Duras verdades - Universidade de Coimbra
Duras verdades - Universidade de Coimbra
Duras verdades - Universidade de Coimbra
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
• LI •<br />
A k i r J<br />
F/1<br />
LFJ<br />
<strong>Duras</strong> <strong>verda<strong>de</strong>s</strong><br />
A resolução tomada pelo governo<br />
para os actos <strong>de</strong> Direito serem<br />
feitos em Lisboa, sem que isso<br />
fosse solicitado por ninguém, contra<br />
o <strong>de</strong>sejo da quasi totalida<strong>de</strong> dos<br />
alunos e com aumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spêsa<br />
publica, é um facto que não po<strong>de</strong><br />
passar <strong>de</strong>spercebido, antes pelo contrario<br />
<strong>de</strong>ve constituir um gran<strong>de</strong><br />
exemplo e uma enorme lição.<br />
Sofreu no seu prestigio e bom<br />
nome a própria <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, e<br />
<strong>Coimbra</strong> foi profundamente ferida<br />
nos seus interesses.<br />
Aberto esse terrível exemplo<br />
em 1910, pensamos logo que viria<br />
a repetir-se o facto, mas nunca supozemos<br />
que ele se désse pela forma<br />
agora <strong>de</strong>terminada, <strong>de</strong> serem<br />
todos os actos <strong>de</strong> Direito obrigatorios<br />
em Lisboa, para on<strong>de</strong> é preciso<br />
transferir, temporariamente, professores<br />
e empregados e on<strong>de</strong> faltam<br />
edifício em boas condições e<br />
biblioteca da especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito.<br />
Mas a verda<strong>de</strong>, infelizmente, é<br />
que esses actos lá vão ser feitos na<br />
capital, nesta época e em Outubro,<br />
obrigando muitos pais a <strong>de</strong>spêsas<br />
com que não po<strong>de</strong>m.<br />
Foi uma consequência do conflito<br />
académico havido em <strong>Coimbra</strong><br />
no fim <strong>de</strong> Maio, e esta medida que<br />
parece ter por fim castigar os académicos,<br />
muitos dos quais foram<br />
completamente estranhos a estes<br />
acontecimentos,, atingiu egualmente<br />
a gente <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, quando é certo<br />
que apenas um pequeno numero <strong>de</strong><br />
populares se envolveu na questão.<br />
A imprensa local, quasi toda,<br />
tem lamentado a solução dada ao<br />
-caso, tanto mais que ela originou o<br />
pedido <strong>de</strong> exoneração do ilustre reitor<br />
sr. dr. Men<strong>de</strong>s dos Remedios,<br />
cujos bons serviços prestados á <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
são por aí apontados geralmente,<br />
<strong>de</strong>monstrando, sem sombra<br />
<strong>de</strong> duvida, que sua ex. a soube<br />
ser um zelosíssimo administrador e<br />
director <strong>de</strong>sse instituto, que engran<strong>de</strong>ceu<br />
e ampliou notavelmente.<br />
Uma comissão foi a Lisboa solicitar<br />
que os actos fossem feitos<br />
em <strong>Coimbra</strong>, mas não o conseguiu<br />
porque a resolução do governo era<br />
inabalável.<br />
Perante este <strong>de</strong>sastre — que<br />
não é outra coisa tudo isto — sentimos<br />
o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgosto <strong>de</strong> vêr que<br />
nem um único <strong>de</strong>putado ou senador<br />
levantou a sua voz no parlamento a<br />
favor da infeliz <strong>Coimbra</strong>, que assim<br />
se vê <strong>de</strong>samparada e <strong>de</strong>sprotegida.<br />
Embora nada conseguisse, ao menos<br />
ficaria provado que esta cida<strong>de</strong><br />
tem amigos naquela casa, ou sejam<br />
seus representantes ou não.<br />
Mas fez-se um silencio em toda<br />
a linha com gran<strong>de</strong> pesar <strong>de</strong> quem<br />
presa esta nossa tão querida terra,<br />
tão digna <strong>de</strong> melhor sorte.<br />
Entretanto vemos a nossa visinha<br />
Figueira — e vá isto sem <strong>de</strong>speito<br />
nem emulação — conseguir<br />
tudo que tem querido por esforço,<br />
principalmente, <strong>de</strong> um dos seus <strong>de</strong>putados,<br />
o sr. dr. Cerqueira da<br />
da Rocha.<br />
E note-se bem que no numero<br />
dos melhoramentos que tem conseguido<br />
se conta o porto e barra,<br />
cuja <strong>de</strong>spêsa está orçada e autorizada<br />
por lei em 400 contos.<br />
Vê toda a gente que conheceu<br />
<strong>Coimbra</strong> ha vinte e tantos anos e a<br />
vê agora, que ela tem progredido<br />
muitíssimo e que conserva a aspiração<br />
<strong>de</strong> se engran<strong>de</strong>cer muito mais.<br />
ÍMunicipalisou serviços impor-<br />
tantes, sendo o primeiro município<br />
português que se abalançou a esta<br />
gran<strong>de</strong> emprêsa. Com tão notável<br />
empreendimento, o município <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong> teve <strong>de</strong> criar encargos pesadíssimos<br />
que bastante sobrecarregam<br />
o orçamento camarario, e<br />
como a procura <strong>de</strong> casas ia sempre<br />
crescendo, empregaram-se muitas<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> contos <strong>de</strong> reis em novas<br />
edificações que por aí se vêem por<br />
toda a parte, muito principalmente<br />
no bairro <strong>de</strong> Santa Cruz até Santo<br />
Antonio dos Olivais.<br />
Contava-se com o progressivo<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da cida<strong>de</strong> para o<br />
que seria preciso que lhe não faltasse<br />
nunca a protecção dos po<strong>de</strong>res<br />
públicos, zêlo, boa administração<br />
e amor pelas coisas da nossa<br />
terra. Infelizmente nem tudo isto se<br />
tem encontrado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cima até<br />
baixo.<br />
E como se não po<strong>de</strong> viver <strong>de</strong>safogadamente<br />
e progredir como se<br />
<strong>de</strong>seja sem o auxilio do po<strong>de</strong>r central,<br />
é preciso que todos abram bem<br />
os olhos para verem o risco que<br />
corre <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> ser vítima <strong>de</strong> mais<br />
algum tremendo golpe que a <strong>de</strong>ixe<br />
aniquilada por muitos anos, e <strong>de</strong> que<br />
resultará uma crise terrível para as<br />
finanças do município e para os<br />
proprietários <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>.<br />
E' o que se <strong>de</strong>ve evitar.<br />
Ponha-se a politica <strong>de</strong> parte e<br />
tenha-se unicamente escrito na ban<strong>de</strong>ira<br />
que nos guie o seguinte lema:<br />
Pela <strong>de</strong>fêsa <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Houve épocas em que esta cida<strong>de</strong><br />
pou<strong>de</strong> contar com sinceras<br />
<strong>de</strong>dicações, com amigos verda<strong>de</strong>i<br />
ros que a auxiliavam nas suas pretenções;<br />
mas agora não se atravessa<br />
um <strong>de</strong>sses períodos felizes,<br />
antes vemos a nossa <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong>samparada<br />
e esquecida, sem um<br />
braço forte qne a reserve das investidas<br />
dos seus inimigos.<br />
Eis aí está a razão por que esta<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser grata e reconhecida<br />
ao sr. dr. José d'Alpoim, que<br />
não <strong>de</strong>scança no seu gran<strong>de</strong> esforço<br />
<strong>de</strong> pedir protecção para ela e <strong>de</strong><br />
aconselhar que os filhos <strong>de</strong>sta terra<br />
se unam todos para lhe valer nos<br />
seus momentos <strong>de</strong> infortúnio. Esta<br />
campanha encetou-a o ilustre jornalista<br />
ha muito no Primeiro <strong>de</strong> Janeiro<br />
e prosegue cada vez mais intensa.<br />
E' um bom conselho que dá a<br />
todos que teem amor a esta terra,<br />
contra a qual se manifestam tão<br />
más vonta<strong>de</strong>s.<br />
Não se durma sobre o caso por<br />
que a confirmação do boato da<br />
transferencia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito<br />
para Lisboa seria o mais duro<br />
golpe vibrado na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong>, que é ainda o único instituto<br />
português conhecido no estrangeiro,<br />
e na vida economica <strong>de</strong>sta<br />
cida<strong>de</strong>.<br />
Assim que se soube que os<br />
actos <strong>de</strong> Direito seriam feitos em<br />
Lisboa nesta época, foi conferenciar<br />
com o governo uma gran<strong>de</strong> comissão<br />
<strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, composta por<br />
elementos da Camara Municipal,<br />
Associação Comercial e Socieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Defesa e Propaganda <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Esta comissão nada conseguiu,<br />
senão umas vagas promessas.<br />
Já <strong>de</strong>pois do seu regresso a<br />
<strong>Coimbra</strong> foi <strong>de</strong>cretado que os actos<br />
<strong>de</strong> Direito sejam feitos também em<br />
Outubro em Lisboa 1<br />
Como tudo isto nos penalisa!<br />
PUBLICAÇÕES—Anúncios, 30 réis cada linha; repetições, 20 réis;<br />
comunicados, cada linha, 40 réis.<br />
Os senhores assinantes teem 50 por cento <strong>de</strong> abatimento em todas<br />
as publicações,<br />
Anúncios permanentes, contrato especial.<br />
CARTA DO P0HT0<br />
(
a emenda reparadora não se faça<br />
esperar.<br />
Com o meu coração, com a minha<br />
alma, po<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> contar;<br />
mas, é bom dize-lo mais uma vez,<br />
eu não prelendo nada <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Que fique isto bem assente!<br />
E. .. mais nada.<br />
Junho 24.<br />
M. BBAGA.<br />
Logo que recebemos a carta do<br />
nosso estimado amigo, <strong>de</strong>mos por encerrada<br />
esta subscrição. Duas listas,<br />
porém, tinham entrado nesta redação<br />
antes da recepção daquela; são os<br />
nomes <strong>de</strong>sses subscritores que publicamos<br />
hoje.<br />
Ficam por recolher cerca <strong>de</strong> cem<br />
listas.<br />
(Subscrição para a compra duma pena<br />
<strong>de</strong> oiro que um grupo <strong>de</strong> amigos<br />
<strong>de</strong> iÇoimbia oferece ao sr. dr. José<br />
iMaria d'(Alpoim.<br />
Transporte 124£tí00<br />
Jaime Lopes Lobo 500<br />
A. Oliveira Marques 1^000<br />
Corti ilhas & Ferreira 500<br />
Anton;o K. das Neves Machado 300<br />
Raul Mário da Silva 300<br />
Evaristo José Cerveira 30o<br />
Santos Euzebio < r >00<br />
Dr. João <strong>de</strong> Deus líamos 1:5000<br />
Soma 129,5400<br />
Colégio Mo<strong>de</strong>rno<br />
Decorreu com brilhantismo o sarau<br />
anual dos alunos do consi<strong>de</strong>rado Colégio<br />
Mo<strong>de</strong>rno, <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, pslo que<br />
sinceramente felicitamos o seu ilustre<br />
director e nosso respeitável amigo sr.<br />
dr. Oliveira Guimarães.<br />
A sala que é vastíssima estava ornamentada<br />
com muito gosto. O scenario<br />
e principalmente o pano <strong>de</strong> boca,<br />
que foi pintado pelo distinto scenografo<br />
sr. Belo Ferraz, e representa a<br />
vista geral do Colégio, é um primor.<br />
Todos os números do programa foram<br />
bem executados, salientando-se o<br />
oifeon que cantou a Rapsódia <strong>de</strong> cantos<br />
populares, a Vivan<strong>de</strong>ira, a Barcarola<br />
e a Serrana, sendo esta ultima<br />
bisada e muito apreciada. E' sem du<br />
vida o melhor orfeon <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
A orquesta era constituída somente<br />
<strong>de</strong> alunos do Colégio e houve-se muitíssimo<br />
bem, sendo por isso muito<br />
aplaudida. Na parte musical <strong>de</strong>staearam-se,<br />
em solos, os alunos Telhada<br />
da Silva e João Noronha. O professor<br />
Raul <strong>de</strong> Campos executou em vioíino<br />
e bandolim dois solos, tendo sido muito<br />
ovacionado e egualmente o profes<br />
sor Magliano, em um solo <strong>de</strong> piano.<br />
Foi muitíssima apreciada a correcção<br />
com que os alunos executaram e<br />
a <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za e vigor da interpretação,<br />
o que testemunha a alta competencia<br />
e <strong>de</strong>dicação daqueles distintos professores<br />
e artistas.<br />
Na parte dramatica foram muito<br />
aplaudidos os diferentes personagens,<br />
tendo porém tido chamadas especiais<br />
os alunos Antonio Barros, Fernando<br />
Nunes, Horácio a'Abreu e Lança Falcão,<br />
que se apresentaram, não como<br />
amadores, mas como profissionais.<br />
Foi muito louvada a gentilesa com<br />
que os alunos recebiam os convidados<br />
e as atenções que lhe prestavam, o<br />
que testemunha a excelencia <strong>de</strong> educação<br />
que é ministrada no Colégio<br />
Mo<strong>de</strong>rno. Os alunos <strong>de</strong>ste não teem o<br />
aspecto bisonho que se nota na maior<br />
parte dos colegiais. São rapazes <strong>de</strong><br />
senvoltos e gentis.<br />
A todos que tomaram parte em<br />
tão excelente festa enviamos também<br />
as nossas felicitações, pela fornia brilhante<br />
como viram coroados os seus<br />
esforços.<br />
Pedido justo<br />
No salão da Associação Comercia<br />
realisam-se todos os dias ensaios do<br />
orfeon infantil, com crianças das es<br />
colas primarias oficiaes.<br />
Estes ensaios principiam ás 11 e<br />
meia horas e vão até ás 3 horas, <strong>de</strong><br />
modo que as crianças da freguezia <strong>de</strong><br />
Santa Clara e <strong>de</strong> Celas teem <strong>de</strong> vir<br />
para o ensaio e regressar a suas ca<br />
sas ás horas <strong>de</strong> maior calor, o que é<br />
bastante prejudicial às crianças.<br />
Não se po<strong>de</strong>riam escolher outras<br />
horas para esse ensaio?<br />
PELO TB18PKAL<br />
Audiência ordinária do dia 23<br />
DISTRIBUIÇÃO<br />
Ao escrivão do 5.° oficio. Perdigão,<br />
inventario <strong>de</strong> maiores por obito<br />
<strong>de</strong> Dr. João Jacinto da Silva Correia<br />
em que é cabeça <strong>de</strong> casal D. Bibiana<br />
<strong>de</strong> Manique e Melo, resi<strong>de</strong>nte nesta<br />
cida<strong>de</strong>.<br />
Advogado, dr, Alberto dos Reis.<br />
Emancipação requerida por Maria<br />
da Graça Afonso do Patrocínio em favor<br />
<strong>de</strong> sua filha Alice Evangelista do<br />
Patrocinio, resi<strong>de</strong>ntes em S. Martinho<br />
do Bispo.<br />
Advogado dr. Gaspar <strong>de</strong> Matos.<br />
•<br />
Durante a presente semana está<br />
<strong>de</strong> serviço o escrivão do oficio,<br />
<strong>Coimbra</strong> e a <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
Da caria <strong>de</strong> Lisboa, do sr. dr. José<br />
d'Alpoim, para o Primeiro <strong>de</strong> Janeiro,<br />
<strong>de</strong> honteni, transcrevemos o seguinte:<br />
Agra<strong>de</strong>ço ao distintíssimo e erudito<br />
escritor e investigador historico dr.<br />
