Leite fermentado com Kefir - AEFCUP
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Faculdade de Ciências – Universidade do Porto<br />
Licenciatura em Ciências de Engenharia<br />
Perfil de Engenharia Alimentar<br />
<strong>Leite</strong> <strong>fermentado</strong> <strong>com</strong> <strong>Kefir</strong><br />
Plano HACCP<br />
Por: Cláudio Carvalho (c0821108)<br />
Mariana Silva (c0821054)<br />
Pedro Cardoso (c0721132)<br />
FCUP, 2010
Sumário<br />
O <strong>Leite</strong> Fermentado <strong>com</strong> <strong>Kefir</strong> é uma bebida láctea fermentada <strong>com</strong> poder probiótico<br />
e alto valor nutricional, estando assim associada ao <strong>com</strong>bate a diversas doenças.<br />
É consumida por várias faixas etárias, e por todos aqueles que “procurem alcançar uma<br />
melhor saúde ou <strong>com</strong> necessidades especiais.<br />
O HACCP – Hazard Analysis Critical Control Points – é um plano preventivo<br />
de controlo da segurança alimentar, tendo <strong>com</strong>o objectivo, não só alcançar a inocuidade<br />
dos alimentos, mas também, <strong>com</strong>provar, através de documentação técnica apropriada,<br />
que o produto foi elaborado <strong>com</strong> segurança. É no sentido deste objectivo, que nasce o<br />
plano de HACCP, baseado em sete princípios, aos quais se antecedem seis<br />
importantíssimas etapas e uma póstuma que revê e reavalia todo o plano.<br />
Os Pontos Críticos de Controlo referenciados são: Análise de Qualidade na<br />
Recepção; Pasteurização (90º-95ºC, 5-10min.); Distribuição em recipiente;<br />
Armazenamento Final (4ºC) e merecem um rigor fundamental para o sucesso dos<br />
objectivos da implementação prática do plano de HACCP. Feito o controlo nestes<br />
moldes, o plano, que se quer de actualização sistemática, é implementado de forma bem<br />
sucedida.<br />
Palavras-chave: <strong>Leite</strong> Fermentado <strong>com</strong> <strong>Kefir</strong>, Plano HACCP, Qualidade<br />
Alimentar, Segurança Alimentar<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR ii
Índice<br />
Objectivo ......................................................................................................................... 1<br />
Introdução-<strong>Leite</strong> Fermentado <strong>com</strong> <strong>Kefir</strong> ..................................................................... 1<br />
Introdução-Processo Produtivo ..................................................................................... 4<br />
Introdução-Plano HACCP ............................................................................................. 5<br />
Principio 1 - Análise dos Perigos e Medidas de Controlo ........................................... 8<br />
Principio 2 - Identificação dos pontos críticos de controlo ....................................... 11<br />
Principio 3 - Estabelecimento dos limites críticos ..................................................... 12<br />
Principio 4 - Estabelecimento dos procedimentos de monitorização ....................... 12<br />
Principio 5 - Estabelecimento das acções correctivas................................................ 13<br />
Principio 6 - Estabelecimento dos procedimentos de verificação ............................ 14<br />
Principio 7 - Estabelecimento dos procedimentos de registos .................................. 14<br />
Conclusões ..................................................................................................................... 14<br />
Bibliografia .................................................................................................................... 16<br />
Anexos ............................................................................................................................ 16
Objectivo<br />
Este relatório debruça-se sobre a Análise de Perigos e Pontos Críticos de<br />
Controlo (HACCP, APPCC em português), estabelecendo um plano que se espera<br />
eficaz para evitar a contaminação do <strong>Leite</strong> <strong>fermentado</strong> <strong>com</strong> <strong>Kefir</strong>, leia-se garantir a sua<br />
inocuidade em toda a sua linha de produção até à <strong>com</strong>ercialização, abrangendo<br />
produção, transporte, fabrico/manufacturação, distribuição, armazenamento e não só<br />
<strong>com</strong> a finalidade de garantir a segurança do consumidor.<br />
