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entrevistas: funeratus s16 marcio baraldi colunas: metal ... - Rock Post

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ANO 01 - Nº 05<br />

ENTREVISTA COM MARCELO MOREIRA<br />

BATERISTA DO ALMAH E ...<br />

COLUNAS:<br />

METAL É A LEI<br />

ROCK DA GEMA<br />

MUNDO ROCK DE CALCINHA<br />

ACOMPANHE O <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> NA ESTRADA<br />

ENTREVISTAS:<br />

FUNERATUS<br />

S16<br />

MARCIO BARALDI<br />

TRADUÇÃO<br />

E MUITO MAIS...


Caros leitores,<br />

Mais uma edição lançada e novas parcerias nascendo. Este mês estamos realmente muito<br />

felizes de ter firmado mais uma parceria bem produtiva para ambas as partes, Gisele Santos com seu<br />

Mundo <strong>Rock</strong> de Calcinha, vai sacudir os leitores com temas polêmicos e fazer muita gente entender<br />

que mulher também pode ser roqueira. A <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> coloca abaixo os preconceitos e pretende fazer<br />

muito pelo rock e <strong>metal</strong> no Brasil. Agradeço a todo o pessoal que tem depositado a confiança em<br />

nosso trabalho, em especial agradeço Lula Mendonça responsável pela Coluna Metal é a Lei, Renata<br />

Brant responsável pela Coluna <strong>Rock</strong> da Gema e Gisele Santos que acaba de entrar para nosso time.<br />

Agradeço também a equipe interna e aos nossos fiéis leitores.<br />

Fernanda Duarte<br />

Editora Chefe<br />

Editora-Chefe Redação Artes Gráficas Rel. Internacionais<br />

e Tradução<br />

Colaboradores<br />

Fernanda Duarte Gabriel Gardini Douglas Santos Rafael Alonso Lino Chiozzini Neto<br />

Douglas Santos Lula Mendonça<br />

Renata Brant<br />

Gisele Santos<br />

03 – Metal é a Lei - Por Lula Mendonça<br />

06 – Biografia: Rush<br />

13 – Tradução: AC/DC<br />

14 – <strong>Rock</strong> da Gema - Por Renata Brant<br />

18 – Entrevista: Marcio Baraldi<br />

22 – Entrevista: Funeratus<br />

26 – Mundo <strong>Rock</strong> de Calcinha - Por Gisele Santos<br />

30 – Entrevista: S16<br />

32 – <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> Na Estrada: 1º Fest Metal<br />

39 - Entrevista Marcelo Moreira - Burning Hell<br />

41 – News<br />

42 - Releases<br />

47 - Candidatas Musa do <strong>Rock</strong>


EYES OF GAYA ANUNCIA HUMBERTO SOBRINHO COMO<br />

CONVIDADO DE SEU PRIMEIRO EP.<br />

Os paulistas do Eyes of Gaya, Mário Kohn(vocal), Flavio Sallin(teclados),<br />

Rodolfo Liberato(baixo), Pedro Migliacci(guitarra) e Rodrigo<br />

Savietto(bateria), anunciaram a participação do novo vocalista do Hangar,<br />

Humberto Sobrinho, no primeiro EP da banda. Sobrinho divide os vocais<br />

da música “Hope” com o vocalista Mario Kohn. Com passagens pelas<br />

melhores casas de rock/heavy <strong>metal</strong> de São Paulo e shows no interior do<br />

estado, a banda vem crescendo e ganhando o reconhecimento desejado.<br />

A primeira música de trabalho da banda, Final Tears, tem sido elogiada<br />

pelo público. Agora estão terminando o primeiro trabalho, intitulado "Final<br />

Tears". SITE: www.myspace.com/eyesofgaya<br />

BEHAVIOUR DISPONIBILIZA CD-DEMO PARA DOWN-<br />

LOAD<br />

A banda baiana de Death Metal conceitual Behavior disponibilizou<br />

para download seu CD-Demo intitulado “Walking For a Rotten Destiny”,<br />

contendo 4 músicas.<br />

Para quem não conhece, a Behavior foi formada em 2008 por experientes<br />

músicos da cena nordestina que já tiveram passagens por bandas<br />

do nível de Veuliah, Kaddish, Dryad, Unholy, Headhunter D.C., Carnifield,<br />

entre outros e tem como tema de suas músicas o comportamento<br />

humano.<br />

A banda tem como influência bandas do porte de Death, Obituary, Bolt<br />

Thower, Napalm Death, Deicide entre outros, embora seu som se torne característico devido a identidade de cada<br />

membro incorporada o seu estilo e marca pessoal. O cd está disponível no site oficial: www.behaviordeath.com<br />

Mais informações: www.myspace.com/behaviordeath<br />

SHAMAN: SITE DO VOCALISTA THIAGO BIANCHI ESTÁ NO AR!<br />

O site do vocalista do SHAMAN, Thiago Bianchi já está no ar! Nele, os fãs podem conferir<br />

news, novidades e curiosidades do cantor.<br />

Acesse: http://www.thiagobianchi.com.br<br />

COLUNA METAL É A LEI,<br />

TODO MÊS AQUI NA<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 3


ANGELS HOLOCAUST: PRIMEIRAS DATAS DA TURNÊ ANUNCIADAS<br />

Prestes a percorrer todo o circuito Underground Paulista, e em breve, dar início a pré-produção do EP de estreia,<br />

a banda ANGELS HOLOCAUST anunciou oficialmente as primeiras datas da "HOLOCAUST Tour 2009". O interior<br />

paulista é o foco da banda, que depois se concentrará no trabalho de estúdio. "É um momento especial. Este<br />

recomeço é muito intenso e essas datas, são as primeiras de muitas. Queremos (e vamos) reencontrar vários amigos,<br />

realizar grandes apresentações e claro, viver o METAL Nacional", comentou o vocalista Rodrigo Cafundó<br />

(Ex-Mystical End). O Vocalista ainda destaca as primeiras mudanças na formação da banda: "O Angels Holocaust<br />

é hoje, um quarteto, decidimos focar dessa forma e a banda conta hoje comigo nos vocais, Filipe Spy na guitarra,<br />

Ariel V. no baixo e Marcelo Antunes na bateria", completa o vocalista.<br />

As datas são:<br />

• 26/04- Botucatu/SP<br />

• 02/05-Itararé/SP<br />

• 09/05-Itapetininga/SP<br />

• 16/05-Araraquara/SP<br />

• 13/06-Ribeirão Preto/SP<br />

Para contatos e maiores informações, basta<br />

enviar um e-mail para:<br />

angels_holocaustband@hotmail.com<br />

Myspace:<br />

www.myspace.com/angelsholocaustband<br />

CRUEL FEAR É O TÍTULO DO NOVO ÁLBUM DO ANESTESYA<br />

A Banda gaúcha Anestesya anuncia o lançamento de seu novo álbum, “Cruel Fear”. O<br />

álbum conta com 8 faixas, sendo que 7 foram gravadas e masterizadas no estúdio Fragata<br />

em 2007, e uma faixa bônus gravada em 2005, com Mauricio Meinert (baterista da banda<br />

Akashic). O CD conta com 62 minutos de áudio, produzido em São Paulo, 100% independente<br />

e uma ótima produção gráfica.<br />

SITE: www.anestesya.com<br />

SADSY DISPONIBILIZA NOVA MÚSICA EM SEU MYSPACE<br />

A banda paranaense “Sadsy” disponibiliza em seu site oficial e myspace uma prévia<br />

de seu novo CD demo, a música GUNPOWDER RAIN.<br />

A música é a faixa título do CD, que contará ainda com mais três músicas além de<br />

faixas bonus. Em breve a banda estará divulgando mais trabalhos desse novo CD<br />

que será distribuído pela Tornhate Records.<br />

SITE:www.sadsy.net<br />

MYSPACE: www.myspace.com/sadsythrash<br />

Metal Battle Brasil RJ: Dark Tower classificado para a Final Nacional<br />

Na seletiva regional do "Wacken Metal Battle Brasil 2009" do Rio de Janeiro/RJ, que foi realizada no Clube<br />

Mackenzie no dia 5 de abril, domingo, a banda vencedora foi o DARK TOWER. O grupo será o representante<br />

do estado do Rio de Janeiro na grande final nacional, que será realizada também no Rio, dia 24 de maio, na casa<br />

de shows Século XXI.<br />

Datas das seletivas do "W:O:A Metal Battle Brasil 2009":<br />

05/04 - Rio de Janeiro/RJ:<br />

Dark Tower (vencedor), Farscape, Hellbreath, Hydria e Scatha;<br />

10/04 - Porto Alegre/RS:<br />

Disrupted Inc (vencedor), Predator, Scelerata, Swampy e Symphony Draconis;<br />

30/04 - Recife/PE:<br />

Alkymenia, Caravellus, Infested Blood, Obscurity Tears e Oddiun;<br />

4 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009


02/05 - Campinas/SP:<br />

Exordium, Gestos Grosseiros, Goatlove,<br />

Mothercow e Slippery;<br />

09/05 - Fortaleza/CE:<br />

A Trigger To Forget, Betrayal, Dr. Divine,<br />

Roadsider e SamhainFall;<br />

09/05 - Serra/ES:<br />

Ass Flavour, Bluster, Lifeforce, Poison<br />

God e Silence Means Death;<br />

10/05 - São Paulo/SP<br />

Der Wahnsinn, Hollowmind, Madgator,<br />

Pastore e Rexor;<br />

16/05 - Curitiba/PR<br />

Panndora, Sacredeath, Semblant, Tritura e<br />

True;<br />

16/05 - Florianópolis/SC<br />

Aldren Liebe, Enforcer, Orquidea Negra,<br />

Still Life e Symmetrya;<br />

17/05 - Belo Horizonte/MG<br />

Avoid The Pain, Dinnamarque, Mercuryio, Rosa Ígnea e Silvercrow.<br />

SITE: www.<strong>metal</strong>-battle.com.br<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 5


Em meados de 1966, na cidade de Ontário<br />

no Canadá, um garoto filho de imigrantes iugoslavos<br />

chamado Alex Lifeson ganhava dos pais no natal sua<br />

primeira guitarra. Alex já tinha certa habilidade, por estar<br />

sempre praticando na guitarra de seu vizinho. Um<br />

amigo de escola de Alex chamado John Rutsey também<br />

começava a tocar bateria e não demorou muito para os<br />

dois tocarem juntos.<br />

A primeira banda formada por Alex e John foi<br />

formada em 1968 e se chamava The Projection, mas<br />

ela durou apenas dois meses. Quando Alex e John resolveram<br />

remontar a banda, chamaram Jeff Jones para<br />

tocar baixo. Conseguiram alguns shows, mas alguns<br />

dias antes da estreia ainda não tinham escolhido o nome<br />

da banda, foi então que o irmão de John sugeriu que<br />

chamassem a banda de “Rush”, a ideia deste nome foi<br />

por causa do trânsito caótico de Toronto.<br />

O primeiro show foi em uma sexta-feira e a boa<br />

repercussão fez com que outro fosse<br />

marcado, mas horas antes da segunda<br />

apresentação Jeff ligou e disse<br />

que queria cancelar o show, pois iria<br />

a uma festa, Alex então ligou para<br />

um amigo que conhecia desde os<br />

oito anos de idade, eles já tinham<br />

feito várias “Jam Sections” e Alex<br />

vivia pegando emprestado o amplificador<br />

dele, seu nome era Geddy um<br />

filho de imigrantes judaicos poloneses<br />

que conseguiram sobreviver ao<br />

Holocausto e mudaram-se para o Canadá para começar<br />

uma nova vida.<br />

Geddy acabou ficando no lugar de Jeff Jones, e<br />

nas primeiras apresentações a banda ganhava a quantia<br />

de 25 dólares. Ensaiavam cada vez mais as covers de<br />

outros artistas como Jimi Hendrix, The Who, Jeff Beck,<br />

Blue Cher e Elvis Presley, ao mesmo tempo começavam<br />

a surgir músicas próprias. A primeira tinha o nome de<br />

“Losing Again” um fato curioso é que as músicas nunca<br />

vinham por completas, a primeira que teve começo,<br />

meio e fim foi “In The Mood”.<br />

Nesta época chegaram a se separar e montaram<br />

outros projetos que não deram muito certo, e acabaram<br />

por reformar o Rush. A banda começava a ficar mais<br />

pesada e os ensaios estavam cada vez com o volume<br />

mais alto. Os shows também atraíam cada vez mais<br />

público, por exemplo: em um lugar onde costumavam<br />

vir 50 pessoas, para ver a banda passava a levar 300 e o<br />

6 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009<br />

BIOGRAFIA<br />

Por Gabriel Gardini<br />

lugar comportava apenas a metade disso.<br />

Mas ainda não dava para viver de música, Alex<br />

e Geddy ainda tinham empregos comuns e para dificultar<br />

as coisas eles ainda estavam na escola, o que tomava<br />

um tempo precioso. E quando algumas apresentações<br />

eram longe de casa eles não tinham outra saída senão<br />

sair correndo da escola e dirigirem feito loucos até o local<br />

marcado e depois voltarem para trabalhar no outro<br />

dia.<br />

Após cinco anos de experiência tocando em<br />

escolas, festas e todos os lugares possíveis, já estava<br />

na hora de dar um passo à frente, e isso vinha com<br />

uma gravação de estúdio. Mas com a situação desfavorável<br />

na época, não tinham dinheiro para contratar<br />

um estúdio de nível. Então a solução mais viável foi o<br />

Eastern Sound Studio com David Stock na produção,<br />

gravaram duas músicas para o single, sendo uma cover<br />

do Buddy Holly “Not Fade Away” e uma composição<br />

de Lee e Rutsey chamada “You Can´t<br />

Fight it”(Considere-se privilegiado se<br />

conseguir uma cópia original deste<br />

Single).<br />

O plano era ter um single em<br />

mãos para oferecê-lo para alguma<br />

gravadora. Correram atrás de muitas,<br />

mas a resposta era a mesma, naquela<br />

época os selos canadenses estavam<br />

interessados em algo mais calmo e<br />

o Rush era muito pesado para os<br />

padrões da época. A única oferta que<br />

tiveram foi com a London Records que por sua vez<br />

não assinaria com a banda, mas distribuíria o single,<br />

mas em contrapartida a banda teria que ter seu próprio<br />

selo. Assim fecharam com a Moon Records e as mil<br />

cópias do single chegou às ruas. Porém, não foi tão bem<br />

recebido e o tão sonhado contrato não aconteceu.<br />

A banda não via outra saída senão um disco inteiro,<br />

então começaram a revisar as letras e compor mais<br />

músicas, o estúdio escolhido também foi o mais barato<br />

e no horário mais barato. A banda entrou na seguinte<br />

rotina: tocar em clubes até a uma da madrugada, ir<br />

para o estúdio gravar até as primeiras horas da manhã,<br />

ir pra casa dormir um pouco e repetir tudo denovo no<br />

dia seguinte, ninguém reclamava, pois estar em estúdio<br />

gravando o primeiro álbum era mais do que um sonho.<br />

Mas o resultado final não agradou o produtor<br />

David Stock que estava mais acostumado a jingles e<br />

coisas mais comercias. A banda então apelou para o


enomado produtor Terry Brown. Como a situação financeira não ajudava, conseguiram apenas dois dias de<br />

produção com Terry, mas o resultado foi fantástico, as músicas ganharam nova roupagem e todos ficaram impressionados.<br />