Augusto Men<strong>de</strong>s Simões <strong>de</strong> Castro o<br />
seu interessante e curioso folheto « A<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> e o Marquês<br />
Pombal». Publica uma carta diri<br />
gida* por João Crisostomo <strong>de</strong> Faria<br />
Souza Vasconcelos e Sá, que fôra secretario<br />
do marquês nos actos da visita<br />
e nora fundação da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> ao<br />
reitor reformador da mesma D. Francisco<br />
<strong>de</strong> Lemos Faria Pereira Coutinho<br />
«em resposta a outra que, etn 20<br />
<strong>de</strong> maio do dito ano, este enviara ao<br />
gran<strong>de</strong> marquês relatando-lhe o modo<br />
como a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> havia <strong>de</strong>liberado<br />
solemnisar e perpetuar a memoria dos<br />
relevantíssimos serviços por ele prestados<br />
na monumental reforma <strong>de</strong> 1772,<br />
e talvez pedindo-lhe para isso consentimento.<br />
»<br />
A proposito <strong>de</strong>ssa carta faz o sr.<br />
Simões <strong>de</strong> Castro interessantes reíleções.<br />
Parece que ha ainda quem ame<br />
a velha gloriosa e tradicional <strong>Universida<strong>de</strong></strong>,<br />
e o folheto do distinto investigor<br />
historico <strong>de</strong>monstra-o São caturras<br />
como aqueles maus e imbecis<br />
patriotas alemães e inglezes que querem<br />
com amor ás velhas e venerandas<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong>s do seu paiz, tendo respeito<br />
e amor pelas suas tradições e<br />
costumes. Gente barbara e inculta!<br />
Nós é que lhe damos um gran<strong>de</strong><br />
exemplo com o informar e insultar<br />
tudo que o passado nos <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>, nobre e glorioso I<br />
Li, não sei on<strong>de</strong>, que ha quem<br />
diga que <strong>Coimbra</strong> já não precisa, para<br />
a sua manutenção e <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
do estudante. E' uma inépcia Se nessa<br />
cida<strong>de</strong> dissessem tal, eram tolos ou<br />
maus. O académico é um elemento<br />
fundamental <strong>de</strong> riquêsa. Tirem <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong> a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito com<br />
os seus estudantes, professores, em<br />
pregados, e a cida<strong>de</strong> levará um abalo,<br />
<strong>de</strong> que se não levantará. Todo o habitante<br />
da cida<strong>de</strong> que contribuir para<br />
o agravamento do conflito, <strong>de</strong>vido especialmente<br />
á grosseria e bruteza <strong>de</strong><br />
alguus estudantes com maus instintos<br />
e má educação, cavará um pouco da<br />
sua ruína. Quem lêr os manifestos<br />
dos académicos fica fazendo i<strong>de</strong>ia do<br />
que esteja sendo a cultura líteraria!...<br />
Muitos estudantes sei que se queixam<br />
por, com <strong>de</strong>speza e sacrifício, virem<br />
fazer os actos a Lisboa. São,<br />
pelo menos, com viajens e estada aqui,<br />
oitenta mil reis que gastam. Também<br />
tém medo dos actos e receio <strong>de</strong> que<br />
não continue a ridícula e picaresca situação<br />
dos últimos anos. Pois não<br />
podia coniiuuar. Os pais é que, com<br />
as novas <strong>de</strong>s[»êsas e num péssimo ano,<br />
vem a sofrer com o que aconteceu.<br />
Imaginem o encargo para alguns pobres<br />
lavradores do norte I A vida em<br />
Lisboa é espantosamente rnais cara<br />
que em <strong>Coimbra</strong>. Um estudante aquidurante<br />
o ano, custa ás famílias o do,<br />
bro que custa ali.<br />
Ecos da socieda<strong>de</strong><br />
ANIVERSARIO — Fez ontem anos o<br />
venerando ancião e nosso <strong>de</strong>dicado<br />
amigo sr. Comendador João Elisário<br />
ue Carvalho Montenegro, resi<strong>de</strong>nte no<br />
Espirito Santo do Espinhal, Brasil.<br />
As nossas saudações.<br />
PARTIDAS E CHEGADAS—Tem estado<br />
nesta cida<strong>de</strong> com sua <strong>de</strong>dicada esposa<br />
o nosso querido amigo Antonio Augusto<br />
Rodrigues <strong>de</strong> Campos, nosso solícito<br />
correspon<strong>de</strong>nte em Moutemór-o-Velho.<br />
Agra<strong>de</strong>cemos a gentilèsa da sua<br />
vitita.<br />
— Está em Celorico da Beira a<br />
sr. a D. Maria Emília Osorio Cabral <strong>de</strong><br />
Alarcão.<br />
—Foi passar a estação calmosa<br />
em Semi<strong>de</strong> o sr. Antonio Pereira <strong>de</strong><br />
Meio.<br />
—Está em Cal<strong>de</strong>las o sr. dr. José<br />
Carlos Pereira <strong>de</strong> Carvalho.<br />
— Regressou das Caldas <strong>de</strong> Felgueiras<br />
o sr. José Maria Ferraz.<br />
Demonstração cientifica<br />
O Ferro Braçais é o remedio mais<br />
eficaz contra a anemia, a clorose, a<br />
pali<strong>de</strong>z, a falta <strong>de</strong> forças, a fraquêsa<br />
<strong>de</strong> constituição, etc.<br />
S; m cheiro nem sabôr, o Ferro<br />
Bravais é recomendado pelos médicos<br />
do mundo inteiro.<br />
Não pren<strong>de</strong> o ventre, não enegrece<br />
os <strong>de</strong>ntes; dá em pouco, saú<strong>de</strong>, vigor<br />
força e belèsa.<br />
Jardim-Escola João <strong>de</strong> Deus<br />
A comissão do Festival que vai<br />
realizar-se no Jardim Escola, pe<strong>de</strong>-nos<br />
para pedirmos ás pessoas que recebe<br />
ram circulares so'icitaado prendas<br />
p?ra a quermesse do dito festival,<br />
que ainda não respon<strong>de</strong>ram a finesa<br />
J <strong>de</strong> o fazerem; e para pedirmos egoal-<br />
I mente ás pessoas que por qualquer<br />
| circunstância não receberam as ditas<br />
circulares, e que tenham vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concorrer para a bom êxito <strong>de</strong>ssa<br />
simpatica festa, a finêsa <strong>de</strong> enviarem<br />
qualquer prenda para a referida kermesse,<br />
po<strong>de</strong>ndo as ofertas ser entregues,<br />
com ipdicação do oferente, em<br />
GAZETA DE COIMBRA, <strong>de</strong> 34 <strong>de</strong> «lalo <strong>de</strong> ff»13<br />
qualquer dos seguintes estabelecimentos<br />
:<br />
A. Amado & C. a , rua Sá da Ban<strong>de</strong>ira;<br />
Adierto Viana, largo da Sé Ve-<br />
"ha; Jeronimo Viana, rua <strong>de</strong> Quebra<br />
Costas; Joaquim Pessoa, rua Ferreira<br />
Borges.<br />
Enviaram prendas para a quermesse,<br />
mais os seguintes senhores :<br />
Basilio Diniz, João Men<strong>de</strong>s, José<br />
Teixeira, Caetano Rocha, Cesar Diniz<br />
<strong>de</strong> Carvalho. Bernardino Anjos <strong>de</strong> Carvalho,<br />
Manuel Neves Barata, M. C. A.<br />
J., M. A. C. C. e um anonimo; e a<br />
ex. ma sr. a D. Maria Augusta Leal Doria.<br />
Agra<strong>de</strong>cemos em nome da Comissão.<br />
Arquiteto Pinto<br />
O sr. ministro ò> fomento apresentou<br />
no parlamento uma proposta <strong>de</strong> lei<br />
conce<strong>de</strong>ndo por uma só vez a gratificação<br />
<strong>de</strong> mil escudos ao arquitecto Augusto<br />
Carvalho da Silva Pinto, professor da<br />
Escola Brotero, <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, por ter<br />
organisado os projectas para a instalação<br />
da referida escola.<br />
S. João<br />
Estiveram regularmente animadas<br />
as fogueiras <strong>de</strong> S. João, sobresaindo<br />
a do Largo da Feira, on<strong>de</strong> se acha<br />
armado um elegante e vistoso pavilhão.<br />
Ontem ouve festival no parque <strong>de</strong><br />
Santa Cruz, que se apresentava brilhantemente<br />
iluminado.<br />
Houve musica, danças populares,<br />
fogos d'artificio, etc.<br />
(Mário <strong>de</strong> 4guiar<br />
ADVOGADO<br />
Escritorio forense rua Frreira Borges, 174, 1<br />
(,Antiga rua da Calçada) —
OBITUÁRIO<br />
Faleceu na Suissa a sr. a D. Maria<br />
Sacadura Pacheco, esposa do professor<br />
da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito sr. dr.<br />
Antonio Carneiro Pacheco, filha da sr. a<br />
D. Rita Sacadura e neta da sr. a D.<br />
Amalia Cabral.<br />
Muito nova ainda, pois contava<br />
apenas 20 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, tendo se<br />
consorciado ha pouco mais dum ano,<br />
a gentil e bondosa senhora <strong>de</strong>ixa imersos<br />
na mais profunda magua não só os<br />
seus, que a adoravam, mas todos os<br />
mais que tiveram ocasião <strong>de</strong> apreciar<br />
os dotes do seu coração.<br />
A' respeitável familia da extinta<br />
apresentamos as nossas sentidas condolências.<br />
Após prolongada enfermida<strong>de</strong>, finou-se<br />
em Santo Antonio dos Olivais,<br />
on<strong>de</strong> se encontrava a ares, a sr. a D.<br />
Maria da Conceição Ruas Vilaça, esposa<br />
do negociante sr. Manuel Joaquim<br />
Vilaça, filha do sr. José <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong><br />
Ruas e cunhada do sr. José <strong>Coimbra</strong>.<br />
A toda a familia enlutada os nossos<br />
sentidos pêsames.<br />
Faleceu em Lisboa o antigo e abastado<br />
negociante <strong>de</strong> modas e espartilhos,<br />
sr. João dos Santos Matos, natural<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
EDITAL<br />
Adriano José <strong>de</strong> Carvalho, bacharel<br />
formado em Medicina pela <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, Provedor da Santa<br />
Casa da Misericórdia da mesma cida<strong>de</strong><br />
:<br />
Faço saber, em conformida<strong>de</strong> com<br />
o artigo 22.° | 1.° do Compromisso<br />
da Irmanda<strong>de</strong> da mesma Santa Casa,<br />
que a eleição da Mêsa para o biénio<br />
<strong>de</strong> 1913-1915 ha <strong>de</strong> realisar se no dia<br />
2 <strong>de</strong> Julho proximo futuro, na sala<br />
dos retratos dos bemfeitores, no Colégio<br />
dos Órfãos <strong>de</strong> S. Caetano, começando<br />
às 12 horas<br />
A eleição ha <strong>de</strong> efectuar-se em<br />
conformida<strong>de</strong> com o disposto nos artigos<br />
14.° e 22.° a 25.° do mesmo<br />
Comprimisso.<br />
E para constar man<strong>de</strong>i passar<br />
este, que vai ser afixado no logar do<br />
estilo e publicado em dois jornais da<br />
cida<strong>de</strong>.<br />
Secretaria da Santa Casa da Misericórdia<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, 25 <strong>de</strong> Junho<br />
<strong>de</strong> 1913.<br />
E eu, Joaquim Pereira Gil <strong>de</strong> Matos,<br />
Secretario da Mêsa, o subscrevi.<br />
O Provedor,<br />
(a) Adriano José <strong>de</strong> Carvalho.<br />
PREVENÇÃO<br />
Francisco Pedro, resi<strong>de</strong>nte,<br />
no Brasil e sua mulher Maria<br />
Ferreira da Silva, previnem todas<br />
as pessoas <strong>de</strong> que vão habilitar-se,<br />
na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filho e<br />
nora, como únicos her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong><br />
Joana Martins, casada que foi<br />
com José Ganas Júnior, da Portela<br />
do Mon<strong>de</strong>go, anulando por<br />
consequenoia todos os contratos<br />
que este haja feito ou venha a<br />
fazer sobre os bens <strong>de</strong>ixados por<br />
sua dita mulher e que só ao seu<br />
filho pertencem.<br />
<strong>Coimbra</strong>, 24 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong><br />
ma.<br />
HORÁRIO DOS COMBOIOS<br />
Des<strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1913<br />
êémsês m mmmê<br />
3,20 — Correio— Campanhã, Porto, B. Alta<br />
até á Guarda e ramal da Figueira.<br />
ò,25 — Mixlo —Miranda e Louzã.<br />
7,22— Tramway — Alfarelos e Figueira.<br />
8,45 — Afeio — Porto, Pampilhosa, B. Alta,<br />
Vilar Formoso e Espanha.<br />
10,35 — Rápido — Alfarelos, Entroncamento,<br />
Lisboa.<br />
11.08 — Mixto — Alfarelos, Enironcamento,<br />
Lisboa, B. Baixa, Figueira.<br />
11,45 — Rápido — Pampilhosa, Porto.<br />
12,20— Omnibus — Miranda, Louzã.<br />
14,15 — Sud-express — Pampilhosa, Paris.<br />
15 — Tramway — Alfarelos, Figueira,<br />
16,20 — Omnibus — Pampilhosa, ramal da Figueira,<br />
Porto.<br />
16,48—Omnibus — Miranda, Louzã.<br />
16,50— Tramway — Alfarelos, Figueira.<br />
19,15 — Sud-express — Entroncamento, Lisboa.<br />
/ Omnibus — Alfarelos, Entroncamen-<br />
19 30 <<br />
t0 ' Lisboa.<br />
' I Rápido — Entroncamento, Lisboa.<br />
1 Omnibus — Pampilhosa, Porto.<br />
21,55 — Rápido — Porto, Pampilhosa.<br />
23,39 — Correio — Alfarelos, Entroncamento,<br />
Leste.<br />
W ê M 9 M é m i M ê ê ê<br />
0,10 — Corrno — Porto, Pampilhosa, B. Alta.<br />
0,42— Tramway — Figueira, Alfarelos.<br />
4,5 — Correio—Lisboa, Entroncamento, B.<br />
Baixa, Leste e linha, <strong>de</strong> Torres.<br />
8,15— Tramway — Alfarelos, Figueira. (Só<br />
a 23 <strong>de</strong> cada mês.)<br />
8,39 —Omnibus — Louzã, Miranda.<br />
9,12 — Tramway—Figueira, Alfar., Oeste.<br />
10,58 — Rápido — Porto, Pampilhosa.<br />
11,30 — Omnibus — Pampilhosa, Porto, B. Alta,<br />
Vizeu.<br />
12.9 —Rápido — Lisboa, Entroncamento.<br />
13,3 — Tramicay — Figueira, Alfarelos.<br />
14,40— Sud-express — Lisboa, Entronc.<br />
15,30— Tramway — Porto, Pampilhosa.<br />
16,7 — Omnibus — Louzã, Miranda.<br />
16,45— » —Lisboa, Entroncamento,<br />
linha <strong>de</strong> Torres.<br />
19,27— Omnibus—Louzã, Miranda.<br />
19 52 f " —Porto, Pampilhosa.<br />
> ( Sud-express — Pampilhosa e Paris.<br />
( Omnibus — Entroncamento, Alfare-<br />
20,17 los. Figueira.<br />
( Rápido — Porto, Pampilhosa.<br />
22,25— » —Lisboa, Entroncamento, Figueira.<br />
COMBOIOS RECOVEIROS<br />
Partidas dt COIMBRA B<br />
6,33 —Pampilhosa e Porto.<br />
15,06 — Pampilhosa. (Faz serviço <strong>de</strong> l.« e 2."<br />
classe entre Aveiro e Gaia.)<br />
17,59 -Alfarelos.<br />
22,28— » e Leste.<br />
Cheeadas a COIMBRÃ B<br />
6,11 — Braço <strong>de</strong> Prata,Entroncamento,Pombal<br />
e Alfarelos.<br />
14,13 — Alfarelos.<br />
17,'23 —Pampilhosa.<br />
22,6 —Porto e Pampilhosa.<br />
D I I 1 T 1 L<br />
Fre<strong>de</strong>rico Pereira da Graça, servindo<br />
<strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte da Camara Municipal<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>'.<br />
Faço saber que, em conformida<strong>de</strong><br />
das disposições legais, está patente<br />
na Secretaria da Municipalida<strong>de</strong> pelo<br />
tempo <strong>de</strong> 10 dias, a contar da presente<br />
data, o 1.° orçamento suplentar<br />
ao ordinário da receita e <strong>de</strong>spêsa do<br />
corrente ano, pelo que são convidados<br />
por eite meio os interessados a examinar<br />
o mesmo orçamento e a apresentarem<br />
qualquer reclamação.<br />
Para constar se publicou o presente<br />
e outros <strong>de</strong> egual teór.<br />
<strong>Coimbra</strong> e Paços do Concelho, 20<br />
<strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1913.<br />
Fre<strong>de</strong>rico Graça<br />
VENDE-SE<br />
Uma maquina fotografica, 13X18.<br />
Lente d'auctor. Ven<strong>de</strong>-se com todos<br />
os pertences.<br />
Vêr na Fotografia União, Avenida<br />
Navarro,<br />
