Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P. - Unioeste
Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P. - Unioeste
Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P. - Unioeste
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Apresentação</strong> <strong>de</strong> <strong>Caso</strong> <strong>Clínico</strong><br />
L.E.M.D.A.P.<br />
KOZAK, Aline Letícia¹; BRAGA, Mirela Bernardi¹ ; NEGRETTI, Fábio².<br />
¹Acadêmicas do curso <strong>de</strong> Medicina da UNIOESTE.<br />
²Professor <strong>de</strong> Anatomia e Fisiologia Patológica da UNIOESTE.
I<strong>de</strong>ntificação do paciente<br />
• Sexo: masculino;<br />
• Ida<strong>de</strong>: 50 anos;<br />
• Estado civil: Divorciado;<br />
• Naturalida<strong>de</strong>: Rolândia;<br />
• Resi<strong>de</strong>nte em: Cascavel;<br />
• Profissão: Ven<strong>de</strong>dor.
História da moléstia atual<br />
• Em 2.004, o paciente <strong>de</strong>u entrada no<br />
HUOP, aos 45 anos, apresentando ascite,<br />
icterícia ++/++++, hepatoesplenomegalia,<br />
e<strong>de</strong>ma <strong>de</strong> membros superiores e<br />
inferiores, cianose e fraqueza.<br />
• Negou HAS, DM, náuseas e vômitos.
Hipóteses<br />
diagnósticas
Hipóteses diagnósticas<br />
• Pancreatite crônica;<br />
• Esteatose hepática;<br />
• Gastrite erosiva;<br />
• Coletitíase;<br />
• Colecistite;<br />
• Cirrose hepática;<br />
• Cirrose alcoólica;<br />
• Cirrose biliar primária;<br />
• Hepatite viral aguda;<br />
• Hepatite crônica;<br />
• Tumor hepático:<br />
- Benigno: cistoa<strong>de</strong>noma, a<strong>de</strong>noma <strong>de</strong> ducto biliar, hiperplasia<br />
nodular focal, fibroma, lipoma;<br />
- Maligno: colangiocarcinoma, carcinoma hepatocelular,<br />
cistoa<strong>de</strong>nocarcinoma, fibrossarcoma, rabdomiossarcoma, linfoma<br />
hepático;<br />
• Metástase <strong>de</strong>: cólon, estômago, pâncreas, pulmão.
• PA: 120/80 mmHg.<br />
Exames Físicos<br />
• Dor em hipocôndrio direito (HD) <strong>de</strong> fraca<br />
intensida<strong>de</strong> com duração <strong>de</strong> 10 segundos em<br />
aperto, sem irradiação, sem fatores <strong>de</strong><br />
melhora ou piora;<br />
• CPP livres, sem RA;<br />
• Ruídos Hidroaéreos normais (RHA);<br />
• Abdome semigloboso e flácido;<br />
• Sinal <strong>de</strong> Piparote positivo;<br />
• Esclera ictérica;
2.005:<br />
Exames Complementares<br />
• Hematologia:<br />
Eletroforese <strong>de</strong> proteínas do soro:<br />
Albumina: 3.31g/dL (4.00 a 5.30 g/dL)<br />
• Bioquímica:<br />
Transaminase oxalacética (TO): 98.00 U/mL (04.00 a 36.00 U/mL)<br />
Transaminase pirúvica (TP): 126.00 U/mL (04.00 a 32.00 U/mL)<br />
Gama-glutamil transferase: 157.00 U/L (12.50 a 54.00 U/L)<br />
Globulina: 0.17 d/dl (1.50 a 3.50 g/dL)<br />
• Ultrassonografia <strong>de</strong> abdome superior:<br />
Fígado: forma normal, bordas rombas com dimensões aumentadas; ecotextura<br />
heterogênea com aspecto micronodular difuso. Vias biliares intra e extra hepáticas<br />
<strong>de</strong> calibre normal.<br />
Vesícula Biliar: dimensões preservadas; presença <strong>de</strong> cálculos (litíase).
