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Aula 2: Conforto Térmico - UFSC

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Desempenho <strong>Térmico</strong> de edificações<br />

<strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

PROFESSOR<br />

Roberto<br />

Lamberts<br />

ECV 5161<br />

<strong>UFSC</strong><br />

FLORIANÓPOLIS


+ humanas<br />

+ ambientais<br />

+ outras<br />

variáveis<br />

+ modelos<br />

+ normas<br />

cálculo<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

estrutura<br />

2<br />

42


”conforto térmico é o estado<br />

da mente que expressa satisfação<br />

do homem com o ambiente<br />

térmico que o circunda”. ASHRAE<br />

(American Society of Heating, Refrigeration and<br />

Air Conditioning Engineers)<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

definição<br />

3<br />

42


A insatisfação com o ambiente térmico pode ser causada pela sensação de<br />

desconforto por calor ou frio quando o balanço térmico não é estável, ou seja,<br />

quando há diferenças entre o calor produzido pelo corpo e o calor perdido para o<br />

ambiente<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

definição<br />

4<br />

42


Neutralidade térmica: Estado físico no qual todo o calor gerado pelo organismo<br />

através do metabolismo é trocado na mesma proporção com o ambiente ao redor,<br />

não havendo nem acúmulo de calor, nem perda excessiva do mesmo, mantendo a<br />

temperatura corporal constante<br />

<strong>Conforto</strong><br />

térmico<br />

Neutralidade<br />

térmica<br />

neutralidade térmica é uma condição necessária, mas não suficiente para que<br />

uma pessoa esteja em conforto térmico. Um indivíduo que estiver exposto a um<br />

campo assimétrico de radiação, pode estar em neutralidade térmica, porém não<br />

estará em conforto térmico<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

definição<br />

5<br />

42


Fatores pelos quais os estudos de conforto térmico são importantes:<br />

1. A satisfação do homem, permitindo-lhe se sentir termicamente confortável<br />

2. A performance humana: As atividades intelectuais, manuais e perceptivas,<br />

geralmente apresentam um melhor rendimento quando realizadas em conforto<br />

térmico<br />

3. A conservação de energia: Ao conhecer as condições e os parâmetros<br />

relativos ao conforto térmico dos ocupantes do ambiente, evitam-se desperdícios<br />

com aquecimento e refrigeração.<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