CiAZETA DE COIMBRA, <strong>de</strong> 85 <strong>de</strong> Junlio <strong>de</strong> 1923<br />
Socieda<strong>de</strong> cooperativa dos<br />
caçadores <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
Socieda<strong>de</strong> anónima <strong>de</strong> respsnsabilidada limitada<br />
Por or<strong>de</strong>m do sr. Presi<strong>de</strong>nte da<br />
Assembleia Geral é convocada a mesma<br />
a reunir em 30 do corrente, pelas<br />
8 horas da noite, na sé<strong>de</strong> do TIRO E<br />
SPORT, Avenida Sá da Ban<strong>de</strong>ira, para<br />
:<br />
Resolver sobre a oportunida<strong>de</strong> da<br />
dissolução da socieda<strong>de</strong>, caso nâo haja<br />
capital subscrito.<br />
Não havendo numero legal, fica<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> jà feita nova convocação para o<br />
dia 16 <strong>de</strong> Julho proximo, á mesma<br />
hora e no mesmo local.<br />
<strong>Coimbra</strong>, 14 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1913.<br />
O Secretario,<br />
Francisco Alfena.<br />
jOOOOOOOOOOOjl<br />
Antonio M. Corrêa o<br />
Enca<strong>de</strong>rnador<br />
Largo <strong>de</strong> S. João<br />
COIMBRA<br />
Esmero em enca<strong>de</strong>rnações<br />
amador, marroquim, percalina<br />
e chagrin.<br />
Especialida<strong>de</strong> na enca<strong>de</strong>rnação<br />
<strong>de</strong> pastas e carteiras<br />
simples e bordadas.<br />
Passe-partouts para retratos.<br />
Mapas envernisados, cartonagens,<br />
brochuras e concertos<br />
em todos os livros.<br />
—<br />
O<br />
o<br />
armaeia VENDE-SE perto<br />
<strong>de</strong> Santarém.<br />
Tem medico e esta optimamente<br />
acreditada.<br />
Informa — Godinho — FARM 4 CIA,<br />
Riachos,<br />
A SÍFILIS<br />
Moléstias <strong>de</strong> pele, reumatismo sifilitico, chagas cancerosas e Iodas as doenças<br />
provenientes <strong>de</strong> sangue impuro, cnram-se com<br />
O DEPURATOL<br />
(MAHC.l REGISTADA)<br />
— EM FORMA DE PÍLULAS —<br />
Que sobre todos os outros <strong>de</strong>purativos ou tisanas tem as seguintes vantagens, que absolutamente garantimos<br />
1. a — Não exigir dieta especial.<br />
2. a .— Não ser purgativo, evitando assim o incomodo e ainda o estado <strong>de</strong> fraquêsa em que ficam os<br />
doentes tratados com todos os <strong>de</strong>purativos purgantes.<br />
3. a — Não arruinar nem sequer alterar o organismo do doente.<br />
4. a — Substituir com vantagem o 606 e as fricções e injecções mercuriais.<br />
—Não ter nenhum sabor, visto que cada pilula se toma com um gole <strong>de</strong> agua.<br />
_ ir acondicionado num pequenino tubo <strong>de</strong> buxo, <strong>de</strong> forma a po<strong>de</strong>r andar até na algibeira do colete.<br />
7.a_Não ser em regra precisos mais <strong>de</strong> 6 tubos para um tratamento completo, o que representa uma<br />
gran<strong>de</strong> economia, sendo raríssimos os casos em que seja preciso tomar mais alguns.<br />
g.a — Fazer sentir gran<strong>de</strong>s melhoras logo ao primeiro ou segundo tubo, melhoras que só por si valorisam<br />
o medicamento.<br />
9.» —Abrir o apetite e dar o bem-eslar ao doente.<br />
São estas as vantagens <strong>de</strong>ste tratamento sobre todos os outros, qne po<strong>de</strong>rão ser confirmadas por milhares<br />
<strong>de</strong> pessoas que, sem exagero, teem tomado este preparado. Qualquer chaga ou placa sifilitica <strong>de</strong>saparece a<br />
olhos vistos, como por encanto, com este <strong>de</strong>purativo. Quem tiver a má sina <strong>de</strong> apanhar o cancro duro e<br />
tomar o »EB»URAT©Iv, garantimos que fica livre, para sempre, da mais ligeira manifestação. Em face<br />
disto só ê sifilitico e só gasta dinheiro inutilmente quem quer. Que o saibam todos!<br />
Tubo com 36 pilulas (9 a 12 dias <strong>de</strong> tratamento), 15000 réis; 6 tubos, 5/?000 réis. Pelo correio, franco<br />
<strong>de</strong> porte. Todas ás instruções vão juntas aos tubos.<br />
A' venda em todas as boas farmácias.<br />
DEPOSITO GERAL<br />
F A R M A C I A N O B R E & M A.R.XJISTS<br />
Bom emprego <strong>de</strong> capital<br />
Ven<strong>de</strong>-se um prédio na alta em<br />
bom local.<br />
Dão-se informações nesta redacção.<br />
MANUTENÇÃO MILITAB<br />
Annncio<br />
0 Conselho Gerente <strong>de</strong>ste estabelecimento<br />
faz publico que nos<br />
termos da lei <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />
1912, a partir <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> corrente<br />
recebe propostas para o fornecimento<br />
<strong>de</strong> centeio- e trigo mole e<br />
rijo para o fabrico <strong>de</strong> pão e massas<br />
e <strong>de</strong> aveia, fava e palha <strong>de</strong>stinadas<br />
a composição das rações do gado<br />
do exercito.<br />
As propostas <strong>de</strong>vem ser acompanhadas<br />
das respectivas amostras<br />
tipos, em quantida<strong>de</strong> não inferior a<br />
um quilograma e conter as seguintes<br />
indicações:<br />
Profissão do proponente;<br />
Resi<strong>de</strong>ncia escolhida para efeitos<br />
comerciais;<br />
Declaração passada na repartição<br />
<strong>de</strong> finanças em que prove estar<br />
colectado como produtor do genero<br />
que preten<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r;<br />
Quantida<strong>de</strong> aproximada do genero<br />
que preten<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r;<br />
Preço do quilo ou litro (<strong>de</strong>vendo<br />
neste ultimo caso indicar o<br />
peso <strong>de</strong> cada litro).<br />
Todas as <strong>de</strong>mais condições para<br />
a execução dos referidos fornecimentos<br />
acham-se patentes na secretaria<br />
<strong>de</strong>ste estabelecimento, on<strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>m ser examinadas em todos os<br />
dias uleis das 10 ás 17 horas, remetendo-se<br />
pelo correio os exemplares<br />
que forem solicitados,<br />
Beato, 9 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1913.<br />
O Secretario do Conselho,<br />
Bruno <strong>de</strong> Lencastre.<br />
35 — Rua da Mouraria — 37. — LISBOA<br />
Trespasse na Figueira da Foz<br />
Casa <strong>de</strong> comidas e vinhos, mesmo<br />
em frente do Tribunal; tem bastante<br />
I movimento e dá bons lucros.<br />
! Quem preten<strong>de</strong>r, dirija carta a Auj<br />
gusta <strong>de</strong> Freitas, R. da Republica, 171.<br />
^ i m ^ r r D E - s i E i<br />
No Picoto dos Barbados, proximo<br />
á conhecida Mata do Rei, ven<strong>de</strong>m-se<br />
terrenos para edificações.<br />
Para tratar com Francisco Diogo<br />
Cristóvam, rua Pedro Cardoso—<strong>Coimbra</strong>.<br />
'RfflSHI<br />
O antigo estabelecimento <strong>de</strong> lote-<br />
)ias e tabacaria <strong>de</strong> Augusto Henriques,<br />
na rua Ferreira Borges, 152 e 154.<br />
Vendas mensais superiores a 2<br />
contos <strong>de</strong> reis.<br />
Ven<strong>de</strong>-se ou aluga-se em estado<br />
<strong>de</strong> novo por preço em conta.<br />
Também se ven<strong>de</strong> um violoncelo<br />
muito bom, e uma caixa para piano.<br />
R. da Manutenção Militar, 9 11<br />
COIMBRA<br />
OLEO PURO<br />
DE<br />
PISADO DG BÂBALHAD<br />
(TERRA NOVA)<br />
Executa encomendas directamente<br />
JOAQUIM DE SOUSA GOMES<br />
Rua Engenheiro Silva<br />
FIGUEIRA DA Foz<br />
Palha enfardada<br />
<strong>de</strong> l. a qualida<strong>de</strong><br />
Ven<strong>de</strong>m<br />
FRANCISCO FERREIRA & C. A<br />
Rua da Moeda, 79-81<br />
COIMBRA<br />
YfTDIIlA Tinto e branco <strong>de</strong><br />
Viillil) primeira qualida<strong>de</strong>,<br />
encontram-no os srs. reven<strong>de</strong>dores,<br />
na a<strong>de</strong>ga da Quinta da Portela do<br />
Gato, que se vai abrir.<br />
Empreitada<br />
O Musên <strong>de</strong> Zoologia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
faz publico que abre praça pelas<br />
12 horas do dia 6 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1913,<br />
para a arrematação em hasta publica<br />
<strong>de</strong> três corpos <strong>de</strong> armarios envidraçados<br />
para o mesmo Musêu.<br />
Neste estabelecimento acham-se<br />
patentes o programa do concurso da<br />
empreitada, ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos e<br />
respectivos <strong>de</strong>senhos.<br />
<strong>Coimbra</strong>, 16 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1913.<br />
O Director do Muséu <strong>de</strong> Zoologia,<br />
Bernardo Ayres.<br />
GUALDI MANUEL DA ROCHA CALISTO<br />
ESCRIVÃO DE DIREITO [=]<br />
zz^^zzr E<br />
[=] NOTÁRIO PUBLICO<br />
ESCRITORIO JUDICIAL<br />
Edificio dos Paços do Concelho<br />
(Praça 8 <strong>de</strong> Maio)<br />
COIMBRA<br />
Não po<strong>de</strong>ndo a direcção da Filarmónica<br />
Conimbricense continuar com<br />
a mesma, <strong>de</strong>vido á falta <strong>de</strong> pessoal<br />
executante, e lembrando-se que alguém<br />
po<strong>de</strong>ria aproveitar a ocasião <strong>de</strong><br />
organisar uma nova musica, resolveu<br />
esta direcção trespassar todos os instrumentos,<br />
fardamentos, estantes e<br />
mais utencilios que pertencem à referida<br />
filarmónica.<br />
Para tratar com o seu presi<strong>de</strong>nte,<br />
Miguel José di Costa Braga, na rua<br />
Viscon<strong>de</strong> da Luz.<br />
Café Higiénico<br />
Sem Cafeina<br />
Sem perigo algum<br />
para a saú<strong>de</strong><br />
Aroma e sabor perfeitos<br />
Ven<strong>de</strong>-se em <strong>Coimbra</strong> na<br />
gabacaria
AOS CASADOS ]<br />
Velas dErbon<br />
ANTI-CONCEPGíONAIS<br />
( c o n i i i i ; i f r a n c e s a )<br />
Medicamento inteiramente inofensivo e <strong>de</strong> resultado<br />
absolutamente garantido, para evitar a procreação<br />
INSTAS velas não contéem extraordinária venda no estrancomponentes<br />
nocivos á geiro, sobretudo na Alemanha<br />
saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma que qualquer e França; e todos que queiram<br />
senhora as pô<strong>de</strong> uzar, emquanto um preparado <strong>de</strong> garantia e<br />
estiver em ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceber, segurança <strong>de</strong>vem regeitar todos<br />
sem o minimo receio. São ainda os outros, que, nem por quereeompostas<br />
<strong>de</strong> antisepticos, o que rern imitar as pequeninas Velas<br />
as torna mais apreciaveis, pelas d'Erbon ou por serem mais basuas<br />
boas qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> higiene, ralos, pó<strong>de</strong>m merecer a conevitando<br />
e curando assim certas fiayça <strong>de</strong> ninguém,<br />
doenças muito frequentes nas Junto a cada caixa vai o livro<br />
senhoras. instrutivo « Efeitos, causas e<br />
São mais pequenas que uma vantagens das Velas d'Erbon»,<br />
azeitona, <strong>de</strong> maneira que, dis- livro este que todos os casados<br />
solvendo-se rapidamente, não <strong>de</strong>vem ler e que se dá grátis a<br />
causam, a ininima impressão. quem o pedir.<br />
E' como se nada uzassem 1 Suprema vantagem sobre to-<br />
E' esta a formula do maior dos os preparados e aparelhos 1<br />
consumo em todo o país, e <strong>de</strong> Que ninguém o duvi<strong>de</strong> 1<br />
Caixa
Os senhores assinantes teem 50 por cento <strong>de</strong> abatimento em todas<br />
as publicações,<br />
t 9 . Anúncios permanentes, contrato especial.<br />
1/K4C2 ara A.<br />
UNIVERSIDADE DE COIMBRA<br />
PROPOSTA PARA A SUA EXTINÇÃO!<br />
Na quarta feira, dia em que foi<br />
publicado o numero anterior da Ga<br />
zeta <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, vieram trazer-nos a<br />
noticia da comissão do orçamento do<br />
ministério do interior ter aprovado<br />
uma proposta para a eoctinção da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>!<br />
Era tão sensacional esta noticia e<br />
tão grave que, apezar <strong>de</strong> nos ser<br />
transmitida por pessoa digna <strong>de</strong> todo<br />
credito, a puzemos em duvida. Circunstancias,<br />
porém, se davam e por<br />
tal via a noticia tinha chegado ao nosso<br />
conhecimento, que nos certificamos<br />
mais tar<strong>de</strong> não existirem duvidas sobre<br />
a veracida<strong>de</strong> do boato.<br />
Quizemos nesse mesmo dia dar ao<br />
publico <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> essa noticia sensacionalissima,<br />
mas fomos aconselhados<br />
a não alarmar a população <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong> e aguardar que a comissão<br />
que na quinta feira havia <strong>de</strong> ir a Lisboa<br />
convidar o sr. Presi<strong>de</strong>nte da Rèpública<br />
para vir assistir á inauguração<br />
do monumento a Joaquim Antonio <strong>de</strong><br />
Aguiar, ali colhesse informações fi<strong>de</strong>dignas<br />
e os transmitisse logo para<br />
esta cida<strong>de</strong>, noticias estas que se esperava<br />
fossem tranquilisadoras.<br />
Aceitando este conselho, limitamonos<br />
a publicar na Gazeta <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />
uma pequena noticia sob o titulo Boato,<br />
sem sequer dizermos <strong>de</strong> que se<br />
tratava com respeito á nossa <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />
A folha' oficial chegada na quinta<br />
a <strong>Coimbra</strong> veio confirmar a veracida<strong>de</strong><br />
da noticia que na quarta feira nos haviam<br />
trazido á redacção.<br />
Ali encontramos o seguinte projecto<br />
<strong>de</strong> lei:<br />
Apenso B<br />
Projecto <strong>de</strong> lei<br />
Artigo 1." E' extinta a <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Art. 2.° Os professores e assistentes<br />
das Faculda<strong>de</strong>s extintas, com<br />
direitos legalmente adquiridos, servirão<br />
nas Faculda<strong>de</strong>s congéneres das<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong>s por que optarem, sendo-lhes<br />
mantidos todos os vencimentos<br />
legais.<br />
Art. 3.° O <strong>de</strong>mais pessoal do quadro<br />
da extinta <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
ficará adido ao serviço da Direcção<br />
Geral <strong>de</strong> Instrução Secundaria,<br />
Superior e Especial.<br />
Art. 0 4.° O Governo adoptará as<br />
provi<strong>de</strong>ncias que julgar necessarias<br />
para a conservação dos musêus, arquivos<br />
e bibliotecas, que estavam a<br />
cargo da administração da extinta<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong>, bem como utilizará os<br />
laboratorios e seus pertences da forma<br />
que julgar mais conveniente para<br />
os interesses públicos.<br />
Aquiles Gonçalves.<br />
Carvalho Araujo.<br />
Jorge Nunes (com reservas).<br />
Severino José da Silva.<br />
Paiva Gomes (com restrições)<br />
Vitorino Guimarães (com restrições)<br />
Manuel Bravo (relator).<br />
E' precedido o projecto do seguinte<br />
parecer:<br />
Camara dos Deputados<br />
Parecer n." 83 (h)<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong>s. — Pelas consi<strong>de</strong>rações<br />
