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Cadeia produtiva da indústria de poliéster

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<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong><br />

Cenários econômicos e estudos setoriais<br />

Recife | 2008


Conselho Deliberativo - Pernambuco<br />

Banco do Brasil - BB<br />

Banco do Nor<strong>de</strong>ste do Brasil - BNB<br />

Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral - CEF<br />

Fe<strong>de</strong>ração <strong>da</strong> Agricultura do Estado <strong>de</strong> Pernambuco - Faepe<br />

Fe<strong>de</strong>ração <strong>da</strong>s Associações Comerciais e Empresariais <strong>de</strong> Pernambuco - Facep<br />

Fe<strong>de</strong>ração do Comércio <strong>de</strong> Bens, Serviços e Turismo do Estado <strong>de</strong> Pernambuco - Fecomércio<br />

Fe<strong>de</strong>ração <strong>da</strong>s Indústrias do Estado <strong>de</strong> Pernambuco - Fiepe<br />

Instituto Euvaldo Lodi - IEL<br />

Serviço Brasileiro <strong>de</strong> Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae<br />

Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico <strong>de</strong> Pernambuco - SDE<br />

Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Comercial do Estado <strong>de</strong> Pernambuco - Senac/PE<br />

Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Industrial - Senai/PE<br />

Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Rural - Senar/PE<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Auxiliadora <strong>da</strong> Agricultura do Estado <strong>de</strong> Pernambuco<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco - UPE<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Deliberativo<br />

Josias Silva <strong>de</strong> Albuquerque<br />

Diretor-superinten<strong>de</strong>nte<br />

Murilo Guerra<br />

Diretora técnica<br />

Cecília Wan<strong>de</strong>rley<br />

Diretor administrativo-financeiro<br />

Gilson Monteiro<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>:<br />

cenários econômicos e estudos setoriais<br />

Coor<strong>de</strong>nação geral<br />

Sérgio Buarque<br />

Equipe técnica - Sebrae<br />

João Alexandre Cavalcanti (coor<strong>de</strong>nador <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Observatório Empresarial)<br />

Ana Cláudia Arru<strong>da</strong><br />

Equipe técnica - Multivisão<br />

Enéas Aguiar<br />

Ester Maria Aguiar <strong>de</strong> Sousa<br />

Gérson Aguiar <strong>de</strong> Sousa<br />

Izabel Favero<br />

José Thomaz Coelho<br />

Valdi Dantas<br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Comunicação e Imprensa - Sebrae<br />

Janete Lopes<br />

Revisão<br />

Betânia Jerônimo<br />

Projeto gráfico e diagramação<br />

Z.diZain Comunicação | www.zdizain.com.br<br />

Tiragem<br />

100 exemplares<br />

Impressão<br />

Reprocenter<br />

Sebrae<br />

Rua Tabaiares, 360 - Ilha do Retiro - CEP 50.750-230 - Recife - PE<br />

Telefone 81 2101.8400 | www.pe.sebrae.com.br


Sumário<br />

Lista <strong>de</strong> tabelas e figuras ......................................................................................................5<br />

Palavra do Sebrae ...................................................................................................................7<br />

Apresentação .........................................................................................................................9<br />

Capítulo 1 - Caracterização <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> ................................................................11<br />

Capítulo 2 - Desempenho recente <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> no Brasil ......................................14<br />

Capítulo 3 - Desempenho recente <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> em Pernambuco .......................... 18<br />

Capítulo 4 - Dinamismo futuro <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> em Pernambuco ................................20<br />

4.1 Dinamismo futuro <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> .......................................................................................20<br />

4.2 Perspectiva <strong>de</strong> enca<strong>de</strong>amento e a<strong>de</strong>nsamento ...............................................................21<br />

4.3 Oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios futuros ............................................................................... 22<br />

Capítulo 5 - Espaços <strong>da</strong>s MPEs na ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> .........................................................24<br />

Referências ............................................................................................................................27<br />

Apêndices .............................................................................................................................28<br />

3


Lista <strong>de</strong> tabelas e figuras<br />

Tabelas<br />

Tabela 1 - Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção nacional <strong>de</strong> PET (2004) ............................................. 15<br />

Tabela 2 - Estimativa <strong>de</strong> déficit/superávit <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> futura <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

resinas termoplásticas no Brasil (t/ano) ................................................................................ 16<br />

Diagramas<br />

Diagrama 1 - <strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> ...........................................................................12<br />

Diagrama 2 - Ciclo do complexo petroquímico ......................................................................29<br />

Gráficos<br />

Gráfico 1 - Evolução <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> petroquímica do Brasil (em moe<strong>da</strong> corrente) ................. 15<br />

Gráfico 2 - Participação <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> petroquímica no PIB do Brasil (1996-2004) ............... 16<br />

Gráfico 3 - Evolução do valor <strong>da</strong> transformação industrial <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

petroquímica em Pernambuco (1000 R$ correntes) ............................................ 17<br />

Gráfico 4 - Índice <strong>de</strong> evolução <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química <strong>de</strong> Pernambuco (1996-2004) ............. 18<br />

Gráfico 5 - Taxas médias <strong>de</strong> crescimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s mais dinâmicas <strong>da</strong><br />

<strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação (trajetória mais provável) ........................................ 20<br />

Gráfico 6 - Evolução do volume <strong>de</strong> negócios futuros <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química (R$ bilhões) ... 21<br />

Gráfico 7 - Evolução <strong>da</strong> receita <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s e do número <strong>de</strong> MPEs <strong>da</strong> <strong>indústria</strong><br />

química <strong>de</strong> Pernambuco ..................................................................................... 24<br />

5


Palavra do Sebrae<br />

Os Ca<strong>de</strong>rnos Setoriais resultam do projeto Observatório Empresarial,<br />

que se <strong>de</strong>stina a levar tendências e cenários macroeconômicos, com vistas a<br />

subsidiar o empresariado com informações sobre o ambiente <strong>de</strong> negócios.<br />

