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Casa Eficiente - Laboratório de Eficiência Energética em ...

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Simulações da <strong>Casa</strong> <strong>Eficiente</strong> após sua Construção<br />

Conforto térmico é <strong>de</strong>finido pela ANSI/ASHRAE (2004) como um estado <strong>de</strong> espírito do usuário, que<br />

expressa sua satisfação com o ambiente térmico on<strong>de</strong> está inserido. Esse conforto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas<br />

características do próprio usuário, como taxa metabólica e vestimenta, mas também <strong>de</strong> características do<br />

ambiente: t<strong>em</strong>peratura do ar, t<strong>em</strong>peratura radiante, velocida<strong>de</strong> do ar e umida<strong>de</strong> do ar.<br />

O programa computacional EnergyPlus, versão 2.2.0, foi utilizado para a realização <strong>de</strong> simulações do<br />

mo<strong>de</strong>lo representativo da <strong>Casa</strong> <strong>Eficiente</strong>, para análises <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho térmico, conforme se <strong>de</strong>screve<br />

a seguir.<br />

3.2.1. A Utilização da Ventilação Diurna e Noturna para o Conforto no Verão<br />

Uma questão essencial para o bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho térmico <strong>de</strong> edificações como a <strong>Casa</strong> <strong>Eficiente</strong> é o<br />

controle das aberturas para ventilação. O vento po<strong>de</strong> tanto ser um gran<strong>de</strong> aliado no conforto, como po<strong>de</strong><br />

também, se mal <strong>em</strong>pregado, se transformar <strong>em</strong> vilão. Segundo Givoni (1992) exist<strong>em</strong> duas maneiras <strong>de</strong><br />

promover o conforto utilizando a ventilação. Uma é por efeito direto, provocando um aumento da velocida<strong>de</strong><br />

do ar no interior, e então proporcionando uma sensação <strong>de</strong> resfriamento para os usuários. A outra maneira é<br />

indireta, ventilando o edifício somente à noite e, assim, resfriando a massa interna da edificação.<br />

O <strong>em</strong>prego da ventilação diurna po<strong>de</strong> promover conforto pelo aumento da velocida<strong>de</strong> do ar no<br />

interior, que aumenta o limite superior <strong>de</strong> aceitabilida<strong>de</strong> da t<strong>em</strong>peratura e umida<strong>de</strong>. Porém, é preciso ter certo<br />

cuidado, pois, quando um edifício é ventilado durante o dia, a t<strong>em</strong>peratura <strong>em</strong> seu interior fica próxima aos<br />

valores <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura do ambiente externo. Se a t<strong>em</strong>peratura do exterior é muito alta, a ventilação po<strong>de</strong><br />

resultar <strong>em</strong> piora no conforto dos usuários.<br />

O que se verifica na maior parte das residências é que os usuários abr<strong>em</strong> as janelas e portas para<br />

ventilação quando se sent<strong>em</strong> com calor ou quando perceb<strong>em</strong> muita umida<strong>de</strong> no ambiente, e fecham quando<br />

estão com frio, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente da t<strong>em</strong>peratura externa. Verifica-se, também, que esses el<strong>em</strong>entos são<br />

abertos principalmente no período diurno, sendo geralmente fechados à noite.<br />

Para verificar e analisar qual seria a melhor estratégia <strong>de</strong> uso da ventilação na <strong>Casa</strong> <strong>Eficiente</strong>, foram<br />

realizadas quatro simulações, com diferentes padrões <strong>de</strong> abertura. Essas simulações são <strong>de</strong>scritas nos<br />

itens a seguir. Todas elas foram realizadas apenas para o período mais quente do ano, consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong><br />

nov<strong>em</strong>bro a abril. Foi utilizado o arquivo climático com dados do ano climático <strong>de</strong> referência (TRY) para a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Florianópolis.<br />

Após as simulações, foram verificados e comparados os graus-hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto dos quatro<br />

casos. O cálculo foi realizado utilizando-se os dados <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura do ar da sala e dos quartos. As t<strong>em</strong>peraturas<br />

limite <strong>de</strong> conforto adotadas foram <strong>de</strong> 18°C a 26°C. O limite superior <strong>de</strong> conforto foi estendido <strong>em</strong><br />

relação ao adotado no it<strong>em</strong> 2.2 <strong>de</strong>ste livro (<strong>de</strong> 24°C para 26°C) consi<strong>de</strong>rando-se que é possível que o<br />

usuário sinta-se confortável <strong>em</strong> t<strong>em</strong>peraturas até 26°C, ou até superiores, tendo <strong>em</strong> vista <strong>de</strong>terminados<br />

valores <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> e velocida<strong>de</strong> do vento.<br />

3.2.1.1. Simulação 1 – S<strong>em</strong> Ventilação<br />

A primeira simulação, para servir como parâmetro <strong>de</strong> comparação, foi realizada s<strong>em</strong> ventilação. Ou<br />

seja, foi realizada a simulação com janelas e portas externas fechadas durante todos os dias.<br />

Simulação Computacional do Des<strong>em</strong>penho Termo-Energético<br />

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