Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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<strong>de</strong> colonização <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas espécies <strong>em</strong> certos habitats e correlacionados a<br />
essa expansão <strong>florestal</strong>.<br />
A hipótese inicial do trabalho é que a formação e conexão das florestas <strong>de</strong><br />
galerias são multidirecionais, oriundas das vertentes e da planície fluvial, sendo que<br />
os diversos grupos florísticos conectados são fort<strong>em</strong>ente ligados às condições<br />
hídricas integradas à geomorfologia e às condições dos solos. Esses fatores<br />
abióticos ligados ao processo evolutivo da paisag<strong>em</strong> no t<strong>em</strong>po, <strong>em</strong> razão das<br />
mudanças climáticas, possibilitaram o avanço e a conexão <strong>de</strong>ssas formações<br />
florestais, por meio da formação e migração <strong>de</strong> nascentes <strong>em</strong> conjunto com o<br />
processo <strong>de</strong> canalização ao longo dos relevos. Com isso, espécies <strong>de</strong> distribuição<br />
menos restrita <strong>de</strong> ambas as formações (aluvial e submontana) e dos corredores<br />
migratórios pu<strong>de</strong>ram colonizar nas diversas condições <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> das planícies e<br />
vertentes. Da mesma forma, as espécies com condições ecológicas específicas que<br />
foram favorecidas pela formação <strong>de</strong> habitats aluviais não hidromórficos na planície,<br />
e por espécies preferenciais <strong>de</strong> habitats hidromórficos sobre as vertentes dissecadas<br />
<strong>em</strong> sítios <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, criaram uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />
florestais conectadas ao longo <strong>de</strong>sses gradientes pouco conhecidos.<br />
Isto difere do pensamento unidirecional da formação das florestas <strong>de</strong> vale<br />
sobre as vertentes e das florestas <strong>de</strong> galeria nas planícies interioranas da<br />
Depressão Central, que são oriundas somente <strong>de</strong> espécies provindas das gran<strong>de</strong>s<br />
calhas dos rios. No entanto, essas florestas são formadas tanto por espécies <strong>de</strong><br />
solos não hidromórficos das formações submontanas, como por espécies das áreas<br />
aluviais dos gran<strong>de</strong>s rios. Os aspectos florísticos e fitossociológicos das espécies<br />
florestais, ao longo <strong>de</strong>sse relevo, pod<strong>em</strong> fornecer gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação<br />
ecológica para melhorar o entendimento <strong>de</strong>ssas formações florestais. São<br />
informações básicas importantes para aplicação <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> preservação e<br />
conservação <strong>de</strong> áreas prioritárias, e ainda, para a recuperação ou restauração<br />
<strong>florestal</strong>, possibilitando assim, as execuções <strong>de</strong> metodologias silviculturais que<br />
respeit<strong>em</strong> à autoecologia das espécies nas diversida<strong>de</strong>s ambientais, <strong>de</strong>sses<br />
gradientes complexos.<br />
Desse modo, algumas perguntas pod<strong>em</strong> ser formuladas. Como está<br />
distribuído o componente arbóreo e as comunida<strong>de</strong>s ao longo <strong>de</strong>sses gradientes<br />
ambientais? Quais são as variáveis ambientais que melhor explicam a distribuição<br />
<strong>de</strong>ssas comunida<strong>de</strong>s florestais? Quais são os sítios <strong>de</strong>ssas comunida<strong>de</strong>s e quais<br />
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