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DOM CRIATIVO - PORTUGUÊS

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01 - (IBMEC/2010)<br />

Compare estes períodos:<br />

Nome: ___________________________________________________ Grupo: C<br />

Professor(es): Robson Tavares Data: ___/___/11<br />

I. É consensual que as poucas leis brasileiras sobre<br />

crimes ambientais não funcionam.<br />

II. É consensual que poucas leis brasileiras sobre<br />

crimes ambientais não funcionam.<br />

A alternativa que as analisa corretamente é:<br />

a) A presença do artigo definido, na frase I, permite<br />

inferir que a afirmação contém uma crítica à eficiência<br />

das leis ambientais.<br />

b) Na frase II, a ausência de artigo representa um erro<br />

gramatical, pois pronomes indefinidos exigem<br />

palavras que os determinem.<br />

c) A comparação das frases é um indício de que,<br />

apesar de atuarem como elementos coesivos, os<br />

artigos servem apenas para ligar palavras.<br />

d) O emprego do artigo na frase I representa um elogio<br />

à legislação brasileira que atua no combate<br />

aos crimes ambientais.<br />

e) Com ou sem artigo, as frases revelam que o governo<br />

brasileiro não é capaz de atuar na defesa<br />

do meio ambiente.<br />

02 - (UFTM MG/2011)<br />

Leia a charge.<br />

(Adaptado.)<br />

Nas duas ocorrências, a palavra que poderia ser<br />

substituída por:<br />

a) e, com sentido restritivo.<br />

b) mas, com sentido adversativo.<br />

c) a fim de, com sentido de finalidade.<br />

d) pois, com sentido explicativo.<br />

e) portanto, com sentido conclusivo.<br />

<strong>DOM</strong> <strong>CRIATIVO</strong> - <strong>PORTUGUÊS</strong><br />

03 - (UFJF MG/2003)<br />

"Professora usa blog PARA informar sobre deficiências".<br />

A preposição "PARA" foi empregada com sentido<br />

semelhante ao observado acima, em todas as opções,<br />

EXCETO em:<br />

a) "(...) empresas e instituições estão cada vez mais<br />

ligadas no conceito de acessibilidade, que visa<br />

prover ao deficiente físico meios PARA tomar contato<br />

com documentos e informações."<br />

b) "Existem recursos à disposição na Internet e em<br />

software PARA ajudar nisso."<br />

c) "Desde março, o NCE vem treinando deficientes<br />

físicos PARA inserção no mercado de trabalho<br />

(...)".<br />

d) "(...) e ele fazia a leitura (transcodificação) do que<br />

estava escrito na tela PARA a linguagem auditiva,<br />

de modo que o deficiente visual interagisse com o<br />

computador."<br />

e) "Mas, depois, percebi que o estava direcionando<br />

PARA informar meus leitores, a maioria formada<br />

por pessoas sem qualquer tipo de deficiência<br />

(...)."<br />

04 - (UNIFOR CE/2011)<br />

Língua<br />

Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de<br />

Luís de Camões<br />

Gosto de ser e de estar<br />

E quero me dedicar a criar confusões de prosódia<br />

E uma profusão de paródias<br />

Que encurtem dores<br />

E furtem cores como camaleões<br />

Gosto do Pessoa na pessoa<br />

Da rosa no Rosa<br />

E sei que a poesia está para a prosa<br />

Assim como o amor está para a amizade<br />

E quem há de negar que esta lhe é superior?<br />

E deixe os Portugais morrerem à míngua<br />

“Minha pátria é minha língua”<br />

Fala Mangueira! Fala!<br />

Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em<br />

pó<br />

O que quer<br />

O que pode esta língua?<br />

VELOSO, Caetano. Língua In: Velô. (1984) - LP/CD Philips/Polygram<br />

<strong>DOM</strong> de ensinar, <strong>DOM</strong> de aprender. 1


<strong>DOM</strong> <strong>CRIATIVO</strong> GRUPO C <strong>PORTUGUÊS</strong><br />

