong>s e subdivide a parte estu<strong>da</strong><strong>da</strong> do complexo na<br />

Zona de Tectonitos Basais e Zona Máfica Acama<strong>da</strong><strong>da</strong>,<br />

reuni<strong>da</strong>s sob a denominação de Série Goianésia.<br />

A Zona de Tectonitos Basais é uma extensa zona de<br />

cisalhamento dúctil localiza<strong>da</strong> na porção leste e sul<br />

do complexo, em contato com o Complexo Granito-<br />

Gnáissico. Possui espessura de 150 a 2250 m e mergulho<br />

médio similar ao <strong>da</strong> foliação milonítica principal.<br />

A intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> deformação dúctil decresce para<br />

o topo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de, com predomínio, nos primeiros<br />

50 m, de ultramilonitos (Sub-Zona de Ultramilonitos)<br />

que passam gradualmente a milonitos (Sub-Zona de<br />

Milonitos), os quais ocorrem até 2200 m a partir <strong>da</strong><br />

base do complexo. O limite superior <strong>da</strong> Zona de Tectonitos<br />

Basais é definido pela ocorrência <strong>da</strong> primeira<br />

cama<strong>da</strong> de piroxenito, sem evidências <strong>da</strong> deformação<br />

dúctil, início <strong>da</strong> Zona Máfica Acama<strong>da</strong><strong>da</strong>. Esta<br />

possui espessura aparente máxima de 7000 metros,<br />

subdividi<strong>da</strong> em pelo menos seis uni<strong>da</strong>des cíclicas,<br />

denomina<strong>da</strong>s de sub-zonas I a VI. Estas se caracterizam<br />

por cama<strong>da</strong>s basais de piroxenito, segui<strong>da</strong>s<br />

de cama<strong>da</strong>s de norito/gabronorito e anortosito/norito<br />

anortosítico. As rochas máficas <strong>da</strong> porção superior<br />

dos ciclos são noritos que, por vezes, gra<strong>da</strong>cionam<br />

para anortositos. Estes podem conter ban<strong>da</strong>mento<br />

magmático <strong>da</strong>do pela alternância de troctolito,<br />

anortosito e leuconorito e, comumente, xenólitos<br />

de rochas supracrustais e autólitos de anortosito.<br />

Granulitos Máficos (NP2δ1b) - Os granulitos máficos<br />

mais comuns correspondem a metanorito e metagabronorito<br />

distribuídos nos fácies maciço e ban<strong>da</strong>do<br />

(Danni et al. 1994). A fácies maciça tem aspecto<br />

isotrópico e em geral possui abundância de xenólitos<br />

de rochas supracrustais, o que lhe dá aspecto<br />

de brecha magmática. Nos litótipos máficos ocorrem<br />

texturas cumuláticas <strong>da</strong><strong>da</strong> por cúmulus de piroxênio,<br />

localmente olivina, e pós-cúmulus de plagioclásio.<br />

Os cristais de piroxênio estão incipientemente<br />

recritalizados, o que sugere que esta fácies também<br />

foi submeti<strong>da</strong> a metamorfismo <strong>da</strong> fácies granulito (Fig.<br />

8 A/B). A fácies ban<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong> Zona Máfica Inferior é<br />

composta de metagabronorito e metanorito granulíticos<br />

com foliação milonítica Sn bem desenvolvi<strong>da</strong>.<br />

Estes litotipos contêm matriz granoblástica de piroxênio,<br />

plagioclásio e, mais raramente, grana<strong>da</strong> ou<br />

espinélio em paragênese de alto grau, com porfiroclastos<br />

de piroxênio e plagioclásio deformados e com<br />

bor<strong>da</strong>s cominuí<strong>da</strong>s (Fig. 9B/C). Os acessórias compreendem<br />

ilmenita, pirrotita, calcopirita e pentlandita.<br />

Ambas as fácies mostram evidências de retrometamorfismo,<br />

tais como a substituição de piroxênio por<br />

hornblen<strong>da</strong> e/ou biotita. Localmente ocorrem zonas<br />

de cisalhamento com associações minerais de mais<br />

baixo grau forma<strong>da</strong>s por: clorita, actinolita, epidoto,<br />

calcita, zoisita/clinozoisita e albita-oligoclásio (Fig.<br />

9A).<br />

Por outro lado, granulitos máficos e félsicos comumente<br />

possuem xenólitos de rochas máficas e de<br />

supracrustais, os quais podem atingir até 30% em<br />

volume. Estes têm de 20 cm a 50 cm, por vezes até 1<br />

m, o que dá aos afloramentos aspecto de brechas<br />

25<br />

Figura 8 - Fotomicrografias de litótipos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. Nicóis cruzados.<br />

A) Norito isotrópico de granulação média, com textura<br />

cúmulus preserva<strong>da</strong>, destacando oicocristais de opx<br />

envolvendo pl. B) Metagabronorito granulítico com textura<br />

granoblástica, apresentando porfiroclasto de opx<br />

com bor<strong>da</strong>s recristaliza<strong>da</strong>s envolvido por matriz de neoblastos<br />

.<br />

magmáticas. Nos granulitos máficos os xenólitos predominantes<br />

são de rochas supracrustais (grana<strong>da</strong>quartzito,<br />

rochas calcissilicata<strong>da</strong>s e sílico-aluminosas),<br />

eventualmente com associação de plagioclásio,<br />

grana<strong>da</strong>, diopsídio, calcita e escapolita, sugestiva<br />

de metamorfismo térmico. Também ocorrem xenólitos<br />

aluminosos compostos de hercinita (70%),<br />

plagioclásio, magnetita e flogopita, bem como de<br />

mármore.<br />

Piroxenitos (NP2δδδδδ1bbp) - Piroxenitos ocorrem<br />

em cama<strong>da</strong>s de 10 a 30 km segundo a direção de<br />

acamamento e espessura de 15-10 m 100-200 m e<br />

mostram variações composicionais laterais e verticais,<br />

às vezes com intercalações de delga<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s<br />

de norito/gabronorito. Composicionalmente são<br />

websteritos, olivina-websteritos, ortopiroxenitos e<br />

websteritos feldspáticos, os quais, quando parcialmente<br />

preservados <strong>da</strong> deformação dúctil e metamorfismo,<br />

possuem textura cumulática com distintas proporções<br />

de cúmulus de ortopiroxênio, clinopiroxênio<br />

(± olivina) e eventualmente pós-cúmulus de plagioclásio<br />

(Fig. 10). Estes litótipos podem conter até 5%<br />

de sulfetos disseminados.<br />

25


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 9 - Fotomicrografias de litótipos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior - Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. A) Hb-metanorito<br />

granulítico, com matriz granoblástica forma<strong>da</strong> por<br />

neoblastos de pl + hb + opx. B) Metagabronorito granulítico<br />

com textura granoblástica, apresentando porfiroclasto<br />

de opx estirado e bor<strong>da</strong>s recristaliza<strong>da</strong>s, envolvido<br />

por matriz de neoblastos (opx+cpx+pl). C) Grana<strong>da</strong>-hornblen<strong>da</strong>-metanorito<br />

granulítico, com matriz granoblástica<br />

(opx+pl+gr).<br />

5.3.3 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Ultramáfica<br />

A Zona Ultramáfica ocorre no segmento oriental<br />

do complexo, possui forma lenticular e cerca de 27<br />

km de comprimento por 600 m a 3 km de largura. Os<br />

litotipos desta uni<strong>da</strong>de compreendem granulitos ultramáficos<br />

representados por metaperidotitos serpentinizados<br />

(NP2μ2b) com cama<strong>da</strong>s locais de meta-<br />

26<br />

Figura 10 - Fotomicrografias de litótipos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior - Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. A) Ortopiroxenito<br />

isotrópico de granulação média-grossa, textura<br />

ortocumulática, com opx cúmulus e pl pós-cúmulus.<br />

Nicóis cruzados. B) Ortopiroxenito isotrópico com textura<br />

ortocumulática. Nicóis paralelos (Oliveira 1993).<br />

piroxenitos, localmente preservados <strong>da</strong> deformação<br />

e metamorfismo.<br />

Os metaperidotidos são compostos por cúmulus<br />

de olivina, subordina<strong>da</strong>mente ortopiroxênio e mais<br />

raramente clinopiroxênio, e espinélio intersticial que,<br />

por vezes pode alcançar até 15%. O espinélio é castanho<br />

escuro a marrom e, segundo Suita (1996),<br />

pode ser agrupado nos tipos Alto Cr, Alto Al e Alto Fe,<br />

que provavelmente retratam reequilíbrios composicionais<br />

durante o metamorfismo. Estes litótipos foram<br />

submetidos à deformação dúctil que resultou no<br />

desenvolvimento de milonitos com estiramento de<br />

cristais de ortopiroxênio e de olivina e sua recristalização<br />

em neoblastos sob condições <strong>da</strong> fácies granulito<br />

(Fig. 11A/B). Por outro lado, a associação mineral<br />

dos metaperidotitos foi parcial a completamente<br />

substituí<strong>da</strong> por serpentina.<br />

5.3.4 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior<br />

A Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior é representa<strong>da</strong> por<br />

uma associação gabro-anortosítica em contato tectônico<br />

tanto com a Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior, sotoposta,<br />

quanto com Seqüência Metavulcano-Sedimentar<br />

de Juscelândia, sobreposta.<br />

No segmento oriental esta série tem aproxima-


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 11 - Fotomicrografias de litótipos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior - Zona Ultramáfica - Complexo de <strong>Barro</strong><br />

Alto. A) Metaharzburgito/opx-dunito granulítico, textura<br />

granoblástica, com porifiroclastos de opx/ol, e matriz<br />

de neoblastos de semelhante composição. B) Metaharzburgito<br />

granulítico. Presença de porfiroclastos de<br />

opx com bor<strong>da</strong>s deforma<strong>da</strong>s e recristaliza<strong>da</strong>s, formando<br />

neoblastos de opx. Presença de espinélio de cor castanha.<br />

<strong>da</strong>mente 63 km de comprimento e de 3 km a 14 km<br />

de largura. Segundo Nilson et al. (1996), seus litotipos<br />

são corpos plutônicos aparentemente independentes,<br />

dispostos de forma aleatória e compostos<br />

de metanortosito (± metaleucogabro), olivina-gabro<br />

coronítico (± leucotroctolito, olivina-leucogabro), metagabronorito<br />

(± metagabro), gabro (± piroxenito, gabronorito,<br />

leucogabro, anortosito e olivina-gabro) de<br />

granulação média a fina. Estes litótipos possuem estruturas<br />

e texturas magmáticas preserva<strong>da</strong>s, mas localmente<br />

exibem feições de deformação e metamorfismo<br />

nas fácies granulito a anfibolito superimposto.<br />

No segmento ocidental, a Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior<br />

tem cerca de 38 km de comprimento e 4 km de<br />

largura e é domina<strong>da</strong> por grana<strong>da</strong>-anfibolito grosso<br />

ban<strong>da</strong>do, interpretado por Fuck et al. (1981) como<br />

representante metamórfico dos litótipos do segmento<br />

oriental. Neste segmento, a série contém uma lente<br />

de granulito félsico com aspecto gnáissico.<br />

Metanortosito e Metaleucogabro (MP2δδδδδm) - Termos<br />

mais leucocráticos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior<br />

ocorrem na sua região central e são representa-<br />

27<br />

dos por metanortosito e metaleucogabro com restritas<br />

intercalações de hornblen<strong>da</strong>-metagabro, em geral<br />

leucocráticos e de granulação média. Frequentemente<br />

possuem ban<strong>da</strong>mento composicional <strong>da</strong>do por<br />

níveis ou aglomerados centimétricos ricos em hornblen<strong>da</strong><br />

± clinopiroxênio ± grana<strong>da</strong>, boudinados ou<br />

com dobras assimétricas, fecha<strong>da</strong>s a isoclinais, por<br />

vezes transpostas (Fig. 12A). Sua textura é granoblástica<br />

e composto por agregado poligonal de plagioclásio<br />

subédrico a anédrico, com clinopiroxênio intersticial<br />

e feições de recristalização (annealing) parciamente<br />

substituído por hornblen<strong>da</strong> e envolvido por<br />

grana<strong>da</strong>, o que sugere metamorfismo na fácies anfibolito<br />

(Fig. 12B).<br />

Olivina-gabro Coronítico (+Leucotroctolito, Olivina-Leucogabro)<br />

(MP2δmc) - Na região norte <strong>da</strong><br />

Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior predominam litotipos representados<br />

por olivina-gabro, leucotroctolito, leucolivina-gabro,<br />

olivina-gabronorito, com intercalações<br />

de gabro, hornblen<strong>da</strong>-gabro e milonitos.<br />

Os litotipos predominantes, com olivina, em geral<br />

possuem textura coronítica mesoscópica, média a<br />

grossa, aspecto isotrópico, róseo esverdeado e variam<br />

de leucocráticos a melanocráticos. Seus constituintes<br />

compreendem olivina e plagioclásio cumulus,<br />

e ortopiroxênio, com clinopiroxênio, hornblen<strong>da</strong> e<br />

Figura 12 - Fotografia de metanortosito <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Superior - Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. A) Ban<strong>da</strong>mento<br />

metamórfico, com níveis leucocráticos (plagioclásio)<br />

e melanocráticos (hornblen<strong>da</strong> + grana<strong>da</strong> + clinopiroxênio).<br />

