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Magnetotelúrico e Eletromagnético Transiente - CPRM

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Ministério da Ciência e Tecnologia<br />

Observatório Nacional<br />

Pós-graduação em Geofísica<br />

Estudos Geofísicos<br />

(<strong>Magnetotelúrico</strong> e <strong>Eletromagnético</strong> <strong>Transiente</strong>)<br />

da Porção Leste da Bacia do Parnaíba:<br />

Contribuição ao conhecimento Hidrogeológico<br />

Aluno: Paulo Marques Abreu<br />

Dissertação de Mestrado<br />

Orientador: Sergio L. Fontes<br />

Março de 2002


Agradecimentos<br />

Ao meu orientador Dr. Sérgio Luiz Fontes, pela orientação nas atividades de levantamento,<br />

processamento e interpretação de dados geofísicos.<br />

Aos Técnico do Observatório Nacional/MCT, Emanuele Francesco La Terra e Carlos Roberto<br />

Germano, que foram responsáveis pela aquisição e ajudaram no processamento e inversão dos<br />

dados geofísicos.<br />

Ao engenheiro cartógrafo Fabio Braga Nunes Coelho e a Constantino Motta Mello pela ajuda<br />

na confecção de figuras.<br />

Aos Alunos de pós-graduação, Gleide Alencar Nascimento Dias e Alan Freitas Machado<br />

pela orientação nos softwares de processamento de dados e inversão dos dados geofísicos e<br />

acompanhamento do trabalho.<br />

Ao Irineu Figueiredo pelas discussões e recomendações sugeridas no trabalho.<br />

Aos funcionários das bibliotecas da <strong>CPRM</strong>/RJ e do ON/MCT pelo ótimo trabalho de<br />

atendimento ao publico.<br />

À CAPES, pelo financiamento da bolsa de estudo.<br />

À Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí pelo<br />

convenio com o ON/MCT, que propiciou o financiamento dos trabalhos de campos.<br />

Ao meu pai, Cláudio Joncker Froes Abreu pela correção de parte do texto desta dissertação.<br />

Aos meus pais, Cláudio Joncker Froes Abreu e Maria Fátima Marques Abreu pelo incentivo<br />

e ajuda neste trabalho.<br />

ii


Resumo<br />

O presente trabalho tem como objetivo contribuir para o conhecimento hidrogeológico da<br />

borda leste da bacia do Parnaíba, através de uma investigação geofísica utilizando os métodos<br />

magnetotelúrico (MT) e eletromagnético transiente (TEM). Ambos fornecem estimativas da<br />

resistividade elétrica em subsuperfície. A partir do mapeamento da resistividade no subsolo é<br />

possível diferenciar camadas areníticas (moderadamente resistivas) de camadas de argila<br />

(condutivas) e embasamento cristalino (mais resistivo), visualizando assim a estruturação da<br />

bacia.<br />

A bacia do Parnaíba, localiza-se na região nordeste ocidental brasileira ocupando uma área de<br />

aproximadamente 600.000 km 2 , com espessura sedimentar máxima em torno de 3400 m próximo<br />

à sua porção central. Trata-se de uma bacia intracratônica, onde se encontram sedimentos<br />

depositados do Ordoviciano ao Terciário e rochas intrusivas e extrusivas relacionadas a eventos<br />

magmáticos de idades jurotriássica à eo-cretacia. Sobre o contexto hidrogeológico, a Formação<br />

Cabeças e o Grupo Serra Grande, constituídos basicamente por arenitos, contém os principais<br />

aqüíferos regionais. Além deste Grupo, a área deste estudo predomina a Formação Pimenteiras. O<br />

clima é classificado como semi-árido, característico da maior parte do nordeste brasileiro, onde a<br />

falta de água potável é um grande problema da região. Este fato confere relevância aos estudos<br />

visando um melhor conhecimento hidrogeológico da região.<br />

Os estudos geofísicos apresentados nesta dissertação consistem de 28 estações MT e TEM<br />

dispostas em três perfis transversais às principais estruturas da área. Os perfis são:<br />

• Perfil Monsenhor Hipólito, de 58 km de comprimento total, compreendendo 9 estações<br />

MT/TEM, com espaçamento variando entre 4 e 12 Km.<br />

• Perfil Jaicós, de 22 km comprimento total, compreendendo 9 estações MT/TEM, com<br />

espaçamento variando entre 4 e 6 Km<br />

• Perfil Itainópolis, de 41 km de comprimento total, compreendendo 10 estações MT/TEM,<br />

com espaçamento variando entre 4 e 6 Km.<br />

Nos 3 perfis, a freqüência MT foi amostrada na faixa 0,07-0,008 Hz a 334 Hz, enquanto as<br />

medidas TEM variaram entre 33 Hz a 100000 Hz.<br />

Para estimar o tensor impedância e suas resistividades e fases associadas dos dados MT foi<br />

empregado o processamento robusto proposto por Egbert & Eisel (2000). Para determinação do<br />

iii


strike geoelétrico utilizou-se a técnica de Groom e Bailey (1989). Para a correção estática dos<br />

dados MT utilizou-se as curvas de resistividades aparentes do método TEM como base para<br />

correção, como proposta por Sternberg et al (1988). A inversão dos dados MT foi realizada<br />

utilizando o algoritmo 2D de Mackie et al. (1997).<br />

O ajuste da inversão 2D variou de bom a razoável nos perfis, tendo sido obtidos para o Ψ 2<br />

(erro médio quadrático) 0.312, 0.408 e 0.218 para os perfis Monsenhor Hipólito, Jaicós e<br />

Itainópolis, respectivamente. As seções de resistividade sugerem para a bacia uma profundidade<br />

do embasamento variando de 100 m a 1300 m, . Nos perfis Jaicós e Monsenhor Hipólito a<br />

profundidade do embasamento não ultrapassa 600 m. No perfil Itainópolis o embasamento atinge<br />

a profundidade de 1300 m. As profundidades do embasamento em torno de 600 a 1300 m dá a<br />

oportunidade da explotação de aqüíferos profundos para abastecimento das áreas urbanas dos<br />

municípios cobertos pela área de estudo.<br />

iv


Abstract<br />

This research work aims to contribute to the hydrogeologic knowledge of the eastern<br />

margin of the Parnaíba basin through a geophysical investigation by using magnetotelluric (MT)<br />

and transient electromagnetic (TEM) methods. Both methods give estimates of subsurface<br />

electric resistivities. From the resistivity mapping of the subsurface it is possible to differentiate<br />

sandstone layers (moderately resistive) from shale layers (more conductive relative to the first<br />

ones) and the crystalline basement (more resistive), making possible a visualization of the basin's<br />

structure.<br />

The Parnaíba basin is located to the west side of the northeastern region of Brazil. It<br />

occupies an area of about 600000 km 2 with an approximate 3400 m maximum sedimentary<br />

thickness near its central position. It is an intracratonic basin where one finds Ordovician to<br />

Tertiary sedimentary deposits and intrusive and extrusive rocks associated to magmatic events<br />

from Jurassic to eo-cretaceous ages. On a hydrogeologic context, the Cabeças geologic<br />

formation and the Serra Grande group (both predominantly sandstones) contain the most<br />

important aquifers in the region.<br />

The Serra Grande group and the Pimenteiras formation predominate in the study area.<br />

They stand over a semi-arid region, particular to most of northeastern Brazil countryside where<br />

water shortage is a long and well-known problem to the region. This fact also calls for the<br />

importance towards a better understanding of the region's hydrogeology. Geophysical studies<br />

presented in this dissertation are based on 28 MT and TEM stations sited upon three cross-section<br />

profiles relative to the area's main structures. These three profiles are (see fig. 2.3):<br />

· (1) the Monsenhor Hipólito profile, 58 km long with 9 MT/TEM stations, 4 to 12 km away one<br />

from the other.<br />

· (2) the Jaicós profile, 22 km long with 9 MT/TEM stations, each 4 to 6 km away from the other.<br />

· (3) the Itainópolis profile, 41 km long with 10 MT/TEM stations, 4 to 6 km away one from the<br />

other.<br />

In all three profiles the MT frequency was sampled between 0.07-0.008 Hz and 334 Hz<br />

whereas TEM measurements were taken between 33 Hz and 100000 Hz. In order to estimate the<br />

impedance tensor and its related apparent resistivities and phases, a robust computer processing<br />

technique given by Egbert & Eisel (2000) was used. To determine the geoelectric strike, Groom<br />

and Bailey's (1989) technique was used. For static shift correction of MT data, we used the<br />

TEM-method's apparent resistivity curves based on Sternberg's (1988) proposal. MT data<br />

v


inversion was achieved using the 2-D algorithm by Mackie et al. (1997). The 2-D inversion<br />

adjustment varied from the label 'good' to 'acceptable' in the profiles. We found the following<br />

square mean errors for Monsenhor Hipólito, Jaicós and Itainópolis profiles, respectively: 0.312,<br />

0.408 and 0.218.<br />

Resistivity sections suggest that the basin's basement depth ranges from 100 m to 1300 m<br />

with graben and horst structures. In Jaicós and Monsenhor Hipólito profiles the basement depth is<br />

not deeper than 600 m. In the Itainópolis profile the basement deeps down to about 1300 m.<br />

Basement depths ranging from 600 m to 1300 m indicate an open opportunity to explore deep<br />

aquifers for water supplying purposes to towns and villages along the study area.<br />

vi


Índice<br />

AGRADECIMENTOS……............................................................................................................ii<br />

RESUMO………...........................................................................................................................iii<br />

ABSTRACT….......................................................................................................................…….v<br />

ÍNDICE……............................................................................................................................… vii<br />

1-INTRODUÇÃO............................................................................................................................1<br />

2- LOCALIZAÇÃO E GEOLOGIA DA ÁREA DE ESTUDO........................................................ .................3<br />

2.1- Localização.......................................................................................................................... .....3<br />

2.2- Geologia da Bacia do Parnaíba.................................................................................................6<br />

2.2.1-Introdução............................................................................................................................ .6<br />

2.2.2- Embasamento.......................................................................................................................6<br />

2.2.3- Estratigrafia da bacia do Parnaíba......................................................................................11<br />

3- HIDROGEOLOGIA...................................................................................................................16<br />

4-OS MÉTODOS MAGNETOTELÚRICO (MT) E ELETROMAGNÉTICO TRANSIENTE<br />

(TEM)..........................................................................................................................................................................24<br />

4.1- O método magnetotelúrico....................................................................................................24<br />

4.1.2- Fontes do campo EM........................................................................................................25<br />

4.1.3- As equações de Maxwell e as equações constitutivas......................................................26<br />

4.1.4- Indução em uma Terra uniforme......................................................................................28<br />

4.1.5- Indução numa terra unidimensional................................................................................30<br />

4.1.6- Indução em uma terra bidimensional..............................................................................33<br />

4.1.7- Indução em estruturas tridimensionais............................................................................34<br />

4.1.8- Tensor impedância e parâmetros clássicos de MT..........................................................35<br />

4.1.9- Anisotropia......................................................................................................... ..........38<br />

4.1.10– Heterogeneidades e deriva estática...............................................................................38<br />

4.2- O método <strong>Eletromagnético</strong> <strong>Transiente</strong> (TEM)......................................................................39<br />

5- AQUISIÇÃO DOS DADOS MT E TEM..................................................................................42<br />

5.1- Aquisição dos dados MT.......................................................................................................42<br />

5.2- Aquisição de dados TEM......................................................................................................45<br />

6- PROCESSAMENTO DOS DADOS..........................................................................................47<br />

6.1- Estimativa dos elementos do tensor impedância......................................... ........................47<br />

vii


6.1.1- Estimativas dos elementos do tensor impedância através do processamento pelo método<br />

dos mínimos quadrados..................................................................................................................49<br />

6.1.2- Estimativas do tensor impedância através do processamento<br />

robusto............................................................................................................................................50<br />

6.2- Processamento robusto..........................................................................................................51<br />

6.3- Método de estimativa do strike geoelétrico (Groom & Bailey)............................................60<br />

6.4- Determinação do strike geoelétrico utilizando os parâmetros de Groom Bailey (GB) e<br />

Tipper..............................................................................................................................................61<br />

6.5- Metodologia de preparação dados e correção do “Static Shifit” para a<br />

inversão...........................................................................................................................................66<br />

7- INVERSÃO 2D E INTERPRETAÇÃO....................................................................................76<br />

7.1- Inversão 2D...........................................................................................................................76<br />

7.2- Resultados da inversão 2D....................................................................................................78<br />

8- CONCLUSÃO...........................................................................................................................87<br />

9- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................. ............90<br />

Anexo A: Comparação entre os métodos de processamentos robusto e mínimos quadrados no<br />

perfil Jaicós.....................................................................................................................................99<br />

Anexo B: Ajuste das inversões 2D para os perfis.................................................................... ..109<br />

Anexo C: Seções geoelétricas, com limites de separação entre o embasamento e os sedimentos da<br />

bacia do Parnaíba, propostos em investigações<br />

anteriores......................................................................................................................................116<br />

Anexo D: Fotos de Afloramentos.................................................................................................120<br />

viii


1- Introdução<br />

O objetivo deste trabalho é o de contribuir para o conhecimento hidrogeológico da borda<br />

leste da bacia do Parnaíba, através de uma investigação geofísica do arcabouço estrutural e lito<br />

estratigráfico da bacia. Foram utilizados os métodos geofísicos magnetotelúrico (MT) e o método<br />

eletromagnético transiente (TEM). Estes métodos geofísicos fornecem estimativas das<br />

resistividades elétricas do interior da Terra. A região de estudo está localizada no centro leste do<br />

estado do Piauí, próximo à cidade de Picos, onde o clima da região é semi-árido, se inserindo<br />

dentro dos limites do polígono da seca do nordeste brasileiro. Este fato faz com que a utilização<br />

de recursos de água subterrânea para o abastecimento de água para população local seja uma<br />

importante alternativa viavel. A investigação geofísica na região tem como objetivo de obter<br />

informações importantes para locação de poços de água subterrânea e para futuros estudos<br />

hidrogeológicos.<br />

Os métodos geofísicos são uma ferramenta muito útil na prospecção de água subterrânea,<br />

tanto na pesquisa como na administração dos aqüíferos. Em paises ou regiões onde existe uma<br />

carência de água superficial, a aplicação de métodos geofísicos torna-se indispensável.<br />

Efetivamente, encontram-se vários trabalhos na literatura sobre prospecção de água subterrânea<br />

com o emprego dos métodos geofísicos. Alguns destes, envolvendo MT, AMT (magnetotelúrico<br />

na faixa de audio ou simplificadamente audiomagnetotelúrico), CSAMT (audiomagnetotelúrico<br />

com fonte controlada) e TEM, são relacionados nos parágrafos abaixo.<br />

Carrasquilla et al. (1999) confirmaram a viabilidade do uso dos métodos TEM/FEM<br />

(eletromagnético no domínio da freqüência) na determinação do contato da água doce e salgada e<br />

na locação de poços na Planície Costeira Norte Fluminense. Goldman & Neubauer (1994)<br />

relataram casos históricos do uso de métodos eletromagnéticos e elétricos integrados na<br />

investigação de água subterrânea. Num estudo em Israel, descreveram a utilização de<br />

ressonância magnética nuclear e TEM para obter informações da distribuição da água em<br />

subsuperfície (água salgada e doce). Osella et al. (1999) utilizaram MT para obter a imagem<br />

elétrica do aqüífero aluvional na Serra Pampeanas, Argentina. Giroux et al (1997) utilizaram MT<br />

para o estudo do aqüífero de Maestrichitian no Senegal. Chouteau et al. (1994) usaram MT para<br />

estudar a geometria do aqüífero de Santa Catarina no México e determinar a fonte de sua<br />

contaminação. Bernard et al. (1990) usaram AMT em um ambiente vulcânico na Ilha de Reunion,<br />

numa investigação voltada para água subterrânea. Nichols et al. (1994) ussaram CSAMT para<br />

estudar a intrusão de água salina no vale Salinas na Califormia.<br />

1


O presente trabalho integra estudos geofísicos desenvolvidos na bacia do Parnaíba pelo<br />

Observatório Nacional (ON) e a Universidade de Leicester (Inglaterra) ao longo dos últimos 5<br />

anos. Como referência a resultados prévios desses estudos podemos citar os trabalhos de Fontes<br />

et al. (1997), Meju et al., (1999), Metelo (1999) e Lima (2000). Outros estudos geofísicos na<br />

bacia do Parnaíba foram desenvolvidos por outros grupos, como o estudo de Vitorello & Padilha<br />

(1993), que mostraram a estrutura geoelétrica rasa da bacia com AMT escalar.<br />

Mais especificamente, os estudos geofísicos apresentados nesta dissertação são uma parte<br />

do contrato de serviço entre o Observatório Nacional e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e<br />

Recursos Hídricos do Estado do Piauí, que visa a locação de poços no cristalino e um possível<br />

aproveitamento da água subterrânea para abastecimento das populações urbanas de municípios<br />

situados em terrenos cristalinos próximos à borda da bacia. Foram obtidas 28 estações MT e<br />

TEM dispostas em três perfis transversais às principais estruturas da área.<br />

O método MT é um método eletromagnético de fonte natural capaz de permitir a estimava<br />

da resistividade elétrica da subsuperfície da terra, desde algumas dezenas de metros até<br />

profundidades associadas ao manto superior. Por outro lado o método TEM é um método de<br />

fonte controlada que estima a resistividades em subsuperfície em porções rasas. Os dados MT<br />

estão sujeitos a ruídos que não obedecem a uma distribuição gaussiana (Egbert & Livelybrooks,<br />

1996), tornando inadequada a estimativa do tensor impedância empregando a técnica<br />

convencional dos mínimos quadrados. Dessa forma, para estimativa do tensor impedância e<br />

resistividades e fases associadas, foi utilizado o processamento robusto proposto por Egbert &<br />

Eisel (2000). Para determinação do strike geoelétrico utilizou-se a técnica de decomposição<br />

tensorial de Groom e Bailey (1989), que separa os strikes local e regional supondo que a<br />

distribuição de resistividades é regionalmente bi-dimensional. É bastante conhecido na literatura<br />

que os dados MT estão sujeitos a um efeito de deslocamento das curvas de resistividade aparente<br />

que independem da freqüência, denominada static shift ou deriva estática (Jones, 1988; Sternberg<br />

et al., 1988; Jiracek, 1990; etc.). Para a correção deste efeito dos dados MT utilizou-se a técnica<br />

de deslocamento da curva MT de resistividade aparente, empregando as curvas de resistividades<br />

do método TEM como base para correção, como proposto por Sternberg et al. (1988) e já<br />

empregada em outro conjunto de dados MT da bacia do Parnaíba (Meju & Fontes, 1993; Fontes<br />

et al., 1997; Meju et al., 1999). Após estas fases, executou-se a inversão 2D dos dados MT<br />

utilizando o código proposto por Mackie et al. (1997), baseado na técnica do gradiente<br />

conjugado para a pesquisa do mínimo no espaço dos modelos.<br />

2


2- Localização e geologia da área de estudo.<br />

2.1 Localização.<br />

A área de estudo abrange os limites leste a sudeste da borda da Bacia do Parnaíba (Figura<br />

