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A vertigem e as alterações do equilíbrio - Hospital da Luz

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PEDRO ARAÚJO<br />

AS ALTERAÇÕES <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

podem manifestar-se de diferentes<br />

form<strong>as</strong> e são experienciad<strong>as</strong> por<br />

ca<strong>da</strong> <strong>do</strong>ente de forma individual, o<br />

que origina <strong>as</strong> descrições mais variad<strong>as</strong>,<br />

conferin<strong>do</strong> uma subjectivi<strong>da</strong>de<br />

e idiossincr<strong>as</strong>ia própri<strong>as</strong> às queix<strong>as</strong><br />

de ca<strong>da</strong> <strong>do</strong>ente e transforman<strong>do</strong> a<br />

abor<strong>da</strong>gem diagnóstica numa avaliação<br />

complexa e laboriosa.<br />

O <strong>do</strong>ente pode descrever a perturbação<br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong> como uma<br />

<strong>vertigem</strong>, tontura, instabili<strong>da</strong>de,<br />

des<strong>equilíbrio</strong>, <strong>alterações</strong> <strong>da</strong> marcha,<br />

cabeça vazia, sensação de estar<br />

num barco, de desmaio iminente<br />

ou simplesmente de mal-estar, por<br />

vezes <strong>as</strong>socia<strong>do</strong> a náuse<strong>as</strong> e vómitos.<br />

Trata-se de uma diversi<strong>da</strong>de de<br />

designações utilizad<strong>as</strong> para definir<br />

o mesmo espectro de queix<strong>as</strong>, m<strong>as</strong><br />

que constituem diferentes tipos de<br />

<strong>alterações</strong> <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong> e que importa<br />

definir.<br />

A <strong>vertigem</strong>, ou o síndrome vertiginoso,<br />

não é uma <strong>do</strong>ença, m<strong>as</strong> sim<br />

um sintoma defini<strong>do</strong> como a sensação<br />

ilusória de movimento. Pode tratar-se<br />

de um movimento rotatório ou simplesmente<br />

de uma deslocação linear,<br />

<strong>do</strong> próprio ou <strong>da</strong> b<strong>as</strong>e de sustentação.<br />

Embora, em senti<strong>do</strong> lato, a definição<br />

de <strong>vertigem</strong> englobe <strong>as</strong> diferentes<br />

perturbações <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong>, podemos<br />

tentar diferenciar <strong>as</strong> tontur<strong>as</strong> como a<br />

sensação de movimento <strong>do</strong> próprio<br />

relativamente ao meio envolvente,<br />

que se encontra imóvel.<br />

A tontura é uma perturbação <strong>do</strong><br />

<strong>equilíbrio</strong> que engloba diferentes<br />

queix<strong>as</strong>, como a sensação de instabili<strong>da</strong>de,<br />

de balancear <strong>do</strong> corpo, de<br />

mal-estar ou até mesmo de cabeça<br />

vazia, que nem sempre se relacionam<br />

com o sistema vestibular.<br />

IMPORTÂNCIA<br />

DAS ALTERAÇÕES<br />

DO EQUILÍBRIO<br />

A <strong>vertigem</strong> é uma d<strong>as</strong> queix<strong>as</strong> mais<br />

frequentes na consulta de otorrinolaringologia.<br />

Estima-se que cerca de<br />

20% <strong>do</strong>s indivíduos entre os 18 e os<br />

65 anos de i<strong>da</strong>de já sentiram um epi-<br />

VERTIGEM E ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO<br />

otorrinolaringologia<br />

A <strong>vertigem</strong><br />

e <strong>as</strong> <strong>alterações</strong> <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

O síndrome vertiginoso é um sintoma defini<strong>do</strong><br />

como a sensação ilusória de movimento. O tratamento<br />

b<strong>as</strong>eia-se num programa de reeducação vestibular<br />

Texto Pedro Araújo Infografi<strong>as</strong> Anyforms Design<br />

Médico <strong>do</strong> centro de otorrinolaringologia/Departamento de Vertigem e Equilíbrio – <strong>Hospital</strong> <strong>da</strong> <strong>Luz</strong>.<br />

sódio de perturbação <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

e que cerca de 30% destes mantêm<br />

queix<strong>as</strong> ao fim de 12 meses.<br />

Estes números aumentam exponencialmente<br />

na população acima<br />

<strong>do</strong>s 65 anos, tornan<strong>do</strong>-se num <strong>do</strong>s<br />

principais problem<strong>as</strong> de saúde neste<br />

grupo etário, particularmente com<br />

o aumento <strong>da</strong> esperança média de<br />

vi<strong>da</strong>. É estima<strong>do</strong> que <strong>as</strong> <strong>alterações</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>equilíbrio</strong> constituam o terceiro motivo<br />

de consulta neste grupo, sen<strong>do</strong> a<br />

queixa mais frequente na população<br />

acima <strong>do</strong>s 70 anos de i<strong>da</strong>de, estan<strong>do</strong><br />

presente em 47% <strong>do</strong>s homens e 66%<br />

d<strong>as</strong> mulheres.<br />

As perturbações <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

constituem um ver<strong>da</strong>deiro sinal de<br />

alarme quan<strong>do</strong> verificamos <strong>as</strong> elevad<strong>as</strong><br />

tax<strong>as</strong> de mortali<strong>da</strong>de e de morbili<strong>da</strong>de<br />

<strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> a qued<strong>as</strong> em indivíduos<br />

acima <strong>do</strong>s 65 anos. Com efeito,<br />

os acidentes constituem a sexta causa<br />

de morte neste escalão etário, sen<strong>do</strong><br />

que <strong>as</strong> qued<strong>as</strong> são responsáveis por<br />

metade destes episódios. Aos 80 anos,<br />

um em ca<strong>da</strong> três indivíduos refere um<br />

Outono 2007 iesspro 3


BSIP \ AEI<br />

otorrinolaringologia<br />

episódio de perturbação <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

com que<strong>da</strong> e com a mortali<strong>da</strong>de por<br />

fractura <strong>da</strong> anca, nos 12 meses seguintes,<br />

a atingir 67%.<br />

Assim, além <strong>da</strong> prevalência na<br />

população em geral, <strong>as</strong> perturbações<br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong> <strong>as</strong>sumem particular<br />

relevância pela repercussão na quali<strong>da</strong>de<br />

de vi<strong>da</strong>. Pela violência d<strong>as</strong><br />

crises e pela incapaci<strong>da</strong>de que a caracteriza,<br />

a <strong>vertigem</strong> é um sintoma<br />

causa<strong>do</strong>r de grande ansie<strong>da</strong>de.<br />

A natureza imprevisível d<strong>as</strong><br />

crises, alia<strong>da</strong> à incerteza de uma<br />

nova crise que pode surgir a qualquer<br />

momento, conduz a <strong>alterações</strong><br />

de comportamento, ao isolamento<br />

social, com repercussão n<strong>as</strong> activi<strong>da</strong>des<br />

diári<strong>as</strong> e também n<strong>as</strong> relações<br />

familiares e laborais.<br />

Entre os <strong>do</strong>entes com perturbações<br />

de <strong>equilíbrio</strong> é frequente encontrar<br />

níveis altos de ansie<strong>da</strong>de e<br />

4 iesspro Outono 2007<br />

de depressão, verifican<strong>do</strong>-se uma<br />

maior incidência de ataques de pânico<br />

e uma maior tendência para<br />

agorafobia.<br />

COMO MANTEMOS<br />

O EQUILÍBRIO<br />

A maioria d<strong>as</strong> <strong>alterações</strong> <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

é de origem vestibular. M<strong>as</strong> o<br />

que torna o ouvi<strong>do</strong> tão importante<br />

para o <strong>equilíbrio</strong>?<br />

Na sua condição de bípede, o ser<br />

humano é capaz de um adequa<strong>do</strong><br />

<strong>equilíbrio</strong> estático e dinâmico graç<strong>as</strong><br />

à acção simultânea e congruente de<br />

um triângulo forma<strong>do</strong> pel<strong>as</strong> informações<br />

provenientes d<strong>as</strong> aferênci<strong>as</strong><br />

visuais, <strong>da</strong> informação proprioceptiva<br />

(sensibili<strong>da</strong>de muscular profun<strong>da</strong>,<br />

óssea e articular) e <strong>do</strong> sistema vestibular<br />

(labirinto e centros neurológicos),<br />

que é o órgão <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong> por<br />

excelência.<br />

Os diferentes estímulos são integra<strong>do</strong>s<br />

e compara<strong>do</strong>s com padrões<br />

de <strong>equilíbrio</strong> adquiri<strong>do</strong>s ao longo <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong>, de forma a realizar os ajustes<br />

posturais necessários a que a pessoa<br />

mantenha o centro de gravi<strong>da</strong>de dentro<br />

<strong>do</strong> triângulo de sustentação.<br />

O ouvi<strong>do</strong> possui sensores de<br />

movimento. São receptores de deslocamento<br />

linear que nos informam<br />

<strong>da</strong> posição <strong>do</strong> corpo relativamente<br />

à gravi<strong>da</strong>de quan<strong>do</strong>, por exemplo,<br />

an<strong>da</strong>mos em frente ou de eleva<strong>do</strong>r<br />

ou, muito simplesmente, quan<strong>do</strong><br />

estamos para<strong>do</strong>s.<br />

O ouvi<strong>do</strong> possui também receptores<br />

de deslocamento angular dispostos<br />

nos três planos <strong>do</strong> espaço, de tal<br />

forma que, quan<strong>do</strong> ro<strong>da</strong>mos a cabeça<br />

ou o corpo num determina<strong>do</strong> plano,<br />

estimulamos o respectivo receptor,<br />

que <strong>as</strong>sim nos mantém orienta<strong>do</strong>s<br />

relativamente ao meio envolvente.<br />

Assim se percebe que uma lesão<br />

<strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong> facilmente pode provocar<br />