B) Fotomicrografia de metanortosito, com<br />

textura granoblástica (pl+gr+hb).<br />

27


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

espinélio verde subordinados. Olivina em contato com<br />

plagioclásio está, em geral, envolta por auréolas (Fig.<br />

13A), provavelmente resultantes de reação no estado<br />

sub-sólidus, onde o núcleo de olivina está envolto<br />

sucessivamente por ortopiroxênio, clinopiroxênio,<br />

grana<strong>da</strong> e intercrescimentos simplectíticos de hornblen<strong>da</strong><br />

e espinélio verde.<br />

Os gabros são lilás, de granulação média, isótropos,<br />

mas localmente podem ser incipientemente foliados.<br />

Intercalações métricas de hornblen<strong>da</strong>-gabro<br />

são locais e são produtos de metamorfismo dos gabros.<br />

O litotipo dominante é cinza-esverdeado, fino<br />

a médio, de textura poligonal e composto de plagioclásio,<br />

clinopiroxênio, hornblen<strong>da</strong>, grana<strong>da</strong> e, subordina<strong>da</strong>mente,<br />

apatita, escapolita e ortopiroxênio,<br />

sugestivo de metamorfismo na fácies anfibolito.<br />

Metagabronorito e Metagabro Médio a Fino<br />

(MP2δδδδδmga) - A porção oeste <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Superior, em contato com a Seqüência Metavulcano-<br />

Sedimentar de Juscelândia, consiste predominantemente<br />

de gabronorito granular médio a fino e com<br />

feições de deformação dúctil, <strong>da</strong><strong>da</strong> por foliação milonítica<br />

incipiente, e recristalização metamórfica com<br />

paragênese <strong>da</strong> fácies granulito, o que o assemelha<br />

Figura 13 - Fotomicrografias de litótipos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Superior - Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. Nicóis cruzados.<br />

A) Olivina-Gabro coronítico, com textura isotrópica,<br />

destacando as coroas de reação <strong>da</strong> olivina com<br />

plagioclásio, formando piroxênios (opx+cpx), simplectitos<br />

de anfibólio/espinélio e grana<strong>da</strong>. B) Ortopiroxêniogabro,<br />

isotrópico, com textura cúmulus preserva<strong>da</strong>.<br />

28<br />

aos termos máficos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior. A<br />

associação mineral principal compreende plagioclásio,<br />

ortopiroxênio e clinopiroxênio, subordina<strong>da</strong>mente<br />

grana<strong>da</strong> e hornblen<strong>da</strong>.<br />

Associado a esta uni<strong>da</strong>de freqüentemente ocorre<br />

hornblen<strong>da</strong>-gabro desenvolvido em zonas de deformação<br />

dúctil bem como termos pegmatóides com porfiroclastos<br />

de plagioclásio em matriz granoblástica<br />

de plagioclásio e piroxênio parcialmente substituído<br />

por hornblen<strong>da</strong>. A associação de minerais primários<br />

está em parte substituí<strong>da</strong> por grana<strong>da</strong>, biotita, clorita,<br />

quartzo e carbonato, sugestivo de retrometamorfismo<br />

na fácies xisto verde.<br />

Gabro (Gabronorito, Leucogabro, Anortosito, ±±±±±<br />

Piroxenitos) (MP2δmg) - Na região central <strong>da</strong> Série<br />

Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior predomina uma alternância<br />

de gabros e piroxenitos com intercalações de melagabro,<br />

leucogabro, gabronorito e anortosito. Os litotipos<br />

principais ocorrem em bancos de espessura<br />

aparente de 50 m a 500 m, em contatos bruscos a<br />

gra<strong>da</strong>cionais, característico de acamamento magmático.<br />

As estruturas e texturas primárias estão preserva<strong>da</strong>s,<br />

apesar <strong>da</strong> deformação superimposta.<br />

As rochas gabróicas são cinza-lilás, de granulação<br />

média, com plagioclásio cúmulus e freqüente póscúmulus<br />

de ortopiroxênio e clinopiroxênio em textura<br />

ortocumulática (Fig.13B). Entretanto, as bor<strong>da</strong>s<br />

dos cristais de plagioclásio e piroxênios estão incipientemente<br />

recristaliza<strong>da</strong>s e sugerem metamorfismo<br />

na fácies granulito.<br />

Os piroxenitos são principalmente websterito preto,<br />

de granulação média e compostos por ortopiroxênio<br />

e clinopiroxênio com plagioclásio pós-cúmulus<br />

em até 15%. A sua textura primária está às vezes<br />

oblitera<strong>da</strong> por recristalização metamórfica.<br />

Metagabronorito (±±±±± Metagabro) (MP2δmgn) -<br />

Nesta uni<strong>da</strong>de predomina metagabronorito, com metagabro<br />

subordinado, ambos com intercalações de<br />

metaleucogabro e leucogabro. O conjunto se assemelha<br />

aos granulitos máficos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior. O metagabronorito é cinza, de granulação<br />

média e aspecto maciço e é composto por cúmulus<br />

de plagioclásio, ortopiroxênio e clinopiroxênio, freqüentemente<br />

deformados e recristalizados em neoblastos<br />

composicionalmente semelhantes aos cristais<br />

<strong>da</strong> matriz granoblástica. A associação mineral é<br />

<strong>da</strong> fácies granulito, mas os cristais de piroxênio estão<br />

em parte substituídos por hornblen<strong>da</strong>, por vezes<br />

grana<strong>da</strong>, de retrometamorfismo. Fases menores<br />

compreendem rutilo e magnetita.<br />

Grana<strong>da</strong> Anfibolito Médio Ban<strong>da</strong>do (MP2δmap)<br />

- Nesta uni<strong>da</strong>de predomina grana<strong>da</strong>-anfibolito médio<br />

a grosso com ban<strong>da</strong>mentos descontínuos, boudinados<br />

e com dobras intrafoliais, <strong>da</strong>do pela alternância<br />

de níveis centimétricos ricos em quartzo e plagioclásio<br />

e níveis com hornblen<strong>da</strong>, grana<strong>da</strong> e clinopiroxênio,<br />

subordina<strong>da</strong>mente ortopiroxênio, formando<br />

uma paragênese metamórfica do fácies anfibolito alto<br />

a granulítico. Sua textura é milonítica com porfiro-


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

clastos de ortopiroxênio de bor<strong>da</strong>s cominuí<strong>da</strong>s e recristaliza<strong>da</strong>s<br />

para neoblastos composicionalmente semelhantes.<br />

No meio desta uni<strong>da</strong>de, encontra-se lente<br />

de granulito félsico (ortopiroxênio-grana<strong>da</strong>-biotita<br />

granulito) de composição média granodiorítica,<br />

granulação média a grossa e textura granoblástica<br />

folia<strong>da</strong> a protomilonítica, que se assemelha aos presentes<br />

na Serie Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior (Moraes 1997).<br />

5.4 – Dados Geocronológicos<br />

Os primeiros <strong>da</strong>dos geocronológicos sobre o Complexo<br />

de <strong>Barro</strong> Alto devem-se a Hasui & Almei<strong>da</strong><br />

(1970), Souza (1973) e Drago et al. (1981) e resultaram<br />

de <strong>da</strong>tações K-Ar em concentrados de minerais<br />

e Rb-Sr em rocha total, as quais forneceram i<strong>da</strong>des<br />

de 650 ± 151 Ma a 4010 ± 36 Ma, indicativo de<br />

grande dispersão de <strong>da</strong>dos.<br />

Fuck et al. (1988 1989) <strong>da</strong>taram, pelo método Rb-<br />

Sr em rocha total, amostras de granulitos félsicos do<br />

complexo obtendo uma isócrona que forneceu i<strong>da</strong>de<br />

de 1266 ± 17 Ma (R Ø = 0,73473 ± 0,00057), e de<br />

metagranitóides <strong>da</strong> Seqüência Metavulcano-Sedimentar<br />

de Juscelândia que resultaram em i<strong>da</strong>de isocrônica<br />

de 1330 ± 65 Ma (R Ø = 0,70819 ± 0,002274).<br />

Estas i<strong>da</strong>des, próximas de 1300 Ma, foram interpreta<strong>da</strong>s<br />

como produto de rehomogenização isotópica<br />

durante importante evento metamórfico mesoproterozóico<br />

nas fácies granulito a anfibolito e provavelmente<br />

associado à colisão de blocos crustais, com<br />

exposição de níveis de diferentes profundi<strong>da</strong>des.<br />

Suita (1996) forneceu os primeiros resultados de<br />

<strong>da</strong>tação de zircão e monazita, pelo método U-Pb, de<br />

amostras de distintos litótipos do complexo e obteve<br />

diagrama concórdia com o intercepto inferior de<br />

i<strong>da</strong>des de 771 Ma a 790 Ma interpreta<strong>da</strong>s como resultantes<br />

de metamorfismo nas fácies granulítico e<br />

anfibolito durante o Ciclo Brasiliano. O intercepto<br />

superior forneceu, em amostra de gabro pegmatóide<br />

<strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior, i<strong>da</strong>de de 1280 ± 13<br />

Ma, de cordierita-grana<strong>da</strong>-silimanita gnaisse i<strong>da</strong>de<br />

de 1267 ± 9 Ma e de amostra de quartzo-metadiorito<br />

representante de intrusões félsicas do topo <strong>da</strong><br />

Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior de 1729 ± 21 Ma, interpreta<strong>da</strong>s<br />

como marcadores de dois eventos magmáticos<br />

principais.<br />

Pimentel et al. (2008) analisaram pelo método U-<br />

Pb e Lu-Hf (ID-TIMS e ICPMS) rochas do Complexo<br />

de <strong>Barro</strong> Alto, que apresentaram para a Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior i<strong>da</strong>de neoproterozóica (780 – 800<br />

Ma) e para a Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior i<strong>da</strong>de mesoproterozóica<br />

(ca 1,25 Ga), esta associa<strong>da</strong> à Seqüência<br />

Vulcano-Sedimentar de Juscelândia.<br />

Estas i<strong>da</strong>des são compatíveis aos <strong>da</strong>dos de <strong>da</strong>tação<br />

U-Pb SHRIMP em zircão de amostras do Complexo<br />

de Niquelândia (Pimentel et al. 2004) que indicam<br />

para a Série Inferior i<strong>da</strong>de Neoproterozóica (797±10<br />

Ma) e é interpreta<strong>da</strong> como intrusão continental com<br />

eleva<strong>da</strong> contaminação crustal (ε Nd (T) de -5,8) e com<br />

zircões her<strong>da</strong>dos de i<strong>da</strong>des de 1,0 Ga a 1,9 Ga. Cristais<br />

de zircão de amostras <strong>da</strong> Série Superior do Complexo<br />

de Niquelândia geraram i<strong>da</strong>de de 1248±23 Ma,<br />

29<br />

intepreta<strong>da</strong> como representativa de fase rift do Mesoproterozóico.<br />

Os <strong>da</strong>dos de Lu-Hf e Sm-Nd do Complexo de <strong>Barro</strong><br />

Alto (Pimentel et al. 2008) indicam forte contaminação<br />

crustal do magma original <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior, em contraste com as rochas <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Superior, deriva<strong>da</strong> de uma fonte mantélica<br />

depleta<strong>da</strong> e com limita<strong>da</strong> contaminação crustal.<br />

29<br />

6 - QUÍMICA MINERAL E LITOGEOQUÍMICA<br />

6.1 - Química Mineral<br />

A composição química <strong>da</strong>s principais fases cúmulus<br />

(olivina, ortopiroxênio, clinopiroxênio) do Complexo<br />

de <strong>Barro</strong> Alto foram obti<strong>da</strong>s por estudos pioneiros<br />

de Girardi et al. (1981) e Oliveira (1993), e detalhados<br />

por Suíta (1996), base para as descrições que<br />

seguem.<br />

Olivina - A olivina é fase importante nos peridotitos<br />

<strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de Ultramáfica e em olivina-gabro coronítico<br />

<strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior. Nos peridotitos<br />

sua composição varia de Fo a Fo . Esta contrasta<br />

90,8 92,5<br />

com a composição do mineral em olivina-gabro coronítico,<br />

mais rica em ferro e variável de Fo a Fo .<br />

78,0 82,2<br />

Contudo, em ambas uni<strong>da</strong>des, a olivina é rica em níquel<br />

e com teores próximos ao campo composicional<br />

de olivina de intrusões acama<strong>da</strong><strong>da</strong>s (Suíta 1996).<br />