Introdução<br />
Para reprodução deste projecto, baseamo-nos numa<br />
empresa fictícia denominada por “Just4Life”, responsável<br />
por todos os processos de produção do <strong>Leite</strong> Fermentado<br />
<strong>com</strong> <strong>Kefir</strong>, desde a colheita do leite (tomaremos por exemplo<br />
leite de origem bovina) até ao seu armazenamento que é prévio à utilização do produto<br />
pelo consumidor final.<br />
LEITE FERMENTADO COM KEFIR<br />
De origem caucasiana, o <strong>Kefir</strong> é uma bebida resultante da fermentação do leite<br />
(vaca – exemplo utilizado, cabra, ovelha, coco, arroz ou soja) <strong>com</strong> grãos de <strong>Kefir</strong>, sendo<br />
estes grãos esbranquiçados de textura esponjosa que, no fundo, são um <strong>com</strong>plexo de<br />
leveduras e bactérias das quais constam Streptococcus, Lactobacillus, Leuconostoc spp.,<br />
Candida Kefyr, Kluyveromyces fragilis e Acetobacter [1] mas a sua <strong>com</strong>posição é<br />
extremamente diversificada e rica <strong>com</strong>o demonstram os dois quadros abaixo destacados.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 1
O consumo de <strong>Leite</strong> <strong>fermentado</strong> <strong>com</strong> <strong>Kefir</strong>, alimento pro-biótico (ver quadro<br />
Anexo 1 <strong>com</strong> listagem de alguns microrganismos <strong>com</strong> propriedades pro-bióticas [2])<br />
<strong>com</strong> alto valor nutricional (ver quadro abaixo <strong>com</strong> informação físico-química [2]), está<br />
associado ao <strong>com</strong>bate a diversas maleitas, desde problemas do foro nervoso,<br />
cardiovascular e ósseo, passando por problemas gastrointestinais, metabólicos, diabetes<br />
e obesidade [3].<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 2
Como verificamos pelo quadro imediatamente acima, esta bebida de<br />
consistência semelhante à dos iogurtes tem um carácter ácido (pH
Aminoácidos Essenciais (52.4%):<br />
Triptófano: 0.05g<br />
Fenilalanina+Tirosina: 0.35g<br />
Leucina: 0.34g<br />
Isoleucina: 0.21g<br />
Threonine: 0.17g<br />
Metionina+Cisteína: 0.12g<br />
Lisina: 0.27g<br />
Valina: 0.22g<br />
Minerais:<br />
Cálcio: 120mg<br />
Fósforo: 100mg<br />
Magnésio: 12mg<br />
Potássio: 150mg<br />
Sódio: 50mg<br />
Cloro: 100mg<br />
Vestígios de Elementos:<br />
Ferro: 0.05mg<br />
Cobre: 12mcg<br />
Molibidénio: 5.5mcg<br />
Manganésio 5mcg<br />
Zinco: 0.36mg<br />
Data a natureza do produto, o seu target são os indivíduos entre os 0 e os 19 anos de<br />
idade, os maiores de 65 anos e todos os que “procurem alcançar uma melhor saúde ou<br />
<strong>com</strong> necessidades especiais” [3].<br />
No nosso país a sua <strong>com</strong>ercialização é, tendencialmente feita em garrafas de vidro<br />
até um litro de capacidade, no máximo, e tem uma textura cremosa entre o leite e o<br />
iogurte.<br />
PROCESSO PRODUTIVO<br />
O seu fluxograma desde a produção, passando pelo fabrico até ao armazenamento é<br />
o seguinte:<br />
Produção Primária de <strong>Leite</strong><br />
1. Exploração Bovina<br />
2. Colheita do <strong>Leite</strong><br />
3. Armazenamento<br />
4. Arrefecimento<br />
5. Transporte do <strong>Leite</strong> Cru<br />
Recepção do <strong>Leite</strong> Cru e respectivo Processamento<br />
6. Análise de Qualidade na Recepção<br />
7. 1ª Filtração<br />
8. Arrefecimento<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 4
9. Armazenamento do <strong>Leite</strong> Cru<br />
10. Pré-Aquecimento<br />
11. 2ª Filtração (Padronização/Centrifugação)<br />
12. Homogeneização do <strong>Leite</strong><br />
13. Pasteurização (90º-95ºC, 5-10min.)<br />
14. Arrefecimento (18-24ºC)<br />
Processamento do <strong>Leite</strong> Fermentado <strong>com</strong> <strong>Kefir</strong><br />
15. Inoculação (18-24ºC, <strong>com</strong> culturas de <strong>Kefir</strong> de 2 a 8%)<br />
16. Fermentação (18-24ºC, 18-24h)<br />
17. Coagulação<br />
18. Distribuição em garrafas<br />
19. Maturação (12-14ºC/3-10ºC, 24h)<br />
20. Armazenamento Final (4ºC)<br />
Processo da produção industrial de <strong>Leite</strong> Fermentado <strong>com</strong> Kéfir [4-6]<br />
PLANO HACCP<br />
Num Mundo cada vez mais globalizado, claramente dominado pelo livre<br />
mercado, pela massiva produção industrial e pelo respectivo consumo abundante, é<br />