2.1), na porção centro-leste do estado do Piauí. Esta área está dentro dos limites do polígono da<br />

seca do nordeste brasileiro (Figura 2.2). Na área de estudo (Figura 2.3), afloram o Grupo Serra<br />

Grande (predominantemente constituído por arenitos e principal foco do presente estudo), a<br />

Formação Pimenteiras e o embasamento cristalino. As principais vias de acesso à região são as<br />

BR-316, BR-407, BR-230 e estradas de terra vicinais.<br />

Figura 2.1- Posição das bacias sedimentares do Brasil compilado e modificado de Feijó (1994). A<br />

bacia do Parnaíba é marcada em amarelo e o retângulo verde mostra a área de estudo.<br />

3


Figura 2.2- Polígono da seca. Conforme Rebouças & Marinho (1972). A área de estudo e<br />

assinalada por um retângulo.<br />

4


Figura 2.3- Localização dos perfis MT e TEM no mapa geológico da área de estudo, compilado e<br />

modificado do mapa geológico do estado da Piauí (<strong>CPRM</strong>, 1995).<br />

5


2.2- Geologia da Bacia do Parnaíba.<br />

2.2.1 Introdução.<br />

A bacia do Parnaíba (Figura 2.1) possui uma cobertura sedimentar de aproximadamente<br />

600.000 km 2 , apresentando uma forma oval estendendo-se cerca de 1000 Km na direção NE-SW<br />

e 800 km na direção NW-SE. A bacia apresenta espessura sedimentar máxima em torno de 3400<br />

m próximo à sua porção central (Góes et al., 1990). Trata-se de uma bacia intracratônica, segundo<br />

classificação de Klemme (1980), Asmus & Porto (1972).<br />

A borda sul da bacia do Parnaíba é delimitada pelo Arco de São Francisco. As bordas<br />

leste e oeste são delimitadas por rochas da orogenia Brasiliana. A borda noroeste da bacia é<br />

delimitada pelo arco de Tocantins, que separa esta bacia da bacia do Amazonas. Ao norte existem<br />

duas bacias costeiras (bacias de São Luiz e de Barreirinhas), que são separadas da bacia do<br />

Parnaíba pelo Arco de Ferrer-Urbano Santos. A cobertura da bacia, abrange os estados do Piauí,<br />

Maranhão, Tocantins e Pará, abrangendo ainda pequenas partes dos estados da Bahia e Ceará.<br />

A hipótese mais consistente e menos contraditória para origem da bacia seria a de uma<br />

contração térmica e adensamento litosférico ocorrido no final da Orogênese Brasiliana,<br />

provocando fragmentação de um supercontinente no Neoproterozóico. A possível quebra deste<br />

supercontinente tem sido discutida por diversos autores: Lindsay et al. (1987), Lindsay (1991),<br />

Klein (1991), Hartley & Allen (1994), Góes et al. (1990) e Sousa (1996).<br />

Nesta bacia encontra-se uma seqüência transgressiva-regressiva associada ao avanço e<br />

recuo do mar (Mesner & Wooldridge, 1964), com a sedimentação iniciando na Formação<br />

Riachão e terminando com a Formação Poti, (Kegel, 1956), depositados do Ordoviciano ao<br />

Terciário e rochas intrusivas e extrusivas relacionadas a eventos magmáticos de idades<br />

Jurotriássica a Eo-cretácia (Góes & Feijó , 1994).<br />

2.2.2- Embasamento.<br />

A bacia do Parnaíba está localizada na porção nordeste ocidental brasileira (Figura 2.1).<br />

Ela está posicionada sobre um embasamento fortemente estruturado, formado no ciclo Brasiliano.<br />

A consolidação da plataforma Sul-americana foi completada entre o final do Proterozóico e inicio<br />

do Fanerozóico (700-450 Ma). Em torno de 30 % do embasamento da área de estudo estão<br />

mascarados por rochas mesozóicas e cenozóicas (Cordani et al., 1984).<br />

6


Na borda ocidental da bacia (Figura 2.4), o embasamento é composto pela faixa móvel<br />

Araguaia-Tocantins que apresenta lineamentos N-S. Esta faixa de dobramento é uma unidade<br />

geotectônica do Proterozóico Superior, com deformações intensas ocorridas entre 1000 a 500 Ma,<br />

as últimas relativas ao ciclo Brasiliano. Ela é composta por duas unidades litoestratigráficas: o<br />

Grupo Estrondo e Grupo Tocantins. A faixa móvel Araguaia-Tocantins termina junto ao<br />

lineamento Transbrasiliano (Figura 2.4).<br />

Na borda sul (Figura 2.4), a bacia desaparece por baixo de rochas mesozóicas da<br />

Formação Urucuia. A região apresenta intensa deformação cataclástica, com os principais<br />

falhamentos de direção NE-SW. Apresenta ainda metassedimentos do Grupo Natividade.<br />

Na borda sudeste encontra-se a Faixa Móvel Riacho do Pontal, limitada a sul e sudeste<br />

pelo craton do São Francisco e ao norte pelo Lineamento de Pernambuco.<br />

Toda a borda leste da bacia, entre o lineamento de Pernambuco e a costa atlântica<br />

encontra-se à província estrutural da Borborema (Figura 2.4). Sua estruturação principal foi<br />

formada no ciclo Brasiliano. As principais estruturas estão orientadas NE-SW, são transversais à<br />

borda da bacia e provavelmente adentram por baixo da bacia.<br />

Segundo Loczy & Ladeira (1976), do ponto de vista tectônico, a bacia representaria um<br />

golfo intracratônico suavemente deformado mostrando assimetria segundo NW. Ao longo do seu<br />

bordo oriental os estratos paleozóicos mergulham regionalmente para o centro, com valores de 4 o<br />

a 2 o , ao passo que no setor norte-ocidental, os mergulhos nos bordos variam de 4 o a 5 o . Os rumos<br />

dominantes das falhas são ENE e NNW, aos quais paralelizam vários sistemas de juntas, grabens<br />

e horsts .<br />

Cunha (1986) relaciona duas importantes estruturas do embasamento da bacia do<br />

Parnaíba: o lineamento Transbrasiliano e o lineamento Picos-Santa Inês (Figura 2.5). O<br />

lineamento Transbrasiliano representa uma feição alongada de cerca de 9700 Km, com<br />

orientação NE-SW, que cruza o território brasileiro do Ceará ao Mato Grosso e prossegue para<br />

sudoeste, penetrando no Paraguai e Argentina (Schobbenhaus et al., 1975). Este lineamento é<br />

demarcado na bacia por falhas orientadas na direção NE-SW, que cortam rochas paleozóicas e<br />

mesozóicas, e por diques de diabásicos orientados no mesmo sentido. O lineamento<br />

Transbrasiliano teria mantido ativo desde a sua instalação até a época presente (Cunha, 1986). O<br />

lineamento Picos-Santa Inês constitui uma faixa cataclástica com orientação NW-SE. Esta faixa<br />

reflete a morfologia atual, produzindo alinhamentos orientados na direção NW. Este lineamento<br />

exerceu uma grande influência no desenvolvimento da bacia do Parnaíba, controlando<br />

7


importantes eixos deposicionais (Cunha, 1986). A Figura 2.6 mostra a presença de estruturas<br />

grabenformes do embasamento da bacia do Parnaíba, obtidas a partir da modelagem de dados<br />

gravimétricos e aeromagnéticos (Góes & Travassos, 1992).<br />

Figura 2.4- Mapa geológico esquemático do embasamento da bacia do Parnaíba, apresentando os<br />

principais elementos geotectônicos (Cordani et al., 1994).<br />

8


Figura 2.5- Distribuição das falhas, diques e alinhamentos morfológicos que definem os<br />

lineamentos Transbrasiliano e Picos-Santa Inês (Cunha, 1986).<br />

9


Figura 2.6- Estruturas grabenformes presentes no embasamento da bacia do Parnaíba, em<br />

subsuperfície, segundo Góes & Travassos (1992)<br />

O embasamento da área de estudo (Figura 2.4), localizado na Província da Borborema, é<br />

composto pela Faixa Jaguaribeana e a Faixa Curu-Independência, sendo caracterizado pela ampla<br />

10


variação dos lineamentos do embasamento. A principal feição estrutural é o lineamento Senador<br />

Pompeu, que marca a área de estudo com lineamentos de cerca de 50 0 e separa as duas faixas<br />

(Figura 2.4). Ao sul da área localiza-se o lineamento Picos - Santa Inês (Figura 2.5).<br />

A Faixa Jaguaribeana, que é designada como um cinturão móvel de alto grau do<br />

Paleoproterozóico (Delgado & Augusto, 1994), é composta na área de estudo por rochas:<br />

1-Plutônicas foliadas de composição granodiorítica, apresentando localmente xenólito<br />

supracrustal (granitóides Transamazônicos, 2 Ga)<br />

2-Granitóides com textura milonítica, porfiroclasto de hornblenda, de composição<br />

variando de granito a granodiorito e granitóides porfiríticos, com composição variando de<br />

alcaligranito a sieonogranito e leucogranito (granitóide Brasiliano de idade 0.55 a 0.70 Ga).<br />

A Faixa Curu-Independência, dentro do cinturão móvel Anto Brígida e Ribeira-Vacaica<br />

de idade Neoproterozóica (Delgado & Augusto, 1994), é composta na área de estudo por:<br />

1-Plutônicas foliadas de composição granodiorítica apresentando localmente xenólito<br />

supracrustal (granitóides Transamazônicos, 2 Ga)<br />

2-Quartzitos, xistos, metabasalto, metadácitos e ultramáficos de ambiente fluvio-marinho<br />

epicontinental associado a rift entre o Paleoproterozóico e o Mesoproterozóico.<br />

(Cambriano).<br />

3-Conglomerados mal selecionados de ambiente de rift da formação da bacia do Parnaíba<br />

2.2.3- Estratigrafia da bacia do Parnaíba.<br />

A Figura 2.7 apresenta a carta estratigráfica da bacia do Parnaíba, segundo Góes & Feijó<br />

(1994). Rochas sedimentares imaturas (arenitos arcoseanos, siltitos micáceos e grauvacas),<br />

seriam anteriores à formação da bacia (Caputo & Lima, 1984; Cunha, 1986: Góes et al., 1990;<br />

Góes & Feijó, 1994). Na carta estratigráfica da bacia do Parnaíba estas unidades aparecem<br />

(Figura 2.7) e são representadas pela Formação Riachão (Kegel, 1956) de idade Proterozóica<br />

final, e pela Formação Mirador (Rodrigues, 1967), de idade Cambro-Ordoviciana<br />

• Grupo Serra Grande.<br />

O Grupo Serra Grande foi definido por Small (1914) como série, sendo posteriormente<br />

descrito como Formação por Campbell et al. (1949). Carozzi et al. (1975) promoveu-o a Grupo<br />

11


sendo composto pelas Formações Mirador, Ipu, Tianguá e Itaim. Caputo & Lima (1984) e Góes<br />

& Feijó (1994) caracterizam este Grupo como composto pelas Formações Ipu, Tianguá e Jaicós.<br />

O Grupo Serra Grande assenta-se discordantemente sobre rochas ígneas e metamórficas<br />

do embasamento e rochas sedimentares anteriores ao inicio da deposição dos sedimentos da bacia<br />

do Parnaíba (inconformidade). Seu contato superior é discordante (desconformidade) com o<br />

Grupo Canindé.<br />

A Formação Ipu (Campbell et al., 1949) é composta por arenitos, conglomerados, arenitos<br />

conglomeráticos e diamictitos, tendo sido depositada em ambiente fluvial anastomosado com<br />

influência periglacial (Caputo & Lima, 1984).<br />

A Formação Tianguá (Rodrigues, 1967) é composta por folhelho cinza, siltito e arenito<br />

muito micáceo, depositados em ambiente marinho raso (Góes & Feijó, 1994). Caputo & Lima<br />

(1984) consideram a Formação Tianguá como depositada em ambiente marinho raso, durante a<br />

fase máxima de extensão da transgressão glácio-eustática mundial que seguiu à fusão de gelo do<br />

norte da África.<br />

A Formação Jaicós (Plummer, 1948) é composta por arenito e eventuais pelitos,<br />

depositados por sistemas fluviais entrelaçados (Góes & Feijó, 1994). Segundo Caputo & Lima<br />

(1984) e Caputo (1984), a Formação Jaicós é composta por arenitos e conglomerados,<br />

depositados em leques aluvionais e fan deltas.<br />

• Grupo Canindé.<br />

Rodrigues (1967) propôs o grupo Canindé para agrupar as Formações Pimenteiras,<br />

Cabeças e Longa. Caputo & Lima (1984) incluíram a Formação Itaim neste Grupo. Góes et al.<br />

(1992) incluem neste grupo as Formações Itaim, Pimenteiras, Cabeças, Longá e Poti.<br />

O contato do Grupo Canindé com a unidade inferior, o Grupo Serra Grande, é feito<br />

através de uma desconformidade. Com o embasamento seu contato é feito através de uma<br />

inconformidade, no extremo leste da bacia. O contato com a unidade superior o Grupo Balsas dáse<br />

discordantemente (Góes & Feijó, 1994).<br />

A Formação Itaim (Kegel, 1953) apresenta arenito fino esbranquiçado e folhelhos cinza,<br />

depositados em ambiente deltáicos e plataformais, dominados por correntes induzidas por<br />

processos de marés e de tempestades (Góes & Feijó, 1994).<br />

12


Figura 2.7- Carta estratigráfica da bacia do Parnaíba (Góes & Feijó, 1994). Modificada por<br />

Metelo (1999). Em destaque a posição do Grupo Serra Grande (assinalado em azul claro), objeto<br />

do presente estudo.<br />

13


A Formação Pimenteiras (Small, 1914), apresenta espessas camadas de folhelho cinza<br />

escuro a preto, retratando um ambiente marinho de plataforma (Della Fávera, 1990), que<br />

depositaram delgadas camadas de arenitos muito fino. Caputo (1984) coloca a Formação<br />

Pimenteiras como sendo um registro da grande transgressão devoniana, com oscilações do nível<br />

do mar.<br />

A Formação Cabeças (Plummer, 1948) apresenta predominantemente arenito com<br />

intercalações delgadas de siltitos e folhelhos, com estratificação cruzada tabular ou sigmoidal,<br />

ocorrendo tempestitos na base da unidade (Della Fávera, 1990). Segundo Della Fávera (1982) e<br />

Freitas (1990) esta unidade teria se depositado em ambiente marinho plataformal, sob ação<br />

predominante de correntes induzidas por processos de maré. Segundo Caputo & Lima. (1984), a<br />

presença de diamictitos e superfícies estriadas na parte superior da Formação Cabeças indicam<br />

influência glacial.<br />

A Formação Longá (Albuquerque & Dequech, 1946) é constituída por folhelho e siltito<br />

cinza e arenito branco, fino e argiloso, depositados em ambiente marinho plataformal dominado<br />

por tempestade (Góes & Feijó, 1994).<br />

Na Formação Poti (Lisboa, 1914) predominam arenitos cinza-esbranquiçados intercalado<br />

e interlaminado com folhelho e siltito, depositados em delta e planícies de maré sob a influência<br />

ocasional de tempestade (Góes & Feijó, 1994).<br />

• Outras unidades da bacia do Parnaíba.<br />

O Grupo Balsas é um complexo clástico-evaporítico, (Góes et al, 1990), constituído pelas<br />

Formações Piauí (Small, 1914), Pedra de Fogo (Plummer, 1948), Motuca (Plummer, 1948) e<br />

Sambaíba (Plummer, 1948).<br />

O Grupo Mearim, definido originalmente por Lisboa (1914) e posteriormente por Aguiar<br />

(1969) é composto pelas Formações Pastos Bons e Corda. A Formação Pastos Bons (Lisboa,<br />

1914) apresenta siltíto e folhelho/argiloso verde castanho-avermelhado, com grãos de quartzo<br />

inclusos, tendo sido depositada em ambiente lacustre e fluvial como o resultado de uma<br />

reorganização da drenagem no nordeste do Brasil (Caputo, 1984). A Formação Corda (Lisboa,<br />

1914), apresenta arenito cinza-esbranquiçado e avermelhado, fino a grosso, por vezes bimodal e<br />

raros níveis de sílex, depositados em ambiente continental desértico, controlado por sistemas<br />

fluviais lacustres, eventualmente retrabalhados por processos eólicos e sujeito à ação esporádica<br />

de processos semelhantes a corrente de turbidez (Góes & Feijó, 1994).<br />

14


A Formação Grajaú (Lisboa, 1914) apresenta arenitos esbranquiçados, finos a<br />

conglomeráticos que ocorrem interdigitados aos depósitos de ambiente marinho restrito da<br />

Formação Codó (Góes & Feijó, 1994).<br />

A Formação Codó (Lisboa, 1914) apresenta folhelhos betuminosos, calcário e anidritas,<br />

de ambiente marinho restrito, interdigitados aos sedimentos litorâneos da Formação Grajaú.<br />

A Formação Itapecuru (Campbell et al. 1949) apresenta arenitos avermelhados,<br />

representantes de um sistema fluvial-lacustre desenvolvido em clima semi-árido (Góes & Feijó,<br />

1994).<br />

• Rochas magmáticas.<br />

Rochas ígneas básicas intrusivas e extrusivas, com idade entre 215 a 110 Ma (Jurássico-<br />

Cretáceo) relacionadas a três pulsos magmáticos principais, ocorrem na bacia (Góes et al., 1992).<br />

Foram subdivididas em duas unidades litoestratigráficas, ambas extrusivas, denominadas de<br />

Formações Mosquito e Sardinha.<br />

A Formação Mosquito (Aguiar, 1969), de idade Jurotriássica define o basalto preto,<br />

amigdaloidal, toleítico, eventualmente intercalado a arenito vermelho com leitos de sílex,<br />

posicionado entre os Grupos Balsas e Mearim.<br />

A Formação Sardinha (Aguiar, 1969) de idade Eo-cretácia, designa o basalto preto,<br />

amigdaloidal, sobreposto ao Grupo Mearim e sotoposto às Formações Itapecuru e Urucuia.<br />

15


3- Hidrogeologia.<br />

A região nordeste brasileira apresenta em grande parte um clima semi-árido, que é<br />

caracterizado por temperaturas médias muito elevadas, variando de 23 o a 27 o C (Frischkorn e<br />

Santiago, 1992). A área que apresenta os efeitos deste clima é denominada de polígono da seca<br />

do nordeste (Figura 2.2), o qual abrange a área de estudo. A região apresenta uma insolação anual<br />

muito longa, uma estação seca (de maio a outubro) e uma estação mais úmida (de novembro a<br />

abril), apresentando uma média pluviométrica anual inferior a 700 mm na zona mais árida<br />

(<strong>CPRM</strong>, 1978). A evapotranspiração é muito alta, com o volume de água evaporado e transpirado<br />

a partir das precipitações sendo superior ao volume que escoa superficialmente e se infiltra.<br />

