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Coccidiose Bovina e Posistac - Nutrideal

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Artigo 3<br />

Fonte: Fhibro Animal Health<br />

Boletín Técnico – Fhibro Animal Health<br />

<strong>Coccidiose</strong> <strong>Bovina</strong> e <strong>Posistac</strong><br />

<strong>Coccidiose</strong> <strong>Bovina</strong><br />

A coccidiose bovina é considerada, uma das doenças mais importantes que afetam o<br />

rebanho bovino. Esta doença parasitária contagiosa tem muitas semelhanças com a<br />

coccidiose aviaria, mas também somam muitas diferenças que aumentam a sua<br />

complexidade. Este boletim mostrará a doença, e descreverá o papel que <strong>Posistac</strong><br />

pode atuar e auxiliar em seu controle.<br />

As Causas da <strong>Coccidiose</strong> bovina.<br />

A maioria do rebanho bovino doméstico poderá ter contato e ser infetado, em alguma<br />

fase de sua vida, com a coccidiose bovina. As espécies com as quais deveremos<br />

preocuparmos são do gênero Eimeria. Das 13 espécies do gênero Eimeria<br />

encontradas, daremos atenção a 2, Eimeria bovis e Eimeria zuernii , as quais causam<br />

grande prejuízo econômico ao rebanho.<br />

A coccidia ou eimeria são protozoários, parasitas unicelulares que necessitam de<br />

hospedeiro para se reproduzir, para esta finalidade utilizam-se de células intestinais. O<br />

parasita tem a maior parte do seu ciclo de vida desenvolvido no hospedeiro, e parte do<br />

ciclo fora deste. Fora do hospedeiro desenvolve a parte do ciclo em que os oocistos<br />

esporulados se tornam infectantes.<br />

A figura 1 mostra graficamente o ciclo da vida da coccidiose no bovino O oocisto, uma<br />

vez evacuado no esterco, requer pouco mais de 2 a 3 dias para entrar na fase de<br />

esporulados. Sob condições mais desfavoráveis a esporulação poderá levar de 10 a<br />

14 dias. Ressaltamos que somente oocistos esporulados são infectantes, deste modo<br />

podemos afirmar que um animal que ingeriu um oocisto recentemente excretado não<br />

se infectará.<br />

Uma vez que um oocisto esporulado é ingerido, os esporozoito logo eclodem, através<br />

da ação de enzimas. Estes esporozoitos invadem as células epiteliais do intestino.<br />

Da se o inicio do ciclo de reprodução da coccidia, após a primeira invasão, o<br />

esporozoito passam por um curto período de multiplicação reprodutiva assexuada,<br />

então surgem os esquizontes Acontece, então, um rápido crescimento e multiplicação<br />

celular, surgindo outro estagio de desenvolvimento, denominado de merozoitos.


Na primeira geração logo após o rompimento dos esquizontes, são liberados muitos<br />

merozoitos que continuarão outra geração de esquizontes. Este processo pode se<br />

repetir por várias vezes, em um curto espaço de tempo antes da fase sexuada do<br />

ciclo. Chamamos esta fase sexuada de gametogênese, que ocorre no ambiente<br />

intracelular, onde chamamos de macrogametas (fêmeas) serão fertilizados pelos<br />

microgametas (machos), que resultará na formação de novos oocistos, que serão<br />

excretados nas fezes, continuando este processo infinito do ciclo parasitário.<br />

Durante o desenvolvimento deste ciclo de vida, isto é com um desafio pesado, termos<br />

a destruição células epiteliais destruídas pela coccidia. Teoricamente teremos cada<br />

oocisto desenvolvendo 28 milhões novos organismos.<br />

Sinais da <strong>Coccidiose</strong>.<br />

Os sinais clínicos da coccidiose são difíceis de serem vistos, ou podem não ocorrer.<br />