2.007:<br />
Exames Complementares<br />
• Hematologia:<br />
TTPA (Tempo <strong>de</strong> tromboplastina parcial ativada): 41 segundos (21<br />
a 40 segundos);<br />
TAP (Tempo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> protrombina): 14.30 segundos (12<br />
segundos).<br />
• Bioquímica:<br />
Gama glutamil transferase (GGT): 159.30 U/L (11 a 50 U/L)<br />
Transaminase oxalacética (TO): 32.00 U/L (Até 40.00 U/L)<br />
Transaminase pirúvica (TP): 55.40 U/L (Até 50.00 U/L)
Laudo anatomopatológico 1<br />
MICROSCOPIA:<br />
Arquitetura geral subvertida por alargamento fibroso dos<br />
espaços porta, com formação <strong>de</strong> septos porta-porta e<br />
centro-porta ten<strong>de</strong>ndo à conformação <strong>de</strong> nódulos.<br />
Nesses septos e nos próprios espaços porta há<br />
mo<strong>de</strong>rada infiltração linfohistiocitária com vários focos<br />
<strong>de</strong> lesão da placa limitante e regeneração do epitélio<br />
ductal. No parênquima, gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
hepatócitos exibem vacuolização citoplasmática e sinais<br />
<strong>de</strong> regeneração, além <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
linfócitos permeando o parênquima.<br />
NÃO HÁ INDÍCIOS DE MALIGNIDADE.
Arquitetura geral subvertida por alargamento fibroso<br />
dos espaços porta, com formação <strong>de</strong> septos portaporta<br />
e centro-porta ten<strong>de</strong>ndo à conformação <strong>de</strong><br />
nódulos
http://anatpat.unicamp.br/lamfig3.html
Nesses septos e nos próprios espaços porta há mo<strong>de</strong>rada<br />
infiltração linfohistiocitária com vários focos <strong>de</strong> lesão da<br />
placa limitante e regeneração do epitélio ductal.
http://anatpat.unicamp.br/lamfig3.html<br />
http://anatpat.unicamp.br/lamfig3.html
No parênquima, gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hepatócitos exibem<br />
vacuolização citoplasmática e sinais <strong>de</strong> regeneração.
Laudo anatomopatológico 1<br />
CONCLUSÃO:<br />
-HEPATITE CRÔNICA COM ATIVIDADE<br />
-INFLAMATÓRIA ACENTUADA EM FASE DE CIRROTIZAÇÃO.<br />
ESTEATOSE MODERADA.<br />
-CLASSIFICAÇÃO DE METAVIR: A3, F3<br />
-SBP:<br />
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS: grau 3<br />
INFILTRADO INFLAMATÓRIO PORTAL/SEPTAL: grau 3<br />
ATIVIDADE PERI-PORTAL/PERI/SEPTAL: grau 3<br />
ATIVIDADE PARENQUIMATOSA: grau 2
Laudo anatomopatológico 2<br />
MATERIAL RECEBIDO:<br />
(2007)<br />
procedimento diagnóstico em biópsia hepática.<br />
MACROSCOPIA:<br />
Um fragmento filiforme e um fragmento irregular<br />
que me<strong>de</strong>m 2.0x0.2x0.1 cm e 0.4x0.2x0.2 cm,<br />
respectivamente. Constituídos por tecido<br />
pardacento, elástico e homogêneo.
Laudo anatomopatológico 2<br />
MICROSCOPIA:<br />
Predomínio <strong>de</strong> áreas nodulares em relação a lóbulos<br />
remanescentes. Presença <strong>de</strong> septos porta-porta e<br />
porta-centro. Aumento acentuado no número <strong>de</strong><br />
linfócitos portais. Necrose em saca-bocados<br />
mo<strong>de</strong>rados (extensas áreas em poucos espaços<br />
portas ou pequenos focos em muitos espaços porta).<br />
Necrose focal <strong>de</strong> hepatócitos circundados por<br />
agregados linfohistiocitários. Veias centrolobulares e<br />
sinusói<strong>de</strong>s sem alterações. Células <strong>de</strong> Kupffer com<br />
hiperplasia e hipertrofia. Esteatose e componente<br />
inflamatório lobular.