O aqüífero Serra Grande predomina na área da presente investigação geofísica. Este<br />

aqüífero apresenta um bom potencial hidrogeológico, segundo Cruz & França (1970). Ele é<br />

representado pelos aqüíferos Ipu e Jaicós com presença de níveis argilosos que leva a serem<br />

confinados.<br />

Soeiro (1992) utilizou informações de salinidade das formações Ipu, Itaim e Cabeças,<br />

mapas de superfície potenciométrica e dados de hidrogeoquímica para estudos de hidrodinâmica,<br />

os quais identificaram áreas de regime hidrodinâmico aberto e estagnante, bem como área de<br />

recarga e direções de fluxo (Figura 3.1). O regime estagnante é caracterizado através das águas de<br />

formações com altas salinidade e protegidas do fluxo meteórico; já no regime aberto predominam<br />

baixas salinidades e ampla movimentação de água meteórica. As principais áreas de recarga<br />

situam-se nas regiões leste e sul da bacia, através dos aqüíferos do Grupo Serra Grande e da<br />

Formação Cabeças.<br />

Na região de estudo e arredores são catalogados 899 poços de água subterrânea, segundo o<br />

cadastro de poços da <strong>CPRM</strong> (www.cprm.gov.br). A Figura 3.2 mostra a distribuição dos poços na<br />

área e suas profundidades. A maior parte dos poços possue profundidade inferior a 300 m.<br />

Entretanto, encontram-se na região poços com profundidade de até 650 m. Na Figura 3.3 é<br />

apresentada a situação dos poços, onde observa-se que apenas 655 deles estão em funcionamento.<br />

Na Figura 3.4 é apresentado um mapa da distribuição da vazão onde podemos destacar:<br />

• vazões inferiores a 20 m 3 /h dominam a região do embasamento cristalino e a região de<br />

borda da bacia do Parnaíba.<br />

• vazões superiores a 20 m 3 /h são encontradas distantes da borda da bacia do Parnaíba.<br />

Na Figura 3.5 é apresentado um mapa mostrando o tipo do aqüífero, onde observa-se:<br />

16


• uma concentração de aqüíferos do tipo livre próximo a borda da bacia do Parnaíba e<br />

em alguns poços no embasamento.<br />

• os aqüíferos do tipo confinado e semi-confinado estão localizados longe da borda da<br />

bacia do Parnaíba, com grande concentração na cidade de Picos e arredores.<br />

• aqüífero do tipo Fissural onde aflora o embasamento<br />

Na Figura 3.6 é apresentado um mapa mostrando a litologia do aqüífero, onde fica<br />

evidenciado que o aqüífero mais explotado é o do Grupo Serra Grande.<br />

As Figuras 3.2 a 3.6. mostram que as vazões mais elevadas e os aqüíferos confinados e<br />

semi-confinados estão longe da borda da bacia. Nesta região verifica-se a presença de<br />

folhelhos da Formação Pimenteiras. Este fato está retratando as condições geológicas desta<br />

região que, com a presença de folhelhos como camadas selantes, promovem o aparecimento<br />

de aqüíferos confinados e semi-confinados que possuem valores altos de vazões. Estas figuras<br />

mostram poços em aqüíferos fissurais do embasamento na bacia, três destes poços com<br />

profundidades em torno de 60 a 170 m estão próximos ao perfil jaicos.<br />

17


Figura 3.1- Regime hidrodinâmico da bacia do Parnaíba (Soeiro, 1992).<br />

18


Figura 3.2 – Distribuição dos poços de água subterrânea da área de estudo, com informações de<br />

profundidade. Localização dos perfis MT/TEM é mostrada por traços de cores distintas. Os dados<br />

foram obtidos do cadastro de poços de água subterrânea da <strong>CPRM</strong> (www.cprm.gov.br).<br />

19


Figura 3.3 – Distribuição dos poços de água subterrânea da área de estudo com informações<br />

sobre a situação do poço. Localização dos perfis MT/TEM é mostrada por traços de cores<br />

distintas. Os dados foram obtidos do cadastro de poços de água subterrânea da <strong>CPRM</strong><br />

(www.cprm.gov.br).<br />

20


Figura 3.4 – Distribuição dos poços de água subterrânea da área de estudo com informações de<br />

vazão. Localização dos perfis MT/TEM é mostrada por traços de cores distintas. Os dados foram<br />

obtidos do cadastro de poços de água subterrânea da <strong>CPRM</strong> (www.cprm.gov.br).<br />

21


Figura 3.5 – Distribuição dos poços de água subterrânea da área de estudo com informações do<br />

tipo de aqüífero. Localização dos perfis MT/TEM é mostrada por traços de cores distintas. Os<br />

dados foram obtidos do cadastro de poços de água subterrânea da <strong>CPRM</strong> (www.cprm.gov.br).<br />

22


Figura 3.6 – Distribuição dos poços de água subterrânea da área de estudo com informações<br />

litológicas. Localização dos perfis MT/TEM é mostrada por traços de cores distintas. Os dados<br />

foram obtidos do cadastro de poços de água subterrânea da <strong>CPRM</strong> (www.cprm.gov.br).<br />

23


4- Os Métodos <strong>Magnetotelúrico</strong> (MT) e <strong>Eletromagnético</strong> <strong>Transiente</strong> (TEM).<br />

4.1- O método magnetotelúrico.<br />

No método magnetotelúrico (MT), campos eletromagnéticos naturais são usados para<br />

estimar as variações de condutividade elétrica do interior da Terra. O sinal eletromagnético (EM)<br />

natural é proveniente de uma variedade de processos a partir de fontes presentes desde o núcleo<br />

da Terra até fontes de galáxias distantes. Fontes naturais do campo EM utilizados em MT, com<br />

freqüências acima de aproximadamente 1 Hz, são devido às tempestades elétricas (relâmpagos)<br />

que ocorrem em todo o planeta, mas com concentração principalmente em 3 centros principais na<br />

Malásia, Amazônia e África, todos em baixa latitudes. Nas freqüências abaixo de 1 Hz, o<br />

aumento no sinal é devido ao aumento de correntes na ionosfera, estabelecidas pela atividade<br />

solar. As flutuações do campo geomagnético estendem-se desde a freqüência de 10 6 Hz, que são<br />

manifestadas pelas micropulsações geradas na ionosfera até 10 -11 Hz, observadas em estudos<br />

paleomagnéticos (Figueredo, 1997). O método MT trabalha tipicamente na faixa de freqüência de<br />

10 -4 a 10 4 Hz.<br />

O campo eletromagnético incide na superfície da Terra quase como uma onda plana. A<br />

maior parte da energia que chega à superfície é refletida, porém uma pequena quantidade<br />

propaga-se verticalmente ao interior da Terra. A amplitude, fase, e a relação direcional entre o<br />

campo magnético (B) e o campo elétrico (E) na superfície depende da distribuição da<br />

condutividade elétrica em subsuperfície.<br />

Para medidas magnetotelúricas, combinam-se equipamentos para medidas do campo<br />

magnético (magnetômetros ou bobinas de indução) com medidas da variação do potencial<br />

elétrico, utilizando eletrodos. Registram-se simultaneamente as componentes Ex, Ey, Bx, By e<br />

Bz. O sistema de coordenadas utilizadas em MT é, em geral, o de coordenadas geomagnéticas: z<br />

positivo para o interior da Terra, x positivo para o norte geomagnético e y positivo para o leste<br />

magnético.<br />

A principal desvantagem do método MT é a dificuldade de obter dados em áreas de ruído<br />

eletromagnético acentuado. A força do método está na sua capacidade singular de exploração em<br />

profundidades rasas e a grandes profundidades sem emprego de fonte artificial, com pouco ou<br />

nenhum impacto ambiental.<br />

Em aplicações empregando altas freqüências ou freqüências na faixa de áudio, a técnica é<br />

denominada audiomagnetotelúrica (AMT), com largo emprego na exploração de água<br />

24


subterrânea e de grandes depósitos de metais em profundidade a partir de 5-10 m até alguns<br />

quilômetros (Vozoff, 1991). Uma outra aplicação já consagrada do método MT está na<br />

exploração de petróleo, em áreas onde a reflexão sísmica é muito cara ou ineficiente. Estudos em<br />

regiões cratônicas e o conhecimento de estruturas profundas da crosta têm se beneficiado bastante<br />

com o emprego do método MT (Posgay et al., 1996; Figueiredo, 1997; Davey et al., 1998;<br />

Chen& Chen, 1998, etc). Uma outra aplicação é a exploração termal (Kalvey & Jones, 1995;<br />

Correia & Jones, 1997; Lagios et al., 1998 , etc).<br />

A maior vantagem do método MT em relação à sísmica é seu baixo custo relativo e seu<br />

baixo impacto ambiental; sua desvantagem seria sua menor resolução comparada ao maior<br />

detalhamento sísmico das interfaces. Segundo Vozoff (1972), a interpretação de profundidade<br />

baseada em dados MT é mais bem estimada do que a baseada nos dados gravimétricos e<br />

magnéticos.<br />

4.1.2- Fontes do campo EM.<br />

O método MT depende de campos naturais, os quais são sua maior virtude (fonte natural<br />

sem agressão ao meio ambiente) e sua grande fraqueza (dificuldade de obter-se sinal em certas<br />

freqüências) . As fontes dos campos eletromagnéticos na faixa de aplicação do método MT se<br />

encontram na magnetosfera. É definida como sendo a região na qual o campo magnético<br />

principal (originado no núcleo esterno liquido da Terra) encontra-se confinado. A magnotosfera é<br />

subdividida em varias estruturas, incluindo a parte da atmosfera e a ionosfera.(Rostoker, 1979). A<br />

atmosfera apresenta gases, especialmente oxigênio e nitrogênio, que decrescem suas<br />

concentrações com a altitude. As radiações solares (ultravioleta, infravermelho, etc.) ionizam<br />

esses gases (ionosfera) e abaixo de 100 Km a alta pressão faz com que haja recombinação dos<br />

íons. Acima de 100 Km, partículas carregadas aumentam de densidade rapidamente até cerca de<br />

250 km e então inicia um declínio com o decréscimo da pressão e densidade de partículas. A<br />

existência das cargas ionizadas na ionosfera provoca a existência de ondas hidromagnéticas. Esta<br />

fonte é responsável pelo sinal eletromagnético natural abaixo de 1 HZ.<br />

Entre 1 Hz e 10 4 Hz a fonte do campo eletromagnético vem das tempestades elétricas<br />

(descargas elétricas na superfície da terra) que geram ondas eletromagnéticas. Estas são<br />

conhecidas como sferics que se propagam ao redor do planeta, aprisionados num guia de onda<br />

formado entre a ionosfera e a superfície da Terra. Tempestades com relâmpagos próximos ao<br />

25


local da investigação são tidas como fontes de ruídos por não satisfazerem o princípio da onda<br />

plana.<br />

Sinais em torno de 1 Hz necessitam longos tempos de aquisição, devido ao fato do<br />

persistente espectro de baixa energia. Esta região do espectro do sinal MT é conhecida como<br />

banda morta.<br />

4.1.3- As equações de Maxwell e as equações constitutivas.<br />

A formulação matemática das leis que descrevem o comportamento dos campos<br />

eletromagnéticos em uma terra condutora não homogênea é descrita pelas equações de Maxwell:<br />

r<br />

r r ∂D<br />

∇H<br />

= j + , eq-4.1<br />

∂t<br />

∇ ⋅ B = 0<br />

r<br />

∇ ×<br />

, eq-4.2<br />

r<br />

r ∂B<br />

E = − , eq-4.3<br />

∂t<br />

∇ ⋅ D =<br />

r<br />

em que:<br />

q , eq-4.4<br />

H =<br />

r<br />

intensidade do campo magnético (ampére/metro, A/m),<br />

B =<br />

r<br />

vetor indução magnética (densidade de fluxo magnético)(weber/m 2 = tesla, T),<br />

E =<br />

r<br />

intensidade do campo elétrico (V/m),<br />

D =<br />

r<br />

vetor deslocamento elétrico (densidade de fluxo elétrico) (columb/m 2 ),<br />

v densidade de corrente de condução (A/m 2 ),<br />

j =<br />

∂D ∂t<br />

r<br />

= densidade de corrente de deslocamento (ampere/ m 2 ),<br />

q = densidade de carga elétrica (coulomb/m 3 v<br />

).<br />

26


Das equações 4.1 e 4.4 obtém-se a equação de continuidade de fluxo de corrente<br />

(conservação da carga), que satisfaz a condição:<br />

∂q<br />

∇ ⋅ j = −<br />

∂t<br />

r<br />

. eq-4.5<br />

As equações constitutivas são dadas abaixo:<br />

r r<br />

D = εE<br />

, eq-4.6<br />

r r<br />

B = μH<br />

, eq-4.7<br />

μ =<br />

μ 0<br />

ε =<br />

ε 0<br />

em que:<br />

permeabilidade magnética do meio (Henry/metro, H/m).<br />

−7<br />

= permeabilidade magnética no vácuo = 4π<br />

× 10 H / m .<br />

permissividade elétrica (ou permeabilidade dielétrica) do meio (Farad/m, F/m)<br />

−12<br />

= permissividade elétrica no vácuo = 8.<br />

854 × 10 F/m.<br />

Experimentalmente observa-se que a densidade de corrente em materiais terrestres é<br />

linearmente proporcional ao campo elétrico vetorial E r . Isto é conhecido como a lei de Ohm:<br />

r r<br />

j = σE<br />

, eq-4.8<br />

sendo σ a condutividade elétrica do meio (siemens/metro, S/m). O inverso da condutividade<br />

elétrica é definido como resistividade elétrica ρ .<br />

27


4.1.4- Indução em uma Terra uniforme.<br />

Numa Terra uniforme, todas as correntes, campo elétricos e magnéticos são praticamente<br />

horizontais, independente da direção em que eles entram na terra. Este fato é explicado pela lei de<br />

senθ<br />

Snell ( ar V<br />

= ar >> 1),<br />

devido a alta condutividade da Terra em relação ao ar e<br />

senθ<br />

V<br />

Terra<br />

Terra<br />

as baixas velocidades da onda eletromagnéticas na terra com relação ao ar. Os campos elétricos e<br />

magnéticos são ortogonais.<br />

A indução eletromagnética (EM) na terra no método magnetotelúrico possui três<br />

condições (aproximações) a serem satisfeitas:<br />

(1)- a Terra é um meio continuamente isotrópico, em que<br />

ε e μ são constante escalares<br />

independente da freqüência. Os efeitos magnéticos são ignorados, ou seja, nenhum material<br />

magnético esta presente, sendo μ = μ ;<br />

0<br />

(2)- os campos elétrico e magnético variam harmonicamente com o tempo. A dependência<br />

temporal é, geralmente expressa por<br />

i t<br />

e , tal que<br />

r r<br />

E = E<br />

iwt<br />

r r<br />

H = H<br />

iwt<br />

ω<br />

e , sendo<br />

ω = 2 π / T = 2πf<br />

, T é o período e f é a freqüência;<br />

r<br />

(3)- as correntes de deslocamentos, ∂ D / ∂t<br />

, são desprezadas em comparação as correntes de<br />

condução J . A segunda condição faz com que a razão entre as duas correntes torna-se<br />

r<br />

ωε / σ .<br />

Para faixa de estudos do método MT, 10 -4 a 10 4 Hz e considerando que as condutividades na terra<br />

variam de 4 S/m (água do mar) até 10 -6 S/m (rochas cristalinas), tem-se que ωε


De forma geral, podemos escrever estas equações da seguinte forma.<br />

2<br />

2<br />

∇ L = iωμ<br />

σL<br />

= −k<br />

L , eq-4.11<br />

0<br />

sendo L o campo magnético ou elétrico, com k = ( 1−<br />

i)<br />

α sendo o numero de onda. A solução<br />

geral desta equação para um meio espaço homogêneo tem a forma:<br />

L<br />

−i(<br />

kz−ωt<br />

) iωt<br />

−iαz<br />

−αz<br />

= L0<br />

e = L0e<br />

e e<br />

sendo:<br />

i t<br />

e ω a variação temporal senoidal,<br />

, eq-4.12<br />

i z<br />

e α a variação senoidal em profundidade (parte real do numero de onda),<br />

z<br />

e α −<br />

o decaimento exponencial com a profundidade (parte imaginaria do numero de onda).<br />

na qual α = ωμ0σ<br />

/ 2 , L0<br />

o valor do campo na superfície.<br />

A profundidade em que o campo cai 1/e do seu valor na superfície, chamada de skin<br />

depth, é dada abaixo:<br />

1 2<br />

δ = z = = . . eq-4.13<br />

α ωμ σ<br />

portanto:<br />

∂E<br />

x<br />

∂z<br />

o<br />

Na pratica esta equação aproxima-se por δ ≈ 0,<br />

5 ρT<br />

(km).<br />

( )<br />

( , H , 0)<br />

Para uma Terra uniforme, considera-se um campo E = Ex<br />

0,<br />

0 e H = 0 y ,<br />

= −iωμ<br />

H<br />

sendo que:<br />

0<br />

y<br />

, eq-4.14<br />

,<br />

29


E<br />

H<br />

x<br />

y<br />

=<br />

tem-se:<br />

ρ<br />

1<br />

2<br />

ωμ 0 ⎛ωμ<br />

0 ⎞ iπ<br />

4<br />

k<br />

=<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎟<br />

σ ⎠<br />

e<br />

=<br />

( 1+<br />

i)<br />

2α<br />

ωμ<br />

0<br />

=<br />

( 1+<br />

i)<br />

⎛ωμ<br />

0 ρ ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

⎝ 2 ⎠<br />

1<br />

2<br />

. eq-4.15<br />

A razão E/H é denominada impedância Z (expressa em Ω no SI). Para cada freqüência<br />

1<br />

⎛<br />

⎜<br />

E<br />

⎝<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

2<br />

x<br />

∗<br />

xy = = Z<br />

⎜ ⎟<br />

xyZ<br />

xy<br />

μ0ω<br />

H y μ 0ω<br />

1<br />

. eq-4.16<br />

r r<br />

Z é um tensor que relaciona os campos elétricos e magnéticos ( E = ZH<br />

).<br />

4.1.5- Indução numa terra unidimensional.<br />

Uma Terra unidimensional a variação de um parâmetro ocorre em apenas uma direção.<br />

Neste caso a resistividade varia apenas com a profundidade numa Terra estratiforme. Nesta<br />

situação a energia é refletida para cada interface ocorrendo refração e reflexão interna. Os<br />

campos permanecem ortogonais (( , H ) e ( E , H )) ao menos que exista alguma anisotropia<br />

