Cap 16 - Biossíntese e armazenamento de ácidos gordos.pdf - Molar
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A insulina é um hormônio importante para a síntese e <strong>armazenamento</strong> <strong>de</strong> ácido graxo ( Fig. <strong>16</strong>.8). Ela promove a<br />
captação <strong>de</strong> glicose tanto no fígado quanto no tecido adiposo. No fígado, por aumentar os níveis <strong>de</strong> frutose-2,6-bifosfato, ela<br />
estimula a glicólise, aumentando assim a produção <strong>de</strong> piruvato. Ao estimular a <strong>de</strong>sfosforilação do complexo piruvato<br />
<strong>de</strong>sidrogenase e ativar essa enzima, a insulina promove a produção <strong>de</strong> acetil-CoA, estimulando assim o ciclo da TCA e<br />
aumentando os níveis <strong>de</strong> citrato que, por sua vez, através da estimulação da acetil-CoA carboxilase, aumentam a taxa <strong>de</strong><br />
síntese <strong>de</strong> ácido graxo (<strong>Cap</strong>. 21).<br />
Fig. <strong>16</strong>.8 Transporte e <strong>armazenamento</strong> da gordura em resposta à alimentação. Uma refeição estimula a secreção <strong>de</strong> insulina, e a<br />
insulina direciona o metabolismo <strong>de</strong> gorduras para a síntese e <strong>armazenamento</strong>. A insulina estimula a glicólise no fígado, aumentando<br />
<strong>de</strong>sse modo a produção <strong>de</strong> piruvato. Além disso, ela ativa o complexo piruvato <strong>de</strong>sidrogenase (por <strong>de</strong>sfosforilar a enzima) e, portanto,<br />
promove a síntese <strong>de</strong> acetil-CoA a partir do piruvato. Isso estimula o ciclo do TCA e gera citrato. O citrato por sua vez estimula a<br />
acetil-CoA carboxilase, aumentando a taxa <strong>de</strong> biossíntese <strong>de</strong> ácido graxo. DHAP, di-hidroxiacetona fosfato; Fru-1,6-BP, frutose-1,6bifosfato;<br />
Glc-6-P, glicose-6-fosfato; IDL, lipoproteína <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> intermediária; TCA, ciclo do ácido tricarboxílico; VLDL,<br />
lipoproteína <strong>de</strong> muito baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>. (Veja <strong>de</strong>talhes no capítulo 18 sobre o metabolismo <strong>de</strong> lipoproteínas; compare também com a<br />
Figura 21.11.)<br />
MUDANÇAS NA EXPRESSÃO ENZIMÁTICA EM RESPOSTA A INGESTÃO DE ALIMENTO<br />
REGULA O ARMAZENAMENTO DE SUBSTRATOS ENERGÉTICOS<br />
O estado alimentado está associado com a indução <strong>de</strong> enzimas que aumentam a síntese <strong>de</strong> <strong>ácidos</strong> graxos no fígado. Um<br />
gran<strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> enzimas são induzidas, incluindo aquelas envolvidas na glicólise, exemplo glicoquinase (forma hepática da<br />
hexoquinase) e piruvato quinase, assim como enzimas ligadas à produção aumentada <strong>de</strong> NADPH (Glc-6-P <strong>de</strong>sidrogenase, 6-<br />
P-gluconato <strong>de</strong>sidrogenase, e enzima málica). Além disso, existe expressão aumentada <strong>de</strong> citrato liase, acetil-CoA<br />
carboxilase, ácido graxo sintase, e Δ 9 <strong>de</strong>saturase.<br />
Além disso, no estado alimentado, existe concomitante uma repressão <strong>de</strong> enzimas chave envolvidas na gliconeogênese.<br />
Fosfoenolpiruvato carboxiquinase, glicose-6-P fosfatase (Glc-6-P-ase), e algumas aminotransferases encontram-se reduzidas<br />
em quantida<strong>de</strong>, ou por redução na síntese ou por aumento na <strong>de</strong>gradação (<strong>Cap</strong>. 21).