06.07.2013 Views

Biografia de Fernando Pessoa - Clientes Netvisao

Biografia de Fernando Pessoa - Clientes Netvisao

Biografia de Fernando Pessoa - Clientes Netvisao

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ophélia Queiroz (interrompida nesse mesmo ano e retomada, para rápida e<br />

<strong>de</strong>finitivamente terminar, em 1929) testemunhada pelas Cartas <strong>de</strong> Amor <strong>de</strong> <strong>Pessoa</strong>,<br />

organizadas e anotadas por David Mourão-Ferreira, e editadas em 1978. Em 1925,<br />

ocorreria a morte da mãe. <strong>Fernando</strong> <strong>Pessoa</strong> viria a morrer uma década <strong>de</strong>pois, a 30 <strong>de</strong><br />

Novembro <strong>de</strong> 1935 no Hospital <strong>de</strong> S. Luís dos Franceses, on<strong>de</strong> foi internado com uma<br />

cólica hepática, causada provavelmente pelo consumo excessivo <strong>de</strong> álcool.<br />

Levando uma vida relativamente apagada, movimentando-se num círculo restrito <strong>de</strong><br />

amigos que frequentavam as tertúlias intelectuais dos cafés da capital, envolveu-se nas<br />

discussões literárias e até políticas da época. Colaborou na revista A Águia, da<br />

Renascença Portuguesa, com artigos <strong>de</strong> crítica literária sobre a nova poesia portuguesa,<br />

imbuídos <strong>de</strong> um sebastianismo animado pela crença no surgimento <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> poeta<br />

nacional, o «super-Camões» (ele próprio?). Data <strong>de</strong> 1913 a publicação <strong>de</strong> «Impressões<br />

do Crepúsculo» (poema tomado como exemplo <strong>de</strong> uma nova corrente, o paúlismo,<br />

<strong>de</strong>signação advinda da primeira palavra do poema) e <strong>de</strong> 1914 o aparecimento dos seus<br />

três principais heterónimos, segundo indicação do próprio <strong>Fernando</strong> <strong>Pessoa</strong>, em carta<br />

dirigida a Adolfo Casais Monteiro, sobre a origem <strong>de</strong>stes.<br />

Em 1915, com Mário <strong>de</strong> Sá-Carneiro (seu dilecto amigo, com o qual trocou intensa<br />

correspondência e cujas crises acompanhou <strong>de</strong> perto), Luís <strong>de</strong> Montalvor e outros<br />

poetas e artistas plásticos com os quais formou o grupo «Orpheu», lançou a revista<br />

Orpheu, marco do mo<strong>de</strong>rnismo português, on<strong>de</strong> publicou, no primeiro número, Opiário<br />

e O<strong>de</strong> Triunfal, <strong>de</strong> Campos, e O Marinheiro, <strong>de</strong> <strong>Pessoa</strong> ortónimo, e, no segundo, Chuva<br />

Oblíqua, <strong>de</strong> <strong>Fernando</strong> <strong>Pessoa</strong> ortónimo, e a O<strong>de</strong> Marítima, <strong>de</strong> Campos. Publicou, ainda<br />

em vida, Antinous (1918), 35 Sonnets (1918), e três séries <strong>de</strong> English Poems<br />

(publicados, em 1921, na editora Olisipo, fundada por si). Em 1934, concorreu com<br />

Mensagem a um prémio da Secretaria <strong>de</strong> Propaganda Nacional, que conquistou na<br />

categoria B, <strong>de</strong>vido à reduzida extensão do livro. Colaborou ainda nas revistas Exílio<br />

(1916), Portugal Futurista (1917), Contemporânea (1922-1926, <strong>de</strong> que foi co-director e<br />

on<strong>de</strong> publicou O Banqueiro Anarquista, conto <strong>de</strong> raciocínio e <strong>de</strong>dução, e o poema Mar<br />

Português), Athena (1924-1925, igualmente como co-director e on<strong>de</strong> foram publicadas<br />

algumas o<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ricardo Reis e excertos <strong>de</strong> poemas <strong>de</strong> Alberto Caeiro) e Presença.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!