A distribuição mais uma vez ficou por conta da London Records, só que em vez de 1.000 cópias eles prensaram<br />

3.500 cópias do disco. O dinheiro era tão escasso que não dava para pagar ninguém para fazer a capa então<br />

ela ficou apenas com o nome Rush em meio a uma explosão.<br />

Com o lançamento do disco em janeiro de 1974, as rádios locais começavam a tocar “Finding my way”<br />

e isto foi uma surpresa para os integrantes. Disse Geddy mais tarde “Naquela época nós éramos uma das poucas<br />

bandas em Toronto que tinha um disco tocando nas rádios”.<br />

Uma cópia do disco foi parar em uma rádio em Cleveland nos EUA e tocaram “Working Man”, semanas<br />

depois algumas cópias do disco foram parar em uma loja local e rapidamente foram vendidas. Com a boa repercussão<br />

conseguiram abrir um show para o ZZ top em um teatro para três mil pessoas.<br />

Semanas depois uma cópia do disco caiu nas mãos de um executivo da Mercury Records e decidiu assinar<br />

com o grupo. Com apoio de uma grande gravadora agendaram uma turnê de cinco meses, mas com duas semanas<br />

antes de saírem em turnê o baterista John Rutsey deixou a banda. As desculpas foram as velhas diferenças<br />

musicais, Alex e Geddy tiveram que pensar rápido, então começavam as audições em busca do substituto de John.<br />

No segundo dia das audições chegava Neil Peart, não tiveram dúvidas quando Neil “detonou” o kit de bateria,<br />

Neil entrava oficialmente para o Rush no dia 29 de julho de 1974, aniversário de Geddy Lee.<br />

No dia seguinte com o<br />

adiantamento que receberam da<br />

gravadora foram comprar equipamentos<br />

novos. Geddy pegou<br />

seu famoso Rickenbacker<br />

preto, Neil sua Slingerlands<br />

e Alex uma Gibson Les Paul<br />

Deluxe e amplificadores Marshallls. Duas semanas de<br />

preparação e, no dia 14 de agosto, estavam à frente de<br />

doze mil pessoas abrindo show para o Uriah Heep.<br />

O Rush abriu também shows para diversas bandas<br />

como Rory Gallagher, Hawkwind, Nazareth e etc,<br />

como tocavam cerca de meia hora a banda tinha tempo<br />

de escrever material novo.<br />

Após um longo período abrindo shows para<br />

outras bandas, o Rush entrava novamente em estúdio<br />

para gravação de um novo disco, já com a formação<br />

clássica que conhecemos: Geddy, Alex e Neil.<br />

Após dez dias de gravação e mixagem, “Fly by<br />

night” o disco da coruja como é<br />

conhecido é lançado em fevereiro<br />

de 1975, com boa receptividade<br />

do público e da crítica que via ali<br />

uma potência musical surgindo.<br />

Era a primeira aparição de Neil<br />

Peart em estúdio que já contava<br />

com um estilo próprio, Neil também escrevia todas as<br />

letras enquanto Geddy e Alex cuidavam da parte musical.<br />

O Rush seguia fazendo aberturas de shows para<br />

bandas como Kiss e Aerosmith. Nesta época eles mudaram<br />

o nome da gravadora de Moon Records para Anthen<br />

Records, foi também nesta mesma época em 12<br />

de março de 1975, que Alex Lifeson casou-se com sua<br />

namorada Charlene. Finalizando a turnê na sua terra<br />

natal foram recebidos por quase três mil pessoas cantando<br />

todas as músicas do grupo.<br />

Em julho do mesmo ano começaram a produção<br />

do terceiro disco “Caress of Stell”, com a maioria das<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 7


letras escritas na estrada, a banda mudava<br />

um pouco a sua orientação musical que<br />

começava a entrar de cabeça no <strong>Rock</strong> Progressivo<br />

o que pode ser observado na faixa<br />

“The Fountain of Lamneth” que é dividida<br />

em seis partes como uma única faixa. O<br />

disco foi lançado em setembro de 1975 e foi<br />

produzido por Terry Brown. Seguiu-se uma<br />

turnê de três meses, mas o disco assim como<br />

a turnê não obteve a mesma aceitação tanto<br />

do público quanto da gravadora que apoiava<br />

a banda cada vez menos. A banda então percebeu<br />

que se quisessem gravar um álbum<br />

com esse estilo precisariam de mais tempo<br />

de estúdio.<br />

Eis que, em fevereiro de 1976, o<br />

sucesso comercial veio com o disco 2112, cujas letras foram inspiradas no livro Anthen da escritora Any Rand,<br />

o numeral é o ano que se passa a história. A gravadora inicialmente não gostou da ideia de ter uma música<br />

preenchendo inteiramente o lado A do vinil, mas conforme o contrato a banda poderia gravar do jeito que quisesse.<br />

O disco não causou um grande impacto à crítica da época, já que grandes bandas como Yes, Genesis, Pink Floyd,<br />

já usavam e abusavam de temáticas e climas com sintetizadores e teclados, mas mostrou ao mundo que não só na<br />

Inglaterra habitava o <strong>Rock</strong> Progressivo.<br />

Em menos de uma semana o disco já alcançava cerca de cem mil cópias vendidas e no final do mês já tinha<br />

vendido mais que os três discos anteriores. A turnê de 2112 teve início em 18 de março de 1976 nos EUA e durou<br />

cerca de 18 meses.<br />

Cansados de trabalhar em 2112, a banda lançava o primeiro LP ao vivo, intitulado “All The World´s A<br />

Stage” o disco foi gravado em 1976, em Toronto, e foi o primeiro álbum duplo a ganhar disco de ouro no Canadá.<br />

A decisão da banda de gravar um álbum ao vivo surgiu por verem que os shows sempre rendiam bem e que lançado<br />

o álbum eles teriam mais seis meses para preparar material novo.<br />

O próximo disco a ser lançado foi “A Farewell to kings” lançado em 1977. Neste disco a banda deixava<br />

de vez o hard-rock para entrar definitivamente no progressivo e se tornar um grande expoente no estilo. O álbum<br />

também traz composições mais complexas tendo como temática o folclore canadense, o que pode ser observado<br />

na faixa “Xanadu”e “Cygnus X-1”, e também o uso de instrumentos como sintetizadores.<br />

Estes três últimos trabalhos receberam disco de ouro no Canadá e em comemoração lançaram a coletânea<br />

“Archives”, uma edição de luxo limitada que trazia os três primeiros LPs da banda.<br />

O disco “Hemispheres”, lançado em outubro de 1978, apresenta uma mudança no estilo da banda com<br />

músicas mais curtas, o que acabou desagradando os fãs radicais. Porém, com esta nova roupagem, o disco chegava<br />

cada vez mais nas rádios, e o público nos shows era cada vez maior. A turnê que seguiu contava com 100<br />

apresentações no Canadá, EUA e Europa.<br />

O álbum seguinte lançado em janeiro de 1980 chamado “Permanent Waves” traz o hit “Spirit of Radio”<br />

junto com faixas mais curtas, que andavam em conjunto com a qualidade musical do grupo.<br />

Mas o reconhecimento mundial veio com “Moving Pictures”, lançado em fevereiro de 1981, é considerado<br />

por muitos o melhor álbum da banda, com destaque para as faixas “Tom Sawyer” (tema do seriado<br />

Profissão perigo no Brasil), “Limelight” e a instrumental “YYZ” (a sigla representa o comando de guerra em<br />

código Morse), este disco foi responsável por mostrar o Rush para o mundo todo como um Power Trio.<br />

A turnê de “Moving Pictures” foi registrada no ao vivo “Exit... Stage Left”, gravado na Inglaterra e no<br />

Canadá. Um vídeo deste show também foi gravado e mostra o grande desempenho de Geddy Lee que canta, toca<br />

baixo e teclados tudo ao mesmo tempo.<br />

8 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009


Sem perder o pique lançam em setembro de 1982 “Signals”,<br />

o famoso disco do dálmata e o hidrante que ganhou<br />

disco de platina nos EUA. Este disco marca uma nova fase<br />

do Rush, onde Geddy Lee começa a explorar mais recursos<br />

eletrônicos como teclado e sintetizadores. Neil Peart também<br />

fez um ótimo trabalho letrístico, com letras que falam da vida<br />

em ordem cronológica. A banda sai em turnê mundial em todo<br />

ano de 1983.<br />

“Grace Under Pressure” sai em 1984, seguindo a<br />

mesma linha de “Signals”, é o primeiro disco sem o produtor<br />

Terry Brown que é substituído por Peter Henderson (então<br />

produtor do SuperTramp). Foi considerado por muitos um<br />

disco mais comercial, perdendo assim alguns fãs mais acostumados<br />

com o estilo progressivo da banda. Os destaques vão para “Red Sector A” e "Between the Wheels".<br />

Em 1985 é lançado “Power Windons”, devido a baixa aceitação de “Grace Under Pressure” a banda<br />

trocava outra vez de produtor. O cara da vez era “Peter Collins” que fez um ótimo trabalho nas faixas "The Big<br />

Money" e "Mystic Rhythms", ambas tiveram seus clipes na MTV Americana.<br />

Logo em seguida, em 1987, “Hold Your Fire” é lançado. A faixa “Time Stand Still” contou com a presença<br />

da cantora Aimee Mann que gravou vocais extras. O disco também trazia sucessos como "Force Ten", "Prime<br />

Mover" e "Turn the Page".<br />

Para não perder o costume de “a cada quatro álbuns de estúdio a banda lançar um ao vivo”, em dezembro<br />

de 1988 é lançado “Show of hands”, que traz os sucessos dos discos “Signals”, “Grace Under Pressure”, “Power<br />

Windows” e “Hold Your Fire”. O álbum que saiu tanto em disco quanto em VHF mostra que mesmo ao vivo é<br />

Geddy quem toca teclados.<br />

Em novembro de 1989 o Rush lança “Presto”. O disco marca uma nova fase da banda deixando um<br />

pouco os teclados de lado o que pode ser percebido nas faixas “Show Don’t Tell" e "Superconductor". O principal<br />

destque neste disco é a faixa “The Pass” que mais tarde foi considerada por Geddy Lee a canção predileta da<br />

banda.<br />

No ano seguinte lançam a coletânea<br />

“Chronicles” com dois CDs e um videoclipe que<br />

mostra toda a trajetória da banda até o momento.<br />

Em setembro de 1991 é lançado “Roll The<br />

Bones”. O disco fez com que a banda voltasse<br />

as rádios, a faixa título chegou ao 14º lugar nas<br />

paradas Americanas. Outros destaques neste disco<br />

são as faixas “Bravado” que tem uma característica<br />

bem emotiva e a instrumental "Where’s My<br />

Thing?" sendo indicada ao Grammy.<br />

“Counterparts” foi lançado em 1993 e<br />

marca a volta de Peter Collins na co-produção. Na<br />

faixa “Stick it Out” pode-se notar a pesada guitarra<br />

de Alex Lifeson, já a faixa “Nobody´s Hero”<br />

ganhou um videoclipe na MTV. "Leave that Thing<br />

Alone" foi mais uma instrumental da banda que foi<br />

indicada ao Grammy.<br />

Em 1996 é lançado “Test For Echo”.<br />

Neste álbum a banda juntou muito bem peso e<br />

melodia na medida exata sendo bastante elogiado<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 9


tanto pela crítica quanto pelo público. Os destaques deste álbum vão para as faixas “Limbo” e “Driven”.<br />

Em julho de 1997 a banda lança “Retrospective” e “Retrospective II” duas coletâneas com as canções<br />

mais famosas da banda.<br />

Em novembro de 1998 sai o álbum triplo ao vivo “Diferent Stages”, os dois primeiros CDs foram gravados<br />

durante as turnês de “Counterparts” e “Test For Echo” e o terceiro continha material gravado de um concerto<br />

de 1978, que marcava a primeira fase da banda.<br />

Foi nesta época que a banda teve que parar suas atividades por problemas pessoais de Neil Peart. Sua filha<br />

Selena faleceu em agosto de 1997 em um acidente de carro e logo depois sua esposa Jacqueline teve um câncer e<br />

veio a falecer em julho de 1998. A banda decidiu que não voltaria enquanto Neil não estivesse bem.<br />

Mas, eis que em 2002 o Rush ressurge com o disco “Vapor Trails”, destacando as faixas "One Little<br />

Victory", "Secret Touch" e "Earthshine". A turnê de “Vapor Trails” foi notável, pois passaram por lugares nunca<br />

visitados antes como México e Brasil, onde tiveram uma das maiores platéias de sua carreira. Nas apresentações,<br />

a banda fez questão de colocar no repertório músicas que não tocavam a anos como “By-Thor and the Snow<br />

dog”.<br />

No Brasil, os shows passaram por São Paulo e Rio de Janeiro, onde foi gravado o CD e DVD “Rush In<br />

Rio”, e que foi lançado em outubro de 2003 e premiado no Juno Awards, como melhor DVD musical do ano.<br />

Em 2005, a banda sai em uma turnê comemorativa de seus 30 anos passando pelo Canadá, Eua e Europa<br />

e lançam o DVD “R30 Live at Frankfurt” que foi lançado em 22 de novembro de 2005.<br />