Predomínio <strong>de</strong> áreas nodulares em relação a lóbulos<br />
remanescentes; presença <strong>de</strong> septos porta-porta e portacentro.
Aumento acentuado no número <strong>de</strong> linfócitos<br />
portais.
Necrose em saca-bocados mo<strong>de</strong>rados
http://anatpat.unicamp.br/lamfig3.html
Necrose focal <strong>de</strong> hepatócitos circundados por<br />
agregados linfohistiocitários.
Laudo anatomopatológico 2<br />
CONCLUSÕES:<br />
CIRROSE PÓS-NECRÓTICA ATIVA, GRAU DE ATIVIDADE: INTENSO;<br />
DE ETIOLOGIA VIRAL C.<br />
ESTADIAMENTOS:<br />
i)SBP/SBH:<br />
8. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS: grau 4.<br />
9. INFILTRADO INFLAMATÓRIO PORTAL/SEPTAL: grau 3.<br />
10. ATIVIDADE PERIPORTAL/PERISEPTAL: grau 3.<br />
11. ATIVIDADE PARENQUIMATOSA: grau 3.<br />
12. MARCADORES ETIOLÓGICOS: vírus C [esteatose e componente inflamatório<br />
lobular].<br />
ii)METAVIR: A2/F4.<br />
NOTA:Negativo para células malignas.
www.pelotas.com.br<br />
Diagnóstico:<br />
Cirrose hepática e<br />
Hepatite C
http://www.unimed.com.br/pct/in<strong>de</strong>x.jsp?cd_secao=43894&cd_materia=57997
• É uma inflamação hepática causada<br />
pelo vírus da hepatite C (HCV);<br />
• Como o vírus po<strong>de</strong> ser adquirido?<br />
•Transfusão <strong>de</strong> sangue ou <strong>de</strong>rivados - antes <strong>de</strong> 1992<br />
•Uso <strong>de</strong> drogas ilícitas<br />
•Hemodiálise<br />
•Exposição a sangue por profissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
•Receptores <strong>de</strong> órgãos ou tecidos transplantados<br />
•Recém-nascidos <strong>de</strong> mães portadoras<br />
•Contatos sexuais promíscuos ou com parceiros sabidamente portadores<br />
www.fbg.org.br<br />
•Exposição a sangue por material cortante ou perfurante <strong>de</strong> uso coletivo sem esterilização<br />
a<strong>de</strong>quada;<br />
•Procedimentos médico-odontológicos;<br />
•Tatuagem ;<br />
•Acupuntura;<br />
•Manicure / pedicure;<br />
•Body piercing ;<br />
•Contato social ou familiar com material <strong>de</strong> uso pessoal (barbeadores e escovas<br />
<strong>de</strong>ntais);<br />
•Barbeiros e cabelereiros .