definição<br />

6<br />

42


variáveis de conforto<br />

variáveis<br />

humanas<br />

MET: Metabolismo<br />

CLO: Vestimenta<br />

variáveis<br />

ambientais<br />

Tar: Temperatura do ar<br />

Trad: Temp Média Rad.<br />

Vel: Velocidade do ar<br />

RH: Umidade relativa<br />

Outras...<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

Idade<br />

Altura<br />

Sexo<br />

Peso<br />

variáveis – cálculo<br />

7<br />

42


VARIÁVEIS DE CONFORTO - HUMANAS<br />

+<br />

. MET<br />

. CLO<br />

A temperatura<br />

interna do corpo<br />

humano é<br />

praticamente<br />

constante,<br />

variando<br />

aproximadamente<br />

de 36 a 37°<br />

A quantidade de calor liberado pelo organismo ocorre em função da<br />

atividade desenvolvida. Este calor será dissipado através de<br />

mecanismos de trocas térmicas entre o corpo e o ambiente,<br />

envolvendo:<br />

- Trocas secas: condução,<br />

convecção, radiação.<br />

(calor sensível)<br />

- Trocas úmidas: evaporação.<br />

Respiração e Transpiração<br />

(calor latente)<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

8<br />

42


SISTEMA TERMORREGULADOR HUMANO<br />

Diagrama da regulação térmica humana autônoma e comportamental<br />

+ 9<br />

Adaptado de:Hensen (1991)<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

• Variável controlada: valor integrado<br />

de temperaturas internas (próximas<br />

do sistema nervoso central e núcleo)<br />

e as temperaturas da pele.<br />

• Sistema controlado: é influenciado<br />

pela temperatura interna (geração<br />

interna de calor/metabolismo) e<br />

externa (calor ou frio originado pelo<br />

ambiente).<br />

• As perturbações na temperatura de<br />

um ambiente são rapidamente<br />

detectadas pelos termorreceptores<br />

da pele.<br />

42


SISTEMA TERMORREGULADOR HUMANO<br />

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Temperatura Corporal<br />

Zonas de respostas fisiológicas<br />

43° C<br />

39° C<br />

37° C<br />

35° C<br />

31° C<br />

Vasodilatação<br />

Vasoconstrição<br />

Temperatura Corporal<br />

Acima de 43°C – Situação Letal<br />

Acima de 39°C – Ocorre a perda<br />

da eficiência no trabalho<br />

Acima de 37°C – Inicia-se o<br />

fenômeno do suor<br />

Abaixo de 36°C – Inicia-se o<br />

reflexo de arrepio<br />

Abaixo de 35°C – Ocorre a perda da<br />

eficiência no trabalho<br />

Abaixo de 31°C – Situação Letal<br />

Aproximadamente 36,5°C<br />

+ 10<br />

Adaptado de: Longman, Inc., (2001)<br />

42


Os mecanismos termorreguladores são ativados quando as condições térmicas do<br />

meio ultrapassam certas faixas de frio ou calor.<br />

Frio: Evitar perdas térmicas do corpo e aumentar a produção interna de calor.<br />

Perdas de calor por radiação<br />

e convecção<br />

Pele mais rugosa<br />

orgão interno<br />

Perdas de calor por<br />

convecção<br />

Vasoconstrição periférica Arrepio Aumento do metabolismo<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

11<br />

42


Mecanismos instintivos e culturais para proteção do frio<br />

Mecanismos instintivos Mecanismos culturais<br />

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12<br />

42


Calor: Incrementar as perdas térmicas do corpo e reduzir a produção interna de calor<br />

Perdas de calor por radiação<br />

e convecção<br />

Boa<br />

evaporação<br />

Pouca<br />

evaporação<br />

Vasodilatação periférica Suor Redução do metabolismo<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

13<br />

42


Mecanismo instintivos e culturais para proteção contra o calor<br />

Mecanismos instintivos Mecanismos culturais<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

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Através do metabolismo o organismo adquire energia a partir de elementos combustíveis orgânicos. A<br />

quantidade de energia liberada depende da quantidade de atividade muscular (Quanto maior a atividade<br />

física, maior o metabolismo).<br />

MET: unidade utilizada para descrever a energia produzida por unidade de área de uma pessoa em repouso (1 MET = 58W/m²)<br />

Taxa metabólica para diferentes atividades. ISO 7730 (2005)<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

15<br />

42


Vestimenta impõe uma resistência térmica entre o corpo e o meio, representando uma barreira<br />

para as trocas de calor por convecção<br />

Índice de resistência térmica para vestimentas<br />

segundo ISO 7730 (2005<br />

CLO: Unidade de medição da resistência térmica da<br />

roupa. (1 clo = 0.155m²°C/W)<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

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42


VARIÁVEIS DE CONFORTO - AMBIENTAIS<br />

+<br />

O corpo humano não<br />

sente a temperatura<br />

de um quarto, e sim a<br />

perda ou ganho de<br />

energia do corpo no<br />

espaço<br />

As condições do ambiente relacionadas com o conforto são:<br />

+ Temperatura do ar<br />

+ Temperatura média radiante<br />

+ Umidade relativa do ar<br />

+ Velocidade do ar<br />

A influência dos quatro parâmetros na perda ou ganho de energia não é<br />

igual, sendo que a temperatura do ar e temperatura média radiante tem<br />

a maior importância. Porem não é suficiente medir só um deles.<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

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42


Temperatura do ar: Também chamada TBS (temperatura de bulbo seco)<br />

A sensação de conforto baseia-se na<br />

perda de calor do corpo através da<br />

diferença de temperatura entre a pele<br />

e o ar. As massas de ar são aquecidas em<br />

virtude do contato com a pele,<br />

permitindo a perda de energia do corpo.<br />

O ar mais quente torna-se mais leve e<br />

sobe enquanto o mais frio desce,<br />

proporcionando uma sensação de<br />

resfriamento do ambiente graças a<br />

movimentação do ar conhecida como<br />

convecção natural.<br />

Pei-Chun Liu (et al) “Evaluation of buoyancy-driven ventilation in<br />

atrium buildings using computational fluid dynamics and<br />

reduced-scale air model”.<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

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42


Temperatura média radiante: Temperatura uniforme de um ambiente imaginário<br />

no qual a troca de calor por radiação é igual ao ambiente real não uniforme.<br />

