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INCONFIDÊNCIA MINEIRA: MEDIAÇÕES DISCURSIVAS

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material-social Marx e Engels e a linguagem, (1846) fundamentam ressaltando que a tese o uso da lingüístico unidade entre traz a as atividade marcas<br />

das relações e das ideologias de classe e que o poder da classe dominante se<br />

estende envolve até a sociedade o uso da linguagem. em geral, enquanto De acordo sua com inter-relação Marx e Engels, com a estruturas linguagem<br />

concretas sócio-ideológicas expressa-se no nível dos subcódigos especiais do<br />

uso lingüístico.<br />

sócio-ideológico, Bakhtin (1929, mas p. não 46) vê também as comunidades considera a lingüísticas linguagem como como um coincidentes fenômeno<br />

com em lugar as distinções de supor de que classe. a luta Várias de classes classes determina usam a mesma a linguagem, linguagem, diz que portanto, ela se<br />

processa se torna a no arena interior onde da se própria desenvolve linguagem; a luta de ou, classes.” como o afirma o autor: “o signo<br />

linguagem Para proposta nós, o discurso por Bakhtin, da Inconfidência sendo as paráfrases Mineira e as efetua-se polissemias na dimensão a realização de<br />

discursivas. da metáfora da “arena”, lugar da expressão da luta de diferentes formações<br />

materializadas As relações no contexto entre a sociedade das devassa civil judiciais, e a sociedade sendo política o momento estão do também<br />

emergem as contradições que se revelam nas enunciações constituídas qual pela<br />

de paráfrase Portugal e pela que, polissemia. ao reproduzir A primeira o discurso manifestação inconfidente, lingüística revela as diz falas respeito da liberdade à fala<br />

em reflete seus os discursos sentidos polissêmicos de acusação que, e de enunciados condenação. através Já a segunda de uma manifestação “enunciação<br />

dupla”, discurso produzem da colonização. uma ambigüidade que desfaz a fala determinante e unívoca do<br />

formações A distinção discursivas, entre esses desmembrados dois níveis de nas discurso unidades baliza-se discursivas pelo conceito do nós de<br />

o (inconfidentes), corpo que recebeu do eles a pena). (o poder Essas português) instâncias delimitam e, finalmente, perspectivas do ele (o discursivas acusado,<br />

que encerram a dialética da história, repartida em dois tipos de discurso que se<br />

“discursoda interpenetram História”.<br />

para constituir o que se define como o “discurso naHistória” e o<br />

22 Linguagem em (Dis)curso, Tubarão, v. 3, n. 2, p. 9-26, jan./jun. 2003

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