Ortopiroxênio - O ortopiroxênio ocorre em to<strong>da</strong>s<br />

as uni<strong>da</strong>des estratigráficas e mostra significativas variações<br />

composicionais. Na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior,<br />

o ortopiroxênio de noritos e gabronoritos tem composição<br />

En Wo Fs . Já na Seqüência Ul-<br />

60-75 0,5-4,0 24,0-38,0<br />

tramáfica, onde o mineral ocorre como fase pós-cúmulus<br />

de peridotitos, sua composição é En Wo 90-92 0,3-<br />

0,7 Fs 8,0-9,0<br />

. Na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior, os melaga-<br />

bros, leucogabros, gabronoritos, leucogabronoritos<br />

e anortosito) atribuídos por Suíta (1996) como pertencentes<br />

à Seqüência Serra Grande, possuem ortopiroxênio<br />

pós-cúmulus de composição En Wo 52-66 0,3-<br />

4,0 Fs 19,0-47,0<br />

. Ao passo que o ortopiroxênio de olivina-<br />

gabro coronítico é En 78,0-82,0 Wo 0,5-2,0 Fs 17,0-22,0 .<br />

Clinopiroxênio - Dados analíticos de clinopiroxênio<br />

dos litotipos <strong>da</strong>s principais uni<strong>da</strong>des do complexo,<br />

obtidos por Suíta (1996) visaram sua caracterização<br />

composicional genérica. Assim, na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior, este tem composição En 37,0-44,0 Wo 48,0<br />

Fs 18,0-15,0 . Na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior, o clinopiroxênio<br />

de hornblen<strong>da</strong>-gabronorito e hornblen<strong>da</strong>-gabro<br />

é En 38,0-40,0 Wo 47,0-48,0 Fs 13,0-17,0, enquanto em olivina-gabro<br />

coronítico, hornblen<strong>da</strong>-gabro e em ilmenita-magnetita-gabro,<br />

este é mais rico em magnésio e<br />

En 42,0-46,0 Wo 48,0-51,0 Fs 6,0-8,0 . Clinopiroxênio de litotipos<br />

<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de ultramáfica não foi analisado.<br />

6.2 - Lito<strong>geoquímica</strong><br />

As variações dos elementos maiores no diagrama<br />

AFM (Irvine & Baragar 1971) obti<strong>da</strong>s por Oliveira<br />

(1993) e Suíta (1996), confirmam o caráter toleítico<br />

<strong>da</strong>s rochas <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior, os quais<br />

formam um trend segundo o qual as rochas <strong>da</strong> Uni-


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

<strong>da</strong>de Ultramáfica dispõem-se próximos ao vértice do<br />

MgO (Fig. 14), a partir <strong>da</strong> qual piroxenitos e rochas<br />

máficas (metagabronorito e metanorito) se posicionam<br />

segundo proporções crescentes de FeO t + TiO 2 .<br />

Oliveira (1993) conclui que o trend de enriquecimento<br />

em FeO t +TiO 2 decorre do aumento progressivo<br />

de FeO t nos piroxênios. Este comportamento somado<br />

à diminuição <strong>da</strong>s proporções <strong>da</strong> molécula de<br />

anortita do plagioclásio e à diminuição mo<strong>da</strong>l de clinopiroxênio,<br />

<strong>da</strong> base para o topo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de, é interpretado<br />

pela autora como reflexo de fracionamento<br />

magmático. Além do diagrama AFM, a autora também<br />

emprega outros índices de fracionamento, como<br />

os de Solidificação de Kuno (IS) e de Solidificação<br />

Modificado (IDM), bem como a variação dos teores<br />

de Ni, Cu, Co e Cr, ao longo <strong>da</strong> seqüência estratigráfica.<br />

Os resultados mostram que ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de menor,<br />

composta de metapiroxenito basal seguido de<br />

metanorito e metagabronorito para o topo, eventualmente<br />

anortosito, é caracteriza<strong>da</strong> pelo decréscimo<br />

nas proporções de FeO. Isto, por seu turno, é compatível<br />

com a variação cíclica do comportamento de<br />

TiO 2 , Cr, Cu/Ni, Ni/S, Co/S e Fe + Ni + Cu/S (Fig. 15).<br />

Assim, por exemplo o TiO 2 , mostra sucessivos trends<br />

de enriquecimento acompanhados por diminuições<br />

significativas de Cr, Co e Ni. Em vista disto, a autora<br />

sugere que ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de menor representa novo<br />

pulso magmático submetido a fracionamento, cujo<br />

resultado foi a formação <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior,<br />

com características cíclicas. Resultados semelhantes<br />

foram obtidos por Suíta (1996) com emprego do<br />

IS como índice de fracionamento magmático, e observou,<br />

adicionalmente, a ocorrência de enriquecimentos<br />

moderados a elevados de Cu. Na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Superior, os termos gabróicos (± anortosito,<br />

± piroxenitos), são ricos em álcalis o que delimita<br />

campo de variação <strong>da</strong> razão FeO/MgO reduzido. A<br />

variação composicional de amostras de olivina-gabro<br />

coronítico é semelhante a <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior (Fig. 14).<br />

Oliveira (1993) determinou os padrões de distribuição<br />

dos Elementos Terras Raras (ETR) normalizados<br />

ao manto não empobrecido (Mc Dounaugh & Sun<br />

1989; Wood 1979) <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior e<br />

obteve dois conjuntos de rochas de comportamento<br />

distinto e representa<strong>da</strong>s por piroxenitos e rochas<br />

gabróicas (Fig. 16). De forma genérica, os piroxenitos<br />

apresentam discreto enriquecimento de ETRL em<br />

relação aos ETRP, variações no conteúdo total de ETR<br />

e elevado enriquecimento em relação ao manto primordial,<br />

com valores superiores, na ordem de 2 a 5<br />

vezes, nos termos basais <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de, e 10 a 15 vezes,<br />

nos de topo <strong>da</strong> seqüência (Fig 16A). As anomalias<br />

positivas em Eu +2 nos piroxenitos basais e o enriquecimento<br />

em ETRL em to<strong>da</strong>s as amostras de piroxenitos<br />

foram interpretados como resultantes <strong>da</strong><br />

presença de plagioclásio.<br />

Nas rochas máficas (metagabronorito, metanorito)<br />

o conteúdo de ETR é 2 a 11 vezes superior ao do<br />

manto, com maior enriquecimento de ETRL em relação<br />

a ETRP e desenvolvimento de anomalias positivas<br />

em Eu +2 , influencia<strong>da</strong>s pela presença de plagio-<br />

30<br />

Figura 14 - Diagrama AFM dos litotipos do Complexo de<br />

<strong>Barro</strong> Alto. Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Zona Ultramafica<br />

(ZU) e Zona Mafica Inferior (ZMI) (Oliveira 1993, Suíta<br />

1996). Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior (SAS) (Suíta 1996).<br />

Figura 15 - Variação composicional dos elementos traços<br />

na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica Inferior<br />

- Complexo de <strong>Barro</strong> Alto (Oliveira 1993).<br />

clásio (Fig. 16B).<br />

As variações <strong>da</strong> razão (La/Lu) n ao longo <strong>da</strong> seqüência<br />

estratigráfica sugerem que esta formou-se<br />

a partir de magmas com distintos estágios de fracionamento.<br />

Os padrões de distribuição dos ETR n , razões<br />

(La/Lu) n e (Eu/Sm) n , são compatíveis com o de<br />

intrusões toleíticas.


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 16 - Padrão de distribuição de ETR <strong>da</strong>s rochas <strong>da</strong><br />

Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. A)<br />

Piroxenitos; B) Metagabronorito/metanorito (Oliveira<br />

1993).<br />

6.3 – Características Petrogenéticas<br />

Suíta (1996) conclui que pares de piroxênios, <strong>da</strong><br />

base até o topo <strong>da</strong>s diversas uni<strong>da</strong>des estratigráficas,<br />

apresentam, em geral, enriquecimento em Fe e<br />

Al 2 O 3 , diminuição de Na 2 O e variações locais <strong>da</strong> razão<br />

MMF (Mg + Fe/Mg), provavelmente devido a distintos<br />

pulsos de magma. As estimativas <strong>da</strong>s condições térmicas<br />

de cristalização e recristalização metamórfica<br />

dos litotipos na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior e Série<br />

Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior realiza<strong>da</strong>s pelo autor com o<br />

emprego dos pares opx-cpx, mediante a adoção do<br />

geotermômetro de Wood & Banno (1975) e Wells<br />

(1977), regisram temperatura de cristalização próxima<br />

de 1330ºC e de reequilíbrio na fácies granulito<br />

entre 750ºC e 950ºC.<br />

A partir <strong>da</strong>s características de química mineral e<br />

lito<strong>geoquímica</strong> <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de ultramáfica, Suíta (1996)<br />

sugere que o magma desta uni<strong>da</strong>de teve provável<br />

filiação toleiítica com alto magnésio (razão FeO/MgO<br />

= 0,58), conteúdos elevados de Ni e Al, intermediários<br />

de Ti e baixo de Cr.<br />

6.4 – Resultados Analíticos dos Elementos do Grupo<br />

<strong>da</strong> Platina (EGP) em Amostras de Rocha<br />

Os únicos resultados analíticos divulgados sobre<br />

EGP de amostras de rocha do Complexo de <strong>Barro</strong><br />

Alto foram obtidos por Oliveira (1993) e Suíta (1996),<br />

os quais constam <strong>da</strong> Tabela 2. Oliveira (1993) anali-<br />

31<br />

sou amostras de horizontes de metapiroxenito <strong>da</strong><br />

base de 13 ciclos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior com<br />

pré-concentração em fire-assay e dosagem em ICP-<br />

MS, com limites de detecção de 1 ppb (Ir, Ru, Rh, Pt,<br />

Pd, Au). A coleta e análise apenas de piroxenitos fun<strong>da</strong>mentou-se<br />

na comparação com o piroxenito do<br />

Horizonte Merensky do Complexo de Bushveld, África<br />

do Sul. Suíta (1996) analisou 67 amostras de rocha<br />

<strong>da</strong>s distintas uni<strong>da</strong>des do complexo, também com<br />

pré-concentração por fire-assay, mas dosagem por<br />

ativação neutrônica, com limites de detecção de 0,1<br />

ppb (Os, Ir, Rh) 1,0 ppb (Pt, Au) 2,0 ppb (Pd) e 5,0<br />

ppb (Ru).<br />

As amostras de metapiroxenito analisa<strong>da</strong>s por<br />

Oliveira (1993) forneceram, na maioria, concentrações<br />

de EGP abaixo do limite de detecção, salvo duas,<br />

com teores de 0,31 g/t e 0,24 g/t, localiza<strong>da</strong>s em<br />

posição estratigráfica intermediária e no topo na<br />

Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior, respectivamente. Entretanto,<br />

os padrões de distribuição de EGP, Ni e Cu normalizados<br />

ao manto de ambas amostras, bem como<br />

as razões Ni/Ir se assemelham ao observado em<br />

rochas não mineraliza<strong>da</strong>s de intrusões acama<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

Isto sugere baixa potenciali<strong>da</strong>de para mineralizações<br />

de EGP, mas a autora ressalta a necessi<strong>da</strong>de de estudos<br />

mais detalhados, em função do efeito pepita<br />

de EGP observado em corpos mineralizados.<br />

Os resultados analíticos de EGP+Au obtidos por<br />

Suíta (1996) variam de 2,5 a 727,1 ppb, com teores<br />

de Au mais expressivos e consistentes. Os valores<br />

mais elevados de EGP+Au, de 714,1 ppb e 75,6 ppb,<br />

em geral ocorrem em metapiroxenitos e metaperidotitos<br />

<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de ultramáfica <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior. Já nos litotipos máficos (metagabronorito,<br />

metanorito), os teores situam-se próximo aos limites<br />

de detecção. Na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior, os<br />

resultados mais expressivos foram obtidos em amostras<br />

de olivina-gabro coronítico, com teores de até<br />

125,6 ppb, enquanto em hornblen<strong>da</strong>-noritos, hornblen<strong>da</strong>-gabros<br />

e anortositos, considerados pelo autor<br />

como pertencentes à Seqüência Serra Grande,<br />

os resultados situaram-se freqüentemente abaixo do<br />

limite de detecção, com teor máximo de EGP + Au de<br />

16,2. Os teores de Ni, Co, Cu e S são mais elevados<br />

nas rochas <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior, com comportamento<br />

semelhante ao dos EGP+Au. O autor<br />

destaca que os eventos metamórficos nas fácies<br />

granulito a anfibolito podem ter remobilizado os EGP,<br />

em particular Rh, Pt e Pd, provavelmente sob influência<br />

de fase flui<strong>da</strong> rica em O 2 de baixa alcalini<strong>da</strong>de,<br />

como sugerem remobilizações de sulfetos ao longo<br />

<strong>da</strong> foliação principal. observa<strong>da</strong>s sob microscópio.<br />