já feitas neste relatorio sobre<br />
este assunto, conclue-se ser necessário<br />
reduzir o numero das nossas <strong>Universida<strong>de</strong></strong>s.<br />
A melhor solução seria a <strong>de</strong> dotar<br />
o pais com uma <strong>Universida<strong>de</strong></strong> completa<br />
^ bem organizada; ó talvez este um<br />
assunto bem digno da atenção dos di*<br />
rigentes da vida nacional. Mas para<br />
já, aten<strong>de</strong>ndo ás condições em que se<br />
encontra a distribuição do nosso ensino<br />
universitário, tendo em vista os<br />
escassos recursos financeiros do país<br />
e a falta <strong>de</strong> elementos competentes<br />
para esta representação do ensino,<br />
j afigura-se á comissão, como a medida<br />
• mais viável e menos perturbadora<br />
para a organisação dos serviços escolares,<br />
suprimir uma da três <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />
Tudo aconseiha e indica que a <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
a suprimir seja a <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Esperamos já que venham as invocadas<br />
tradições para sustentar a<br />
doutrina <strong>de</strong> que as economias da supressão<br />
<strong>de</strong> uma <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, não <strong>de</strong>vem<br />
ser realizadas com o sacrifício da<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Mas não <strong>de</strong>vemos nós continuar a<br />
pren<strong>de</strong>r o espirito publico com os enredos<br />
e preconceitos das tradições, se<br />
quizermos preparar o futuro do país<br />
com mais seguras bases e melhores<br />
conceitos do governo.<br />
<strong>Coimbra</strong>, pela sua situação e outras<br />
condições naturais, ha muito <strong>de</strong>via<br />
ter sido —• não um centro universitário,<br />
mas um centro agrícola e até<br />
artístico.<br />
Porém, como quer que o nosso<br />
pais as boas iniciativas e i<strong>de</strong>ias nem<br />
sempre encontram uma vonta<strong>de</strong> que<br />
as compreenda e faça executar, porque<br />
os nossos costumes sejam caraterizados<br />
por uma tradicional e famosa<br />
brandura — não ha princípios bons<br />
que resgatem, sem que primeiro uma<br />
paixão da politica campanário venha<br />
a opôr-se-lhe ao seu triunfo,<br />
NIo sabemos que sorte estará reservada<br />
a esta proposta da comissão.<br />
Mas seja ela qual fôr, a comissão do<br />
Orçamento consi<strong>de</strong>ra do seu <strong>de</strong>ver, a<br />
bem da instrução, e dos interesses do<br />
Estado, apresentá-la ao voto da Camara.<br />
E' <strong>de</strong> esperar que triunfem os<br />
boas principios da melhor administração.<br />
Nem outra coisa seria legitimo<br />
agnardar dos representantes do país<br />
e dos <strong>de</strong>veres duma <strong>de</strong>mocracia.<br />
Isto não é só extraordinário, é assombroso<br />
I<br />
Beconhece-se ser preciso reduzir<br />
o numero das <strong>Universida<strong>de</strong></strong>s, que o<br />
governo provisorio da Rèpública ele<br />
vou a três ha menos <strong>de</strong> dois anos e<br />
para isso escolhe-se para vitima do<br />
garrote a única <strong>Universida<strong>de</strong></strong> que existiu<br />
em Portugal durante séculos!<br />
Exatamente aquela que mais po<strong>de</strong><br />
satisfazer ás necessida<strong>de</strong>s do país pela<br />
sua situação central, pelos seus magníficos<br />
estabelecimentos, pelas suas<br />
excelentes instalações, pela sua tradição<br />
que a torna o único instituto<br />
português conhecido no<br />
estrangeiro.<br />
Criaram se as <strong>Universida<strong>de</strong></strong>s <strong>de</strong><br />
Lisboa e Porto, mas todos sabem que<br />
esse nome existe só na taboleta. Em<br />
nenhuma <strong>de</strong>ssas duas cida<strong>de</strong>s ha edifícios<br />
e instalações que possam, nem<br />
<strong>de</strong> longe, ser comparados aos que<br />
existem em <strong>Coimbra</strong>. Numa e noutra<br />
parte são escolas que ]à ali havia em<br />
edifícios separados e muito afastados<br />
uns dos outros, e a este conjunto <strong>de</strong>sconjuntado<br />
se dá o nome <strong>de</strong> <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />
<strong>Coimbra</strong> — diz o parecer — não é<br />
um centro universitário, mas um centro<br />
agrícola e até artístico.<br />
Os gran<strong>de</strong>s reformadores da nossa<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong>, como o marquês <strong>de</strong><br />
Pombal, acharam sempre esta cida<strong>de</strong><br />
a mais a<strong>de</strong>quada para um centro <strong>de</strong><br />
estudo. Toda a gente sabe que não<br />
são as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> abundam<br />
as distracções e on<strong>de</strong> não existe<br />
a tranquilida<strong>de</strong> precisa, que mais se<br />
prestam ao estudo. Estes centros são<br />
con<strong>de</strong>nados em toda a parte para este<br />
efeito, e a prova é quí não são as<br />
gran<strong>de</strong>s capitais estrangeiras aquelas<br />
on<strong>de</strong> existem as <strong>Universida<strong>de</strong></strong>s.<br />
Durante muito tempo foram mais<br />
conhecidas as <strong>Universida<strong>de</strong></strong>s <strong>de</strong> Piza,<br />
Salamanca e <strong>Coimbra</strong> e nenhuma <strong>de</strong>stas<br />
cida<strong>de</strong>s são capitais, respectivamente,<br />
<strong>de</strong> Italia, Espanha e Portugal.<br />
A transferencia que se fez mais<br />
duma vez da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />
para <strong>Coimbra</strong> obe<strong>de</strong>ceu exatamente à<br />
circunstancia <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> ser mais<br />
a<strong>de</strong>quada a um centro <strong>de</strong> estudo, até<br />
mesmo pelo encanto e doçura da paisagem<br />
e pelas recordações que a pren<br />
<strong>de</strong>m á Historia.<br />
Quantas vezes, principalmente, nas<br />
proximida<strong>de</strong>s dos actos, se vêem os<br />
académicos passarem horas e ás vezes<br />
todo o dia a estudar á sombra do<br />
copado arvoredo <strong>de</strong>sses famosos sitios<br />
do Choupal, parque <strong>de</strong> Santa Cruz,<br />
Jardim Botânico, Cerca do Jardim, alameda<br />
<strong>de</strong> Sant'Ana e pelos pinheirais<br />
que cercam esta nossa terra?<br />
E isto, que os estudantes teem em<br />
<strong>Coimbra</strong> com abundancia ao pé <strong>de</strong><br />
casa, falta-lhes em Lisboa e no Porto,<br />
terras muito mais movimentadas, com<br />
mil coisas diversas que distraem' o<br />
espirito do mais indiferente.<br />
Até a politica constituo ali um elemento<br />
<strong>de</strong> distraçâo para professores e<br />
alunos.<br />
Mas outras razões justificam a permanência<br />
da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Os professores inlo para ali, po<strong>de</strong>rão<br />
mais facilmente ocupar-se <strong>de</strong> outros<br />
misteres que os tragam distraídos dos<br />
seus <strong>de</strong>veres oficiais.<br />
Incontestavelmente a vida em <strong>Coimbra</strong><br />
é muito mais economica do que<br />
em Lisboa e Porto. Em nenhuma<br />
<strong>de</strong>stas cida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rá um estudante<br />
alimentar-se bem, como em <strong>Coimbra</strong>,<br />
por 9 e 10 mil reis mensais.<br />
Renda <strong>de</strong> casa, lavagem <strong>de</strong> roupas,<br />
engomados, servente, etc,, é tudo<br />
muito mais barato nesta cida<strong>de</strong> do que<br />
em Lisboa e Porto, e o mesmo acontece<br />
com a compra <strong>de</strong> calçado, vestuário<br />
e outras <strong>de</strong>spêsas essenciais.<br />
Desconhecem com cerlêsa os membros<br />
da comissão do orçamento do<br />
ministério do interior que aprovaram<br />
semilhante proposta, que existe na<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> o seguinte:<br />
Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina; Hospitais,<br />
Maternida<strong>de</strong>, Laboratório d'Anatomia<br />
<strong>de</strong>scritiva e topografica, Laboratório<br />
<strong>de</strong> Histologia e Embriologia,<br />
Laboratório <strong>de</strong> Fisiologia, Laboratório<br />
<strong>de</strong> Farmacologia, Laboratario d'Anatomia<br />
Patologica, Instituto <strong>de</strong> Medicina<br />
Legal, Laboratório <strong>de</strong> Bactereologia,<br />
Instituto <strong>de</strong> Higiene e Morgue.<br />
Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sciencias: Observatório<br />
Astronomico, Observatório Metereologico<br />
e Magnético, Laboratório<br />
Químico, Gabinete e Laboratório <strong>de</strong><br />
Fisica, Jardim Botânico, Musêu <strong>de</strong> Historia<br />
Natural, Museu e laboratorios<br />
geologicos, Museu e laboratório mineralógicos,<br />
Museu e laboratório antropologicos.<br />
A <strong>Universida<strong>de</strong></strong> tem mais a sua<br />
Biblioteca, Imprensa e outros serviços<br />
bem instalados e convenientemente<br />
dotados <strong>de</strong> bom material.<br />
Por ventura já algum <strong>de</strong>sses mem-<br />
Editor —ABEL PAIS DE FIGUEIREDO<br />
Composição e impressão — Tipographia da GAZETA DE COIMBRA<br />
Pateojda Inquisição — COIMBRA<br />
bros da comissão visitou tudo isto ou<br />
sabe sequer que existe isto em <strong>Coimbra</strong>?<br />
Estamos certos <strong>de</strong> que alguns <strong>de</strong>les,<br />
senão a maioria, <strong>de</strong>sconhecem inteiramente<br />
a nossa <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, e se<br />
algum <strong>de</strong>les por ela passou só conhece<br />
as au^s e as bancadas. Ninguém,<br />
por menos culto que fosse, se arrojaria<br />
a fazer semilhante proposta conhecendo<br />
bem o que é, o que vale e<br />
o que possue a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Que querem os autores da proposta<br />
que se faça aos sumptuosos edifícios<br />
que aí temos, principalmente,<br />
na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> e no Musêu ?<br />
Para que <strong>de</strong>stina a comissão a<br />
Biblioteca, que figura entre as primeiras<br />
da Europa ?<br />
Provavelmente para celeiros, visto<br />
<strong>Coimbra</strong> ser um centro agrícola e não<br />
<strong>de</strong> estudo!<br />
O Jardim Botânico talvez para cultura<br />
<strong>de</strong> batatais I<br />
Nunca nos podia passar pela mente<br />
tal arrojo. Chega a ser inacreditável<br />
semilhante proposta!<br />
Primeiro falou-se no <strong>de</strong>sdobramento<br />
da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito, <strong>de</strong>pois<br />
na transferencia <strong>de</strong>sta faculda<strong>de</strong><br />
e agora na sua extinção I<br />
O que quer a comissão que, <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> garrotada a velha <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, se faça a essas centenas<br />
<strong>de</strong> prédios recentemente construídos<br />
nesta cida<strong>de</strong> e que tanto a<br />
tem ampliado?<br />
O que quer que se faça a esses<br />
numerosos estabelecimentos comerciais<br />
com que <strong>Coimbra</strong> se tem mo<strong>de</strong>rnizado?<br />
Como ha <strong>de</strong> o município <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
livrar-se dos encargos que oneram<br />
o seu orçamento em virtu<strong>de</strong> dos<br />
emprestimos feitos para o progresso<br />
<strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>?<br />
De modo que a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong> que ia a caminho <strong>de</strong> tão<br />
gran<strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
três ou quatro anos podia avantajar-se<br />
e ter um logar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na vanguarda<br />
<strong>de</strong> todas da Europa, é con<strong>de</strong>nada<br />
á morte por simples arbítrio e<br />
bravura dum tal Manuel Bravo, que<br />
provavelminte nem sequer sabe on<strong>de</strong><br />
fica <strong>Coimbra</strong> 1<br />
E' indispensável não só protestar<br />
inergicamente contra semelhante afronta,<br />
mas dizer bem alto que <strong>de</strong>vem<br />
acabar <strong>de</strong> uma vez para sempre estas<br />
investidas contra o primeiro estabelecimento<br />
scientifico <strong>de</strong> Portugal,<br />
porque ainda ninguém conseguiu tirarlhe<br />
esta primazia.<br />
Proteste-se até mesmo contra as<br />
tentativas <strong>de</strong> <strong>de</strong>smembramento, e ao<br />
mesmo tempo convi lem-se os inimigos<br />
da nossa <strong>Universida<strong>de</strong></strong> para virem<br />
visita-la, para levarem daqui as mesmas<br />
impressões que levou o sr. dr.<br />
Jo-é Magalhães, que mostrando-se um<br />
inimigo encarniçado <strong>de</strong>ste instituto,<br />
levou <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> uma opinião bem<br />
diversa, acentuando ser um estabelecimento<br />
muito superior ao que esperava<br />
encontrar.<br />
E' triste, profundamente lamentável<br />
que uma comissão parlamentar<br />
ousasse fazer semilhante proposta !<br />
•<br />
A <strong>Universida<strong>de</strong></strong> foi criada em Lisboa<br />
no reinado <strong>de</strong> D. Diniz, por iniciativa<br />
<strong>de</strong> alguns prelados, que, <strong>de</strong>sejosos<br />
da ilustração do clero, ofereceram<br />
e prestaram ao monarca os<br />
meios necessários e rendas para a<br />
instituição e sustentação <strong>de</strong>ste estabelecimento.<br />
Foi instituída por bula <strong>de</strong><br />
Nicolau IV, <strong>de</strong> 13 d'Agosto <strong>de</strong> 1290.<br />
Poucos anos ali permaneceu, sendo<br />
transferida no mesmo reinado para<br />
<strong>Coimbra</strong>, em 1308, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
discórdias entre os estudantes e os moradores<br />
da cida<strong>de</strong>.<br />
Deu-lhes D. Diniz os seus primeiros<br />
estatutos datados <strong>de</strong> IS <strong>de</strong> Feve-<br />
ANO II — N.° 207<br />
REDACÇÃO E ADMiNi.-TRAijÃo — Pateo da Inquisição, 27 (telef. 351 — COIMBRA<br />
Administrador — HERMANO RIBEIRO ARROBAS<br />
JOÃO RIBEIRO ARROBAS<br />
ASSINATURAS Apagamento a<strong>de</strong>antado)—Ano 2,5800 réis, semestre,<br />
1M00; trimestre, 700. Com estampilha: ano, 31060 réis,<br />
semestre, 1$53Q; trimestre, 765. Colonias portuguesas: ano,<br />
31060 réis. Brasil : ano, 3$o30 reis.<br />
Anunciam-se grátis todas as publicações oferecidas a êste jornal<br />
£>p. Siloio Pélieo<br />
A homenagem n que hoje presta a GAZETA DE COIM-<br />
IÍIIA ao ilustre professor sr. dr. Silvio Pelico Lopes<br />
Ferreira Neto, não correspon<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>certo aos merecimentos<br />
e qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> s. ex. 3 por falta <strong>de</strong> aptidão<br />
<strong>de</strong> quem escreve estas simples mas sinceras palavras.<br />
E' s.