http://www.gastroalgarve.com/doencasdotd/figado/hepatites.htm
• Epi<strong>de</strong>miologia:<br />
No mundo<br />
http://www.hepcentro.com.br/hepatite_c.htm
www.fmt.am.gov.br/imagens/mapabr.jpg<br />
No Brasil<br />
www.fmt.am.gov.br/imagens/mapabr.jpg
-<br />
www.imprensando.com.br/media/fotos/aids.jpg<br />
AIDS x HEPATITE C<br />
• O alvo da campanhas <strong>de</strong> conscientização;<br />
• 433.000 casos <strong>de</strong> AIDS registrados;<br />
• 3,2 milhões <strong>de</strong> portadores do HCV;<br />
- 3% da população mundial<br />
• A Hepatite C mata 4 vezes mais<br />
que a AIDS.<br />
http://www.unimed.com.br/pct/in<strong>de</strong>x.jsp?cd_secao=43894&cd_materia=57997
Prevalência da hepatite C<br />
MUNDO<br />
3%<br />
Estados Unidos<br />
1,4%<br />
França 3,0%<br />
Egito / África do Sul 30,0%<br />
Canadá / Norte da Europa 0,3%<br />
BRASIL 1,2-2,0%<br />
- Norte 2,1%<br />
- Nor<strong>de</strong>ste 1%<br />
- Centro-Oeste 1,2%<br />
- Su<strong>de</strong>ste 1,4%<br />
- Sul 0,7%<br />
http://www.hepcentro.com.br/hepatite_c.htm
“Elevada taxa <strong>de</strong> hepatite C em distrito<br />
paulista chama a atenção <strong>de</strong> cientistas”<br />
(Agência FioCruz <strong>de</strong> Notícias, Publicado em 09/03/09)<br />
Vista aérea <strong>de</strong> Botafogo, que tem 374 domicílios<br />
http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2363&sid=9&tpl=printerview
• Hepatite Aguda (20%): menos <strong>de</strong> 6 meses<br />
-Manifestações clínicas: icterícia,febre, dores<br />
abdominais, mal-estar, diarréia, cansaço, intolerância<br />
a alimentos gordurosos;<br />
-Exame físico: hepatoesplenomegalia;<br />
-Assintomática em 84% dos casos, o que dificulta o<br />
diagnóstico;
-Diagnóstico: exames laboratoriais;<br />
-Prognóstico:<br />
-15 a 30% das pessoas infectadas pelo<br />
vírus da hepatite C se curam ;<br />
- 70 a 85% ficam com hepatite crônica;<br />
- 20% <strong>de</strong>senvolvem cirrose.
Fonte: KUMAR, Vinay ; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. ROBBINS & COTRAN - Patologia, Bases Patológicas das Doenças. 7. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2005;
http://anatpat.unicamp.br/lamfig1.html
http://anatpat.unicamp.br/lamfig1.html
http://anatpat.unicamp.br/pecasfig1.html
• Hepatite Crônica (80%): mais <strong>de</strong> 6 meses.<br />
- Processo inflamatório persistente no fígado;<br />
- Não ocorre nas hepatites A e E;<br />
- Sintomas associados: diminuição da sensação <strong>de</strong> bem-estar,<br />
grau <strong>de</strong> fadiga e <strong>de</strong>sconforto no HD (hipocôndrio direito),<br />
cirrose, ascite, hemorragia digestiva por varizes<br />
esofágicas e a insuficiência hepatocelular;<br />
- 80% evolui para cronicida<strong>de</strong> e 40% para cirrose hepática;<br />
- 25% evolui para cirrose e morte em 10 anos, 35% para 20<br />
anos;<br />
- 5% evolui para algum tipo <strong>de</strong> câncer do fígado, após 30 anos.
Fonte: KUMAR, Vinay ; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. ROBBINS & COTRAN - Patologia, Bases Patológicas das Doenças. 7. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2005;
http://anatpat.unicamp.br/lamfig3.html
Histopatologia da Hepatite viral C<br />
KUMAR, Vinay ; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. ROBBINS & COTRAN - Patologia, Bases Patológicas<br />
das Doenças. 7. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2005.
Cirrose resultante <strong>de</strong> hepatite<br />
viral crônica<br />
KUMAR, Vinay ; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. ROBBINS & COTRAN - Patologia, Bases<br />
Patológicas das Doenças. 7. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2005.
HEPATITE C<br />
Conclusão<br />
Cirrose hepática<br />
Insuficiência hepática<br />
Carcinoma<br />
hepatocelular
Quadro <strong>Clínico</strong>:<br />
•Hepatopatia crônica variável : <strong>de</strong>snutrição, telangiectasias, circulação<br />
colateral abdominal, eritema palmar, ginecomastia, anemia, perda dos<br />
caracteres sexuais secundários, atrofia muscular, hipertrofia <strong>de</strong> parótidas,<br />
esplenomegalia e lesões hipercrômicas <strong>de</strong> membros inferiores;<br />
•Na maioria das vezes, a doença crônica<br />
sofre intercorrências como: ascite<br />
volumosa, infecções, hemorragia<br />
digestiva, encefalopatia hepática e<br />
falência hepatorrenal.