Em vista dos resultados obtidos, somado aos <strong>da</strong>dos<br />

de química mineral e litogeoquímicos, o autor<br />

sugere que a ocorrência de possível depósito de EGP<br />

no Complexo de <strong>Barro</strong> Alto situar-se-ia no contato<br />

entre as séries Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior e Superior.<br />

31<br />

7 – PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA<br />

O tratamento estatístico dos resultados analíticos<br />

de sedimento de corrente e concentrado de ba-


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Tabela 2 – Resultados analíticos dos Elementos do Grupo <strong>da</strong> Platina (EGP) e Au no Complexo de <strong>Barro</strong> Alto, obtidos<br />

por Oliveira (1993) e Suíta (1996).<br />

teia foi realizado com a subdivisão <strong>da</strong>s amostras em<br />

quatro populações, ca<strong>da</strong> qual aderi<strong>da</strong> às características<br />

litológicas do substrato. Assim, as quatro populações<br />

compreendem as amostras coleta<strong>da</strong>s nos<br />

seguintes domínios geológicos:<br />

População 1 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Zona<br />

Máfica Inferior;<br />

População 2 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Zona Ultramáfica;<br />

População 3 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior;<br />

População 4 - Uni<strong>da</strong>des <strong>geológica</strong>s adjacentes<br />

(Complexo Granito-Gnáissico, Grupo Serra <strong>da</strong> Mesa/<br />

Araxá, Grupo Paranoá, Seqüência Metavulcano-Sedimentar<br />

de Juscelândia e coberturas detrito-lateritícas).<br />

No tratamento estatístico <strong>da</strong>s populações também<br />

foram considerados separa<strong>da</strong>mente os resultados<br />

analíticos dos laboratórios LAMIN-<strong>CPRM</strong>, NOMOS Lt<strong>da</strong><br />

e GEOLAB-GEOSOL Geologia e Son<strong>da</strong>gem Lt<strong>da</strong>.<br />

7.1 – Sedimento de Corrente<br />

A análise estatística dos <strong>da</strong>dos de sedimento de<br />

32<br />

corrente foi realiza<strong>da</strong> mediante a verificação do melhor<br />

ajuste dos resultados de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au<br />

aos modelos de distribuição normal e lognormal, com<br />

aplicação dos testes de significância de Kolmogorov-<br />

Smirnov e do Qui-quadrado. Um maior número de<br />

resultados analíticos foram aceitos pelo teste de<br />

Kolmogorov-Smirnov, com melhor ajuste ao modelo<br />

de distribuição log-normal e ao nível de significância<br />

de 1% e/ou 5%. Entretanto, algumas simulações <strong>da</strong>s<br />

duas distribuições foram rejeita<strong>da</strong>s e esporadicamente<br />

apresentaram melhor aderência dos <strong>da</strong>dos à distribuição<br />

normal. A Figura 17 apresenta a localização<br />

<strong>da</strong>s amostras e os laboratórios utilizados nas<br />

análises químicas de sedimento de corrente. As figuras<br />

18 e 21 a 24 apresentam respectivamente a localização<br />

<strong>da</strong>s amostras de sedimento de corrente com<br />

valores anômalos de 1ª 2ª e 3ª ordem de Cu, Zn,<br />

Co, Ni e Cr. Foram identifica<strong>da</strong>s quatro principais regiões<br />

com maior número de resultados anômalos <strong>da</strong><br />

associação Cu-Co-Ni-Cr, denomina<strong>da</strong>s de Áreas Anômalas<br />

I, II, III e IV. Anomalias de Zn se concentram<br />

em outras quatro regiões (Áreas Anômalas A, B, C e D).


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 17 –Mapa de localização <strong>da</strong>s amostras coleta<strong>da</strong>s e dos laboratórios utilizados nas análises de sedimento de<br />

corrente no Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

7.1.1 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica<br />

Inferior<br />

As estimativas amostrais e a matriz de correlação<br />

dos resultados analíticos de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au<br />

na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Zona Máfica Inferior<br />

são apresentados respectivamente nas Tabelas 3 e<br />

4. As resultados do laboratório LAMIN apresentaram<br />

distribuição log-normal e as do laboratório NOMOS<br />

distribuição normal.<br />

Os teores de Cu, obtidos no laboratório LAMIN-<br />

<strong>CPRM</strong>, variam de 1 a 330 ppm, com anomalias de 1ª<br />

ordem superiores a 67 ppm, de 2ª ordem de 45 a 67<br />

ppm, e o coeficiente de correlação mais elevado ocorre<br />

entre Cu e Zn (0,645). Pelos resultados do laboratório<br />

NOMOS, os teores variam de 1 a 186 ppm, as<br />

anomalias de 1ª ordem possuem teores superiores<br />

a 72 ppm, as de 2ª ordem entre 56-72 ppm e os<br />

coeficientes de correlação mais significativos ocorrem<br />

entre Cu e Co (0,692) e Cu e Ni (0,708). Anomalias<br />

de 1ª e 2ª ordem ocorrem principalmente em três<br />

<strong>área</strong>s desta uni<strong>da</strong>de, isto é, na região norte (Área<br />

Anômala I), central (Área Anômala II) e oeste (Área<br />

Anômala III) (Fig. 18). Os valores anômalos podem<br />

ser reflexo de sulfetos disseminados (1-3%) em ca-<br />

33<br />

ma<strong>da</strong>s de piroxenitos intercala<strong>da</strong>s em gabronorito e<br />

norito (Fig. 19 e 20). Teores anômalos em Co, Ni e/<br />

ou Cr ocorrem em algumas drenagens provenientes<br />

<strong>da</strong> Zona Ultramáfica. Valores elevados de uma associação<br />

Cu-Zn-Co também ocorrem em drenagens localiza<strong>da</strong>s<br />

entre os córregos Limão e Cachoeirinha<br />

(Área Anômala D - Fig. 21), próximos ao rio do Peixe,<br />

em domínios de anfibolitos e plutônicas máficas.<br />

Os resultados de Zn obtidos no laboratório LA-<br />

MIN variam de 1 a 270 ppm, com anomalias de 1ª<br />

ordem superiores a 80 ppm, de 2ª ordem entre 54 e<br />

80 ppm e coeficiente de correlação mais elevado ocorre<br />

com Cu (0,645). Pelos resultados do laboratório<br />

NOMOS, os teores variam de 1 a 88 ppm, com anomalias<br />

de 1ª ordem superiores a 69 ppm, as de 2ª<br />

ordem entre 54 e 69 ppm e o coeficiente de correlação<br />

com os demais elementos é inferior a 0,6. As<br />

anomalias de 1ª e 2ª ordem de Zn estão localiza<strong>da</strong>s<br />

principalmente em 4 <strong>área</strong>s (Áreas Anômalas A, B, C e<br />

D), distintas <strong>da</strong>s <strong>área</strong>s anômalas com associação Cu-<br />

Co-Ni-Cr (Fig. 21).<br />

Os resultados de Co obtidos no Laboratório LA-<br />

MIN variam de 1 a 210 ppm, com anomalias de 1ª<br />

ordem superiores a 83 ppm, de 2ª ordem entre 52 e<br />

83 ppm (Fig.22) e coeficiente de correlação modera-<br />

33


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Tabela 3 - Estatísticas amostrais dos resultados analíticos de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au em amostras de sedimento<br />

de corrente na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica Inferior.<br />

Tabela 4 - Matrizes de Correlação entre os elementos<br />

Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au em amostras de sedimento de<br />

corrente <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica Inferior.<br />

do com Ni (0,657) e Cr (0,623), o que provavelmente<br />

é fruto de algumas amostras sob a influência <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de<br />

Ultramáfica. Já os resultados obtidos no Laboratório<br />

NOMOS variam de 1 a 97 ppm, com anomalias<br />

de 1ª ordem superiores a 55 ppm, de 2ª ordem<br />

entre 44 e 55 ppm e o coeficiente de correlação mais<br />

significativo se estabelece com o Cu (0,692). Os resultados<br />

mais expressivos de Co desta uni<strong>da</strong>de também<br />

se associam às intercalações de piroxenito e às<br />

drenagens provenientes <strong>da</strong> Zona Ultramáfica. Na Área<br />

Anômala D também ocorrem anomalias de Co de 1ª<br />

e 2ª ordem, coincidentes com as de Cu e Zn.<br />

Os resultados de Ni obtidos no Laboratório LA-<br />

MIN variam de 1 a 3.400 ppm, com anomalias de 1ª<br />

ordem superiores a 134 ppm, de 2ª ordem entre 61<br />

e 134 ppm e os coeficientes de correlação mais sig-<br />

34<br />

nificativos ocorrem com Co (0,657) e Cr (0,884)<br />

(Fig.23). As anomalias de 1ª e 2ª ordem coincidem<br />

com as de 1ª e 2ª ordem de Cu, Co e Cr e podem<br />

estar associa<strong>da</strong>s à presença de cama<strong>da</strong>s de piroxenitos,<br />

mas valores anômalos de 1ª e 2ª ordem também<br />

ocorrem nas drenagens provenientes <strong>da</strong> Zona<br />

Ultramáfica, reflexo de sua natureza <strong>geoquímica</strong>.<br />

Os resultados de cromo (Cr) obtidos no Laboratório<br />

LAMIN variam de 50 ppm a 18.250 ppm, com<br />

anomalias de 1ª ordem superiores a 1.080 ppm, de<br />

2ª ordem entre 574 a 1.080 ppm e alto coeficiente<br />

de correlação com o Ni (0,884) (Fig.24). As principais<br />

anomalias de 1ª e 2ª ordem de Cr coincidem com as<br />

de Ni e Cu e podem refletir a presença de piroxenitos<br />

com cromo-espinélio.<br />

Os resultados de ouro (Au) obtidos no Laboratório<br />

LAMIN variam de 0,02 a 2,65 ppm, mas os resultados<br />

superiores ao limite de detecção (0,02 ppm)<br />

são esporádicos. As amostras analisa<strong>da</strong>s pelo Laboratório<br />

NOMOS possuem teores de 0,001 a 0,175<br />

ppm. Os valores mais elevados obtidos em ambos<br />

laboratórios não possuem correlação com as anomalias<br />

dos demais elementos analisados.<br />

7.1.2 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Ultramáfica<br />

O sumário dos resultados analíticos e estatísticos<br />

<strong>da</strong>s amostras de sedimento de corrente <strong>da</strong> Zona<br />

Ultramáfica e a matriz de correlação entre Cu, Zn,<br />

Co, Ni, Cr e Au são apresentados nas Tabelas 5 e 6,<br />

respectivamente.<br />

Os resultados de Cu variam de 4 a 54 ppm, com<br />

anomalias de 1ª ordem (>50 ppm) e 2ª ordem (32-<br />

50 ppm) localiza<strong>da</strong>s preferencialmente no segmento<br />

sul <strong>da</strong> Zona Ultramáfica (córrego <strong>da</strong>s Lajes) (Figs. 18<br />

e 25 A). O comportamento do Cu se assemelha ao<br />

do Zn, com o qual possui alta correlação (0,776).


