14.07.2013 Views

Utilização do Cinema na Sala de Aula: Aplicação da Química dos ...

Utilização do Cinema na Sala de Aula: Aplicação da Química dos ...

Utilização do Cinema na Sala de Aula: Aplicação da Química dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

164<br />

a partir <strong>do</strong>s óleos essenciais<br />

e consequentemente retirava<br />

os carboidratos, áci<strong>do</strong>s graxos<br />

e proteí<strong>na</strong>s. O<br />

cabelo teve uma<br />

atenção especial<br />

pelo fato <strong>de</strong> possuir<br />

uma gran<strong>de</strong><br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sses<br />

óleos. (Trecho<br />

<strong>da</strong> produção <strong>da</strong><br />

equipe G)<br />

Ao passar a banha<br />

por to<strong>do</strong> o<br />

corpo, Jean consegue<br />

retirar as<br />

proteí<strong>na</strong>s, carboidratos<br />

e lipí<strong>de</strong>os<br />

existentes no<br />

corpo e nos pelos. (Trecho <strong>da</strong><br />

produção <strong>da</strong> equipe H)<br />

No segun<strong>do</strong> problema, os alunos<br />

<strong>de</strong>veriam oferecer um quadro<br />

comparativo entre <strong>do</strong>is processos<br />

<strong>de</strong> extração apresenta<strong>do</strong>s no filme:<br />

um processo <strong>de</strong> extração a quente,<br />

utilizan<strong>do</strong> água como solvente; e<br />

outro processo <strong>de</strong> extração a frio,<br />

utilizan<strong>do</strong> banha <strong>de</strong> porco como<br />

solvente. A equipe D consi<strong>de</strong>rou o<br />

mesmo solvente nos <strong>do</strong>is processos,<br />

o que contribuiu para que eles não<br />

conseguissem discutir a diferença<br />

entre as duas extrações (solvente<br />

polar e apolar), apresentan<strong>do</strong> uma<br />

explicação basea<strong>da</strong> no aumento <strong>da</strong><br />

pressão <strong>de</strong> vapor <strong>do</strong>s compostos,<br />

como se observa no trecho abaixo.<br />

No primeiro processo, ele<br />

pôs a mulher inteira em um<br />

tubo cheio <strong>de</strong> banha <strong>de</strong>rreti<strong>da</strong><br />

(a quente) e no segun<strong>do</strong> ele<br />

aplicou a banha fria diretamente<br />

<strong>na</strong> pele <strong>da</strong> mulher. Ele não<br />

obteve sucesso no primeiro<br />

processo <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à alta pressão<br />

<strong>de</strong> vapor <strong>do</strong>s compostos<br />

provenientes <strong>da</strong> mulher, que<br />

acabaram se volatilizan<strong>do</strong> com<br />

a alta temperatura. (Trecho <strong>da</strong><br />

produção <strong>da</strong> equipe D)<br />

Os <strong>de</strong>mais alunos respon<strong>de</strong>ram à<br />

questão consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a diferença <strong>de</strong><br />

polari<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os solventes e seu<br />

O uso <strong>do</strong> cinema em sala<br />

<strong>de</strong> aula, <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

proposta, <strong>de</strong>monstrou<br />

ser um veículo atrativo,<br />

<strong>de</strong> interação social, que<br />

incentivou a pesquisa<br />

e estimulou os alunos a<br />

perceberem que é possível<br />

notar arte e ciência em<br />

to<strong>do</strong>s os aspectos <strong>de</strong><br />

nossas vi<strong>da</strong>s, <strong>da</strong>n<strong>do</strong><br />

um significa<strong>do</strong> àqueles<br />

conceitos que apren<strong>de</strong>mos<br />

em sala <strong>de</strong> aula.<br />

papel <strong>na</strong> extração <strong>da</strong>s substâncias <strong>de</strong><br />

interesse. Os alunos também salientaram<br />

em suas respostas o papel <strong>da</strong><br />

temperatura no pro-<br />

cesso,<strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> conhecimentos<br />

relativos à volatili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> moléculas <strong>de</strong><br />

forma bem aplica<strong>da</strong><br />

às ce<strong>na</strong>s <strong>do</strong> filme.<br />

Por fim, foi pergunta<strong>do</strong><br />

às equipes sobre<br />

a experiência <strong>de</strong> se<br />

assistir a um filme<br />

em sala <strong>de</strong> aula que<br />

aparentemente não<br />

tem qualquer relação<br />

com <strong>Química</strong>. Essa<br />

pergunta foi formula<strong>da</strong><br />

a partir <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> que o processo <strong>de</strong> aprendizagem<br />

é basea<strong>do</strong> <strong>na</strong> construção <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s,<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Vygotsky (1988).<br />