ganda <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> protesta contra o<br />
parecer da comissão do orçamento do<br />
interior sobre extinção <strong>Universida<strong>de</strong></strong> e<br />
pe<strong>de</strong> não seja admitido á discussão<br />
por representar afronta a esta cida<strong>de</strong><br />
e respectivas Faculda<strong>de</strong>s.<br />
O Presi<strong>de</strong>nte, Dr. Carlos Dias.<br />
A direcção da Associação <strong>de</strong> socorros<br />
mutuos União Artística Conimbricense,<br />
enviou também o seguinte telegrama<br />
:<br />
Ex. mn Presi<strong>de</strong>nte da Camara dos<br />
Deputados, Lisboa. — Direcção da Associação<br />
<strong>de</strong> Socorros Mutuos União<br />
Artística Conimbricense protesta energicaméítte,<br />
em nome <strong>de</strong>sta colectivida<strong>de</strong>,<br />
contra conclusão do parecer da<br />
comissão revisora do orçamento ministério<br />
interior relativo á extinção da<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, e faz votos<br />
para que <strong>de</strong>putados por esta cida<strong>de</strong><br />
tonit til mais a serio conta do seu mandato<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo com energia a nossa<br />
bela <strong>Coimbra</strong> das arremetidas dos <strong>de</strong>speitados<br />
e maus.<br />
A direcção, Adolfo Teles, João Carvalho,<br />
Joaquim dos Santos, João Bizarro,<br />
José Maria <strong>de</strong> Carvalho, Antonio<br />
Isidoro Rodrigues, José Monteiro da<br />
Cunha.<br />
0 ESTUDO E 0 TMJO<br />
A importante revista francêsa L'Educalion<br />
insere um importante artigo<br />
da senhora Augusta Moli-Weiss sobre<br />
a Escola das mães em que se <strong>de</strong>plora<br />
que as raparigas, como já sucedia nos<br />
antigos conventos, saiam dos actuais<br />
liceus femininos sem que venham preparadas<br />
para bem preencherem o <strong>de</strong>stino<br />
comum a todas as mulheres: a<br />
maternida<strong>de</strong> e o arranjo caseiro.<br />
Nós então pensávamos que essa<br />
or<strong>de</strong>m especial <strong>de</strong> couhecimentos se<br />
<strong>de</strong>veria adquirir cá fóra, reservandose<br />
o liceu, (que nenhuma necessida<strong>de</strong><br />
ha <strong>de</strong> ser especial para as raparigas),<br />
para elas adquirirem aquela cultura<br />
que é indispensável a toda a gente,<br />
seja qual fôr o seu <strong>de</strong>stino ou o logar<br />
que venham a ocupar na socieda<strong>de</strong>.<br />
A autora diz textualmente:<br />
«Porque sobrecarregar assim o<br />
cerebro das pequenas que pela maior<br />
parte saem do lieèu aos 17 ou 18 anos<br />
a que dois ou três anos apenas sepa<br />
rem do casamento ?<br />
«Em vez <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdiçar esses<br />
anos, em logar <strong>de</strong> aplica-los a transformar<br />
a joven estudante em uma boneca<br />
mundana que assusta os candi<br />
datos a maridos, da ia a facilida<strong>de</strong> com<br />
que estes diagnosticam nela a sua incapacida<strong>de</strong><br />
caseira e as suas aspirações<br />
ao luxo e ao fausto, porque não<br />
se ha <strong>de</strong> antes aproveitar esses dois<br />
ou três anos a cultivar nela as aspirações<br />
generosas ou sociais que ja lhe<br />
<strong>de</strong>viam ter sido ministradas; porque<br />
não havemos <strong>de</strong> diligenciar que ela<br />
aplique os seus couhecimentos ás cou<br />
sâs da vida, da cat>a e da creauça?»<br />
JNã , nos opomos a que o tempo<br />
<strong>de</strong>corrido entre os estudos e o casamento<br />
seja aplicado pela forma que a<br />
autora quer, simplesmente nos admiramos<br />
que os liceus e <strong>de</strong> outras escolas<br />
<strong>de</strong> cotação elevada san-m as raparigas<br />
embonecadas, isto é: frívolas<br />
e piegas a ponto <strong>de</strong> causarem pavor<br />
aos candidatos a maridos.<br />
Salvo se ó cá fóra, entre o liceu e<br />
o casamento que elas se transformam<br />
em bonecas, mas ainda assim lamentamos<br />
que os estudos feitos, a frequência<br />
e convivência com coisas serias,<br />
como é ou <strong>de</strong>ve ser o estudo,<br />
não sirva para as colocar superiores<br />
a todas essas misérias só <strong>de</strong>seulpaveinas<br />
raparigas que andam sistemáticas<br />
mente arredadas pelas mães <strong>de</strong> tudo<br />
quanto é útil e serio.<br />
O livro e o trapo são quanto a nós<br />
duas cousas absolutamente incompatíveis.<br />
Ora, como o que se vê são meninas<br />
carregadas dos primeiros em<br />
direcção ás escolas e simultaneamente<br />
cheias <strong>de</strong> enfeites e com os tais trajos<br />
á moda que muito participam <strong>de</strong><br />
falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>cencia ou pelo menos <strong>de</strong><br />
serieda<strong>de</strong>, ficamos a pensar que diabo<br />
<strong>de</strong> estudos fazem elas que não lhes<br />
permitem <strong>de</strong>scobrir e acatar semelhante<br />
incompatibilida<strong>de</strong>.<br />
Luis LEITÃO.<br />
Assalto e roubo<br />
Numa <strong>de</strong>stas noites foi assaltado e<br />
roubado o estabelecimento do sr. Guilherme<br />
Marques, á Geria.<br />
Os gatunos ao serem presentidos<br />
pozeram-se em fuga, s-'ndo, no entanto,<br />
presos aos Fornos, por habitantes<br />
dali, que vinham em sua perseguição,<br />
Joaquim Machado, que diz ser exposto<br />
da Misericórdia <strong>de</strong> Braga e Maria<br />
da Conceição, sua amante, da Ilha da<br />
Ma<strong>de</strong>ira.<br />
Na l. a esquadra policial, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>i-arn<br />
entrada, foi lhes apreendido o furto,<br />
que constava <strong>de</strong> varias peças <strong>de</strong><br />
roupa, carne e diferentes generos <strong>de</strong><br />
mercearia.<br />
Das roupas apreendidas ainda faltam<br />
aíguuias, supondo-se, por isso,<br />
que fosse quadrilha que por ali passou.<br />
A policia averigua.<br />
Ur. José Maria d'Alpoim<br />
A subscrição que encerramos no<br />
numero passado, ficou em 131$400<br />
e não em 129$i00, como dissemos.<br />
Por lapso nosso, <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> incluir<br />
os nomes dos srs. dr. Carlos<br />
Dias dr. José Cipriano Diniz, A. C. e<br />
Manuel Martins Ribeiro, entre os subscritores,<br />
do que pedimos <strong>de</strong>sculpa a<br />
s. ex. as<br />
Sabemos que a Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Defesa<br />
o Propaganda <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> vai<br />
proclamar o sr. dr, José d Alpoim seu<br />
socio honorário.<br />
Consta-nos também que é tenção<br />
da mesma Sacieda<strong>de</strong> convidar s. ex. a<br />
a fazer uma conferencia, que naturalmente<br />
virá a rea!izar-se em Outubro,<br />
exactamente na ocasião era que esta<br />
patriótica Socieda<strong>de</strong> vai entrar numa<br />
vida activíssima <strong>de</strong> <strong>de</strong>fèsa e propa<br />
ganda <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
Importantes elementos, <strong>de</strong>dicadíssimos<br />
a esia cida<strong>de</strong>, estão firmemente<br />
<strong>de</strong>cididos a traba'har com toda a tenacida<strong>de</strong><br />
para elevar o numero da socios<br />
a mil, pelo menos.<br />
Cons guido isto, o programa da<br />
sua acção futura virá a ser, sem duvida<br />
alguma, do mais alto e imediato<br />
alcance para os interesses <strong>de</strong> Coim<br />
bra.<br />
Essa acção far-se ha sentir já no<br />
proximo ano e isso por forma bem<br />
prática e característica.<br />
Isto, repetimos, são coisas firme<br />
mente <strong>de</strong>ce>:lid »s por quem não admite<br />
hesitações nem conhece <strong>de</strong>sânimos —<br />
quando diante <strong>de</strong> sí vê um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>ver<br />
a cumprir, <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong> brio que a todos nós filhos e amigos<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> igualmente pertence.<br />
Folgamos em po<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, registar<br />
tão agradavel noticia.<br />
Os Bravos... da comissão<br />
do orçamento<br />
Sr. Director — Precisamos couhe<br />
cer os Bravos... da comissão do orçamento<br />
que, na sua alta sapiência,<br />
propozeram a extinção da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> !<br />
<strong>Coimbra</strong>, agra<strong>de</strong>cida, não lhe regateará<br />
aplausos, e portanto natural é<br />
que os seus habitantes tenham o ma<br />
ximo empenho <strong>de</strong> conhecer tão sapientes<br />
orçamentologos.<br />
Sendo assim, permita que no seu<br />
jornal manifestemos o ar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> possuir a vera efigie <strong>de</strong> cada um<br />
<strong>de</strong>sses cavalheiros, para que por meio<br />
duma bem nítida reprodução fotográfica<br />
os possamos tornar largamente<br />
conhecidos <strong>de</strong> todos os conimbricen<br />
ses...<br />
Quem po<strong>de</strong>r reunir a colecção,<br />
man<strong>de</strong> a esta redacção.<br />
Paga-se por bom preço.<br />
Um numeroso grupo <strong>de</strong> conimbi icenses.<br />
Noticias militares<br />
Recrutamento<br />
Começam no dia 1 do proximo<br />
mês <strong>de</strong> Julho, as inspecções medicas<br />
aos maucebos recenseados para o ser<br />
viço miliiar no corrente ano. As jun<br />
tas <strong>de</strong> recrutamento, nesta divisão<br />
militar, ficaram assim constituídas :<br />
Junta <strong>de</strong> recurso <strong>de</strong>visionaria<br />
Presi<strong>de</strong>nte, sr. coronel <strong>de</strong> enge<br />
nheria Soeiro, inspector das obras e<br />
fortificações militares da 5 3 divisão<br />
do exercito; vogais, os srs. drs. Arnaldo<br />
Torres e Lima Duque* respecti<br />
vãmente inspector e sub-inspector do<br />
serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da mesma divisão.<br />
E^ta junta reuce todas as quintas<br />
feiras.<br />
Juuta <strong>de</strong> recrutamento do distrito<br />
n.° 23<br />
Presi<strong>de</strong>nte, sr. coronel Ernesto da<br />
Cunha; vogais, os srs. drs. Flamínio<br />
d'Azevedo, ten-mte-medico <strong>de</strong> infantaria<br />
23, e Custodio Pessoa, tenentemedico<br />
do 2.° grupo <strong>de</strong> companhias<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Junta <strong>de</strong> recrutamento do distrito<br />
n.° 35<br />
Presi<strong>de</strong>nte, sr. major Mirais Rosa:<br />
vogais, os srs. drs. Fernando Monter<br />
roso, capitão medico do 2.° grupo <strong>de</strong><br />
companhias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e Rocha Manso<br />
tenente-medico <strong>de</strong> infantaria 35.<br />
Junta <strong>de</strong> recrutamento do distrito<br />
n.° 24<br />
Presi<strong>de</strong>nte, sr. tenente-coronel<br />
Castanheira; vogais, os srs. drs. Zeferino<br />
Borges, capitão medico <strong>de</strong> in<br />
fantaria 24, e Alvaro Martins, capitãomedico,<br />
adjunto da 5. a repartição do<br />
Estado Maior do Exercito.<br />
Junta <strong>de</strong> recrutamento do distrito<br />
n.° 28<br />
Presi<strong>de</strong>nte, sr. coronel Pereira;<br />
vogais, os srs. drs. Adriano Pessa,<br />
capitão medico <strong>de</strong> infantaria 28, e<br />
Evaristo Geral, tenente medico <strong>de</strong> artilharia<br />
2.<br />
2.° grupo <strong>de</strong> companhias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
Realisou se nos dias 23 e 24 do<br />
corrente mês, como tínhamos noticiado,<br />
9 exercício <strong>de</strong> campanha pelos recru-<br />
GAZETA DG COIMBR1, <strong>de</strong> 88 <strong>de</strong> Junho dc 1913<br />
tas do grupo. As tropas sairam do<br />
quartel no dia 23 ás 18 horas, bivacarnlo<br />
proximo <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa, efectuando<br />
diversos exercícios no dia 2i<br />
e regressando ao quartel neste dia<br />
pelas 20 horas. Correu tudo excelentemente.<br />
Comandou o exercício o sr.<br />
dr. Monterroso, capitão-medico, tendo<br />
como subalterno o sr. dr Custodio<br />
Pessa, tenente medico, ambos instru<br />
tores do grupo.<br />
ELEIÇÃO DO REITOR<br />
Deve realizar-se hoje, ás 15<br />
horas, a eleição do reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />
Consta que um dos mais votados<br />
seja o sr. dr. Marnoco e Sousa.<br />
jEcos da socieda<strong>de</strong><br />
CONSORCIO—Ante-ontem rcalisou-se<br />
o registo civil do casamento do alferes<br />
<strong>de</strong> infantaria 35, sr. Manuel Beirão,<br />
com a sr. a D. Laura Nunes da<br />
Cunha, filha do industrial sr. Antonio<br />
Nunes da Cunha.<br />
Aos noivos, dignos das maiores<br />
venturas, <strong>de</strong>sejamos uma prolongada<br />
lua <strong>de</strong> mel.<br />
DOENTE — Tem estado doente com<br />
um furte ataque <strong>de</strong> reumatismo o sr.<br />
José Ma;ia Henriques.<br />
— Também tem estado gravemente<br />
doente a esposa do sr. Luiz José da<br />
Mota, tenente do 23.<br />