fundamental que as diversas Instituições envolvidas nestes processos agilizem<br />
estratégias para assegurar a qualidade e segurança dos produtos alimentares e, por<br />
conseguinte, a segurança para o consumidor final. Ao longo da história da Humanidade,<br />
a produção e o consumo alimentares enfrentaram "enormes desafios" e o surgimento de<br />
um plano sistemático e funcional que garanta a prevenção, redução e potencial<br />
eliminação de riscos torna-se imperioso <strong>com</strong>o resposta às necessidades da nossa<br />
desenvolvida sociedade de consumo. É, neste sentido, que nasce o plano de HACCP.<br />
O plano de HACCP – Hazard Analysis Critical Control Points – também<br />
denominado APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo – é um<br />
documento preparado <strong>com</strong> base nos princípios enumerados no Sistema de HACCP, que<br />
visa prevenir, minimizar e eliminar os riscos associados desde a produção até ao<br />
consumo do alimento, neste caso em estudo o <strong>Leite</strong> Fermentado <strong>com</strong> <strong>Kefir</strong>.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 5
As directivas reguladoras estabelecidas pelo Parlamento Europeu e pelo<br />
Conselho da União Europeia n.º 852/2004 de 29 de Abril são claras, apontando <strong>com</strong>o<br />
objectivos essencialmente: "a busca por uma maior protecção da vida e da saúde<br />
humana", assegurando a saúde pública e a higiene alimentar para protecção do<br />
consumidor ao longo de toda a cadeia alimentar [7]. Destaque-se ainda que estes<br />
princípios devem seguir o Codex Alimentarius, um programa de normas alimentares,<br />
criado em 1963 pela Food and Agriculture Organization (Organização das Nações<br />
Unidas para Agricultura e Alimentação) e pela World Health Organization (OMS-<br />
Organização Mundial de Saúde). Também se destaca a regulamentação europeia n.º<br />
853/2004 de 29 de Abril que estabelece regras específicas de higiene para produtos de<br />
origem animal e o Decreto de Lei Nacional 113/2006 de 12 de Junho, que "estabelece as<br />
regras de execução [das directivas europeias], na ordem jurídica nacional" [8].<br />
Realce-se que previamente aos 7 Princípios do HACCP, existem 6 etapas<br />
preliminares:<br />
1. Definição do âmbito de estudo do Plano Prático de HACCP<br />
Verificação das condições gerais das instalações, tipo de equipamentos e<br />
matérias-primas utilizadas, grau de qualificação dos recursos humanos e tipos de<br />
perigos associados.<br />
2. Constituição da Equipa HACCP<br />
Constituição de uma equipa multidisciplinar <strong>com</strong> capacidade e <strong>com</strong>petência para<br />
avaliar os perigos e de levar a cabo, o fabrico, a manutenção, a higienização e todas as<br />
actividades fundamentais para a implementação do plano e do sistema. A equipa quer-se<br />
responsável, preferencialmente experiente, possuidora de conhecimento e <strong>com</strong><br />
capacidade de aplicar esse conhecimento para estabelecer gradualmente o plano de<br />
HACCP. A constituição da equipa deve garantir um administrador, coordenador ou<br />
gerente, responsáveis pela produção e pela qualidade e chefes por cada departamento ou<br />
fase de processamento, assim <strong>com</strong>o consultores e auditores que podem ser externos ou<br />
não. A implementação do sistema de HACCP é uma decisão da gerência mas toda a<br />
equipa é responsável pela funcionalidade do mesmo.<br />
3. Descrição do Produto<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 6
Descrição das características do produto, nomeadamente <strong>com</strong>posição, estrutura,<br />
processamento, embalagem, condições de armazenamento e distribuição, período de<br />
conservação e de consumo, instruções e não só.<br />
4. Identificação do uso pretendido para o Produto<br />
Definição da utilização que se espera que o produto e o target a que o produto se<br />
destina.<br />
5. Construção do Fluxograma Genérico de Fabrico<br />
Identificação de todas as fases de concepção do produto. Sendo esta uma das<br />
mais importantes etapas prévias do desenvolvimento do plano de HACCP, o<br />
fluxograma deve ser minucioso tanto quanto possível.<br />
6. Verificação no local do Fluxograma.<br />
Verificação de todas as operações a ser feitas no local nos respectivos períodos<br />
e, eventuais alterações no processo.<br />