Trazem assim, esses ca<strong>de</strong>rnos, a estrutura <strong>produtiva</strong> do setor, analisando<br />

as suas características e <strong>de</strong>sempenho, capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> competir, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

ameaças e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Cabe ressaltar, ain<strong>da</strong>, a importância <strong>de</strong>ste documento como indutor<br />

<strong>de</strong> políticas públicas capazes <strong>de</strong> criar um ambiente favorável à solução <strong>de</strong><br />

eventuais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s no pleno <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um dos setores<br />

estu<strong>da</strong>dos.<br />

Murilo Guerra<br />

Superinten<strong>de</strong>nte do Sebrae em Pernambuco<br />

7


Apresentação<br />

Este documento apresenta uma análise <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> indús-<br />

tria <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> em Pernambuco, procurando i<strong>de</strong>ntificar as futuras oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negócios e os espaços para micro e pequenas empresas. Faz parte<br />

do projeto “Cenários e estudos <strong>de</strong> tendências setoriais” do Sebrae Pernambuco.<br />

Além <strong>de</strong>sta ca<strong>de</strong>ia, o estudo analisou 12 outras ca<strong>de</strong>ias <strong>produtiva</strong>s: avicultura,<br />

construção civil, têxtil e <strong>de</strong> confecções, produtos reciclados, <strong>indústria</strong><br />

naval, <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> material plástico, refino <strong>de</strong> petróleo, <strong>indústria</strong> sucroalcooleira,<br />

<strong>indústria</strong> metalúrgica e produtos <strong>de</strong> metal, <strong>indústria</strong> ma<strong>de</strong>iro-moveleira,<br />

logística e turismo. Para ca<strong>da</strong> uma foi produzido um relatório semelhante<br />

<strong>de</strong> análise <strong>da</strong> dinâmica futura, <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios e dos espaços<br />

para as pequenas e microempresas <strong>de</strong> Pernambuco.<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> é entendi<strong>da</strong>, neste trabalho, como a malha <strong>de</strong> interações<br />

seqüencia<strong>da</strong> <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e segmentos produtivos que convergem<br />

para a produção <strong>de</strong> bens e serviços (articulação para frente e para trás), articulando<br />

o fornecimento dos insumos, o processamento, a distribuição e a<br />

comercialização, e mediando a relação do sistema produtivo com o mercado<br />

consumidor. A competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s fases <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia e, principalmente,<br />

do produto final, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do conjunto dos seus elos e, portanto,<br />

<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e eficiência <strong>produtiva</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les.<br />

9


10<br />

Embora na literatura contemporânea o conceito <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

sistêmica (apoiado na concepção <strong>de</strong> cluster <strong>de</strong> Michael Porter) <strong>de</strong>staque<br />

que a eficiência <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> fatores<br />

e condições externas à mesma (externali<strong>da</strong><strong>de</strong>s) — oferta <strong>de</strong> infra-estrutu-<br />

ra a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, regulação <strong>da</strong> produção e comercialização, disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

tecnologia e <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra qualifica<strong>da</strong>, sistema financeiro, entre outras, a<br />

análise <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia está concentra<strong>da</strong> no processo <strong>de</strong> produção para i<strong>de</strong>ntifica-<br />

ção dos elos <strong>de</strong> maior oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios no futuro <strong>da</strong> economia <strong>de</strong><br />

Pernambuco. Como o objetivo do estudo não é promover o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong>, mas i<strong>de</strong>ntificar na ca<strong>de</strong>ia as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios,<br />

especialmente para as MPEs, partindo <strong>da</strong> hipótese sobre a sua evolução futura,<br />

não será relevante analisar os fatores sistêmicos.<br />

A análise <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> foi feita com base em <strong>da</strong>dos secundários e<br />

informações bibliográficas sobre o tema, incluindo uma análise <strong>de</strong> experiências<br />

<strong>de</strong> outros Estados com a <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> (ver referências). É importante<br />

consi<strong>de</strong>rar que, nos <strong>da</strong>dos estatísticos do IBGE, não existe uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

classifica<strong>da</strong> como tal, <strong>de</strong> modo que, para fazer estimativa sobre o <strong>de</strong>sempenho<br />

passado e as projeções para o futuro, foi consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> parte <strong>da</strong> <strong>indústria</strong><br />

química, entendi<strong>da</strong> como a segun<strong>da</strong> geração do complexo petroquímico.<br />

O documento está estruturado em cinco capítulos: o Capítulo 1 apresenta<br />

uma caracterização <strong>de</strong>scritiva <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> e dos seus elos mais<br />

importantes (ca<strong>de</strong>ia principal, ca<strong>de</strong>ia a montante e ca<strong>de</strong>ia a jusante), numa<br />

abor<strong>da</strong>gem teórica geral, ain<strong>da</strong> não i<strong>de</strong>ntificando os elos presentes e importantes<br />

em Pernambuco; no Capítulo 2, uma análise do <strong>de</strong>sempenho recente<br />

<strong>da</strong>s principais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> no Brasil, <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> para<br />

o Estado <strong>de</strong> Pernambuco no Capítulo 3; o Capítulo 4 procura explorar as<br />

perspectivas futuras <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> nos próximos 13 anos (com base<br />

na trajetória mais provável) e avança na i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negócios que se abrem; no Capítulo 5, uma focalização<br />

dos espaços que as MPEs po<strong>de</strong>m ocupar <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> evolução futura <strong>da</strong><br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>.