vertigens pela falta de informação<br />

ou informação erra<strong>da</strong> <strong>da</strong> posição<br />

<strong>do</strong> corpo relativamente ao meio<br />

ambiente. O ouvi<strong>do</strong> é responsável<br />

pela estabili<strong>da</strong>de ocular e postural<br />

através <strong>do</strong>s denomina<strong>do</strong>s reflexos<br />

vestibulo-ocular e vestibulo-espinhal,<br />

respectivamente.<br />

QUAIS SÃO AS CAUSAS<br />

DAS ALTERAÇÕES<br />

DO EQUILÍBRIO?<br />

As <strong>alterações</strong> <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong> podem<br />

ser de origem vestibular ou não<br />

vestibular. Esta última compreende<br />

patologia <strong>do</strong> sistema nervoso central,<br />

<strong>do</strong>enç<strong>as</strong> cardiov<strong>as</strong>culares, metabólic<strong>as</strong>,<br />

infeccios<strong>as</strong>, psicogénic<strong>as</strong> ou<br />

provocad<strong>as</strong> por tóxicos, pelo que se<br />

torna muito importante caracterizar<br />

correctamente <strong>as</strong> queix<strong>as</strong> de forma a<br />

colocar o diagnóstico acerta<strong>do</strong>.


Neste contexto, quais são, então,<br />

<strong>as</strong> principais etiologi<strong>as</strong> d<strong>as</strong> <strong>alterações</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong>?<br />

1) Vertigem posicional paroxística<br />

benigna (VPPB).<br />

A <strong>vertigem</strong> posicional paroxística<br />

benigna (VPPB) é a forma mais frequente<br />

de <strong>vertigem</strong>. Trata-se de um<br />

tipo de <strong>vertigem</strong> posicional, que é<br />

caracteriza<strong>da</strong> por breves perío<strong>do</strong>s<br />

de <strong>vertigem</strong> rotatória desencadea<strong>da</strong><br />

por mu<strong>da</strong>nç<strong>as</strong> rápid<strong>as</strong> <strong>da</strong> posição <strong>da</strong><br />

cabeça relativamente à gravi<strong>da</strong>de.<br />

Trata-se de uma alteração mecânica<br />

<strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong> interno, em que um determina<strong>do</strong><br />

movimento estimula o<br />

receptor sensorial angular no plano<br />

<strong>do</strong> movimento. A rotação <strong>da</strong> cabeça,<br />

a hiperextensão cervical ou simplesmente<br />

quan<strong>do</strong> ro<strong>da</strong>mos na cama<br />

desencadeia uma <strong>vertigem</strong> rotatória<br />

súbita, intensa e extremamente ansiogénica,<br />

que cede ao fim de alguns<br />

segun<strong>do</strong>s. Durante a crise não existem<br />

sintom<strong>as</strong> cocleares (hipoacúsia,<br />

acufenos).<br />

otorrinolaringologia<br />

Fisiologia <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

A estabili<strong>da</strong>de postural é manti<strong>da</strong> através <strong>do</strong> triplo conjunto de informações sensoriais recebid<strong>as</strong>, com posterior integração central e resposta motora adequa<strong>da</strong> à situação.<br />

Ouvi<strong>do</strong> interno<br />

Aparelho vestibular<br />

Aparelho vestibular por ordem:<br />

Canal semicircular<br />

superior<br />

C. semicircular<br />

posterior<br />

Utriculo<br />

Saculo<br />

C. semicircular<br />

horizontal<br />

Vestibular (angular)<br />

Canais semicirculares: receptores<br />

de aceleração angular<br />

Vestibular (linear)<br />

Orgão otoliticos: receptores<br />

de aceleração linear<br />

O ouvi<strong>do</strong><br />

é responsável<br />

pela estabili<strong>da</strong>de<br />

ocular e postural<br />

Como funciona o <strong>equilíbrio</strong><br />

Os diferentes receptores recolhem informação que integra<strong>da</strong> nos<br />

centros superiores com posterior resposta adequa<strong>da</strong> à situação<br />