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 18 – Mapa de valores anômalos de Cu (ppm) em sedimento de corrente do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

35<br />

35


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 19 – Perfis esquemáticos dos resultados de Cu, Zn, Co, Ni e Cr (ppm) em sedimento de corrente - Áreas<br />

Anômalas II e III – Zona Máfica Inferior (ZMI) do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. A) Córrego Pica-Pau, B) Afluente Ribeirão<br />

Vista Alegre, C) Córrego Alegrete e D) Córrego Seco.<br />

36


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 20 – Perfis esquemáticos dos resultados de Cu, Zn, Co, Ni e Cr (ppm) em sedimento de corrente - Área<br />

Anômala I – Zona Máfica Inferior (ZMI) do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto. A) Córrego Mutum, B) Córrego <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>, C)<br />

Córrego Tamanduá e D) Córrego Salobo.<br />

37<br />

37


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 21 – Mapa de valores anômalos de Zn (ppm) em sedimento de corrente do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

38


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Os valores de Zn situam-se entre 9 a 78 ppm,<br />

com as anomalias de 1ª ordem (>74 ppm) e 2ª ordem<br />

(44 - 74 ppm) situa<strong>da</strong>s predominantemente na<br />

porção sul <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de, coincidentes com as anomalias<br />

de cobre. O zinco possui elevados coeficientes<br />

de correlação com o Cu (0,776), Co (0,769), Ni (0,704)<br />

e Cr (0,625).<br />

Os teores de Co variam de 8 a 480 ppm, com anomalias<br />

de 1ª ordem (>458 ppm) e 2ª ordem (168-<br />

458 ppm), localiza<strong>da</strong>s, preferencialmente, nas porções<br />

sul (córrego <strong>da</strong>s Lajes) e central (córrego Ferrino)<br />

(Fig. 22) <strong>da</strong> Zona Ultramáfica. O cobalto possui<br />

elevados coeficientes de correlação com o Ni<br />

(R=0,974), Cr (R=0,834) e Zn (R=0,769).<br />

Os resultados de Ni variam de 13 a 10.200 ppm,<br />

com anomalias de 2ª ordem (> 2.983 ppm) localiza<strong>da</strong>s<br />

preferencialmente na porção sul <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de (Fig.<br />

23). Os coeficientes de correlação mais elevados ocorrem<br />

com o Zn (0,704), Co (0,974) e Cr (0,856). Os<br />

valores elevados de Ni decorrem principalmente <strong>da</strong><br />

presença de silicatos supergênicos de níquel.<br />

Os valores de Cr variam entre 75 a 21.000 ppm,<br />

com anomalias de 2ª ordem (> 8.074 ppm) localiza<strong>da</strong>s<br />

preferencialmente na região sul, em particular<br />

no Córrego <strong>da</strong>s Lajes, e coincidentes com anomalias<br />

de 2ª ordem de Cu, Zn, Co e Ni (Fig. 24). Os coeficientes<br />

de correlação mais expressivos ocorrem com<br />

o Zn (0,625), Co (0,834) e Ni (0,856). Os teores de<br />

Au situam-se, predominantemente, abaixo do limite<br />

de detecção (0,02 ppm).<br />

Destaca-se que as amostras coleta<strong>da</strong>s na Zona<br />

Máfica Inferior, em drenagens provenientes <strong>da</strong> Zona<br />

Ultramáfica, também possuem elevados valores de<br />

Cu, Zn, Co, Ni e Cr devido à dispersão desses elementos<br />

(Fig. 25 B/C).<br />

Tabela 5 - Estatística dos resultados analíticos de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au de amostras de sedimento de corrente<br />

<strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Ultramáfica.<br />

Tabela 6 - Matriz de correlação de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au<br />

de amostras de sedimento de corrente na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior - Zona Ultramáfica.<br />

39<br />

39<br />

7.1.3 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior<br />

As amostras de sedimento de corrente <strong>da</strong> Série<br />

Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior foram analisa<strong>da</strong>s nos laboratórios<br />

do LAMIN. As estatísticas amostrais e a matriz<br />

de correlação dos elementos Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au<br />

determinados a partir dos resultados analíticos constam,<br />

respectivamente, nas Tabelas 7 e 8.<br />

Os teores de cobre (Cu) variam de 7 a 114 ppm,<br />

com anomalias de 1ª ordem contendo valores superiores<br />

a 78 ppm e de 2ª ordem entre 48 e 78 ppm. O<br />

coeficiente de correlação mais elevado ocorre com o<br />

cobalto (0,623). As principais anomalias se localizam<br />

na região dos córregos do Meio, Porteira, <strong>da</strong> Pedra e<br />

afluentes <strong>da</strong> nascente do córrego Pombal.<br />

Os resultados de zinco (Zn) variam de 4 a 65 ppm,<br />

com anomalias de 1ª ordem, superiores a 47 ppm e<br />

de 2ª ordem entre 29 a 47 ppm. O coeficiente de<br />

correlação com os demais elementos é inferior a<br />

0,339. As anomalias de 1ª e 2ª ordem se localizam<br />

em tributários do córrego do Limão, particularmente<br />

sobre anfibolitos grossos e podem estar associa<strong>da</strong>s<br />

à presença de sulfetos de Zn.<br />

Os teores de cobalto (Co) variam de 2 a 71 ppm e<br />

as anomalias de 1ª ordem são superiores a 54 ppm<br />

e as de 2ª ordem se situam entre 34 a 54 ppm. Os<br />

resultados anômalos situam-se no córrego do Meio,<br />

nos afluentes do córrego Pombal e no ribeirão Laguna<br />

e coincidem com as de cobre e níquel.<br />

O níquel (Ni) varia de 3 a 900 ppm, com anomalias<br />

de 1ª ordem superiores a 143 ppm e de 2ª ordem<br />

situa<strong>da</strong>s entre 64 a 143 ppm. O coeficiente de correlação<br />

mais elevado ocorre com o cromo (0,813), ao<br />

passo que com os demais elementos é inferior a 0,5.<br />

As anomalias de 1ª e 2ª se localizam, preferencial-<br />

mente, nos córregos do Meio e Porteirinha e nos afluentes<br />

do ribeirão <strong>da</strong> Laguna e do córrego Pombal e<br />

coincidem com as anomalias de cobre e cobalto. Em<br />

geral, as anomalias de níquel ocorrem devido à presença<br />

de rochas ultramáficas e se explicam pela presença<br />

de olivina, mas não se descarta a sua relação<br />

com disseminação de sulfetos de Cu-Ni-Co.<br />

Os teores de cromo (Cr) variam de 14 a 6.400<br />

ppm. As anomalias de 1ª ordem possuem valores<br />

superiores a 1.395 ppm e as de 2ª ordem entre 640<br />

e 1.395 ppm. O coeficiente de correlação mais elevado<br />

ocorre com Ni (0,813), ao passo que com os de-


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 22 – Mapa de valores anômalos de Co (ppm) em sedimento de corrente do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

40


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 23 – Mapa de valores anômalos de Ni (ppm) em sedimento de corrente do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

41<br />

41


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 24 – Mapa de valores anômalos de Cr (ppm) em sedimento de corrente do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

42


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 25 – Perfis esquemáticos dos resultados de Cu, Zn, Co, Ni e Cr (ppm) em sedimento de corrente nas zonas<br />

Ultramáfica e Máfica Superior do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto – A) ribeirão <strong>da</strong>s Lajes, B) ribeirão Dois Córregos , C)<br />

ribeirão de Fora.<br />

43<br />

43


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Tabela 7 - Estatísticas amostrais dos resultados analíticos de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au em amostras de sedimento<br />

de corrente na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior.<br />

Tabela 8 - Matriz de correlação de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e<br />

Au, em amostras de sedimento de corrente na Série<br />

Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior.<br />

mais elementos é inferior a 0,5. As anomalias de 1ª<br />

e 2ª ordem situam-se preferencialmente na região<br />

norte <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de, nos afluentes do Ribeirão <strong>da</strong> Laguna<br />

e à montante dos córregos Pombal, Porteirinha<br />

e do Meio.<br />

Os teores de ouro (Au) variam entre 0,02 a 2,1<br />

ppm, com raros valores superiores ao limite de detecção<br />

(0,02 ppm).<br />

Os resultados anômalos de Cu, Co, Ni e Cr ocorrem<br />

preferencialmente nos córregos do Meio, <strong>da</strong> Pedra,<br />

<strong>da</strong> Porteira, do Pombal e afluentes do ribeirão<br />

<strong>da</strong> Laguna, os quais drenam olivina-gabros coroníticos.<br />

Tabela 9 - Estatísticas amostrais dos resultados analíticos de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au, em amostras de sedimento<br />

de corrente <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des Geológicas Adjacentes.<br />

44<br />

7.1.4 – Uni<strong>da</strong>des Geológicas Adjacentes<br />

As estatísticas amostrais e a matriz de correlação<br />

de Cu, Zn, Co, Ni, Cr e Au <strong>da</strong>s amostras de sedimento<br />

de corrente de uni<strong>da</strong>des <strong>geológica</strong>s adjacentes<br />

ao Complexo de <strong>Barro</strong> Alto, isto é, o Complexo Granito-Gnáissico<br />

e a Sequência Metavulcano-Sedimentar<br />

de Juscelândia, constam <strong>da</strong>s Tabelas 9 e 10.<br />

As amostras apresentam valores analíticos de Cu,<br />

Zn, Co, Ni, Cr e Au inferiores às do Complexo de <strong>Barro</strong><br />

Alto. Freqüentemente, estas se localizam em drenagens<br />

com significativa contribuição do complexo,<br />

devido à dispersão <strong>geoquímica</strong>. Isto implica em considerar<br />

os resultados com ressalva.<br />

Na Seqüência Metavulcano-Sedimentar de Juscelândia<br />

destaca-se a presença de anomalias de 2ª<br />

ordem de Zn no córrego Jararaca, coincidentes com<br />

a zona anômala descrita por Souza & Frizzo (1995)<br />

como resultante <strong>da</strong> presença de sulfetos de cobre,<br />

zinco e chumbo disseminados em xistos feldspáticos<br />

e anfibolitos <strong>da</strong> base <strong>da</strong> seqüência.<br />

7.2 – Concentrado de Bateia<br />

As localizações <strong>da</strong>s amostras de concentrado de<br />

bateia <strong>da</strong>s drenagens do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto e


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Tabela 10 - Matrizes de correlação entre Cu, Zn, Co, Ni,<br />

Cr e Au, de amostras de sedimento de corrente <strong>da</strong>s<br />

Uni<strong>da</strong>des Geológicas Adjacentes.<br />

os laboratórios utilizados nas análises químicas <strong>da</strong>s<br />

mesmas constam <strong>da</strong> Figura 26. Os resultados de Au,<br />

Pd e Pt são apresentados nas Figuras 27, 28 e 29,<br />

respectivamente. Esporadicamente, os teores obtidos<br />

são superiores ao limite de detecção.<br />

7.2.1 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Zona Máfica<br />

Inferior<br />

A Tabela 11 resume as <strong>da</strong>dos estatísticos dos resultados<br />

de ouro (Au), paládio (Pd) e platina (Pt) <strong>da</strong><br />

Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica Inferior.<br />

Os resultados de platina (Pt) atingiram até 3.579<br />

ppb, com valores anômalos situados preferencialmente<br />

na Área Anômala I (córrego Laje, córrego Mutum,<br />

córrego <strong>da</strong> Vaca e córrego Tamanduá) e Área Anômala<br />

II (córrego Pica-Pau e nascentes do ribeirão Vista<br />

Alegre) (Fig. 27). Algumas <strong>área</strong>s com resultados anômalos<br />

de Pt coincidem com anomalias de Cu, Co, Ni e<br />

Cr em amostras de sedimento de corrente, localiza-<br />

Tabela 11 - Sumário estatístico dos resultados de análises químicas de Pt, Pd e Au em amostras de concentrado<br />

de bateia <strong>da</strong> drenagem <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica Inferior, Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

45<br />

<strong>da</strong>s a jusante de cama<strong>da</strong>s de piroxenitos. Isto sugere<br />

a possível presença de paragêneses de sulfetos<br />

de Cu-Ni-Co às quais se associariam minerais do<br />

grupo <strong>da</strong> platina (MGP). Na Área Anômala II em particular,<br />

o concentrado de bateia <strong>da</strong> amostra JA-B-84<br />

continha dois grãos de platina, cuja análise semiquantitativa<br />

por MEV com EDS, estimou uma composição<br />

de: Pt 97,87 Rh 1,54 Fe 0,59 e Pt 87 , 53 Pd 13,78 Fe 0,96 .<br />

O paládio (Pd) ocorre em teores de até 27 ppb. A<br />

freqüência de valores mais elevados é inferior aos<br />

de platina e se concentram principalmente nas regiões<br />

<strong>da</strong> Área Anômala I (córregos Salobro, Percial, <strong>da</strong><br />

Porteirinha e <strong>da</strong> Onça), Área Anômala II (córrego Pica-<br />

Pau) e Área Anômala III (nascentes dos córregos Alegrete,<br />

Fundo, Seco) (Fig. 28). Nas regiões central e<br />

norte, os valores anômalos de paládio coincidem com<br />

os de platina.<br />

Os <strong>da</strong>dos de ouro (Au) atingiram até 43.010 ppb.<br />

Teores anômalos localizam-se preferencialmente nas<br />

drenagens <strong>da</strong> porção norte do segmento ocidental<br />

do complexo (Fig. 29), onde predominam anfibolitos<br />

finos, rochas máficas, intrusões áci<strong>da</strong>s e rochas supracrustais<br />

granulitiza<strong>da</strong>s. Aparentemente há pouca<br />

correlação entre anomalias em ouro e a presença<br />

de platina e paládio.<br />

7.2.2 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Ultramáfica<br />

Na Zona Ultramáfica, os resultados de platina,<br />

paládio e ouro, acima do limite de detecção, são esporádicos<br />

e freqüentemente não coincidentes. Os<br />

valores máximos são de 340 ppb (Pt), 30 ppb (Pd) e<br />

270 ppb (Au). O sumário estatístico dos resultados<br />

analíticos consta <strong>da</strong> Tabela 12.<br />

Os resultados acima do limite de detecção de Pt<br />

ocorrem, preferencialmente, na região sul desta uni<strong>da</strong>de<br />

(Área Anômala IV - córrego <strong>da</strong>s Lajes), e os de<br />

ouro (Au) em drenagens <strong>da</strong> porção norte <strong>da</strong> mesma<br />