Diagnóstico<br />
• Sorologia para anti-HCV pelo método ELISA;<br />
• Método (RIBA) só <strong>de</strong>ve ser utilizado em suspeitas <strong>de</strong><br />
ELISA falso positivo (pessoas sem nenhum fator <strong>de</strong> risco) ;<br />
Anti-HCV Elisa 3a. geração<br />
Falsos-negativos Falsos-positivos<br />
Hepatite C aguda Alcoólatras<br />
Imuno<strong>de</strong>pressão<br />
transplante, SIDA<br />
Doenças autoimunes<br />
Populações <strong>de</strong> baixa prevalência<br />
www.otaboanense.com.br/.../noticia_0258.jpg
Fluxograma <strong>de</strong> investigação laboratorial<br />
• Suspeita <strong>de</strong> Hepatite C;<br />
• Solicitar Anti-HCV<br />
HCV(+)<br />
HCV(-)<br />
• Encaminhar para serviço especializado;<br />
• Solicitar HCV-RNA Qualitativo<br />
HCV-RNA (+)<br />
HCV-RNA (-)<br />
• Infecção crônica;<br />
• Avaliação clínico-laboratorial e <strong>de</strong>cisão da<br />
indicação do tratamento no Serviço Especializado.<br />
• Cura /repetir o exame.
• PCR qualitativo é o mais sensível (<strong>de</strong>tecta<br />
até quantida<strong>de</strong>s mínimas como 50 cópias/mL) ;<br />
• PCR quantitativo é menos sensível<br />
(apenas acima <strong>de</strong> 1.000 cópias/mL);<br />
• OMS: pessoas com mais <strong>de</strong> 800.000 UI/mL<br />
(cópias/mL) são consi<strong>de</strong>radas portadoras<br />
<strong>de</strong> título alto e, as com menos,<br />
portadoras <strong>de</strong> título baixo.
• Biópsia: avalia o grau <strong>de</strong> inflamação e fibrose<br />
É necessária em todos os pacientes antes do início do<br />
tratamento.<br />
Papel da biópsia hepática na hepatite C:<br />
-Confirma o diagnóstico clínico;<br />
-Avalia o grau <strong>de</strong> fibrose e inflamação;<br />
-Avalia a presença <strong>de</strong> outras doenças concomitantes;<br />
-Ajuda a <strong>de</strong>finir a melhor opção terapêutica.
Indicações para o tratamento<br />
• VHC RNA <strong>de</strong>tectável, ALT (alaninatransaminase) elevada e biópsia<br />
hepática <strong>de</strong>monstrando fibrose portal, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da ativida<strong>de</strong><br />
inflamatória;<br />
• portadores <strong>de</strong> cirrose hepática;<br />
• usuários <strong>de</strong> álcool ou drogas que tenham condições <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rir ao<br />
tratamento;<br />
• portadores <strong>de</strong> doença mais leve, transplantados (exceto fígado) e<br />
aqueles com manifestações extra-hepáticas do VHC têm indicação<br />
discutível <strong>de</strong> tratamento;<br />
• no caso <strong>de</strong> pacientes com transaminases normais, não há<br />
consenso, mas o tratamento é recomendável se houver fibrose<br />
mo<strong>de</strong>rada/severa;<br />
• portadores <strong>de</strong> co-infecção HCV-HIV, se a infecção pelo último<br />
estiver controlada.
Tratamento<br />
• Interferon (convencional ou peguilado);<br />
• Repouso;<br />
• Exercícios físicos;<br />
• Não há restrição à dieta (exceto ao álcool);<br />
• Controle mensal;<br />
• Transplante <strong>de</strong> fígado.