Trocas entre um ambiente real e o corpo e entre um ambiente<br />

imaginário e o mesmo corpo, através da temperatura média<br />

radiante. Fonte: innova.dk<br />

Trocas de calor entre diferentes corpos<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

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42


Umidade relativa do ar (UR): fornece a quantidade de vapor de água no ar em<br />

relação à quantidade máxima que pode conter a uma determinada temperatura.<br />

À medida que a temperatura do meio se<br />

eleva, dificultando as perdas por convecção e radiação, o<br />

organismo aumenta sua eliminação por<br />

evaporação. Quanto maior a UR, menor a<br />

eficiência da evaporação na remoção do<br />

calor.<br />

A UR é utilizada para determinar a<br />

umidade absoluta (expressa em termos de pressão<br />

parcial de vapor), parâmetro que permite<br />

determinar as trocas por evaporação<br />

entre o homem e o ambiente.<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

21<br />

42


Velocidade do ar<br />

Parâmetro que modifica as trocas de calor por convecção e evaporação de uma pessoa,<br />

retirando o ar quente e a água em contato com a pele com maior eficiência, reduzindo a<br />

sensação de calor. (quanto maior for, maior será a sensação de perda de calor).<br />

UMIDADE RELATIVA<br />

DO AR<br />

+<br />

VELOCIDADE<br />

DO AR<br />

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=<br />

PERDA DE CALOR<br />

POR EVAPORAÇÃO<br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

22<br />

42


Equipamentos para medição das variáveis ambientais<br />

sensor<br />

Temperatura do ar<br />

Anemômetro<br />

Termo anemômetro<br />

Termômetro de globo.<br />

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Psicrômetro giratório<br />

para medição<br />

de TBS e TBU<br />

Velocidade do ar Temp. de Globo Umidade relativa<br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

23<br />

42


Cálculo da temperatura radiante média: pode se calcular através da T. globo e T. do ar<br />

Onde:<br />

Hcg é o coeficiente de troca de<br />

calor por convecção do<br />

globo;<br />

ΔT é a diferença de temperatura<br />

(tg - ta)<br />

D é o diametro do globo<br />

(normal/ 15cm)<br />

V é a Velocidade do ar (m/s)<br />

Coeficiente de troca de calor por convecção:<br />

Utiliza se para definir a equação a ser adotada<br />

no cálculo da temperatura radiante média<br />

Onde:<br />

* * *<br />

* * *<br />

tg é a temperatura de termômetro de globo (C°);<br />

ta é a temperatura do ar (°C);<br />

V é a Velocidade do ar (m/s)<br />

Dependendo do “Coeficiente de troca de calor” que for maior,<br />

adota se a temperatura radiante média para a forma de<br />

convecção correspondente a esse coeficiente<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