Depois de um pesado desafio os sinais serão visíveis, mas quando isto ocorre já<br />

tivemos um grande prejuízo, pois os sinais clínicos aparecem após 15 dias da infecção<br />

ou mais tarde.<br />

Poderemos observar ate duas manifestações em separado da coccidiose, mas quando<br />

a infecção alcançar proporções clinicas. O mais comum destes sintomas é freqüente<br />

diarréia, os animais afetados exibirão uma diarréia sanguinolenta e fétida com<br />

presença de muco e sangue. Pode ocorrer o prolapso do reto e a temperatura poderá<br />

ser normal ou ligeiramente elevada. Os animais que apresentam os sintomas de<br />

apetite reduzido, e o diagnostico poderá ser confirmado em exame microscópico com<br />

a presença de oocistos nas fezes.<br />

O tempo de ocorrência clinica da coccidiose é de 5 a 6 dias e em situações severas<br />

poderá aparecer uma segunda manifestação da doença que é a nervosa, a causa<br />

real do aparecimento dos sinais nervos são desconhecidos.<br />

A Transmissão da coccidiose.<br />

A transmissão da coccidiose é obviamente, fecal / oral, a maioria dos animais, contudo<br />

são expostos a coccidia em algum momento de sua vida, deste modo à ocorrência da<br />

doença é relacionada a outros fatores epidemiológicos. Provavelmente o mais comum<br />

dos fatores, são relacionados a um ambiente contaminado (desafio pesado), e uma<br />

baixa imunidade devido ao stress provocado por diversas condições, tais como<br />

mudança de ambiente, transporte, mudança de lote etc.<br />

Os oocistos esporulados sobrevivem em condições favoráveis, especialmente em<br />

áreas úmidas, sombreadas, também sobrevive a frio intenso (-25 0 C por 2 meses).<br />

Os surtos de coccidiose ocorrem particularmente em animais confinados e sobre as<br />

condições de calor intenso e umidade, que favorecem a esporulação dos oocistos.<br />

Deste modo à transmissão ocorrera com os animais lambendo um ao outro sujo, ou<br />

atreves da contaminação fecal dos cochos de água e alimentação.<br />

A ocorrência de novos casos de coccidiose tem sido observada, principalmente nos<br />

meses de inverno entre maio a agosto. Esta ocorrência esta ligada mais pela queda da<br />

umidade do que as condições de desafio alto.<br />

Tratamento da <strong>Coccidiose</strong><br />

Quando deparamos com os sinais clínicos da doença, já esta estabelecido um dano<br />

que poderá ser de grande ou pequena monta. O tratamento realizado após o<br />

aparecimento dos sinais clínicos, é uma abordagem do problema que se mostra<br />

ineficiente, ou inadequado para a coccidiose.<br />

Para esta abordagem tardia da doença, deveremos indicar para o tratamento,<br />

medicamentos que agem no final do ciclo da coccidia. Deste modo os tratamentos<br />

tradicionais utilizando-se de drogas como sulfa (sulfametazona ou sulfaquinolona) ou<br />

amprolium é apropriada. Para os animais que apresentam um quadro mais agudo da<br />

doença, seria recomendado a terapia com uso de soluções eletrolíticas (soro) para a


hidratação do animal. Poderemos também utilizar soluções estimulantes e vitamínicas.<br />

Finalmente a utilização de antibióticos para o controle de infecções secundaria.<br />

Prevenção e controle de <strong>Coccidiose</strong><br />

O objetivo principal em buscar a prevenção da coccidiose é evitando a exposição de<br />

oocistos esporulados. Varias práticas de manejo são indicadas para a prevenção,<br />

porem elas encontram algumas restrições praticas na sua utilização, por exemplo à<br />

remoção freqüente dos dejetos nos confinamentos, elevar a cochos onde servimos as<br />

dietas e a águas, certamente elas limitariam a exposição dos oocistos.<br />

A desinfecção do ambiente pode ajudar a limitar exposição no alojamento de novos<br />

animais. Vários desinfetantes podem ser utilizados, podemos incluir a amônia<br />

fumigante, formoaldeído, e brometo de metila. O mais eficaz agente descontaminante,<br />