(afluente do córrego Ferino). O paládio (Pd) apresenta<br />

apenas um resultado (30 ppb) acima do limite<br />

45


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 26 – Mapa de localização <strong>da</strong>s amostras e dos laboratórios utilizados nas análises de concentrado de bateia<br />

<strong>da</strong> drenagem do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

de detecção, localizado no córrego <strong>da</strong>s Lajes.<br />

7.2.3 – Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior<br />

Na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior, são encontrados<br />

valores de até 199 ppb (Pt) 23 ppb (Pd) e 632 ppb<br />

(Au), com a maioria dos resultados analíticos acima<br />

dos respectivos limites de detecção, localizados na<br />

porção norte do complexo. O sumário estatístico encontra-se<br />

na Tabela 13.<br />

Teores de platina acima do limite de detecção ocorrem<br />

em apenas cinco amostras, enquanto o paládio<br />

ocorre em maior número, em ambos os casos em<br />

amostras localiza<strong>da</strong>s sobre olivina-gabronorito coronítico.<br />

Em algumas drenagens, como nos afluentes<br />

dos córregos Porteirinha, Pombral e do Meio,<br />

estes resultados coincidem com anomalias de Cu, Co,<br />

Ni e Cr em sedimento de corrente, o que sugere a<br />

possível associação do Pd com sulfetos.<br />

Os resultados anômalos de ouro têm distribuição<br />

aleatória e as amostras provêm de drenagens que<br />

fluem sobre olivina-gabro coronítico, gabro e piroxenito,<br />

com certa coincidência com resultados de Pd.<br />

7.2.4 – Uni<strong>da</strong>des Geológicas Adjacentes<br />

Nas uni<strong>da</strong>des <strong>geológica</strong>s adjacentes ao complexo,<br />

a maioria dos teores de Pt, Pd e Au estão abaixo<br />

46<br />

do limite de detecção, mas ocorrem valores esporádicos<br />

de até 31 ppb (Pt) 22 ppb (Pd) e 2.882 ppb<br />

(Au) (Tabela 14). Os poucos resultados superiores<br />

ao limite de detecção destes elementos não são coincidentes<br />

entre si.<br />

8 - CONCLUSÕES<br />

O Complexo de <strong>Barro</strong> Alto é uma <strong>da</strong>s maiores associações<br />

de rochas máfico-ultramáficas acama<strong>da</strong>s<br />

toleíticas do Brasil, com cerca de 150 km de comprimento<br />

e 10-22 km de espessura aparente, e compreende<br />

dois segmentos, um de orientação EW e<br />

outro NE/SW.<br />

As rochas plutônicas agrupam-se em duas seqüências<br />

cumuláticas principais, isto é, a Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior e a Superior. A Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior está subdividi<strong>da</strong> na Zona Máfica Inferior, composta<br />

de metagabronorito e metanorito com intercalações<br />

de metapiroxenitos, troctolitos e anortositos,<br />

e a Zona Ultramáfica com predomínio de metaperidotitos<br />

serpentinizados. Paragêneses <strong>da</strong> fácies<br />

granulito, gera<strong>da</strong>s por deformação ductil, são características,<br />

principalmente no segmento nordeste <strong>da</strong><br />

uni<strong>da</strong>de. A Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior compreende<br />

olivina-gabro coronítico, troctolito, gabronorito, metanortosito<br />

e gabro, com intercalações de piroxenito<br />

e anfibolito médio-grosso. Esses litotipos são fre-


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 27 – Mapa de distribuição dos resultados de Pt (ppb) em concentrado de bateia do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

47<br />

47


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 28 – Mapa de distribuição dos resultados de Pd (ppb) em concentrado de bateia do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

48


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Figura 29 – Mapa de distribuição dos resultados de Au (ppb) em concentrado de bateia do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

Tabela 12 - Sumário estatístico <strong>da</strong>s análises de Pt, Pd e Au em concentrado de bateia na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior<br />

- Zona Ultramáfica, Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

Tabela 13 - Sumário estatístico <strong>da</strong>s análises de Pt, Pd e Au em concentrado de bateia na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Superior - Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

49<br />

49


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Tabela 14 - Sumário estatístico <strong>da</strong>s análises de Pt, Pd e Au em concentrado de bateia <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des Geológicas<br />

Adjacentes ao Complexo de <strong>Barro</strong> Alto.<br />

qüentemente isotrópicos ou com poucas feições de<br />

deformação dúctil e metamorfismo <strong>da</strong> fácies anfibolítico.<br />

Os resultados do levantamento geoquímico por<br />

sedimento de corrente e concentrado de bateia possuem<br />

as seguintes características:<br />

8.1 - Sedimento de Corrente<br />

8.1.1 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior – Zona Máfica<br />

Inferior<br />

Os graus de correlação entre os elementos variam<br />

entre os diferentes laboratórios, mas os mais expressivos<br />

(superiores a 0,6) ocorrem entre Cu-Zn,<br />

Ni-Co, Ni-Cr (LAMIN); Cu-Co e Cu-Ni (NOMOS).<br />

As anomalias de 1ª e 2ª ordem de Cu, Ni, Co e Cr<br />

definem três <strong>área</strong>s principais de ocorrência, isto é,<br />

Áreas Anômalas I, II e III. Algumas parecem estar<br />

associa<strong>da</strong>s a cama<strong>da</strong>s de piroxenitos com sulfetos<br />

disseminados (1-3%).<br />

Os teores de Zn são sistematicamente mais elevados,<br />

quando comparados aos <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Superior. Destacam-se teores anômalos de Cu-<br />

Zn-Co na Área Anômala D, próxima ao rio do Peixe,<br />

associados aos anfibolitos finos/gabronoritos.<br />

8.1.2 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior - Zona Ultramáfica<br />

Os coeficientes de correlação superiores a 0,8<br />

ocorrem entre os pares Ni-Co, Ni-Cr e Cr-Co e moderados,<br />

de 0,6 a 0,8, entre Cu-Zn, Ni-Zn, Cr-Zn.<br />

As principais anomalias (> 2ª ordem) de Cu,<br />

Co, Ni e Cr situam-se na região sul <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de (Área<br />

Anômala IV- bacia do córrego <strong>da</strong>s Lajes).<br />

8.1.3 - Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Superior<br />

Os coeficientes de correlação mais elevados<br />

(superiores a 0,6) ocorrem entre Cu-Co e Ni-Cr.<br />

As anomalias de 1ª e 2ª ordem de Cu, Ni, Co e<br />

50<br />

Cr estão localiza<strong>da</strong>s preferencialmente, nos córregos<br />

do Meio, Pombal e Porteirinha, em drenagens<br />

que fluem sobre olivina-gabronorito coronítico.<br />

8.1.4 - Uni<strong>da</strong>des Geológicas Adjacentes<br />

Os resultados analíticos mostram significativa<br />

contribuição <strong>da</strong> dispersão <strong>geoquímica</strong> proveniente do<br />

Complexo de <strong>Barro</strong> Alto e devem ser considerados<br />

com ressalvas.<br />

Na Seqüência Metavulcano-Sedimentar de Juscelândia<br />

valores anômalos de Zn e Cu se associam a<br />

mineralizações de Pb-Cu-Zn em anfibolitos finos/xistos<br />

feldspáticos.<br />

8.2 - Concentrado de Bateia<br />

Os teores de Pt, Pd e Au acima do limite de<br />

detecção são raros, ocorrem em distintos locais e<br />

alcançam valores máximos de 3.579 ppb (Pt), 30 ppb<br />

(Pd) e 43.010 ppb (Au).<br />

Platina nativa, rara, foi detecta<strong>da</strong> em poucas<br />

amostras de concentrado de bateia na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Inferior - Zona Máfica Inferior, na Área Anômala<br />

II, mas teores anômalos também se registram na Área<br />

Anômala I. Estas possivelmente derivam de delga<strong>da</strong>s<br />

cama<strong>da</strong>s de piroxenito com sulfetos disseminados<br />

(1-3%), principais litotipos a serem investigados.<br />

9 – SUGESTÕES<br />

Considerando que os resultados mais expressivos<br />

de sedimento de corrente e concentrado de bateia<br />

situam-se na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior e estão<br />

possivelmente associados à presença de delga<strong>da</strong>s<br />

cama<strong>da</strong>s de piroxenitos com sulfetos disseminados,<br />

sugere-se que:<br />

- os trabalhos de porspecção mineral para elementos<br />

do grupo de platina (EPG) sejam preferencialmente<br />

realizados na Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior;<br />

- seja relaizado o mapeamento geológico e estu<strong>da</strong>do<br />

de petrologia ígnea em escala de semi-detalhe


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

(> 1:25.000) <strong>da</strong> Série Acama<strong>da</strong><strong>da</strong> Inferior, a fim de<br />

definir as suas variações estratigráficas laterais e verticais,<br />

com enfoque em cama<strong>da</strong>s de piroxenito;<br />

- seja realizado um programa de coleta de amostras<br />

de solos autóctones situados sobre as cama<strong>da</strong>s<br />

de piroxenito;<br />

Anglo American. 2008. Anglo American anuncia avanços<br />

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nas<strong>área</strong>s com resultados analíticos (Pt, Pd,<br />

Cu, Ni, Co e/ou Cr) mais significativos <strong>da</strong>s amostras<br />

de solo a serem coleta<strong>da</strong>s, para melhor definir a<br />

origem <strong>da</strong>s anomalias e avaliar o potencial econômico<br />

de possíveis mineralizações em EGP.<br />

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Fuck R.A., Neves B.B.B., Cor<strong>da</strong>ni U.G., Kawashita K. 1989.<br />

Geocronologia Rb-Sr no Complexo de <strong>Barro</strong> Alto, Goiás:<br />

Evidência de metamorfismo de alto grau e colisão<br />

continental há 1300 Ma no Brasil Central. Geochim.<br />

Brasil., 3:125-140.<br />

Fuck R.A. 1994. A Faixa Brasília e a compartimentação<br />

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Godoy A.C. 1968. Mapa <strong>da</strong>s ocorrências minerais do Estado<br />

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Licht O.A.B. 1998. Prospecção <strong>geoquímica</strong>: princípios, técnicas<br />

e métodos. <strong>CPRM</strong>. Rio de Janeiro, 236pp<br />

Lima T.M. 2000. <strong>Síntese</strong> <strong>geológica</strong> e <strong>prospecção</strong> geoquí-<br />

51


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

mica <strong>da</strong> Área Cana Brava.Goiânia, <strong>CPRM</strong>.60 p. Informe<br />

de Recursos Minerais Nº 17 – Série Metais do Grupo<br />

<strong>da</strong> Platina e Associados.<br />

Maranhão R.J.L. 1989. Introdução à pesquisa mineral. BNB.<br />

ETENE. 4ª Ed., Fortaleza, 796 pp.<br />

Moraes R. 1997. Condições e evolução do metamorfismo<br />

no Complexo <strong>Barro</strong> Alto e lito<strong>geoquímica</strong> do vulcanismo<br />

bimo<strong>da</strong>l <strong>da</strong> Seqüência Juscelândia, Goianésia, Goiás.<br />

Tese de Doutorado, IG/UnB, 385 pp.<br />

Moraes R. 1992. Metamorfismo e deformação <strong>da</strong> Seqüência<br />

Vulcano-Sedimentar de Juscelândia, Goiás e <strong>geoquímica</strong><br />

de seus anfibolitos. Dissertação de Mestrado,<br />

IG/UnB.<br />

Nilson A.A., Ferreira Filho C.F. et al. 1996. Mapa geológico<br />

do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto na região de <strong>Barro</strong> Alto,<br />