O diagnóstico é feito pela manobra<br />

de Dix-Hallpike. Trata-se de uma<br />

manobra de posicionamento em que<br />

o <strong>do</strong>ente, com uma extensão cervical<br />

de 30 o , p<strong>as</strong>sa <strong>da</strong> posição de senta<strong>do</strong><br />

à posição de deita<strong>do</strong> com a cabeça<br />

vira<strong>da</strong> a 45 o para o la<strong>do</strong> <strong>do</strong>ente, fican<strong>do</strong><br />

com a cabeça pendente.<br />

Esta manobra inicia uma resposta<br />

nistágmica, com alguns segun<strong>do</strong>s<br />

de duração, caracteriza<strong>da</strong> por latência,<br />

fadiga (a resposta desaparece<br />

ao fim de alguns segun<strong>do</strong>s) e<br />

habituação (a resposta desaparece<br />

com estimulações repetid<strong>as</strong>). É a direcção<br />

<strong>do</strong> nistagmos que identifica<br />

o canal lesa<strong>do</strong>.<br />

Propriocepetivo<br />

Visual<br />

O tratamento é realiza<strong>do</strong> através<br />

de manobr<strong>as</strong> específic<strong>as</strong> de reeducação<br />

vestibular, com um sucesso<br />

terapêutico na ordem <strong>do</strong>s 90%.<br />

A reeducação vestibular é um<br />

tipo de treino que visa recalibrar o<br />

ouvi<strong>do</strong> na forma como recebe e interpreta<br />

<strong>as</strong> informações, permitin<strong>do</strong><br />

manter o <strong>equilíbrio</strong>. Salienta-se que<br />

ca<strong>da</strong> programa deve ser personaliza<strong>do</strong><br />

de acor<strong>do</strong> com o <strong>do</strong>ente e a<br />

localização <strong>da</strong> patologia.<br />

2) Doença de Ménière.<br />

A <strong>do</strong>ença de Ménière é, muito provavelmente,<br />

a <strong>do</strong>ença vertiginosa mais<br />

sobrediagnostica<strong>da</strong>. O diagnóstico<br />

definitivo é complexo e só o seguimento<br />

<strong>da</strong> evolução clínica e a avaliação<br />

funcional permitem estabelecer<br />

o diagnóstico. A <strong>do</strong>ença é defini<strong>da</strong><br />

pela tríade <strong>vertigem</strong>, hipoacúsia e<br />

acufeno.<br />

É caracteriza<strong>da</strong> por crises vertiginos<strong>as</strong><br />

recorrentes de grande intensi<strong>da</strong>de,<br />

<strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> a náuse<strong>as</strong> e<br />

Outono 2007 iesspro 5


otorrinolaringologia<br />

vómitos, com duração superior a 20<br />

minutos. Ao diagnóstico é indispensável<br />

a presença de sinais auditivos<br />

<strong>as</strong>socia<strong>do</strong>s.<br />

As queix<strong>as</strong> auditiv<strong>as</strong> caracterizam-se<br />

por uma hipoacúsia sensorioneural<br />

flutuante, com atingimento<br />

d<strong>as</strong> baix<strong>as</strong> frequênci<strong>as</strong> numa f<strong>as</strong>e<br />

