73-84 - Universidade de Coimbra
73-84 - Universidade de Coimbra
73-84 - Universidade de Coimbra
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
fPSS<br />
ASSINEM!...<br />
A maior publicação <strong>de</strong> turismo<br />
{ A s a i r b r e v e m e n t e )<br />
ftfjfld fla Mi terras <strong>de</strong> Portugal».<br />
800 páginas profusamente ilustradas.<br />
Pedidos <strong>de</strong> assinatura á Redacção e Ad. Travessa do Arco (a Jusus). 1 c|c, Lisboa.<br />
Aniversários<br />
Fase»» mos. ho|e:<br />
VJO".. Autora Correia FCTTSO<br />
Dt. Atítonio Maria ds Sousa Basteio:<br />
;• : ,.<br />
Pónljel Pedroso Baptiste.<br />
A wfljdiMft *<br />
S. Irtbtíl Ja Conceição, Teles<br />
, Maria dá Conceiçào Ribeiro<br />
Ae Mour* Marquea<br />
Dr. L#ií dos. Santos Viegas<br />
Jofio Rinha da Silva<br />
Ç), AWo^iO Ânhme», Biapp Au?»*<br />
Bar. '<br />
Partida» e chegadas<br />
SegressÇu <strong>de</strong> Oliveira do Hospital.<br />
& Glirtía BrandSo.<br />
; P E R f U M E S<br />
Qs JstelHorís" perfumes dos Parfuoieutadoty<br />
avarento,<br />
o actor Ribeiro, e os outros<br />
papeis principais Hermínia.<br />
Queiroz e Augusto.<br />
Mais tar<strong>de</strong> foi o papel <strong>de</strong><br />
Gaspar feito por José Ricardo,<br />
que o criou por modo diferente<br />
<strong>de</strong> Ribeiro, mas ambos<br />
com muita arte.<br />
A primeira ópera cómica<br />
representada em Lisboa foi a<br />
Grã Duquesa òe Gerolstein<br />
a que seguiram O B/rba Azul<br />
Noite e Dia, Mascote. G >ta<br />
Borralheira. Giroflé Giroflá,<br />
Bocácio, etc.<br />
Nenhuma conquistou tao<br />
merecido agrado como Os<br />
Sinos óe Corneuille, que o<br />
publico <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> p <strong>de</strong>rá<br />
ver lá para Janeiro.<br />
Armando t e Vasconcelos,<br />
vem marcar a peça, encarregando-se<br />
dos ensaios o sr.<br />
dr. Matos Chaves e da direcção<br />
da musica, o sr. dr. José<br />
Rodrigus <strong>de</strong> Oliveira, que é<br />
o elemento principal para pôr<br />
tudo isto em acção.<br />
Na peça entram novos e<br />
magníficos elementos, que por<br />
enquanto não revelaremos.<br />
E como estamos falando<br />
<strong>de</strong> teatro, não <strong>de</strong>ijci <strong>de</strong> sei<br />
curioso saber que Ausenda <strong>de</strong><br />
Oliveira, viveu em <strong>Coimbra</strong><br />
durante muito tempo com seu<br />
pai e uma irmã; que Jesuina<br />
Chabi também aqui residiu e<br />
aqui criou vocação para o<br />
teatro, e que Alice Pancada<br />
é nossa patrícia ou filha <strong>de</strong><br />
uma nossa conterranea.<br />
Se tudo isto é verda<strong>de</strong>iro<br />
<strong>Coimbra</strong> não é r«Trataiia á arte<br />
dramatica, porque aqui se ciaram<br />
também para o teatro.<br />
Ferieira da Silva. Cistiano<br />
<strong>de</strong> Sousel, Portugal. A<strong>de</strong>lino<br />
Veiga, Santos Melo e outros.<br />
CONTINUAM a afluir<br />
á riossa redacção<br />
queijía contra a mortanda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pombas que se vem realizando<br />
nesta cida<strong>de</strong>, num acto<br />
<strong>de</strong> pura selvajaria.<br />
Ainda ontem no Lug r<br />
Ni-vo, foram mortas duas.<br />
Já chamamos a atenção <strong>de</strong><br />
quem <strong>de</strong> direito para este assunto,<br />
esperando que a policia<br />
proceda no sentido <strong>de</strong> reprimir<br />
semelhantes práticas, impróprias<br />
duma cida<strong>de</strong> civilizada.<br />
Estamos certos <strong>de</strong> que o<br />
capitão sr. José Augusto da<br />
Criíz, digno <strong>de</strong> comissário <strong>de</strong><br />
policia que. por muitas vezes,<br />
tem atendido as nossas reclamações,<br />
tome sob a sua alçada<br />
o reprimir estes abusos,<br />
perseguindo e castigando os<br />
prever cadores.<br />
Se ha actos em que se<br />
po<strong>de</strong> ser indulgente, ha-os em<br />
que se não o po<strong>de</strong> ser. E=te<br />
é um <strong>de</strong>les.<br />
Esperamos, também, da<br />
própria dignida<strong>de</strong> da gente<br />
que se tem <strong>de</strong>dicado a semelhante<br />
mortanda<strong>de</strong>, que cesse<br />