Nos versos “E sei que a poesia está para a prosa /<br />

Assim como o amor está para a amizade / E quem<br />

há de negar que esta lhe é superior?”, os pronomes<br />

esta e lhe são elementos de coesão anafóricos<br />

que se referem respectivamente<br />

a) à poesia e à prosa<br />

b) à prosa e à poesia<br />

c) à amizade e à poesia<br />

d) à amizade e ao amor<br />

e) ao amor e à amizade<br />

05 - (IBMEC/2010)<br />

Foi às 23 horas, 56 minutos e 20 segundos (horário<br />

de Brasília) da fria noite de 20 de julho de 1969 que o<br />

homem pisou a Lua pela primeira vez. Há 40 anos,<br />

portanto. E pisou com o pé esquerdo. Não vai aqui<br />

nenhuma superstição, é que de fato foi esse o pé que<br />

o astronauta americano Neil Armstrong conseguiu pôr<br />

em primeiro lugar no poroso e irregular solo lunar,<br />

após descer a escada metálica do módulo (batizado<br />

de Águia) da Apollo 11. Armstrong era um homenzarrão<br />

de quase 100 quilos. Naquele momento, sem a<br />

gravidade da Terra, começou a andar em leves saltos<br />

e experimentou em seu corpo a sensação de pesar<br />

feito uma criança de 15 quilos. Nosso planeta conquistara<br />

a Lua.<br />

A ciência espacial, dali para a frente, nunca mais seria<br />

a mesma – e seu desenvolvimento chegou ao inimaginável.<br />

Na verdade, deve-se à Lua – tal foi a tecnologia<br />

que se teve de criar para alcançá-la – um legado<br />

fantástico não somente nesse setor, mas em diversas<br />

áreas científicas. Também esse é um precioso<br />

ganho da conquista do nosso satélite natural. No que<br />

se relaciona diretamente ao espaço, hoje se sabe,<br />

por exemplo, que existe água em Marte e as sondas<br />

que lá estiveram devem um tributo à quarentona Apollo<br />

11 – e, se lá há água, é bem provável que tenha<br />

havido vida ou, quem sabe, ainda existam formas de<br />

vida bacterianas em condições de sobrevivência em<br />

ambientes extremos.<br />

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2069/artigo1433<br />

72-1.htm<br />

Considere as afirmações:<br />

I. O emprego dos aumentativos “homenzarrão” e<br />

“quarentona”, no contexto em que foram empregados,<br />

apresentam sentido depreciativo.<br />

II. Em “... um legado fantástico não somente nesse<br />

setor, mas em diversas áreas científicas”, a conjunção<br />

“mas” introduz ideia de oposição àquilo<br />

que foi mencionado anteriormente.<br />

III. A anteposição do adjetivo em “... da fria noite de<br />

20 de julho de 1969” revela uma conotação de afetividade,<br />

intensificando a importância da data<br />

histórica.<br />

Está(ão) correta(s):<br />

a) Apenas I e II.<br />

b) Apenas I e III.<br />

c) Apenas II e III.<br />

d) Apenas I.<br />

e) I, II e III.<br />

06 - (IME RJ/2009)<br />

Marque a assertiva INCORRETA.<br />

a) Custas só se usa na linguagem jurídica para designar<br />

despesas feitas no processo. Portanto, não<br />

devemos dizer: “As filhas vivem às custas do pai”.<br />

b) A princípio significa inicialmente, antes de mais<br />

nada: Ex.: A princípio, precisamos resolver as<br />

questões dos jogos olímpicos. Em princípio quer<br />

dizer em tese. Ex.: Em princípio, todos concordaram<br />

com minha proposta.<br />

c) Megafone; porta-voz, amplificador do som nos<br />

aparelhos radiofônicos são sinônimos de autofalante,<br />

e não alto-falante.<br />

d) Alface é substantivo feminino. Então dizemos “a<br />

alface”.<br />

e) A palavra “ancião” tem três plurais: anciãos, anciães,<br />

anciões.<br />

07 - (UFPE/2011)<br />

TURMA DA MÔNICA/Maurício de Souza<br />