“Snake and Arrows” é o mais recente trabalho da banda que foi lançado em 01 de maio de 2007 pela<br />

gravadora Anthem Records. O disco é composto por 12 faixas, três delas instrumentais. A banda se apresenta<br />

com uma nova roupagem, mas sem perder sua característica<br />

mostrando que a banda está em perfeita forma. A turnê de<br />

“Snakes and Arrows” já passou por várias partes do mundo, mas<br />

não há nada confirmado no Brasil.<br />

10 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009<br />

Fontes:www.wikipedia.com<br />

Revista MetalHead – Ano VI Nº38<br />

Fotos: www.rush.com<br />

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Highway To Hell<br />

AC/DC<br />

Composição: Angus Young / Bon Scott<br />

Living easy, livin' free<br />

Season ticket, on a one - way ride<br />

Asking nothing, leave me be<br />

Taking everything in my stride<br />

Don't need reason, don't need rhyme<br />

Ain't nothing I would rather do<br />

Going down, party time<br />

My friends are gonna be there too<br />

I'm on the highway to hell<br />

Highway to hell<br />

I'm on the highway to hell<br />

Highway to hell<br />

No stop signs, speedin' limit<br />

Nobody's gonna slow me down<br />

Like a wheel, gonna spin it<br />

Nobody's gonna mess me 'round<br />

Hey Satan! Paid my dues<br />

Playin' in a rockin' band<br />

Hey Mama! Look at me<br />

I'm on my way to the promise land<br />

I'm on the highway to hell<br />

Highway to hell<br />

I'm on the highway to hell<br />

Highway to hell<br />

Dont stop me!<br />

I'm on the highway to hell!<br />

I'm on the highway to hell!<br />

I'm on the highway to hell!<br />

I'm on the highway to hell!<br />

And I'm goin down..all the way!<br />

I'm on the highway to hell.<br />

Autoestrada Para o Inferno<br />

Vivendo fácil, vivendo livre<br />

Em rumo a uma estrada de mão única<br />

Sem perguntas, me deixe viver<br />

Pegando tudo em meu caminho<br />

Não preciso de razão, não preciso de ritmo<br />

Não tem nada que possa fazer<br />

Vou indo para baixo, é hora da festa<br />

Meus amigos também vão estar lá<br />

Estou na autoestrada para o inferno<br />

Autoestrada para o inferno<br />

Estou na autoestrada para o inferno<br />

Autoestrada para o inferno<br />

Sem sinais de "pare", sem limites de velocidade<br />

Ninguém vai me fazer reduzir a velocidade<br />

Como uma roda, vou girar<br />

Ninguém vai se meter comigo<br />

Ei Satanás! Pagando minhas dívidas<br />

Tocando em uma banda de rock’ n roll<br />

Ei mamãe! Olhe para mim<br />

Estou no meu caminho para a terra prometida<br />

Estou na autoestrada para o inferno<br />

autoestrada para o inferno<br />

Estou na autoestrada para o inferno<br />

autoestrada para o inferno<br />

Não me pare!<br />

Estou na autoestrada para o inferno<br />

Estou na autoestrada para o inferno<br />

Estou na autoestrada para o inferno<br />

Estou na autoestrada para o inferno<br />

E eu vou descendo, descendo até o fim<br />

Estou na autoestrada para o inferno.<br />

Por Rafael Alonso<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 13


Uma Mistureba de Coisas<br />

Por Renata Brant - Jornalista (RJ)<br />

Fotos:www.fotolog.com.br/mercadomistureba<br />

Evento que mistura moda alternativa, música,<br />

uma galera descolada, com preço da entrada ao alcance<br />

do bolso (R$ 5), está acontecendo na Lapa, o mais boêmio<br />

bairro do Rio. Trata-se do Mercado Mistureba, fruto<br />

da criatividade de duas jovens publicitárias, Camilla<br />

Gismondi, de 28 anos, e Thais Matile, de 26, que consolidaram<br />

uma parceira para criar um espaço artístico<br />

unindo moda, música e novas idéias.<br />

Camila fala sobre a evolução do negócio: –<br />

Tinha uma marca de roupas femininas, a Hey, Dolls!,<br />

e expunha nas edições cariocas do Mercado Mundo<br />

Mix. Quando acabou, passei a expor na Babilônia Feira<br />

Hype. Com o tempo, a feira cresceu muito e o públi-<br />

co acabou mudando. Começamos a sentir que nossos<br />

produtos estavam ficando perdidos no meio daquela<br />

nova demanda. A partir daí, eu e Thais decidimos criar<br />

um evento com uma cara bem alternativa, em que<br />

as pessoas pudessem encontrar outras opções além da<br />

moda exibida nas vitrines.<br />

A proposta das publicitárias foi bem recebida<br />

pelo público e a primeira edição aconteceu em 11de setembro<br />

de 2005. A turma do Mistureba compareceu, e<br />

a Casa da Matriz ficou pequena para receber pessoas<br />

de todas as idades e de gostos tão ecléticos. Com isso,<br />

o Mercado passou a acontecer mensalmente no Teatro<br />

Odisséia. – Além de ser do grupo, fica na Lapa,<br />

14 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009<br />

um dos lugares mais charmosos do Rio e que atrai os<br />

mais variados tipos de pessoas e de artes – completa<br />

Camilla. Para os amigos Rafael do Reis, de 23 anos,<br />

Jeniffer Bandeira, de 22, e Michelle Santos, de 22, o<br />

lugar é ideal para quem gosta de ambiente alternativo.<br />

– É a quinta vez que venho, gosto das bandas<br />

que tocam e também de pechinchar – afirma Rafael, enquanto<br />

Michelle acha diferente, porque nunca tinha visto<br />

evento de moda numa boate. Rafael completa, acrescentando<br />

que o show da Banda Luxúria, que aconteceu<br />

em fevereiro último, foi inesquecível: – Não poderia<br />

deixar de assistir a Meg no palco, pagando apenas R$ 3,<br />

né?.<br />

Hoje, o Mercado Mistureba tem cerca de 40<br />

expositores, com stands de acessórios femininos, cartucheiras,<br />

camisetas, objetos de decoração a buttons<br />

dos mais variados tipos. Gabriela Wagner, de 26 anos,<br />

formada há três em moda e estilismo, expõe sua marca<br />

Alien Sapiens.<br />

– Estou no Mistureba há mais de um ano, mas<br />

também tenho o ateliê na minha casa, em Copacabana<br />

– conta a jovem estilista, para quem o Mercado é uma<br />

boa oportunidade para as pessoas conhecerem seu trabalho,<br />

principalmente o público feminino e os adeptos<br />

ao estilo punk, rock e cyber. A melhor propaganda é o<br />

boca- a-boca – diz Gabriela.<br />

A opinião é a mesma do estudante de design da<br />

UniverCidade, Rafael Mattos, de 26 anos. Ele e dois<br />

amigos, o publicitário Fernando Alan, de 26, e o<br />

contabilista Rafael Yamashita, de 28, criaram a marca<br />

6ª Básica. – É a primeira vez que estamos no Mistureba,<br />

para onde viemos por causa do público alternativo – explica<br />

Rafael, mostrando o stand em que são vendidas<br />

camisetas com mensagens do Profeta Gentileza e incentivo<br />

à campanha de doação de sangue: – A 6ª Básica<br />

é uma proposta nova, com mensagens reflexivas e de<br />

fundo social.<br />

Nos stands de acessórios, as cartucheiras de Suzana<br />

Eschenazi, de 38 anos, formada em Direito, são<br />

sempre muito procuradas. – Não exerço a profissão de<br />

advogada. Sempre gostei de moda e já produzia bolsas<br />

com material de lona. A minha inspiração vem do diaa-dia<br />

– conta Suzana, explicando que os modelos são os<br />

mais variados e o público é o que gosta da praticidade.<br />

No stand da criatividade, o destaque é a marca


Faria Buttons?, da estilista Thais<br />

Faria, de 26 anos. – Sempre gostei<br />

muito de buttons, mas tinha<br />

dificuldade de achá-los aqui no<br />

Rio. Então, comecei a fazer os<br />

meus. Em pouco tempo os amigos<br />

foram pedindo, os estranhos<br />

perguntando onde eu comprava,<br />

vi que era um produto que faltava<br />

na cidade e resolvi criar a<br />

marca – explica Thais.<br />

Além dos stands de moda,<br />

o lugar abre espaço para as bandas<br />

do cenário underground carioca.<br />

Já passaram pelo palco do<br />

Mistureba <strong>Rock</strong> Club Martha V,<br />

<strong>Rock</strong>z, The Feitos, Filhos da Judith<br />

e o grupo Mutreta. Camilla<br />

explica que sempre optou por<br />

bandas de rock independentes,<br />

com um trabalho criativo e diferenciado: – Na última edição, tivemos a banda Beatles Made Out, e conseguimos<br />

pôr abaixo alguns rótulos de banda cover. Pretendemos, ainda este ano, fazer uma edição latina, com alguma<br />

banda tocando ritmos latinos. Aí sim, vai ser uma autêntica Mistureba.<br />

Outro diferencial é a parceria com o estúdio de tatuagem Art Factory. Em todos os eventos há sorteios<br />

para duas tatuagens e dois piercings. A divulgação do Mistureba é feita pela própria Camilla, e a arte dos flyers<br />

e cartazes é produzida pela Thais. – Acho que o principal é dar espaço para os novos designers. Tem muita gente<br />

nova com ideias bacanas, que trabalha com novos tecidos, modelagens e materiais, e não tem grana para abrir<br />

loja própria ou participar de feiras grandes. A gente consegue reunir pessoas no mesmo clima. O evento, apesar<br />

de oferecer shows e DJs, tem preço bacana de entrada, justamente para garantir a circulação de maior número de<br />

pessoas – conclui Camilla.<br />

Esta coluna é produzida por Renata Brant , jornalista, apresentadora e idealizadora do Programa Na Veia (programa<br />

de rádio web que vai ao ar toda segunda às 19:00 hs pelo site www.naveiaprograma.blogspot.com).<br />

Quer milhares de pessoas de olho em sua<br />

BANDA???<br />

Seu sucesso já tem endereço certo www.rockpost.com.br<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 15


ENTREVISTA COM MARCIO BARALDI<br />

Marcio Baraldi é o cartunista mais rock'n'roll do Brasil, e se bobear, do mundo! Ninguém fez, faz e<br />

publica tantos cartuns e HQs explicitamente roqueiros como ele. Cartunista de nascença, ele começou a misturar<br />

rock com desenho ainda na infância quando se converteu ao rock'n'roll após ouvir "We will rock you" do<br />

Queen num velho rádio valvulado. Dali pra frente ele entupiu cadernos e mais cadernos com desenhos, piadas<br />

e quadrinhos com bandas de rock, sobretudo o Kiss e o Queen, suas primeiras paixões roqueiras. A <strong>Rock</strong><br />

<strong>Post</strong> visando sempre trazer <strong>entrevistas</strong> e matérias de qualidade, não poderia deixar de entrevistar uma pessoa<br />

tão versátil e talentosa como Marcio Baraldi. Confira esta super entrevista com o rockcartunista.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Olá Marcio, gostaria de agradecer em nome da <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> por esta entrevista e ficamos felizes de<br />

saber um pouco mais sobre este trabalho tão importante e divertido que você faz.<br />

MB: Eu que agradeço, meu anjo! Beijos pra todo mundo do <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> ! Quem fica parado não é <strong>Post</strong>(risos)!<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Conte-nos quando foi que você percebeu que seus cartuns poderiam fazer este enorme sucesso que<br />

fazem hoje. E como foi que você começou a fazer a divulgação deles?<br />

MB: Eu fui percebendo passo a passo, conforme ia produzindo e publicando. Ou seja, fui percebendo o resultado<br />

da colheita conforme ia plantando. Comecei na profissão ainda adolescente e sempre quis me comunicar com as<br />

pessoas através dos meus cartuns. Não conte para ninguém, mas na verdade quando eu era adolescente eu queria<br />

mudar o mundo com meus quadrinhos(risos)! Eu tinha aquela infelicidade e revolta típica que os adolescentes<br />

tem, de não se conformarem com as coisas como elas são, e achava que meus quadrinhos seriam meu instrumento<br />

pra tentar mudar o mundo. Pra fazer minha revolução pessoal! No começo, os quadrinhos eram meu grito de<br />

guerra contra o mundo, depois virou isso e meu ganha-pão ao mesmo tempo. O pão e o grito juntos forever!<br />

Pra divulgar meu trabalho, procurava publicá-lo em qualquer pedaço de papel que o aceitasse:fanzines,<br />

revistas, jornais, cartilhas, capas de discos, cartazes, adesivos, etc. Com a chegada da Internet, tratei de espalhá-lo<br />

pela rede também, o que multiplicou ainda mais seu alcance. Pra fechar com chave de ouro, contratei há alguns<br />

anos a super assessora de imprensa Gisele Santos que, com sua lábia irresistível, me jogou de vez na boca do<br />

povo(risos)!<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Sabemos que seu envolvimento com o mundo do rock é<br />

um dos principais ingredientes do seu trabalho. Quais as bandas que<br />

você curtiu na adolescência e quais as que você curte hoje que te<br />

inspiram na criação dos personagens?<br />

MB: Descobri o rock’n’roll com o maravilhoso Queen e na sequência<br />

descobri o KISS, que foram meus primeiros professores na matéria.<br />

Meus primeiros quadrinhos de rock foram com eles, ainda na puberdade.<br />

Depois descobri o Punk-rock que me influenciou muitíssimo, até<br />

o fim desta encarnação pelo menos. Estava entrando na adolescência<br />

e na profissão e com isso meu trabalho ficou mais agressivo e politizado,<br />

como manda Mestre Joe Strummer! Nos anos 80 eu publicava<br />

um personagem chamado Johnny Bastardo no Jornal <strong>Rock</strong>er, no ABC<br />

paulista (onde eu nasci), que era um garoto punk típico lá da região.<br />

Depois, nos anos 90, criei o Roko-Loko e a Adrina–Lina, que<br />

são headbangers típicos, cabeludos e tal. Na sequência vieram o<br />

Tattoo Zinho, que é um personagem atual, moderno, cheio de<br />

piercings e tatuagens, depois vieram o Maluco e Beleza, que são<br />

18 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009<br />

Por Fernanda Duarte


aqueles roqueiros pobres da perifa que ficam tentando entrar de graça nos shows, e o Guerrilheiro da Guitarra,que<br />

retoma a linha Joe Strummer, de explodir tudo que não presta nesse mundo.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: São vários os personagens criados por você, para diversas revistas, porém o Game Roko-Loko (o<br />

primeiro game rock´n´roll do Brasil) foi um grande sucesso e lhe rendeu prêmios. Você esperava este resultado?<br />