estes repug ntes a i ntados.<br />
0 Professor Alfred leanroy<br />
em <strong>Coimbra</strong><br />
Encontra-se entre<br />
nós o ilustre Professor<br />
da Sorbonne, Monsieur Alfred<br />
Jeanroy. urna autorida<strong>de</strong><br />
em lirguas romanicas, autor<br />
<strong>de</strong> varias obras sobre a filologia<br />
romanica e sobre a literatura<br />
francesa da Ida<strong>de</strong> Media.<br />
Veio a <strong>Coimbra</strong> com o<br />
fim <strong>de</strong> realizar na Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Letras <strong>de</strong>sta <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
uma série <strong>de</strong> quinze lições ou<br />
conferencias sobre a filologia<br />
romanica.<br />
O Professor sr. Alfred<br />
Jeanroy foi Wca, sendolhe<br />
encontrada a quantia <strong>de</strong><br />
1 826$30.<br />
A<br />
MENTOSt<br />
'««'^WOO^WOOOOAJOOOOOAOOO»<br />
ELO falecimento, em<br />
Baião, <strong>de</strong> sua extremosa<br />
mãe, está <strong>de</strong> luto o nosso<br />
respeitável amigo sr. dr.<br />
Eduardo Miranda <strong>de</strong> Vasconcelos,<br />
ilustre conservador do<br />
Registo Ci»'!l <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, a<br />
quem enviamos as nossas<br />
sentidas condolências.<br />
LO TE RIA<br />
NOVEMBRO 498:61<br />
Pedidos «<br />
Julif òa Clunha Pinto Filho 1<br />
AVENIDA NAVARRO ;<br />
LISBOA, diverte-se;<br />
PORTO, trabalha;<br />
COIMBRA, estuda;<br />
BRAGA, reza.<br />
QUÊ<br />
Ensaio geosocioiôgico<br />
TEEM foros <strong>de</strong> elemento<br />
folh lorico os ver<br />
bos que é uso colacarem-se<br />
á frente daquelas quatro principais<br />
cida<strong>de</strong>s portuguesas,<br />
qualificando, por eles. as activida<strong>de</strong>s<br />
diferentes, que nela*<br />
pre<strong>de</strong>minam, formando um<br />
verda<strong>de</strong>iro prolóquio.<br />
E, porque não ha nas outras<br />
?<br />
As condições sociais <strong>de</strong><br />
Portugal, dão-nos este p/iís<br />
como estruturalmente tigií<br />
cola, e, se pu<strong>de</strong>r romper a secular<br />
e tradicional rotina da<br />
nossa lavoura, como país <strong>de</strong><br />
possibilida<strong>de</strong>s industriais.<br />
Assim, os nossas províncias,<br />
o Minho, a Beira, o Alemtejo,<br />
etc., aparecem-nos como<br />
unida<strong>de</strong>s agrícolas, vinícolas,<br />
florestais, cerealíferas.<br />
E\ geralmente na periferia<br />
das regiões naturais que se<br />
encontram as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s;<br />
porque o comercio que é o<br />
seu principal factor no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sociftl se realisa<br />
por contacto entre regiões visinhas<br />
e contíguas (1).<br />
Portanto temos <strong>de</strong> classificar<br />
as cida<strong>de</strong>s — e como cida<strong>de</strong>s<br />
consi<strong>de</strong>ro algumas vilas<br />
importantes: Barcelos,<br />
Olhão. etc. — em cida<strong>de</strong>s marítimas<br />
e <strong>de</strong> interior, e estas<br />
em cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fronteiras naturais<br />
e cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interior,<br />
propriamente ditas.<br />
As cida<strong>de</strong>s marítimas são<br />
cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comercio, e ten<strong>de</strong>m<br />
a <strong>de</strong>senvolver-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que sirvem uma boa região,<br />
com quem comuniquem por<br />
rápidos e comodos meios <strong>de</strong><br />
transporte, e possuam bons<br />
portos, com mercados permanentes,<br />
para importação e exportação<br />
(2).<br />
Bem entendido que é prejudicial<br />
multiplicar portos ao<br />
iongo das costas marítimas:<br />
poucos, com funções regionais,<br />
são bastantes, e nao uma concorrência<br />
<strong>de</strong>snecessária que<br />
só prejudica,<br />
Assim, em Portugal, ha os<br />
portos <strong>de</strong> Lisboa, Porto, Setúbal<br />
e Lagos, já tipos regionais<br />
<strong>de</strong>finidos, e estando ein<br />
vias <strong>de</strong> formação Viana do<br />