Para o autor, a aprendizagem ocorre<br />

no momento em que o indivíduo interage<br />

discursivamente e só então constrói<br />

significa<strong>do</strong>s, contextualizan<strong>do</strong> e socializan<strong>do</strong><br />

seus conhecimentos prévios.<br />

O uso <strong>do</strong> cinema em sala <strong>de</strong> aula,<br />

<strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> proposta, <strong>de</strong>monstrou<br />

ser um veículo atrativo, <strong>de</strong> interação<br />

social, que incentivou a pesquisa e<br />

estimulou os alunos a perceberem<br />

que é possível notar arte e ciência em<br />

to<strong>do</strong>s os aspectos <strong>de</strong> nossas vi<strong>da</strong>s,<br />

<strong>da</strong>n<strong>do</strong> um significa<strong>do</strong> àqueles conceitos<br />

que apren<strong>de</strong>mos em sala <strong>de</strong> aula,<br />

conforme os trechos a seguir.<br />

A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> proposta foi uma<br />

experiência bastante enriquece<strong>do</strong>ra.<br />

A aparente surpresa<br />

<strong>de</strong> assistir a um filme (não<br />

<strong>do</strong>cumentário) com tantas<br />

aplicações químicas foi bastante<br />

prazerosa e diverti<strong>da</strong>,<br />

pois nos <strong>de</strong>monstrou outras<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s no aprendiza<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Química</strong>. O filme mostrou os<br />

aspectos químicos <strong>de</strong> forma<br />

simples e, acompanha<strong>do</strong> por<br />

quem tem um bom conhecimento,<br />

tornou-os bastante<br />

perceptíveis. Tu<strong>do</strong> <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

foi agradável, pois levou <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a um <strong>de</strong>bate coletivo até uma<br />

aula explicativa que culminou<br />

<strong>na</strong> melhor compreensão <strong>do</strong><br />

assunto. (Trecho <strong>da</strong> produção<br />

<strong>da</strong> equipe I)<br />

A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> nos fez perceber<br />

a forte presença <strong>da</strong> <strong>Química</strong><br />

no nosso cotidiano e as várias<br />

formas em que po<strong>de</strong>mos nos<br />

aproveitar <strong>de</strong>la. A dinâmica utiliza<strong>da</strong><br />

durante a exibição, com<br />

intervenções e comentários, foi<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> aju<strong>da</strong> para ampliar<br />

nossa visão química sobre as<br />

ce<strong>na</strong>s. Apesar <strong>do</strong> filme girar em<br />

torno <strong>de</strong> outra temática, on<strong>de</strong> é<br />

retrata<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Grenouille,<br />

o trabalho em grupo realiza<strong>do</strong><br />

pelos alunos e pelas professoras<br />

foi uma forma diferente<br />

e interessante <strong>de</strong> se estu<strong>da</strong>r<br />

Bioquímica. (Trecho <strong>da</strong> produção<br />

<strong>da</strong> equipe F)<br />

Assistir ao filme Perfume foi<br />

uma experiência ímpar nos<br />

quatro anos <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Química</strong>. Além <strong>de</strong> ser uma película<br />

agradável e <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

artísticas, ela colaborou com a<br />

contextualização <strong>do</strong> assunto <strong>de</strong><br />

sala <strong>de</strong> aula – momento que<br />

tanto faz falta no ensino médio<br />

<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral [...]. (Trecho <strong>da</strong><br />

produção <strong>da</strong> equipe B)<br />

Intervenção <strong>da</strong> EEER<br />

Após a exibição <strong>do</strong> filme, os alunos<br />

foram estimula<strong>do</strong>s a realizar uma pesquisa<br />

sobre a química <strong>do</strong>s perfumes,<br />

ten<strong>do</strong> em mãos situações-problema<br />

nortea<strong>do</strong>ras. As questões relacio<strong>na</strong>vam<br />

as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s químicas <strong>do</strong>s<br />

perfumes e o<strong>do</strong>res a uma abor<strong>da</strong>gem<br />

mais social. A primeira pergunta <strong>de</strong>safiava<br />

os alunos a tentar relacio<strong>na</strong>r<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> perso<strong>na</strong>gem que não<br />

fossem as <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> cheiros.<br />

Po<strong>de</strong>mos observar uma heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>na</strong>s respostas conforme trechos<br />

abaixo. Os alunos não <strong>de</strong>senvolveram<br />

em suas respostas questões <strong>do</strong> âmbito<br />

<strong>da</strong> ética como, por exemplo, matar<br />

para obter as essências e a cruel<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

em torno <strong>de</strong> um projeto pessoal.<br />

Ele não tinha quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

(Trecho <strong>da</strong> produção <strong>da</strong> equipe<br />

I)<br />

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA <strong>Utilização</strong> <strong>do</strong> <strong>Cinema</strong> <strong>na</strong> <strong>Sala</strong> <strong>de</strong> <strong>Aula</strong><br />

Vol. 33, N° 3, AGOSTO 2011

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!