A análise da situação comunicativa mostrada na tirinha<br />

nos permite afirmar que:<br />

00. a interação foi bem sucedida, apesar de os interlocutores<br />

utilizarem códigos linguísticos diferentes.<br />

01. a resposta do garoto, no segundo quadrinho, denuncia<br />

que ele não tem acesso ao sentido de alguns<br />

vocábulos especializados.<br />

02. o problema na comunicação foi causado pela falta<br />

de coesão e coerência verificada na pergunta feita.<br />

03. a tirinha exemplifica que a variedade linguística do<br />

garoto não é bem compreendida pelo ‘doutor’.<br />

04. o humor da tirinha é gerado exatamente quando o<br />

leitor percebe a incompatibilidade entre a pergunta<br />

feita e a resposta dada.<br />

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08 - (ESPM SP/2011)<br />

Assinale a opção em que a manchete de jornal não<br />

apresenta duplo sentido.<br />

a) Envergonhado, Papa Bento 16 condena abusos<br />

de crianças nos EUA<br />

b) Golfo do México: barreira nos EUA não contém<br />

óleo que vazou<br />

c) Amiga de Eliza diz que o goleiro Bruno a ameaçou<br />

d) Rodízio completa 15 anos com efeito quase nulo<br />

sobre ar de SP<br />

e) Bolsa paulista tem pior dia em 6 semanas com<br />

pessimismo externo<br />

09 - (ESPM SP/2011)<br />

A famosa frase em inglês da propaganda da NIKE,<br />

num sentido literal, significa “Apenas faça”. Num sentido<br />

mais amplo, significa “Faça sem perguntar o porquê”.<br />

A imagem acima pode ter várias leituras. Assinale<br />

a única descabida:<br />

a) Há um flagrante contraste entre um garoto, imagem<br />

da pobreza (magro, sem camisa e descalço),<br />

e um dos mais famosos ícones de consumo do<br />

mundo capitalista.<br />

b) A imagem do garoto pode lembrar que nem todos<br />

possuem acesso aos bens de consumo da sociedade<br />

capitalista.<br />

c) O comportamento do garoto, poderia ser entendido<br />

como atitude de desprezo, de rebeldia ou de irreverência<br />

para com aquilo que é símbolo de culto<br />

ao esporte ou até de “status” (uso da marca).<br />

d) A propaganda, por intenção irônica, mostra um<br />

garoto cumprindo em atitude aquilo que a frase<br />

ordena em inglês.<br />

e) O cachorro, olhando para a cena, simboliza inequivocamente<br />

a humanidade animalizada, apenas<br />

plateia do conflito pobreza e riqueza.<br />

10 - (UEG GO/2011)<br />

Leia os quadrinhos a seguir.<br />

QUINO, Mafalda 10. São Paulo: Martins Fontes,<br />

2010. p. 20.<br />

Nos quadrinhos acima, destaca-se a seguinte ideia:<br />

a) a constatação de que existem erros de impressão<br />

num conhecido jornal forma o efeito humorístico<br />

da tira.<br />

b) a notícia de jornal é compreendida de forma diferente,<br />

conforme a faixa etária e a perspectiva do<br />

leitor.<br />

c) a formatação diferenciada do jornal, no terceiro<br />

quadrinho, enfatiza a falta de objetividade da notícia.<br />

d) a semelhança entre a perspectiva do adulto e a<br />

das crianças fica evidente no quarto quadrinho.<br />

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11 - (UEG GO/2011)<br />

Observe a imagem ao lado e responda.<br />

AL-CHAER. S. d. Disponível em: .<br />

Acesso em: 29 ago. 2010.<br />

O poema visual instaura um jogo entre a linguagem<br />

verbal e a linguagem visual com o intuito de<br />

a) repetir as sequências formais.<br />

b) limitar as possibilidades lúdicas.<br />

c) negar os preceitos de vanguarda.<br />

d) ampliar as possibilidades de leitura.<br />

12 - (UEG GO/2011)<br />

Analise a imagem de Borges e o fragmento, extraído<br />