Capítulo 1<br />

Caracterização <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>produtiva</strong><br />

A ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>, segun<strong>da</strong> geração do<br />

complexo petroquímico, está organiza<strong>da</strong> em três blocos (ver Apêndice C).<br />

A ca<strong>de</strong>ia principal, no centro, apresenta o processo produtivo que utiliza<br />

etano e nafta como insumos — provenientes <strong>da</strong> refinaria e <strong>de</strong> outros segmentos<br />

<strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química — para a produção <strong>de</strong> eteno, buteno, propeno,<br />

butadieno, benzeno, ácido tereftálico (PTA) e mono-etileno glicol, estes últimos<br />

levando aos polímeros, que se <strong>de</strong>sdobram em PET (Polietileno Tereftálico<br />

<strong>de</strong> Etila), fibras e outras aplicações apresenta<strong>da</strong>s no Diagrama 1.<br />

A comercialização e a distribuição são partes complementares fun<strong>da</strong>mentais<br />

para a eficiência <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong>. A <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> processa<br />

e beneficia os elementos <strong>da</strong> primeira geração — MVC, acetato <strong>de</strong> vinila,<br />

TDI, óxido <strong>de</strong> propeno, fenol, caprolactama, acrilonitrila, óxido <strong>de</strong> eteno,<br />

estireno, ácido acrílico — para a produção <strong>de</strong> resinas termoplásticas e intermediários,<br />

transformando-os em produtos finais como PVC, poliestireno,<br />

polipropileno, policloreto <strong>de</strong> vinila e estireno/ poliestireno, ABS, resinas termoestáveis,<br />

polímeros para fibras sintéticas, elastômeros e poliuretanas.<br />

O PET, produto final <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia, é um polímero termoplástico formado<br />

pela reação entre o ácido tereftálico e o mono-etileno glicol, que formam<br />

um <strong>poliéster</strong> utilizado, principalmente, em fibras para tecelagem e embalagens<br />

para bebi<strong>da</strong>s. Possui proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> termoplástica, isto é, po<strong>de</strong> ser<br />

Capítulo 1 - Caracterização <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong><br />

11


eprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo <strong>de</strong> transfor-<br />

mação. As embalagens PET são 100% recicláveis e a sua composição quí-<br />

mica não produz nenhum produto tóxico, sendo forma<strong>da</strong> apenas <strong>de</strong> car-<br />

bono, hidrogênio e oxigênio.<br />

Inicialmente a resina <strong>de</strong> polietileno tereftalato (PET) <strong>de</strong>stinava-se<br />

unicamente a aplicações têxteis. Somente no fim dos anos 70, come-<br />

çou a ser produzi<strong>da</strong> em garrafa para a <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> embalagens. Hoje,<br />

a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> embalagens é bem superior à <strong>da</strong> <strong>indústria</strong><br />

têxtil. Características como alta resistência mecânica e química, bar-<br />

reira a gases e odores e excelente transparência fizeram <strong>da</strong> resina<br />

PET a principal embalagem para bebi<strong>da</strong>s, principalmente as carbo-<br />

nata<strong>da</strong>s (refrigerantes, por exemplo).<br />

A ca<strong>de</strong>ia a montante é forma<strong>da</strong> principalmente pelas refina-<br />

rias e pela <strong>indústria</strong> química, responsáveis pela oferta <strong>de</strong> insumos<br />

e matérias-primas básicas para a segun<strong>da</strong> geração <strong>da</strong> petroquími-<br />

ca: nafta, gás natural, etano etc. Além <strong>de</strong>ssas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a ca<strong>de</strong>ia<br />

a montante também inclui os segmentos <strong>de</strong> máquinas e equipa-<br />

mentos para construção e operação <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>.<br />

12 <strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>


Por outro lado, na ca<strong>de</strong>ia a jusante, merecem <strong>de</strong>staque<br />

a <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> material plástico, a <strong>indústria</strong> farmacêutica, os<br />

outros segmentos <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química, os adubos, os fertilizantes<br />

e <strong>de</strong>fensivos, a perfumaria e a <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> tintas e vernizes.<br />

Capítulo 1 - Caracterização <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong><br />

13


14<br />

Capítulo 2<br />

Desempenho recente <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>produtiva</strong> no Brasil<br />

A capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> instala<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> no Brasil não é sufi-<br />

ciente para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>man<strong>da</strong> interna, situa<strong>da</strong> em torno <strong>de</strong> 500 mil tonela-<br />

<strong>da</strong>s (estimativa para 2006), apenas do polímero em grau garrafa. O resultado<br />

é a importação crescente <strong>de</strong> resina PET (136 mil tonela<strong>da</strong>s, em 2003) e <strong>de</strong><br />

fôrmas <strong>de</strong> PET para garrafas; as limitações aumentam com a escassez prin-<br />

cipalmente <strong>da</strong> matéria-prima do PET — o PTA, que conta com um único<br />

produtor no Brasil (Rhodiaco) com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para produção <strong>de</strong> apenas<br />

250 mil t/ano. De acordo com a Abipet — Associação Brasileira <strong>da</strong> Indús-<br />

tria PET, a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> nacional <strong>de</strong> resina PET para embalagem cresce cer-<br />

ca <strong>de</strong> 10% ao ano, po<strong>de</strong>ndo ampliar, no futuro, o déficit nacional e, por-<br />

tanto, a importação.<br />

A capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção brasileira <strong>de</strong> PET é <strong>de</strong> pouco menos<br />

<strong>de</strong> 400 mil t/ano (Tabela 1), concentra<strong>da</strong> em quatro gran<strong>de</strong>s empresas,<br />

com a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> <strong>da</strong> Rhodia-Ster.<br />

A produção petroquímica no Brasil vem crescendo continua-<br />

mente nos últimos oito anos, tendo alcançado cerca <strong>de</strong> R$ 54 bilhões<br />

em 2004 (Gráfico 1). A maior parte <strong>de</strong>sta produção concentra-se na<br />

chama<strong>da</strong> primeira geração do complexo petroquímico brasileiro.<br />