E x y y x<br />

na superfície. A solução geral das equações 4.9 e 4.10 são as equações abaixo, com o segundo<br />

termo indicando a energia que entra em cada superfície e a outra parcela, a energia que sai de<br />

cada superfície.<br />

E<br />

E<br />

+ ikjz − −ikjz<br />

x = Exje<br />

+ E xje<br />

, eq-4.17<br />

+ ikjz − −ikjz<br />

y = E yje<br />

+ E yje<br />

. eq-4.18<br />

sendo z z ≤ z para todos os valores de z dentro da camada j ou sobre sua interface.<br />

j−i<br />

+ 0 ≤ j −0<br />

Considerando as propriedades de que as componentes da onda plana são iguais sobre todo<br />

o plano xy, temos a equações:<br />

30


H<br />

H<br />

x<br />

y<br />

tem-se:<br />

1 ∂E<br />

y<br />

= , eq-4.19<br />

iωμ<br />

∂z<br />

0<br />

1 ∂E<br />

x<br />

= − , eq-4.20<br />

iωμ<br />

∂z<br />

0<br />

Após algumas operações algébricas, conforme descritas em Zhadnov & Keller (1994)<br />

j<br />

( ik j z qi<br />

ωμ 0<br />

Z xy ( z)<br />

= coth −<br />

k<br />

+ ⎛ E ⎞ xj<br />

para z = −ln⎜<br />

⎟<br />

j−1<br />

+ 0 ≤ z ≤ z j − 0,<br />

onde qi<br />

.<br />

⎜ − ⎟<br />

⎝ Exj<br />

⎠<br />

), eq-4.21<br />

1<br />

2<br />

Com as condições de contorno aplicada nos campos magnético e elétrico (como<br />

conseqüência a impedância), que são contínuos através da interface entre as camadas e<br />

implicando em que a energia eletromagnética sofre atenuação à medida que penetra na superfície,<br />

a impedância é expressa por:<br />

Z<br />

xy<br />

ωμ 0<br />

( + 0)<br />

= Rn<br />

. eq-4.22<br />

k<br />

1<br />

O Rn é um denominador de fator de correção de camada para a impedância de onda plana<br />

que em um meio de camadas, definido como:<br />

⎪⎧<br />

⎡ ⎛<br />

⎞⎤⎪⎫<br />

−1<br />

k<br />

⎛<br />

⎞<br />

1<br />

−1<br />

−1<br />

k<br />

⎨<br />

⎢ ⎜<br />

n−1<br />

R = − +<br />

⎟<br />

⎜<br />

+<br />

⎜<br />

⎜−<br />

+ +<br />

⎟<br />

n coth ik1d1<br />

coth coth ik 2d<br />

2 coth ik3d<br />

3 .. coth ...<br />

⎟⎥⎬<br />

. eq-4.23<br />

⎪⎩<br />

⎢⎣<br />

k2<br />

⎝<br />

⎝<br />

kn<br />

⎠⎠⎥⎦<br />

⎪⎭<br />

O valor obtido na equação 4.22 para a impedância Zxy e o mesmo para impedância Zyx<br />

31


A condição para a Terra ser uniforme no caráter elétrico, Rn torna-se 1 e a impedância<br />

toma a forma:<br />

0<br />

= . eq-4.24<br />

Z<br />

k<br />

ωμ<br />

1<br />

2<br />

Sendo k dado por k = i σ e a resistividade o inverso da condutividade, a equação<br />

ωμ 0<br />

pode ser expressa como função da resistividade:<br />

1 2<br />

ρ 1 = Z . eq-4.25<br />

ωμ<br />

0<br />

A expressão resistividade neste caso não representa a resistividade absoluta das camadas<br />

de um meio e sim uma resistividade aparente, que representa a resistividade de um meio espaço<br />

o qual contem camadas com resistividades absolutas. A resistividade aparente é função das<br />

resistividades das camadas na terra unidimensional.<br />

Sendo o meio unidimensional, as derivadas de E e H em relação aos eixos x e y são zero,<br />

só existe variação ao longo do eixo z que è dada por:<br />

1/<br />

2 ( ) = −E<br />

x / H y = E y H x<br />

Z = ωμρ / , eq-4.26<br />

A segunda igualdade da equação 4.15 é valida para condição de uma terra uniforme com a<br />

impedância sendo dada por:<br />

1/ 2 iπ<br />

/ 4<br />

( ωμρ ) e<br />

Z = . eq-4.27<br />

na qual ρ é a resistividade do semi-espaço e a equação estabelece que a impedância EM tem<br />

uma fase de π / 4 no semi-espaço homogêneo.<br />

Apresentando a resistividade aparente ( ρ a ) em um gráfico bi-logaritmico, sua fase é<br />

proporcional à inclinação da curva tendo como base o ângulo de –45 o , cuja a relação é descrita<br />

por Parker (1983):<br />

32


x<br />

´ ´<br />

π f ⎛ ρ ( f ) ⎞ df<br />

Φ<br />

4 π ∫ ⎜ ⎟<br />

0 ⎝ ρ1<br />

⎠ f − f<br />

a<br />

( f ) = − ln⎜<br />

⎟<br />

´ 2 2<br />

. eq-4.28<br />

na qual ρ 1 é o valor assintótico para freqüências altas de ρ ( f ) .Weidelt (1972) e Kunetz (1972),<br />

sugerem um valor aproximado.<br />

π ⎡ ∂ log ρ a ( f ) ⎤<br />

Φ(<br />

f ) = ⎢1<br />

+ ⎥ . eq-4.29<br />

4 ⎣ ∂ log f ⎦<br />

4.1.6- Indução em uma terra bidimensional.<br />

Numa terra bidimensional (2D), os valores de resistividades não apenas variam em uma<br />

direção (profundidade) como no caso unidimensional, mas variam em duas direções. Esta<br />

situação e mais real para a maioria das estruturas geológicas em subsuperfície.<br />

Uma estrutura pode ser considerada 2D quando sua extensão em uma determinada direção<br />

é maior que o skin depth do campo excitante sendo esta direção chamada de direção de strike ou<br />

direção principal. Considerando a direção x como a direção de strike (resistividade invariante),<br />

então σ = σ ( y,<br />

z)<br />

.<br />

A solução do problema 2D consiste em encontrar soluções nas equações de Maxwell para<br />

a distribuição de condutividade invariante na direção x. As condições (1) e (2) são validas e as<br />

equações de Maxwell podem ser separadas em modos distintos, o modo TE (E x, Hy<br />

e Hz) e o<br />

modo TM (Ey, Ez e Hx). Estes conjuntos estão relacionados, respectivamente, com os seguintes<br />

conjuntos de equações.<br />

∂E<br />

∂z<br />

x<br />

∂E<br />

∂y<br />

x<br />

= −i<br />

= −i<br />

μ 0<br />

μ 0<br />

ωH<br />

ωH<br />

∂H<br />

∂y<br />

y<br />

z<br />

z<br />

,<br />

,<br />

∂H<br />

−<br />

∂z<br />

y<br />

x<br />

a<br />

= σE<br />

. eqs-4.30<br />

33


∂E<br />

∂y<br />

z<br />

∂H<br />

∂z<br />

x<br />

∂E<br />

y<br />

− = −i<br />

∂z<br />

= σE<br />

y<br />

,<br />

∂H<br />

μ 0<br />

x<br />

∂y<br />

ωH<br />

x<br />

,<br />

= −σE<br />

. eqs-4.31<br />

z<br />

O modo TE é aquele em que Ex está perpendicular as correntes (direção de strike)<br />

enquanto no modo TM Ex está paralelo as correntes (direção perpendicular ao strike). A solução<br />

do problema bidimensional está na solução das equações de Helmholtz para Ex do conjunto de<br />

equações 4.30.<br />

∂<br />

E<br />

2<br />

x<br />

2<br />

∂y<br />

∂<br />

2<br />

H<br />

∂y<br />

x<br />

2<br />

∂ E<br />

+<br />

∂z<br />

2<br />

x<br />

2<br />

− iσμ<br />

ωE<br />

= 0 . eq-4.32<br />

0<br />

x<br />

A equação de Helmholtz para o modo TM a partir do conjunto de equações 4.31 é.<br />

2<br />

∂ H<br />

+<br />

∂z<br />

x<br />

1 ⎛ ∂σ<br />

∂H<br />

+ ⎜<br />

σ ⎝ ∂y<br />

∂y<br />

x<br />

∂σ<br />

∂H<br />

x ⎞<br />

+ ⎟ − iσμ<br />

0ωH<br />

∂z<br />

∂z<br />

⎠<br />

4.1.7- Indução em estruturas tridimensionais.<br />

x<br />

= 0 . eq-4.33<br />

Em algumas situações geológicas as aproximações 1D e 2D são viáveis para uma<br />

interpretação geofísica, com a variação da condutividade mais forte em algumas direções e<br />

desprezível em outras. Na realidade as estruturas geológicas possuem uma variação<br />

tridimensional (3D), onde a resistividade varia nas três direções x, y e z. Algumas situações<br />

geológicas, como por exemplo linhas de costa encurvadas, complexas cadeias de montanhas em<br />

grande escala e algumas intrusões magmáticas, caracterizam ambientes tridimensionais.<br />

O tratamento do problema de indução de estruturas 3D tem sido proposto por diversos<br />

autores a partir do inicio da década de oitenta, utilizando técnicas como diferenças finitas,<br />

elementos finitos e equações integrais (Reddy et al., 1977; Jones & Vozoff, 1978; Ting &<br />

Hohmann, 1981; Smith & Booker, 1991: Livelybrooks, 1993; Mackie & Madden, 1993.<br />

34


4.1.8- Tensor impedância e parâmetros clássicos de MT.<br />

E(ω )<br />

r<br />

H (w)<br />

r<br />

Como já mencionado, a relação entre os campos e satisfaz uma<br />

proporcionalidade dada pelo tensor impedância como função da freqüência e relacionada com a<br />

resistividade na subsuperfície. No caso geral, numa situação 2D, a relação é:<br />

E ( w)<br />

= Z ( w)<br />

H ( w)<br />

+ Z ( w)<br />

H ( ω)<br />

, eq-4.34<br />

x<br />

xx<br />

x<br />

xy<br />

y<br />

E ( w)<br />

= Z ( w)<br />

H ( w)<br />

+ Z ( w)<br />

H ( ω)<br />

. eq-4.35<br />

y<br />

yx<br />

x<br />

yy<br />

Em notação matricial:<br />

y<br />

r r<br />

E(<br />

ω) = Z(<br />

ω)<br />

H ( ω)<br />

, eq-4.36<br />

⎛ Z xx ( ω)<br />

Z xy ( ω)<br />

⎞<br />

Z ( ω)<br />

= ⎜<br />

⎟ . eq-4.37<br />

⎜<br />

⎟<br />

⎝ Z yx ( ω)<br />

Z yy ( ω)<br />

⎠<br />

As estimativas dos elementos do tensor impedância são o passo inicial para a<br />

determinação da distribuição de resistividade em subsuperfície. O procedimento pelo método dos<br />

mínimos quadrados foi o mais utilizado nas décadas passadas. Atualmente, um processamento<br />

mais apurado, a estimativa robusta, vêm sendo mais rotineiramente aplicado.<br />

As componentes dos campos EM são medidas em um sistema de referência, o mais usual<br />

sendo o sistema de referência geomagnético. O fato das medidas serem feitas nestas coordenadas<br />

quase invariavelmente não promove uma situação ideal para solução do caso 2D, já que o strike<br />

não está nas direções das medidas, a menos por coincidência. Dessa forma, existe a necessidade<br />

da determinação de um ângulo de rotação para as componentes do campo medido, tal que se<br />

posicione na direção do strike geoelétrico. Se a rotação é realizada no sentido horário, tem-se:<br />

⎛ E<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝ E<br />

´<br />

x<br />

´<br />

y<br />

⎞ ⎛cosθ<br />

⎟ = ⎜<br />

⎟<br />

⎠ ⎝−<br />

senθ<br />

senθ<br />

⎞⎛<br />

E<br />

⎟⎜<br />

cosθ<br />

⎜<br />

⎠⎝<br />

E<br />

x<br />

y<br />

⎞<br />

⎟<br />

. eq-4.38<br />

⎠<br />

35


Na forma matricial fica.<br />

r r<br />

´<br />

E = RE<br />

, eq-4.39<br />

r r<br />

´<br />

H = RH<br />

, eq-4.40<br />

´<br />

T<br />

Z = RZ<br />

R<br />

. eq-4.41<br />

A determinação do ângulo de strike é um das etapas mais importante do processamento<br />

para a estimativa adequada do tensor impedância e as resistividades em subsuperfície. Numa<br />

situação ideal, 2D rotacionado para o strike, os elementos da diagonal principal do tensor<br />

impedância (equação 4.37) são nulos. Entretanto este fato não ocorre na pratica devido a ruídos<br />

ou erros nas medidas dos campos.<br />

A forma mais tradicional de determinar o strike é a solução proposta por Swift em 1967<br />

(Vozoff, 1991), na qual maximiza<br />

xy<br />

2<br />

2<br />

yx<br />

*<br />

*<br />

[ ( Z − Z )( Z + Z ) + ( Z − Z ) ( Z + Z ) ]<br />

xx<br />

yy<br />

xy<br />

yx<br />

2<br />

yy<br />

Z + Z para cada freqüência. Esta solução é.<br />

yy<br />

2<br />

yx<br />

4θ<br />

=<br />

. eq-4.42<br />

Z − Z − Z + Z<br />

xx<br />

xx<br />

xy<br />

xy<br />

yx<br />

Esta solução dá um indicativo da dimensionalidade da estrutura em estudo, que no caso<br />

1D não existiria solução, para o caso 2D a solução seria bem definida e para o caso 3D existiriam<br />

várias soluções.<br />

A equação 4.42 fornece um valor de ângulo de rotação pode estar tanto: minimizando os<br />

elementos da diagonal principal, como maximizando os elementos da diagonal principal.<br />

Provocando uma ambigüidade de 90 o na determinação do ângulo de strike. Uma maneira de<br />

resolver esta ambigüidade está no conhecimento do strike geológico, o que nem sempre é<br />

possível.<br />

Uma outra maneira de remover a ambigüidade no strike é determinar o Tipper. Uma<br />

descontinuidade lateral gera uma componente vertical do campo que é próxima de zero na teoria<br />

36


do Método MT, nos casos 1D e 2D, mas não quando a estrutura é 3D ou se tem uma fonte tipo<br />

eletrojato equatorial. A relação da componente H z com as componentes horizontais é dada por.<br />

H = T H + T H . eq-4.43<br />

z<br />

x<br />

x<br />

y<br />

y<br />

Quando a direção de medida coincide com o strike, para uma estrutura 2D, temos<br />

e representa o desvio do vetor H r<br />

H z = Ty<br />

H y T y<br />

em relação ao plano horizontal. Quando a<br />

direção de medida não é a mesma do strike, a fase de T x e TY<br />

são idênticas , a razão T / T<br />

x Y é<br />

real e o desvio do campo magnético horizontal forma um ângulo φ com a direção x, dado por<br />

φ = arctg(<br />

Ty<br />

T x)<br />

, que indica a direção para a região condutiva retirando a ambigüidade da<br />

equação 4.42. Obtém-se então da equação 4.43 as flechas de indução, conhecidas como “vetor de<br />

Parkinson” ou “vetor de Weiss”, com um mapa das flechas de indução indicando o gradiente de<br />

condutividade (Parkinson, 1983).<br />

Algumas relações dos elementos do tensor impedância são invariantes após a rotação dos<br />

elementos do tensor impedância. Os ternos invariantes são:<br />

Z xx yy<br />

+ Z = c ,<br />

Z xy yx<br />

1<br />

− Z = c ,<br />

2<br />

Z xx Z yy − Z xyZ<br />

yx = c<br />

. eqs-4.44<br />

3<br />

A razão c1/c 2 = α , é um outro fator invariante denominado Skew. Este fator para o caso 1D e<br />

2D (rotacionado para o strike) é zero numa situação ideal e diferente de zero para o caso 3D.<br />

Numa situação real, os valores altos de Skew indicam tridimensionalidade da estrutura.<br />

O Skew e o strike podem ser obtidos por outras técnicas mais apuradas, como pode ser<br />

encontrado em Gamble et al. (1982), Groom & Bailey (1989), Bahr (1991), Chakridi et al.<br />

(1992), Smith (1995) e McNeice & Jones (2000).<br />

37


4.1.9- Anisotropia.<br />

A situação isotrópica é rara, pois são raros os materiais isotrópicos existentes em<br />

condições geológicas. Em um meio anisotrópico, a condutividade do meio varia em todas as<br />

direções, sendo que todos os elementos do tensor de condutividade são diferentes de zero como<br />

descrito na relação abaixo:<br />

⎛ j ⎞ ⎛σ<br />

xx σ<br />

x ⎜ ⎟ ⎜<br />

⎜ j ⎟ = ⎜ y σ yx σ<br />

⎜ ⎟ ⎜<br />

⎝ jz<br />

⎠ ⎝σ<br />

zx σ<br />

xy<br />

yy<br />

zy<br />

σ xz ⎞⎛<br />

⎞<br />

⎟<br />

E x ⎜ ⎟<br />

σ ⎟ yz ⎜ E y ⎟ . eq-4.45<br />

⎟<br />

⎜ ⎟<br />

σ zz ⎠⎝<br />

E z ⎠<br />

Num meio anisotrópico haverá correntes nas direções x, y e z mesmo que campo elétrico esteja<br />

na direção x. Neste caso, a onda eletromagnética incidente terá um campo magnético na direção<br />

y, onde H r<br />

r<br />

j não será perpendicular a . Devido a este fato a resistividade aparente dependerá da<br />

direção de medida.<br />

4.1.10– Heterogeneidades e deriva estática.<br />

O problema mais comum nos dados MT são as distorções nos valores medidos devido a<br />

heterogeneidades. Estes efeitos são classificados por Berdichevsky & Dmitriev (1976) como:<br />

1- O efeito galvânico - este efeito é provocado pela ação de um campo elétrico primário que<br />

produz cargas onde existem variações de condutividade em limites distintos ou em<br />

transições contínuas. A existência de cargas nesta transição gera um campo elétrico<br />

galvânico secundário que se adiciona ao campo primário.<br />

2- O efeito indutivo - pela lei de Faraday, a derivada temporal do campo magnético induz<br />

correntes secundárias excessivas, que fluem em circuitos fechados e produzem campos<br />

magnéticos secundários, que são adicionados ao campo primário.<br />

Correntes induzidas pelo campo magnético secundário, o qual é associado a correntes<br />

secundarias do efeito galvânico, são consideradas um efeito indutivo-galvânico.<br />

Os efeitos galvânicos e indutivos também podem ser provocados pela topografia. O<br />

trabalho de Jiracek (1990) apresenta uma boa abordagem sobre distorções devido a<br />

heterogeneidades.<br />

38


O efeito da deriva estática provoca o deslocamento das curvas de resistividades aparentes<br />

por um fator indeterminado do valor real. Este fato é ocasionado pelo efeito galvânico, o qual,<br />

para um corpo condutivo, a polarização das cargas resulta num campo secundário opondo-se<br />

ao campo primário e, para um corpo resistivo, o campo secundário é somado. O efeito<br />

galvânico é fortemente sentido nos métodos que trabalham com freqüência baixa, como no<br />

método MT, enquanto que o efeito indutivo é fracamente sentido. Este fato vai se invertendo<br />

com o aumento da freqüência utilizada no método de investigação EM. Varias técnicas são<br />

propostas para correção do efeito galvânico e indutivo como as descritas por Jiracek (1990).<br />

Sternberg et al. (1988) sugerem uma solução para correção da deriva estática devido a<br />

heterogeneidades locais, com o uso do método transiente eletromagnético em casos 2D. As<br />

heterogeneidades com tamanho da ordem do skin depth ou maior, são tratadas por vários<br />

métodos de inversão.<br />

4.2- O método <strong>Eletromagnético</strong> <strong>Transiente</strong> (TEM).<br />

O método <strong>Eletromagnético</strong> <strong>Transiente</strong> utiliza uma fonte induzida de excitação numa<br />

forma de um pulso. Este pulso gera um campo eletromagnético primário que induz campos<br />

eletromagnéticos secundários, os quais são medidos quando o campo primário e a fonte em pulso<br />

estão desligados, conforme apresentado na Figura 4.1.<br />

A vantagem deste método em relação a outros métodos eletromagnéticos reside no fato de<br />

ser desnecessário separar o campo magnético primário do secundário. As medidas das sondagens<br />