de Morte e vida severina, de João Cabral de Melo<br />

Neto.<br />

CATÁLOGO DA MOSTRA DE REDESCOBRIMENTO<br />

–<br />

Arte Popular. Anos Artes Visuais do Brasil. Fundação Bienal<br />

de São Paulo.<br />

Xilogravura de J. Borges. O Presépio. São Paulo, 2000. p.<br />

219.<br />

COMEÇAM A CHEGAR PESSOAS TRAZENDO<br />

PRESENTES PARA O RECÉM-NASCIDO<br />

– Minha pobreza tal é<br />

que não trago presente grande:<br />

trago para a mãe caranguejos<br />

pescados por esses mangues;<br />

mamando leite de lama<br />

conservará nosso sangue.<br />

– Minha pobreza tal é<br />

que coisa não posso ofertar:<br />

somente o leite que tenho<br />

para meu filho amamentar;<br />

aqui são todos irmãos,<br />

de leite, de lama, de ar.<br />

– Minha pobreza tal é<br />

que não tenho presente melhor:<br />

trago papel de jornal<br />

para lhe servir de cobertor;<br />

cobrindo-se assim de letras<br />

vai um dia ser doutor.<br />

[...]<br />

NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina e outros poemas<br />

em voz alta.<br />

Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 105-106.<br />

A gravura e o texto se aproximam ao<br />

a) repetir incessantemente o espírito natalino, concretizado<br />

pela falta de esperança na vida dos retirantes.<br />

b) realizarem uma releitura do nascimento de Jesus<br />

e da história bíblica, com base na realidade nordestina.<br />

c) representar o presépio para negar as mensagens<br />

cristãs, que não resolvem a situação de miséria<br />

dos retirantes.<br />

d) descrever a paisagem física e humana de forma<br />

fantasiosa, fugindo dos verdadeiros dramas e<br />

conflitos dos nordestinos.<br />

TEXTO<br />

1<br />

“Ainda madrugada. Nenhuma luz na serraria. Tudo<br />

coberto pela bruma.<br />

Procópio estacionou o caminhão junto às pilhas de<br />

tábuas e buzinou. Os homens começaram a sair dos<br />

ranchos, estremunhados, alguns sungando as calças.<br />

Salustiano, o encarregado dos depósitos, também<br />

veio, sorridente, cumprimentando o 5 amigo.<br />

[...]<br />

Procópio deu partida ao motor. Acenou para o amigo<br />

e meteu-se na estrada, disposto a enfrentar a jornada<br />

longa. Alguém, por certo, estava lucrando com a sua<br />

trabalheira. Ele é que não era, porém. Nem tampouco<br />

o Salustiano, simples empregado. Talvez nem o gerente,<br />

um 10 mandado sem voz ativa. Mas alguém estava<br />

enricando com a exploração do pinho. Apesar da<br />

crise, alguém estava tendo os seus lucros. Bem podia<br />

ser que a baixa [no preço da madeira] tivesse sido<br />

provocada... Ele é que não entendia do assunto. Só<br />

sabia dizer que as coisas estavam péssimas, numa<br />

situação quase insustentável. O frete da madeira não<br />

dava mais nada.”<br />

(SASSI, Guido Wilmar. Amigo velho. Porto Alegre: Movimento,<br />

Brasília: INL, 1982, p. 19-20.)<br />

13 - (UDESC SC/2006)<br />

Assinale a alternativa INCORRETA.<br />

a) A palavra onde refere-se a lugar. Assim, são inaceitáveis<br />

construções como: “Sinto-me feliz onde<br />

fui aprovado(a) no vestibular”.<br />

b) “Não dá pra se preocupar com a aparência quando<br />

você precisa de muita força.” (Propaganda de<br />

carro) - Cabe uma vírgula depois de aparência,<br />

separando a oração subordinada adverbial temporal.<br />

Além disso, há incoerência no emprego do<br />

símbolo de indeterminação do sujeito - se - e no<br />

emprego do pronome você, uma vez que se referem<br />

ao mesmo interlocutor.<br />

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<strong>DOM</strong> <strong>CRIATIVO</strong> GRUPO C <strong>PORTUGUÊS</strong><br />