No mesmo período, a petroquímica apresenta uma tendên-<br />

cia <strong>de</strong> aumento <strong>da</strong> participação relativa na economia brasileira,<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>


Tabela 1 • Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção nacional<br />

<strong>de</strong> PET (2004)<br />

Companhias PET (t/ano)<br />

Rhodia-Ster 290.000<br />

Braskem 70.000<br />

Vicunha Têxtil 24.000<br />

Le<strong>de</strong>rvin 9.000<br />

Total 393.000<br />

Fonte: Abiquim.<br />

embora <strong>de</strong> forma irregular e com um <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> 1996 a 1998 (Gráfico 2). Em<br />

2004, a <strong>indústria</strong> petroquímica representava cerca <strong>de</strong> 3% do PIB brasileiro.<br />

De acordo com estimativas <strong>da</strong> Abiquim – Associação Brasileira <strong>da</strong><br />

Indústria Química, apesar do aumento <strong>da</strong> participação relativa <strong>da</strong> petroquímica<br />

no PIB, o Brasil po<strong>de</strong> apresentar, no futuro, um déficit na oferta dos seus<br />

principais produtos, caso não amplie os investimentos aumentando a atual<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> instala<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong>. Consi<strong>de</strong>rando apenas a produção adicional<br />

<strong>da</strong> Riopol1 , que já está sendo implementa<strong>da</strong>, em 2013 a oferta <strong>de</strong> quase<br />

todos os produtos <strong>da</strong> primeira e <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> geração ten<strong>de</strong>ria a ser insuficiente<br />

para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>man<strong>da</strong> nacional (Tabela 2) 2 . De acordo com esta<br />

projeção, mesmo com um mo<strong>de</strong>rado crescimento <strong>da</strong> economia brasileira,<br />

em poucos anos o Brasil atingiria o limite <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> instala<strong>da</strong> e passaria<br />

a ter déficit na oferta.<br />

Capítulo 2 - Desempenho recente <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> no Brasil<br />

1 A Rio Polímeros fabricará resinas a<br />

partir <strong>da</strong>s frações <strong>de</strong> etano e propano<br />

do gás natural proveniente <strong>da</strong> Bacia <strong>de</strong><br />

Campos, no interior do Rio <strong>de</strong> Janeiro, e<br />

separa<strong>da</strong>mente em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s em Campos e<br />

na Reduc.<br />

2 A projeção <strong>da</strong> Abiquim consi<strong>de</strong>rou um<br />

crescimento do PIB <strong>de</strong> 3,5% em 2004, 4%<br />

em 2005, 4,5% em 2006 e 5% a partir <strong>de</strong><br />

2007.<br />

15


16<br />

A insuficiência <strong>de</strong> produtos elevará as importações, caso novos inves-<br />

timentos não sejam realizados para a ampliação <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> resinas,<br />

sobretudo levando-se em consi<strong>de</strong>ração que investimentos em plantas petro-<br />

químicas levam cerca <strong>de</strong> dois a três anos para entrar em operação. Entretan-<br />

to, para ofertas <strong>de</strong> maior escala, serão necessárias novas centrais, com prazo<br />

<strong>de</strong> pelo menos cinco anos, <strong>da</strong> concepção do projeto até a operação comercial.<br />

Segundo estimativas <strong>da</strong> Abiquim (que ain<strong>da</strong> não incorporaram a produção <strong>da</strong><br />

nova empresa a se instalar em Pernambuco), o déficit <strong>de</strong> PET <strong>de</strong>ve alcançar<br />

mais <strong>de</strong> 1,28 milhão <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s em 2013.<br />

Tabela 2 • Estimativa <strong>de</strong> déficit/superávit <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> futura <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> resinas termoplásticas no Brasil (t/ano)<br />

Ano PEAD PEBD PEBDL PP PET PVC OS<br />

2008 145.941 37.527 114.440 -469.806 -304.066 -257.111 219.120<br />

2013 -789.946 -332.445 -633.727 -2.348.115 -1.283.605 -970.585 -11.672<br />

Fonte: IBGE.<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>


Capítulo 3<br />

Desempenho recente<br />

<strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> em<br />

Pernambuco<br />

O conjunto <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> petroquímica em Pernambuco vem evoluin-<br />

do, nos últimos oito anos, num ritmo mais rápido e regular (apenas com uma<br />

pequena que<strong>da</strong> em 1998) que o registrado para o Brasil (Gráfico 3), alcançando,<br />

em 2004, quase R$ 750 milhões. Com isso, a petroquímica eleva a partici-<br />

Capítulo 2 - Desempenho recente <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> no Brasil<br />

17


3 Com uma produção em torno <strong>de</strong> 1.260.000<br />

t/ano, o Gruppo Mossi & Ghisolfi é o<br />

segundo maior fabricante mundial <strong>de</strong><br />

resina PET, com plantas industriais<br />

distribuí<strong>da</strong>s pela Europa (Itália), América<br />

do Norte (EUA e México) e América do<br />

Sul (Brasil). Das fábricas localiza<strong>da</strong>s<br />

no Brasil, três estão na Região Su<strong>de</strong>ste<br />

(Paulínia/SP, Poços <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s/MG e<br />

In<strong>da</strong>iatuba/SP) e uma em Pernambuco<br />

(Cabo <strong>de</strong> Santo Agostinho).<br />

18<br />

pação na economia pernambucana, chegando em 2004 com apenas 1,54% do<br />

PIB do Estado, bem menos que a participação do complexo na economia brasileira<br />

(pouco mais <strong>de</strong> 3% no mesmo ano).<br />

Trabalhando com <strong>da</strong>dos do IBGE, que não classifica ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong><br />

nem <strong>de</strong> petroquímica, po<strong>de</strong>-se acompanhar o movimento recente do segmento<br />

através do <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química, bastante importante no<br />