Após a concepção destas seis etapas de real importância, procede-se ao<br />
estabelecimento e implementação dos sete os princípios do plano de HACCP:<br />
Principio 1 - Análise dos Perigos e Medidas de Controlo;<br />
Principio 2 - Identificação dos pontos críticos de controlo;<br />
Principio 3 - Estabelecimento dos limites críticos;<br />
Principio 4 - Estabelecimento dos procedimentos de monitorização;<br />
Principio 5 - Estabelecimento das acções correctivas;<br />
Principio 6 - Estabelecimento dos procedimentos de verificação;<br />
Principio 7 - Estabelecimento dos procedimentos de registos.<br />
Após o estabelecimento dos 7 Princípios do HACCP existe uma derradeira<br />
etapa, a décima quarta, a etapa que permite rever e avaliar todo o sistema.<br />
Esta última etapa salvaguarda, ainda, o carácter sistemático e progressivo do<br />
Plano de HACCP, onde é importante estar atento às mudanças de matérias-primas,<br />
produtos, processos de transformação, alterações nos fornecedores, colaboradores,<br />
equipamentos, instalações, surgimento de novos perigos e de actualizações relativas à<br />
saúde pública e segurança alimentar.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 7
Principio 1 - Análise dos Perigos e Medidas de Controlo<br />
Nesta fase cabe-nos identificar os perigos físicos, químicos e biológicos em cada<br />
processo estabelecido no fluxograma, avaliar a probabilidade de risco, a severidade e as<br />
medidas a adoptar, entre outros parâmetros que estão estabelecidos no quadro abaixo.<br />
Perigos Biológicos<br />
Os microrganismos de maior relevo a ter em conta em termos de contaminação<br />
alimentar, de uma forma geral, são a Salmonella spp. (associado a salmonelose),<br />
Staphylococcus aureus (associado a mastites), Clostridium perfringens, Clostridium<br />
botolinum, Escherichia coli (VTEC), Bacilus cereus, Campylobacter jejuni, Yersinia<br />
enterocolítica [4] e ainda Micobacterium bovis (associado a tuberculose (vacas)),<br />
Listeria monocytogenes (associado a listeriose), Brucella (associado a brucelose)[9],<br />
Aflatoxinas, Shigella disenteriae e Streptococcus [10]. Os perigos biológicos estão<br />
geralmente associados a más práticas de higiene e mau manuseamento dos produtos,<br />
assim <strong>com</strong>o contaminação cruzada, principalmente pelos animais infectados [20]. A<br />
forma mais habitual e eficaz de eliminação é a pasteurização, destacando-se ainda o<br />
papel anti-microbiano do <strong>Kefir</strong>, nomeadamente relativamente à salmonella e à<br />
Escherichia coli [2].<br />
De forma, esquematizada, alguns dos microrganismos têm os seus limites de<br />
crescimento assim definidos [20]:<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 8
Etapa do<br />
Processo<br />
Perigos Químicos<br />
A eventual presença de produtos fitossanitários é uma realidade que está bem<br />
presente em quase todos os processos produtivos e que requer especial atenção,<br />
tornando-se fundamental a regulação da respectiva higienização do material usado ao<br />
longo do processo. A presença de Aflatoxinas, Pesticidas, Antibióticos (células<br />
somáticas que indiciam a presença de antibióticos e outros agentes patogénicos [11]),<br />
Dioxinas, Bifenilos Policlorados (PCB’s), e Metais Pesados (Cádmio-PTWI=7mcg/Kg,<br />
Chumbo-WHO=25mcg/Kg, Mercúrio-PTWI=5mcg/Kg, Arsénio,…) requerem capital<br />
atenção. Alguns destes contaminantes têm origem a partir do solo e dos pastos, por<br />
consequência contaminados. Uma vez, estes contaminantes integrados na cadeia<br />
alimentar dos animais, urge tomar precauções para controlar o perigo que constituem<br />
para o consumidor até porque a maior parte destes <strong>com</strong>postos não é destruído pela<br />
pasteurização.<br />
Perigos Físicos<br />
A maior frequência de perigos físicos que se regista são a presença de vidros,<br />
metais, plásticos, papeis, mas também cabelos e pêlos, sendo que estes últimos<br />
acarretam menos perigos para a saúde pública. Os perigos físicos são eliminados pelos<br />
processos de filtração.<br />
De forma esquematizada, serão estes os tipos de perigo encontrados <strong>com</strong> a<br />
medida de controlo devidamente associada:<br />
Tipo de Perigo Justificação Sever<br />
idade<br />
Prob.<br />
Ocor.<br />
Exploração Micobacterium bovis (B)<br />
Alta Baixa<br />
Bovina<br />
Brucella (B) Alta Var.<br />