c) “Colocarei agora a vocês a questão que nos diz<br />

respeito.” - Há erro no emprego do verbo, pois<br />

questões não são colocadas, mas apresentadas,<br />

expostas.<br />

d) “O preço da gasolina está mais caro, a partir de<br />

segunda-feira.” - Essa manchete de um jornal diário<br />

está incorreta, porque preço nunca pode ser<br />

caro / barato, porém alto / baixo.<br />

e) É indiferente escrever Televisão a / em cores, Entrega<br />

a / em casa e Sentar-se à / na mesa; nesses<br />

pares, a mudança de preposição não representa<br />

alteração de sentido das expressões.<br />

TEXTO<br />

“(...) Há dois assuntos preliminares que precisamos<br />

resolver de início para que possamos nos dedicar ao<br />

que importa. O primeiro deles é a presença. Todos<br />

vocês já têm 100% de presença. E o segundo são as<br />

provas e as notas. Resolvidas essas questões irrelevantes<br />

que perturbam o prazer de aprender, podemos<br />

agora nos dedicar ao que interessa: literatura...”<br />

(...)<br />

(Rubem Alves. Revista Educação. São Paulo: Segmento,<br />

Ano 9, nº 107. 2006, p. 66.)<br />

14 - (UEPB/2006)<br />

Nas expressões “o primeiro deles é...” e “E o segundo<br />

são...”, os termos em destaque funcionam como:<br />

a) marcas lingüísticas que introduzem uma alternativa.<br />

b) conectores que unem idéias opostas.<br />

c) elementos coesivos que se opõem a uma idéia<br />

anteriormente expressa.<br />

d) indicadores de ordem e colaboram para a progressividade<br />

do texto.<br />

e) termos conclusivos que colaboram para o fechamento<br />

do texto.<br />

15 - (PUC SP/2007)<br />

A segunda oração que compõe a referida peça publicitária<br />

contém a expressão “pratos elaborados bilhões<br />

e bilhões de vezes”. Em recente declaração à<br />

Revista Veja a respeito de seu filho, o presidente Luís<br />

Inácio Lula da Silva fez a seguinte afirmação (Revista<br />

Veja Edição 1979 - 25 out. 2006).<br />

"Deve haver um milhão de pais reclamando: por que<br />

meu filho não é o Ronaldinho? Porque não pode todo<br />

mundo ser o Ronaldinho.<br />

A respeito das expressões destacadas em negrito<br />

nos trechos acima, é lingüisticamente adequado afirmar<br />

que:<br />

a) apenas em “bilhões e bilhões”, em que bilhões é<br />

essencialmente advérbio, existe uma indicação<br />

precisa de quantidade.<br />

b) apenas em “um milhão”, em que é milhão essencialmente<br />

adjetivo, existe uma indicação precisa<br />

de quantidade.<br />

c) em ambas as expressões, que são conjunções<br />

coordenativas aditivas, existe uma indicação precisa<br />

de quantidade.<br />

d) em ambas as expressões, que são essencialmente<br />

numerais, existe um uso figurado que expressa<br />

exagero intencional.<br />

e) apenas em “bilhões e bilhões”, em que bilhões é<br />

essencialmente pronome, existe um uso figurado<br />

que expressa exagero intencional.<br />

TEXTO<br />

Texto 1<br />

GRUNHIDO ELETRÔNICO<br />

L. F. Veríssimo<br />

Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas<br />

que se conhecem pela Internet e acabam casando<br />

ou vivendo juntas – uma semana depois. As conversas<br />

por computador são, necessariamente, sucintas e<br />

práticas e não permitem namoros longos, ou qualquer<br />

tipo de aproximação por etapas.<br />

As pessoas dizem que houve uma revolução sexual.<br />

O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução.<br />

No tempo das cavernas o macho abordava a<br />

fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama,<br />

ou para o mato. Com o tempo desenvolveu-se a corte,<br />

a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação<br />

que chegou a exageros de regras e restrições e<br />

depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos,<br />

hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechouse<br />

o ciclo.<br />

Talvez toda a comunicação futura seja por computador.<br />

Até dentro de casa. Será como se os nossos<br />

namorados de quermesse levassem os alto-falantes<br />

para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher,<br />

em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada<br />

um no seu terminal. E quando sentirem falta da palavra<br />

falada e do calor da voz, quando decidirem que<br />

só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se<br />

comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará<br />

seu celular.<br />

Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do<br />

futuro em que viveremos todos no ciberespaço. Só<br />

nossos corpos ficarão na terra porque alguém tem<br />

que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da<br />

luz.<br />

16 - (IBMEC/2008)<br />

O plural dos substantivos compostos cujos elementos<br />

são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas<br />

e discussões. No terceiro parágrafo do texto, aparece<br />

o composto alto-falantes, no plural. Qual das<br />

alternativas abaixo contém substantivos compostos<br />

com plurais incorretos?<br />

a) abaixo-assinados, bate-bocas, sempre-vivas<br />

b) beija-flores, pés-de-moleques, mulas-semcabeças<br />

c) salários-familia, bananas-maça, tique-taques<br />

d) reco-recos, bóias-frias, guardas-civis<br />

e) pães-de-ló, pingue-pongues, grão-duques<br />

<strong>DOM</strong> de ensinar, <strong>DOM</strong> de aprender. 5


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TEXTO<br />

(O Estado de S.Paulo, 01.05.2003. Adaptado.)<br />

17 - (UNIFESP SP/2008)<br />

Em — E correr uns bons 20 km! — o termo uns assume<br />

valor de:<br />

a) posse.<br />

b) exatidão.<br />

c) definição.<br />

d) especificação.<br />

e) aproximação.<br />

TEXTO<br />

1 Estava hospedado havia dois dias em casa do Campos;<br />

esse tempo levara ele a entregar cartas e encomendas.<br />

À noite, fatigado e entorpecido pelo calor,<br />

mal tinha ânimo para dar uma vista de olhos pelas<br />

ruas da cidade.<br />

Entretanto, a vida externa o atraía de um modo desabrido;<br />

estalava por cair no meio desse formigueiro,<br />

desse bulício vertiginoso, cuja vibração lhe chegava<br />

aos ouvidos como os ecos longínquos de uma saturnal.<br />

Queria ver de perto o que vinha a ser 5 essa<br />

grande Corte, de que tanto lhe falavam; ouvia contar<br />

maravilhas a respeito das cortesãs cínicas e formosas,<br />

ceias pela madrugada, passeios pelo Jardim Botânico,<br />

em carros descobertos, o champanha ao lado,<br />

o cocheiro bêbado; e tudo isso o atraía em silêncio, e<br />

tudo isso o fascinava, o visgava com o domínio secreto<br />

de um vício antigo.<br />

Mas por onde havia de principiar?...Não tinha relações,<br />

não tinha amigos que o encaminhassem!...Além<br />

disso, o Campos estava sempre a lhe<br />

moer o juízo com as matrículas, com a entrada na<br />

academia, com um inferno de obrigações a cumprir,<br />

cada 10 qual mais pesada, mais antipática, mais insuportável!<br />

_ Olhe, seu Amâncio, que o tempo não espicha – encolhe!<br />

...É bom ir cuidando disso! – repetia-lhe o negociante,<br />

fazendo ar sério e compenetrado. – Veja<br />

agora se vai perder o ano! Veja se quer arranjar por<br />

aí um par de botas!...<br />

Amâncio fingia-se logo muito preocupado com os estudos<br />

e falava calorosamente na matrícula.<br />

_ Mexa-se então, homem de Deus! – bradava o outro.<br />

– Os dias estão correndo!...<br />

15 O medo às matemáticas levara-o a desistir da Marinha<br />

e agarrar-se à Medicina, como quem se agarra a<br />

uma tábua de salvação: pois o Direito, se bem que,<br />

para ele, fosse de todas as formaturas a mais risonha,<br />

não lhe servia igualmente, visto que Amâncio<br />

não estava disposto a deixar a Corte e ir ser estudante<br />

na província.<br />

A Medicina, contudo, longe de seduzi-lo, causava-lhe<br />

um tédio atroz. Seu temperamento aventuroso e frívolo<br />

não se conciliava com as frias verdades da cirurgia<br />

e com as pacientes investigações terapêuticas.<br />

Pressentia claramente que nunca daria 20 um bom<br />

médico, que jamais teria amor à sua profissão.<br />

Esteve a desistir logo nos primeiros dias de aula: o<br />

cheiro nauseabundo do anfiteatro da escola, o aspecto<br />

nojento dos cadáveres, as maçantes lições de<br />

Química, Física e Botânica... tudo isso o fazia vacilar.<br />

E Amâncio continuava a ler a estranha tecnologia da<br />

ciência, e repetir maquinalmente, de cor, os caracteres<br />

distintivos das vértebras, ou a cismar abstrato nas<br />

propriedades do cloro e do bromo, sem todavia conseguir<br />

que patavina daquilo lhe ficasse na 25 cabeça.<br />

(...)<br />

_ Não haver uma academia de Direito no Rio de Janeiro!<br />