Goiás. .1:50.000.Brasília. Inst.Geoc.– UnB. Projeto Final<br />

de Graduação (inédito).<br />

Nilson A.A., Botelho N.F., Ferreira Filho C.F. 1994. Rifteamento<br />

meso-proterozóico no Centro-Norte de Goiás.<br />

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p.248-259<br />

Oliveira A.M. & Jost H. 1982. Estratigrafia <strong>da</strong> seqüência<br />

granulítica do Complexo de <strong>Barro</strong> Alto na Região de<br />

Goianésia, Goiás. In: SBG, Congr. Bras. Geol., 37, São<br />

Paulo, Bol. Resumos Expanditos..., 1:446-447.<br />

Oliveria A.M. 1993. Petrologia, estratigrafia, petroquímica<br />

e potenciali<strong>da</strong>des para Elementos do Grupo de Platina<br />

(EGP) no Complexo de <strong>Barro</strong> Alto na região de Goianésia,<br />

Goiás. Dissertação de Mestrado, IG/UnB, 86 pp.<br />

Pimentel M.M., Ferreira Filho C.F., Armstrong R.A. 2004.<br />

SHRIMP – U-Pb and Sm-Nd ages of the Niquelândia<br />

layered complex: Meso (1.25 Ga) and Neoproterozoic<br />

(0.79 Ga) extensional events in central Brazil. Precambrian<br />

Research, 132:133-153.<br />

52<br />

Pimentel M.M., Junges S., Buhn B., Matteini M., Rodrigues<br />

J.B. 2008. In situ LAM-ICPMS U-Pb and Lu-Hf analyses<br />

at the geochronology laboratory of the Univesi<strong>da</strong>de de<br />

Brasília: example from highgrade rocks of the <strong>Barro</strong><br />

Alto Mafic-Ultramafic Complex. In: South Am. Symp.<br />

Isotope Geology, 6, San Carlos de Bariloche, Abstracts…,<br />

p. 14.<br />

Souza J.O & Leão Neto R. 1997. Mapa geológico do Projeto<br />

Bor<strong>da</strong> Oeste dos Maciço Básico-Ultrabásicos de Niquelândia<br />

e <strong>Barro</strong> Alto. Folha 2. 1:100.000. PLGB. Goiânia.<br />

<strong>CPRM</strong> (inédito).<br />

Souza A. 1973. Aspectos geológicos e geocronológicos do<br />

Complexo de <strong>Barro</strong> Alto, Goiás. Tese de Doutorado,<br />

IG/USP, 105 pp.<br />

Souza J.M & Frizzo C. 1995. Sulfeto Massivo de Juscelândia<br />

– GO. In.: SBG, Simp. Geol. Centro-Oeste, 10,<br />

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Stache G.A. 1976. Untersuchungen zur Geologie, Petrografie,<br />

Metamorphose und Genese des Basic-Ultrabasichen<br />

Massivs von <strong>Barro</strong> Alto - Goiás (Brasilien). Clausther<br />

Geol.Abh., 24:149.<br />

Suita M.T.F. 1996. Geoquímica e metalogenia de elementos<br />

do grupo <strong>da</strong> Platina (EGP+Au) em complexos máfico-ultramáficos<br />

do Brasil: Critérios & guias com ênfase<br />

no complexo máfico-ultramáfico acama<strong>da</strong>do de<br />

alto grau de <strong>Barro</strong> Alto (CBA, Goiás). Tese de Doutorado,<br />

IG/UFRGS, 525 pp.<br />

Trescasses J.J. & Oliveira S.M.B. 1981. A jazi<strong>da</strong> de níquel<br />

de <strong>Barro</strong> Alto. In.: SBG, Simp. Geol. Centro-Oeste, 1,<br />

Goiânia, Anais...., p. 519-537.<br />

Wernick E. & Almei<strong>da</strong> F.F.M. 1979.The geotectonic environments<br />

of Early Precambrian granulites in Brazil. Precambrian<br />

Res., 8:1-17.<br />

Wernick E. 1981. The Archaean of Brazil. Earth-Sci. Rev.,<br />

17:31-48.<br />

11 - LISTAGEM DOS INFORMES DE RECURSOS MINERAIS<br />

SÉRIE METAIS DO GRUPO DA PLATINA E ASSOCIADOS<br />

Nº 01 - Mapa de Caracterização <strong>da</strong>s Áreas de Trabalho (Escala 1:7.000.000), 1996.<br />

Nº 02 - Mapa Geológico Preliminar <strong>da</strong> Serra do Colorado - Rondônia e <strong>Síntese</strong> Geológico-Metalogenética,<br />

1997.<br />

Nº 03 - Mapa Geológico Preliminar <strong>da</strong> Serra Céu Azul - Rondônia, Prospecção Geoquímica e <strong>Síntese</strong><br />

Geológico-Metalogenética, 1997.<br />

Nº 04 - <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção por Concentrados de Bateia nos Complexos Canabrava e <strong>Barro</strong><br />

Alto - Goiás, 1997.<br />

Nº 05 - <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica/Aluvionar <strong>da</strong> Área Migrantinópolis - Rondônia, 2000.<br />

Nº 06 - Geologia e Prospecção Geoquímica/Aluvionar <strong>da</strong> Área Corumbiara/Chupinguaia - Rondônia, 2000.<br />

Nº 07 - <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica/Aluvionar <strong>da</strong> Área Serra Azul - Rondônia, 2000.<br />

Nº 08 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Rio Branco/Alta Floresta - Rondônia, 2000.<br />

Nº 09 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Santa Luzia - Rondônia, 2000.<br />

Nº 10 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Nova Brasilândia - Rondônia, 2000.<br />

Nº 11 - <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área Rio Madeirinha - Mato Grosso, 2000.<br />

Nº 12 - <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospectiva <strong>da</strong>s Áreas Pedra Preta e Cotingo - Roraima, 2000.<br />

Nº 13 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Santa Bárbara - Goiás, 2000.<br />

Nº 14 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Barra <strong>da</strong> Gameleira - Tocantins, 2000.<br />

Nº 15 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Córrego Seco - Goiás, 2000.<br />

Nº 16 - <strong>Síntese</strong> Geológica e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área São Miguel do Guaporé - Rondônia, 2000.<br />

Nº 17 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Cana Brava - Goiás, 2000.<br />

Nº 18 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Cacoal - Rondônia, 2000.


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Nº 19 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong>s Áreas Morro do Leme e Morro Sem Boné - Mato Grosso,<br />

2000.<br />

Nº 20 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong>s Áreas Serra dos Pacaás Novos e Rio Cautário - Rondônia,<br />

2000.<br />

Nº 21 - Aspectos Geológicos, Geoquímicos e Potenciali<strong>da</strong>de em Depósitos de Ni-Cu-EGP do Magmatismo<br />

<strong>da</strong> Bacia do Paraná - 2000.<br />

Nº 22 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Tabuleta - Mato Grosso, 2000.<br />

Nº 23 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Rio Alegre - Mato Grosso, 2000.<br />

Nº 24 - Geologia e Resultados Prospectivos <strong>da</strong> Área Figueira Branca/Indiavaí - Mato Grosso, 2000.<br />

Nº 25 - <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica/Aluvionar <strong>da</strong>s Áreas Jaburu, Caracaraí, Alto Tacutu e<br />

Amajari - Roraima, 2000.<br />

Nº 26 - Prospecção Geológica e Geoquímica no Corpo Máfico-Ultramáfico <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong> Onça - Pará, 2001.<br />

Nº 27 - Prospecção Geológica e Geoquímica nos Corpos Máfico-Ultramáficos <strong>da</strong> Suíte Intrusiva Cateté -<br />

Pará, 2001.<br />

Nº 28 - Aspectos geológicos, Geoquímicos e Metalogenéticos do Magmatismo Básico/Ultrabásico do<br />

Estado de Rondônia e Área Adjacente, 2001.<br />

Nº 29 - Geological, Geochemical and Potentiality Aspects of Ni-Cu-PGE Deposits of the Paraná Basin<br />

Magmatism, 2001.<br />

Nº 30 – <strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto – Goiás, 2010.<br />

SÉRIE MAPAS TEMÁTICOS DE OURO - ESCALA 1:250.000<br />

Nº 01 - Área GO-09 Aurilândia/Anicuns - Goiás, 1995.<br />

Nº 02 - Área RS-01 Lavras do Sul/Caçapava do Sul - Rio Grande do Sul, 1995.<br />

Nº 03 - Área RO-01 Presidente Médici - Rondônia, 1996.<br />

Nº 04 - Área SP-01 Vale do Ribeira - São Paulo, 1996.<br />

Nº 05 - Área PA-15 Inajá - Pará, 1996.<br />

Nº 06 - Área GO-05 Luziânia - Goiás, 1997.<br />

Nº 07 - Área PA-01 Paru - Pará, 1997.<br />

Nº 08 - Área AP-05 Serra do Navio/Cupixi - Amapá, 1997.<br />

Nº 09 - Área BA-15 Cariparé - Bahia, 1997.<br />

Nº 10 - Área GO-01 Crixás/Pilar - Goiás, 1997.<br />

Nº 11 - Área GO-02 Porangatu/Mara Rosa - Goiás, 1997<br />

Nº 12 - Área GO-03 Niquelândia - Goiás, 1997.<br />

Nº 13 - Área MT-01 Peixoto de Azevedo/Vila Guarita - Mato Grosso, 1997.<br />

Nº 14 - Área MT-06 Ilha 24 de Maio - Mato Grosso, 1997.<br />

Nº 15 - Área MT-08 São João <strong>da</strong> Barra - Mato Grosso/Pará, 1997.<br />

Nº 16 - Área RO-02 Jenipapo/Serra Sem Calça - Rondônia, 1997.<br />

Nº 17 - Área RO-06 Guaporé/Madeira - Rondônia, 1997.<br />

Nº 18 - Área RO-07 Rio Madeira - Rondônia, 1997.<br />

Nº 19 - Área RR-01 Uraricaá - Roraima, 1997.<br />

Nº 20 - Área AP-03 Alto Jari - Amapá/Pará, 1997.<br />

Nº 21 - Área CE-02 Várzea Alegre/Lavras <strong>da</strong> Mangabeira/Encanto - Ceará, 1997.<br />

Nº 22 - Área GO-08 Arenópolis/Amorinópolis - Goiás, 1997.<br />

Nº 23 - Área PA-07 Serra Pela<strong>da</strong> - Pará, 1997.<br />

Nº 24 - Área SC-01 Botuverá/Brusque/Gaspar - Santa Catarina, 1997.<br />

Nº 25 - Área AP-01 Cassiporé - Amapá, 1997.<br />

Nº 26 - Área BA-04 Jacobina Sul - Bahia, 1997.<br />

Nº 27 - Área PA-03 Cuiapucu/Carará - Pará/Amapá, 1997.<br />

Nº 28 - Área PA-10 Serra dos Carajás - Pará, 1997.<br />

Nº 29 - Área AP-04 Tumucumaque - Pará, 1997.<br />

Nº 30 - Área PA-11 Xinguara - Pará, 1997.<br />

Nº 31 - Área PB-01 Cachoeira de Minas/Itajubatiba/Itapetim - Paraíba/Pernambuco, 1997.<br />

Nº 32 - Área AP-02 Tartarugalzinho - Amapá, 1997.<br />

Nº 33 - Área AP-06 Vila Nova/Iratapuru - Amapá, 1997.<br />

Nº 34 - Área PA-02 Ipitinga - Pará/Amapá, 1997.<br />

Nº 35 - Área PA-17 Caracol - Pará, 1997.<br />

Nº 36 - Área PA-18 Vila Riozinho - Pará, 1997.<br />

Nº 37 - Área PA-19 Rio Novo - Pará, 1997.<br />

Nº 38 - Área PA-08 São Félix - Pará, 1997.<br />

53<br />

53


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Nº 39 - Área PA-21 Marupá - Pará, 1998.<br />

Nº 40 - Área PA-04 Três Palmeiras/Volta Grande - Pará, 1998.<br />

Nº 41 - Área TO-01 Almas/Nativi<strong>da</strong>de - Tocantins, 1998.<br />

Nº 42 - Área RN-01 São Fernando/Ponta <strong>da</strong> Serra/São Francisco - Rio Grande do Norte/Paraíba, 1998.<br />