inicial com progressão <strong>da</strong> surdez<br />

com a evolução clínica. Associa<strong>do</strong>,<br />

o <strong>do</strong>ente refere plenitude auricular e<br />

acufeno. Est<strong>as</strong> queix<strong>as</strong> desaparecem<br />

após a crise vertiginosa. Por vezes <strong>as</strong><br />

queix<strong>as</strong> cocleares precedem a crise<br />

vertiginosa como uma aura.<br />

O tratamento durante a f<strong>as</strong>e de<br />

crise consiste na administração de<br />

depressores vestibulares, que podem<br />

ser <strong>as</strong>socia<strong>do</strong>s a um diurético.<br />

O tratamento intercrise deve ser<br />

<strong>as</strong>socia<strong>do</strong> a uma dieta hipossalina e à<br />

evicção <strong>do</strong> café, <strong>do</strong> tabaco e também<br />

<strong>do</strong> stress.<br />

Estes <strong>do</strong>entes devem ser referencia<strong>do</strong>s<br />

a uma consulta <strong>da</strong> especiali<strong>da</strong>de<br />

para avaliação laboratorial e<br />

orientação terapêutica.<br />

3) Vertigem postural fóbica.<br />

É considera<strong>da</strong> por alguns autores<br />

como a segun<strong>da</strong> causa de <strong>vertigem</strong>.<br />

Como já foi referi<strong>do</strong>, a natureza imprevisível<br />

d<strong>as</strong> crises e a incapaci<strong>da</strong>de<br />

que est<strong>as</strong> provocam no <strong>do</strong>ente conduzem<br />

a um esta<strong>do</strong> de ansie<strong>da</strong>de com<br />

PEDRO ARAÚJO<br />

6 iesspro Outono 2007<br />

uma maior tendência para depressão<br />

e agorafobia, com repercussão<br />

n<strong>as</strong> su<strong>as</strong> relações sociais e laborais.<br />

O isolamento social é provoca<strong>do</strong> pelo<br />

desencadeamento d<strong>as</strong> queix<strong>as</strong> em situações<br />

de contacto com outros ou em<br />

grandes espaços abertos com excesso<br />

de estimulações sensoriais, como, por<br />

exemplo, em supermerca<strong>do</strong>s, provocan<strong>do</strong><br />

des<strong>equilíbrio</strong> e instabili<strong>da</strong>de<br />

por vezes <strong>as</strong>socia<strong>do</strong>s a hiperventilação<br />

e a sintom<strong>as</strong> vegetativos.<br />

4) Nevrite vestibular.<br />

É uma síndrome clínica caracteriza<strong>da</strong><br />

pela instalação súbita de uma crise<br />

vertiginosa violenta, com duração<br />

de minutos a hor<strong>as</strong>, geralmente na<br />

sequência de uma infecção respiratória<br />

alta (viral), sem sinais cocleares<br />

<strong>as</strong>socia<strong>do</strong>s. Tipicamente, a primeira<br />

crise é a mais intensa, com desaparecimento<br />

d<strong>as</strong> queix<strong>as</strong> n<strong>as</strong> seman<strong>as</strong><br />

seguintes.<br />

O tratamento na f<strong>as</strong>e agu<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>do</strong>ença pode incluir depressores<br />

vestibulares e repouso durante <strong>as</strong><br />

primeir<strong>as</strong> 48-72 hor<strong>as</strong>. To<strong>da</strong> a medicação<br />

vestibuloplégica deve ser<br />

suspensa o mais precocemente possível<br />

e o <strong>do</strong>ente deve iniciar levante<br />

e uma activi<strong>da</strong>de física normal.<br />

O tratamento deve ser complementa<strong>do</strong><br />

com um treino de reeducação<br />

vestibular personaliza<strong>do</strong> e devi-<br />

LICENCIADO em Medicina pela Facul<strong>da</strong>de de Medicina de Lisboa<br />

PÓS-GRADUAÇÃO em Hidrologia e Climatologia<br />

FORMAÇÃO em Otoneurologia no <strong>Hospital</strong> Lariboisiére, em Paris<br />

FORMAÇÃO em Otoneurologia Pediátrica no <strong>Hospital</strong> Robert Debré, em Paris<br />

ESPECIALISTA em Otorrinolaringologia<br />

MEMBRO <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Portuguesa de Otorrinolaringologia<br />

MEMBRO <strong>da</strong> Associação Portuguesa de Otoneurologia Internacional<br />

MEMBRO <strong>da</strong> Academia Americana de Otorrinolaringologia<br />

Departamento<br />

de avaliação diagnóstica<br />

e tratamento <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

Situa<strong>do</strong> no centro de Otorrinolaringologia (entra<strong>da</strong> A)<br />

é composto por três sal<strong>as</strong> de avaliação funcional<br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong>, onde se realizam os seguintes exames:<br />

• Videonistagmografia (com capaci<strong>da</strong>de para prov<strong>as</strong> cinétic<strong>as</strong>)<br />

• Vertical subjectiva<br />

• Potenciais miogénicos vestibulares evoca<strong>do</strong>s<br />

• Posturografia dinâmica computoriza<strong>da</strong><br />

<strong>Hospital</strong> <strong>da</strong> <strong>Luz</strong><br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

