elaboração e validação de instrumento de avaliação sobre o ...
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Medicamentos da Aca<strong>de</strong>mia Americana <strong>de</strong> Pediatria, ambos dos EUA, e <strong>de</strong><br />
reconhecimento internacional, têm concorrido no sentido <strong>de</strong> estimular a pesquisa,<br />
aprovação e estabelecimento <strong>de</strong> padrão para formulações farmacêuticas para uso<br />
<strong>de</strong> crianças (WILSON, 1999).<br />
Alguns medicamentos, comprovados em estudos com adultos, po<strong>de</strong>m ser<br />
utilizados em crianças com segurança, por curto espaço <strong>de</strong> tempo. Porém, nestes<br />
casos, seu uso empírico e sem nenhum critério científico, <strong>de</strong>ixa o pediatra à mercê<br />
<strong>de</strong> dúvidas e sujeito a críticas (WONG, 2003). Incentivos e legislações que<br />
promovem ensaios clínicos em crianças, auxiliaram no melhor conhecimento da<br />
farmacocinética e forneceram importantes informações <strong>sobre</strong> dose e segurança <strong>de</strong><br />
medicamentos utilizados em pacientes pediátricos (ROBERTS et al., 2003).<br />
Um aspecto adicional, mostrado em alguns trabalhos, relaciona a maior<br />
frequência <strong>de</strong> RAM em crianças com uso <strong>de</strong> medicamentos não aprovados para uso<br />
pediátrico (unlicensed), bem como, ao emprego <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> maneira diversa das<br />
especificações autorizadas no registro (“off-label”) (TURNER et al., 1998; CONROY<br />
et al., 2000).<br />
Em um estudo foram analisadas notificações espontâneas <strong>de</strong> RAM em<br />
crianças <strong>de</strong> 0 a 17 anos, <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> dados dinamarquês, no período <strong>de</strong> 1998 a<br />
2007. Foram verificadas as RAM relacionadas ao uso “off-label” dos medicamentos,<br />
e 4.388 RAM eram <strong>de</strong> crianças e, aproximadamente, 17% das RAM foram<br />
relacionadas ao uso “off label”, sendo mais da meta<strong>de</strong> informada em adolescentes<br />
(AAGAARD; HANSEN, 2011).<br />
O termo “fora <strong>de</strong> rotulação” (off-label), consi<strong>de</strong>ra fármacos prescritos <strong>de</strong> forma<br />
diferente daquela orientada no resumo dos característicos do produto (conhecido no<br />
Brasil, como bula), em relação ao grupo <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, à dose, à frequência, à<br />
apresentação, à via <strong>de</strong> administração ou à indicação <strong>de</strong> uso em crianças. Em alguns<br />
países existem dados <strong>de</strong> prevalências elevadas na utilização <strong>de</strong> fármacos não<br />
aprovados ou com indicação <strong>de</strong> uso não autorizado para crianças, tanto em<br />
consultórios pediátricos, quanto em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> internação e <strong>de</strong> tratamento<br />
intensivo pediátrica, <strong>de</strong> modo não justificado, ou mesmo por <strong>de</strong>sconhecimento dos<br />
prescritores, em relação a essas peculiarida<strong>de</strong>s (JONG et al., 2001; CARVALHO et<br />
al., 2003).<br />
A elevada prevalência <strong>de</strong> prescrições <strong>de</strong> medicamentos não apropriados para<br />
crianças confirma o uso ina<strong>de</strong>quado e inadvertido <strong>de</strong> fármacos não testados ou <strong>de</strong><br />
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