4139411 - linguagem para o enem n 12.pdf
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Professor: sérgio rosa<br />
1. “Não serei o poeta de um mundo caduco.<br />
Também não cantarei o mundo futuro.<br />
Estou preso à vida e olho meus companheiros.<br />
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.<br />
Entre eles, considero a enorme realidade.”<br />
Texto I<br />
Os versos acima, do poema “Mãos dadas”, de Carlos Drummond<br />
de Andrade, prendem-se a uma fase de sua poesia na qual o<br />
poeta mineiro:<br />
a) influenciado diretamente por Oswald de Andrade, passa a<br />
compor epigramas irônicos.<br />
b) relativizando a ironia que caracteriza momentos anteriores,<br />
escreve poemas de cunho político-social.<br />
c) desiludido com os rumos do mundo contemporâneo,<br />
recolhe-se à intimidade e passa a refletir sobre o absurdo<br />
da existência.<br />
d) já na casa dos setenta anos, entrega-se a um memorialismo<br />
em tom de crônica, revivendo suas experiências juvenis.<br />
e) promovendo um balanço crítico de sua poesia, aventura-se<br />
em novas formas poéticas, de caráter experimental.<br />
Texto II<br />
OSG.: 41394/11<br />
“Leve é o pássaro,<br />
e a sua sombra voante,<br />
mais leve<br />
------------------------------------------------------<br />
E o desejo rápido<br />
desse antigo instante,<br />
mais leve.<br />
E a figura invisível<br />
do amargo passante,<br />
mais leve.”<br />
Cecília Meireles<br />
“Mais claro e fino do que as finas pratas<br />
O som da sua voz deliciava...<br />
Na dolência velada das sonatas<br />
Como um perfume a tudo perfumava.”<br />
Linguagens, Códigos e suas TeCnoLogias<br />
Modernismo 2 a Fase: Poesia, Interpretação e Gramática<br />
Cruz e Souza<br />
2. Qual a semelhança ou o ponto de convergência entre a poesia<br />
neossimbolista de Cecília Meireles e a de Cruz e Souza?<br />
a) A objetividade e o materialismo marcantes no estilo<br />
parnasiano.<br />
b) A realidade focalizada de maneira vaga, em versos que<br />
exploram a sonoridade das palavras.<br />
c) A preocupação formal e a presença de rimas ricas.<br />
d) O erotismo e o bucolismo como tema recorrente.<br />
e) A impassibilidade dos elementos da natureza e a presença<br />
da própria poesia como musa.<br />
N° 12<br />
3. (Cescem) O poeta que fala com humor e ironia da mediocridade,<br />
da “vida da besta” que preside o cotidiano, e, cuja obra<br />
(A Rosa do Povo, Claro Enigma) é marcada por vigoroso espírito<br />
de síntese e pelo sentido trágico da existência. Trata-se de:<br />
a) Vinicius de Moraes.<br />
b) Carlos Drummond de Andrade.<br />
c) Olavo Bilac.<br />
d) Mário de Andrade.<br />
e) Cecília Meireles.<br />
4. O desejo de abolir as formas poéticas consagradas, que haviam<br />
sido cristalizadas pelo Parnasianismo, levou muitos modernistas<br />
a encontrarem novas formas de expressão. Alguns, porém,<br />
foram modernos recuperando formas tradicionais. Comprovam<br />
esta última tendência os:<br />
a) versos livres de Manuel Bandeira.<br />
b) sonetos de Vinicius de Moraes.<br />
c) poemas-piadas de Oswald de Andrade.<br />
d) poemas cujo ritmo fixam a rapidez do cotidiano.<br />
e) poemas que incorporam a técnica cinematográfica.<br />
5. Leia atentamente o texto:<br />
Texto III<br />
5<br />
10<br />
DADOS BIOGRÁFICOS<br />
“Mas que dizer do poeta<br />
numa prova escolar?<br />
Que ele é meio pateta<br />
e não sabe rimar?<br />
Que veio de Itabira,<br />
terra longe e ferrosa?<br />
E que seu verso vira,<br />
de vez em quando, prosa?<br />
----------------------------------------<br />
Que encontrou no caminho<br />
uma pedra e, estacando,<br />
muito riso escaminho,<br />
o foi logo encerrando?”<br />
Esses “dados biográficos” são do poeta:<br />
a) Jorge de Lima.<br />
b) Manuel Bandeira.<br />
c) João Cabral de Melo Neto.<br />
d) Carlos Drummond de Andrade.<br />
e) Guilherme de Almeida.
