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Esportes de aventura: lazer e esportização - Pós-Graduação em ...

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Nova Zelândia <strong>em</strong> 1989. (SPINK; ARAGACKI; ALVES, 2004, p.<br />

04).<br />

Particularmente nessas vivências, alguns sentimentos não estão<br />

completamente <strong>de</strong>finidos pelos competidores. As almejadas sensações <strong>de</strong><br />

adrenalina, <strong>de</strong> riscos extr<strong>em</strong>os e radicais parec<strong>em</strong> ter forte relação com a<br />

popularização dos termos, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada, principalmente pela mídia. Outras<br />

sensações como satisfação, relaxamento e b<strong>em</strong> estar parec<strong>em</strong> ser menos<br />

registradas, permitindo crer que, por ser<strong>em</strong> mais comumente manifestadas no<br />

cotidiano, tais sensações são <strong>de</strong>sprezadas nessas competições (MARINHO,<br />

2003).<br />

Para Marinho (2003), o <strong>de</strong>senvolvimento do sujeito parece ter ficado <strong>em</strong><br />

segundo plano já que primeiramente são visualizados o marketing e o<br />

consumo. A autora afirma ainda que o sinal <strong>de</strong> riqueza nos dias atuais está<br />

estampado como sendo do consumo e não a existência do t<strong>em</strong>po livre. Nesse<br />

processo, o marketing rotula a natureza como mito que é tomado pelo mercado<br />

e ilustra a exacerbada estetização do consumo <strong>de</strong> nossos dias. O <strong>lazer</strong>,<br />

portanto torna-se mercadoria.<br />

Percebe-se uma tendência à estetização dos gestos esportivos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

certo refinamento <strong>de</strong> suas exibições, composto numa imag<strong>em</strong> com a natureza<br />

muitas vezes exuberante. Numa espetacularização e <strong>em</strong> meio ao prazer da<br />

prática, outro sentimento se manifesta, ou seja, o prazer <strong>de</strong> ser visto,<br />

sensivelmente notado nos praticantes. Esses esportes procuram por<br />

rendimento e produção <strong>de</strong> performance <strong>em</strong> um novo registro quando<br />

comparados aos esportes mais tradicionais e algumas práticas corporais como,<br />

a ginástica e a musculação. Os esportes tradicionais apresentam-se como uma<br />

ativida<strong>de</strong> que possue um aspecto plástico e coreógrafo os quais buscam<br />

rendimento pelo rendimento. Nos novos esportes (<strong>de</strong> <strong>aventura</strong>), não ocorr<strong>em</strong><br />

treinamentos prévios intensivos, ou seja, a experimentação é direta. Há um<br />

nítido afastamento do rendimento planejado (BRUHNS, 1999).<br />

O autor Jesus (2003) cita uma passag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Augustin (1997-1998) on<strong>de</strong><br />

coloca que a busca pela <strong>aventura</strong> e a realização pessoal superam-se nas<br />

práticas <strong>de</strong> esportes <strong>de</strong> <strong>aventura</strong> e <strong>de</strong>staca a diferença entre os novos esportes<br />

e os esportes tradicionais. A excitação inerente às novas práticas esportivas<br />

necessita <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios, novas situações. O autor ressalta ainda que os esportes<br />

<strong>de</strong> <strong>aventura</strong> tendam a procurar por lugares praticamente intocados: picos

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