Listeria monocytogenes<br />
(B)<br />
Salmonella (B)<br />
Escherichia coli (B)<br />
Staphylococcus aureus<br />
(B)<br />
Mau Manuseamento.<br />
Má Higiene.<br />
Contaminação.<br />
Animais Infectados.<br />
Leve<br />
Alta<br />
Alta<br />
Var.<br />
Baixa<br />
Média<br />
Var.<br />
Alta<br />
Bacillus cereus (B) Leve Média<br />
Clostridium (B) Alta Baixa<br />
Shigella disenteriae (B) Alta Var.<br />
Aflatoxinas (Q) Contaminação Alta Baixa<br />
Pesticidas (Q) Var. Baixa<br />
Dioxinas e PCB’s (Q) Alta Baixa<br />
Metais Tóxicos (Q) Alta Baixa<br />
Colheita do <strong>Leite</strong> Campylobacter (B) Mau Manuseamento. Leve Leve<br />
Medida de Controlo<br />
Regulação da Higiene das<br />
Instalações, dos Equipamentos,<br />
dos Recursos Humanos e dos<br />
Recursos Hídricos.<br />
Vacinação dos animais e<br />
recursos humanos, <strong>com</strong><br />
respectivo abate ou quarentena<br />
para animais positivos.<br />
Rastreabilidade relativa à<br />
alimentação e abeberamento dos<br />
animais.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 9
Armazenamento<br />
a frio do <strong>Leite</strong><br />
Cru<br />
Transporte do<br />
<strong>Leite</strong> Cru<br />
Análise de<br />
Qualidade na<br />
Recepção<br />
Streptococcus (B) Má Higiene.<br />
Yersinia enterocolitica Contaminação.<br />
(B)<br />
Animais Infectados.<br />
Células Somáticas (B) Funcionamento<br />
inadequado do<br />
Resíduos de<br />
equipamento de<br />
Antibióticos (Q)<br />
ordenha.<br />
Incorrecta ordenha<br />
manual.<br />
Má Higiene.<br />
Contaminação.<br />
Produtos fitossanitários Má Higiene.<br />
(Q)<br />
Contaminação.<br />
Perigos Físicos Descuido na colheita do<br />
diversificados (vidros,<br />
leite.<br />
metais, plásticos,<br />
papeis,…)<br />
Sobrevivência e/ou<br />
Multiplicação do n.º de<br />
bactérias (B).<br />
Produtos fitossanitários<br />
(Q)<br />
Sobrevivência e/ou<br />
Multiplicação do n.º de<br />
bactérias (B).<br />
Aflatoxinas, Pesticidas,<br />
Resíduos de Antibióticos,<br />
Dioxinas, Bifenilos<br />
Policlorados (PCB’s),<br />
Metais Pesados (Q)<br />
1ª Filtração Permanência de objectos<br />
estranhos da Produção<br />
Primária (vidros, metais,<br />
plásticos, papeis, cabelos,<br />
pelos) (F)<br />
Produtos fitossanitários<br />
Arrefecimento e<br />
Armazenamento<br />
do <strong>Leite</strong> Cru<br />
(Q).<br />
Multiplicação do n.º de<br />
agentes microbiológicos<br />
(B)<br />
Produtos fitossanitários<br />
(Q).<br />
Falha de Temperatura<br />
ou mau procedimento<br />
de<br />
armazenamento/arrefeci<br />
mento.<br />
Má<br />
Higienização/Limpeza.<br />
Transporte demorado e<br />
alterações de<br />
temperatura.<br />
Maus Procedimentos na<br />
Produção Primária na<br />
Administração de<br />
Antibióticos. Mau<br />
controlo dos demais<br />
<strong>com</strong>postos<br />
Falha no Processo de<br />
Filtração.<br />
Má<br />
Higienização/Limpeza.<br />
Falha de Temperatura<br />
ou mau procedimento<br />
de<br />
armazenamento/arrefeci<br />
mento.<br />
Má<br />
Higienização/Limpeza.<br />
Alta Var.<br />
Alta Baixa<br />
Alta Baixa<br />
Alta Baixa<br />
Alta Baixa<br />
Regulação da Higiene das<br />
Instalações, dos Equipamentos,<br />
dos Recursos Humanos e dos<br />
Recursos Hídricos.<br />
Alta Baixa Arrefecimento rápido e manter a<br />
frio.<br />
Verificação de material técnico<br />
que regula a temperatura.<br />
Alta Baixa Regulação da Higienização.<br />
Alta Baixa Transporte Rápido e<br />
Manutenção da Temperatura.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 10<br />
Alta<br />
Baixa<br />
Rejeição (resíduo antibiótico)<br />
ou aproveitamento condicional<br />
(acidez e temperatura)<br />
Alta Baixa Manutenção de equipamento.<br />
Alta Baixa Regulação da Higienização.<br />
Alta<br />
Alta<br />
Baixa<br />
Arrefecimento rápido e manter a<br />
frio (B).<br />
Verificação do equipamento<br />
(B).<br />
Baixa Regulação da Higienização.<br />
Pré-Aquecimento Produtos fitossanitários<br />
Má<br />
Alta Baixa Regulação da Higienização.<br />
(Q).<br />
Higienização/Limpeza.<br />
2ª Filtração Manutenção de Perigos Falha no Processo de Alta Baixa Manutenção do equipamento.<br />
(Padronização/Ce Físicos (vidros, metais, Filtração.<br />
ntrifugação) plásticos, papeis, cabelos,<br />
pelos) (F).<br />
Homogeneização Produtos fitossanitários Má Alta Baixa Regulação da Higienização.