MB: Não. A gente, a princípio, ia fazer o game só com uma fase e colocá-lo de graça no site da <strong>Rock</strong> Brigade, revista<br />

onde o Roko-Loko é publicado desde 1996. Mas nos empolgamos tanto que o game ficou super profissional,<br />

com três fases, e acabamos prensando e lançando comercialmente. O game chamou a atenção das revistas especializadas<br />

e acabei encartando-o em dezenas delas, e assim a tiragem do game passou de 500 mil cópias vendidas,<br />

o que nos rendeu uns discos bonitos pra pendurar na parede, tipo Roberto Carlos,sacou(risos)?!? A princípio não<br />

esperávamos essa repercussão toda, mas investimos bastante na divulgação do game e depois seguimos o andar<br />

da carruagem, deixando-a nos levar até onde desse. Sem dúvida foi uma viagem bem legal!<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: As situações relatadas em suas HQs, tirando as que incluem bandas famosas, são baseadas em<br />

situações reais de bandas underground?<br />

MB: Mais ou menos. Minha fórmula geralmente é pegar elementos reais de cada banda, como causos, nomes<br />

de musicas, etc, e misturar com uma boa dose de imaginação, criando situações absurdas, mas que têm alguns<br />

elementos reais, o que acaba dando uma credibilidade pra história. Faz com que os leitores reconheçam na HQ,<br />

elementos familiares daquela banda. Algumas ficam tão críveis que os leitores vêm perguntar se aquilo aconteceu<br />

mesmo com a banda (risos).<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Em outras <strong>entrevistas</strong> você já declarou que sua infância não foi tão fácil e você trabalha desde os<br />

onze anos de idade, fez várias atividades desde então e nunca teve preguiça para o trabalho. Você acredita que<br />

é esta vontade de crescer que fez você conquistar seus objetivos?<br />

MB: Não só pra mim, mas pra qualquer pessoa! Você pode nascer paupérrimo, na favela, ficar órfão desde<br />

pequeno e mesmo assim vencer na vida. O mundo está cheio de histórias de pessoas, das mais diversas profissões,<br />

que enfrentaram todas as dificuldades possíveis e se tornaram pessoas bem sucedidas. No <strong>Rock</strong>’n’Roll, o Gene<br />

Simmons é e sempre será o maior exemplo disso. Um garoto judeu paupérrimo, fugido de Israel pós- guerra,<br />

abandonado pelo pai, criado só pela mãe num país estranho, que nunca foi um músico excelente, e mesmo assim<br />

chegou aonde chegou! O grande trunfo dele não foi seu talento para a música e sim sua inteligência e obsessão<br />

em vencer na vida! Walt Disney, Bruce Lee, Roberto Carlos, Madonna e Charles Chaplin, só pra ficar em alguns<br />

famosos, foram a mesma coisa. O sujeito que usa a pobreza como desculpa pra virar bandido ou ser um eterno<br />

pobre não passa de um covarde ou mal-caráter mesmo.<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 19


<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Você é considerado um dos melhores cartunistas do Brasil hoje, a sua versatilidade pode ter algo<br />

a ver com este título?<br />

MB: Com certeza! Porque no Brasil o cartunista tem que ser pau pra toda obra mesmo. Não dá pra ter frescurada<br />

ou limitar muito seu raio de atuação. Nós não temos uma Indústria de quadrinhos forte e milionária como nos<br />

EUA, por exemplo, onde o cara pode ficar rico fazendo apenas uma tira a vida inteira, como o Charles Schullz,<br />

criador do Charlie Brown. Ele viveu e morreu fazendo apenas a Turma do Charlie Brown e ficou rico e famoso<br />

com isso. Já no Brasil, tirando o Mestre Maurício de Souza, que é um fenômeno único e isolado, e que provavelmente<br />

não se repetirá, nós não temos nem em sonho essa possibilidade. Aqui o cartunista sempre teve vários<br />

empregos pra sobreviver e sempre se desdobrou em quinhentos. Mesmo assim eu não reclamo de nada porque<br />

só pelo fato de ter conseguido me estabelecer nesta profissão difícil e de ter me tornado um dos nomes respeitados<br />

dentro dela, eu já fico muitíssimo feliz e grato a<br />

Deus. No Brasil, isso já é uma proeza e tanto!<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Em uma entrevista a “Revista O Grito”<br />

você declarou que fez um trabalho de HQs<br />

informativo sobre AIDS para presidiários e que<br />

inclusive um dos detentos que desenhava muito<br />

bem o ajudou no trabalho. Pegando este gancho,<br />

como você vê a galera mais jovem hoje? Você acha<br />

que a falta de educação e de incentivo podem levar<br />

jovens como este, que tem talento, para outro<br />

caminho?<br />

MB: É o que eu falei anteriormente. Eu na minha<br />

infância e adolescência convivi de perto com pessoas<br />

viciadas em álcool, cigarro e tudo quanto é<br />

droga que você possa imaginar. Tive amigos que<br />

viraram assaltantes, parentes traficantes. Estava<br />

tudo ali na minha mão, se eu quisesse era só pegar e entrar pra turma também. Mas, ao invés disso, eu escolhi me<br />

afastar dessas pessoas e dessas roubadas, nunca cheguei nem perto dessas coisas e nem quero. Vi muito conhecido<br />

ir preso, morrer de overdose/cirrose, ou no mínimo, atrasar muito a própria vida por conta dessas merdas.<br />

Quando eu era adolescente o meu maior desejo na vida não era me drogar, mas sim mudar o mundo e a minha<br />

vida. Desejava uma vida melhor pra mim e uma sociedade melhor pra todos. E sempre lutei por isso, e<br />

praticamente sozinho, pois não me dava bem com praticamente ninguém na minha casa, então segui meus ideais<br />

e fiz meu próprio caminho.Agora, eu acho que os jovens, independente de que geração são, terão sempre ideais e<br />

sonhos de uma vida e um mundo melhor pra lutar. Este planeta ainda está longe de ser um lar civilizado, pacífico<br />

e fraterno pra todos, ainda há muito por que lutar, então, a meu ver, a juventude de hoje precisa ter consciência<br />

disso e de sua importância na transformação dessa realidade. E nessa batalha vale tudo, vale usar o cartum, a<br />

música, o grafite, a poesia, o cinema, a literatura,enfim, tudo que a moçada gosta. E sobretudo vale usar o BOM<br />

SENSO! Vale estudar e trabalhar muito, usar camisinha sempre, ficar longe de toda espécie de roubada, enfim<br />

vale ser responsável e consciente! E pensar sempre no coletivo, no tal mundo melhor para todos! Ninguém é feliz<br />

sozinho!<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: No seu ponto-de-vista, como está o mercado nacional de HQs? Você acredita que a internet possa<br />

diminuir com o tempo este público?<br />

MB: Já diminuiu(risos)! Assim como já diminuiu o público comprador de CDs e DVDs, os espectadores de TVs,<br />

os ouvintes das rádios, os leitores de jornais e revistas, etc.<br />

A internet é uma revolução nas comunicações do planeta! Ela chegou e transformou tudo! Pra mim está<br />

20 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009


claro que com o tempo, tudo migrará para a net.<br />

Quem sabe quantos veículos impressos ainda existirão<br />

daqui a duas décadas? A tecnologia está avançando<br />

tão rapidamente que é difícil até de prever o<br />

que acontecerá no ano que vem. Mas as HQs já estão<br />

tratando de se adaptar na internet também, há zilhões<br />

de sites e blogs sobre quadrinhos ou com quadrinhos<br />

para se ler na tela. E é tudo rápido, instantâneo, permanente<br />

e de graça. Tem suas vantagens, não amarelam,<br />

não estragam, as traças não roem.Mas é o que<br />

eu falei, como será o mundo daqui a vinte anos???<br />

Quantos e quais hábitos do século 20, como ler gibis<br />

por exemplo, ainda sobrarão na nossa cultura???<br />

Nem me atrevo a imaginar....<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Gostaria de parabenizá-lo em nome da<br />

Revista <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>, não só pelo seu trabalho que é<br />

maravilhoso, mas também pelas iniciativas sociais<br />

e as críticas que vemos em seus trabalhos. Fique a<br />

vontade para deixar um recado para a galera.<br />

MB: Eu que agradeço pelo espaço e pelo carinho. De<br />

uma coisa eu tenho certeza, por mais revoluções tecnológicas que ocorram no mundo, o que nunca pode acabar<br />

é o amor e a solidariedade entre as pessoas.Torço pra que a moral do ser Humano evolua no mesmo ritmo que<br />

o progresso tecnológico. Afinal, pra que vai servir um mundo cheio de TVs holográficas, pílulas de proteínas e<br />

viagens espaciais se ainda estivermos mergulhados em guerras, violência, abismos sociais e maldades cotidianas?<br />

Vamos todos deletar nossa própria estupidez e dar um upgrade no Ser Humano!Aí sim o planeta vai ganhar o selo<br />

ISO 9001 de Qualidade Universal! Deus, o inspetor de qualidade supremo, ficará orgulhoso de nós!<br />

Sucesso e saúde a todos! www.<strong>marcio</strong><strong>baraldi</strong>.com.br<br />

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Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 21


Entrevista: Funeratus<br />

Por Fernanda Duarte<br />

A Banda de Death Metal brasileira Funeratus lançou seu primeiro<br />

CD, “Storm of Vengeance”, pela Mutilation Records, em 2002. A turnê<br />

deste álbum percorreu todo Brasil durante os anos de 2002 e 2003, ano<br />

em que também foi lançado um vinil contendo as gravações das primeiras<br />

demos da banda.<br />

No ano de 2004 é lançado o segundo álbum “Echoes in Eternity”,<br />

pela mesma gravadora. A turnê promocional teve mais de 50 shows<br />

na América do Sul, passando pelos países do Paraguai, Bolívia, Chile e em<br />

todo Brasil. Em 2008 a banda grava uma pré-produção com três músicas<br />

novas, que serão lançadas em formato vinil EP pela gravadora sueca Blood<br />

Harvest. Em entrevista à Revista <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>, o baterista Gustavo Reis conta um pouco mais sobre a trajetória da<br />

banda, o lançamento do EP e as novidades que envolvem o Funeratus. Confira a entrevista na íntegra.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Primeiramente gostaria de agradecer a disposição de vocês em responder a esta entrevista e nos<br />

deixar mais interados do que rola na Funeratus. Vamos começar então falando do novo EP, falem um pouco<br />

como foi a finalização deste trabalho intitulado “Vision from Hell”.<br />

Gustavo Reis: Saudações amigos da <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>, o prazer é todo nosso em responder esta entrevista para vocês<br />

pela primeira vez. Bom, o EP foi gravado em 2008, a princípio como uma pré-produção para o novo álbum. Não<br />

tínhamos a intenção de lançá-lo. Gravamos apenas para divulgar as músicas no nosso myspace oficial e também<br />

para nos prepararmos para a gravação do nosso álbum completo. Enfim, publicamos as composições no myspace<br />

e algumas semanas depois, recebemos uma proposta da gravadora sueca “Blood Harvest” em lançar as músicas<br />

no formato vinil de sete polegadas. Achamos muito interessante a idéia e a iniciativa da Blood Harvest, então<br />

aceitamos fazer o lançamento deste EP, pois até então, este é nosso primeiro lançamento no exterior.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: A Funeratus lançou seu primeiro álbum em 2002 e desde então vem em uma sequência de lançamentos<br />

de EPs e álbuns e fazendo shows não apenas no Brasil, mas também em outros países. Vocês esperavam<br />

esta repercussão para o trabalho da banda?<br />

Gustavo Reis: Acredito que quando você realiza um trabalho com dedicação, respeito e amor ao que faz, uma<br />

boa repercussão é esperada. Até hoje conquistamos um espaço legal no cenário do Death Metal nacional e sulamericano,<br />

mas acredito que temos muita lenha para queimar ainda, pois novos álbuns e novas turnês ainda virão<br />

com um Funeratus mais coeso e preciso do que nunca.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Falem sobre as principais influências dos integrantes<br />

da Funeratus e como isso é aplicado às composições<br />

da banda.<br />

Gustavo Reis – Nossas influências de modo geral são bandas<br />

como Slayer, Motörhead, Kreator, Morbid Angel, Venom, Judas<br />

Priest, Behemoth, AC/DC, Stevie Ray Vaughan, entre várias<br />

outras. No lado pessoal eu e o André ouvimos muita coisa dentro<br />

e fora do Metal, enquanto o Fernando já escuta mais bandas<br />

de Metal e <strong>Rock</strong>’n’Roll mesmo. Por exemplo, eu gosto de escutar<br />

bandas desde Dire Straits e Dave Matthews Band até Asesino,<br />

Immortal, Deicide, etc. O André escuta muita coisa clássica,<br />

tradicional como Running Wild, Jimi Hendrix, Yngwie<br />

Malmsteen. Ele também curte estilos meio “exóticos” como o<br />

Flamenco, por exemplo. Essas influências são aplicadas de maneira espontânea em nossas composições, pois não<br />

fazemos músicas para soar como uma banda em especial. Compomos para soar como o Funeratus, independente<br />

da influência que possuímos.<br />

22 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009


<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Em que dificuldades a banda esbarrou desde o começo de sua carreira? Hoje, vocês acreditam que<br />

as oportunidades para as bandas são melhores do que há alguns atrás, quando vocês começaram?<br />

