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CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DAS TOXINAS EM ...

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Apesar da transcrição dos RNAm ter sido realizada em uma amostragem pequena de<br />

isolados de S. aureus, a relevância da presença dos genes seg, seh, sei e sej, isoladamente e<br />

em associação, foi enfatizada pela possível produção de suas respectivas enterotoxinas.<br />

Omoe et al. (2002) demonstraram que a maior parte dos isolados de S. aureus que<br />

foram responsáveis por surtos de intoxicação alimentar, portadores do gene seh foram capazes<br />

de produzir uma quantidade significante da enterotoxina SEH por imunoensaios. Entretanto,<br />

muitos destes S. aureus portadores também de seg e sei não produziram um nível detectável<br />

de SEG ou SEI in vitro, enquanto que a análise pela RT-PCR mostrou que os RNAm de SEG<br />

e SEI foram transcritos nos isolados de S. aureus portadores dos genes seg e sei.<br />

Portanto, é razoável sugerir que o risco de intoxicação alimentar por S. aureus pode<br />

ser efetivamente avaliado com base na expressão do RNAm correspondente. Assim, pode-se<br />

determinar que os S. aureus positivos pela PCR e RT-PCR examinados neste estudo<br />

expressaram os genes responsáveis pelas enterotoxinas apresentando potencial para causarem<br />

quadros de intoxicação alimentar entre outras doenças.<br />

Conclusões<br />

A presença dos genes seg, seh, sei e sej foi altamente distribuída entre os S. aureus<br />

isolados de leite e queijo de coalho, com predominância da associação seg + sei,<br />

representando um risco potencial para a saúde pública. Deve-se destacar ainda que a presença<br />

do gene seh, com percentual elevado e sua expressão verificada neste estudo é preocupante,<br />

uma vez que já foi verificado que este gene foi capaz de causar surto de intoxicação alimentar.<br />

Além disso, o uso indiscriminado de antibióticos nos municípios analisados agrava o<br />

problema da resistência múltipla adquirida por S. aureus comprometendo a qualidade do leite<br />

e de produtos derivados, contaminados por estes isolados. A existência de um coagulotipo<br />

predominante do gene coa sugere que poucos clones responsáveis pelos casos de mastite<br />

podem estar circulando entre os diferentes municípios de uma região do estado de<br />

Pernambuco<br />

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