do <strong>Leite</strong> (Q).<br />
Pasteurização<br />
(90º-95ºC, 5-<br />
10min.)<br />
Arrefecimento<br />
(18-24ºC)<br />
Inoculação (18-<br />
24ºC, <strong>com</strong><br />
culturas de <strong>Kefir</strong><br />
de 2 a 8%)<br />
Fermentação (18-<br />
24ºC, 18-24h)<br />
Sobrevivência dos agentes<br />
contaminantes (B).<br />
Produtos fitossanitários<br />
(Q).<br />
Sobrevivência e/ou<br />
Multiplicação do n.º de<br />
agentes microbiológicos<br />
(B).<br />
Produtos fitossanitários<br />
(Q).<br />
Sobrevivência e/ou<br />
Multiplicação do n.º de<br />
agentes microbiológicos<br />
(B).<br />
Produtos fitossanitários<br />
(Q).<br />
Produtos fitossanitários<br />
(Q).<br />
Coagulação Permanência de grãos de<br />
kefir no leite <strong>fermentado</strong><br />
(F).<br />
Produtos fitossanitários<br />
Distribuição em<br />
recipiente<br />
Maturação (12-<br />
14ºC/3-10ºC, 24h)<br />
Armazenamento<br />
Final (4ºC)<br />
(Q).<br />
Higienização/Limpeza.<br />
Tempo inadequado.<br />
Temperatura<br />
inadequada.<br />
Falhas de equipamento.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 11<br />
Alta<br />
Sanitização Inadequada Alta<br />
Falha de Temperatura<br />
ou mau procedimento<br />
de arrefecimento.<br />
Alta<br />
Sanitização Inadequada Alta<br />
Tempo, Higiene ou<br />
Temperatura<br />
inadequados.<br />
Alta<br />
Sanitização Inadequada Alta<br />
Sanitização Inadequada Alta<br />
Falha no equipamento. Alta<br />
Sanitização Inadequada Alta<br />
Contaminação (B/Q) Má Esterilização.<br />
Má Higiene.<br />
Presença de Agentes<br />
Infecciosos.<br />
Sobrevivência e/ou<br />
Multiplicação do n.º de<br />
agentes microbiológicos<br />
que restam (B)<br />
Falha na Higiene.<br />
Temperatura<br />
Tempo de<br />
Armazenamento<br />
Baixa<br />
Exposição Temporal e<br />
Temperatura suficientes.<br />
Verificação do equipamento.<br />
Baixa Regulação da Higienização.<br />
Baixa Arrefecimento rápido e manter a<br />
frio.<br />
Verificação de material técnico<br />
que regula a temperatura.<br />
Baixa Regulação da Higienização.<br />
Baixa<br />
Verificação da Temperatura-<br />
Baixa Regulação da Higienização.<br />
Baixa Regulação da Higienização.<br />
Baixa Verificação do material.<br />
Baixa Regulação da Higienização.<br />
Alta Baixa Esterilização<br />
Higienização.<br />
Contactar novo Fornecedor de<br />
recipientes, eventualmente.<br />
Alta<br />
Baixa Manutenção da Temperatura e<br />
da Higiene.<br />
Legenda: Prob. Ocor.- Probabilidade de Ocorrência | B- Perigos Biológicos; F- Perigos Físicos; Q-<br />
Perigos Químicos; N- Perigos Nutricionais | Var-Variável | Recursos Bibliográficos: [5,10-22]<br />
Principio 2 - Identificação dos pontos críticos de controlo<br />
A identificação dos Pontos Críticos de Controlo foi estabelecida segundo o<br />
seguinte diagrama [5]:
Esta etapa é fundamental para reduzir, eliminar ou prevenir os riscos dos perigos<br />
associados a cada processo. O cerne do objectivo deste principio de HACCP prende-se<br />
<strong>com</strong> a determinação dos PCC's - Pontos Críticos de Controlo. Em diversas etapas são<br />
encontrados pontos de controlo mas não críticos onde é fundamental uma observação<br />
atenta da etapa.<br />
Foram, portanto, estabelecidos quatro Pontos de Críticos de Controlo (PCC’s):<br />
Análise de Qualidade na Recepção<br />
Pasteurização (90º-95ºC, 5-10min.)<br />
Distribuição em recipiente<br />
Armazenamento Final (4ºC)<br />
Principio 3 - Estabelecimento dos limites críticos<br />
O estabelecimento de limites críticos é fundamental para haver uma coerência na<br />
análise de segurança do processo em causa. Sendo assim, são estabelecidos valores<br />
máximos e mínimos aceitáveis no controlo de um Ponto Crítico de Controlo (PCC),<br />