Gustavo Reis – Eu não participei dos primórdios da banda, nos anos 90 onde a cena do Metal estava em baixa<br />

devido ao surgimento do Grunge e a estagnação da cena após o auge nos anos 80, mas acredito que as oportunidades<br />

estão aí como sempre estiveram. Uma banda tem que<br />

ter a capacidade de aproveitar as oportunidades independente<br />

de como está o cenário.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Como vocês vêem as críticas ao EP “Vision<br />

from Hell”? Vocês acreditam que a aceitação do público é<br />

independente das críticas da mídia especializada?<br />

Gustavo Reis – Sim, a aceitação do público é independente<br />

das críticas da mídia especializada, mas acredito que ambos<br />

têm grande importância para a banda, pois uma boa crítica<br />

em uma revista ou site pode despertar o interesse de novos<br />

seguidores para a banda, fazendo com que o reconhecimento e o público da banda sejam maiores. Existem pessoas<br />

que são muito influenciados pelas críticas da mídia, então para esse público a crítica especializada é muito<br />

importante para a banda.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Vocês acreditam que com o advento da internet e o acesso a inúmeras bandas o público tende a ficar<br />

mais seletivo? E, na opinião de vocês, qual o diferencial que a Funeratus apresenta para ser destaque entre<br />

outros trabalhos que surgem?<br />

Gustavo Reis – Sim, com a internet está cada vez mais difícil despertar a atenção do público para sua música,<br />

pois com tantas bandas surgindo a cada dia e divulgando suas músicas pela internet, muitas pessoas não agüentam<br />

mais ouvir coisas novas e não procuram mais conhecer as bandas a fundo<br />

como faziam antigamente. O diferencial do Funeratus eu acredito ser o “feeling”<br />

das músicas, pois não tocamos com excesso de técnica como se quiséssemos<br />

mostrar que somos bons músicos. Tocamos com vontade de fazer um<br />

som diferente e original, sempre mantendo o espírito de tocar por diversão,<br />

gostando muito do que fazemos e principalmente nos divertindo tocando nossas<br />

músicas.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: O fã clube de vocês foi lançado há pouco tempo. Como é ter o<br />

apoio de uma galera que realmente admira o trabalho da banda?<br />

Gustavo Reis – É maravilhoso ter um fã clube apoiando a banda, especialmente<br />

hoje em dia que, conforme eu falei anteriormente, o público não costuma se apegar muito a uma banda<br />

devido ao grande número de bandas existentes no cenário. O Rangel, que idealizou o fã clube, é um antigo fã da<br />

banda e apresentou essa ideia para nós que foi muito bem-vinda e só temos que agradecê-lo por esse apoio. Para as<br />

pessoas interessadas em conhecer o fã clube acessem www.<strong>funeratus</strong>.com.br/fanclub ou entrem em contato pelo<br />

e-mail fanclube@<strong>funeratus</strong>.com.br<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Mais uma vez a <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> agradece vocês por responder esta entrevista e deseja muito sucesso a<br />

Funeratus. Deixem uma mensagem aos fãs e leitores da <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>.<br />

Gustavo Reis – Muito obrigado pelo apoio amigos da <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>! Aos nossos fãs peço para que acessem nosso<br />

site oficial www.<strong>funeratus</strong>.com.br para se manter informados das nossas novidades. O EP está chegando e em<br />

breve estará disponível para venda. Estamos agendando alguns shows para promover o EP e as datas serão divulgadas<br />

em breve no nosso site também. Valeu mesmo pela força e nos vemos na estrada!<br />

Acesse:<br />

http://www.<strong>funeratus</strong>.com.br/<br />

http://www.myspace.com/<strong>funeratus</strong><br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 23


A partir desta edição você vai conhecer melhor a história do rock feminino, reviver algumas épocas das<br />

mulheres que fizeram história no mundo do rock e outras que ainda fazem ou farão, além de conhecer muita banda<br />

brasileira independente com meninas no vocal ou formadas somente por mulheres. E também dicas muito importantes<br />

pra quem tem banda ou pretende formar uma. Em parceria com a Revista <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>, Gisele Santos comanda a<br />

Coluna “Mundo <strong>Rock</strong> de Calcinha”, o site já é bem conhecido pela galera, mas vale a pena lembrar que lá você<br />

encontra tudo sobre as mulheres no mundo do rock, acesse www.mundorockdecalcinha.com.<br />

ELAS FAZEM ROCK DESDE O SURGIMENTO<br />

DO DANADO<br />

Lutando contra preconceitos dos anos 1950, quando o<br />

rock nasceu, época que lugar de mulher era no tanque,<br />

Nora Ney e Celly Campello deram o pontapé inicial<br />

abrindo as portas para o rock feminino no Brasil.<br />

Por Gisele Santos<br />

Ao ler a chamada dessa<br />

coluna alguém poderá falar: “pow<br />

que papo feminista”. Mas o feminismo<br />

na verdade não pode ser encarado<br />

como preconceito contra os<br />

homens e sim como um processo de<br />

transformação que engloba avanços,<br />

medos, alegrias, ideologia,<br />

movimento político, enfim, o feminismo está presente<br />

ao longo da história conforme a situação da mulher<br />

na sociedade antiga até os dias atuais e continua a ser<br />

trabalho diariamente, pois o que todas nós queremos<br />

são direitos, deveres e comportamentos distintos para<br />

homens e mulheres. Sem violência contra a mulher e<br />

sem exploração! Aí outro alguém pode falar “música<br />

não tem cor, raça ou sexo”. Tudo bem, não tem mesmo!<br />

É ritmo, sons, expressão, emoção, sedução. Só que<br />

existem os estilos, as personalidades que lutaram contra<br />

muitos preconceitos, inclusive a mulherada. Então,<br />

pra ninguém se perder ou julgar ser alguma conspiração,<br />

vamos iniciar o nosso mergulho no universo rock<br />

n’roll feminino, seguindo a cronologia histórica, para<br />

saber como tudo começou. Igual diz um antigo ‘deitado<br />

26 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009<br />

japonês’: “vamos começar do começo”.<br />

Se em 1951 existisse exame de DNA, poderíamos<br />

saber quem é realmente o pai da criança, pois alguns<br />

pesquisadores, inclusive Kid Vinil, autor do livro<br />

“Almanaque do <strong>Rock</strong>” (Ediouro, São Paulo, 2008),<br />

dizem que foi Ike Turner o primeiro a gravar música<br />

no estilo rock, no compacto “<strong>Rock</strong>et 88”. Paulo Chacon,<br />

autor do livro “O que é rock” (Brasiliense, São<br />

Paulo, 1982) apresenta alguns nomes que podem servir<br />

de possíveis opções para assumirem a paternidade:<br />

Jackie Breston (1951) com o sucesso “<strong>Rock</strong>et’88”, Bill<br />

Haley (1953) com “Crazy, man, crazy” e Crew-cuts<br />

(1954) com “Sh-boom”. Na apresentação de seu livro,<br />

Kid Vinil afirma que em 1955 Chuck Berry inventou o<br />

rock and roll e Elvis Presley o popularizou, tornando-se<br />

o rei do rock. Talvez para os amantes do estilo, quem<br />

criou não importa, mas sim que o rock existe até hoje e<br />

influenciou muitos artistas brasileiros que deram conta<br />

do recado muito bem.<br />

O rock nosso de cada dia<br />

O rock surgiu no Brasil através<br />

de uma mulher, a Nora Ney, que em 1958<br />

regravou "<strong>Rock</strong> Around The Clock",<br />

grande sucesso de Bill Haley. Ela na<br />

verdade sempre cantou bolero e pensando ter arriscado<br />

inutilmente gravar pelo menos uma música rock n’roll,<br />

se surpreendeu com o sucesso que fez. E de olho nesse<br />

sucesso, a gravadora de Heleninha Silveira no mesmo<br />

ano lançou uma versão em português da mesma música<br />

que ganhou o nome de “Ronda das Horas”. Naquela


época elas ainda eram vistas com preconceito, pois mulher que encarava a<br />

vida artística era rotulada como prostituta, não podia, lugar de mulher era no<br />

tanque, cuidando dos filhos e do marido ou preparando o enxoval pra casar.<br />

E o rock por aqui ganhou mais força ainda por causa<br />

de uma outra mulher, a Celly Campello. As canções de rock<br />

no Brasil - até meados de 1960 - eram regravações de sucessos<br />

americanos ou versões em português das mesmas músicas, até a turma<br />

da Jovem Guarda – que contava com a Wanderléia - utilizava esses critérios na maior parte de<br />

seu repertório. Celly Campello em 1959 fez muito sucesso com a versão tupiniquim de "Estúpido<br />

Cupido". Durante a vida ela fez remakes de outros sucessos: “Lacinhos Cor-de-Rosa”, “Billy”,<br />

“Banho de Lua”, que lhe renderam inúmeros prêmios e troféus, inclusive no exterior, além do<br />

título de Mãe do <strong>Rock</strong> Brasileiro.<br />

No exterior Brenda Lee, Aretha Franklin e Wanda Jackson já trilhavam o caminho do rock e, inspiradas<br />

nelas, em 1961, The Shirelles chegou ao topo das paradas americanas com o hit "Will You Love Me Tomorrow?".<br />

E assim surgia a primeira banda formada somente por mulheres que incentivou a criação de outras, como The<br />

Shangri-las, The Ronettes, The Crystals. Mas vamos falar sobre a mulherada gringa na próxima edição dessa<br />

coluna, ok.<br />

Esse tal de roquenrou da Rita Lee<br />

Voltando ao Brasil, nos anos 1960 Rita Lee aprendia a tocar bateria e a cantar, quando<br />

ainda estava no colégio. Então, para mostrar seus dotes artísticos, resolveu participar dos festivais<br />

da escola e para isso formou a banda The Teenages Singers com as amigas Suely Chagas,<br />

Jean e Beatrice. Teenages Singers pode ser considerada a primeira banda de rock feminino do<br />

país. Elas faziam um som mais vocal e menos instrumental, interpretando músicas de Mamas<br />

and the papas, Beach Boys, entre outros. A banda fazia muito sucesso e era chamada pra tocar<br />

em todos os festivais das escolas de São Paulo, entre elas Mackenzie e Caetano de Campos. E assim as meninas<br />

acabaram conhecendo uma banda formada somente por meninos, mas era mais instrumental, chamava The<br />

Wooden Faces. A amizade entre eles foi crescendo, até que resolveram unir as bandas. Elas cantavam e eles<br />

tocavam. Com o tempo alguns integrantes foram desistindo e restaram Rita, Sergio e Arnaldo. Isso aí, surgia Os<br />

Mutantes, banda que Rita Lee participou de 1968 a 1970, incluindo outros ingredientes nas músicas como banjo,<br />

sons de gravador portátil, gaita, e até uma bomba de dedetização.<br />

Rita Lee foi expulsa dos Mutantes, pois os integrantes achavam que ela não tinha o virtuosismo necessário<br />

para tocar o rock progressivo, novo interesse da banda. Ela ficou depressiva por um tempo, mas não conseguia ‘se<br />

livrar’ da veia musical e formou com a amiga Lúcia Turnbull uma dupla no estilo glam rock (também conhecido<br />

como glitter rock), chamada As Cilibrinas do Éden, que fez única gravação ao vivo no festival Phono 73 e nunca<br />

foi lançado um disco. Anos depois, uma das músicas da dupla daria origem ao hit Shangrilá, em 1980. Rita e Lúcia<br />

desistiram da dupla e formam a banda Tutti-frutti - que finalmente conseguiu gravar alguns discos e fortalecer<br />

o sucesso da música “Esse tal de roquenrou”.<br />

A malandragem de Cássia Eller<br />

Mesmo apostando muito mais nas baladas, Rita Lee ainda tocava rock na década de<br />

1980 e já influenciava outras artistas, por exemplo, a Pitty. E também Talita que foi casada com<br />

o filho da Rita, o Beto Lee, sendo a mãe da primeira neta de Rita Lee (foto ao lado). A Talita<br />

atualmente é vocalista da banda Motores e não é mais casada com o filho de Rita Lee, e tem<br />

feito sucesso no mundo do rock, pois sua atual banda é muito bacana, com muita energia, como<br />

fala em uma de suas músicas “Menina isso é rock n’roll”. Bom, é perceptível que o rock feminino<br />

no Brasil sempre foi muito bem representado por Rita Lee, ela tem a carreira duradoura e<br />

está na ativa até hoje em dia.<br />

Nos anos 1990 surgia Cassia Eller que tinha atitude total rock n’ roll invandiu a cena rock conquistando o nos-<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 27


so país e colocando em pauta a<br />

questão da homosexualidade, já<br />

que ela era gay assumida. Voz<br />

grave, às vezes confundida com<br />

voz masculina, ela até hoje deixa<br />

saudades, pois em 2001 infelizmente<br />

faleceu após uma parada<br />

cardiorespiratoria. Ela chegou a<br />

cantar vários estilos, mas o rock<br />

prevalecia em boa parte de sua<br />

obra. Nem só em sua música, mas também em sua maneira<br />

transparente de ser, falando tudo doa a quem doer.<br />

A canção “Malandragem” a fez ficar conhecida nacionalmente,<br />

tanto que rendeu várias parcerias, inclusive<br />

com Rita Lee.<br />

Penélope mostrou que na Bahia é possível fazer rock<br />

Em 1995 a baiana Penélope - que ficou na estrada<br />

durante quase 10 anos e contava com a Erika Martins<br />

nos vocais e na guitarra – fez muito sucesso. O hit que<br />

tornou a banda conhecida no país inteiro foi<br />

“Namorinho de Portão” (regravação da Gal<br />

Costa, com letra do Tom Zé, que fez muito<br />

sucesso em 1968 e foi tema da novela Malhação<br />

em 2000). Lembrando que, no início<br />

da carreira, a banda se chamava Penélope<br />

Charmosa, mas a Hanna-Barbera, empresa criadora do<br />

desenho, não liberou a utilização do nome. Assim que<br />

a banda Penélope encerrou atividades, em 2005, Erika<br />

Martins seguiu carreira solo e participa do projeto<br />

Lafayette e os Tremendões.<br />

As guitarras pesadas de Syang<br />

Também em 1995 surgia a<br />

banda P.U.S com a Syoung, que toca<br />

guitarra desde os 12 anos de idade<br />

(muito bem, diga-se de passagem),<br />

e dividia atividades ao lado do então<br />

marido Ronany (vocal). Syoung foi<br />

uma das poucas mulheres no Brasil<br />

até o momento a tocar rock pesado com pitadas de trash<br />

<strong>metal</strong>, pois é muito raro ver as mulheres envolvidas em<br />

projetos <strong>metal</strong>, a maioria toca pop rock. E não me pergunte<br />