Otorrinolaringologia<br />

<strong>da</strong>mente supervisiona<strong>do</strong>, de forma a<br />

possibilitar uma recuperação rápi<strong>da</strong><br />

e eficaz.<br />

5) Neurolabirintite vestibular.<br />

A diferença desta enti<strong>da</strong>de para a anterior<br />

é que a crise vertiginosa surge<br />

<strong>as</strong>socia<strong>da</strong> a uma surdez sensorioneural.<br />

Pode surgir no contexto de<br />

uma infecção viral, m<strong>as</strong> também na<br />

sequência de uma otite média agu<strong>da</strong><br />

ou otite média crónica.<br />

É uma urgência médica devi<strong>do</strong><br />

à surdez <strong>as</strong>socia<strong>da</strong>.<br />

6) Vertigem pós-traumática.<br />

O traumatismo craniano pode ser<br />

uma causa de <strong>vertigem</strong> por fractura<br />

<strong>do</strong> osso temporal ou por concussão labiríntica.<br />

A fractura <strong>do</strong> osso temporal<br />

poderá originar uma crise vertiginosa<br />

<strong>as</strong>socia<strong>da</strong> a surdez sensorioneural.<br />

A concussão labiríntica também <strong>as</strong>so-


Monitor LCD<br />

Videonistagmografia<br />

Computa<strong>do</strong>r<br />

Vertical subjectiva<br />

Sala de diagnóstico<br />

de perturbações<br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

cia a <strong>vertigem</strong> a uma surdez sensorioneural.<br />

A diferença é a ausência de<br />

sinais radiológicos.Trata-se de uma<br />

etiologia de particular relevância em<br />

situações de acidentes de trabalho,<br />

especialmente em <strong>do</strong>entes que trabalhem<br />

em altur<strong>as</strong>, poden<strong>do</strong> obrigar<br />

à inibição de activi<strong>da</strong>de profissional<br />

por parte destes <strong>do</strong>entes.<br />

7) A <strong>vertigem</strong> na criança.<br />

Na avaliação <strong>da</strong> criança, o diagnóstico<br />

diferencial deve incluir:<br />

• A nevrite por infecção viral.<br />

• Intoxicação medicamentosa: antidepressivos,<br />

ansiolíticos.<br />

• Tumores <strong>da</strong> fossa posterior, que<br />

podem manifestar-se por uma crise<br />

vertiginosa inaugural.<br />

• Form<strong>as</strong> traumátic<strong>as</strong> com fractura<br />

<strong>do</strong> osso temporal ou por fístula perilinfática.<br />

• Equivalentes migranosos, frequen-<br />

O traumatismo craniano<br />

pode ser uma causa<br />

de <strong>vertigem</strong><br />

por fractura <strong>do</strong> osso<br />

temporal ou por<br />

concussão labiríntica<br />

tes na criança e que se traduzem por<br />

um torticolis paroxístico em crianç<strong>as</strong><br />

até aos <strong>do</strong>is anos de i<strong>da</strong>de e por<br />

uma <strong>vertigem</strong> paroxística benigna<br />

<strong>da</strong> criança em crianç<strong>as</strong> até à a<strong>do</strong>lescência.<br />

• Vertigens epiléptic<strong>as</strong>, em que a <strong>vertigem</strong><br />

constitui a aura de uma crise<br />

de epilepsia.<br />

• As malformações congénit<strong>as</strong> <strong>do</strong><br />

ouvi<strong>do</strong> interno.<br />

Sala de tratamento de<br />

perturbações <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

otorrinolaringologia<br />

Posturografia dinâmica computoriza<strong>da</strong><br />

Computa<strong>do</strong>r<br />

Estimula<strong>do</strong>r optocinético<br />

Nota:<br />

O departamento possui ain<strong>da</strong> uma quarta<br />

sala para tratamento, composta por:<br />

• Análise dinâmica <strong>do</strong> movimento<br />

• Um estimula<strong>do</strong>r optocinético<br />

• Uma cadeira rotatória<br />

Naturalmente, qualquer criança<br />

com <strong>alterações</strong> <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong> deve<br />

ser referencia<strong>da</strong> a uma consulta <strong>da</strong><br />

especiali<strong>da</strong>de.<br />

8) Défice multissensorial <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so.<br />

Com a i<strong>da</strong>de, surge uma degeneração<br />

<strong>do</strong> aparelho muscular, <strong>da</strong> visão<br />

e <strong>do</strong> próprio sistema nervoso, o que<br />

pode causar <strong>alterações</strong> <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong>.<br />

Uma abor<strong>da</strong>gem completa <strong>da</strong> situação<br />

clínica e um treino de <strong>equilíbrio</strong><br />

dirigi<strong>do</strong> à prevenção de qued<strong>as</strong> é<br />

aconselhável, de forma a evitar <strong>as</strong><br />

consequênci<strong>as</strong> que <strong>da</strong>í advêm.<br />

MEIOS COMPLEMENTARES<br />

DE DIAGNÓSTICO<br />

A avaliação <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong> é complexa<br />

e laboriosa, b<strong>as</strong>ean<strong>do</strong>-se numa série<br />

de exames que visam, ca<strong>da</strong> um deles,<br />

<strong>da</strong>r uma imagem <strong>do</strong>s diferentes elementos<br />

sensoriais <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong> interno<br />

Outono 2007 iesspro 7


otorrinolaringologia<br />

que concorrem para a manutenção<br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong>. A avaliação consiste<br />

no estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s receptores de aceleração<br />

angular e linear, e o conjunto<br />

de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> fotografi<strong>as</strong> faz o filme <strong>da</strong><br />

avaliação vestibular. Esta inicia-se<br />

com o estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> função auditiva.<br />