para prevenir, reduzir ou eliminar um perigo anteriormente identificado.<br />
Principio 4 - Estabelecimento dos procedimentos de monitorização<br />
É importante avaliar se o PCC está efectivamente sob controlo, através de<br />
procedimentos devidos de monitorização.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 12
Etapa do<br />
Processo<br />
Análise de<br />
Qualidade<br />
na Recepção<br />
Pasteurizaçã<br />
o (90º-95ºC,<br />
5-10min.)<br />
Distribuição<br />
em<br />
recipiente<br />
Armazenam<br />
ento Final<br />
(4ºC)<br />
Principio 5 - Estabelecimento das acções correctivas<br />
Este princípio pretende estabelecer acções que permitam corrigir desvios na<br />
monitorização de cada um dos PCC, mantendo os limites definidos no princípio 3.<br />
“Para os casos em que o controlo não é reposto e se ultrapassam os limites<br />
críticos, estas acções correctivas devem também incluir o destino a dar aos produtos<br />
afectados. Se, através da vigilância, se verificar a aplicação repetida de acções<br />
correctivas, isto deve ser visto <strong>com</strong>o sinal da necessidade de adoptar medidas<br />
preventivas” [20].<br />
Tipo de Perigo Medida de<br />
Controlo<br />
Aflatoxinas,<br />
Pesticidas,<br />
Resíduos de<br />
Antibióticos,<br />
Dioxinas,<br />
Bifenilos<br />
Policlorados<br />
(PCB’s), Metais<br />
Pesados (Q)<br />
Sobrevivência<br />
dos agentes<br />
contaminantes<br />
(B).<br />
Contaminação<br />
(B/Q)<br />
Sobrevivência<br />
e/ou<br />
Multiplicação<br />
do n.º de<br />
agentes<br />
microbiológicos<br />
que restam (B)<br />
Regulação da<br />
Higiene das<br />
Instalações, dos<br />
Equipamentos,<br />
dos Recursos<br />
Humanos e dos<br />
Recursos<br />
Hídricos.<br />
Exposição<br />
Temporal e<br />
Temperatura<br />
suficientes.<br />
Verificação do<br />
equipamento.<br />
Esterilização<br />
Higienização.<br />
Contactar novo<br />
Fornecedor de<br />
recipientes,<br />
eventualmente.<br />
Manutenção da<br />
Temperatura e<br />
da Higiene.<br />
Limite Crítico (P3) Monitorização (P4) Acções<br />
Correctivas<br />
Acidez máxima= 18°D<br />
T(max.) = 7°C<br />
Antibiótico: ausência<br />
T = 90ºC a 95 ºC<br />
t = 5 a 10 mins.<br />
Lâmpada UV em<br />
funcionamento.<br />
Garantia de<br />
Esterilidade.<br />
T(max.) = 4°C<br />
Lâmpada UV em<br />
funcionamento<br />
No laboratório, o<br />
funcionário deve<br />
efectuar a devida<br />
inspecção a uma<br />
amostra do stock de<br />
leite da Produção<br />
Primária.<br />
Os Empregados<br />
devem fazer a<br />
monitorização da<br />
Temperatura e do<br />
Tempo a cada<br />
pasteurização<br />
recorrendo a<br />
termómetro,<br />
cronómetro, kits para<br />
fosfatase alcalina para<br />
análise da enzima<br />
fosfatase e<br />
Guaiacol e Água<br />
Oxigenada para<br />
análise de peroxidase.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 13<br />
.<br />
No inicio e durante o<br />
processo, o<br />
empregado<br />
recorrendo a uma<br />
lâmpada UV faz a<br />
inspecção visual<br />
(bioluminescência).<br />
O empregado<br />
monitoriza a<br />
temperatura,<br />
recorrendo a um<br />
termómetro, durante o<br />
armazenamento final.<br />
Legenda: Prob. Ocor.- Probabilidade de Ocorrência | B- Perigos Biológicos; F- Perigos Físicos; Q-<br />
Perigos Químicos; N- Perigos Nutricionais | Var-Variável | Recursos Bibliográficos: [5,10-23]<br />
(P5)<br />
Rejeição<br />
(resíduo<br />
antibiótico) ou<br />
aproveitamento<br />
condicional<br />
(acidez e<br />
temperatura)<br />
Rejeitar<br />
produto.<br />
Ajustar de<br />
tempo e<br />
temperatura.<br />
Trocar a<br />
lâmpada UV se<br />
necessário.<br />
Ajuste de<br />
temperatura<br />
abaixo de 4ºC.