24<br />

42


Cálculo da umidade relativa: carta psicrométrica<br />

Temperatura bulbo seco (°C)<br />

Umidade relativa<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

25<br />

42


VARIÁVEIS DE CONFORTO - OUTRAS<br />

+<br />

+ Idade<br />

+ Raça<br />

+ Hábitos alimentares<br />

+ Altura<br />

+ Sexo<br />

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26<br />

42


Métodos de Avaliação de <strong>Conforto</strong><br />

+ + Modelo Estático<br />

+ Modelo Adaptativo<br />

As pesquisas de conforto térmico e os métodos de avaliação estão<br />

divididos em dois grandes grupos:<br />

Pesquisas em Câmaras<br />

Climatizadas (Método Estático)<br />

Realizadas no interior de<br />

ambientes totalmente<br />

controlados pelo pesquisador,<br />

onde as variáveis ambientais e<br />

pessoais podem ser o<br />

manipuladas<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

Pesquisas de Campo<br />

(Método Adaptativo)<br />

Realizadas em situação real,<br />

onde o pesquisador não<br />

interfere no andamento das<br />

atividades e nas variáveis<br />

ambientais<br />

27<br />

42


Métodos de Avaliação de <strong>Conforto</strong><br />

+<br />

+ Modelo Estático<br />

+ Modelo Adaptativo<br />

Modelo Estático<br />

“... Para dado nível de atividade, a temperatura média da pele (ts) e<br />

a taxa de secreção do suor (Esw) podem ser consideradas como as<br />

únicas variáveis fisiológicas que influem sobre o equilíbrio de calor<br />

na equação do conforto térmico...”<br />

(Ole Fanger, 1970)<br />

Modelo Adaptativo<br />

“... A temperatura de conforto não é uma constante, e sim varia de<br />

acordo com a estação, e temperatura a que as pessoas estão<br />

acostumadas...”<br />

(Michael A.Humphreys, 1979)<br />

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28<br />

42


Modelo Estático – Baseado no balanço de calor, modelo utilizado nas avaliações em ambientes<br />

condicionados artificialmente.<br />

PMV: O “voto médio predito” é um índice que prevê um valor médio de sensação térmica de um grande grupo de<br />

pessoas, segundo a escala de de 7 pontos (ASHRAE). Foi criado através de análises estatísticas de acordo com<br />

resultados obtidos por Fanger (1972) em estudos na Dinamarca em câmaras climatizadas.<br />

+3<br />

+2<br />

+1<br />

0<br />

-1<br />

- 2<br />

-3<br />

•Muito quente<br />

•Quente<br />

•Levemente quente<br />

•Neutro<br />

•Levemente frio<br />

•Frio<br />

•Muito frio<br />

A escala sétima da ASHRAE, ou escala de sete<br />

pontos é utilizada para determinação real das<br />

sensações térmicas das pessoas<br />

A sensação térmica de um indivíduo é representada<br />

pela equação do PMV<br />

Onde:<br />

PMV= voto médio estimado ou voto de sensação de conforto<br />

térmico<br />

M= Atividade desempenhada pelo individuo<br />

L= Carga térmica atuante sobre o corpo<br />

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v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

29<br />

42


Modelo Estático<br />

Substituindo o valor de “L” a equação do PMV fica da forma a seguir:<br />

Onde:<br />

M = Taxa metabólica, em W/m2,<br />

W = Trabalho mecânico, em W/m2, sendo nulo para a maioria das atividades,<br />

Icl = Resistência térmica das roupas, em m2.ºC/W,<br />

fcl = Razão entre a área superficial do corpo vestido, pela área do corpo nú,<br />

ta = Temperatura do ar, em ºC,<br />

tr = Temperatura radiante média, em ºC,<br />

var = Velocidade relativa do ar, em m/s,<br />

pa = Pressão parcial do vapor de água, em Pa,<br />

hc = Coeficiente de transferência de calor por convecção, em W/m2.ºC,<br />

tcl = Temperatura superficial das roupas, em ºC.<br />

Pode ser obtida a partir do MET<br />

(1MET=58,2W/m²)<br />

Pode ser obtida a partir do CLO<br />

(1CLO=0,155m².C/W)<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

30<br />

42


Modelo Estático<br />

Devido à variação biológica entre as pessoas, é impossível que todos os ocupantes de<br />

um ambiente se sintam termicamente confortáveis ao mesmo tempo. O PPD (porcentagem<br />

de pessoas insatisfeitas) estabelece a quantidade estimada de pessoas insatisfeitas dentro de<br />

um mesmo ambiente.<br />

PMV e PPD<br />

O PPD se baseia na percentagem de um<br />

grande grupo de pessoas que gostariam<br />

que o ambiente estivesse mais quente ou<br />

mais frio (voto +3, +2 ou -3 e -2, na escala<br />

sétima de sensações). Ele pode ser<br />

determinado analiticamente (conforme a<br />

equação abaixo em função do PMV), ou<br />

extraído da figura a seguir:<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

31<br />

42


Modelo Adaptativo<br />

Dúvidas quanto a validação dos resultados aplicando o modelo estático em regiões quentes e<br />