Estado, mas não contendo os componentes <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> geração petroquímica.<br />

Como mostra o Gráfico 4, a <strong>indústria</strong> química pernambucana registrou,<br />

nos últimos oito anos, um lento crescimento <strong>da</strong> produção, com uma que<strong>da</strong><br />

forte em 1998 — a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> apresentou um crescimento <strong>de</strong> 25,4% em<br />

oito anos.<br />

A produção pernambucana <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> não se manifesta ain<strong>da</strong> na<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> química, na medi<strong>da</strong> em que acaba <strong>de</strong> ser implantado o projeto-âncora<br />

<strong>da</strong> Mossi & Ghisolfi3 , <strong>de</strong> US$ 800 milhões, com a maior fábrica<br />

<strong>de</strong> PET do mundo. A M&G <strong>de</strong>ve produzir 450 mil t/ano <strong>de</strong> PET, com<br />

expansão prevista para produção futura <strong>de</strong> 750 mil t/ano <strong>de</strong> PTA, principal<br />

matéria-prima do <strong>poliéster</strong>. A ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong><br />

em Pernambuco po<strong>de</strong> a<strong>de</strong>nsar a jusante com a refinaria e a montante<br />

com a produção <strong>de</strong> filamentos <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> texturizado (fios) para a<br />

<strong>indústria</strong> têxtil. O projeto <strong>de</strong>ve criar uma <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por diferentes produtos<br />

<strong>da</strong> petroquímica, especialmente <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>, como o próprio PTA. Além disso, forma-se uma<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong> futura <strong>de</strong> paraxileno (PX), ácido acético e mono-etileno<br />

glicol (MEG), que constituem insumos para a produção <strong>de</strong> PTA.<br />

Atualmente, a empresa pernambucana vai importar todo o PTA e<br />

todo o MEG utilizado na produção <strong>de</strong> PET.<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>


Capítulo 4<br />

Dinamismo futuro <strong>da</strong><br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> em<br />

Pernambuco<br />

A dinâmica futura <strong>da</strong> economia pernambucana, segundo a trajetória<br />

mais provável 4 , facilita<strong>da</strong> pela recuperação econômica do Brasil, principal-<br />

mente a partir <strong>de</strong> 2011, e pela estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> internacional com ampliação e<br />

abertura do comércio, arrastará o conjunto <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>produtiva</strong>s do Estado.<br />

Em todo caso, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong><br />

<strong>de</strong>verão crescer em ritmo superior à média do PIB pernambucano e mesmo<br />

<strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação.<br />

4.1 Dinamismo futuro <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

De acordo com as hipóteses consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s na trajetória mais provável,<br />

nos próximos 13 anos, a <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> <strong>de</strong>verá apresentar um gran<strong>de</strong><br />

dinamismo econômico, estimula<strong>da</strong> pelos investimentos na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> PET<br />

<strong>da</strong> M&G e seus enca<strong>de</strong>amentos. Seu impacto se manifestará na evolução <strong>da</strong><br />

<strong>indústria</strong> química <strong>de</strong> Pernambuco, que não obstante receberá também impulso<br />

<strong>de</strong> outros segmentos produtivos. De qualquer forma, como uma proxy do<br />

movimento futuro <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>, a <strong>indústria</strong><br />

química do Estado registrará uma taxa média anual <strong>de</strong> 9,93%, no período<br />

2006-2020. O crescimento <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química (como parte <strong>de</strong>la, a <strong>indústria</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>) será superior ao registrado pela <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transforma-<br />

Capítulo 3 - Desempenho recente <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> em Pernambuco<br />

4 Sebrae/Multivisão. Cenários alternativos<br />

<strong>de</strong> Pernambuco. Recife, 2007.<br />

19


20<br />

ção (8,53%) e muito acima <strong>da</strong> média <strong>da</strong> economia pernambucana, estima<strong>da</strong><br />

em 6,27% ao ano.<br />

A evolução será mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>, nos primeiros anos, acelerando-se na<br />

medi<strong>da</strong> em que a ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> for se a<strong>de</strong>nsan-<br />

do, assim como a primeira geração <strong>da</strong> petroquímica. Com efeito, em 2007 a<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> química cresceu 5,8%, ampliando o dinamismo para uma média <strong>de</strong><br />

6,9% ao ano, entre 2008 e 2010. Nos últimos <strong>de</strong>z anos, a taxa média <strong>de</strong> crescimento<br />

será <strong>de</strong> 11,3% ao ano (Gráfico 5).<br />

Como resultado do crescimento diferenciado <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química (acima<br />

<strong>da</strong> média <strong>da</strong> economia pernambucana e <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação),<br />

um aumento <strong>da</strong> sua participação relativa no total do setor industrial do Estado.<br />

Partindo <strong>de</strong> 13,9%, em 2007, como a segun<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> mais importante<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>


<strong>de</strong>pois <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> alimentos e bebi<strong>da</strong>s, a <strong>indústria</strong> química<br />

elevará a sua participação para 14,3%, em 2010, e chegará a<br />

15,3% <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> transformação pernambucana, em 2020.<br />

4.2 Perspectivas <strong>de</strong> enca<strong>de</strong>amento e a<strong>de</strong>nsamento<br />

A implantação <strong>de</strong> uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção PET abre gran<strong>de</strong>s<br />

perspectivas <strong>de</strong> enca<strong>de</strong>amento a montante com a Refinaria Abreu e<br />

Lima, que só estará funcionando na próxima déca<strong>da</strong>. Durante vários<br />

anos, a M&G <strong>de</strong>ve continuar importando quase todos os insumos básicos<br />

para a sua operação, principalmente PTA e MEG. Entretanto, o projeto<br />

do pólo <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> em Suape inclui a instalação futura <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> PTA, ácido acético, MEG e PX, por iniciativa do próprio<br />

grupo. A montante, a <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> ten<strong>de</strong> a um a<strong>de</strong>nsamento mais<br />

rápido pela oferta <strong>de</strong> insumos para a <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> material plástico, uma<br />