PAISTIDAS E CHEGADAS — Está na<br />
Figueira, o sr. dr. José Alberto PE<br />
reira <strong>de</strong> Carvalho.<br />
— Foi para Cal<strong>de</strong>las, o sr. Daniel<br />
Pedroso Baptista.<br />
Homenagem <strong>de</strong> gratidão<br />
Para comemorar o 1.° aniversario<br />
do falecimento do sr. Antonio Gonçalves<br />
Barreira, socio que foi do Monte<br />
Pio Conimbricense Martins <strong>de</strong> Carvalho,<br />
resolveu a Direcção e Conselho<br />
Fiscal do mesmo Monte Pio, por pro<br />
posta do presi<strong>de</strong>nte, que ás expensas<br />
dos mesmos corpos gerentes fosse<br />
mandada colocar uma corôa <strong>de</strong> flores<br />
naturais sobre a campa daquele seu<br />
consocio, no dia 26 do corrente mês<br />
por terem em muita consi<strong>de</strong>ração os<br />
relevantes serviços que prestou á mesma<br />
associação e principalmente na<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tesoureiro, logar que<br />
exerceu por diversas vezes com muito<br />
zelo e probida<strong>de</strong>.<br />
Anuário do Distrito d» <strong>Coimbra</strong><br />
O nosso amigo sr. Adriano do<br />
Nascimento está preparando o Anua<br />
rio Comercial e Industrial do Distrito<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> para o proximo ano.<br />
Esta publicação, que entra no seu<br />
i.° ano, e que é <strong>de</strong> reconhecida utili<br />
da<strong>de</strong>, sairá muito melhorada em todas<br />
as suas secções.<br />
Os senhores anunciantes po<strong>de</strong>m<br />
mandar os originais dos seus anúncios<br />
até ao fim do proximo mês, à rua<br />
Ferrer, 7.<br />
Conferencia socialista<br />
Perante numerosa assistência, rea<br />
lizou hontem, pelas 10 horas da noite<br />
na sé<strong>de</strong> do Centro Socialista José Fontana,<br />
uma conferencia o conhecido pro<br />
pagandista do movimento operário sr<br />
Oliveira Pombo, <strong>de</strong> Lisboa.<br />
DuraDte mais <strong>de</strong> meia hora, o ora<br />
dor espraiou se em consi<strong>de</strong>rações so<br />
bre a marcha do partido socialista<br />
terminando por fazer a apologia da<br />
Republica Social.<br />
O orador, ao findar o seu discurso,<br />
foi muito ovacionado.<br />
Na próxima terça feira, á mesma<br />
hora, reaiiza-se outra conferencia pelo<br />
sr. Antonio Pereira.<br />
Senhora da Conceição<br />
Por <strong>de</strong>terminação do sr. ministro<br />
do fomento foi or<strong>de</strong>nado ao sr. director<br />
das obras publicas, com toda a<br />
urgência, o apeamento e arrecadação<br />
da estatua da Senhora da Conceição,<br />
erecta no adro do extinto convento <strong>de</strong><br />
Santa Clara, enten<strong>de</strong>ndo-se para tal<br />
fim £om a autorida<strong>de</strong> militar competente.<br />
Já foram dadas as precisas or<strong>de</strong>ns<br />
para na segunda feira se proce<strong>de</strong>r<br />
Hquele apeamento.<br />
Festas da Cida<strong>de</strong><br />
Começaram já os trabalhos para<br />
as festas da cida<strong>de</strong> em algumas ruas.<br />
Ontem, a convite da comissão central<br />
das festas da cida<strong>de</strong>, reuniram-se<br />
na Associação Comercial <strong>de</strong>legados da<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong>, Camara Municipal, comercio,<br />
associações, colégios, centros<br />
políticos, etc., etc., afim <strong>de</strong> se tratar<br />
da recepção ao sr. Presi<strong>de</strong>nte da Republica.<br />
Sua ex. a chegará no dia 6 a esta<br />
cida<strong>de</strong>, pelo meio dia, afim <strong>de</strong> assistir<br />
á inauguração da estatua a Joaquim<br />
Antonio d'Aguiar.<br />
Prepara-se uma brilhante recepção<br />
ao venerando Chefe do Estado, que<br />
será aguardado na gare pela <strong>Universida<strong>de</strong></strong>,<br />
C»mara Municipal, Associação<br />
Comercial, Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Defèsa e outras<br />
entida<strong>de</strong>s.<br />
•<br />
Na rua Direita acaba <strong>de</strong> se constituir<br />
uma comissão para ornamentar a<br />
mesma rua, composta dos srs. Luiz<br />
<strong>de</strong> Matos Dias e Joaquim Miguel Pereira.<br />
•<br />
Do programa das Festas da cida<strong>de</strong>,<br />
que se realisam <strong>de</strong> 6 a 13 <strong>de</strong> julho,<br />
farão parte, entre outros, os seguintes<br />
números:<br />
Visita do sr. Presi<strong>de</strong>nte da Republica<br />
para inaugurar solenemente a estatua<br />
do eminente vulto da Liberda<strong>de</strong>,<br />
Joaquim Antonio d'Aguiar.<br />
Récita <strong>de</strong> gala em honra do sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Republica.<br />
Imponente cortejo cívico, <strong>de</strong>sfilando<br />
<strong>de</strong>ante do venerando chefe <strong>de</strong> Estado<br />
e em que tomam parte todas<br />
as classes sociais, orfeons, bandas<br />
e troupes musicais e sumptuosos carros<br />
alegoricos representando a Cida<strong>de</strong>,<br />
Instrução, Comercio e Industria,<br />
Escola Industrial Brotero, Escola<br />
Livre das Artes <strong>de</strong> Desenho,<br />
Agricultura e Exercito.<br />
Inauguração solene do munificente<br />
Museu <strong>de</strong> Arte Machado <strong>de</strong> Castro,<br />
aon<strong>de</strong> se encontram objectos<br />
<strong>de</strong> extraordinário valor artístico.<br />
Corridas <strong>de</strong> bicicletes. Corridas negativas.<br />
Corridas <strong>de</strong> gericos e <strong>de</strong> patos.<br />
Exposição dos magníficos trabalhos<br />
artísticos e industriais na Escola<br />
industrial Brotero.<br />
Concurso pecuário. Exposição fotográfica.<br />
Concurso <strong>de</strong> bébés. Escalada<br />
<strong>de</strong> bombeiros. Parada militar para<br />
juramento <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ira. Parada ginastica<br />
<strong>de</strong> adultos. Parada ginastica<br />
infantil Festas da Fraternida<strong>de</strong><br />
Militar. Festas das escolas<br />
primarias com o seu orfeon. Ornamentações<br />
e iluminações em 14<br />
ruas e avenidas. Fogos <strong>de</strong> artificio<br />
no Mon<strong>de</strong>go e Avenida Navarro.<br />
Certamen <strong>de</strong> ranchos.<br />
Grandiosos festivais no parque <strong>de</strong> Santa<br />
Cruz: danças <strong>de</strong> tricanas e <strong>de</strong><br />
crianças ; canções mo<strong>de</strong>rnas ; orfeons<br />
<strong>de</strong> adultos; orfeon infantil;<br />
bandas militares ; tunas; <strong>de</strong>slumbrantes<br />
iluminações electricas, a<br />
gaz, acetilene, veneziana e Minho ;<br />
túneis <strong>de</strong> verdura e luz; surpreen<strong>de</strong>ntes<br />
fogos <strong>de</strong> artificio pelos mais<br />
afamados pirotécnicos portugueses.<br />
Tradicionais festas religiosas á Rainha<br />
Santa, organisadas pela respectiva<br />
confraria.<br />
Exposição <strong>de</strong> extraordinarias obras <strong>de</strong><br />
arte : os tumulos da Rainha Santa,<br />
D. Afonso Henriques e D. Sancho.<br />
Semana <strong>de</strong>sportiva, <strong>de</strong> 6 a 13, promovida<br />
pelo Tiro e Sport, começando<br />
pelo concurso hipico no dia 6.<br />
Ha bilhetes do caminho <strong>de</strong> ferro a<br />
preços reduzidíssimos.<br />
COMISSÃO DISTRITAL<br />
A Comissão Distrital na sua ultima<br />
sessão resolveu o seguinte:<br />
Aprovou as <strong>de</strong>liberações das Camaras<br />
municipais: — <strong>de</strong> Cantanhe<strong>de</strong>,<br />
relativas á votação das percentagens<br />
para o ano <strong>de</strong> 1914, e ao pagamento<br />
<strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das <strong>de</strong>spêsas a fazer com<br />
os exames <strong>de</strong> 2.° grau <strong>de</strong> instrução<br />
primaria na sé<strong>de</strong> do concelho; da Figueira<br />
da Foz, ce<strong>de</strong>ndo e adquirindo<br />
terreno para alinhamento da reconstrução<br />
dum muro <strong>de</strong> vedação no logar<br />
dos Carvalhaes, freguesia <strong>de</strong> Lavos;<br />
<strong>de</strong> Soure, respeitante ao pagamento<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas feitas pelo arrendamento<br />
<strong>de</strong> umas arvores, com a acção <strong>de</strong> processo<br />
ordinário que intentou contra<br />
um individuo que se apo<strong>de</strong>rou das<br />
arvores por lhe pertencerem.<br />
— Comunicou á Camara Municipal<br />
da Louzã quo, por <strong>de</strong>creto sobre consulta<br />
do Supremo Tribunal Administrativo<br />
foi regeitado o recurso do secretariario<br />
da mesma camara, entreposto<br />
da resolução da comissão distrital,<br />
ácerca do seu or<strong>de</strong>nado incluído<br />
no orçamento municipal <strong>de</strong> 1913.<br />
PARA QUE VIVER?<br />
A RECEITA<br />
mais simples e fácil<br />
para ter nenés robustos e <strong>de</strong><br />
perfeita saú<strong>de</strong> é dar-lhes a<br />
FARINHA<br />
LACTEA<br />
NESTLÉ<br />
com base do excellente leite Suisso.<br />
Socieda<strong>de</strong> Militar<br />
Os alistados da 1." e 2. a secção,<br />
com instrução, <strong>de</strong>vem comparecer ámanhã,<br />
no Quartel <strong>de</strong> Sant'Ana, ás 6 horas,<br />
<strong>de</strong>vidamente uniformisados, para<br />
formatura geral a que assiste o sr.<br />
inspector <strong>de</strong> infantaria.<br />
Previnem-se os alistados <strong>de</strong> que<br />
são rigorosamente apontadas as faltas.<br />
•<br />
Para conhecimento dos mancebos<br />
que se alistaram na l. a secção e que<br />
não pagaram as suas quotas e multas,<br />
pelo menos até março ultimo, são avisados<br />
por este meio <strong>de</strong> que foram eliminados<br />
<strong>de</strong>sta Socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vendo os<br />
que á data da inscrição tinham 17 anos<br />
apresentar-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já ao encarregado<br />
da instrução em infantaria 23, sr.<br />
tenente Luiz José da Mota.<br />
Os alistados da 2. a secção <strong>de</strong>vem<br />
adquirir a Ca<strong>de</strong>rneta da Mocida<strong>de</strong>, á<br />
venda na sé<strong>de</strong> da Socieda<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong><br />
nelas lhes ser averbada a classe <strong>de</strong><br />
atiradores civis a que pertencerem para<br />
po<strong>de</strong>rem executar a classe seguinte.<br />
Os alistados que já tiverem a classificação<br />
<strong>de</strong> atiradores especiais, teem<br />
uma dotação grátis <strong>de</strong> 35 balas para<br />
fazerem o tiro <strong>de</strong> treno <strong>de</strong> 200 a 400<br />
metros.<br />
Qualquer repetição <strong>de</strong> fogo que porventura<br />
hajam <strong>de</strong> fazer, teem o <strong>de</strong>sconto<br />
<strong>de</strong> 25 por cento em cada bala.<br />
Está aberta a inscrição para o passeio<br />
ao Bussaco, promovido pela Fraternida<strong>de</strong><br />
Militar, todos os dias úteis<br />
das 21 às 22 horas, na sé<strong>de</strong> da Socieda<strong>de</strong>.<br />
Segundo informações, o preço da<br />
viagem, almoço e jantar, ó <strong>de</strong> 500 reis.<br />
A inscrição termina impreterivelmente<br />
no dia 12 <strong>de</strong> julho proximo.<br />
Professores <strong>de</strong> Direito<br />
Hoje, amanhã e na segunda feira<br />
partem para Lisboa os professores da<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito, para o serviço<br />
dos actos.<br />
Yão também os srs. drs. Luiz<br />
Viegas e Almeida Ribeiro para constituírem<br />
o juri da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> medicina<br />
legal.<br />
Egualmente vão os srs. Alvaro<br />
Perdigão, be<strong>de</strong>l, e José Maria Antunes,<br />
oficial da secretaria da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />
Objectos achados<br />
Encontram-se no comissariado uma<br />
carteira com dinheiro e um a^nete <strong>de</strong><br />
segurança, <strong>de</strong> ouro.<br />
Por alienação<br />
Por ter dado indicios <strong>de</strong> alienação<br />
mental, foi <strong>de</strong>tida Maria da Conceição,<br />
solteira, <strong>de</strong> 20 anos, que vai ser internada<br />
em Rilhafoles.<br />
Incêndios<br />
Na quinta-feira á noite manifestouse<br />
incêndio na fuligem da chaminé do<br />
Hospital da Maternida<strong>de</strong>, no bairro <strong>de</strong><br />
S. José.<br />
No mesmo dia, á tar<strong>de</strong>, houve também<br />
incêndio num prédio, no logar<br />
das Carvalhosas.<br />
Ontem, pelas IS horas, também<br />
se manifestou incêndio numa porção<br />
<strong>de</strong> mato existente em uma taberna do<br />
bairro <strong>de</strong> Santa Clara.<br />
Compareceu o material <strong>de</strong> incêndios,<br />
que tiveram pequena importância.<br />
Para averiguações<br />
Triste, miserável, preocupado, sem<br />
amor, sem alegrias, sem felicida<strong>de</strong>,<br />
quando é tão fácil obter fortuna,<br />
saú<strong>de</strong>, sorte, amor corres-!<br />
ponditSo, ganhar aos jogos e<br />
loterias, pedindo a curiosa bro-'<br />
