3-Maria-Magdalena (P) Boletim n°3 - Arte Mistica 2013

Boletim n° 3
MULHER APÓSTOLA?
Os cristãos ortodoxos
chamavam inicialmente
"isapostoles", ou seja,
"iguais aos apóstolos", as
Santas Mulheres que
seguiam Jesus (Maria
Madalena, Marta, Maria
Salomé, etc). Esta ideia de
uma mulher apóstola, de
uma sacerdotisa que
ensinava os mistérios mais
sagrados do Amor é
revolucionária para muitos
ateus ou crentes católicos e ortodoxos, mas ela foi
amplamente verificada depois da descoberta, em
1945, perto de Nag Hammadi (Egipto) de 46
documentos que remontam ao século III D.C. Dentre
esses documentos, os arqueólogos encontraram
fragmentos de relatos cuja existência só era
conhecida por um punhado de académicos e
especialistas bíblicos. Estes fragmentos são
denominados: Evangelho da Paz (atribuído a
Valentim), Evangelho de Filipe, Evangelho de Tomás,
Evangelho da Verdade, Epístola de Pedro… e
especialmente: Evangelho de Maria… depois uma
outra descoberta arqueológica em 1974, num antigo
Mosteiro da Grécia (Xenofontos), pelo arqueólogo
François Bovon, pôs em evidência a verdadeira
função de Maria Madalena. Ele descobriu um
manuscrito antigo com 700 anos, a cópia mais
completa alguma vez encontrada de um texto do séc.
IV D.C., intitulado "Os Actos de Filipe". Este
manuscrito continha uma descrição de Maria
Madalena, mais tarde suprimida pela Igreja. Um texto
no qual Maria Madalena era descrita como uma
ensinante, uma missionária, pregando, baptizando,
tendo mesmo o título de apóstola, forte e plena de
fé.
A Maria Madelena HISTÓRICA…
… OS SEGREDOS DE UMA VESTAL DO FOGO
Arte e Mística: expressões do divino
O historiador Laurence Gardner indica no seu
livro: "O Graal e a linhagem real de Cristo", que Maria
Madalena, teria nascido no ano III da nossa Era, e
seria a filha do arcipreste Syrus, o Yairita, sacerdote
de David, que era uma função hereditária. Seu pai
teria oficializado na grande sinagoga de Cafarnaum;
e sua mãe Eucária, teria pertencido à linhagem real
de Israel mas não davídica. Aos 14 anos Maria
Madalena teria sido iniciada numa cerimónia para ser
preparada para se tornar uma "Sacerdotisa" (ou uma
"Vestal" cumprindo assim os ensinamentos do Egipto
Secreto). De facto, teria surgido esta confusão sobre
a sua verdadeira função e as suas verdadeiras
virtudes. A "pecadora" como ela é regularmente
citada nos Evangelhos canónicos, é chamada de
"prostituta". É esta uma questão delicada, que
necessita de uma investigação de fundo! Como
poderia uma filha de um grande sacerdote e de
linhagem real, iniciada nos mistérios, ter exercido tal
delito? Os óculos psicológicos dos "doutores" da
moral não souberam compreender os arcanos do
caminho iniciático. Felizmente, o Venerável Mestre
Samael permite-nos esclarecer a função sacerdotal
de certas grandes iniciadas. Isto é o que ele nos diz
no seu livro ("Matrimónio Perfeito", cap. 24): "… Lá,
no antigo Egipto, no país solarengo de Kem, havia os
Grandes Mistérios da Gnose... Nos mais sagrados
templos, havia várias Vestais especialmente
preparadas para trabalharem na Grande Obra, com os
iniciados solteiros que lhes tinham sido atribuídos.
Os iniciados casados trabalhavam em seus lares com
a sua esposa-sacerdotisa. As Vestais eram muito
bem preparadas para o sacerdócio do Amor. Tinham
grandes mestras que as preparavam e elas eram
submetidas a duras provações e penitências. Elas
foram as "prostitutas sagradas" sobre as quais nos
falam vários autores. Hoje em dia, seria impossível
termos Templos das Vestais deste género. O mundo
está tão corrompido que nós não faríamos mais do
que ajudar a corromper o que já está corrompido.
Não poderíamos esperar outro resultado e nos
convertiríamos por consequência, em abjectos
cúmplices do crime. Todos os iniciados celibatários
que iluminaram o curso dos séculos praticaram a
Magia "Criadora" no interior das Pirâmides com essas
Vestais. O próprio Jesus também teve que praticar a
magia “Criadora”na pirâmide de Képhren... Lá, ele
recapitulou todas as suas iniciações. Esta afirmação
que fazemos escandalizará muita gente; não
podemos criticar esses puritanos, porque eles são os
sacerdotes católicos que, na verdade,
desumanizaram Jesus. Infelizmente, isso tornou-se
tão bem gravado no mental das pessoas, que os
próprios ocultistas continuam a alimentar a falsa
idéia de um Jesus mutilado, castrado. A realidade, é
que Jesus foi em tudo um homem, no sentido mais
completo da palavra. Um verdadeiro homem…" Aqui
estão numerosas indicações que deveremos acolher
com a maior imparcialidade, livres dos óculos
coloridos das nossas crenças e da escravidão do
ignorante moral.
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