Cirrose Hepática<br />
picasaweb.google.com/.../L2fvrCDq4an113qb4qd-3w
Definição <strong>de</strong> Cirrose<br />
• Do gr. Kirrhos: marrom-amarelado; do lat.<br />
scirrhos e do gr. skirros: dureza<br />
• Fase terminal e irreversível <strong>de</strong> hepatopatia<br />
crônica; com manifestações <strong>de</strong> insuficiência<br />
hepática e hipertensão porta.<br />
• presença <strong>de</strong> fibrose envolvendo todo o fígado e<br />
<strong>de</strong> transformação do parênquima em nódulos<br />
regenerativos
Etiologia da cirrose no Oci<strong>de</strong>nte<br />
• Doença hepática crônica 60 a 70%<br />
• Hepatite viral 10%<br />
• Doenças biliares 5 a 10%<br />
• Hemocromatose primária 5%<br />
• Doença <strong>de</strong> Wilson Rara<br />
• Deficiência <strong>de</strong> α 1 –antitripsina Rara<br />
• Cirrose criptogênica 10 a 15%<br />
KUMAR, Vinay ; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. ROBBINS & COTRAN - Patologia, Bases Patológicas das<br />
Doenças. 7. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2005;
Causas da Cirrose Hepática<br />
Drogas e toxinas<br />
• Álcool<br />
• Metildopa<br />
• Metotrexato <strong>de</strong> perexilina<br />
• Isoniazida<br />
• Maleato <strong>de</strong> perexilina<br />
• Amiodarona<br />
Infecções<br />
• Hepatite C<br />
• Sífilis (terciária)<br />
• Schistosoma japonicum<br />
Obstrução biliar<br />
• Carcinoma (pancreático ou <strong>de</strong> dutos<br />
bilíferos)<br />
• Pancreatite crônica<br />
• Cálculos do colédoco<br />
• Fibrose cística<br />
• Atresia biliar<br />
• Colangite esclerosante<br />
Metabólicas<br />
• Doença <strong>de</strong> Wilson<br />
• Hemocromatose<br />
• Protoporfiria eritropoética<br />
• Pediátricas – <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> alfa 1 -<br />
tripsina, galactosemia, intolerância<br />
hereditária a frutose, doença <strong>de</strong><br />
armazenamento <strong>de</strong> glicogênio tipo IV,<br />
tirosinose<br />
Cardiovasculares<br />
• Insuficiência cardíaca direita crônica<br />
• Síndrome <strong>de</strong> Budd-Chiari<br />
• Doença veno-oclusiva<br />
Outras<br />
• Hepatite crônica ativa<br />
• Cirrose biliar primária<br />
• Sarcoidose<br />
• Derivação jejunoileal<br />
• Hepatite neonatal<br />
Criptogênica
Anatomia hepática<br />
www.msd-brazil.com/.../m_manual/mm_sec10_119.htm
Histologia Hepática<br />
FUNÇÕES DOS HEPATÓCITOS:<br />
• Síntese <strong>de</strong> colesterol e <strong>de</strong> sais biliares<br />
• Conjugação <strong>de</strong> bilirrubina, <strong>de</strong> esterói<strong>de</strong>s e <strong>de</strong><br />
drogas com o ác. Glicurônico<br />
• Inclusões <strong>de</strong> glicogênio<br />
• Esterificação <strong>de</strong> ácidos graxos<br />
• Remoção do io<strong>de</strong>to dos hrs T 3 e T 4<br />
• Detoxificação <strong>de</strong> drogas lipossolúveis<br />
• Armazenamento <strong>de</strong> ferro e vitaminas A, D e B 12<br />
• Síntese <strong>de</strong> albumina, <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong><br />
coagulação e proteínas do complemento<br />
• Degradação <strong>de</strong> amônia em uréia
Histologia Hepática<br />
www.hepcentro.com.br/anatomia.htm
Histologia hepática<br />
KIERSZENBAUM, Abraham L. Histologia e Biologia Celular. 2. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2008
Características Histopatológicas<br />
• Necrose celular<br />
• Infiltrado inflamatório<br />
• Septos fibrosos<br />
• Nódulos parenquimatosos<br />
• Alterações vasculares
http://anatpat.unicamp.br/pecasfig5.html
Patogênese<br />
• Evolução lenta<br />
• Depen<strong>de</strong> da estimulação constante pelo fator<br />
etiológico<br />
• Células <strong>de</strong> Kupffer ativam as células estreladas<br />
perissinosoidais: lipócitos→ miofibroblastos<br />
• Ativadores: inflamação crônica (citocinas<br />
inflamatórias, TNF); citocinas endógenas<br />
(produzidas por células <strong>de</strong> Kupffer, células<br />
endoteliais, hepatócitos e células epiteliais dos<br />
dutos biliares; TGF-β; PDGF)
Ativação das células estreladas e da fibrose<br />
hepática em comparação com o fígado normal<br />
KUMAR, Vinay ; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. ROBBINS & COTRAN - Patologia, Bases<br />
Patológicas das Doenças. 7. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2005.