TEM são feitas utilizando um loop (espira) de forma quadrada ou circular, na qual é injetado uma<br />

corrente constante na forma de pulsos (corrente estabelecida “on” ou não estabelecida “off”).<br />

Esta corrente gera um campo primário que por sua vez induz correntes secundárias no<br />

interior da terra, o que gera um campo magnético secundário. Após a interrupção da corrente, o<br />

campo primário é nulo e a amplitude do campo secundário começa a decair imediatamente. A<br />

amplitude do fluxo de correntes, como função do tempo, é adquirida pela medição do campo<br />

magnético secundário por um bobina receptora localizada no centro do loop (configuração in<br />

loop) ou por um loop receptor (configuração single loop).<br />

Através das medidas de voltagens nas bobinas receptoras em tempos sucessivos são<br />

adquiridas medidas de fluxo de correntes e conseqüentemente da resistividade elétrica.<br />

39


Figura 4.1- Forma de onda do pulso de corrente transmitida, força eletromotriz primária induzida<br />

e campo magnético secundário. A medida do campo magnético secundário é realizada quando a<br />

corrente é desligada. O pulso é repetido para melhorar a razão sinal / ruído. Modificado de<br />

Goldman & Neubauer (1994).<br />

E(V )<br />

r r<br />

Teoricamente a lei de Faraday descreve este fenômeno, no qual a tensão induzida<br />

em um condutor elétrico que se desloca em um campo magnético é dada pela formula:<br />

r r r r<br />

E = ⋅ dL<br />

, eq-4.76<br />

∫<br />

em que :<br />

( V × B)<br />

B r é o vetor intensidade do campo magnético, em Gauss;<br />

V r é o vetor velocidade do condutor, em m/s;<br />

40


L r é o comprimento do condutor , em m.<br />

Uma formulação matemática para este método é apresentada por Kauffman & Keller (1983). A<br />

relação entre os campos medidos e a resistividade aparente para tempos tardios é dada pela<br />

expressão (Kauffman & Keller, 1983):<br />

na qual:<br />

B& Z = dB / dt , em V/m 2<br />

μ ⎛ ⎞<br />

0 2μ<br />

0M<br />

ρ =<br />

⎜<br />

⎟<br />

a<br />

eq-4.77<br />

4πt<br />

⎝ 5tB&<br />

z ⎠<br />

41


5- Aquisição dos dados MT e TEM.<br />

A aquisição dos dados MT e TEM empregados neste estudo foi realizada em duas etapas,<br />

no final do 1 o semestre e meados do 2 o semestre de 2000. Foram levantadas 28 estações MT e<br />

TEM, como mostra a Figura 5.1. As estações estão distribuídas em três perfis perpendiculares às<br />

principais estruturas:<br />

• Perfil Monsenhor Hipólito, de 58 km de comprimento total, compreendendo 9 estações<br />

MT/TEM, com espaçamento variando entre 4 e 12 Km.<br />

• Perfil Jaicós, de 22 km comprimento total consistindo de 9 estações MT/TEM, com<br />

espaçamento variando entre 4 e 6 Km<br />

• Perfil Itainópolis, de 41 km de comprimento total, compreendendo 10 estações MT/TEM,<br />

com espaçamento variando entre 4 e 6 Km.<br />

Nos 3 perfis, a freqüência MT foi amostrada na faixa 0,07-008 Hz a 334 Hz, enquanto as<br />

medidas TEM variaram entre 33 HZ a 100000 Hz<br />

. A duração da aquisisão variou de 1 a 1 dia e meio dependendo da freqüência amostrada,<br />

considerando: localização do melhor lugar para estação, tempo gasto para pedido de permissão<br />

para montagem da estação, montagem e desmontagem da estação e operação da estação.<br />

5.1- Aquisição dos dados MT.<br />

Os dados MT foram adquiridos utilizando dois equipamentos pertencentes ao<br />

Observatório Nacional (MT1 e MT2), fabricados pela Eletromagnetic Instruments (EMI),<br />

Califormia, EUA. Os principais componentes desses equipamentos são: sensores elétricos,<br />

sensores magnéticos, unidade de aquisição e processamento (APU), módulo de sincronização e<br />

um computador portátil. Estes componentes são descritos sucintamente abaixo:<br />

Sensores Magnéticos – Durante a aquisição, três sensores magnéticos são utilizados para medir as<br />

componentes x, y e z. Estes sensores consistem em bobinas de indução eletromagnética com<br />

núcleo de μ-metal e com pré-amplificadores internos. Podem ser empregados diversos tipos de<br />

bobinas com diferentes respostas. Como exemplo, as bobinas BF4 e BF7 são utilizadas para as<br />

medidas das componentes horizontal e vertical, respectivamente para freqüências intermediárias e<br />

baixas (entre 1000 Hz e 0.001 Hz) e as bobinas BF6 para as altas freqüências (entre 1000 Hz e<br />

30000 Hz).<br />

42


Figura 5.1- Localização dos perfis MT e TEM no mapa geológico da área de estudo, copilado e<br />

modificado do mapa geológico do estado da Piauí (<strong>CPRM</strong>, 1995).<br />

Sensores Elétricos – São utilizados 3 eletrodos não polarizáveis com um solução de Cu-CuSO4<br />

(sulfato de cobre) contido dentro de um pote de forma cilíndrica com base de cerâmica<br />

permeável, que permite o contato elétrico com o solo através da solução. Estes três eletrodos são<br />

conectados na forma de um L e ligados a uma unidade pré-amplificadora onde as medidas da<br />

diferença de potencial nas duas direções do arranjo em L (x, y) são amplificadas. A unidade<br />

amplificadora de corrente telúrica (EFSC) também funciona como filtro, atenuando freqüências<br />

fora da faixa de interesse. Tipicamente a configuração em L tem comprimento de 100 m para<br />

cada uma das direções.<br />

43


Unidade de Aquisição e Processamento (APU) – A APU amplifica os sinais elétricos e<br />

magnéticos medidos nos sensores e converte os sinais analógicos para digitais, armazenando as<br />

séries temporais em um computador externo conectado a esta unidade. Através do software<br />

presente no computador, são fornecidas as instruções para aquisição dos dados. A APU permite a<br />

utilização de até 10 canais, podendo ser utilizadas várias configurações. As configurações para<br />

levantamento de uma estação MT isolada (single station), são 2 canais para o campo elétrico (as<br />

duas componentes horizontais) e 3 canais de campo magnético (as duas componentes horizontais<br />

e a componente vertical). A amplificação de cada canal é ajustada manualmente antes do início<br />

da aquisição dos dados. A APU ainda apresenta um filtro notch para a freqüência de 60 Hz,<br />

correspondente a freqüência da rede elétrica do Brasil.<br />

Computador – O computador utilizado na APU é do tipo portátil, de interface RS232 e<br />

configuração de memória mínima de 640 KB suficiente para controlar a APU. O software de<br />

aquisição dos modos de processamentos de sinais são: detecção sincronizada (não utilizado) para<br />

freqüências nas faixas 20 Hz - 20 kHz e a Transformada Rápida de Fourier (FFT) para<br />

freqüências de 0,003 Hz a 300 Hz. Neste último modo os dados são coletados em bandas<br />

limitadas por valores de freqüência (TS1, TS2, TS3, TS4), sendo estas determinadas de acordo<br />

com o objetivo da investigação. A seleção da banda é feita pelo usuário que define os parâmetros<br />

abaixo:<br />

1-Freqüência de amostragem ( Δf<br />

) - É o inverso do tempo de amostragem.<br />

2-Comprimento da série temporal - Números observações (N) contidas num segmento temporal,<br />

os valores de N podem ser 256, 512,1024 ou 2048.<br />

3-Filtro passa banda – Definido para freqüência mínima f m = 4 ( NΔT<br />

) e para freqüência máxima<br />

= 1 / ( 4ΔT<br />

) , sendo Δ T o intervalo de amostragem digital.<br />

f M<br />

4-Números de blocos - Este é o número de segmentos os quais são avaliados antes da matriz de<br />

potencia cruzada seja produzida e armazenada no disco. A potencia cruzada estimada partir desta<br />

media são referidas como um bloco.<br />

Durante a aquisição é possível inspecionar “em tempo real” as séries temporais<br />

(rejeitando ou aceitando-as), verificar os parâmetros utilizados na interpretação (resistividade<br />

aparente, coerências, strike). O monitoramento durante a aquisição é essencial para uma boa<br />

coleta de dados.<br />

A configuração da estação MT é mostrada na Figura 5.2, onde as direções dos<br />

dispositivos de medidas são orientadas para as direções geomagnéticas com a direção x orientada<br />

44


para o norte magnético e a direção y orientada para o leste magnético. Elas podem também estar<br />

orientadas nas direções opostas, sendo este fato informado nos parâmetros de entrada para<br />

aquisição dos dados. Os sensores elétricos são enterrados em buracos onde é adicionada uma<br />

argila na forma de lama à base de bentonita, que tem propriedade de reter a umidade por longos<br />

tempos, permitindo um bom contato dos eletrodos com o solo. Os sensores magnéticos são<br />

orientados e nivelados.<br />

Algumas precauções devem ser respeitadas para uma boa aquisição de dados, conforme<br />

descrito abaixo:<br />

- Evitar a proximidade da estação MT de linhas de transmissão, tubulações metálicas, estradas de<br />

ferro, cerca de arame, bombas de irrigações, tráfico de carros, pedestres e animais.<br />

- O local da estação deve ser plano e distante de relevos abruptos.<br />

Figura 5.2-Esquema de montagem do sistema de aquisição MT. Compilado de Figueiredo (1997).<br />

5.2- Aquisição de dados TEM.<br />

Os dados TEM foram adquiridos com o equipamento SIROTEM MK3 da<br />

Geoinstruments (Austrália), sendo utilizados loops de 50m colocados no lugar das estações MT e<br />

com os fios colocados na mesma direção das medidas MT (referenciadas às direções magnéticas).<br />

Foram utilizadas duas configurações in loop e single loop:<br />

45


• A configuração in loop consiste em utilizar o loop como transmissor e bobinas como<br />

receptor. Está colocada no centro do loop e são adquiridas medidas nas três direções x, y e<br />

x.<br />

• A configuração single loop consiste em utilizar o loop como transmissor e receptor<br />

(quando a fonte está desligada), sendo adquirida apenas a componente Z. Esta<br />

configuração possui um alcance maior em profundidade quando comparado com a<br />

configuração in loop.<br />

Neste trabalho, as medidas de resistividade provenientes do método TEM, foram utilizadas como<br />

base para correção estática.<br />

46


6- Processamento dos dados.<br />

Para determinação dos parâmetros MT (resistividade aparente e fase em função da<br />

freqüência), utilizou-se o programa de processamento robusto de Egbert & Eisel (2000) e o<br />

processamento pelo método dos mínimos quadrados, com o progama da EMI. Uma comparação<br />

entre os dois métodos é apresentada no anexo A e na Figura 6.1 (item 6.2).<br />

A estimativa do strike geoelétrico foi obtida através da técnica de Groom & Bailey<br />

(1989). A correção estática foi feita utilizando a técnica de deslocamento da curva para as curvas<br />

de resistividade obtidas pelo método (TEM), como descrito por Sternberg et al. (1988).<br />

6.1- Estimativa dos elementos do tensor impedância.<br />

A técnica utilizada até o final da década de 80 para determinação dos elementos do tensor<br />

impedância é a técnica dos mínimos quadrados descrita por diversos autores (Swift, 1967; Sims<br />

et al., 1971; Vozoff, 1972; Hermance, 1973; Gundel, 1977; Kao & Rankin, 1977; Goubau et al.,<br />

1978; Kroger et al., 1983). A implementação de referência remota para estimativa do tensor<br />

impedância foi proposta por Gamble et al. (1979 a, b). Esta técnica consiste em medir<br />

simultaneamente dos conjuntos de dados em duas estações distintas, para corrigir erros<br />

tendenciosos devido a ruídos localizados. Jupp (1978) e Park & Chave (1984), propuseram o uso<br />

da técnica de decomposição de valor singular (SVD). Eggers (1982) propôs a formulação de “auto<br />

estado”. O uso da estatística robusta para a função transferência geomagnética foi proposta por<br />

Egbert & Booker (1986). Chave et al. (1987) propôs estimativa robusta para função<br />

transferência, coerência e espectro de potência.<br />

Como já mencionado o tensor impedância é dado pela relação dos campos elétricos e<br />

magnéticos na seguinte forma.<br />

r r<br />

E(<br />

ω ) = Z(<br />

ω)<br />

H , eq-6.1<br />

em que:<br />

⎛ Z xx Z xy ⎞<br />

Z( ω ) = ⎜ ⎟ , eq-6.2<br />

⎜ ⎟<br />

⎝ Z yx Z yy ⎠<br />

47


obtendo-se:<br />

E ( w)<br />

= Z ( w)<br />

H ( w)<br />

+ Z ( w)<br />

H ( ω)<br />

, eq-6.3<br />

x<br />

xx<br />

x<br />

xy<br />

y<br />

E ( w)<br />

= Z ( w)<br />

H ( w)<br />

+ Z ( w)<br />

H ( ω)<br />

. eq-6.4<br />

y<br />

yx<br />

x<br />

yy<br />

y<br />

A maneira convencional de resolver a equação da impedância é assumi-la constante sobre<br />

uma banda, o qual é fisicamente razoável se a banda é suficientemente estreita. Em cada banda,<br />

cada equação tem potências cruzadas (de diferentes índices), dando os pares de equação tal como:<br />

E x x<br />

xx x x<br />

xy y x<br />

∗<br />

∗<br />

( w)<br />

H ( w)<br />

= Z ( w)<br />

H ( w)<br />

H ( w)<br />

+ Z ( w)<br />

H ( ω)<br />

H ( w)<br />

E x y<br />

xx x y<br />

xy y y<br />

∗<br />

∗<br />

( w)<br />

H ( w)<br />

= Z ( w)<br />

H ( w)<br />

H ( w)<br />

+ Z ( w)<br />

H ( ω)<br />

H ( w)<br />

*<br />

*<br />

, eq-6.5<br />

. eq-6.6<br />

Mais duas equações são obtidas pela multiplicação dos complexos conjugados de H na<br />

equação 6.4 e mais quatros equações pela multiplicação dos conjugados de E. No total, obtemos<br />

oito equações para determinar os elementos do tensor impedância. As partes imaginárias e reais<br />

de cada Z são encontradas pela solução de pares de equações como as equações 6.5 e 6.6. Como<br />

exemplo temos para Zxx.<br />

E<br />

H<br />

x<br />

x<br />

x<br />

H<br />

H<br />

*<br />

x<br />

*<br />

x<br />

*<br />

x<br />

H<br />

H<br />

y<br />

y<br />

y<br />

H<br />

H<br />

*<br />

x<br />

*<br />

*<br />

E x H y H y H y<br />

Z xx = . eq-6.7<br />

H H H H<br />

*<br />

x<br />

*<br />

x<br />

Existe a possibilidade de usar as equações 6.3 e 6.4, para estimar os elementos do tensor<br />

impedância. Entretanto como as medidas do campo E estão mais sujeitas a ruídos, torna-se mais<br />

confiável determinar os elementos do tensor impedância pelas equações 6.5 e 6.6, as quais<br />

utilizam H multiplicando as equações 6.3 e 6.4 .<br />

48


6.1.1- Estimativas dos elementos do tensor impedância através do processamento pelo<br />

método dos mínimos quadrados.<br />

As estimativas das resistividades do interior da Terra são obtidas a partir dos elementos do<br />

tensor impedância, como visto no capítulo 4. A equação 6.1 nos dá uma relação linear que é<br />

justificada se a fonte do campo são ondas planas de extensão horizontal infinita. Na realidade a<br />

suposição de onda plana é apenas uma aproximação, além do que as medidas dos campos são<br />

contaminadas por erros. O problema torna-se estatístico. Em geral, a estimativa é feita pelos<br />

métodos dos mínimos quadrados. A presença de erro nas medidas torna a equação 6.1 em:<br />

r r<br />

E ( ω ) = Z(<br />

ω)<br />

H + e . eq-6.8<br />

O procedimento de estimativa da impedância pelo método dos mínimos quadrados<br />

consiste em minimizar os erros dos dados nas estimativas. A estimativa dos mínimos quadrados<br />

(MQ), referida como norma L2, tem a seguinte forma:<br />

∑ i<br />

2<br />

( ˆ − Y ) = minimo<br />

Y , eq-6.9<br />

i<br />

i<br />

sendo Y e respectivamente o valor esperado e observado de uma função linear. Aplicando a<br />

ˆ Y<br />

i<br />

norma MQ na equação 6.2<br />

∑<br />

i,<br />

j<br />

i<br />

2<br />

( ω ) H ( ) → 0<br />

E ( ω ) − Zˆ<br />

ω , eq-6.10<br />

i<br />

∑ i<br />

ij<br />

2<br />

j<br />

em que → 0 , eq-6.11<br />

ei<br />

sendo Zˆ<br />

( ω)<br />

a estimativa do tensor impedância.<br />

Na aplicação dos métodos dos mínimos quadrados supõe-se que os erros apresentem uma<br />

distribuição Gaussiana. Egbert & Booker (1986) mostram que esta suposição nem sempre é<br />

válida para dados MT. O número significativo de outliers, em MT, provoca distribuições com<br />

caudas longas destruindo a suposição de distribuição Gaussiana.<br />

Um modo de tentar reduzir a influência de outliers é atribuir pesos na estimativa MQ.<br />

Assim, a equação 6.10 toma a seguinte forma:<br />

49


∑<br />

2<br />

( ω ) H ( ) → 0<br />

2<br />

w = ∑ ( ) − ˆ<br />

iei<br />

wi<br />

Ei<br />

ω Z ij j ω , eq-6.12<br />

i,<br />

j<br />

na qual os pesos são proporcionais a<br />

i<br />

1 σ<br />

2<br />

2<br />

w , onde é a variância do ruído.<br />

6.1.2- Estimativas do tensor impedância através do processamento robusto.<br />

A equação 6.8 considera implicitamente que fontes externas são espacialmente<br />

uniformes e inclui a colocação do ruído em uma maneira simples. Esta aproximação simples pode<br />

ser violada de uma forma catastrófica em dados ruidosos, produzindo estimativas fortemente<br />

tendenciosas ou bastante oscilatórias. (Egbert & Livelybrooks, 1996).<br />

A quebra da norma L2 (least squares) de estimativa da impedância pode ser vista por<br />

insuficiências fundamentais do modelo simples da equação 6.8:<br />

1- O modelo de estatística linear é apropriado para casos onde o ruído é restrito aos canais<br />

elétricos, enquanto os canais magnéticos são observados sem erro. A violação desta suposição<br />

resulta numa dependência tendenciosa na estimativa na amplitude da impedância. Para evitar o<br />

erro tendencioso pode –se utilizar o método de referência remota (RR).<br />

2- A aplicação da norma L2 implica em supor uma distribuição gaussiana para o erro na equação<br />