Nº 43 - Área GO-06 Cavalcante - Goiás/Tocantins, 1998.<br />

Nº 44 - Área MT-02 Alta Floresta - Mato Grosso/Pará, 1998.<br />

Nº 45 - Área MT-03 Serra de São Vicente - Mato Grosso, 1998.<br />

Nº 46 - Área AM-04 Rio Traíra - Amazonas, 1998.<br />

Nº 47 - Área GO-10 Pirenópolis/Jaraguá - Goiás, 1998.<br />

Nº 48 - Área CE-01 Reriutaba/Ipu - Ceará, 1998.<br />

Nº 49 - Área PA-06 Manelão - Pará, 1998.<br />

Nº 50 - Área PA-20 Jacareacanga - Pará/Amazonas, 1998.<br />

Nº 51 - Área MG-07 Paracatu - Minas Gerais, 1998.<br />

Nº 52 - Área RO-05 Colorado - Rondônia/Mato Grosso, 1998.<br />

Nº 53 - Área TO-02 Brejinho de Nazaré - Tocantins, 1998.<br />

Nº 54 - Área RO-04 Porto Esperança - Rondônia, 1998.<br />

Nº 55 - Área RO-03 Parecis - Rondônia, 1998.<br />

Nº 56 - Área RR-03 Uraricoera - Roraima, 1998.<br />

Nº 57 - Área GO-04 Goiás - Goiás, 1998.<br />

Nº 58 - Área MA-01 Belt do Gurupi - Maranhão/Pará, 1998.<br />

Nº 59 - Área MA-02 Aurizona/Carutapera - Maranhão/Pará, 1998.<br />

Nº 60 - Área PE-01 Serrita - Pernambuco, 1998.<br />

Nº 61 - Área PR-01 Curitiba/Morretes - Paraná, 1998.<br />

Nº 62 - Área MG-01 Pitangui - Minas Gerais, 1998.<br />

Nº 63 - Área PA-12 Rio Fresco - Pará, 1998.<br />

Nº 64 - Área PA-13 Ma<strong>da</strong>lena - Pará, 1998.<br />

Nº 65 - Área AM-01 Parauari - Amazonas/Pará, 1999.<br />

Nº 66 - Área BA-01 Itapicuru Norte - Bahia, 1999.<br />

Nº 67 - Área RR-04 Quino Maú - Roraima, 1999.<br />

Nº 68 - Área RR-05 Apiaú - Roraima, 1999.<br />

Nº 69 - Área AM 05 Gavião/Dez Dias - Amazonas, 1999.<br />

Nº 70 - Área MT-07 Araés/Nova Xavantina - Mato Grosso, 2000.<br />

Nº 71 - Área AM-02 Cauaburi - Amazonas, 2000.<br />

Nº 72 - Área RR-02 Mucajaí - Roraima, 2000.<br />

Nº 73 - Área RR-06 Rio Amajari - Roraima, 2000.<br />

Nº 74 - Área BA-03 Jacobina Norte - Bahia, 2000.<br />

Nº 75 - Área MG-04 Serro - Minas Gerais, 2000.<br />

Nº 76 - Área BA-02 Itapicuru Sul - Bahia, 2000.<br />

Nº 77 - Área MG-03 Conselheiro Lafaiete - Minas Gerais, 2000.<br />

Nº 78 - Área MG-05 Itabira - Minas Gerais, 2000.<br />

Nº 79 - Área MG-09 Riacho dos Machados - Minas Gerais, 2000.<br />

Nº 80 - Área BA-14 Correntina - Bahia, 2000.<br />

Nº 81 - Área BA-12 Boquira Sul - Bahia, 2000.<br />

Nº 82 - Área BA-13 Gentio do Ouro - Bahia, 2000.<br />

Nº 83 - Área BA-08 Rio de Contas/Ibitiara Sul - Bahia, 2000.<br />

Nº 84 - Área MT-05 Cuiabá/Poconé - Mato Grosso, 2000.<br />

Nº 85 - Área MT-04 Jauru/Barra dos Bugres - Mato Grosso, 2000.<br />

SÉRIE OURO - INFORMES GERAIS<br />

Nº 01 - Mapa de Reservas e Produção de Ouro no Brasil (Escala 1:7.000.000), 1996.<br />

Nº 02 - Programa Nacional de Prospecção de Ouro - Natureza e Métodos, 1998.<br />

Nº 03 - Mapa de Reservas e Produção de Ouro no Brasil (Escala 1:7.000.000), 1998.<br />

Nº 04 - Gold Prospecting National Program - Subject and Methodology, 1998.<br />

Nº 05 - Mineralizações Auríferas <strong>da</strong> Região de Cachoeira de Minas – Municípios de Manaíra e Princesa<br />

Isabel - Paraíba, 1998.<br />

Nº 06 - Mapa de Reservas e Produção de Ouro no Brasil (Escala 1:7.000.000), 2000.<br />

54


<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Nº 07 - Resultados <strong>da</strong> Prospecção para Ouro na Área RS-01 - Lavras do Sul/Caçapava do Sul, Sub-<strong>área</strong><br />

Minas do Camaquã - Rio Grande do Sul, 2000.<br />

Nº 08 - Resultados <strong>da</strong> Prospecção para Ouro na Área RS-01 - Lavras do Sul/Caçapava do Sul, Sub-<strong>área</strong><br />

Ibaré - Rio Grande do Sul, 2000.<br />

Nº 09 - Resultados <strong>da</strong> Prospecção para Ouro na Área RS-01 - Lavras do Sul/Caçapava do Sul, Sub-<strong>área</strong><br />

Caçapava do Sul - Rio Grande do Sul, 2000.<br />

Nº 10 - Resultados <strong>da</strong> Prospecção para Ouro na Área RS-01 - Lavras do Sul/Caçapava do Sul, Sub-<strong>área</strong><br />

Passo do Salsinho - Rio Grande do Sul, 2000.<br />

Nº 11 - Resultados <strong>da</strong> Prospecção para Ouro na Área RS-01 - Lavras do Sul/Caçapava do Sul, Sub-<strong>área</strong><br />

Marmeleiro - Rio Grande do Sul, 2000.<br />

Nº 12 - Map of Gold Production and Reserves of Brazil (1:7.000.000 Scale), 2000<br />

Nº 13 - Resultados <strong>da</strong> Prospecção para Ouro na Área RS-01 - Lavras do Sul/Caçapava do Sul, Sub-<strong>área</strong><br />

Cambaizinho - Rio Grande do Sul, 2001.<br />

Nº 14 - Resultados <strong>da</strong> Prospecção para Ouro na Área RS-01 - Lavras do Sul/Caçapava do Sul, Sub-<strong>área</strong><br />

Passo do Ivo - Rio Grande do Sul, 2001.<br />

Nº 15 - Resultados <strong>da</strong> Prospecção para Ouro na Área RS-01 - Lavras do Sul/Caçapava do Sul, Sub-<strong>área</strong><br />

Batovi - Rio Grande do Sul, 2001.<br />

Nº 16 – Projeto Metalogenia <strong>da</strong> Província Aurífera Juruena-Teles Pires, Mato Grosso – Goiânia, 2008.<br />

Nº 17 – Metalogenia do Distrito Aurífero do Rio Juma, Nova Aripuanã, Manaus, 2010.<br />

SÉRIE INSUMOS MINERAIS PARA AGRICULTURA<br />

Nº 01 - Mapa <strong>Síntese</strong> do Setor de Fertilizantes Minerais (NPK) no Brasil (Escala 1:7.000.000), 1997.<br />

Nº 02 - Fosfato <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong> Bodoquena - Mato Grosso do Sul, 2000.<br />

Nº 03 - Estudo do Mercado de Calcário para Fins Agrícolas no Estado de Pernambuco, 2000.<br />

Nº 04 - Mapa de Insumos Minerais para Agricultura e Áreas Potenciais nos Estados de Pernambuco,<br />

Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, 2001.<br />

Nº 05 - Estudo dos Níveis de Necessi<strong>da</strong>de de Calcário nos Estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e<br />

Rio Grande do Norte, 2001.<br />

Nº 06 - <strong>Síntese</strong> <strong>da</strong>s Necessi<strong>da</strong>des de Calcário para os Solos dos Estados <strong>da</strong> Bahia e Sergipe, 2001.<br />

Nº 07 - Mapa de Insumos Minerais para Agricultura e Áreas Potenciais de Rondônia, 2001.<br />

Nº 08 - Mapas de Insumos Minerais para Agricultura nos Estados de Amazonas e Roraima, 2001.<br />

Nº 09 - Mapa <strong>Síntese</strong> de Jazimentos Minerais Carbonatados dos Estados <strong>da</strong> Bahia e Sergipe, 2001.<br />

Nº 10 - Insumos Minerais para Agricultura e Áreas Potenciais nos Estados do Pará e Amapá, 2001.<br />

Nº 11 - <strong>Síntese</strong> dos Jazimentos, Áreas Potenciais e Mercado de Insumos Minerais para Agricultura no<br />

Estado <strong>da</strong> Bahia, 2001.<br />

Nº 12 - Avaliação de Rochas Calcárias e Fosfata<strong>da</strong>s para Insumos Agrícolas do Estado de Mato Grosso,<br />

2008<br />

SÉRIE PEDRAS PRECIOSAS<br />

Nº 01 - Mapa Gemológico <strong>da</strong> Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, 1997.<br />

Nº 02 - Mapa Gemológico <strong>da</strong> Região Lajeado/Sole<strong>da</strong>de/Salto do Jacuí - Rio Grande do Sul, 1998<br />

Nº 03 - Mapa Gemológico <strong>da</strong> Região de Ametista do Sul - Rio Grande do Sul, 1998.<br />

Nº 04 - Recursos Gemológicos dos Estados do Piauí e Maranhão, 1998.<br />

Nº 05 - Mapa Gemológico do Estado do Rio Grande do Sul, 2000.<br />

Nº 06 - Mapa Gemológico do Estado de Santa Catarina, 2000.<br />

Nº 07 - Aspectos <strong>da</strong> Geologia dos Pólos Diamantíferos de Rondônia e Mato Grosso – O Fórum de Juína –<br />

Projeto Diamante, Goiânia, 2010.<br />

SÉRIE OPORTUNIDADES MINERAIS - EXAME ATUALIZADO DE PROJETO<br />

Nº 01 - Níquel de Santa Fé - Estado de Goiás, 2000.<br />

Nº 02 - Níquel do Morro do Engenho - Estado de Goiás, 2000.<br />

Nº 03 - Cobre de Bom Jardim - Estado de Goiás, 2000.<br />

Nº 04 - Ouro no Vale do Ribeira - Estado de São Paulo, 1996.<br />

Nº 05 - Chumbo de Nova Redenção - Estado <strong>da</strong> Bahia, 2001.<br />

Nº 06 - Turfa de Caçapava - Estado de São Paulo, 1996.<br />

Nº 08 - Ouro de Nativi<strong>da</strong>de - Estado do Tocantins, 2000.<br />

Nº 09 - Gipsita do Rio Cupari - Estado do Pará, 2001.<br />

Nº 10 - Zinco, Chumbo e Cobre de Palmeirópolis - Estado de Tocantins, 2000.<br />

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<strong>Síntese</strong> Geológica e Prospecção Geoquímica <strong>da</strong> Área <strong>Barro</strong> Alto, Goiás<br />

Nº 11 - Fosfato de Miriri - Estados de Pernambuco e Paraíba, 2001.<br />

Nº 12 - Turfa <strong>da</strong> Região de Itapuã - Estado do Rio Grande do Sul, 1998.<br />

Nº 13 - Turfa de Águas Claras - Estado do Rio Grande do Sul, 1998.<br />

Nº 14 - Turfa nos Estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, 2001.<br />

Nº 15 - Nióbio de Uaupés - Estado do Amazonas, 1997.<br />

Nº 16 - Diamante do Rio Maú - Estado <strong>da</strong> Roraima, 1997.<br />

Nº 18 - Turfa de Santo Amaro <strong>da</strong>s Brotas - Estado de Sergipe, 1997.<br />

Nº 19 - Diamante de Santo Inácio - Estado <strong>da</strong> Bahia, 2001.<br />

Nº 21 - Carvão nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1997.<br />

Nº 22 - Coal in the States of Rio Grande do Sul and Santa Catarina, 2000.<br />

Nº 23 - Kaolin Exploration in the Capim River Region - State of Pará - Executive Summary, 2000.<br />

Nº 24 - Turfa de São José dos Campos - Estado de São Paulo, 2002.<br />

Nº 25 - Lead in Nova Redenção - Bahia State, Brazil, 2001.<br />

SÉRIE DIVERSOS<br />

Nº 01 - Informe de Recursos Minerais - Diretrizes e Especificações - Rio de Janeiro, 1997.<br />

Nº 02 - Argilas Nobres e Zeolitas na Bacia do Parnaíba - Belém, 1997.<br />

Nº 03 - Rochas Ornamentais de Pernambuco - Folha Belém do São Francisco - Escala 1:250.000 - Recife,<br />

2000.<br />

Nº 04 - Substâncias Minerais para Construção Civil na Região Metropolitana de Salvador e Adjacências -<br />

Salvador, 2001.<br />

SÉRIE RECURSOS MINERAIS MARINHOS<br />

Nº 01 – Potenciali<strong>da</strong>de dos Granulados Marinhos <strong>da</strong> Plataforma Continental Leste do Ceará – Recife,<br />

2007.<br />

SÉRIE ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS<br />

Nº 01 – Projeto Materiais de Construção na Área Manacapuru-Iranduba-Manaus-Careiro (Domínio Baixo<br />

Solimões) – Manaus, 2007.<br />

Nº 02 – Materiais de Construção Civil na região Metropolitana de Salvador – Salvador, 2008.<br />

Nº 03 – Projeto Materiais de Construção no Domínio Médio Amazonas – Manaus, 2008.<br />

Nº 04 – Projeto Rochas Ornamentais de Roraima – Manaus, 2009.<br />

Nº 05 – Projeto Argilas <strong>da</strong> Bacia Pimenta Bueno – Porto Velho, 2010.<br />

Nº 06 – Projeto Quartzo Industrial Dueré-Cristalândia (TO) – Goiânia, 2010.<br />

SÉRIE METAIS - INFORMES GERAIS<br />

Nº 01 – Projeto BANEO - Bacia do Camaquã - Metalogenia <strong>da</strong>s bacias Neoproterozóico-eopaleozóicas do<br />

sul do Brasil, 2008.<br />

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