– lamentava ele, bocejando... (...)<br />

Ah! O direito, o direito é que, incontestavelmente, devia<br />

ser a sua carreira. Preferia-o por achá-lo menos<br />

áspero, mais tangível, mais dócil, que outra qualquer<br />

matéria. E esse mesmo ...Valha-me Deus! tinha ainda<br />

contra si o diabo do latim, que era bastante para o<br />

tornar difícil.<br />

(AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão, p.53-54,<br />

adaptadas)<br />

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18 - (UFCG PB/2007)<br />

Em relação a vozes, interjeição e textualidade, julgue<br />

verdadeira (V) ou falsa (F) as afirmações abaixo.<br />

I. O último parágrafo constitui um exemplo de discurso<br />

indireto livre, que demonstra a voz não<br />

marcada de Amâncio no discurso do narrador, indicando<br />

o conflito do personagem.<br />

II. As interjeições reproduzem momentos em que<br />

uma posição pessoal é manifestada e caracterizam<br />

um gênero textual mais espontâneo.<br />

III. Para enfatizar a temática do texto, fatores de textualidade,<br />

como intencionalidade e aceitabilidade,<br />

centrados no leitor, são predominantes.<br />

A seqüência correta é:<br />

a) VFV<br />

b) VVF<br />

c) FVF<br />

d) FVV<br />

e) VFF<br />

TEXTO<br />

O amor<br />

13 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos<br />

anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que<br />

soa ou como o sino que tine.<br />

2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse<br />

todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse<br />

toda a fé de maneira tal que transportasse os<br />

montes, e não tivesse amor, nada seria.<br />

3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para<br />

sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu<br />

corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada<br />

disso me aproveitaria.<br />

4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso;<br />

o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.<br />

5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses,<br />

não se irrita, não suspeita mal;<br />

6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;<br />

7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.<br />

8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão<br />

aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência,<br />

desaparecerá;<br />

9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profeti-<br />

zamos:<br />

10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é<br />

em parte será aniquilado.<br />

11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia<br />

como menino, discorria como menino, mas, logo que<br />

cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.<br />

12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas<br />

então veremos face a face; agora conheço em parte,<br />

mas então conhecerei como também sou conhecido.<br />

13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o<br />

amor, estes três, mas o maior destes é o amor.<br />

Legião Urbana - Monte Castelo<br />

Ainda que eu falasse a língua dos homens.<br />

E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.<br />

É só o amor, é só o amor.<br />

Que conhece o que é verdade.<br />

O amor é bom, não quer o mal.<br />

Não sente inveja ou se envaidece.<br />

O amor é o fogo que arde sem se ver.<br />

É ferida que dói e não se sente.<br />

É um contentamento descontente.<br />

É dor que desatina sem doer.<br />

Ainda que eu falasse a língua dos homens.<br />

E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.<br />

É um não querer mais que bem querer.<br />

É solitário andar por entre a gente.<br />

É um não contentar-se de contente.<br />

É cuidar que se ganha em se perder.<br />

É um estar-se preso por vontade.<br />

É servir a quem vence, o vencedor;<br />

É um ter com quem nos mata a lealdade.<br />

Tão contrário a si é o mesmo amor.<br />

19 - (UFMA/2008)<br />

Considere as proposições abaixo, do ponto de vista<br />

morfossintático, e assinale a alternativa correta:<br />

I. “É um contentamento descontente.”<br />

II. “É um não querer mais que bem querer.”<br />

III. “É um não contentar–se de contente.”<br />

IV. “É um estar-se preso por vontade.”<br />

V. “É um ter com quem nos mata a lealdade.”<br />

