Sistema Operacional Linux - Portal do Professor
Sistema Operacional Linux - Portal do Professor
Sistema Operacional Linux - Portal do Professor
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Cadernos de Informática<br />
102<br />
CURSO DE INTRODUÇÃO AO SISTEMA OPERACIONAL LINUX<br />
Secretaria de Esta<strong>do</strong> de Educação MG<br />
MÓDULO 10<br />
O SISTEMA DE ARQUIVOS COMO BASE DE DADOS<br />
Nesta sessão veremos como utilizar o que foi visto anteriormente para armazenar, organizar<br />
e recuperar da<strong>do</strong>s em um sistema Unix. Como os programas utiliza<strong>do</strong>s já foram vistos,<br />
teremos poucos exemplos e mais exercícios. Considere esta sessão uma “Sessão Avançada”.<br />
Base de Da<strong>do</strong>s versus Banco de Da<strong>do</strong>s<br />
Através de uma representação adequada o sistema de arquivos <strong>do</strong> Unix pode ser utiliza<strong>do</strong><br />
como uma base de da<strong>do</strong>s.<br />
Note que ele pode implementar uma base de da<strong>do</strong>s e não um banco de da<strong>do</strong>s. A diferença<br />
pode parecer sutil mas os bancos de da<strong>do</strong>s implementam funcionalidades que o<br />
sistema de arquivos por si só não é capaz. Esta funcionalidade é abreviada como ACID:<br />
A Atomicidade Atomicidade — ou a operação acontece ou não. Resulta<strong>do</strong>s intermediário<br />
não são perceptiveis.<br />
C Consistência<br />
Consistência Consistência — não é possível executar uma operação que gere da<strong>do</strong>s inváli<strong>do</strong>s<br />
I Isolamento Isolamento — se duas ou mais operações acontecem ao mesmo tempo, o<br />
resulta<strong>do</strong> é o mesmo se elas tivessem si<strong>do</strong> executadas uma após a outra. Em<br />
particular, uma operação não vê os resulta<strong>do</strong>s intermediários da outra.<br />
D Durabilidade Durabilidade — uma vez terminada uma operação os seus resulta<strong>do</strong>s são<br />
permanentes no senti<strong>do</strong> que persistem mesmo que o computa<strong>do</strong>r falhe.<br />
Se o sistema de arquivos não consegue suprir as funções acima ele ainda pode ser<br />
utiliza<strong>do</strong> como base de da<strong>do</strong>s? A resposta é afirmativa. Nem sempre as funções acima<br />
são importantes para a aplicação. E um sistema de banco de da<strong>do</strong>s pode ser caro em<br />
recursos computacionais ou financeiros.<br />
Vamos criar uma base de da<strong>do</strong>s e trabalhar com ela. No processo vamos utilizar os<br />
programas que vimos nas seções anteriores. Usaremos receitas diversas como da<strong>do</strong>s.<br />
Estas receitas foram obtidas de diversas fontes.<br />
Criação de uma Base de Da<strong>do</strong>s<br />
O primeiro passo para armazenar os da<strong>do</strong>s, seja num computa<strong>do</strong>r ou em um fichário, é descobrir<br />
quais informações são importantes e escolher uma forma conveniente para representa-las. É melhor<br />
criar um livro de receitas com todas as receitas em um arquivo ou um arquivo para cada receita?<br />
Pelo que vimos até agora, um arquivo texto por receita é bem conveniente.<br />
Resolvi<strong>do</strong> este ponto vamos a representação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> arquivo. Podemos dizer<br />
que cada receita (arquivo) possui alguns atributos como nome, autor, ingrediente, etc.<br />
1. Podemos ter apenas um texto descreven<strong>do</strong> a receita. Esta representação é muito<br />
versátil mas torna difícil recuperar as informações depois.<br />
2. Podemos colocar to<strong>do</strong>s os ingredientes na primeira linha, por exemplo, e as instruções<br />
de preparo na segunda, o autor na terceira, o rendimento na quarta, etc. (podemos<br />
fazer isto porque as linhas não tem limite de tamanho).<br />
3. Podemos criar seções com as partes importantes da receita (ingredientes, preparo,