o motivo. Acho que não tem explicação, talvez a<br />

maioria curta muito mais essa vertente do rock. Syoung<br />

adorava AC/DC e se apaixonou pela irreverência e timbres<br />

fortes da guitarra de Angus Young. Por sorte teve a<br />

felicidade de o conhecer pessoalmente, no <strong>Rock</strong> in Rio,<br />

e foi batizada com esse nome pelo próprio Angus. Por<br />

falar em <strong>Rock</strong> in Rio, ela participou do evento ao lado<br />

do Biquini Cavadão e fez parte de uma das formações<br />

28 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009<br />

da banda gaúcha<br />

DeFalla.<br />

Atualmente ela usa<br />

o nome Syang. Sumiu por um tempo e depois ressurgiu<br />

nas telas no programa Casa dos Artistas 2 (SBT) em<br />

2002, apresentou um programa na TV Gazeta chamado<br />

Swing com Syang e lançou o livro "Sexualidade<br />

na Gravidez". Muitos fãs se decepcionaram quando<br />

ela começou a cantar músicas pop, mas alguns ainda<br />

acreditam que ela volte pro mundo do <strong>metal</strong> com o peso<br />

dos seus riffs de guitarra.<br />

Pitty sacode a poeira e mostra o que a baiana tem<br />

O rock feminino<br />

no mainstream ficou um<br />

tempo adormecido no final<br />

dos anos 1990, até que<br />

no início dos anos 2000,<br />

Pitty deu um pontapé na<br />

porta, tirando o mofo, e ao<br />

sacudir a poeira conquistou<br />

também um lugar ao<br />

sol, além de fazer com que<br />

as mulheres voltassem a<br />

brilhar no mundo do rock.<br />

Até hoje ela incentiva muitas<br />

meninas do Brasil a<br />

tocar numa banda de rock. E cada vez mais mulheres<br />

surgiram: Megh Stock (ex Luxúria), Vanessa do Ludov,<br />

Bianca Jhordão do Leela. No underground tem muita<br />

banda bacana: Dominatrix, Private Dancers, Homocinética,<br />

Punkake, Condessa Safira, Lipstick, DKLC,<br />

Mixtape, Gloss, entre outras e outras e outras.<br />

Voltando a falar na Pitty, antes de iniciar a carreira<br />

solo em 2002, a roqueira baiana já tinha tocado<br />

em duas bandas. Ela foi baterista da Shes e vocalista<br />

da Inkoma. Ah! E Na banda Shes tinha a guitarrista<br />

Carol Ribeiro que atualmente faz parte da banda baiana<br />

chamada Lou e conta com a participação de outras<br />

garotas. Em quase seis anos de carreira Pitty já faturou<br />

cerca de 40 prêmios, a maioria deles graças ao Video<br />

Music Brasil da Music Televion brasileira. Na bagagem<br />

ela ainda carrega dois CDs de estúdio e dois ao vivo,<br />

fora centenas de shows por todo território nacional e<br />

apresentações no Japão e Portugal.<br />

Você pode reclamar “faltou falar de muita<br />

gente”. Claro, com toda razão! Mas ainda teremos muitas<br />

e muitas outras edições da coluna Mundo <strong>Rock</strong> de<br />

Calcinha aqui na Revista <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> para falarmos sobre<br />

as mulheres do rock. Na próxima vamos passear<br />

pela história da gringalhada. Isso é só o começo baby!


CRÉDITOS DAS IMAGENS<br />

todas as fotos - Crédito Divulgação<br />

foto Talita Motores - Crédito Juliana Negri<br />

foto Pitty - Crédito Caroline bittencourt<br />

cartum - Marcio Baraldi<br />

A Colunista Gisele Santos é paulista da<br />

gema, formada em Administração de Empresas<br />

e Radiojornalismo. Atualmente cursa o último<br />

ano de Comunicação Social Jornalismo. Desde<br />

2002 trabalha como assessora de imprensa na área<br />

cultura/música. Manteve o portal Mundo<strong>Rock</strong>.net<br />

no ar durante nove anos, já apresentou alguns programas de rádio como Mundo <strong>Rock</strong><br />

(MetroMix e Rádio Mundo <strong>Rock</strong>), Alternoise (Rede Blitz) e 98 in <strong>Rock</strong> (98 FM).<br />

Criou em 2007 o Mundo <strong>Rock</strong> de Calcinha que já faturou três prêmios na categoria “Melhor Programa de Rádio”<br />

– parte integrante do portal www.mundorockdecalcinha.com (jornalismo especializado em rock feminino).<br />

E-mail: programa@mundorockdecalcinha.com


ENTREVISTA: BANDA S16<br />

Por Fernanda Duarte<br />

A <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> entrevistou a banda S16, de Araraquara no interior do Estado de São Paulo. Eles<br />

fazem um misto de influências e gerações diferentes, porém tudo com o mesmo propósito “A paixão<br />

por música”. Há um ano, a banda composta por André Virgilio, 33 anos e Thiago Marques 22 anos,<br />

guitarristas; Édio Gonçalves, 24 anos, vocalista; Diogo Cardoso, 22 anos, baterista e Leandro Aguiar,<br />

22 anos, tecladista, uniu estilos para fazer rock/<strong>metal</strong>. No início, o que era apenas uma idéia para<br />

quebrar a rotina e se divertir, acabou virando brincadeira séria.<br />

Dentro da garagem onde ensaiam, influências de bandas como Deep Purple, Metallica, Black<br />

Sabbath, Iron Maiden e Black Label Society, faz a S-16 compor canções próprias, em português,<br />

caracterizadas pelo rock e <strong>metal</strong> de suas influências, mas com desapego. Em 2008, a banda gravou<br />

um demo com três músicas próprias e você confere a entrevista que resume a carreira e os objetivos<br />

desta banda.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Como surgiu a ideia de unir a S-16? E<br />

qual o significado deste nome para vocês?<br />

S16: A S16 surgiu de uma conversa entre dois de<br />

nós, o baterista Diogo e o Guitarrista André. Resolvemos<br />

fazer um som e a partir dessa conversa,<br />

reunimos os outros integrantes da banda. Diferentes<br />

influências fizeram com que nós criassemos a identidade<br />

do som da banda e o nome S16 emgloba tudo<br />

isso. O significado do nome é porque ensaioavamos<br />

a rua número 16, então fizemos um trocadilho entre<br />

ensaio e 16, o que originou S16<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Quais as principais influências dos integrantes da S-16?<br />

S16: Temos muitas. Achamos importante as bandas terem influências variadas assim, havrá o desapego por exemplo,<br />

de estilo musical. O que mais gostamos de ouvir é Metallica, Black Label Society, Sepultura, Ozzy Osbourne,<br />

Deep Purple, ZZ Top e atualmente temos ouvido muito Oficina G3.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: As músicas do S-16, atualmente, são todas escritas em português. Vocês pretendem compor em<br />

outras línguas futuramente?<br />

S16: Gostamos do nosso idioma e de escrever nele. Pretendemos continuar compondo em português. Muitas<br />

bandas com o nosso estilo preferem a música em inglês, talvez pela sonoridade. Porém, queremos passar nossa<br />

mensagem através da música e que ela atinga diretamente as pessoas com a compreenção total do que falamos.<br />

Com o inglês, essa meta não seria facilmente cumprida.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Quais são as novidades da S-16 para 2009? Além da divulgação do demo, há previsão de lançamento<br />

do álbum?<br />

S16: Estamos em fase de finalização da nossa demo. Estamos nos empenhando, ensaiando bastante e fazendo um<br />

trabalho de qualidade. Pretendemos lançar nosso CD até o final do ano, mas a novidade mesmo é que em breve<br />

vamos filmar nosso primeiro videoclipe. Claro que, precisamos de apoios para que tudo isso seja feito e estamos<br />

abertos às empresas ou quem quiser apostar no nosso trabalho.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Como foi recebido o primeiro demo da banda na mídia? Vocês já têm uma ideia também da aceitação<br />

do público?<br />

S16: Graças a Deus foi recebido muito bem. Temos um retorno bom do público, que comentam o nosso trabalho,<br />

30 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009


mandam e-mail, visitam nossa página para escutar.<br />

São opiniões e críticas muito boas sobre o que<br />

fazemos e isso nos dá forças para fazer mais sempre,<br />

fazer melhor e nos empenharmos para sempre levar novidades para<br />

nosso público.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Os integrantes da S-16 possuem outros projetos paralelos?<br />

Se sim, isto atrapalha os compromissos da banda ou conseguem conciliar<br />

tudo tranquilamente?<br />

S16: Não. Nós concentramos nosso esforços ao S16. Não temos nenhum projeto paralelo em relação a musica.<br />

O que mais pesa é a responsabilidade que temos pois trabalhamos todos e um dos integrantes trabalha em outra<br />

cidade. Isso dificulta os ensaios um pouco, mas estamos focados em nossa banda, temos outros compromissos<br />

mas nada que atrapalhe o andamento da S16. Atualmente estamos compondo e conseguimos conciliar tudo. O<br />

sonho um dia é apenas trabalhar com música, chegaremos lá (rs).<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: A S-16 já assinou com alguma gravadora ou trabalha de forma independente?<br />

Como vocês vêem hoje as oportunidades para bandas de rock/<strong>metal</strong> no<br />

Brasil?<br />

S16: Por enquanto, trabalhamos de forma independente, mas estamos em busca de<br />

propostas. Trabalhamos com uma equipe de assessoria de imprensa, que nos ajudado<br />

muito a divulgar nosso som, porém estamos atrás de algum produtor. Atualmente está<br />

mais fácil divulgar o trabalho das bandas pois a massa fica na internet. O espaço é<br />

pequeno para tantas pessoas, mas com uma música bem feita e muito trabalho se consegue chegar lá.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: A <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> agradece a oportunidade de entrevistar a S-16 e deixa este espaço a disposição para<br />

recados aos fãs e leitores.<br />

S16: Agradecemos ao espaço cedido pela <strong>Rock</strong> Spot e gostaríamos que as pessoas ouvissem nosso som no www.<br />

myspace.com/<strong>s16</strong>rock e em breve estaremos tocando em Araraquara e Matão e contamos com a presença de todos.<br />

Nossa agenda será divulgada no site www.elsonora.com, assim com lá você também pode ver novidades da<br />

banda e nossa agenda. Se algum empresário ou empresa se interessou pela banda, entre em contato conosco pelo<br />

e-mail imprensa@elsonora.com. O site de vocês está de parabéns, trabalho exemplar e cobertura ampla musical.<br />

Valeu!<br />

Contatos:<br />

E-mails: imprensa@elsonora.com; contato@elsonora.com ; comercial@elsonora.com<br />

MYSPACE - http://www.myspace.com/<strong>s16</strong>rock<br />

FOTOLOG - http://www.fotolog.com/<strong>s16</strong>rock<br />

ORKUT – PERFIL - http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=5374965708910683144<br />

ORKUT - COMUNIDADE - http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=82491653<br />

Quer milhares de pessoas de olho em sua<br />

BANDA???<br />

Seu sucesso já tem endereço certo www.rockpost.com.br<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 31


1º Fest Metal de Presidente<br />

Epitácio - Show pela Paz<br />

Como prometido em nosso site você confere aqui a matéria completa sobre o “1º Fest Metal de Presidente<br />

Epitácio- Show pela Paz”, que reuniu uma estrutura para ninguém colocar defeito, com som de qualidade e excelentes<br />

bandas, a galera pode curtir o que anda em alta na Cena do <strong>Rock</strong> e do Metal Nacional. A <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> esteve<br />

lá para fazer a cobertura exclusiva dos shows. O imenso Palco fixo a beira do Rio Paraná, no Parque Figueiral,<br />

protagonizou com grandeza esta festa, que além de apresentar as melhores bandas, fez sua homenagem ao<br />

aniversário da cidade que ocorreu no dia 27 de março.<br />

Conversamos com alguns dos responsáveis pelo evento, Denever e Sidney, que ficaram satisfeitos com os<br />

resultados da organização, sendo a Prefeitura Municipal de Presidente Epitácio a principal responsável por toda<br />

a estrutura disponível para as bandas e público. Denever afirmou ainda: “Sem a prefeitura e o apoio da Secretaria<br />

de Cultura do Município não seria possível organizar tal evento”... Além disso muitos outros colaboradores merecem<br />

destaque também como Aldo Beehlerr, responsável pela organização das bandas, o Hotel Fazenda Thermas,<br />

que foi responsável pela estadia das bandas que vieram principalmente da cidade de São Paulo e arredores para o<br />

evento, Sidney da rádio Avalanche Metal entre outros.<br />

Aldo Beehlerr, um dos responsáveis pela organização do evento, declarou: “... mais de um ano de planejamento<br />

para a realização do evento, entre tantos contatos e correria, uma longa viagem a ponta do Estado de São<br />

Acima Sidney e Denever (membros da organização<br />

do evento<br />

Paulo, tudo isso em meio a paixão pelo <strong>Rock</strong>, enfim o<br />

resultado foi o esperado por todos”. Realmente as bandas<br />

subiram e fizeram seu papel muitíssimo bem.<br />

O cast da festa incluía as bandas Rygel, Ace4-<br />

Trays, Hard16, Skaldicsoul, HellLight, Santo Graal,<br />

Hollowmind, Struckroot e Crusader, além de bandas<br />

da própria região que fizeram a abertura no sábado<br />

(28).<br />

Domingo (29), ficou por conta das bandas oficiais<br />

do evento, com apresentações que dispensam qualquer<br />

comentário.<br />

Com destaque para o vocal de Ricardo, a<br />

StruckRoot, com seu som diferente, conquista fãs por<br />

onde passa, “foi muito elogiada pela organização do<br />

festival, pois subiram no palco e mostraram seu tra-<br />

32 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009<br />

NA ESTRADA<br />

As bandas da região que agitaram o Parque Figueiral, fazendo abertura<br />

dos shows no sábado, 28 de março.<br />

Acima a galera das bandas Rygel, StruckRoot,Skaldicsoul e<br />

Santo Graal confraternizando com o management Aldo Beehlerr


alho com simplicidade e garra, com músicos de grande talento e técnica” – afirma Aldo Beehlerr. Atualmente a<br />

banda é formada por Ricardo Dupret (vocal), Andre Rahaman (guitarra), Moisés Bandão (baixo) e Alex Oliveira<br />

(bateria).<br />

As principais influências da StruckRoot incluem Pink Floyd, Stone Temple Pilots, Tool, Faith no More,<br />

Neil Zaza, Alter Bridge e Metallica, um leque bem amplo que ajuda a fluir as várias composições que a banda já<br />

desenvolve para o lançamento de seu CD.<br />

A banda, que foi formada em Guiana, em Março de 2004, passou por várias mudanças desde então, até chegar a<br />

São Paulo com sua atual formação. Com a demo gravada em 2007, eles pretendem agora finalizar seu primeiro<br />