6.8. Esta suposição freqüentemente falha para dados MT por causa da não estabilidade tanto do<br />

sinal como do ruído. A distribuição gaussiana de erros no domínio da freqüência é bastante<br />

distorcida ou contaminada por outliers.<br />

Esforços para uma melhor estimativa do tensor impedância foram baseados em algumas<br />

estimativas ponderadas na coerência (CWE) (Stodt, 1983 e 1986; Jones & Jodicke, 1984).<br />

Também a estimativa M (RME) (Huber, 1981) foi adaptada para produzir estimativas do tensor<br />

impedância que são robustas para as violações ou suposições das distribuições e resistentes a<br />

outliers.<br />

As normas RME e CWE são estimativas ponderadas da norma LS (least squares). O<br />

processamento inicia-se com a divisão da série temporal em uma seqüência de curtos segmentos<br />

de dados, às quais é aplicada, a transformada de Fourier. A combinação de bandas de freqüência<br />

média produz séries de I vetores de dados complexos identificados, com freqüências fixas (ω ).<br />

σ<br />

50


A impedância é estimada pela minimização ponderada da soma dos quadrados residuais. Para a<br />

componente x do campo elétrico tem-se:<br />

I<br />

∑<br />

i=<br />

1<br />

(<br />

)<br />

2<br />

w E + Z H + Z H , eq-6.13<br />

i<br />

xi<br />

xx<br />

xi<br />

sendo wi<br />

o peso determinado pelos dados.<br />

xy<br />

yi<br />

Para o RME, os pesos são determinados iterativamente a partir da normalização residual.<br />

O peso usado por Egbert a Booker (1986) e Chave et al. (1987) é<br />

i<br />

⎪⎧<br />

1 se ri<br />

≤ 1.<br />

5,<br />

w i = ⎨<br />

eq-6.14<br />

⎪⎩ 1.5/ ri<br />

se ri<br />

> 1.<br />

5,<br />

[ E xi−(<br />

Z xxH<br />

xi Z xy H yi ) ]<br />

σˆ<br />

r =<br />

+<br />

em que σˆ e uma estimativa de escala de erro típica.<br />

, eq-6.15<br />

Para o CWE, a seqüência de I vetores de coeficientes de Fourier é dividida em M grupos<br />

temporalmente contínuos. Para cada grupo, a coerência múltipla padrão entre e H r<br />

2<br />

E é<br />

pm x<br />

2<br />

computada. Pesos são determinados como função de p , com alta coerência nos segmentos de<br />

dados determinando grandes pesos.<br />

O RME pode ser severamente mais tendencioso do que a norma L2 quando a taxa<br />

sinal/ruído é baixa (como às vezes observados na banda morta ou na presença de ruído cultural).<br />

Uma utilização de um esquema híbrido RME/CWE foi desenvolvida por Egbert &<br />

Livelybrooks (1996). Neste método ocorre uma seleção preliminar de dados baseada na<br />

coerência. Após os segmentos serem eliminados, o RME é aplicado para o conjunto de alta<br />

coerência.<br />

6.2- Processamento Robusto.<br />

No inicio do processamento dos dados MT, foram utilizados o processamento robusto<br />

(Egbert & Eisel, 2000) e o de mínimos quadrados (Software do EMI), para os dados do perfil<br />

m<br />

51


Jaicós, com o objetivo de definir o melhor método para o processamento dos dados. A<br />

comparação dos resultados está apresentada na forma de pseudoseções (Figura 6.1 ) e de gráficos<br />

(Anexo A).<br />

O resultado do processamento robusto mostra curvas mais contínuas (observada nas<br />

curvas de sondagem do Anexo A) e mais suaves (pseudoseções da Figura 6.1) do que o resultado<br />

do processamento pelos métodos dos mínimos quadrados. Este fato determinou a escolha do<br />

processamento robusto de Egbert & Eisel (2000) para estimativa do tensor impedância e<br />

determinação das resistividades neste trabalho. O resultado do processamento robusto não<br />

eliminou a presença de outliers na faixa de freqüência na região em torno da freqüência 60 Hz<br />

(ruído cultural) e nas freqüências da banda morta, porém melhorou os resultados em relação ao<br />

processamento pelo método dos mínimos quadrados.<br />

O processamento robusto de Egbert & Eisel (2000) permite o uso da coerência no<br />

processamento, como descrito no item 6.1.2. Quando a coerência estava abaixo de 0.6, a<br />

estimativa robusta, que utilizava como parâmetro a coerência, provocou um aumento na presença<br />

de outliers. Este fato deve estar relacionado à utilização de poucos segmentos, definidos por uma<br />

seleção baseada na alta coerência. No processamento robusto, para estes casos, não se utilizou a<br />

coerência como parâmetro na estimativa, pois a qualidade dos dados melhora sensivelmente.<br />

O resultado deste processamento robusto, para os 3 perfis, é apresentado nas Figuras 6.2<br />

a 6.4 em gráficos de resistividade e fase. As seções corrigidas de efeito estático são apresentadas<br />

na seção 6.5.<br />

52


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

2<br />

0<br />

Processamento pelo método dos minimos quadrados. Perfil Jaicós<br />

Log ( resistividade apar. direção x )<br />

Log ( resistividade apar. direção y )<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2 -2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

Fase. (direção x)<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase. (direção y)<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

Processamento pelo método robusto. Perfil Jaicós<br />

Log ( resistividade apar. direção x )<br />

Log ( resistividade apar. direção y )<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase. (direção x)<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase. (direção y)<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

Figura 6.1- Pseudoseções de resistividade e fase para o perfil Jaicós, mostrando os resultados do<br />

processamento robusto (Egbert & Eisel, 2000) e mínimos quadrados (Software do EMI)..<br />

53


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

22<br />

11<br />

00<br />

Processamento pelo método robusto. Perfil Itainópolis<br />

Log ( resistividade apar. direção x )<br />

Log ( resistividade apar. direção y )<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

00 10 20<br />

Distancia<br />

30 40<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase. Direção x<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20<br />

Distancia<br />

30 40<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase. Direção y<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

Figura 6.2- Pseudoseções de resistividade e fase para o perfil Itainópolis, mostrando os resultados<br />

do processamento robusto (Egbert & Eisel, 2000).<br />

54


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

Processamento pelo método robusto. Perfil Jaicós<br />

Log ( resistividade apar. direção x )<br />

Log ( resistividade apar. direção y )<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancias<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase. (direção x)<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancias<br />

15 20<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancias<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase. (direção y)<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancias<br />

15 20<br />

Figura 6.3- Pseudoseções de resistividade e fase para o perfil Jaicós, mostrando os resultados do<br />

processamento robusto (Egbert & Eisel, 2000).<br />

55


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Processamento pelo método robusto. Perfil Monsenhor Hipólito.<br />

Log ( resistividade apar. direção x )<br />

Log ( resistividade apar. direção y )<br />

1 2 3<br />

Estação<br />

4 5 6 7 8 9 1 2 3<br />

Estação<br />

4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase. direção x<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase. direção x<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

Figura 6.4- Pseudoseções de resistividade e fase para o perfil Monsenhor Hipólito, mostrando os<br />

resultados do processamento robusto (Egbert & Eisel, 2000).<br />

56


Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s) )<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação IP01<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Estação IP06<br />

pxy<br />

pyx<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s) )<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

Estação IP02<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Estação IP07<br />

pxy<br />

pyx<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s) )<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação IP03<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Estação IP08<br />

pxy<br />

pyx<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Fase (Ph)<br />

100000<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s) )<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s) )<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação IP04<br />

pxy<br />

pyx<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Estação IP09<br />

pxy<br />

pyx<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s) )<br />

90<br />

80<br />

Ph xy<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

Ph yx<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s) )<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação IP05<br />

pxy<br />

pyx<br />

Estação IP010<br />

pxy<br />

pyx<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura 6.5- Gráficos de resistividade aparente e fase do perfil Itainópolis (processamento robusto de Egbert & Eisel (2000)).<br />

57


Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

Estação JC01<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo s )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo s)<br />

Estação JC06<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo s )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo s)<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

Estação JC02<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo s )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo s)<br />

Estação JC07<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo s )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo s)<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Fase (Ph)<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

100000<br />

10000<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação JC03<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo s )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo s)<br />

Estação JC08<br />

pxy<br />

pyx<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo s )<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

0<br />

Log (periodo s)<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

Estação JC04<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo s )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo s)<br />

Estação JC09<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo s )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo s)<br />

Figura 6.6 - Gráficos de resistividade aparente e fase do perfil Jaicós (processamento robusto de Egbert & Eisel (2000)).<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

Estação JC05<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo s )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo s)<br />

58


Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Fase (Ph)<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

1000<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s) )<br />

100<br />

50<br />

0<br />

-50<br />

-100<br />

Estação MH01<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo (s))<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

10000<br />

1000<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH02<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo (s))<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

10000<br />

1000<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH03<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

10000<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH04<br />

Estação MH06 Estação MH07 Estação MH08 Estação MH09<br />

pxy<br />

pyx<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Fase (Ph)<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Fase (Ph)<br />

Fase (Ph)<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo (s))<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Fase (Ph)<br />

Fase (Ph)<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

Log (periodo (s))<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH05<br />

pxy<br />

pyx<br />

Log (periodo (s) )<br />

Ph xy<br />

Ph yx<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura 6.7- Gráficos de resistividade aparente e fase do perfil Monsenhor Hipólito (processamento robusto de Egbert & Eisel (2000)).<br />

59


6.3- Método de estimativa do strike geoelétrico (Groom & Bailey).<br />

Um breve relato da decomposição do tensor impedância, na presença de distorção<br />

galvânica local 3D, para determinar o strike geoelétrico é descrita abaixo (Groom & Bailey,<br />

1989).<br />

Experimentalmente, a determinação do tensor impedância não ocorre para uma<br />

situação teórica 2D. Não existe rotação dos eixos de coordenada tal que os elementos da<br />

diagonal principal do tensor impedância sejam ambos exatamente iguais a zero. Este fato<br />

ocorre devido:<br />

1-presença de erros nos dados no caso de indução 1D ou 2D.<br />

2-devido à indução 3D.<br />

3-devido à indução 1D ou 2D acoplada com o efeito de distorção telúrica galvânica.<br />

Numa situação ideal de uma Terra com estrutura regional de condutividade<br />

bidimensional (2D), com os dados rotacionados para direção de strike, o tensor de<br />

impedância que relaciona os campos elétricos e magnéticos é dado por:<br />

⎡0<br />

⊥<br />

Er = ZHr<br />

= ⎢<br />

Z 0<br />

⎥<br />

// ⎦<br />

⎣<br />

Z<br />

⎤<br />

H . eq-6.16<br />

r<br />

Larsen (1977), supondo uma terra estratiforme com heterogeneidades na camada<br />

superior, propôs que o tensor impedância representativo da camada seria distorcido pela<br />

heterogeneidade tal que:<br />

⎡C<br />

= ⎢<br />

⎣C<br />

C<br />

⎤ 0<br />

⎥<br />

⎦ ⎣<br />

11 12 ⎡ ⊥ ⎤<br />

Z = CZ n<br />

21 C<br />

⎢<br />

22 Z 0<br />

⎥<br />

//<br />

Z<br />

⎦<br />

, eq-6.17<br />

em que Zn é o tensor impedância para uma situação ideal e C é a matriz distorção, que pode<br />

ser escrita como o produto de 3 operadores básicos e um fator escalar de ganho.<br />

C = gTSA<br />

, eq-6.18<br />

na qual g é o site gain, S é o parâmetro shear, T é o parâmetro twist e a A é a anisotropia. O<br />

fator escalar g é necessário devido à normalizações que coloca o produto TSA com um valor<br />

diferente de C. As características dos outro elementos da decomposição são:<br />

60


1- Twist - rotaciona os vetores do campo elétrico de um ângulo no sentido horário.<br />

2- Shear- desenvolve a anisotropia nos eixos que dividem no meio os eixos principais da<br />

estrutura regional. A máxima variação angular ocorre quando o vetor sobre o qual o operador<br />

é aplicado está alinhado com os eixos principais. Ele é caracterizado por um ângulo, assim<br />

como o twist.<br />

3-Anisotropia- separa as 2 componentes principais do campo elétrico por diferentes fatores.<br />

Uma anisotropia é então gerada devido às distorções e adicionada à anisotropia já existente no<br />

tensor de impedâncias regional 2D.<br />

A decomposição produz 8 parâmetros que são: partes reais e imaginárias da maior e<br />

menor impedância, respectivamente a e b, os strikes regional θ e local, os ângulo de twist e<br />

shear.<br />

6.4- Determinação do strike geoelétrico utilizando os parâmetros de Groom Bailey (GB)<br />

e Tipper.<br />

Encontram-se descritos na literatura procedimentos e exemplos de determinação do<br />

strike geoelétrico, utilizando os parâmetros de Groom Bailey (1989). Podemos citar os<br />

trabalhos de Groom et al. (1993) e Jones & Groom (1993). A técnica utilizada foi a do<br />

histograma para a determinação de um único valor de strike regional para cada perfil. Esta<br />

técnica foi utilizada por Figueiredo (1997) e Lima (2000).<br />

Neste trabalho a técnica de Groom & Bailey (1989), só foi usada para a determinação<br />

do strike geoelétrico não foi realizada correção das distorções. A idéia de obter-se um valor<br />

de strike para cada perfil tem como objetivo uma orientação para uma mesma direção. Em<br />

alguns casos, para esta situação, um perfil necessita ser dividido em dois ou mais devido a<br />

grande variação do strike ao longo dele. Para retirada da ambigüidade do strike utilizou-se o<br />

strike geológico e o Tipper. O Tipper foi obtido dos resultados preliminares de campo através<br />

do processamento pelo método dos mínimos quadrados (software do EMI).<br />

No perfil Itainópolis o Tipper (Figura 6.8) apresenta suas maiores freqüência entre –<br />

70 o e ––80 o indicando o strike geoelétrico próximo à direção N-S e outra concentração menor<br />

em torno de 20 o . O strike regional GB (Figura 6.9) apresenta as maiores freqüências de<br />

ocorrência em torno de 60 o com uma outra menor concentração em –65 o . O valor de strike<br />

o o<br />

geoelétrico 60 , considerando a declinação magnética de –22 , está aproximadamente de<br />

acordo com o strike geológico de 50 o graus com uma discrepância ao redor de 10 o . O valor de<br />

60 o foi o valor de strike geoelétrico utilizado neste perfil.<br />

61


30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Perfil Itainópolis<br />

Histograma de STRIKE TIPPER<br />

-80 -60 -40 -20<br />

Tipper<br />

0 20 40 60 80<br />

Figura 6.8- Histograma de Tipper do perfil Itainopólis.<br />

Perfil Itainópolis<br />

Strike regional gb<br />

-80 -60 -40 -20 0<br />

Strike<br />

20 40 60 80<br />

Figura 6.9- Histograma de strike regional GB do perfil Itainópolis.<br />

No perfil Jaicós o Tipper apresenta suas maiores freqüências em torno de -50 o<br />

indicando um strike geoelétrico na ordem de 40 o e outra concentração em torno de 18 o (Figura<br />

6.10). O strike regional GB dois pontos de maiores freqüências em –30 o e 40 o (Figura 6.11).<br />

62


O strike geoelétrico de 40 o observado no histograma para este perfil coincide com a indicação<br />

do Tipper e não está de acordo com o strike geológico de 50 o para região (levando em<br />

o o<br />

consideração a declinação magnética de –22 da região). Considerando a ambigüidade de 90<br />

em cima do strike de –30 o temos um strike geoelétrico na ordem de 60 o próximo do strike<br />

o o<br />

geológico de cerca de 50 . O strike geoelétrico adotado para este perfil foi o de 60 .<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Perfil Jaicos<br />

Histograma de STRIKE TIPPER<br />

-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80<br />

Tipper<br />

Figura 6.10- Histograma de Tipper do perfil Jaicós.<br />

63


40<br />

20<br />

0<br />

Perfil Jaicós<br />

Strike regional gb<br />

-80 -60 -40 -20 0<br />

Strike<br />

20 40 60 80<br />

Figura 6.11- Histograma de strike regional GB do perfil Jaicós.<br />

No perfil Monsenhor Hipólito há duas concentrações de Tipper (Figura 6.12) em –65 o<br />

e 15 o indicando strikes geoelétrico nas direções de 25 o e –75 (Figura 6.8). Nesta região,<br />

ocorrem duas direções de strike geológico nas direções –50 e 70 o que explicam as duas<br />

direções do Tipper. O strike regional GB apresenta suas maiores concentrações em torno de<br />

o o<br />

e outra em torno de 30 (Figura 6.13). Considerando o strike –30 como um strike<br />

-30 o<br />

geoelétrico e levando em conta a declinação magnética da região (-22 o ) este strike<br />

apresentaria uma discrepância com o strike geológico (-50 o ) em torno de 2 o . O strike<br />

geoelétrico utilizado neste perfil foi o de 30 o , o que pode estar indicando um strike geológico<br />

de 8 o próximos à direção dos contatos geológicos dos sedimentos da bacia. Este strike<br />

também pode estar refletindo a estruturação definida para a região pelos strikes geológico de<br />

–50 e 70 o . O strike geoelétrico de 30 o foi escolhido para este perfil, pois aproximadamente<br />

concorda com o strike swift da ordem de 20 o (Figura 6.14).<br />

64


20<br />

10<br />

0<br />

Perfil Monsenhor Hipólito<br />

Histograma de STRIKE TIPPER<br />

-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80<br />

Tipper<br />

Figura 6.12- Histograma de Tipper do perfil Monsenhor Hipólito.<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Perfil Mosenhor Hipólito<br />

Strike regional gb<br />

-80 -60 -40 -20 0<br />

Strike<br />

20 40 60 80<br />

Figura 6.13- Histograma de strike regional GB do perfil Monsenhor Hipólito.<br />

65


20<br />

10<br />

0<br />

Perfil Mosenhor Hipólito<br />

Strike Swift<br />

-80 -60 -40 -20 0<br />

Strike<br />

20 40 60 80<br />

Figura 6.14- Histograma de strike Swift do perfil Monsenhor Hipólito<br />

6.5- Metodologia de preparação dados e correção da deriva estática para a inversão.<br />

Utilizaram-se três etapas para preparação dos dados de resistividade aparente e fase<br />

para inversão:<br />

1- na primeira etapa, os elementos do tensor impedância dos perfis Itainópolis, Jaicós e<br />

Monsenhor Hipólito foram rotacionados para a direção de strike geoelétrico, respectivamente,<br />

de -30 o<br />

, -30 o e 30 o .<br />

2- na segunda etapa foram analisadas as curvas de resistividades aparente e fase retirando os<br />

outliers. A retirada dos outliers suaviza as curvas de resistividades e fase, em formas<br />

adequadas para uma boa inversão. Os outliers retirados estavam em sua grande maioria na<br />

faixa de freqüência do ruído cultural e da banda morta.<br />

3- na terceira etapa foi realizada a correção estática para cada estação. O método<br />

utilizado foi o de deslocamento da curva. Para o deslocamento das curvas de resistividade<br />

aparente utilizaram-se as curvas de resistividade aparente obtidas pelo método TEM como<br />

base para correção. Esta metodologia para correção estática foi proposta por Sternberg et al.<br />