O exame cardinal <strong>da</strong> avaliação vestibular<br />

é a videonistagmografia, que<br />

procura, através de uma série de procedimentos,<br />

identificar e quantificar<br />

a eventual existência de uma lesão ao<br />

nível <strong>do</strong>s receptores angulares.<br />

O exame é realiza<strong>do</strong> através de<br />

câmar<strong>as</strong> de alta definição, que permitem<br />

detectar a posição e a veloci<strong>da</strong>de<br />

<strong>do</strong> olho em resposta a um determina<strong>do</strong><br />

estímulo. Cl<strong>as</strong>sicamente, é realiza<strong>da</strong><br />

uma estimulação térmica de<br />

ca<strong>da</strong> ouvi<strong>do</strong>, de mo<strong>do</strong> a identificar<br />

uma <strong>as</strong>simetria vestibular.<br />

Um <strong>do</strong>s protocolos que pode ser<br />

realiza<strong>do</strong> neste estu<strong>do</strong> são <strong>as</strong> prov<strong>as</strong><br />

cinétic<strong>as</strong>. A possibili<strong>da</strong>de de avaliar<br />

o ouvi<strong>do</strong> através de prov<strong>as</strong> impulsionais<br />

ou de acelerações sinusoi<strong>da</strong>is<br />

a diferentes frequênci<strong>as</strong> possibilita<br />

uma avaliação mais fisiológica e<br />

complementar à abor<strong>da</strong>gem clássica,<br />

sen<strong>do</strong> de inestimável valor em c<strong>as</strong>os<br />

de arreflexia vestibular, como, por<br />

exemplo, em situações de ototoxici<strong>da</strong>de<br />

medicamentosa. Outra vantagem<br />

é a possibili<strong>da</strong>de de se realizar<br />

a avaliação vestibular em crianç<strong>as</strong><br />

que, sentad<strong>as</strong> ao colo <strong>do</strong>s pais, com a<br />

cabeça bem apoia<strong>da</strong>, colaboram com<br />

a realização desta prova, ao contrário<br />

<strong>da</strong> estimulação térmica clássica.<br />

A avaliação otolítica (receptores<br />

sensoriais de aceleração linear),<br />

quan<strong>do</strong> não realiza<strong>da</strong>, geralmente<br />

por incapaci<strong>da</strong>de técnica, impossibilita<br />

a avaliação global <strong>do</strong> órgão<br />

vestibular. No entanto, este estu<strong>do</strong><br />

pode ser facilmente realiza<strong>do</strong> através<br />

de <strong>do</strong>is exames: os potenciais<br />

8 iesspro Outono 2007<br />

Departamento de avaliação diagnóstica<br />

e tratamento <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

O tratamento <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong>, designa<strong>do</strong> por reeducação vestibular<br />

é realiza<strong>do</strong> através de técnic<strong>as</strong> de substituição, a<strong>da</strong>ptação ou habituação,<br />

recorren<strong>do</strong>-se para tal à utilização, por exemplo, <strong>da</strong> posturografia<br />

dinâmica, <strong>da</strong> cadeira rotatória ou <strong>do</strong> estimula<strong>do</strong>r optocinético.<br />

Videonistagmografia<br />

Vertical subjectiva<br />

miogénicos vestibulares e a vertical<br />

subjectiva. São exames recentes, que<br />

podem ser aplica<strong>do</strong>s tanto em crianç<strong>as</strong><br />

como em adultos.<br />

POSTUROGRAFIA<br />

AJUDA A IDENTIFICAR<br />

A posturografia dinâmica computoriza<strong>da</strong><br />

é uma técnica que permite<br />

avaliar o <strong>equilíbrio</strong> de uma forma<br />

global, identifican<strong>do</strong> o elemento<br />

desestabiliza<strong>do</strong>r. Trata-se de uma<br />

técnica que foi desenvolvi<strong>da</strong> em<br />

colaboração com a NASA no estu<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong> <strong>do</strong>s <strong>as</strong>tronaut<strong>as</strong> antes<br />

e após <strong>as</strong> viagens espaciais.<br />

A posturografia procura, pois,<br />

avaliar a forma como o <strong>do</strong>ente utiliza<br />

Exame de avaliação<br />

<strong>do</strong> canal semicircular<br />

horizontal com cadeira<br />

rotatória, o que permite<br />

realizar prov<strong>as</strong> cinétic<strong>as</strong><br />

de forma a uma<br />

investigação global<br />

Feixe de luz que<br />

o <strong>do</strong>ente coloca<br />

no que é para ele<br />

a vertical de forma<br />

a avaliar o utriculo<br />

(orgão otolitico)<br />

Sala de diagnóstico<br />

de perturbações<br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

<strong>as</strong> diferentes informações (visuais,<br />

vestibulares, somatossensitiv<strong>as</strong>) para<br />

manter o <strong>equilíbrio</strong>, poden<strong>do</strong> <strong>as</strong>sim<br />