Etapa do<br />
Processo<br />
Análise de<br />
Qualidade<br />
na Recepção<br />
Pasteurizaçã<br />
o (90º-95ºC,<br />
5-10min.)<br />
Distribuição<br />
em<br />
recipiente<br />
Armazenam<br />
ento Final<br />
(4ºC)<br />
Principio 6 - Estabelecimento dos procedimentos de verificação<br />
Definir os procedimentos que permitam assegurar se o plano HACCP está a ser<br />
eficaz. Neste aspecto, é importante realizar análises microbiológicas para confirmar se<br />
os PCC’s se mantém ou não controlados. Como referência, aplicam-se os critérios<br />
estabelecidos e regras de execução a desenvolver segundo o regulamento <strong>com</strong>unitário<br />
(CE) n.º 2073/2005, de 15 de Novembro.<br />
Principio 7 - Estabelecimento dos procedimentos de registos<br />
Este princípio visa definir procedimentos que permitam a manutenção dos<br />
registos e de documentação. Estes procedimentos são de supervisão, amostragem para<br />
análises, auditoria ao HAACP, validação dos limites críticos, confirmação que os<br />
Pontos Críticos de Controlo são mantidos sob controlo e inspecção do processo de<br />
fabrico.<br />
Tipo de Perigo Medida de<br />
Controlo<br />
Aflatoxinas,<br />
Pesticidas,<br />
Resíduos de<br />
Antibióticos,<br />
Dioxinas,<br />
Bifenilos<br />
Policlorados<br />
(PCB’s), Metais<br />
Pesados (Q)<br />
Sobrevivência<br />
dos agentes<br />
contaminantes<br />
(B).<br />
Contaminação<br />
(B/Q)<br />
Sobrevivência<br />
e/ou<br />
Multiplicação<br />
do n.º de<br />
agentes<br />
microbiológicos<br />
que restam (B)<br />
Regulação da<br />
Higiene das<br />
Instalações, dos<br />
Equipamentos,<br />
dos Recursos<br />
Humanos e dos<br />
Recursos<br />
Hídricos.<br />
Exposição<br />
Temporal e<br />
Temperatura<br />
suficientes.<br />
Verificação do<br />
equipamento.<br />
Esterilização<br />
Higienização.<br />
Contactar novo<br />
Fornecedor de<br />
recipientes,<br />
eventualmente.<br />
Manutenção da<br />
Temperatura e<br />
da Higiene.<br />
Verificação (P6) Registos (P7)<br />
Supervisão.<br />
Programa de colheita de<br />
amostras para análises.<br />
Auditoria.<br />
Calibração de instrumentos.<br />
Controle de reagentes.<br />
Supervisão.<br />
Programa de colheita de<br />
amostras para análises.<br />
Auditoria.<br />
Calibração de instrumentos.<br />
Controle de reagentes.<br />
Supervisão.<br />
Programa de colheita de<br />
amostras para análises.<br />
Calibração de instrumentos.<br />
Supervisão.<br />
Calibração de instrumentos.<br />
Registo de recepção da matériaprima.<br />
Registo de tempo e temperatura.<br />
Relatório de teste da enzima<br />
fosfatase e da análise de<br />
peroxidase.<br />
Registo de produção e processo.<br />
Registo do stock.<br />
Registo de armazenamento.<br />
Programa de limpeza e de<br />
higienização.<br />
Legenda: Prob. Ocor.- Probabilidade de Ocorrência | B- Perigos Biológicos; F- Perigos Físicos; Q-<br />
Perigos Químicos; N- Perigos Nutricionais | Var-Variável | Recursos Bibliográficos: [5,10-23]<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 14
Conclusões<br />
O <strong>Leite</strong> Fermentado <strong>com</strong> Kéfir é uma bebida láctea fermentada, em franco<br />
crescendo de consumo, pela sua riqueza nutricional. O crescendo consumo e aumento<br />
da cadeia de <strong>com</strong>ercialização implicam maiores preocupações relativas ao plano de<br />
HACCP, que quando devida e rigorosamente aplicado conjuntamente <strong>com</strong> a<br />
implementação de boas práticas de higiene e das restantes etapas externas ao plano,<br />
assegura a protecção do consumidor. A regulação do sector alimentar é, em suma, um<br />
ponto-chave da segurança do consumidor.<br />
O rigor da regulação nos PCC’s revela-se de capital importância para minorar,<br />
acabar ou evitar os riscos associados aos diversos perigos inerentes à produção,<br />
transporte, processamento, distribuição e armazenamento.<br />
Ao findar, concluímos que este relatório terá um papel fundamental ao longo da<br />
“empresa” que vê assim assegurada uma maior segurança para os seus consumidores,<br />
<strong>com</strong> o consumo deste produto e a sua “vigilância” através deste plano científico,<br />
tecnológico e eficaz.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 15
Bibliografia<br />
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[10] Nunes, S. (18 de Junho de 2008). Riscos Alimentares-Caracterização da<br />
Cadeia Alimentar/<strong>Leite</strong> e Produtos Lácteos-Circuitos de Produção e<br />
Comercialização. Autoridade de Segurança Alimentar e Económica-ASAE.<br />
Acedido em 30 de Dezembro de 2009, em: http://www.asae.pt/, através de<br />
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PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 16
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Luciana Medeiros da; Xavier, Valéria Maria Cavalcante (2006). Monitoramento<br />
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Acedido em 2 de Janeiro de 2009, em http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS<br />
&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=452153&indexSearch=ID.<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 17
Anexo 1<br />
PLANO DE HACCP – LEITE FERMENTADO COM KEFIR 18