ModernisMo 2ª Fase: Poesia, inTerPreTação e graMáTiCa<br />
Texto IV<br />
Eu sempre achei que o * se não era inútil, pelo menos<br />
tinha um destino inteiramente apagado à sua frente. Enquanto<br />
todos os seus irmãos tipográficos seguiram carreiras melhores,<br />
mais constantes e mais gratificantes o * vivia oculto, raramente<br />
5 usado, e, quando usado, era sempre em pés de páginas, <strong>para</strong><br />
chamar a atenção <strong>para</strong> uma coisa de importância marginal,<br />
indigna de figurar no texto principal ou, então, pura e<br />
simplesmente chata. Assim, bastava o leitor pressentir um *<br />
à sua frente e já sentia a barra da coisa oficial, estatística ou<br />
10 didática. Os irmãos e primos do * , porém, estavam sempre<br />
lá, brilhando, no campo principal. O “ sempre se insinuando<br />
nos diálogos, o ? gritando suas dúvidas em todas as frases,<br />
o & e o $ se metendo em todas as conversas financeiras e<br />
comerciais, o; e o : apostando corridas <strong>para</strong> ver quem ralentava<br />
15 ou apressava mais os textos escritos. Sem falar no § , tão cioso<br />
da sua participação nas coisas jurídicas e legais e do extrovertido<br />
! , a própria vida da festa, digo de um texto! Mas afinal, um<br />
dia, surgiu O Pasquim e, inesperadamente, o * saiu dos pés<br />
de páginas e adquiriu uma importância própria, que ninguém<br />
20 jamais tinha esperado dele. Passou a representar tudo que não<br />
podia ser dito, todo o insólito, ou o atrevido, ou o escatalógico,<br />
o descontraído, o estridente e inconformado. Imediatamente<br />
a juventude o adotou, ele hoje é o darling da publicidade,<br />
penetrou até nas melhores casas de famílias. Por isso é que nós<br />
25 o homenageamos aqui. Longa vida ao pequenino *, símbolo<br />
de uma resistência, última estrela no céu da expressão possível,<br />
nós que o redescobrimos e exaltamos como a derradeira chance<br />
de exprimir o inexprimível.<br />
MIllôr Fernandes<br />
6. Assinale a alternativa que apresenta uma característica da<br />
crônica encontrada no texto em exame.<br />
a) Avalia episódios remotos.<br />
b) Comenta acontecimentos literários.<br />
c) Adota um tom predominantemente lírico.<br />
d) Constitui uma reflexão com ponto de vista individual.<br />
e) Desliga-se do cotidiano imediato e corriqueiro do cronista.<br />
7. Fazendo analogia do * com um ser social, pode-se inferir que:<br />
a) a realização pessoal depende de como os indivíduos se veem.<br />
b) a popularidade nem sempre resulta das expectativas pessoais.<br />
c) as oportunidades estão disponíveis e têm de ser aproveitadas.<br />
d) os indivíduos ocupam espaços equivalentes dentro da família.<br />
e) o prestígio depende de como cada um exibe as suas<br />
qualidades.<br />
8. O autor do texto afirma que o asterisco:<br />
a) é um sinal gráfico sem utilidade.<br />
b) não pode ser considerado um sinal de pontuação.<br />
c) não figura, até O Pasquim, em textos jornalísticos.<br />
d) passa a ser utilizado nas tipografias com o surgimento de<br />
O Pasquim.<br />
e) deixa de ser, com O Pasquim, mera chamada <strong>para</strong> nota de<br />
pé de páginas.<br />
9. Coloque (V) ou (F), conforme o que se afirma sobre o último<br />
período do texto seja verdadeiro ou falso.<br />
( ) O <strong>para</strong>doxo nele contido torna-o semanticamente vazio.<br />
( ) O asterisco torna-se a última possibilidade de dizer o que<br />
não pode ser dito.<br />
( ) O asterisco constitui uma estratégia <strong>para</strong> sinalizar a<br />
interdição do que se deseja dizer.<br />
A sequência que corresponde à resposta correta é a alternativa:<br />
a) F, V, F<br />
b) F, V, V<br />
c) V, F, F<br />
d) V, V, V<br />
e) V, F, V<br />
2<br />
10. Assinale a alternativa em que está presente o recurso da antítese.<br />
a) “destino inteiramente apagado” (linha 2)<br />
b) “uma coisa de importância marginal” (linha 6)<br />
c) “conversas financeiras e comerciais” (linha 13)<br />
d) “última estrela no céu da expressão” (linhas 25-26)<br />
e) “chance de exprimir o inexprimível” (linhas 27 e 28)<br />
11. (PUC) ”... com exceção do Morro do Cantagalo cujo volume<br />