<strong>da</strong>s mais dinâmicas ca<strong>de</strong>ias <strong>produtiva</strong>s futuras no Estado.<br />

4.3 Oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios futuros<br />

O crescimento <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> qual se inclui a ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>, <strong>de</strong>ve promover um aumento significativo<br />

do volume <strong>de</strong> negócios futuros em Pernambuco. A taxa média <strong>de</strong> 9,93% ao<br />

ano eleva o produto <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química <strong>de</strong> R$ 1,8 bilhão (estimativa para<br />

2007) para cerca <strong>de</strong> R$ 2,2 bilhões em 2010. Com a aceleração nos últimos<br />

<strong>de</strong>z anos, o volume <strong>de</strong> negócios <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química <strong>de</strong>ve alcançar quase<br />

seis bilhões <strong>de</strong> reais, em 2020, mais que triplicando em 13 anos (Gráfico 6) 5 .<br />

Capítulo 4 - Dinamismo futuro <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> em Pernambuco<br />

5 Para mais <strong>de</strong>talhes sobre a metodologia <strong>de</strong><br />

simulação, ver Apêndice A.<br />

21


22<br />

Os números mostram a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za <strong>da</strong> ampliação dos negó-<br />

cios na ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> e, portanto, <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que se abrem para<br />

os fornecedores e os segmentos que utilizam os seus produtos. Essas opor-<br />

tuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ten<strong>de</strong>m a se concentrar em algumas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s mais consistentes<br />

com o perfil <strong>da</strong> economia pernambucana. A seguir, as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s futuras<br />

<strong>de</strong> negócios na ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> <strong>de</strong> Pernambuco,<br />

diferencia<strong>da</strong>s por etapa. Na ca<strong>de</strong>ia principal, <strong>de</strong>stacam-se:<br />

• reciclagem <strong>de</strong> resíduos plásticos;<br />

• logística <strong>de</strong> embarque e <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> matérias-primas e armazenagem;<br />

• serviços <strong>de</strong> consultoria em engenharia e projetos.<br />

Na ca<strong>de</strong>ia a montante, são i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s as seguintes oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

investimento, com gran<strong>de</strong> dinamismo futuro:<br />

• <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> máquinas e equipamentos;<br />

• usinagem mecânica;<br />

• <strong>indústria</strong> química;<br />

• manutenção <strong>de</strong> equipamentos mecânicos, elétricos, instrumentação e<br />

laboratório químico;<br />

• manutenção <strong>de</strong> elevadores, balanças, extintores <strong>de</strong> incêndio, compressores<br />

<strong>de</strong> ar e frigoríficos;<br />

• inspeções em equipamentos <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> cargas, válvulas <strong>de</strong> segurança<br />

e refrigeração;<br />

• aferições <strong>de</strong> equipamentos críticos (ISO 9000);<br />

• coleta <strong>de</strong> lixo não industrial;<br />

• <strong>de</strong>stinação e tratamento <strong>de</strong> resíduos sólidos;<br />

• uniformes industriais.<br />

Na ca<strong>de</strong>ia a jusante, po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s as seguintes oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negócios:<br />

•<strong>indústria</strong> <strong>de</strong> material plástico (e embalagem plástica);<br />

• <strong>indústria</strong> química;<br />

• <strong>indústria</strong> farmacêutica;<br />

• <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> tintas, esmaltes e vernizes.<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>


Capítulo 5<br />

Espaços <strong>da</strong>s MPEs<br />

na ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong><br />

A <strong>indústria</strong> química — e to<strong>da</strong> a produção <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong> — apresenta<br />

uma gran<strong>de</strong> barreira à entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> tecnologia e opera com escalas mínimas<br />

relativamente altas, que restringem os espaços para as MPEs diretamente<br />

na ca<strong>de</strong>ia principal. Entretanto, na ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> existem espaços importantes<br />

para as MPEs, especialmente nos serviços industriais. Analisando a<br />

<strong>indústria</strong> química, para a qual existem <strong>da</strong>dos do IBGE e <strong>da</strong> Rais, constata-se<br />

que, em 2004, existiam 513 pequenas empresas em operação em Pernambuco,<br />

com um faturamento total <strong>de</strong> R$ 348 milhões.<br />

Consi<strong>de</strong>rando, por outro lado, o crescimento <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> química nos<br />

próximos 13 anos, e mantendo o padrão atual <strong>de</strong> participação <strong>da</strong>s MPEs, as<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s futuras permitem a ampliação do número <strong>de</strong> empreendimentos<br />

<strong>de</strong> pequeno porte para 601, em 2007, cerca <strong>de</strong> 689, em 2010, e 983 empreendimentos,<br />

em 2020, acompanhando a aceleração <strong>da</strong> produção estimula<strong>da</strong>,<br />

em gran<strong>de</strong> parte, pelos investimentos em <strong>poliéster</strong>. O Gráfico 7 mostra<br />

a evolução dos espaços para as novas MPEs, permitindo a criação <strong>de</strong> 382<br />

novos negócios nos próximos 13 anos (média anual <strong>de</strong> 29). A ampliação dos<br />

espaços para implantação <strong>de</strong> novas micro e pequenas empresas acompanha<br />

o aumento do volume <strong>de</strong> negócios. Em 2007, a receita total <strong>da</strong>s MPEs na<br />

<strong>indústria</strong> química <strong>de</strong> Pernambuco <strong>de</strong>ve alcançar R$ 465 milhões, valor que<br />

salta, em 2010, para cerca <strong>de</strong> R$ 621 milhões. Seguindo a trajetória <strong>de</strong> cres-<br />

Capítulo 4 - Dinamismo futuro <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> em Pernambuco<br />