(1988).<br />

Para realizar o deslocamento das curvas de resistividade do método MT para as do<br />

TEM e por conseguinte realizar a correção estática é necessário ter uma comparação entre as<br />

66


curvas de resistividades nas mesmas profundidades. Sternberg et al, (1988) utilizaram com a<br />

profundidade de investigação (“skin depth”) para o método MT, que é dada pela equação<br />

6.19, e para método TEM, dada pela equação 6.20. A relação entre f e t para os métodos MT<br />

e TEM para uma mesma profundidade é da ordem de 200, com a freqüência em Hz e o t em<br />

ms. Este fator deve ser considerado na comparação das curvas de resistividade para ambos os<br />

métodos, para poder comparar as resistividades na mesma profundidade de investigação. O<br />

programa utilizado neste trabalho foi o Lemix (desenvolvido por E. Ulugergerli & L.<br />

Montagne, quando visitantes no ON no ano 2000), o qual aplica a correção acima e<br />

disponibiliza uma fácil correção para a deriva estática utilizando dados MT e TEM. A Figura<br />

6.15 mostra a correção estática para 2 estações utilizando o programa Lemix.<br />

)<br />

z = 2 (σμϖ , eq-6.19<br />

z = 1.<br />

28 t . eq-6.20<br />

σμ<br />

67


Figura 6.15 – Correção estática para duas estações, uma localizada no embasamento cristalino e outra localiza na bacia<br />

sedimentar.<br />

68


Os resultados finais dos dados para a inversão estão apresentados na forma<br />

pesudoseções de resistividades e fase (Figuras 6.16 a 6.18) e na forma de curvas de<br />

resistividades e fase (Figuras 6.19 a 6.21).<br />

As pseudo-seções de resistividade e fase calculada e observada para os perfis (Figura<br />

6.16 a 6.18) mostram que em geral os modos TE e TM apresentam tendência a estruturas<br />

verticais, que devem estar relacionadas a uma estruturação da região por falhas.<br />

sugerem:<br />

As curvas de resistividade para os modos TE e TM dos perfis (Figuras 6.19 a 6.21)<br />

1- estruturas predominantemente 1D para períodos baixos, demonstrado pela proximidade<br />

dos valores de resistividade nas curvas TE e TM;<br />

2- estruturas 2D ou 3D para períodos mais elevados, onde as curvas de resistividade TE e<br />

TM apresentam diferentes valores de resistividade.<br />

O modelo 1D é adequado para definir uma estruturação horizontal da variação da<br />

resistividade, tal com podem apresentar bacias sedimentares. Entretanto, a presença de uma<br />

bacia sedimentar estruturalmente complexa (estrutura de borda da bacia ou estruturas do<br />

embasamento da bacia falhado) pode estabelecer estruturas 2D a 3D numa bacia.<br />

O modelo que parece ser mais adequado para área deste trabalho na bacia do Parnaíba<br />

é de uma bacia com a presença de falhas do embasamento, na proximidade da borda da bacia.<br />

Desse modo, a utilização de um algoritmo de inversão 1D se justificaria em porções próximas<br />

a superfície e distantes da borda da bacia. Este fato não acontece na região em estudo, sendo<br />

mais adequado, portanto o emprego de inversões 2D a 3D para o conjunto de dados.<br />

69


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Processamento pelo método robusto, correção estática<br />

e rotação para o angulo de strike. Perfil Itainópolis.<br />

Log (resistividade apar. do modo TE)<br />

Log (resistividade apar. do modo TM)<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

0 10 20<br />

Distancia<br />

30 40<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

Fase do modo TE<br />

Fase do modo TM<br />

1 2 3<br />

Estação<br />

4 5 6 7 8 9 10 1 2 3<br />

Estação<br />

4 5 6 7 8 9 10<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20<br />

Distancia<br />

30 440<br />

0<br />

Figura 6.16- Pseudoseções de resistividade e fase do perfil Itainópolis, mostrando os<br />

resultados após o processamento robusto (Egbert & Eisel, 2000), correção estática e<br />

orientação para a direção de strike.<br />

70


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

Processamento pelo método robusto, correção estática<br />

e rotação para o angulo de strike. Perfil Jaicós.<br />

Log (resistividade apar. do modo TE)<br />

Log (resistividade apar. do modo TM)<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase do modo TE<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10 Distancia<br />

15 20<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

0 5 10 Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase do modo TM<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

00 55 10 10<br />

Distancia<br />

15 15 20<br />

Figura 6.17- Pseudoseções de resistividade e fase do perfil Jaicós, mostrando os<br />

resultados após o processamento robusto (Egbert & Eisel, 2000), correção estática e<br />

orientação para a direção de strike.<br />

71


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Processamento pelo método robusto, correção estática<br />

e rotação para o angulo de strike. Perfil Monsenhor Hipólito.<br />

Log (resistividade apar. do modo TE)<br />

Log (resistividade apar. do modo TM)<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30<br />

Distancia<br />

40 50<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 30<br />

Distancia<br />

40 50 50<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

Fase do modo TE<br />

Fase do modo TM<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

Figura 6.18- Pseudoseções de resistividade e fase do. perfil Monsenhor Hipólito<br />

mostrando os resultados após o processamento robusto (Egbert & Eisel, 2000), correção<br />

estática e orientação para a direção de strike<br />

72


Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação IP01<br />

TM<br />

TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação IP06<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação IP02<br />

TM<br />

TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação IP07<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação IP03<br />

TM<br />

TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação IP08<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação IP04<br />

TM<br />

TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação IP09<br />

TM<br />

TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação IP05<br />

TM<br />

TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação IP10<br />

TM<br />

TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

-10<br />

1E-3 0,01 0,1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura 6.19- Gráficos de resistividades e fase após correção do correção estática, retirada de outliers e rotação para direção de strike.<br />

(PERFIL ITAINÓPOLIS) .<br />

73


Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação JC01<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação JC06<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)<br />

1000<br />

Estação JC02<br />

TM<br />

TE<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

0<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100<br />

10<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação JC07<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

TM<br />

TE<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Estação JC03<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação JC08<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Estação JC04<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação JC09<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

Log (periodo (s))<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

TM<br />

TE<br />

Log (resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase (Ph)<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Estação JC05<br />

TM<br />

TE<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TM<br />

Ph TE<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura 6.20- Gráficos de resistividade e fase após correção da correção estática, retirada de outliers e rotação para direção de strike.<br />

(PERFIL JAICÓS).<br />

74


Log (resistividade (ohm.m))mH01<br />

Log (resistividade (ohm.m))mh06<br />

100000<br />

Fase (Ph)mH01<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)mh06<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Estação MH01<br />

TE<br />

TM<br />

0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação MH06<br />

TE<br />

TM<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))MH02<br />

Log (resistividade (ohm.m))mh07<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)MH02<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

TE<br />

TM<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100000<br />

Fase (Ph)mh07<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH02<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação MH07<br />

TE<br />

TM<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Log (resistividade (ohm.m))mh03<br />

Log (resistividade (ohm.m))mh08<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)mh03<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

TE<br />

TM<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)mh08<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Estação MH03<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação MH08<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

TE<br />

TM<br />

Log (resistividade (ohm.m))mh04<br />

Log (resistividade (ohm.m))mh09<br />

100000<br />

10000<br />

Fase (Ph)mh04<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

Fase (Ph)mh09<br />

Estação MH04<br />

TE<br />

TM<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação MH09<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura 6.21- Gráficos de resistividade e fase após a correção estática, retirada de outliers e rotação para direção de strike<br />

(PERFIL MONSENHOR HIPÓLITO).<br />

TE<br />

TM<br />

Log (resistividade (ohm.m))mh05<br />

100000<br />

Fase (Ph)mh05<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Estação MH05<br />

TE<br />

TM<br />

Log (periodo (s))<br />

Ph TE<br />

Ph TM<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log (periodo (s))<br />

75


7- Inversão 2D e interpretação.<br />

Dado um conjunto de medidas geofísicas é desejável determinar todas as informações<br />

possíveis sobre as estruturas geológicas que estão contidas nessas medidas. No caso dos<br />

métodos eletromagnéticos, estima-se a estrutura geoelétrica (distribuição da resistividade<br />

elétrica com a profundidade), a qual relacionamos posteriormente a geologia.<br />

Nos estudos de inversão, é importante distinguir entre modelagem (problema direto) e<br />

inversão propriamente dita (ou problema inverso). Meju (1994) apresenta as descrições<br />

abaixo para cada um desses procedimentos.<br />

Modelagem – Conhecidas algumas informações sobre os valores de conjuntos de<br />

parâmetros para um modelo de Terra (numero de camadas, suas resistividades e espessuras),<br />

uma relação teórica (modelo matemático) é usada para derivar os valores de algumas<br />

medidas quantitativas (resistividade aparente e fase).<br />

Inversão - Conhecidas algumas informações dos valores de algumas medidas<br />

quantitativas (medidas experimentais de campo: resistividade aparente e fase), emprega-se<br />

uma relação teórica para derivar os valores do conjunto de parâmetros que explicam ou<br />

reproduzem as observações de campo.<br />

7.1- Inversão 2D.<br />

A inversão 2D dos dados MT para estimar a estrutura geoelétrica ao longo dos perfis<br />

medidos foi realizada utilizando o programa de inversão 2D de Mackie et al. (1997).<br />

Este programa aplica a inversão dos dados magnetotelúricos através de simulação do<br />

problema direto utilizando as equações para o caso 2D. A solução para o problema inverso é<br />

um modelo m que minimiza a função S sendo dado por:<br />

T −1<br />

( d − F(<br />

m)<br />

) R ( d − F(<br />

m)<br />

+ )<br />

S dd<br />

( m)<br />

=<br />

τ L(<br />

m − m , eq-7.1<br />

em que:<br />

0)<br />

d = Vetor dos dados observados.<br />

F = Operador de modelagem “forward”.<br />

m = Modelo de vetor não conhecido.<br />

Rdd = Matriz de erro covariante<br />

L = Um operador linear.<br />

= modelo a priori.<br />

m0<br />

2<br />

76


τ = parâmetro de regularização.<br />

O programa usa um operador laplaciano:<br />

∫<br />

2<br />

L ( m − m ) = ( Δ(<br />

m(<br />

x)<br />

− m ( x)))<br />

dx.<br />

, eq-7.2<br />

0<br />

0<br />

em que m( x)<br />

= log ρ(<br />

x)<br />

, sendo x a posição e ρ a resistividade.<br />

8.1):<br />

Dois algoritmos são disponíveis para minimização numérica da função S (equação<br />

1. Inversão Gauss- Newton de matriz (GN-1).<br />

2. Gradiente conjugado não linear (NLCG).<br />

, m ,..., pela solução:<br />

O algoritmo Gauss-Newton gera uma seqüência de modelos m0 1<br />

T −1<br />

T<br />

1<br />

( Aj<br />

Rdd<br />

Aj<br />

L L)(<br />

m j 1 − m j ) = − g j<br />

na qual<br />

+ +<br />

τ , eq-7.3<br />

2<br />

Aj = derivada de Frechet de F calculada em mj<br />

gj = gradiente de S calculado em mj<br />

T −1<br />

T<br />

= 2A j Rdd<br />

( F(<br />

m j ) − d)<br />

+ 2τL<br />

L(<br />

m j − m0<br />

).<br />

Este algoritmo é uma aproximação convencional usada em problemas inversos na<br />

geofísica. Para grandes modelos e grandes conjuntos de dados, os tempos computacionais e a<br />

memória requerida podem inibir o uso deste algoritmo.<br />

O Gradiente conjugado não linear (NLCG) adapta diretamente para minimização de S<br />

(equação 7.1). A seqüência de modelo é dada por<br />

m α , eq-7.4<br />

j+<br />

1 = m j + j+<br />

1h<br />

j+<br />

1<br />

em que h é uma dada direção de busca.<br />

j+<br />

1<br />

Para execução do programa é necessário o estabelecimento de alguns parâmetros para<br />

inversão. Estes parâmetros estão descritos abaixo:<br />

1. τ é um parâmetro de regularização que controla o compromisso entre ajuste aos<br />

dados e aderência do modelo. Valores grandes provocam modelos suaves acarretando<br />

um pior ajuste aos dados. Valores entre 3 e 300 são típicos para inversão MT.<br />

2. Fator damping é um fator que é usado para amortecer o algoritmo de inversão Gauss-<br />

Newton no inicio do estágio não linear da inversão. Ele é reduzido quando o<br />

77


problema torna-se mais linear, e não é usado no algoritmo do gradiente conjugado não<br />

linear.<br />

3. Noise floor é o ruído de fundo para os dados. Valores percentuais maiores do que 1<br />

são recomendáveis.<br />

7.2- Resultado da inversão 2D.<br />

No emprego do código de Mackie et al. (1997) para a inversão 2D dos dados MT dos três<br />

perfis da bacia do Parnaíba, os seguintes passos foram considerados:<br />

(i) adotou-se o meio – espaco de resistividade 100 Ω.m. como modelo inicial;<br />

(ii) o valor escolhido para τ foi 3, valor este obtido após uma serie de tentativas entre<br />

os limites de 3 e 300 sugeridos pelos autores;<br />

(iii) o ruido de fundo admitido variou entre 2 e 5 %;<br />

(iv) o número de iterações variou entre 50 a 100 para os três perfis, considerando os<br />

sucessivos ajustes do modelo inicial.<br />

(v) inverteu-se os modos TE e TM simultaneamente.<br />

De um modo geral, a inversão 2D mostrou-se satisfatória na definição das estruturas<br />

da bacia. O ajuste da inversão 2D apresentou erros médios quadráticos (Ψ 2 ) de 0,312, 0,408<br />

e 0,218 para os perfis Monsenhor Hipólito, Jaicós e Itainópolis, respectivamente. As curvas<br />

MT observadas e calculadas são apresentadas no anexo B e sob a forma de pseudoseções nas<br />

Figuras 7.5 a 7.7. As seções de resistividade dos perfis nas Figuras 7.2 a 7.4.<br />

Antes da discussão dos resultados das inversões é oportuno discutir alguns aspectos<br />

associados com a variabilidade dos valores da resistividade elétrica para as várias litologias,<br />

em especial os sedimentos. A tabela de Keller (1982) (Figura 7.1) mostra que os valores<br />

acima de 1000 Ω.m de resistividade são para rochas cristalinas não intemperizadas,<br />

conglomerado, etc. Observa-se nesta tabela uma superposição dos valores de resistividade<br />

dos sedimentos e camadas de rochas intemperizadas. Blaricom (1988) e Griffiths & King<br />

(1972) apresentam tabelas de variação de resistividades das rochas, nas quais o arenito pode<br />

alcançar resistividades um pouco acima de 1000 Ω.m, embora a maior concentração das<br />

medidas encontra-se entre 100 e 1000 Ω.m.<br />

A melhor maneira para a definição é vincular os resultados da inversão com valores de<br />

resistividade medidos em poços na região de estudo. Lima (2000), numa investigação da<br />

borda sudeste da bacia do Parnaíba, atribui valores acima de 250 Ω.m para rochas do<br />

78


embasamento. Numa investigação da borda sudeste, próximo à região em estudo, Metelo<br />

(1999) coloca o embasamento em torno de 600 Ω.m. O Observatório Nacional, utilizando<br />

informações geológicas de poços junto com medidas de resistividades, mostra que o<br />

embasamento deve ter resistividades próximas de 200 Ω.m . Este valor de resistividade foi<br />

adotado no trabalho de investigação magnetotelúrica por Meju et al. (1999), para separar<br />

sedimentos e embasamento nos quais foram feitas modelagens com informações de perfis de<br />

poços. As diferenças nos valores adotados nestes trabalhos, devem estar relacionadas com<br />

diferenças nas características litológicas das unidades envolvidas. As grandes variações das<br />

resistividades atribuídas para as rochas nas tabelas deve-se à sua dependência à um grande<br />

numero de fatores, tais como:<br />

• temperatura<br />

• conteúdo de água<br />

• condutividade da água<br />

• tamanho do grão<br />

• porosidade<br />

• metamorfismo<br />

Figura 7.1- Tabela de resistividade para rochas segundo Keller (1982). Traduzida por Dias, G.<br />

N. A. (2001).<br />

79


Seções de resistividade para os perfis com marcações a 300 Ω.m, 600 Ω.m e 1000<br />

Ω.m são apresentadas no anexo C. Nestas seções observa-se que o limite de 300 Ω.m para<br />

separar embasamento e sedimentos promove o desaparecimento geoelétrico da bacia em<br />

regiões dos perfis Itainópolis e Jaicós<br />

A seguir é apresentada seções geoeletricas para os perfil, adotando como base o limite<br />

de resistividade superior de 1000 Ω.m para arenitos, conforme a tabela de resistividade de<br />

Keller (1982). Foi realizado está escolha devido a falta de controle de poços na região de<br />

estudo (como medidas geofísicas de resistividade) .<br />

Nas seções geoelétrica este limite superior de 1000 Ω.m, não separa embasamento e<br />

bacia totalmente, devido a sobreposição dos valores de resistividade entre sedimentos e rochas<br />

do embasamento alterado. Em cada perfil é indicado: a localização (aproximada) do contato<br />

embasamento/ bacia em superfície e o provável limite geoelétrico entre sedimento e<br />

embasamento (amarrados a vínculos geológicos).<br />

Nas seções geolétricas aparecem feições do tipo graben e horst que são visualizados,<br />

entretanto sua caracterização foi omitida, devido ao espaçamento entre as estações não<br />

permite diagnosticar estas feições.<br />

• Perfil Itainópolis.<br />

Na seção de resistividade do perfil Itainópolis o contato bacia/embasamento é próximo<br />

a estação 8 (observações de campo) (Fig. 7.2), o embasamento apresenta profundidades<br />

máxima em torno de 1100 a 1800 m, adotando o limite superior para arenitos da tabela de<br />

resistividade de Keller (1982).<br />

Adotado um limite de resistividade vinculado a geologia de subsuperficie para o perfil<br />

teriamos o limite de 450 Ω.m, com as profundidades variando em torno de 400 a 1300 m.<br />

Quanto à variação de resistividade, observa-se um aumento da resistividade com a<br />

profundidade. Este aumento deve estar relacionado com a diminuição da quantidade de água<br />

provocado pela pressão ou à presença de baixa porosidade relacionada à possíveis sedimentos<br />

grosseiros mal selecionados.<br />

Inspeções em afloramentos neste perfil indicaram a presença freqüente de camadas<br />

areníticas com leitos conglomeráticos, também é observado a presença de matriz argilosa e<br />

solos siltíticos à argilosos. Os sedimentos próximos às estações mais resistivas são arenitos à<br />

conglomeráticos, com níveis de conglomerado dispostos em camadas métricas. O<br />

embasamento na estação 9 e composto por gnaisse esporadicamente migmatítico com<br />

intrusões de granitos félsicos à rochas de composição mais máfica. A estação 10 encontra-se<br />

num corpo granitico. No anexo D encontram-se algumas fotos de afloramentos deste perfil.<br />