é desagradável e pesado...”<br />
“Levantei-me do banco e fui embora.”<br />
“cujo” = “me” =<br />
a) adjunto adnominal objeto direto<br />
b) sujeito objeto direto<br />
c) adjunto adnominal objeto indireto<br />
d) complemento nominal sujeito<br />
e) sujeito objeto indireto<br />
12. (PUC-SP)<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
“João amava Teresa que amava Raimundo<br />
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili<br />
que não amava ninguém.<br />
João foi <strong>para</strong> os Estados Unidos, Teresa <strong>para</strong> o convento,<br />
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou <strong>para</strong> tia,<br />
Joaquim suicidou-se e LiIi casou com J. Pinto Fernandes<br />
que não tinha entrado na história.”<br />
A primeira parte do poema (versos de 1 a 3) é marcada,<br />
sintaticamente, pela presença de:<br />
orações cujo termo introdutor atua como<br />
a) adjetivas restritivas – conectivo-sujeito<br />
b) sindéticas explicativas – simples conectivo<br />
c) adverbiais com<strong>para</strong>tivas – simples conectivo<br />
d) adjetivas explicativas – conectivo-sujeito<br />
e) sindéticas aditivas – simples conectivo<br />
13. Os termos “os” e “que” (... hipócritas fossem os que<br />
invocavam...) são, respectivamente:<br />
a) objeto direto e objeto direto.<br />
b) objeto direto de “fossem” e sujeito de “invocavam”.<br />
c) sujeito de “fossem” e sujeito de “invocavam”.<br />
d) objeto indireto e sujeito.<br />
e) objeto direto pleonástico e objeto direto.<br />
14. (Mackenzie) Em “É difícil o dia em que não acontece um<br />
acidente”, temos uma oração:<br />
a) subordinada substantiva predicativa.<br />
b) subordinada substantiva completiva nominal.<br />
c) subordinada substantiva subjetiva.<br />
d) subordinada adjetiva restritiva.<br />
e) subordinada adjetiva explicativa.<br />
15. (Medicina-Taubaté) Classifique a oração grifada:<br />
Eis as armas de que tanto gostas.<br />
a) oração principal.<br />
b) oração coordenada.<br />
c) oração subordinada adjetiva.<br />
d) oração subordinada substantiva.<br />
e) oração subordinada adverbial.<br />
Drummond.
ModernisMo 2ª Fase: Poesia, inTerPreTação e graMáTiCa<br />
16. (U.F. Viçosa) “O médico sabia piano e tocava agradavelmente; a<br />
sua conversa era animada; sabia esses mil modos que entretêm<br />
geralmente as senhoras quando elas não gostam...”<br />
M. de Assis.<br />
A oração destacada no período desempenha a função<br />
sintática de:<br />
a) predicado nominal.<br />
b) aposto.<br />
c) predicativo.<br />
d) complemento nominal.<br />
e) adjunto adnominal.<br />
17. (UFSC) Assinale a oração subordinada adjetiva.<br />
a) Provou-se que existe pouco petróleo no Brasil.<br />
b) Ninguém desejava que ele morresse.<br />
c) Os dois vivemos momentos que não se esquecem.<br />
d) O provável é que tu te demitas do cargo.<br />
e) Não tenho interesse em que ele volte.<br />
18. (Esan-SP) No período “Ele, que nasceu rico, acabou na<br />
miséria.”, a oração destacada é:<br />
a) coordenada sindética explicativa.<br />
b) subordinada adjetiva explicativa.<br />
c) subordinada adjetiva restritiva.<br />
d) subordinada adverbial com<strong>para</strong>tiva.<br />
e) coordenada sindética conclusiva.<br />
19. (PUC) “... uma lagoa compreende as nossas pequeninas<br />
desventuras, o efêmero que nos fere.”<br />
“que” = “nos” =<br />
a) conjunção integrante objeto direto<br />
b) pronome relativo (obj. dir.) sujeito<br />
c) pronome relativo (sujeito) objeto direto<br />
d) pronome relativo (sujeito) objeto indireto<br />
e) nenhuma das alternativas<br />
20. “Os homens sempre se esquecem de que somos todos<br />
mortais.” A oração destacada é:<br />
a) substantiva completiva nominal.<br />
b) substantiva apositiva.<br />
c) substantiva subjetiva.<br />
d) substantiva objetiva indireta.<br />
e) adjetiva restritiva.<br />
1 2<br />
GABARITO – Nº 11<br />
3 4 5<br />
c e e c b<br />
6 7 8 9 10<br />
c b d c a<br />
11 12 13 14 15<br />
a b d c c<br />
16 17 18 19 20<br />
b e c c e<br />
3
ModernisMo 2ª Fase: Poesia, inTerPreTação e graMáTiCa<br />
Anotações<br />
4<br />
OSG.: 41394/11<br />
Dig.: Vic. 14/04/11 / Rev.: RO/RM