Castelo — <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se lhe<br />
construa o caminho <strong>de</strong> feiro<br />
<strong>de</strong> Vale do Lima. Figueira<br />
da Foz, seria, por direito proprio,<br />
o porto regional do Centro<br />
<strong>de</strong> Portugal; mas nas<br />
actuais condições <strong>de</strong> circunstancia,<br />
Aveiro, com Homem<br />
Cristo a dirigir-lhe a Junta da<br />
Ria, talvez lhe leve a palma.<br />
Fão, Caminha, Esposen<strong>de</strong>,<br />
Povoa, Vila do Con<strong>de</strong>, Espinho,<br />
Nazaré, Faro, etc., são<br />
portos secundários, sem gran<strong>de</strong><br />
predomínio nern papel importante,<br />
que uma cabotagem<br />
servirá.<br />
As cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interior, são<br />
empónos comerciais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que sejam cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fronteiras<br />
naturais, e, consequentemente,<br />
chaves <strong>de</strong> regiões.<br />
Aquelas que teem a sorte<br />
<strong>de</strong> se encontrarem situadas<br />
no entroncamento <strong>de</strong> caminhos<br />
<strong>de</strong> ferro,..no cruzamento<br />
<strong>de</strong> estradas, ou na confluência<br />
<strong>de</strong> rios, ten<strong>de</strong>m a tomar<br />
um incremento notável, em<br />
virtu<strong>de</strong> dos benefícios <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />
ecouomica que lhes trazem<br />
as vias <strong>de</strong> comunicação.<br />
Assim, Famalicão é. já<br />
hoje, um centro industrial, <strong>de</strong><br />
relativo valor, e Ermezin<strong>de</strong><br />
tem já, bastante comercio;<br />
Santa Comba Dão está em<br />
progressivo <strong>de</strong>senvolvimento;<br />
a Régua é já notável centro<br />
vinicola, etc.<br />
Não quero citar a importancia<br />
das cida<strong>de</strong>s testa-<strong>de</strong>vias<br />
<strong>de</strong> comunicação, como a<br />
Figueira, Aveito, Porto. Lisboa,<br />
Lagos ou Vila Real <strong>de</strong><br />
Santo Antonio, e que, exactamente,<br />
teem excelentes condições<br />
<strong>de</strong> se tornarem importantes<br />
(as que ainda o não<br />
são) dada a paragem que se<br />
estabelece na circulação, que<br />
gera, sempre, um embrião <strong>de</strong><br />
cida<strong>de</strong> (3).<br />
As cida<strong>de</strong>s são tanto mais<br />
importantes, quanto maior for<br />
o seu raio <strong>de</strong> acção; e esíe<br />
raio <strong>de</strong> acção, graças aos<br />
meios <strong>de</strong> transporte e comunicação,<br />
leva-as a uma concentração<br />
que lhes aumenta,<br />
constantemente, a importancia.<br />
Em todas as reg ões ha.<br />
sempre, uma cida<strong>de</strong> impoitari-<br />
I<br />
te, — a capital económica —<br />
centro do comércio, das industrias<br />
e da finança, que são<br />
o sangue do.s povos.<br />
O fenomeno da concentração<br />
maiufesta-se. geograficamente.<br />
ainda sob outra forma:<br />
permitindo a coexistência <strong>de</strong><br />
várias cida<strong>de</strong>s, sem se prejudicarem,<br />
graças á especialização<br />
do trabalho e da activida<strong>de</strong>,<br />
e da sua vid<br />
podia <strong>de</strong>ixo <strong>de</strong>, batn publicamente.<br />
vir testemunhar o meu<br />
reconhecimento e gratidão ao<br />
distinto clinico que me tratou,<br />
s o sr. dr. Luís <strong>de</strong> Morais. Zv<br />
] mi th. que fai para mim duma<br />
inexcedivel <strong>de</strong>dicação, e hera<br />
assim aos enfermeiros da<br />
« sala scetica » srs. Joaquim<br />
Correjeira Abegão e José Domingos<br />
que me trataram lambem<br />
com um carinho e <strong>de</strong>svelo,<br />
que muito n.e sensibilizaram.<br />
Ao ilustre clinico e <strong>de</strong>dicados<br />
enfermeiros eu rendo,<br />
pois os protestos da minha<br />
muita gratidão.<br />
<strong>Coimbra</strong>, 9 <strong>de</strong> Novembro<br />
<strong>de</strong> 1927, Aleyanòre Roóriguês<br />
óu Stlva, encarregado<br />
da Secção Policial do Comissariado<br />
<strong>de</strong> Policia..<br />
Terreiro do Erva, 3H.°<br />
Recebem-se comensais a<br />
t preços rjió licos e servem se<br />
ceias. Límpesa e higiene.