é luz solar e baixa umidade. Exposições do oocisto a luz solar direta, por um mínimo<br />

de 4 a 8 horas o tornarão inativo. Mas Qualquer oocisto que ficar protegido pelo<br />

esterco ou terra, sobreviverá. Se o ambiente estiver com menos que 25% umidade,<br />

também auxiliara no controle dos oocistos.<br />

A redução da concentração de animais nas baias ou currais, poderá nos levar a dois<br />

objetivos. Primeiro, menos animais significaram uma concentração reduzida de oocisto<br />

no ambiente. Segundo, uma concentração mais baixa de animais, significará redução<br />

do stress dos animais. As tentativas para a redução do stress, passam também pelo<br />

manejo onde manteríamos no mesmo grupo, animais da mesma origem ou grupo, e<br />

assim ao longo do tempo iríamos minimizar a ocorrência de coccidiose clinica.<br />

Finalmente abordaremos a prevenção ou controle da coccidiose bovina, incluímos<br />

nesta abordagem a utilização de medicamentos preventivos, tais como o uso do<br />

amprolium, decoquinato e os ionóforos. Apresentamos <strong>Posistac</strong> como um<br />

anticoccidiano que tem como objetivo atuar e ajudar na prevenção da coccidiose<br />

bovina.<br />

<strong>Posistac</strong> para o Controle de <strong>Coccidiose</strong> <strong>Bovina</strong><br />

Sabemos muito bem da eficácia de salinomicina, para o controle de coccidiose em<br />

avícola. Seria lógico portanto assumimos que salinomicina seria também eficaz e<br />

portanto útil no controle da coccidiose em bovinos. Mas mostraremos a seguir<br />

trabalhos científicos disponíveis que darão suporte às afirmações anteriores, ou seja a<br />

eficácia da salinomicina no controle da coccidiose bovina.<br />

Um estudo direcionado para avaliar a eficácia da salinomicina na prevenção da<br />

coccidiose bovina, foi publicado por Benz and Ernest no American Journal of<br />

Veterinary Research. Nesta pesquisa bezerros experimentalmente infectados com<br />

Eimeria bovis foram tratados com salinomicina nas dosagens 0, 0.33, 0.66 e 1.0 mg de<br />

salinomicina por kg de peso vivo diariamente. Um segundo experimento realizado,<br />

semelhante ao anterior foram infectados, foram tratados diariamente com salinomicina<br />

nas dosagens de 0, 0.5, 1.0 e 2.0 mg por kg de peso vivo. Nos tratamentos com<br />

diferentes níveis salinomicina tiveram sucesso em minimizar a doença e prevenindo a<br />

mortalidade, as contagens de oocistos foram substancialmente reduzidas, nos níveis<br />

iguais ou maiores que 0.66 mg por kg , enquanto os tratamentos iguais ou menor do<br />

que 0.5 mg de salinomicina por kg de peso vivo não demonstrarão a mesma eficiência<br />

do que as dosagens maiores relatadas.<br />

Os resultados deste experimento foram produzidos sob condições extremamente<br />

severas. Os animais utilizados no experimento eram muito jovens e altamente<br />

susceptíveis a danos causados pela coccidiose. O desafio apresentado foi muito alto a<br />

fim de assegurar bons dados, e com isto os resultados apresentados indicam uma<br />

probabilidade muito alta que nos assegura a afirmar que salinomicina seria eficaz na<br />

prevenção da coccidiose bovina nas condições de campo.<br />

Portanto um estudo reportado na literatura mostra o efeito da salinomicina na<br />

contagem fecal de oocistos. No experimento de campo realizado por Marchen and<br />

