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solmontegbi@hotmail.com Resumo: O objetivo deste artigo é ...

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Anais do SIELP. Volume 2, Número 1. Uberlândia: EDUFU, 2012. ISSN 2237-8758<br />

O segundo pilar aborda que o ensino-aprendizagem de uma língua requer alguns<br />

aspectos que envolvem o conhecimento do aluno, o respeito a sua cultura, a sua linguagem, a<br />

adequação do currículo às necessidades do aprendiz, bem <strong>com</strong>o a postura do professor frente<br />

a esta clientela. Assim, o professor precisa pensar o ensino de LM no EM a partir de práticas<br />

pedagógicas culturalmente sensíveis, fazendo uso de uma metodologia de trabalho que<br />

valorize os conhecimentos que o aluno já possui para que ele possa relacioná-los aos novos,<br />

buscando a aplicabilidade de ambos na sua vida.<br />

A linguagem, <strong>com</strong>o meio que favorece essa interação, exerce papel fundamental neste<br />

ensino, principalmente porque o aluno do EM está cheio de questionamentos para os quais<br />

busca respostas e a escola deve proporcionar esta abertura para que ele confie e estabeleça<br />

diálogos, fazendo uso da linguagem em prol de suas realizações.<br />

Assim, as dificuldades de interação entre aluno/professor e aluno/aluno e entre as<br />

diferenças culturais que estes apresentam serão positivamente sanadas. Para Mendes (2008), o<br />

ensino de LM deve partir de uma abordagem intercultural, de modo que abranja todos os<br />

sujeitos envolvidos no processo de ensinar e de aprender. O sentido que a autora dá a essa<br />

abordagem <strong>é</strong>:<br />

o de um esforço, uma ação integradora, capaz de suscitar <strong>com</strong>portamentos e<br />

atitudes <strong>com</strong>prometidas <strong>com</strong> princípios orientados para o respeito ao outro,<br />

às diferenças, à diversidade cultural que caracteriza todo processo de<br />

ensino/aprendizagem, seja ele de línguas ou de qualquer outro conteúdo<br />

escolar. É o esforço para a promoção da interação, da integração e<br />

cooperação entre os indivíduos de diferentes mundos culturais. (idem, p. 61)<br />

Dessa forma, o aprendiz estará mais aberto a conhecer e a respeitar a sua própria<br />

história cultural e a cultura do outro para que possa se entender individual e coletivamente. E<br />

a linguagem, que <strong>é</strong> o veículo de entrosamento entre os indivíduos, deve ser estimulada em seu<br />

uso e funções, para adequá-la a cada situação que estes sujeitos possam enfrentar, sendo<br />

capazes de tomar decisões quanto ao modo que deve usá-la em suas vidas. “E esse processo<br />

de viver inclui, fundamentalmente, o uso da linguagem”. (idem, p. 65)<br />

Outro pilar que deve servir de base para o ensino de LM no EM <strong>é</strong> a <strong>com</strong>preensão de<br />

que tudo que fazemos uso para interagir <strong>com</strong> o outro ou para agirmos interculturalmente<br />

caracteriza-se texto. O texto representa, portanto, o ponto de apoio incondicional ao ensino de<br />

uma língua. É por meio <strong>deste</strong> que a linguagem se concretiza, que toma corpo, que adquire<br />

sentido, que promove mudanças. Segundo Antunes (2009, p. 51),<br />

Entender o fenômeno da linguagem constitui uma tarefa tanto mais fecunda<br />

quanto mais se pode <strong>com</strong>preender os diferentes processos implicados em seu<br />

funcionamento concreto, o que leva, necessariamente, ao domínio do texto,<br />

em seus múltiplos desdobramentos cognitivos, linguísticos, discursivos e<br />

pragmáticos. (...) De fato, um programa de ensino de línguas, <strong>com</strong>prometido<br />

<strong>com</strong> o desenvolvimento <strong>com</strong>unicativo dos alunos, somente pode ter <strong>com</strong>o<br />

eixo o texto, em todos esses e outros desdobramentos. (grifo da autora)<br />

Assim, o trabalho <strong>com</strong> o texto na sala de aula deve ser o ponto de partida e de chagada<br />

no trato <strong>com</strong> a língua. Isso porque <strong>é</strong> atrav<strong>é</strong>s dele que a interação entre os falantes/autores e<br />

ouvintes/leitores acontece e que o seu sentido <strong>é</strong> construído. Dessa forma, <strong>é</strong> fundamental que o<br />

professor ajude o aluno a <strong>com</strong>preender <strong>com</strong>o este processo de busca de sentido se realiza.<br />

O texto não traz em si um sentido pronto e acabado. Este <strong>é</strong> construído na relação<br />

interativa que se dá entre o leitor e o texto. E para isso, <strong>é</strong> necessário que o leitor/ouvinte<br />

relacione os conhecimentos de mundo e conhecimentos linguísticos que já possui aos novos<br />

que vão surgindo atrav<strong>é</strong>s da leitura, fazendo inferências e confirmando ou não suas<br />

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