identificar-se uma má utilização d<strong>as</strong><br />

informações sensoriais e uma estratégia<br />

de movimento inadequa<strong>da</strong> às<br />

situações colocad<strong>as</strong>, que contribuem<br />

para <strong>as</strong> queix<strong>as</strong> de des<strong>equilíbrio</strong> e<br />

eventuais qued<strong>as</strong>.<br />

Recentemente, têm-se introduzi<strong>do</strong><br />

diversos avanços nesta técnica,<br />

sen<strong>do</strong> possível <strong>as</strong>sociar também o<br />

estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> marcha.<br />

Est<strong>as</strong> informações valios<strong>as</strong> podem<br />

ser utilizad<strong>as</strong> com fins diagnósticos<br />

m<strong>as</strong> também terapêuticos,<br />

orientan<strong>do</strong> program<strong>as</strong> de reeducação<br />

vestibular.


TRATAMENTO DA VERTIGEM<br />

O TRATAMENTO varia com a<br />

<strong>do</strong>ença, b<strong>as</strong>ean<strong>do</strong>-se num programa<br />

personaliza<strong>do</strong> de reeducação vestibular.<br />

Não é de mais enfatizar<br />

que a activi<strong>da</strong>de física precoce<br />

é essencial para uma recuperação<br />

acelera<strong>da</strong>, deven<strong>do</strong> o <strong>do</strong>ente evitar<br />

o repouso em excesso, inician<strong>do</strong><br />

levante o mais rapi<strong>da</strong>mente possível.<br />

O tratamento tem como objectivo<br />

restabelecer uma estabili<strong>da</strong>de ocular<br />

e postural recorren<strong>do</strong> a estratégi<strong>as</strong> de<br />

habituação ou de substituição sensorial.<br />

De salientar que diferentes estratégi<strong>as</strong><br />

terapêutic<strong>as</strong> estão disponíveis<br />

no tratamento destes <strong>do</strong>entes<br />

Sala de tratamento<br />

de perturbações<br />

<strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

e que podem ser estabeleci<strong>do</strong>s<br />

protocolos personaliza<strong>do</strong>s<br />

de exercícios de estabilização<br />

ocular com movimentos<br />

de coordenação olho-alvo que<br />

o <strong>do</strong>ente pode praticar em ambulatório,<br />

de forma complementar ao tratamento<br />

hospitalar. Em ambiente hospitalar<br />

podemos recorrer a divers<strong>as</strong><br />

técnic<strong>as</strong> terapêutic<strong>as</strong>.<br />

Pode utilizar-se como técnica<br />

terapêutica a cadeira rotatória,<br />

em que, através de uma substituição<br />

sensorial, o <strong>do</strong>ente é submeti<strong>do</strong><br />

a uma aceleração angular a alt<strong>as</strong><br />

veloci<strong>da</strong>des com o objectivo<br />

otorrinolaringologia<br />

Posturografia dinâmica computoriza<strong>da</strong><br />

Estimula<strong>do</strong>r optocinético<br />

Reeducação vestibular<br />

Permite avaliar a forma<br />

como o <strong>do</strong>ente utiliza<br />

<strong>as</strong> informações para<br />

manter o <strong>equilíbrio</strong>; permite<br />

igualmente realizar<br />

tratamentos com<br />

optimização d<strong>as</strong> respost<strong>as</strong><br />

para manutenção <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

Estimulos luminosos<br />

em diferentes<br />

direcções e a diferentes<br />

veloci<strong>da</strong>des para<br />

tratamento <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

Sessões de reeducação vestibular com treino<br />

<strong>da</strong> marcha e <strong>do</strong> <strong>equilíbrio</strong><br />

de se obter uma simetria vestibular.<br />

Outros mecanismos são os estímulos<br />

optocinéticos, em que o <strong>do</strong>ente,<br />

num ambiente sem referênci<strong>as</strong> visuais,<br />

é submeti<strong>do</strong> a um estímulo visual<br />

que desfila na sua frente, com<br />

estimulação de to<strong>do</strong> o campo visual.<br />

Outra técnica é a utilização<br />

<strong>da</strong> plataforma de posturografia<br />

como treino de estratégia de<br />

movimentos e de estimulação sensorial.<br />

O treino em plataforma permite<br />

submeter o <strong>do</strong>ente<br />

a diferentes estímulos sensoriais,<br />

treinar estratégi<strong>as</strong> de movimentos<br />

e limites de estabili<strong>da</strong>de.<br />

Outono 2007 iesspro 9

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