úmidas iniciaram discussões que deram origem ao modelo adaptativo...<br />

Ajustes<br />

Comportamentais/<br />

Tecnológicos<br />

Adaptação<br />

ao clima<br />

interno<br />

Aclimatação<br />

Adaptação<br />

fisiológica ao<br />

clima<br />

Os 3 componentes de adaptação ao clima interno.<br />

Adaptado de: de Dear, Brager e Cooper (1997)<br />

Habituação<br />

Adaptação<br />

psicológica/difere<br />

ntes expectativas<br />

Princípio básico do modelo adaptativo:<br />

ao ocorrer uma mudança de temperatura<br />

que gera desconforto, as pessoas reagem de<br />

forma a restaurar o conforto térmico.<br />

Neste modelo são considerados outros<br />

fatores além dos da física e fisiologia:<br />

Demografia (gênero, idade, classe social), contexto<br />

(composição da edificação, estação, clima) e cognição<br />

(atitudes, preferências e expectativas).<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

32<br />

42


Modelo Adaptativo<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

33<br />

42


Modelo Adaptativo<br />

Categorias da adaptação:<br />

• Ajustes Comportamentais: Modificações conscientes ou inconscientes<br />

- Ajustes pessoais: roupa, atividade, postura;<br />

- Ajustes Tecnológicos ou Ambientais: Fechar/Abrir janelas, ligar o ventilador;<br />

• Ajustes Fisiológicos: Mudanças nas respostas fisiológicas<br />

- Adaptações genéticas: herança genética de um indivíduo ou grupo de pessoas;<br />

- Aclimatação: mudanças inerentes ao sistema termo-regulador;<br />

•Ajustes Psicológicos: Percepções e reações das informações sensoriais<br />

- Habituação, exposição repetitiva ou crônica, que conduz a uma diminuição da<br />

intensidade da sensação evocada anteriormente.<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

34<br />

42


Modelo Adaptativo<br />

A nova versão da norma americana ASHRAE Standard 55-2010 apresenta um método opcional para<br />

determinação condições térmicas aceitáveis em espaços naturalmente ventilados.<br />

Limites aceitáveis da temperatura operativa (zona de conforto) para espaços<br />

condicionados naturalmente. ASHRAE 55-2010<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

35<br />

42


Condições Básicas de <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

Ambiente Real<br />

Neutralidade Térmica<br />

Temp. da pele e taxa secreção dentro dos padrões<br />

Desconforto Localizado<br />

<strong>Conforto</strong><br />

<strong>Térmico</strong><br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

<strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong> 36<br />

42


Desconforto localizado:<br />

Assimetria<br />

de radiação<br />

Correntes de ar<br />

Diferença na temp. do<br />

ar no sentido vertical<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

Pisos aquecidos<br />

ou resfriados<br />

<strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong> 37<br />

42


Avaliação de <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

Os Índices de <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong> podem ser estimados com o auxílio de Softwares...<br />

O software da ASHRAE calcula os índices:<br />

- PMV/PPD<br />

- Temperatura Efetiva (ET)<br />

- Temperatura Efetiva Padrão (SET)<br />

- Temperatura neutra dos modelos<br />

adaptativos de Humphreys e Auliciems.<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

38<br />

42


Avaliação de <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

Ou através de calculadoras onlines:<br />

Ex.: Universidade de Berkley: http://cbe.berkeley.edu/comforttool/<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

39<br />

42


A ISO 7730 (Anexo E)<br />

disponibiliza tabelas para uma<br />

estimativa rápida dos valores<br />

de PMV/PPD, que se aplicam<br />

em ambientes condicionados<br />

artificialmente com umidade<br />

relativa (UR) de 50%<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

40<br />

42


Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

41<br />

42


ASHRAE 55: Thermal Environmental Conditions for Human Occupancy<br />

(em constante revisão)<br />

ISO 7730: Ergonomics of the thermal environment -- Analytical<br />

determination and interpretation of thermal comfort using calculation of the PMV and<br />

PPD indices and local thermal comfort criteria.<br />

(Última revisão publicada: 2005)<br />

ISO 7726: Ambientes <strong>Térmico</strong>s - Instrumentos e Métodos para medições<br />

das quantidades físicas.<br />

Última revisão publicada: 1998)<br />

NORMA BRASILEIRA??<br />

Desempenho térmico em edificações| Roberto Lamberts <strong>Aula</strong> 2: <strong>Conforto</strong> <strong>Térmico</strong><br />

v. humanas – v. ambientais – outras v. – cálculo<br />

42<br />

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