Formação <strong>de</strong> septos fibrosos e<br />
nodulação<br />
Lâmina 12/6.3C - Cirrose hepática - Septos fibrosos (em azul) isolando nódulos <strong>de</strong> parênquima (nódulos <strong>de</strong><br />
regeneração) -picasaweb.google.com/.../L2fvrCDq4an113qb4qd-3w
Alterações vasculares<br />
• Capilarização sinusoidal<br />
• Anastomoses portossistêmicas e shunts<br />
intra-hepáticos <strong>de</strong>sviam o sangue portal<br />
• Vasos sanguíneos e dutos capilares<br />
comprimidos ou até obliterados
Regressão da fibrose hepática<br />
( ANDRADE, Zilton A.)<br />
• Usaram ratos com cirrose induzida pelo<br />
Cl4C e comprovada por biópsia hepática<br />
ao fim do tratamento ;<br />
• Após a suspensão da droga os nódulos<br />
regenerativos se expandiram e os septos<br />
fibrosos ficaram mais finos, porém estes<br />
persistiam mesmo nove meses pós-<br />
tratamento .
Quadro <strong>Clínico</strong><br />
• Relacionados à necrose<br />
hepatocelular:<br />
icterícia, náuseas e<br />
vômitos e hepatomegalia<br />
dolorosa<br />
• Complicações da cirrose:<br />
hipertensão portal, ascite,<br />
peritonite espontânea,<br />
encefalopatia, síndrome<br />
hepatorrenal,<br />
esplenomegalia, varizes<br />
hemorrágicas esofágicas e<br />
gástricas e<br />
KUMAR, Vinay ; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. ROBBINS & COTRAN -<br />
Patologia, Bases Patológicas das Doenças. 7. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2005.
• Manifestações menos<br />
específicas:<br />
ginecomastia, angiomas<br />
aracniformes,atrofia<br />
testicular, e<strong>de</strong>ma dos<br />
membros inferiores,<br />
anorexia, perda <strong>de</strong> peso,<br />
adinamia, urina escura,<br />
hemorragia, cabeça <strong>de</strong><br />
medusa periumbilical.<br />
Quadro <strong>Clínico</strong>
Diagnóstico<br />
• Exame clínico<br />
• Exames laboritoriais<br />
• Raio X (Rx) e endoscopia – varizes<br />
esofagogástricas e úlcera péptica<br />
• Ultrassonografia (USG) – tamanho e estrutura<br />
hepática, dilatação da veia porta, ascite<br />
• Tomografia computadorizada (TC) e<br />
Ressonância Nuclear Magnética (RNM) –<br />
suspeita <strong>de</strong> hepatocarcinoma<br />
• Biópsia e estudo anatomopatológico –<br />
diagnóstico <strong>de</strong>finitivo
Exames laboratoriais<br />
Transaminases (elevação):<br />
• TGO ou AST (Transaminase glutâmica e<br />
oxaloacetática ou Aspartato aminotransferase:<br />
aspartato + glutamato →α-cetoglutarato + oxaloacetato):<br />
não específica<br />
• TGP ou ALT (Transaminase glutâmica e pirúvica<br />
ou Alanina aminotransferase:<br />
alanina + glutamato → α-cetoglutarato + piruvato ):<br />
específica para doença hepatobiliar<br />
• ALT ≥ AST; se ALT ≤ AST, suspeita <strong>de</strong> hepatite<br />
alcóolica<br />
Gama-glutamil transferase (GGT): não específica;<br />
teste <strong>de</strong> triagem para doença hepatobiliar e<br />
monitorização da abstinência <strong>de</strong> etanol
Exames laboratoriais<br />
Albumina: não específica; níveis séricos diminuídos<br />
Globulinas: não específica; concentração sérica elevada<br />