23


24<br />

cimento e supondo que as empresas <strong>de</strong> pequeno porte mantenham sua parti-<br />

cipação no total dos negócios, em 2020 po<strong>de</strong>rá ser estimado um volume total<br />

<strong>de</strong> receita <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 1,63 bilhão 6 .<br />

Acompanhando a expansão <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para as MPEs na indús-<br />

tria química, surgem espaços importantes para os pequenos negócios, nos<br />

diferentes elos <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>, especialmen-<br />

te nos serviços industriais. A seguir, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> maior espaço para as<br />

MPEs <strong>de</strong> Pernambuco na ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong>:<br />

• coleta e processamento <strong>de</strong> resíduos industriais e não industriais;<br />

• serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação e tratamento <strong>de</strong> resíduos sólidos;<br />

• serviços <strong>de</strong> manutenção e reparação <strong>de</strong> máquinas e equipamentos<br />

mecânicos, elétricos e <strong>de</strong> instrumentação;<br />

• serviços <strong>de</strong> vigilância e segurança patrimonial;<br />

• serviços <strong>de</strong> informática incluindo locação <strong>de</strong> equipamentos;<br />

• serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação e tratamento <strong>de</strong> resíduos sólidos;<br />

• fornecimento <strong>de</strong> uniformes e acessórios industriais;<br />

• comunicação social (assessoria <strong>de</strong> imprensa, jornalismo, foto-<br />

grafia, gráfica);<br />

• lavan<strong>de</strong>ria industrial;<br />

• logística <strong>de</strong> embarque e <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> matérias-primas<br />

e armazenagem;<br />

<strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>produtiva</strong> <strong>da</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong>


• serviços <strong>de</strong> consultoria em engenharia e projetos nas<br />

áreas geotécnica civil, mecânica e elétrica;<br />

• fornecimento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> montagem e testes eletro-<br />

mecânicos;<br />

• fornecimento <strong>de</strong> alimentação e operação <strong>de</strong> restaurantes;<br />

• serviços <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> e medicina do trabalho;<br />

• serviços <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> funcionários;<br />

• serviços <strong>de</strong> limpeza e jardinagem;<br />

• locação <strong>de</strong> equipamentos;<br />

• manutenção <strong>de</strong> elevadores e equipamentos <strong>de</strong> refrigeração;<br />

• serviços <strong>de</strong> recarga e manutenção <strong>de</strong> extintores;<br />

• manutenção predial, ruas e áreas ver<strong>de</strong>s (limpeza, eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

hidráulica);<br />

• serviços <strong>de</strong> locação <strong>de</strong> veículos.<br />

Capítulo 5 - Espaços <strong>da</strong>s MPEs na ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong><br />

6<br />

Para mais <strong>de</strong>talhes sobre a metodologia <strong>de</strong><br />

simulação, ver Apêndice B.<br />

25


26<br />

Referências<br />

GOMES, Gabriel; DVORSAK, Peter; HEIL, Tatiana. Indústria petroquímica<br />

brasileira: situação atual e perspectivas. 2005.<br />

GONÇALVES, Saul. A <strong>indústria</strong> petroquímica brasileira. 2002.<br />

KEHRLE, Luiz. Gran<strong>de</strong>s projetos e estratégias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s grupos econômi-<br />

cos em Pernambuco. Recife, 2006.<br />

NETO, Antônio <strong>de</strong> Pádua; VIEIRA, Nádia; BARRETO, Ranieri M. <strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong><br />

<strong>produtiva</strong> petroquímica: ressurge o <strong>de</strong>bate. 2003.<br />

SEBRAE/MULTIVISÃO. Cenários alternativos <strong>de</strong> Pernambuco. Recife,<br />

2007.<br />

______. Evolução <strong>da</strong> estrutura <strong>produtiva</strong> futura <strong>de</strong> Pernambuco. Recife,<br />

2007.<br />

SEBRAE/ONIP. Programa <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>produtiva</strong> <strong>de</strong> petróleo e gás - Inser-<br />

ção <strong>da</strong> micro e pequena empresa. (sli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apresentação)<br />

SIMAS, Raphael. Impactos econômicos e sociais <strong>da</strong> nova refinaria<br />

no Brasil: uma análise comparativa. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, 2006.


Apêndices<br />

A - Metodologia <strong>de</strong> simulação macroeconômica<br />

Para mais <strong>de</strong>talhes sobre a metodologia <strong>de</strong> simulação <strong>da</strong> evolução futu-<br />

ra <strong>da</strong> participação dos setores produtivos no PIB agregado, sugerimos a leitura<br />

do texto “Desempenho econômico e <strong>de</strong>sempenho industrial no Brasil”, <strong>de</strong><br />

Regis Bonelli e Armando Castelar (IPEA, 2003), no qual os autores <strong>de</strong>stacam<br />

que a distribuição setorial <strong>de</strong> longo prazo do PIB segue um padrão <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça<br />

on<strong>de</strong>, num primeiro momento, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s agropecuárias per<strong>de</strong>m peso<br />

em relação à <strong>indústria</strong> que, mais à frente, per<strong>de</strong> espaço para o setor <strong>de</strong> serviços.<br />

A<strong>de</strong>mais, a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> e o ritmo <strong>da</strong> transformação estrutural <strong>da</strong> economia<br />

pernambucana foram condicionados pelo resultado combinado <strong>de</strong> cinco<br />

processos referidos na trajetória futura mais provável: a distribuição setorial<br />

dos investimentos produtivos; os impactos previsíveis dos gran<strong>de</strong>s investimentos<br />

na estrutura <strong>produtiva</strong>; os investimentos em infra-estrutura previstos<br />

influenciando a competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pernambuco;<br />

os fatores externos (mundiais e nacionais) com impacto na estrutura<br />

<strong>produtiva</strong> do Estado; e a distribuição <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> bens e serviços <strong>de</strong> consumo<br />

final, que resulta <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> gera<strong>da</strong> na economia (efeito ren<strong>da</strong>).<br />