chura grátis do professor M. Ytalo,'<br />
33. Bonlevard Boune Nou> j<br />
Foi preso um individuo que diz<br />
chamar-se José Teixeira, <strong>de</strong> 18 anos,<br />
serralheiro e ser <strong>de</strong> Oliveira do Douro,<br />
distrito do Porto, por ter sido encontrado<br />
a dormir em um dos bancos da<br />
Alameda do Jardim Botânico.<br />
Diz não ter resi<strong>de</strong>ncia e ter aban-<br />
velle, PAíU§,<br />
donado a fapjilia no Porto,<br />
MERCADOS<br />
De MONTEMOR- O-VELHO<br />
Feijáo <strong>de</strong> mistura (14,63 litros) —<br />
» fra<strong>de</strong> » » ....<br />
» mocho — » »<br />
» branco ... » » ....<br />
» pateta.... » »<br />
Trigo » »<br />
Milho branco.... » »<br />
» amarelo... » »<br />
Centeio » »<br />
Aveia » » —<br />
Cevada » »<br />
Favas » »<br />
Ervilhas » »<br />
Grão <strong>de</strong> bico .... » »<br />
Chicharos » »<br />
Batatas<br />
Tremoços (20 litros)<br />
Galinhas, 400 a<br />
Frangos<br />
Ovos, o cento<br />
Milho branco (20 litros).<br />
» amarelo »<br />
Trigo *<br />
Centeio..., »<br />
Cevada *<br />
Aveia »<br />
Fava »<br />
Feijão branco — »<br />
» amarelo... »<br />
» vermelho.. »<br />
» rajado .... »<br />
» fra<strong>de</strong> »<br />
Grão <strong>de</strong> bico »<br />
Tremoço »<br />
Aguar<strong>de</strong>nte »<br />
Yinho tinto »<br />
» branco.... »<br />
Vinagre »<br />
Azeite novo »<br />
» velho »<br />
Sal .<br />
Vaca (quilo) .<br />
Carneiro »<br />
Toucinho »<br />
Batata (arroba) .<br />
De CONDEIXA<br />
;<br />
i<br />
560<br />
600<br />
700<br />
800<br />
600<br />
600<br />
640<br />
600<br />
900<br />
220<br />
340<br />
460<br />
900<br />
MOOO<br />
600<br />
300<br />
800<br />
550<br />
300<br />
14£00<br />
900<br />
1Í200<br />
li 130<br />
360<br />
660<br />
i£120<br />
720<br />
750<br />
i$050<br />
1^500<br />
900<br />
3 $000<br />
800<br />
900<br />
800<br />
5#600<br />
180<br />
240<br />
140<br />
330<br />
300<br />
DESPEDIDA<br />
O pároco <strong>de</strong> Santa Cruz, Caetano<br />
J. Travassos Lima, tendo <strong>de</strong> sair brevemente<br />
para a Ilha <strong>de</strong> S. Miguel e<br />
não po<strong>de</strong>ndo, como <strong>de</strong>sejava, <strong>de</strong>spedirse<br />
pessoalmente <strong>de</strong> todos os seus bons<br />
paroquianos e amigos, vem por este<br />
meio oferecer lhes os seus préstimos<br />
naquela Ilha, aproveitando o ensejo<br />
para testemunhar-lhes o seu reconhecimento<br />
pelas provas <strong>de</strong> simpatia e estima<br />
que <strong>de</strong> todos recebeu.<br />
A todos, pois, os protestos sinceros<br />
da sua in<strong>de</strong>level gratidão.<br />
Santa Cruz <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, 27 6-9.<br />
Util publicação<br />
Da Imprensa da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> acaba<br />
<strong>de</strong> sair uma publicação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong><br />
; Codigo da Contribuição Predial,<br />
aprovado por <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong><br />
Junho <strong>de</strong> 1913.<br />
Custa apenas 23 centavos este volume<br />
<strong>de</strong> 160 paginas.<br />
Como trabalho tipográfico honra a<br />
imprensa on<strong>de</strong> foi feito.<br />
Bairro Operário<br />
Consta-nos que um individuo que<br />
se acha nesta cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> regresso do<br />
Brazil, vai pedir á Camara Municipal<br />
o aforamento do terreno entre a rua<br />
Martins <strong>de</strong> Carvalho e a nova rua que<br />
conduz para o mercado, afim <strong>de</strong> serem<br />
ali construídos alguns prédios para<br />
operários.<br />
Achamos bem que se dê aplicação<br />
aquele terreno, que apresenta muito<br />
mau aspecto.<br />
Seria mesmo a melhor maneira <strong>de</strong><br />
se tornar mais larga a rua Martins <strong>de</strong><br />
Carvalho, on<strong>de</strong> com muita dificulda<strong>de</strong><br />
passa um carro.<br />
Um faquista<br />
Na passada quinta-feira respon<strong>de</strong>u<br />
em policia correccional, DO tribunal<br />
<strong>de</strong>sta comarca, André Godinho, sapateiro,<br />
que em 11 <strong>de</strong> maio ultimo, <strong>de</strong>u<br />
uma facada nas costas <strong>de</strong> João da Cruz<br />
Cabelo, cocheiro, pelo que foi con<strong>de</strong>nado<br />
em 30 dias <strong>de</strong> prisão correccional<br />
e 15 <strong>de</strong> multa a 100 reis por dia.<br />
Inspecção<br />
Estiveram nesta cida<strong>de</strong> em inspecção<br />
á rê<strong>de</strong> telefónica, os primeiros<br />
oficiais dos serviços telegrafo-postais<br />
srs. Pedro dos Santos, Pessanha 9 Bizarro.
A ULTIMA IKH! \<br />
Em sessão nolurna <strong>de</strong><br />
ontem, a Camara dos Deputados<br />
regei lou o projecto<br />
da extinção da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
«te <strong>Coimbra</strong>.<br />
Que diz a isto a célebre<br />
Comissão do orçamento<br />
que fez tão estupenda<br />
proposta?<br />
Heveja-se na sua proposta<br />
!<br />
Por proposta do sr.<br />
ministro do interior, foi<br />
aprovada hoje <strong>de</strong> madrugada<br />
a proposta para o<br />
<strong>de</strong>sdobramento da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Direito.<br />
Combateram a proposta<br />
os <strong>de</strong>putados srs. Julio<br />
Martins, Celorico Gil e<br />
Dissaia Daire to, nenhum<br />
representante do circulo<br />
<strong>de</strong> coimbrã.<br />
Defen<strong>de</strong>ram a proposta<br />
os srs. drs. Afonso costa<br />
e Brito Camacho.<br />
Tribunal militar<br />
Foi mandado dissolver, por or<strong>de</strong>m<br />
telegrafica da Secretaria da Guerra, o<br />
Tribunal Militar <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> e o sr.<br />
Antonio Celestino Alves, coronel do 28,<br />
que nele <strong>de</strong>sempenhava as funções <strong>de</strong><br />
presi<strong>de</strong>nte, mandado regressar á sua<br />
unida<strong>de</strong>, na Figueira da Foz.<br />
Farmacias<br />
A'manhã estão abertas as seguintes<br />
farmacias:<br />
Rodrigues, rua do Viscon<strong>de</strong> da<br />
Luz.<br />
Feitor, Praça do Gomercio.<br />
Fernan<strong>de</strong>s Costa,^rTargo do Castelo.<br />
Ma<strong>de</strong>ira, Estrada da Beira, (Arregaça).<br />
<strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />
Na quinta-feira reuniram-se o conselho<br />
administrativo e o Senado Uni<br />
versitario para aprovação dos orçamentos<br />
das diversas faculda<strong>de</strong>s.<br />
OBITUÁRIO<br />
Funeral<br />
Chegou na quinta feira á noite a<br />
esta cida<strong>de</strong>, vindo da Suissa, o cadaver<br />
da sr. a D. Maria Sacadura Bote<br />
Pacheco, gentilissima esposa do sr.<br />
dr. Antonio Carneiro Pacheco.<br />
Na igreja <strong>de</strong> Santa Cruz era o cadaver<br />
esperado por muitas senhoras<br />
e cavalheiros. Celebraram se no dia<br />
seguinte ofícios fúnebres na mesma<br />
igreja, que se achava ornamentada <strong>de</strong><br />
preto, sendo gran<strong>de</strong> a assistência tanto<br />
<strong>de</strong> damas como outras pessoas.<br />
0 cadaver foi conduzido para o ce-<br />
. iterio da Conchada, com gran<strong>de</strong><br />
acompanhamento. -<br />
O feretro ia coberto <strong>de</strong> flores naturais.<br />
Era geral o sentimento pela morte<br />
da bondosa senhora, que morreu ek<br />
plena mocida<strong>de</strong>, apenas com ano e<br />
PíiQ <strong>de</strong> casada o aos 20 anos apenas.<br />
No funeral tomaram parte mais<br />
<strong>de</strong> sessenta senhoras.<br />
Um guarda fiscal acompanhou o<br />
cadaver <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fronteira até ao cemiterio<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, on le o feretro ficou<br />
<strong>de</strong>positado em jazigo <strong>de</strong> familia.<br />
•<br />
Faleceu a mãe do sr. Jacinto Betencourt,<br />
antigo paofessor da Escola<br />
Nacional <strong>de</strong> Agricultura, e da viuva<br />
do sr. Antonio Julio <strong>de</strong> Campos.<br />
O nosso pesame.<br />
Sarau<br />
Já se não realisa o sarau promovido<br />
pelo Centro do Partido Bepublicano<br />
Português, <strong>de</strong>stinado a fornecer<br />
um bodo aos pobres por ocasião das<br />
festas da cida<strong>de</strong>.<br />
Preso politico<br />
Pelo comando da 5. a divisão do<br />
exercito foi mandado pôr em liberda<strong>de</strong><br />
o preso politico José Fernan<strong>de</strong>s<br />
Soares, <strong>de</strong>tido na Penitenciaria daqui.<br />
Ponte da Portela<br />
No 1.° <strong>de</strong> Julho principia a abolição<br />
dos direitos <strong>de</strong> portagem da ponte<br />
da Portela. Ha tanto tempo e tantas<br />
vezes que isto se pedia!<br />
Camara Municipal<br />
Não reuniu esta semana este corpo<br />
administrativo, por falta <strong>de</strong> numero.<br />
CEMITERIO DA CONCHADA<br />
Foram enterrados neste cemiterio<br />
os seguintes cadaveres:<br />
José Ferreira Brandão, filho <strong>de</strong><br />
Adriano da Costa Brandão e <strong>de</strong> Maria<br />
Julia dos Santos Brandão, <strong>de</strong> Coim<br />
bra, <strong>de</strong> 19 anos, sepultado no dia 19.<br />
José Trinda<strong>de</strong>, filho <strong>de</strong> Augusto<br />
Ferreira, da Trinda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> Mana da<br />
Boa Morte, <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong> 20 dias,<br />
sepultado no dia 20.<br />
Maria da Encarnação Ruas Vilaça,<br />
filha <strong>de</strong> João <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Ruas e <strong>de</strong><br />
Lucinda Augusta Ruas, <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />
<strong>de</strong> 33 anos, sepultada no dia 23.<br />
Manuel Manso, filho <strong>de</strong> Alfredo<br />
Marques Manso e <strong>de</strong> Maria José Maria<br />
Manso, <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong> 18 mêses, se<br />
pultado no dia 23.<br />
Foram sepultados mais 4 cadaveres<br />
no cemiterio dos in<strong>de</strong>gentes.<br />
Cansara Municipal <strong>de</strong> Mira<br />
A Camara Municipal do concelho <strong>de</strong><br />
Mira: —<br />
Faz publico que, no dia 19 <strong>de</strong> Julho<br />
proximo pelas 12 horas, arrematará,<br />
se assim convier aos interesses<br />
do município, a construção dum edifício<br />
que ha <strong>de</strong> servir para Paços do<br />
Concelho e a adjudicará a quem por<br />
menor quantia <strong>de</strong>clarar faze-la.<br />
A base para a licitação é <strong>de</strong> ri is<br />
8:630)$000.<br />
O <strong>de</strong>posito provisorio é <strong>de</strong> 2,5 °/o<br />
sobre aquela importancia.<br />
As propostas são em carta fechada,<br />
conforme o mo<strong>de</strong>lo da 4. a<br />
clausula das respectivas condições e<br />
entregues na secretaria da Camara.<br />
O projecto, orçamento e mais condições<br />
encontram-se patentes na secretaria<br />
da Camara, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser<br />
examinados todos os dias úteis até<br />
àquela data.<br />
Mira e Secretaria da Camara Municipal,<br />
14 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1913.<br />
O Presi<strong>de</strong>nte,<br />
José Jem Pereira d'Çlmra,<br />
GAZETI DE COIMBRA, <strong>de</strong> «8 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 19t3<br />
tmrniir<br />
wmss^&sm<br />
Montemor-o-Velho, 26-6-913. — A<br />
agua <strong>de</strong>nominada do Cano é proprieda<strong>de</strong><br />
da camara e vem canalisada <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o sitio, com o mesmo nome, até ao<br />
chafariz publico no Largo Diogo <strong>de</strong><br />
Azambuja; e dali, on<strong>de</strong> ha o <strong>de</strong>posito<br />
geral, seguia até outro chafariz que<br />
existia na Praça.<br />
Hoje, porém, a canalisação está<br />
quasi toda inutilizada, mas contudo<br />
ainda vem, <strong>de</strong>ixando-a, até á casa <strong>de</strong><br />
Braz Maranha.<br />
Noutros tempos aproveitavam-se<br />
da agua todos inquilinos, por on<strong>de</strong> ela<br />
passava, o que concorria para a limpêsa<br />
e utilida<strong>de</strong> dos interessados;<br />
hoje, porém, a camara tem abandonado<br />
esse direito, não só com prejuízo<br />
para o abastecimento d'agua para o<br />
chafariz, como também para os quintais<br />
dos aludidos confinantes e isto<br />
por quê ?l Porque <strong>de</strong>la se aproveitam<br />
aqueles que estão mais perto don<strong>de</strong> ela<br />
aparece no Cano, <strong>de</strong>sviando a psra os<br />
seus prédios.<br />
Ora é preciso que todos se aproveitem<br />
<strong>de</strong>la, sem interromper o seu<br />
curso e que a chave do <strong>de</strong>posito, junto<br />
do chafariz, esteja em po<strong>de</strong>r da<br />
camara para ali se faztr a divisão da<br />
agua para os diversos canos, <strong>de</strong> forma<br />
a beneficiar todos.<br />
Não se conheçam só os munici; es<br />