Tempo <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Protrombina (TAP): velocida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> conversão <strong>de</strong> protrombina em trombina na presença<br />
<strong>de</strong> cálcio; se prolongado, indica <strong>de</strong>ficiência ou disfunção<br />
<strong>de</strong> fatores V, VII e X, protrombina e/ou fibrinogênio<br />
Tempo <strong>de</strong> tromboplastina Parcial Ativada (TTPA): se<br />
prolongado, po<strong>de</strong> indicar <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> outros fatores <strong>de</strong><br />
coagulação ou a presença <strong>de</strong> um anticoagulante<br />
Hemácias, leucócitos e plaquetas: po<strong>de</strong>m estar<br />
reduzidos<br />
Bilirrubina direta (conjugada): po<strong>de</strong> estar em níveis<br />
elevados na urina
Controle da fibrose:<br />
Tratamento<br />
• Impedir a formação da MEC e estimular<br />
sua <strong>de</strong>gradação<br />
• Inibir a ativação e proliferação dos<br />
lipócitos através da neutralização da<br />
ativida<strong>de</strong> do PDGF<br />
• Redução da inflamação - neutralização <strong>de</strong><br />
mediadores inflamatórios
Tratamento<br />
Meta principal da terapêutica da cirrose:<br />
• Tratamento da ascite, da hipertensão<br />
portal, da encefalopatia hepática, da<br />
síndrome hepatorrenal, da peritonite<br />
espontânea e algumas medidas para o<br />
carcinoma
Referências Bibliográficas<br />
1. JORGE, Estéfano Golçalves. Hepatite C. Disponível em:<br />
http://www.hepcentro.com.br/hepatite_c.htm. Acesso em: 17 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2.008;<br />
2. Disponível em: http://www.wikipedia.org/wiki/hepatiteC. Acesso em: 03 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
2.008;<br />
3. Disponível em: http://www.hepe.hoster.com.br. Acesso em: 03 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2.008;<br />
4. ROCHA, M.O.C.; PEDROSO, E.R.R.; KUNSESH, U.G.; DA SILVA, O.A. Terapêutica Clínica.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara Koogan;<br />
5. Isto é. Capa: Cura da Hepatite C. Dezembro <strong>de</strong> 2.007;<br />
6. VARALDO, Carlos. A biópsia na hepatite C. Grupo Otimismo. Em 03/12/08;<br />
7. KIERSZENBAUM, Abraham L. Histologia e Biologia Celular. 2. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier,<br />
2008;<br />
8. KUMAR, Vinay ; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. ROBBINS & COTRAN - Patologia,<br />
Bases Patológicas das Doenças. 7. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier, 2005;<br />
9. KATO, Keiko. Dicionário Termos Técnicos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. 2. Ed. São Paulo: Conexão;<br />
10. ANDREOLI, T.E., CARPENTER, C.C.J., PLUM, F., SMITH, L.H. Cecil- Medicina Interna<br />
Básica. 2.Ed.Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara Koogan, 1.991;<br />
11. http://www.hepato.net/port_conv/conv_capitulo5.html<br />
12. SHERLOCK, Sheila. Doenças do Fígado e do Sistema Biliar. 5ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Guanabara<br />
Koogan: 1978<br />
13. TORTORA, J. Gerard. Princípios <strong>de</strong> Anatomia Humana. 10ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Guanabara<br />
Koogan:2007.