80


Figura 7.2- Seção de resistividade do perfil Itainópolis.<br />

• Perfil Jaicós.<br />

No perfil Jaicós (Fig. 7.3) o contato entre a bacia e o embasamento está entre as<br />

estações 7 e 8, bem próximo à estação 8. A profundidade do embasamento variam em torno<br />

de 100 a 800 m, adotando o limite superior para arenitos da tabela de resistividade de Keller<br />

(1982).<br />

Como no perfil Itainapólis o limite de resistividade vinculado a geologia de<br />

subsuperficie seria de 450 Ω.m para o perfil, com as profundidades variando entre 100 a 600<br />

m.<br />

81


Figura 7.3- Seção de resistividade do perfil Jaicós .<br />

• Perfil Monsenhor Hipólito<br />

No perfil Monsenhor Hipólito (Fig. 7.4) o contato geológico entre os sedimentos da<br />

bacia e seu embasamento está entre as estações 7 e 8. A seção de resistividade mostra que o<br />

embasamento está em torno de 500 a 700 m, adotando o limite superior para arenitos da tabela<br />

de resistividade de Keller (1982).<br />

Adotado um limite de resistividade vinculado a geologia de subsuperficie, o limite<br />

geoeletrico seria de 300 Ω.m para o perfil, com as profundidades variando ao longo do perfil<br />

em torno de 600 m. As estações 5 e 2 apresentam camadas condutivas provavelmente devido<br />

a presença de fácies pelíticas da Formação Jaicós. Uma outra explicação estaria na presença<br />

de água com grande quantidade de sais nestas camadas.<br />

82


Figura 7.4- Seção de resistividade do perfil Monsenhor Hipólito.<br />

• Correlação de informações de poços e as seções de resistividade.<br />

A Figura 3.6 (Capitulo 3) mostra a litologia atingida nos poços cadastrados pela<br />

<strong>CPRM</strong>. Três poços próximos ao perfil Jaicós alcançam o embasamento cristalino. Na inversão<br />

não foi usado a profundidade dos poços como vinculo. Em dois poços próximos as estações 4<br />

e 5 (onde ocorrem as menores profundidades no modelo geoelétrico) a profundidade do<br />

embasamento atinge em torno de 60 m. O terceiro poço próximo a estação 3 atinge a<br />

profundidade de 147 m, enquanto o modelo geoelétrico adotado (Figura 7.3) indica<br />

profundidades superiores. Este fato sugere que o limite superior de resistividade dos<br />

sedimentos para este perfil esteja em torno de 300 a 450 Ω.m. Esta possivel faixa de limite<br />

geoeletrico para separar sedimentos e embasamento estão de acordo com o limite geoeletrico,<br />

que separa aproximadamente bacia de embasamento em subsuperficie, considerando os três<br />

perfis.<br />

83


.<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Pseudoseções de resistividade e fase observadas e calculadas.<br />

Perfil Itainópolis<br />

Log (resistividade observada do modo TE)<br />

Log (resistividade observada do modo TM)<br />

1 2 3<br />

Estação<br />

4 5 6 7 8 9 10 1 2 3<br />

Estação<br />

4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

0 10 20<br />

Distancia<br />

30 40<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase observada do modo TE<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

2<br />

1<br />

0<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase observada do modo TM<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

0 10 20<br />

Distancia<br />

30 440<br />

0<br />

Log (resistividade calculada do modo TE)<br />

Log (resistividade calculada do modo TM)<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

Fase calculada do modo TE<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

0 10 20<br />

Distancia<br />

30 40<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase calculada do modo TM<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

-1<br />

0 10 20 Distancia<br />

30 40<br />

Figura 7.5- Pseudo-seções de resistividade e fase calculadas e observadas para o modo TE e<br />

TM, perfil Itainópolis .<br />

84


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

2<br />

0<br />

Pseudoseções de resistividade e fase observadas e calculadas.<br />

Perfil Jaicós.<br />

Log (resistividade observada do modo TE)<br />

Log (resistividade observada do modo TM)<br />

1 2 3 4<br />

Estação<br />

5 6 7 8 9 1 2 3 4<br />

Estação<br />

5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

Fase observada do modo TE<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10 Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

0 5 10 Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase observada do modo TM<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

Log (resistividade calculada do modo TE)<br />

Log (resistividade calculada do modo TE)<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

Fase calculada do modo TE<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10 Distancia<br />

15 20<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

2<br />

0<br />

Fase calculada do modo TM<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-2<br />

0 5 10<br />

Distancia<br />

15 20<br />

Figura 7.6- Pseudoseções de resistividade e fase calculadas e observadas para o modo TE e<br />

TM, perfil Jaicós.<br />

85


Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Pseudoseções de resistividade e fase observadas e calculadas.<br />

Perfil Monsenhor Hipólito.<br />

Log (resistividade observada do modo TE)<br />

Log (resistividade observada do modo TM)<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30 40 50<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Distancia<br />

Fase observadado modo TE<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 30<br />

Distancia<br />

40 50<br />

2<br />

1<br />

0<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase observadado modo TM<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30<br />

Distancia<br />

40 50<br />

Log (resistividade calculada do modo TE)<br />

Log (resistividade calculada do modo TM)<br />

Estação<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

Fase calculada modo TE<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

4.2<br />

4<br />

3.8<br />

3.6<br />

3.4<br />

3.2<br />

3<br />

2.8<br />

2.6<br />

2.4<br />

2.2<br />

2<br />

1.8<br />

1.6<br />

1.4<br />

1.2<br />

1<br />

0.8<br />

0.6<br />

0.4<br />

0.2<br />

0<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Log (frequencia)<br />

Log (frequencia)<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

0 10 20 30<br />

Distancia<br />

40 50<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Fase calculada modo TM<br />

Estação<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

-1<br />

0 10 20 30 Distancia<br />

40 50<br />

Figura 7.7- Pseudoseções de resistividade e fase calculadas e observadas para o modo TE e<br />

TM, perfil Monsenhor Hipólito.<br />

86


8- Conclusões.<br />

Uma porção da borda leste da bacia do Parnaíba foi estudada empregando os métodos<br />

geofísicos magnetotelúrico (MT) e eletromagnético transiente (TEM), ao longo dos perfis<br />

Monsenhor Hipólito, Jaicós e Itainópolis (Fig. 2.3). Foi realizado um total de 28 sondagens MT-<br />

TEM nos 3 perfis, nas faixas de freqüência 0,07-0,008 Hz a 334 Hz (dado MT), 33 Hz a 100000<br />

Hz (dado TEM) e espaçamento médio de 5 Km entre as sondagens. Os dados MT foram<br />

processados utilizando o procedimento robusto proposto por Egbert & Eisel (2000). O strike<br />

geológico foi estimado empregando-se a decomposição do tensor de impedância proposta por<br />

Groom & Bailey (1989). Os dados TEM foram utilizados na correção estática presente nas curvas<br />

MT, conforme inicialmente proposto por Sternberg et al. (1988). As seções geoelétricas<br />

(resistividade x profundidade) para os 3 perfis foram obtidas com o algoritmo de inversão 2D<br />

descrito em Mackie et al. (1997). Os ajustes dos modelos de resistividades nos perfis foi de uma<br />

forma geral bom a razoável, tendo sido obtido para o Ψ 2 (erro médio quadrático) os valores<br />

0,312, 0,408 e 0,218 para os perfis Monsenhor Hipólito, Jaicós e Itainópolis, respectivamente.<br />

O limite para valores máximos para a resistividade elétrica dos sedimentos obtidos<br />

através de vínculos geológicos de poço e de geologia de subsperficie foi da ordem de 300 a 450<br />

Ω.m para os arenítos da região de estudo. Estes valores são mais altos que os adotados em<br />

estudos anteriores na bacia (Meju et. al., 1999;; Lima, 2000), mas variações apreciáveis podem<br />

ser esperadas em função dos vários fatores que contribuem para a resistividade elétrica do meio,<br />

conforme discutido no capitulo 7. A informação de um poço do cadastro da <strong>CPRM</strong> (Figura 3.6,<br />

capitulo 3) indica para o perfil Jaicós um limite superior de resistividade para os sedimentos<br />

entre 300 e 450 Ω.m.<br />

As seções de resistividade dos perfis mostraram um aumento da resistividade com a<br />

profundidade, com valores variando desde alguns Ω.m (possivelmente associados aos folhelhos<br />

da formação Pimenteiras ou argilas das fácies pelíticas da Formação Jaicos), até valores<br />

próximos de 450 Ω.m, devido possivelmente à presença de sedimentos mais grosseiros, por<br />

exemplo arenítos conglomeráticos da formação Ipu, unidade basal do Grupo Serra Grande.<br />

Valores superiores a 450 Ω.m. são creditados ao embasamento cristalino.<br />

A seção de resistividade do perfil Itainópolis (Fig. 7.2) mostrou profundidades do<br />

embasamento variando de 400 a 1300 m. Camadas mais condutivas são vistas na seção de<br />

resistividade próxima à borda da bacia.<br />

87


A seção de resistividade do perfil Jaicós (Fig. 7.3) mostra profundidades do embasamento<br />

variando de 100 a 600 m. Camadas mais condutivas também são observadas na seção de<br />

resistividade próxima a borda da bacia.<br />

A seção de resistividade do perfil Monsenhor Hipólito (Fig. 7.4) mostra profundidades do<br />

embasamento variando em torno de 600 m.<br />

Nas seções apresentadas, notam-se profundidades máximas para o embasamento da<br />

ordem de 600 m para os perfis Monsenhor Hipólito e Jaicós e profundidade máxima da ordem de<br />

1300 m para o perfil Itainópolis. Este fato sugere uma região da borda da bacia com maior<br />

profundidade do embasamento em direção ao sul da bacia. Este resultado é corroborado pelos<br />

estudos geofísicos empregando o método MT apresentado por Metelo (1999), que estudando a<br />

borda sudeste da bacia, obteve valores máximos da ordem de 3000 m para a profundidade do<br />

embasamento nas regiões de São Raimundo Nonato e São João do Piauí.<br />

A presença de camadas condutivas, próximo à borda nos perfis pode estar indicando<br />

camadas mais argilosas como as fácies pelíticas da Formação Jaicós ou mesmo grande<br />

quantidade de sais presente nas águas subterrâneas destas camadas. Esta ultima hipótese é<br />

entretanto pouco provável, pois não se tem registro de ocorrências de aqüíferos regionais salobros<br />

no interior da bacia.<br />

O aqüífero mais explotável na bacia do Parnaíba, na área de estudo, é o do Grupo Serra<br />

Grande. Os poços com as maiores vazões estão localizados longe da borda na região dos<br />

folhelhos da Formação Pimenteiras, captando água de aqüíferos do tipo confinado a semiconfinados.<br />

Os dois últimos fatos relatados mostram claramente o efeito das camadas selantes<br />

dos folhelhos (Formação Pimenteiras) no tipo de aqüífero e conseqüentemente maior vazão.<br />

Nas seções geolétricas aparecem feições do tipo graben e horst que são visualizados,<br />

entretanto sua caracterização foi omitida, devido ao espaçamento entre as estações não permite<br />

diagnosticar estas feições. Para o mapeamento de detalhe de tais estruturais o espaçamento entre<br />

as estações teria que ser da ordem da profundidade da estrutura a ser detalhada.<br />

No cadastro de poços de água subterrânea da <strong>CPRM</strong> encontra-se na região poços que em<br />

sua maioria têm profundidades inferiores a 300 m, com alguns poços alcançando entre 450 m a<br />

650 m e não atingindo o embasamento.<br />

As seções de resistividades revelaram profundidades do embasamento máximas nos perfis<br />

entre 600 e 1300 m, conseqüentemente há uma indicação de aqüíferos mais profundos os quais<br />

podem ser explotados. Logo é indicado para área dos perfis a explotação de aqüíferos profundos,<br />

88


cornforme indicado pelas seções geoeletricas (com o limite embasamento/bacia entre 300 a 450<br />

Ω.m de resistividade).<br />

Os trabalhos magnetotelúricos forneceram informações valiosas para a bacia, indicando<br />

áreas com maiores probabilidades de sucesso na explotação de águas subterrâneas, contribuindo<br />

de forma relevante para futuros trabalhos hidrogeológicos. Qualquer programa de perfuração de<br />

poços na região estudada dever ser precedido de um estudo geofísico de detalhe, tendo em vista o<br />

caráter regional dos resultados apresentados neste estudo.<br />

89


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97


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98


Anexo A<br />

Comparação entre os métodos de processamentos robusto e mínimos quadrados no<br />

perfil Jaicós.<br />

99


Log (resistividade aparente (ohm.m))<br />

100000<br />

FASE XY<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

Estação jc01- resistividade aparente- PXY<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc01- fase- PH XY<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc01- resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jco1- fase - PH YX<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-1 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 1).<br />

Fase yx<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

100


Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

FASE XY<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

Estação jc02- resistividade aparente- PXY<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc02- fase- PH XY<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

Fase yx<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc02- resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc02- fase - PH YX<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-2 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 2).<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

101


Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

FASE XY<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc03- resistividade aparente- PXY<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc03- fase- PH XY<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase yx<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

Estação jc03- resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc03- fase - PH YX<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-3 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 3).<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

102


Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

FASE XY<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

Estação jc04- resistividade aparente- PXY<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc04- fase- PH XY<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

Fase yx<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc04- resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

0<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc04- fase - PH YX<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-4 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 4).<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

103


Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

FASE XY<br />

100000<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

1<br />

Estação jc05- resistividade aparente- PXY<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

0<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc05- fase- PH XY<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

Fase yx<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc05 resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc05- fase - PH YX<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-5 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 5).<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

104


Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

FASE XY<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Estação jc06- resistividade aparente- PXY<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc06- fase- PH XY<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase yx<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc06- resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc06- fase - PH YX<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-6 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 6).<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

105


Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

FASE XY<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc07- resistividade aparente- PXY<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc07- fase- PH XY<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

Fase yx<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc07- resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc07- fase - PH YX<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-7 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 7).<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

106


Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

FASE XY<br />

100000<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Estação jc08- resistividade aparente- PXY<br />

MQ<br />

R<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

120<br />

105<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

-90<br />

-105<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc08- fase- PH XY<br />

-120<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

Fase yx<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

120<br />

105<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

-90<br />

-105<br />

Estação jc08- resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc08- fase - PH YX<br />

-120<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-8 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 8).<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

107


Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

FASE XY<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc09- resistividade aparente- PXY<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc09- fase- PH XY<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

P<br />

Log (resistividade aparente (ohm m))<br />

100000<br />

Fase yx<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

90<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

-15<br />

-30<br />

-45<br />

-60<br />

-75<br />

Estação jc09- resistividade aparente- PYX<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Estação jc09- fase - PH YX<br />

-90<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100<br />

Log (periodo (s))<br />

Figura A-9 – Comparação entre processamento robusto (R) e mínimos quadrados (MQ), perfil Jaicós (estação 9).<br />

MQ<br />

R<br />

MQ<br />

R<br />

108


Anexo B<br />

Ajuste das inversões 2D para os perfis.<br />

109


Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação IP01<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP06<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação IP02<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP07<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Estação IP03<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP08<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Figura B-1 – Ajuste da inversão 2D para o modo TM do perfil Itainópolis.<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

Log(periodo (s))<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

Fase<br />

10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação IP04<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP09<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

Fase<br />

Estação IP05<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP10<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

110


Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

Fase<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação IP01<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP06<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação IP02<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP07<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

100000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação IP03<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP08<br />

Observado<br />

Calculado<br />

Observado<br />

Calculado<br />

Figura B-2 – Ajuste da inversão 2D para o modo TE do perfil Itainópolis.<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

Fase<br />

10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação IP04<br />

Observado<br />

Calculado<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP09<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

Fase<br />

Estação IP05<br />

Observado<br />

Calculado<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação IP10<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

111


Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação JC01<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação JC06<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação JC02<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação JC07<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Figura B-3 – Ajuste da inversão 2D para o modo TM do perfil Jaicós.<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

100000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

Estação JC03<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação JC08<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

Fase<br />

10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação JC04<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação JC09<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação JC05<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

112


Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação JC01<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação JC06<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação JC02<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação JC07<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

100000<br />

Figura B-4 – Ajuste da inversão 2D para o modo TE do perfil Jaicós.<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

Estação JC03<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação JC08<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

Fase<br />

10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação JC04<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação JC09<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (s))<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação JC05<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10 100 1000<br />

Log(periodo (S))<br />

113


Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH01<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação MH06<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

100000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH02<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação MH07<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

100000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

Estação MH03<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação MH08<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Figura B-5 – Ajuste da inversão 2D para o modo TM do perfil Monsenhor Hipólito.<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

Fase<br />

10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação MH04<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação MH09<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH05<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

114


Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH01<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação MH06<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Estação MH02<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação MH07<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

100000<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

Estação MH03<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação MH08<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Figura B-6 – Ajuste da inversão 2D para o modo TE do perfil Monsenhor Hipólito.<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

1000<br />

100<br />

Fase<br />

10<br />

100000<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Estação MH04<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Estação MH09<br />

10<br />

Observado<br />

Calculado<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

Log(resistividade (ohm.m))<br />

100000 Observado<br />

Calculado<br />

10000<br />

Fase<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Estação MH05<br />

Log(periodo (s))<br />

Observado<br />

Calculado<br />

0<br />

-10<br />

1E-3 0.01 0.1 1 10<br />

Log(periodo (S))<br />

115


Anexo C<br />

Seções geoelétricas, com limites de separação entre o embasamento e os<br />

sedimentos da bacia do Parnaíba, propostos em investigações anteriores.<br />

116


C-1- Seção de resistividades do perfil Itainópolis, mostrando os limites aproximados para separar as rochas sedimentares do embasamento: 1000<br />

Ω.m (usado no presente trabalho), 600 Ω.m e 300 Ω.m (usados em trabalhos anteriores na bacia do Parnaíba realizados pelo Observatório<br />

Nacional e a Universidade Leicester da Inglaterra).<br />

117


C-2- Seção de resistividades do perfil Jaicós, mostrando os limites aproximados para separar as rochas sedimentares do embasamento: 1000 Ω.m<br />

(usado no presente trabalho), 600 Ω.m e 300 Ω.m (usados em trabalhos anteriores na bacia do Parnaíba realizados pelo Observatório Nacional e a<br />

Universidade Leicester da Inglaterra).<br />

118


C-3- Seção de resistividades do perfil Monsenhor Hipólito, mostrando os limites aproximados para separar as rochas sedimentares do<br />

embasamento: 1000 Ω.m (usado no presente trabalho), 600 Ω.m e 300 Ω.m (usados em trabalhos anteriores na bacia do Parnaíba realizados pelo<br />

Observatório Nacional e a Universidade Leicester da Inglaterra).<br />

119


Anexo D<br />

Fotos de Afloramentos<br />

120


D-1-Foto de afloramento, composto por intercalação de camadas areníticas e comglomeráticas.<br />

D-2- Foto de afloramento, composto por camadas sedimentares estação IP08. Atrás do morro,<br />

encontra-se um vale, onde visualiza-se o contato da bacia com o embasamento, para o perfil<br />

Itainópolis.<br />

121


D-3- Foto de afloramento, composto por leucognaisse intercalado com biotita xisto bem alterado<br />

apresentando intrusões félsicas á mais máfica de bolsões, diques e sills. Próximo a estação IP09,<br />

perfil Itainópolis.<br />

122

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