para lhe exigir as contribuições, mas<br />
também para quanto possível os beneficiar.<br />
A canalisação carece d'obras, façam-se<br />
e cada inquilino quando muito<br />
que pague essa <strong>de</strong>spesa, para não<br />
sobrecarregar a camara; e esta que<br />
puna qualquer que damnificar, pois<br />
especialmente na esquina do Lagar<br />
tem por varias vezes arrombado o<br />
cano.<br />
A cada um os seus direitos e <strong>de</strong>veres.<br />
— Estão aqui alguns policias para<br />
evitar as proesas dos gatunos. Talvez<br />
fosse mais radical um policia secreta,<br />
com bastante pratica.<br />
— Parece que no dia 6 <strong>de</strong> julho<br />
vai á scena a opereta Intrigas no Bairro<br />
e a comedia Almas do outro mundo,<br />
pelo Grupo Dramatico Ester <strong>de</strong> Carvalho,<br />
<strong>de</strong>sta vila, e serão inaugurados<br />
os retratos do sr. Benedito Galvão e<br />
Ester <strong>de</strong> Carvalho.<br />
E' um acto <strong>de</strong> justiça, especialmente<br />
quanto ao primeiro, a qu?m o<br />
Monte-Pio <strong>de</strong>ve a direcção das obras<br />
da construção da sua sé<strong>de</strong> que em si<br />
reúne o belo, util e agradavel; o grupo<br />
antecipcu-se numa manifestação<br />
simpatica <strong>de</strong> gratidão que estava já<br />
projectada pela direcção do Monte-Pio.<br />
A respeito dos relevantes serviços<br />
prestados por Sua Ex. a , nesta terra,<br />
po<strong>de</strong>ríamos dizer muito, mas receamos<br />
ferir a sua modéstia e só lamentamos<br />
que não tenha conseguido levar a<br />
efeito todos os seus bons <strong>de</strong>sejos que<br />
engran<strong>de</strong>ceriam esta terra, sendo ás<br />
vezes correspondido com ingratidão.<br />
— C.<br />
AMA DE LEITE<br />
Oferece-se uma ama <strong>de</strong> leite.<br />
E' robusta e sadia, não se importando<br />
ir para fóra.<br />
Procurar por Bomana Macflues —<br />
Rua <strong>de</strong> Montarroio, 23.<br />
MEIO CAIXEIRO<br />
Precisa-se dum com pratica <strong>de</strong><br />
mercearia e vinhos.<br />
Tratar com Fausto Pinto Amado,<br />
Bua Eduardo Coelho-<br />
A SÍFILIS<br />
Moléstias <strong>de</strong> pele, reumatismo sifilitico, chagas cancerosas e todas as<br />
provenientes <strong>de</strong> sangue impuro, curam-se com<br />
O DEPURATOL<br />
(IIAIttA REGIiTáUA)<br />
— EM FORMA DE PÍLULAS —<br />
Que sobre todos os outros <strong>de</strong>purativos ou tisanas tem as seguintes vantagens, que absolutamente garantimos:<br />
1. a — Não exigir dieta especial.<br />
2.» — Não ser purgativo, evitando assim o incomodo e ainda o estado <strong>de</strong> fraquêsa em que ficam os<br />
doentes tratados com todos os <strong>de</strong>purativos purgantes.<br />
3. a — Não arruinar nem sequer alterar o organismo do doente.<br />
4. a —Substituir com vantagem o 606 e as fricções e injecções mercuriais.<br />
_ Não ter nenhum sabor, visto que cada pilula se toma com um gole <strong>de</strong> agua.<br />
6. 3 — Ir acondicionado num pequenino tubo <strong>de</strong> buxo, <strong>de</strong> forma a po<strong>de</strong>r andar até na algibeira do colete.<br />
7#a_]Níão ser em regra precisos mais <strong>de</strong> 6 tubos para um tratamento completo, o que representa uma<br />
gran<strong>de</strong> economia, sendo raríssimos os casos em que seja preciso tomar mais alguns.<br />
8.» — Fazer sentir gran<strong>de</strong>s melhoras logo ao primeiro ou segundo tubo, melhoras que só por si valorisam<br />
o medicamento.<br />
9. s — Abrir o apetite e dar o bem estar ao doente.<br />
São estas as vantagens <strong>de</strong>ste tratamento sobre todos os outros, que po<strong>de</strong>rão ser confirmadas por milhares<br />
<strong>de</strong> pessoas que, sem exagero, teem tomado este preparado. Qualquer chaga ou placa sifilitica <strong>de</strong>saparece a<br />
olhos vistos, como por encanto, com este <strong>de</strong>purativo. Quem tiver a má sina <strong>de</strong> apanhar o cancro duro e<br />
tomar o DEPURATOL, garantimos que fica livre, para sempre, da mais ligeira manifestação. Em face<br />
disto só é sifilitico e só gasta dinheiro inutilmente quem quer. Que o saibam todos 1<br />
Tubo com 36 pilulas (9 a 12 dias <strong>de</strong> tratamento), 1$000 réis; 6 tubos, 5$000 réis. Pelo correio, franco<br />
<strong>de</strong> porte. Todas as instruções vão juntas aos tubos.<br />
A' venda em todas as boas farmácias. DEPOSITO GERAL<br />
F A R M A C I A N O B R E<br />
35 — Rua da Mouraria — 37.<br />
nr<br />
-H véndaj<br />
em todas as phermadas e drogarias.<br />
V E M t & E - S J E<br />
A casa pertencente aos her<strong>de</strong>i, J:,<br />
do falecido general medico, dr. Eduardo<br />
<strong>de</strong> Jesus Teixeira, situada na Bua<br />
Fernan<strong>de</strong>s Tomaz, <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> e uma<br />
quinta na Cegonheira, freguezia <strong>de</strong> Antanhol,<br />
composta <strong>de</strong> terra <strong>de</strong> rfga com<br />
arvores <strong>de</strong> fruto e casa para habitação,<br />
pateo, currais para gado, etc., perten<br />
cente também aos mesmos her<strong>de</strong>iros.<br />
Para tratar, no cartorio do advogado<br />
<strong>de</strong>sta comarca, Gaspar <strong>de</strong> Matos,<br />
na Rua Ferreira Borges — <strong>Coimbra</strong>.<br />
COMPRA-SE<br />
um guarda louça ou aparador, em segunda<br />
mão. Nesta redacção se diz.<br />
Socieda<strong>de</strong> cooperativa dos<br />
caçadores <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />
Socieda<strong>de</strong> anónima <strong>de</strong> respensabilidada limitada<br />
Por or<strong>de</strong>m do sr. Presi<strong>de</strong>nte da<br />
Assembleia Geral é convocada a mesma<br />
a reuoir em 30 do corrente, pelas<br />
8 horas da noite, na sé<strong>de</strong> do TIRO E<br />
SPORT, Avenida Sá da Ban<strong>de</strong>ira, para<br />
:<br />
Resolver sobre a oportunida<strong>de</strong> da<br />
dissolução da socieda<strong>de</strong>, caso não haja<br />
capital subscrito.<br />
Não havenio numero legal, fica<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já feita nova convocação para o<br />
dia 16 <strong>de</strong> Julho proximo, á mesma<br />
hora e no mesmo local.<br />
<strong>Coimbra</strong>, 14 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1913.<br />
O Secretario,<br />
Franciscc Alfena.<br />
Empreitada<br />
O Musêu <strong>de</strong> Zoologia da Universi :<br />
da<strong>de</strong> faz publico que abre praça pelas<br />
12 horas do dia 6 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1913,<br />
para a arrematação em hasta publica<br />
<strong>de</strong> três corpos <strong>de</strong> armarios envidraçados<br />
para o mesmo Musêu.<br />
Neste estabelecimento acham-se<br />
patentes o programa do concurso da<br />
empreitada, ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos e<br />
respectivos <strong>de</strong>senhos.<br />
<strong>Coimbra</strong>, 16 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1913.<br />
0 Director do Musêu <strong>de</strong> Zoologia,<br />
Bernardo Ayres.<br />
BALÕES<br />
Ven<strong>de</strong>m-se, em lodos os<br />
na rua Direita, 31-1." andar.<br />
Preços modicos,<br />
& M A R T I N S<br />
-LISBOA<br />
DEL DR.VKÊÉS GfiRCIfi <strong>de</strong>MoNlE/IDEO<br />
Reconhectíocon<br />
— recOPS'<br />
mais po<strong>de</strong>roso e jmds pápido.<br />
Cura a anemia e as fraquesas nervosas íarna rápidas as<br />
conualescencias e festimub o ap( •Me.<br />
Depósifarios geraes ——<br />
feitios,<br />
d<br />
jRpda QS^aQUSBOa-í<br />
• s<br />
Ãrrema4ação<br />
fi. a publicação•)<br />
No dia 13 <strong>de</strong> Julho proximo,<br />
por 11 horas, na rna<br />
Eduardo Goelho, <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> e<br />
estabelecimento comercial <strong>de</strong><br />
Leandro José da Silva, <strong>de</strong>sta<br />
mesma cida<strong>de</strong>, se hão <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r<br />
em leilão todos os generos e objectos<br />
existentes no mesmo estabelecimento,<br />
como: licores <strong>de</strong><br />
diversas qualida<strong>de</strong>s, cognacs, vinhos<br />
finos, genebras, e outros<br />
artigos <strong>de</strong> mercearia.<br />
Esta venda é feita por virtu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> carta precatória vinda<br />
da oomarca do Porto e extraída<br />
duma execução <strong>de</strong> sentença comercial<br />
movida pela firma Soares<br />
& Cunha, daquela cida<strong>de</strong>,<br />
contra o referido comerciante<br />
Leandro José da Silva e sua mulher.<br />
São citados para a praça<br />
quaisquer credores incertos 1<br />
<strong>Coimbra</strong> 21 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong><br />
1913.<br />
O escrivão do 4.' oficio,<br />
Artur <strong>de</strong> Freitas Campos.<br />
Verifiquei a exactidão.<br />
O Juiz substituto,<br />
Clemente <strong>de</strong> Mendonça.<br />
Palha enfardada<br />
<strong>de</strong> l . a qualida<strong>de</strong><br />
Ven<strong>de</strong>m<br />
FRANCISCO FERREIRA & C. A<br />
Rua da Moeda, 79-81<br />
COIMBRA<br />
OLEO PURO<br />
DE<br />
FIBAB0 DG BACALHAU<br />
(TERRA NOVA)<br />
Executa encomendas directamente<br />
JOAQUIM DE SOUSA GOMES<br />
Rua Engenheiro Silva<br />
FIGUEIRA DA FOZ<br />
- Lui,<br />
- Concessionário -<br />
Andreu - BARCELONA.<br />
LOMBRIGA SOLHARIA<br />
CURA GERTA em 2 HORAS com O»<br />
GLOBULOS<br />
SECRETAN<br />
REMEDIO INFALLIVEL<br />
Adoptado nos Huspittts <strong>de</strong> ftrll<br />
CASA<br />
PARIS: 17, Rae Cadat<br />
ARRENDA-SE<br />
uma casa explendida<br />
no melhor local do Tovim.<br />
A casa é nova e tem comodos<br />
para familia em tratamento.<br />
Trata-se com seu dono Antonio<br />
dos Satos,n no mesmo local.<br />
VENDE-SE<br />
Uma maquina fotografica, 13X18.<br />
Lente d'auctor. Ven<strong>de</strong>-se com todos<br />
os pertences.<br />
Vêr na Fotografia União, Avenida<br />
Navarro.<br />
ALVIÇARAS<br />
Dão-se a quem dér informação da<br />
igreja, capela, ou proprieda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong><br />
se encontra uma figura <strong>de</strong> pedra, <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>sa aproximadamente meta<strong>de</strong> do<br />
natural, e que representa um santo<br />
sentado, escrevendo sobre uma tira<br />
<strong>de</strong> pergaminho.<br />
Rua dos Coutinhos, n. 32.®<br />
PREVENÇÃO<br />
Francisco Pedro, resi<strong>de</strong>nte,<br />
no Brasil e sua mu!hr,' v "<br />
Ferreira da Silvr"<br />
das as pessr<br />
litar-se<br />
nora, c<<br />
Joana<br />
com José (_<br />
tela do Mori.<br />
consequenoL<br />
que este haja ,<br />
fazer sobre os berit.<br />
sua dita mulher e q„<br />
filho pertencem.<br />
<strong>Coimbra</strong>, 24 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong><br />
191c.<br />
FRANCISCO MENDES PIMENTEL<br />
SOLICITADOR ENCARTADO<br />
Rua da Sofia, n.° 70, — £ f
i a<br />
i<br />
iy y<br />
® £ a<br />
3 S N<br />
Kâã ii<br />
S^Í<br />
id is<br />
Joaquim Men<strong>de</strong>s Macedo<br />
Gran<strong>de</strong> sortido em panos<br />
<strong>de</strong> linho e atoalhados,<br />
<strong>de</strong> (juiEoarães.<br />
®<br />
Oonertores <strong>de</strong> lã e algodão;<br />
lãs :!ora vestidos,<br />
wn prcti e cor; camisola».:<br />
peúgas em lã e algodão,<br />
para homens e<br />
creanças; meias para senhoras<br />
G creanças.<br />
9<br />
Casimiras e cheviotes<br />
para fatos d'homem.<br />
©<br />
Paaos brancos e crus<br />
enfestados; boas pr.nos<br />
fíiiiiiiias e acambraiados<br />
para enxovnis; mantilhas<br />
e lenços <strong>de</strong> seda; sombriahas<br />
e guarda-chuvas<br />
para homens e senhoras.<br />
90, Riu; do Viscon<strong>de</strong> da Luz, 92<br />
LI .M9 : V s /i<br />
.MPÃS t<br />
«AfflETA ©E COIMBRA, <strong>de</strong> »8 <strong>de</strong> Junho dé 1913<br />
Telefone 437<br />
Calçado para ; razer em<br />
casa, em liga, carneira,<br />
lona e feltro.<br />
0<br />
Calçado para creanças.<br />
«<br />
Camisas<br />
Colarinhos.<br />
Gravatas<br />
e<br />
Luvas<br />
Mandam-se amostras<br />
a quem<br />
as requisitar<br />
VENDAS A DINHEIRO<br />
Depósito das bem conhecidas e acreditadas maquinas memória. E' a maquina <strong>de</strong> costura<br />
mais perfeita, mais sólida, elegante e silenciosa. Coza, borda e executa com inegualavel perfeição<br />
os mais difíceis trabalhos <strong>de</strong> costura. Vendas a prestações e a pronto pagamento, com gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>scontos. Ha sempre à venda: agulhas, oleo e outras peças, em separado, por preços módicos.<br />
SIFILÍTICOS<br />
ESTAMOS NA PRIMAVERA<br />
levitai, portanto, as manifestações<br />
sifiliticas, tão frequentes<br />
nesta estação do ano, tomando<br />
o mais po<strong>de</strong>roso preventivo<br />
e único purificador <strong>de</strong> sangue<br />
DEPURATOL-.<br />
(UK ' -IGEM ALEMÃ)<br />
St, mui vantagem sobre' to*,<br />
dos os 'trós dapuí ativoí> e iúar.as!<br />
I"i:-p3.M(l