a) Em todas as proposições, o artigo indefinido é seguido<br />

por um verbo.<br />

b) Somente na proposição I, o substantivo é precedido<br />

por um artigo indefinido.<br />

c) Nas proposições II, III, IV e V, os verbos são precedidos<br />

por um artigo indefinido.<br />

d) Apenas nas proposições II e III, o artigo indefinido<br />

é seguido por um verbo.<br />

e) Em todas as proposições, o artigo indefinido é<br />

posposto por um substantivo.<br />

TEXTO<br />

Doença do nosso tempo<br />

Mariana Sgarioni<br />

01 Você deve estar pensando: gente teimosa e turrona<br />

existe desde que o 02 mundo é mundo. Por que só agora<br />

se percebeu que isso é um transtorno de<br />

03 personalidade que deve ser tratado? Porque a vida<br />

nunca foi tão difícil para os 04 perfeccionistas.<br />

05 Até poucas décadas atrás, o ritmo mais lento da vida<br />

– e do trabalho – dava 06 espaço a que o sujeito<br />

cabeça-dura se ocupasse com suas obsessões e<br />

fosse 07 especialista nelas. Um afinador de pianos podia<br />

demorar semanas para devolver o 08 instrumento<br />

ao cliente, pois seu trabalho dependia somente de talento,<br />

aptidão e 09 treinamento. Mas as coisas mudaram:<br />

surgiram artefatos eletrônicos que, se não<br />

10 substituem perfeitamente o trabalho de um ouvido<br />

absoluto, tornam o serviço bem 11 mais rápido e com<br />

um resultado aceitável para a maioria dos mortais.<br />

Pior para os 12 afinadores perfeccionistas, inventaram<br />

pianos eletrônicos que nunca precisam ser<br />

13 afinados.<br />

<strong>DOM</strong> de ensinar, <strong>DOM</strong> de aprender. 7


<strong>DOM</strong> <strong>CRIATIVO</strong> GRUPO C <strong>PORTUGUÊS</strong><br />

14 Em resumo: a pessoa precisa saber se adaptar,<br />

coisa dificílima para um 15 perfeccionista. “Vivemos<br />

numa era em que as vidas social, profissional e afetiva<br />

16 exigem flexibilidade”, afirma Geraldo Possendoro.<br />

“Quem não é flexível fica para 17 trás e sofre de<br />

ansiedade.”<br />

18 Além disso, a era da informação rápida e fácil –<br />

mas nem sempre confiável 19 – é o inferno dos perfeccionistas<br />

porque os obriga a elevar os próprios padrões<br />

de 20 exigência. Até meados da década de<br />

1990, um jornalista que quisesse escrever 21 sobre afinação<br />

de pianos precisaria se desdobrar para achar<br />

fontes especializadas 22 de informação. Qualquer besteira<br />

escrita passaria em branco para a maioria dos<br />

23 leitores – só os perfeccionistas teriam disposição<br />

para correr atrás dessas fontes. 24 Hoje, qualquer tipo<br />

de informação – de afinação de pianos a disfunções<br />

intestinais 25 do bagre africano – estão disponíveis na<br />

internet para o jornalista, seu chefe e 26 todos os leitores<br />

(ai, Jesus!).<br />

27 Mais fácil que mudar esse mundo é tentar amolecer<br />

a cabeça dura dos 28 perfeccionistas. Mas como? A<br />

psicóloga americana Alice Provost propôs um<br />

29 exercício para o grupo que estudou na universidade<br />

– uma série de regras que 30 tinham por objetivo livrar<br />

essas pessoas de suas próprias regras mentais. Elas<br />

eram 31 mais ou menos assim: termine o expediente<br />

na hora certa; não chegue ao trabalho 32 antes da hora<br />

estabelecida; faça todas as pausas a que tem direito;<br />

deixe a mesa 33 bagunçada; determine um número<br />

de tentativas para concluir o trabalho e, em<br />

34 seguida, entregue o que tiver. “Parecem coisas banais,<br />

porque aquilo que alguns 35 deles consideram<br />

fracasso é algo para o que a maioria das pessoas<br />

não dá a 36 mínima importância”, diz. Depois pergunte:<br />

você foi castigado? A universidade 37 deixou de funcionar?<br />

Você está mais feliz? Segundo a professora,<br />

os cobaias 38 perceberam que se preocupavam demais<br />

com bobagens. “Todos ficaram surpresos<br />

39 porque tudo continuava funcionando”.<br />

In: Superinteressante, março de 2008, p. 69.<br />

20 - (UFOP MG/2008)<br />

A expressão “(ai, Jesus!)” (linha 26) é:<br />

a) Locução adverbial de afirmação.<br />

b) Locução conjuntiva explicativa.<br />

c) Locução denotativa de afirmação.<br />

d) Locução interjetiva de espanto.<br />

<strong>DOM</strong> de ensinar, <strong>DOM</strong> de aprender. 8

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