câmara municipal de flores da cunha – rs - Câmara de Vereadores ...
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CÂMARA MUNICIPAL DE FLORES DA CUNHA <strong>–</strong> RS<br />
pela caneta e pelo diapasão; a minha mãe sempre solícita em preparar minhas roupas para ir ao<br />
colégio; meus irmãos me aceitaram como regente ao capinarmos <strong>de</strong>baixo dos parreirais; e a<br />
nossa Emilia Facci, a nossa nona me ensinou muitos cantos <strong>da</strong> imigração. (Senhor Félix Slaviero<br />
canta novamente). “Ciareto su quel monte/ dove che leva ‘l sol...” Outra, “In mezzo el mare,<br />
rataplan/ c’è um bastimento, rataplan/ que senza vento/ non può marciar, rataplan...” Quantas<br />
canções, né, Leonora, <strong>de</strong> Veneza. Isto, então, na infância. Como é que eu construí a minha<br />
caminha<strong>da</strong> musical: na adolescência, em Porto Alegre, o Irmão Aluisius, que acabava <strong>de</strong> vir <strong>da</strong><br />
Alemanha, na época <strong>da</strong> guerra conseguiu fugir, me ensinou a tocar violino, canto gregoriano e<br />
me preparou para participar <strong>da</strong> opereta “Cantando no Palco”. (Senhor Félix Slaviero canta uma<br />
estrofe <strong>da</strong> opereta). “Lança tua re<strong>de</strong> ao mar, oh pescador...” Então, já na minha adolescência me<br />
colocaram no palco cantando junto com esses cantores lá <strong>de</strong> Porto Alegre. Na juventu<strong>de</strong>, nos<br />
Estados Unidos, o Irmão Adriano me aceitou como violinista na orquestra unive<strong>rs</strong>itária e me<br />
abriu as portas dos teatros <strong>de</strong> Nova York para assistir gran<strong>de</strong>s concertos, inclusive regidos pelo<br />
Maestro Toscanini. Na quarta etapa, na vi<strong>da</strong> adulta, retornando a Porto Alegre, concorri ao<br />
Registro <strong>de</strong> Músico no MEC para, <strong>de</strong>pois, lecionar canto fônico. Recordo alunos <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 50<br />
e 60, que hoje são compositores, um <strong>de</strong>les é o Senhor Fogaça, Prefeito <strong>de</strong> Porto Alegre, que ele<br />
compôs aquela canção sobre Porto Alegre. Participei <strong>de</strong> cu<strong>rs</strong>o <strong>de</strong> aperfeiçoamento com os<br />
Maestros Koëllreütter e Pablo Komloss, na unive<strong>rs</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Bahia. No Rosário, foi me <strong>da</strong>do a<br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> organizar e ensinar a ban<strong>da</strong> marcial, a Ban<strong>da</strong> Marcial Rosariense e o seu<br />
coral, e o Irmão Getúlio era o meu chefe <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> e ele, <strong>de</strong>pois, me levou para Vacaria. Em<br />
Lajeado, o Senhor Elmuth Tomas me incumbiu a dirigir o Coral Santa Cecília, até a minha i<strong>da</strong><br />
para a Europa, para estu<strong>da</strong>r em Strasburgo e sociologia em Paris. Em três anos no coração <strong>da</strong> arte<br />
musical assisti Óperas <strong>de</strong> Verdi, Sinfonia <strong>de</strong> Beethoven, em especial Corais <strong>de</strong> Haen<strong>de</strong>l e <strong>de</strong><br />
Vivaldi. Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> constatar o rápido fechamento dos colégios particulares <strong>de</strong><br />
to<strong>da</strong>s as congregações <strong>de</strong> ensino, reorientei a minha vi<strong>da</strong>. Reorientei a minha vi<strong>da</strong> e escolhi,<br />
como local, Flores <strong>da</strong> Cunha, <strong>da</strong> serra gaúcha. E, me encontrando com Eloy Kunz, ele me<br />
provocou para dirigir um coral italiano em Flores <strong>da</strong> Cunha. O fato é que, no dia 19 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />
1972, realizamos o primeiro ensaio sob a presidência <strong>da</strong> então jovem Lia Kunz, em 72.<br />
Seguiram-se convites especiais para receber turistas na pousa<strong>da</strong> Galo Vermelho e a Comissão do<br />
Centenário <strong>da</strong> Imigração Italiana, lá <strong>de</strong> Caxias, fez o convite para abrilhantar o <strong>de</strong>sfile <strong>da</strong> rainha<br />
do Centenário, marco <strong>da</strong> consoli<strong>da</strong>ção do Coral Nova Trento. Concomitantemente, meu coração<br />
se entrelaçou com a queri<strong>da</strong> Lia, para constituirmos nosso lar, gerando um casal <strong>de</strong> filhos,<br />
Antonio e Sandra, jovens criativos e <strong>de</strong> um empreen<strong>de</strong>dorismo pe<strong>rs</strong>istente, esta festa é muito <strong>de</strong><br />
vocês. Ain<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> 70, os reitores e pró-reitores, temos presente aqui Alexandre Viacelli e a<br />
Coor<strong>de</strong>nadora <strong>da</strong> 3ª I<strong>da</strong><strong>de</strong>, posteriormente, portanto, a coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> 3ª I<strong>da</strong><strong>de</strong> me aceitaram<br />
para lecionar inglês, sociologia, teoria musical e vem o canto coral. O Coral Nova Trento nunca<br />
interrompeu seus ensaios e apresentações, mesmo na déca<strong>da</strong> <strong>da</strong> minha esta<strong>da</strong> em Vacaria. Hoje,<br />
participam do Coral 20 componentes, distribuídos em quatro vozes: soprano, contralto, tenor e<br />
baixo. Na presidência, além <strong>da</strong> minha esposa Lia, se suce<strong>de</strong>ram o Senhor Carlos Vezzaro, Dona<br />
Zil<strong>da</strong>, Dona Gema, Professora Dolores e o nosso querido Presi<strong>de</strong>nte vitalício, Senhor Severino<br />
Bulla. Foram pessoas especiais que, com muita habili<strong>da</strong><strong>de</strong>, mantiveram a coesão entre os<br />
componentes, alegrando platéias no município <strong>de</strong> Flores <strong>da</strong> Cunha, na serra gaúcha, em Porto<br />
Alegre, no estado, no Brasil, no Recife, Uruguaiana, no exterior, Itália, Argentina e Estados<br />
Unidos, graças a todo esse trabalho que os presi<strong>de</strong>ntes sempre aju<strong>da</strong>ram. Mas não é só <strong>de</strong> canto<br />
que o Coral vive e sobrevive, os prefeitos foram bons samaritanos, sempre foram bons<br />
samaritanos, o prefeito Paviani, o prefeito Bedin, o prefeito Araldi, o prefeito Oliveira,<br />
Cavagnoli e, on<strong>de</strong> eu trabalhei junto como secretário, o prefeito Oliboni, como apoio sempre<br />
eficiente <strong>da</strong> participação do nosso escritor, Senhor Floriano Molon; foram oito anos marcados<br />
pela presença do Coral nos eventos turísticos, especialmente nos “Caminhos <strong>da</strong> Colônia”;<br />
também com o apoio <strong>da</strong> Lei <strong>de</strong> Incentivo à Cultura. “O Peregrino <strong>da</strong> Canção” reconhece a<br />
soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas aqui lembra<strong>da</strong>s e <strong>de</strong> tantas que ficaram no anonimato. A todos <strong>de</strong>claro<br />
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