ábum em 2009.<br />

Entre as bandas que se apresentaram tivemos a oportunidade de conversar com a galera de Jundiaí – SP<br />

do Skaldicsoul, que nasceu no ano de 2006, inicialmente com a proposta musical de power <strong>metal</strong>, conforme o<br />

single "Forbidden Eyes" lançado em 2007. A banda passou por algumas<br />

mudanças em 2008 e atualmente pode ser classificada como folk/viking<br />

<strong>metal</strong>. O vocalista Rogério Malgor nos explicou um pouco sobre este<br />

novo estilo e as propostas da banda, em uma breve entrevista concedida<br />

a nossa equipe:<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Quando surgiu a Skaldicsoul? Fale um pouco sobre a<br />

banda.<br />

Rogério: A banda nasceu em 2006, e em 2008, depois de várias mudanças<br />

chegamos ao folk/viking <strong>metal</strong>. A Skaldicsoul conseguiu se firmar realmente agora, houve muitas mudanças<br />

de integrantes e agora realmente acertamos o time e o estilo. Estamos gravando nosso primeiro álbum com previsão<br />

de lançamento ainda para este ano.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Qual foi a razão de adotar esta nova vertente do <strong>metal</strong> considerada “folk/viking <strong>metal</strong>”. Por ser<br />

novo, explique um pouco sobre este estilo.<br />

Rogério: É um estilo basicamente de origem européia, vem da mitologia nórdica, e adequamos isso a nossa<br />

banda, introduzindo o Folk e mantendo traços de Power <strong>metal</strong>, mas sem perder a originalidade. Eu sou de<br />

descendência escocesa, toco gaite de fole, flauta irlandesa. Eu sempre fui<br />

ligado a essas coisas e acabei trazendo isso para a banda, faço parte também<br />

da religião viking e tivemos a ideia de misturar tudo, o folk e o viking, a parte<br />

celta também está interligada a tudo isso. Hoje deixamos nossas outras influências<br />

de lado e trabalhamos apenas com estas.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Vocês lançaram uma nota recentemente que estão gravando o<br />

primeiro álbum sob a produção de Bruno Maia, frontman do Tuatha de<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 33


Dannan. Como está o andamento deste ábum e já tem previsão de lançamento?<br />

Rogério: Estamos na verdade no meio da gravação do álbum, porém<br />

será lançado um EP agora em maio, contendo três músicas. O álbum<br />

apresentará dez composições da Skaldicsoul. Tanto o álbum quanto o<br />

EP estão sob a produção do Bruno Maia.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Além do lançamento do EP e do álbum há mais alguma<br />

novidade para 2009?<br />

Rogério: Estamos com a nossa turnê de lançamento do EP “Paths in<br />

The Highlands”, sendo o primeiro show este do Fest Metal, seguido de mais dois até o final de maio, e outros já<br />

agendados para o decorrer do ano. Shows fora do país ainda estão em negociação.<br />

O Skaldicsoul se apresentou pela segunda vez em Presidente Epitácio, “com novos integrantes e com<br />

mais técnica, mostraram um trabalho com mais garra e determinação” - segundo Aldo (responsável pelas bandas).<br />

Skaldicsoul subiu no Palco do Parque Figueiral com Rogério Malgor (vocal, gaita de fole escocesa e flauta<br />

irlandesa), Matheus Baren (guitarra), Lui Marestoni (guitarra), Luca Bresciani<br />

(baixo), Odair Otávio (teclado) e o baterista Leandro Lisauskas que substituiu<br />

Raul Pauleto Risso, que não pode viajar.<br />

A banda Hard16 também mostra que mulher sabe muito de rock. Com<br />

demonstração de talento, técnica, carisma e muito mais.<br />

“A vocalista Caroline Ulivieri, comandou o show com uma voz<br />

impecável e maravilhosa e conquistou a galera, a Guitarrista Aya Mae com extraordinário<br />

talento, a baterista Fernanda Tomiko simplesmente perfeita em seu posto, o baixista e técnico de som<br />

Antonio Marcos (Tom) foi um gigante no Palco do Parque Figueiral, substituindo a baixista Renata Kyka ...” –<br />

declaração de Aldo Beehlerr sobre o show de abertura do Fest Metal no domingo.<br />

Formada em janeiro de 2007 como diversão e comunhão entre fãs de Vixen, mostrou que tem muita atitude.<br />

Sempre foi muito difícil encontrar boas mulheres instrumentistas para levar a diante um projeto raro: Fazer<br />

tributo a uma banda totalmente formada por mulheres, com bom gosto, musicalidade e charme é o objetivo da<br />

Hard16.<br />

Em 2000 nasce a banda Rygel, vindos da Baixada Santista, com influências do Hard <strong>Rock</strong> ao Death Metal<br />

resultando num Metal bem moderno sem esquecer os fundamentos do bom Tradicional, e após tantos anos de<br />

estrada e tantas mudanças em seu line-up a banda, no momento, se prepara para apresentar ao público seu mais<br />

novo cd: Realities...Life as it is . As onze faixas inéditas contêm letras recheadas de reflexões sobre as situações<br />

do mundo atual referentes aos homens e seus problemas, visando transmitir pela musicalidade umas mensagens<br />

positivas, fazendo quem escuta interagir sonora e mentalmente. O novo cd foi lançado em janeiro/09 no Brasil<br />

pela gravadora Die Hard Records e sera distribuido na Europa através da Black Funeral Promotion.<br />

34 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009


E em Presidente Epitácio a Rygel se apresentou também em grande estilo, veja as fotos na página 34.<br />

A banda DarkSmile com um som de influencia por bandas<br />

como Black Sabbath, Dio, Iron Maiden, Judas Priest , Deep Purple,<br />

Metal Church, entre outras, fizeram uma excelente apresentação no<br />

Parque Figueiral. Com músicas próprias mostraram a cara da banda<br />

que aborda temas como conflitos sociais, religiosos e existenciais. Ao<br />

lado direito segue a foto da apresentação do Dark Smile no Parque<br />

Figueiral.<br />

A Hollowmind que já é bem conhecida do site <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> também<br />

marcou presença em Presidente Epitácio.<br />

Esta banda que se iniciou no ano de 1993, na região metropolitana<br />

de São Paulo, fez uma grande apresentação, conquistando a<br />

galera, que curtiu o som do Hollowmind no Fest Metal. A banda que<br />

vem sendo bem acolhida pela mídia especializada concedeu recentemente<br />

uma entrevista a Revista Roadie Crew. Confira a foto (lado esquerdo)do<br />

super trio no 1º Fest Metal .<br />

Dentre as bandas presentes tivemos a oportunidade de entrevistar a HellLight, a banda é paulista e nasceu<br />

em 2001, com o intuito de tocar um estilo pouco difundido em nosso país, o Funeral Doom Metal, com uma atmosfera<br />

pagã, suas letras e melodias revelam uma obscuridade muito densa e pesada.<br />

As influências da HellLight são Candlemass, Danzig, Black Sabbath e Bathory. Além disso a banda que,<br />

em 2006, já foi convidada para abrir o show da banda Inglesa Anathema, para este ano tem previsão ainda de abrir<br />

os shows de UDO e Primal Fear, grandes nomes do cenário e que deixam os integrantes satisfeitos por terem seu<br />

trabalho sendo reconhecido. Atualmente o line up do HellLight conta com Fabio (Guitarras e Vocais), Alexandre<br />

(Baixo) e Eric (Teclados).<br />

Durante a breve entrevista que fizemos com o HellLight, Fabio (guitarra e vocal) foi o porta-voz e relatou<br />

um pouco sobre a banda, todos foram extremamente atenciosos com nossa equipe:<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Quando ocorreu a formação da banda<br />

e como foi a repercussão do lançamento do álbum<br />

“Funeral Doom”?<br />

Fabio: O HellLight nasceu em 2001, e com o lançamento<br />

do álbum “Funeral Doom” em 2005 na Alemanha<br />

pela Ancient Dreams, tivemos uma boa repercussão,<br />

a gravadora mesmo nos procurou para fazer o<br />

lançamento do álbum, que foi gravado no Brasil, mas<br />

masterizado na Alemanha.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Qual a proposta do som de vocês? Explique<br />

sobre o estilo da banda.<br />

Fabio: O doom <strong>metal</strong> chegou para a gente de uma<br />

forma especial, é um estilo de música pouco difundido<br />

ainda, e existem poucas bandas que trabalham este estilo no momento, tanto no Brasil quanto no exterior. A<br />

ideia principal da banda é levar este estilo ao conhecimento de um público bem maior, juntamente com o estilo<br />

adotado pelos integrantes que são todos pagãos, nada que tenha a ver com satanismo ou algo assim, é uma estilo<br />

diferente, que tem mais a ver com a natureza, porém as vezes é mal interpretado pelas pessoas.<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 35


<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Quais são os planos do HellLight para 2009?<br />

Fabio: Estamos com um novo trabalho encaminhado, em fase de pré-produção, com<br />

previsão de lançamento até setembro de 2009 pela mesma gravadora a Ancient Dreams<br />

da Alemanha.<br />

A banda HellLight que fechou o evento no 1º Fest Metal de Presidente Epitácio<br />

2009, fez a galera vibrar no melhor estilo Doom Metal.<br />

A <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> parabeniza os organizadores do evento, as bandas que se dedicaram<br />

a uma longa viagem e fizeram ótimas apresentações e agradecemos a Aldo Beeheller<br />

pelo convite para cobertura do evento. Esperamos nos encontrar em um próximo <strong>Rock</strong><br />

<strong>Post</strong> na Estrada.<br />

Conheça as bandas participantes do evento:<br />

http://www.myspace.com/aldobeehlerrmanagement (responsável pelas bandas)<br />

http://www.myspace.com/skaldicsoul<br />

http://www.myspace.com/bandahard16<br />

http://www.myspace.com/helllight<br />

http://www.myspace.com/struckroot<br />

http://www.myspace.com/bandadarksmile<br />

http://www.myspace.com/rygelband<br />

http://www.myspace.com/santograal<br />

Matéria: Fernanda Duarte<br />

Fotos: Douglas Santos e<br />

cedidas pelas bandas<br />

NA ESTRADA


Entrevista: Marcelo Moreira (Burning in Hell e Almah) Por Fernanda Duarte<br />

A banda de <strong>metal</strong> melódico Burning Heall de Caxias do Sul/RS, do renomado baterista Marcelo Moreira,<br />

também conhecido por seus Workshops e o trabalho com o Almah (Eduardo Falaschi), já tem uma história desde<br />

1995, o grupo enfrentou um pouco de tudo ao longo desse tempo: inúmeras mudanças de formação, a distância<br />

dos grandes centros e até o falecimento de um dos integrantes foram pedras que o Burning in Hell teve que tirar<br />

do caminho para prosseguir em sua trajetória. Porém, como o heavy <strong>metal</strong> no Brasil é algo reservado apenas aos<br />

fortes, a banda não apenas sobreviveu a tudo isso como provavelmente vem com novidades para 2009.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: A Burning in Hell está completando este ano 14 anos de existência, durante este tempo provavelmente<br />

foram inúmeras as experiências adquiridas. Quais foram as que mais marcaram a banda?<br />

Marcelo: Acredito que ter conseguido tocar pelo Brasil inteiro, ser respeitado por bandas famosas mundialmente<br />

como o HammerFall que chegou a citar o nosso nome em um de seus cds, ter lançado albuns do outro lado do<br />

mundo no Japão, feito shows ao lado de bandas como HammerFall, Sonata Arctica, After Forever, Angra, Shaman,<br />

Krisiun e Dr. Sin, o álbum Believe ter sido eleito uma das 30 maiores obras primas do <strong>metal</strong> melódico mundial<br />

ao lado de bandas como Helloween, Angra, Rhapsody, Gamma Ray, Dragonforce, Edguy, entre outras pela<br />

revista japonesa Burrn! e muitas outras coisas marcaram muito para cada um da banda.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Quando surgiu o gosto pelo Heavy Metal na vida de vocês<br />

e como foi a entrada para o mundo da música? Tiveram apoio dos<br />

familiares?<br />

Marcelo: Acabou sendo natural para todos nós. Eu e Leandro começamos<br />

a escutar <strong>metal</strong> com 8 e 10 anos respectivamente. Por sermos<br />

irmãos, convivíamos sempre junto curtindo as mesmas coisas. Para os<br />

outros da banda também foi algo parecido. Eu tinha um tio que escutava<br />

rock e <strong>metal</strong> e isso acabou ajudando um pouco. Desde essa época já estávamos começando a tocar. Eu comecei<br />

com 9, o Leandro com 11 o Geraldo com 6. Todos começamos bem cedo, e por entendermos um pouco de música<br />

o heavy <strong>metal</strong> fascinava mais ainda pois é um estilo onde a maioria dos músicos toca bem.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: A banda começou com o estilo que apresenta hoje ou isso foi sendo moldado com o tempo de estrada?<br />

Quais as principais influências que contribuíram para a formação do estilo Burning in Hell?<br />

Marcelo: A base do nosso estilo sempre foi a mesma. Tocamos o estilo <strong>metal</strong> melódico só que mais rápido e<br />

mais agressivo. Acabamos aprimorando com o tempo o nosso estilo, mas mantendo sempre a mesma essência.<br />

Acredito que quem conhece a banda da época de nossas primeiras demos tapes percebe isso. Tem muita galera que<br />

curte a banda desde o início justamente por mantermos<br />

a mesma essência.<br />

Burning Hell e Edguy<br />

Burning Hell e Hammerfall<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Sabemos que Marcelo Moreira (baterista),<br />

também participa da banda Almah e tem outros projetos<br />

paralelos como workshops pelo Brasil. Para você<br />

Marcelo, como é conciliar tudo isso?<br />

Marcelo: Eu adoro tocar. Estar no Almah está sendo ótimo,<br />

pois é uma banda com uma grande projeção e está<br />

mostrando meu trabalho pra mais gente. É um pouco<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 39


diferente do Burning in Hell, mas é heavy <strong>metal</strong> que é o que mais curto. Os workshops foi algo que surgiu naturalmente<br />

e é algo que eu adoro, pois você tem contato direto com as pessoas, responde perguntas, é algo totalmente<br />

diferente de shows. Quando você quer algo você consegue, por isso consigo conciliar tudo.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Quais são os projetos da banda para 2009? Vem álbum novo por aí?<br />

A idéia é mais um álbum sim! Estamos trabalhando já nas músicas, mas ainda não tem data certa para o lançamento.<br />

Se tudo der certo será em 2009 mesmo. Estamos loucos pra lançar mais um material. A galera nos cobra<br />

muito isso.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Vocês que participam diretamente do cenário do Metal Nacional, há 14 anos, vêem alguma<br />

diferença de quando começaram para os dias de hoje? E se sim, quais os pontos positivos e negativos?<br />

