1 - Sindicato dos Bancários

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COISAS DE bANQuEIROS
juros continuam nas alturas
Taxa básica Selic cai até sete vezes mais que as dos bancos
A
redução da taxa básica de
juros no Brasil, a Selic, não
vem sendo acompanhada nem
de perto pelos bancos na hora de
definir os patamares de cobrança das
operações de crédito. A diferença de
variação entre a Selic e a média das
taxas bancárias chega a sete vezes,
segundo estudo divulgado em 15 de
julho pela Associação Nacional dos
Executivos de Finanças, Administração
e Contabilidade (Anefac).
Entre dezembro de 2008 e junho de
ImPuNIDADE
o financista e ex-presidente da Nasdaq
Bernard l. Madoff foi condenado
em 29 de junho, nos estados unidos,
a 150 anos de prisão. Durante mais
de 20 anos, Madoff comandou um esquema
fraudulento de aplicações que
resultou em prejuízos a particulares
estimados em uS$ 65 bilhões. “ao
analisar este caso dá para imaginar
o que aconteceria com Madoff se ele
tivesse feito algo parecido no Brasil”,
questiona a secretária-geral do Sindicato,
Juvandia Moreira, lembrando
da quantidade de casos similares que
não resultaram em punições por aqui.
FOLHA bANCáRIA RESumO AgOSTO DE 2009
2009, a Selic caiu 32,73%, de 13,75%
para os atuais 9,25% ao ano. No mesmo
período, porém, a taxa de juros média
para pessoa física apresentou uma
redução de apenas 4,38%, saindo de
137,91% e indo para 131,87% ao ano.
Para pessoas jurídicas, a diminuição foi de
6,54%, de 66,69% para 62,33% ao ano.
Em outras palavras, a Selic caiu no
primeiro semestre quase 7,5 vezes
mais do que os juros para as pessoas
físicas e 5 vezes mais do que as taxas
cobradas para as pessoas jurídicas.
DESPROPORçãO
a indústria financeira internacional
recebeu no último ano quase dez vezes
mais dinheiro público em ajuda do
que todos os países pobres em meio
século. a informação está no relatório
divulgado pela oNu em 24 de junho,
em sua Campanha pelas Metas do
Milênio. Segundo a organização, os
países em desenvolvimento receberam
em 49 anos o equivalente a uS$
2 bilhões em doações de países ricos,
enquanto apenas em 2008, bancos e
outras instituições financeiras ameaçadas
pela crise global receberam
uS$ 18 bilhões em ajuda pública.