Berger, relatam que a incidência de coccidiose expresso em porcentagem de


indivíduos que apresentavam contagem de oocisto presentes nas fezes. Foram<br />

incluídos na dieta total, salinomicina nas dosagens de 0, 5.5, 11, 16.5 e 22 ppm , e<br />

incluído 22 ppm de monensina no controle positivo. Devemos lembrar que quando<br />

ofertamos 100 mg por cabeça dia de salinomicina, esta corresponde ao mesmo que<br />

16,5 ppm em bezerros e 11 ppm e animais adulto.<br />

As observações deste experimento estão apresentadas na tabela 1. Que mostram<br />

claras evidencia nos resultados que a salinomicina é altamente eficaz na redução da<br />

contagem de oocisto, não importando o nível utilizado, a redução da contagem de<br />

oocisto é significante, durante os 111 dias experimentais, mostrando ser igual ou<br />

superior aos resultados apresentados pelo tratamento realizado com monensina.<br />

TABELA 1<br />

Incidência e concentração de oocistos<br />

coccidial<br />

Em novilhas tratadas Monensina e<br />

diferentes<br />

Item 0 5.<br />

5<br />

Incid<br />

ência<br />

Day<br />

0<br />

Day<br />

28<br />

Day<br />

111<br />

Conc<br />

entra<br />

tion<br />

Day<br />

0<br />

Day<br />

28<br />

Níveis de Salinomicina<br />

Salinomicina<br />

ppm<br />

10<br />

0<br />

59,<br />

5 a<br />

66.<br />

6 c<br />

2.0<br />

14<br />

69<br />

6 a<br />

91.<br />

7<br />

57,<br />

9 a<br />

11 16<br />

.5<br />

%<br />

94.4 100 93.<br />

3<br />

40.5 a<br />

b<br />

11,4<br />

d<br />

m<br />

o<br />

n<br />

e<br />

ns<br />

in<br />

22 22 S<br />

E<br />

18,<br />

9 d<br />

10<br />

0<br />

22.<br />

2 d<br />

14.<br />

3 c 14.3 d 14.3<br />

d 9.5 d 21.<br />

4 d<br />

Oocistos de Coccídeas / g<br />

fazes<br />

3.4<br />

06<br />

34<br />

8 ab<br />

3.53<br />

4<br />

3.25<br />

7<br />

2.33<br />

3<br />

1.9<br />

72<br />

4.<br />

9<br />

1<br />

0.<br />

2<br />

9,<br />

5<br />

97<br />

1<br />

260 a<br />

b 32 d 64 d 67 d 19<br />

9<br />

Day 60<br />

111 0 c 48 d 38 d 48 d 16 d 86 d 75<br />

a<br />

Erro médio padrão<br />

b<br />

Percentagem de animais possíveis de<br />

detectar coccidia.<br />

cd<br />

Não apresentam, na mesma coluna<br />

significância estatística


diferença (P


pgs. 31-32.<br />

2. Benz. G. W. and J. V. Ernst<br />

Efficacy of Salinomycin in Treatment of Experimental Eimeria bovis Infections in<br />

Calves.<br />

Am. J. Vet. Res,. Vol. 40. No.8. 1979<br />

pgs. 1180.) J 86,<br />

3. Eness. P.G.<br />

Clinical Considerations of Bovine Coccidiosis<br />

The Bovine Proceedings - No. 17: April. 1985<br />

pgs. 144.146.<br />

4. Fox-J.E.<br />

Coccidiosis in Cattle<br />

Modern Veterinary Practice February 1985<br />

pgs'; 113-116. '<br />

5. Merchen, N.R and L. L. Berger<br />

Effect of Salinomycin on Nutrient Digestibility and Ruminal Characteristics of Sheep<br />

and Feedlot Performance of Cattle.<br />

J. of Anim. Sci., Vol. 60. NO..5. 1985<br />

pgs. 1338.134'6.' .<br />

6. Van Veen. T. W. Schill horn<br />

Coccidiosis ,in Ruminants<br />

Compendium of Continuing Education Vol. 8. No. 10. 1986<br />

. pgs. F52 - F57. ,

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