Acredito que a maior diferença está na presença da galera nos shows. Isso é um ponto negativo. O ponto positivo é<br />

que ficou mais fácil divulgar o material das bandas. Quando começamos<br />

era tudo através de cartas e não e-mails virtuais, trocando fitas<br />

demos com outras bandas e tudo mais. Na verdade eu achava até<br />

mais legal isso. Acho que quando é um pouco mais difícil a galera<br />

valoriza mais.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Éderson Prado, que é o baixista da Burning in Hell<br />

desde 2006, é considerado um dos baixistas mais rápidos do mundo.<br />

Isso faz com que a banda tenha uma cobrança maior diante dos<br />

fãs e da mídia?<br />

Acredito que não. Ele é rápido, mas isso é só um detalhe na musicalidade<br />

dele. Ele é louco por estudo e tocar rápido foi algo natural,<br />

mas ao mesmo tempo todas as outras técnicas e conhecimento sobre<br />

música vieram juntos. Você não pode querer ser apenas rápido. A velocidade vem naturalmente quando você<br />

estuda bastante. Mas não é por isso que faremos algo mais rápido ou menos rápido. Nossas músicas não são criadas<br />

através de uma ou outra velocidade e sim de ideias que achamos legal. E então achamos a velocidade que essa<br />

idéia soa mais legal. Às vezes mais lenta ou mais rápida. Mas para a gente o que importa é a música ser boa e não<br />

quantas notas ela tem ou se é difícil de tocar.<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: O primeiro álbum da Burning in Hell foi lançado em 2004, e a banda foi fundada em 1995, durante<br />

este tempo que separa o início da banda e o lançamento do primeiro álbum, quais foram as maiores dificuldades<br />

encontradas?<br />

Amadurecer!! Moramos longe de São Paulo e na época para a gente tudo era mais difícil. Hoje com a internet não<br />

têm mais distância entre revistas, gravadoras e tudo mais, mas na época que começamos a gente só sabia tocar<br />

nossos instrumentos, não sabíamos como conseguir contatos e tudo mais. Também comecei tocando com 15 anos<br />

na banda, é natural que você precise de um tempo para saber como uma banda profissional funciona. Um dos<br />

fundadores da banda faleceu em 99 e isso foi a barra mais difícil que passamos!<br />

<strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>: Agradeço a colaboração de vocês concedendo esta entrevista a Revista <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong>, desejamos<br />

sucesso à banda e fiquem a vontade para deixar uma mensagem aos fãs.<br />

Marcelo: Queria agradecer a cada um que sempre nos apoiou e fez com que a nossa vontade de tocar nunca diminuísse.<br />

Todos que tem banda sabem das dificuldades que se passa e 14 anos é tempo o suficiente para passar por<br />

muita coisa. Quero convidar a todos para conhecer nosso site e myspace e nunca deixarem o heavy <strong>metal</strong> morrer!<br />

Obrigado pelo espaço do <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> que fortalece mais ainda o nosso <strong>metal</strong> brasileiro.<br />

Confira: www.burninginhell.com.br<br />

www.myspace.com/burninginhell<strong>metal</strong><br />

40 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009


Ex-baixista do Stratovarius volta a<br />

trabalhar com Timo Tolkki<br />

Como já foi previamente anunciado, o guitarrista Timo<br />

Tolkki está preparando um álbum com outros antigos<br />

membros do STRATOVARIUS, o baterista Tuomo<br />

Lassila e o tecladista Antti Ikonen. O disco se chamará<br />

"Return To Dreamspace", referência a "Dreamspace",<br />

gravado em 1994 com os mesmos músicos.<br />

Agora mais um ex-membro do Strato se juntou ao time, o baixista Jari Kainulainen,<br />

atualmente no EVERGREY. Com isso, o line-up do álbum original está completo novamente.<br />

Mais detalhes serão confirmados logo, mas rumores dão conta que o trabalho<br />

deverá ser lançado em setembro.<br />

Fonte: Whiplash<br />

AXEL RUDI PELL – confirmado para Wacken Open Air 2009<br />

Metallica: Show no Chile<br />

em Janeiro de 2010?<br />

Segundo o jornal La Tercera, três produtoras<br />

chilenas estão disputando a organização<br />

de um show do Metallica em<br />

Santiago, Chile para o final de Janeiro de<br />

2010, para aquilo que deverá ser parte de<br />

uma turnê sul-americana do grupo norteamericano.<br />

Vale lembrar que nenhuma<br />

data foi divulgada ainda oficialmente<br />

pelo Metallica.<br />

Fonte: www.<strong>metal</strong>remains.com<br />

Axel Rudi Pell, neste ano de 2009<br />

celebra o aniversário de 10 anos do atual lineup,<br />

20 anos como artista solo (Wild Obsession<br />

saiu em 1989), seus 40 anos de idade e o 25º<br />

aniversário do primeiro álbum do guitarrista (o<br />

primeiro disco de Steeler saiu em 1984). Para<br />

ele nada melhor do que comemorar todas estas<br />

datas em grande estilo, sendo AXEL RUDI<br />

PELL confirmado como uma das atrações da<br />

edição de 20 anos do festival Wacken Open<br />

Air.<br />

Definitivamente, a história do som pesado alemão nunca seria tão boa sem a<br />

presença marcante desse carismático guitarrista.<br />

Enviem notícias de seus ídolos para rockpost@rockpost.com.br<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 41


No ano de 2008 em Aracaju/se surge a banda SHEKINAH que<br />

em Hebraico significa:( Manifestação da glória de Deus) liderados<br />

pelos Pastores:Ronaldo Amim e Bete loubacker da Missão<br />

Shekinah, Comunidade de missões urbanas atuante em Sergipe<br />

desde 2001.<br />

A principio era um grupo de louvor com som extremo,trabalhando<br />

em todas vertentes do Metal e com essas características que em<br />

Abril do mesmo ano, sai de forma bruta e intacta uma DEMO<br />

com 8 músicas com composições próprias. A música “ PAI NOSSO " é uma versão adaptada da uma passagem<br />

bíblica que nos conta que Jesus cristo ensina-nos a orar.<br />

A influência sonora da Demo varia do Thrash-Core-Black -Doom- Gótico, em geral as letras relatam passagens<br />

bíblicas que refletem nossa fé em Cristo vivenciando um cristianismo autentico e real sem dogmatismos e religiosidade<br />

na qual nos afasta de Deus e do mundo em que nós vivemos, não podemos estar inume ou simplesmente<br />

conformadas com este mundo. A Shekinah surge com o propósito de abençoar ao publico que vão ao show ou<br />

recebe o CD/demo gratuitamente ou aqueles que são alcançados pelas nossas orações e intercessões.<br />

Atravez de nossas letras declaramos salvação, libertação e o manifestar de Deus para este mundo tenebroso resgatando<br />

vidas escravizadas pelo pecado na qual sabemos que sob domínio de satanás. Cremos que a única salvação<br />

para as pessoas que vivem neste mundo é Jesus cristo e a nossa atuação na cena underground não é fazer divisão<br />

dentro do Metal e nem nos proclamar como banda de WHITE METAL porque não somos e não levantamos<br />

bandeira a um movimento faccioso e farizeu, por que foi para isso que esse termo foi criado, para fazer divisão.<br />

Contra todo tipo de divisão e preconceito é que nós não nós importamos em dividir palcos em shows com bandas<br />

de diferentes ramos ideológicos, foi pra isso que surgiu o ROCK´N´ROLL e o Metal em si em ter a liberdade de<br />

se expressar sem medo de expor todo seu sentimento nas letras e no som, naquilo que realmente você acredita e<br />

vive.<br />

SOM DA SHEKINAH: www.bandasdegaragem.com.br/shekinah<br />

FORMAÇÃO:<br />

VOCAL: PR. Bete Loubacker<br />

VOCAL: PR. Ronaldo Amim<br />

BAIXO E VOCAL: Felipe Freire<br />

GUITARRA: César Santana<br />

BATERIA: Samuel Matos<br />

DIVULGUE SUA BANDA<br />

ENVIE SEU RELEASE E<br />

FOTO PROMOCIONAL PARA<br />

rockpost@rockpost.com.br<br />

CONTATO:Email, shekinah.paz@gmail.com<br />

CEL: (79) 88160222/ Felipe Freire<br />

PERFIL NO ORKUT: http://www.orkut.com.br/Main#FullProfile.aspx?rl=<br />

pcb&uid=14338427473539158668<br />

COMUNIDADE NO ORKUT: http://www.orkut.com.br/<br />

Main#Community.aspx?cmm=57429229<br />

Quer milhares de pessoas de olho em sua<br />

BANDA???<br />

Seu sucesso já tem endereço certo www.rockpost.com.br<br />

42 <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> - Abril 2009


Formado em Abril de 2008 em São Paulo, o Command6 nasceu<br />

com o propósito de criar um som pesado, nervoso e brutal, misturando<br />

melodias marcantes e riffs poderosos, sem se prender a rótulos. A banda<br />

foi formada a partir de uma idéia entre amigos, onde todos já haviam<br />

tido um tempo de estrada juntos em outras bandas e projetos. O grupo é<br />

formado por Wash nos vocais, Bruno Luis e Thiago Castro nas guitarras,<br />

Diego Prado nos vocais e contra-baixo e Bugas na bateria.<br />

Graças ao grande empenho de todos os integrantes, em pouco<br />

tempo a banda já tinha material suficiente e pronto para lançar um álbum,<br />

então logo em seguida entram no estúdio para começarem as gravações.<br />

Após cinco meses de trabalho intenso, todo o material está pronto, atingindo<br />

todos os objetivos inicias.<br />

A banda disponibilizou algumas músicas do seu primeiro álbum,<br />

intitulado “Evolution?” em seu website oficial, e vem obtendo uma grande<br />

receptividade tanto no Brasil, quanto ao redor do mundo. Para mais informações,<br />

acesse o site WWW.MYSPACE.COM/COMMAND6<br />

CONTATOS<br />

Tel: + 55 11 3926-2058<br />

Cel: + 55 11 9637-5576/9658-7707<br />

E-mail: bfluiz@uol.com.br<br />

WEBSITE: WWW.MYSPACE.COM/COMMAND6<br />

Divulgue<br />

Atenção Bandas: todas as resenhas<br />

de CDs serão publicadas<br />

em nosso site.<br />

www.rockpost.com.br<br />

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Wash: Voz<br />

Bruno Luis: Guitarra<br />

Thiago Castro: Guitarra<br />

Diego Prado: Baixo & Voz<br />

Bugas: Bateria<br />

sua<br />

Banda<br />

Envie seu release para rockpost@rockpost.com.br<br />

Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 43


Formado em Abril de 2008 em São Paulo, o Command6 nasceu<br />

com o propósito de criar um som pesado, nervoso e brutal, misturando<br />

melodias marcantes e riffs poderosos, sem se prender a rótulos. A banda<br />

foi formada a partir de uma idéia entre amigos, onde todos já haviam<br />

tido um tempo de estrada juntos em outras bandas e projetos. O grupo é<br />

formado por Wash nos vocais, Bruno Luis e Thiago Castro nas guitarras,<br />

Diego Prado nos vocais e contra-baixo e Bugas na bateria.<br />

Graças ao grande empenho de todos os integrantes, em pouco<br />

tempo a banda já tinha material suficiente e pronto para lançar um álbum,<br />

então logo em seguida entram no estúdio para começarem as gravações.<br />

Após cinco meses de trabalho intenso, todo o material está pronto, atingindo<br />

todos os objetivos inicias.<br />

A banda disponibilizou algumas músicas do seu primeiro álbum,<br />

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Abril 2009 - <strong>Rock</strong> <strong>Post</strong> 43


SuperAction <strong>Rock</strong> Night - Blackmore <strong>Rock</strong> Bar<br />

O SuperAction <strong>Rock</strong> Night, tem por objetivo, divulgar todos os trabalhos, de todos os envolvidos de<br />

maneira séria e profissional, em um local que é altamente conceituado em nosso meio, que é o Blackmore <strong>Rock</strong><br />

Bar, situado na Grande São Paulo, (que dispensa maiores apresentações), além também de fazer uma noite de<br />

confraternização regada a muito rock’n'roll!<br />

Mas também, tem por objetivo um apelo social, já que a proposta também é divulgar e levantar fundos<br />

para o trabalho do INSAT - Instituto SuperAção Total, criado e mantido por Jackson Paula (produtor e diretor do<br />

selo/produtora Heaven's Music Produções e responsável pela realização do evento).<br />

Aqueles que quiserem conhecer um pouco mais sobre esse trabalho, que é destinado aos interesses dos<br />

portadores de necessidades especiais, acessem; www.insat.org.br<br />

Nesta primeira noite, (já que o SuperAction <strong>Rock</strong> Night já tem outras datas marcadas no mesmo local)<br />

vamos ter a presença da seguintes bandas;<br />

- Heavenly Kingdom (Heavy/Thrash Metal, de Cubatão - www.myspace.com/heavenlykingdom )<br />

- No Sense (GrindCore, de Santos - www.myspace.com/nosensegrindcore)<br />

- Forka (ThrashCore, do ABC Paulista - www.myspace.com/forka<strong>metal</strong> )<br />

- Chaosfear (Thrash Metal, de SP - www.myspace.com/chaosfear )<br />

- The Four Horsemen (Metallica Cover de SP - www.<strong>metal</strong>licacover.com.br )<br />

- E ainda a presença especial de MARCELLO POMPEU (Korzus), em uma superjam com Heavenly Kingdom.<br />

Dia: 31 de maio as 18hrs<br />

Local: Blackmore <strong>Rock</strong> Bar Alameda dos Maracatins, 1.317, Moema - SP<br />

Ingressos: R$15,00 antecipados e R$18,00 no dia<br />

Em ambos os casos, no dia, + 1kg de alimento não perecível (Não serão aceitos sal e açúcar)<br />

Para quem não levar o alimento, será cobrado R$3,00 para compensar esta falta.<br />

A venda na Die Hard (Galeria do <strong>Rock</strong>) - www.diehard.com.br - (11) 3331-3978,<br />

E com as próprias bandas.<br />

Contamos com toda a nação roqueira!<br />

Informações:<br />

Heaven's Music Produções<br />

Fone: (13) 3479-3225<br />

www.heavensmusic.com.br<br />

hmp@heavensmusic.com.br<br />

Atendimento On-Line;<br />

heavensinc@hotmail.com (Msn)<br />

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