27


7 De acordo com o manual <strong>de</strong> instrução <strong>de</strong><br />

preenchimento <strong>da</strong> Rais, <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>clarar<br />

anualmente, entre outros estabelecimentos<br />

e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s do setor formal, todos os<br />

estabelecimentos inscritos no CNPJ,<br />

com ou sem empregados. Assim, os<br />

estabelecimentos que não mantiveram<br />

vínculos empregatícios ou mantiveram<br />

suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s paralisa<strong>da</strong>s, durante o<br />

ano-base, estão obrigados a entregar<br />

a Rais <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> “negativa”. A base<br />

estatística Estabelecimento (ESTB),<br />

utiliza<strong>da</strong> neste estudo e distribuí<strong>da</strong> no<br />

âmbito do Programa <strong>de</strong> Disseminação <strong>de</strong><br />

Estatísticas do MTE, consi<strong>de</strong>ra todos os<br />

estabelecimentos <strong>de</strong>clarantes com ou sem<br />

empregados.<br />

28<br />

B - Metodologia <strong>de</strong> simulação do market share <strong>da</strong>s MPEs<br />

A metodologia <strong>de</strong> simulação <strong>da</strong> expansão do número <strong>de</strong> empresas e do<br />

volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> segmento foi construí<strong>da</strong> a partir dos <strong>da</strong>dos dispo-<br />

níveis nas seguintes fontes: Rais/MTE, ano-base 2004 7 ; PAS/IBGE, ano-base<br />

2004 e PIA/IBGE, ano-base 2004. Estes relatórios forneceram os <strong>da</strong>dos relati-<br />

vos ao número <strong>de</strong> empresas (com ou sem empregados), ao volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s<br />

e ao valor <strong>da</strong> produção no ano-base 2004. A estimativa do volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s<br />

futuras <strong>de</strong> um <strong>da</strong>do segmento produtivo ‘i’, em um ano ‘j’, foi obti<strong>da</strong> multiplicando-se<br />

o PIB do segmento ‘i’ (importado <strong>da</strong>s simulações macroeconômicas),<br />

no ano ‘j’, pela relação entre o volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s e o PIB do segmento ‘i’, no<br />

ano-base 2004 (obtido <strong>da</strong>s fontes cita<strong>da</strong>s). Tal relação, para simplificação, foi<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> constante ao longo do horizonte. A simulação <strong>da</strong> evolução futura<br />

do número <strong>de</strong> empresa do segmento ‘i’, no ano ‘j’, foi, por sua vez, obti<strong>da</strong><br />

dividindo-se o valor do volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s do segmento ‘i’, no ano ‘j’, pelo valor<br />

médio <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s do segmento no ano ‘j’, o qual foi estimado como uma proporção<br />

<strong>da</strong> receita média do setor, no ano ‘j’. Esta proporção (<strong>da</strong><strong>da</strong> pela relação<br />

entre as ven<strong>da</strong>s do segmento ‘i’ e as ven<strong>da</strong>s do setor em 2004) foi manti<strong>da</strong><br />

constante ao longo do horizonte. A simulação <strong>da</strong> evolução do contingente <strong>de</strong><br />

MPEs e dos respectivos volumes <strong>de</strong> negócios para o segmento ‘i’, no ano ‘j’,<br />

foi feita multiplicando-se os valores alcançados para o segmento ‘i’, no ano<br />

‘j’, pelas relações <strong>de</strong> participação <strong>da</strong>s MPEs no número <strong>de</strong> empresas e no<br />

volume <strong>de</strong> negócios, verifica<strong>da</strong>s em 2004. Vale mencionar que a participação<br />

no número total <strong>de</strong> empresas foi manti<strong>da</strong> constante ao longo <strong>da</strong> projeção,<br />

mas a participação nas ven<strong>da</strong>s evoluiu linearmente ao longo do horizonte,<br />

partindo, em 2004, <strong>de</strong> 14,9% para 20%, em 2020.


C - Ciclo do complexo petroquímico<br />

Diagrama 2 • Ciclo do complexo petroquímico<br />

Derivados do petróleo Primeira geração Segun<strong>da</strong> geração<br />

Terceira geração<br />

Gás natural<br />

Etano Eteno<br />

NAFTA<br />

Petróleo<br />

Fonte: Abiquim.<br />

Buteno<br />

Propeno<br />

Butadieno<br />

Benzeno<br />

Paraxileno<br />

Cloro<br />

Dicloretano<br />

Etilbenzeno<br />

Dimetil<br />

tereftalato (DMT)<br />

Ácido tereftálico<br />

(PTA)<br />

Estireno<br />

Polietileno <strong>de</strong><br />

baixa <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

linear (PEBDL)<br />

Polietileno <strong>de</strong><br />

baixa <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(PEBD)<br />

Polietileno <strong>de</strong><br />

alta <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(PEAD)<br />

Policioneto <strong>de</strong><br />

vinila (PVC)<br />

Polipropileno (PP)<br />

Poliestireno (PS)<br />

Acrilonitrila<br />

butadieno<br />

estireno (ABS)<br />

Polietileno<br />

tereftalado (PET)<br />

Filmes, embalagens,<br />

garrafas, utensílios<br />

domésticos, fios e cabos<br />

Tubos, conexões,<br />

filmes, calçados,<br />

frascos, fios e cabos<br />

Autopeças, sacarias<br />

e embalagens<br />

Eletroeletrônicos<br />

e embalagens<br />

Automóveis,<br />

eletroeletrônicos<br />

e telefones<br />

Embalagens e fibras<br />

têxteis <strong>de</strong> <strong>poliéster</strong><br />

29

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