Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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2010). É comum também a utilização <strong>de</strong> várias técnicas conjugadas <strong>em</strong> uma única<br />
área.<br />
Santa Catarina conta com algumas iniciativas <strong>de</strong> restauração <strong>de</strong> áreas<br />
<strong>de</strong>gradadas. No Alto Vale, a APREMAVI (Associação <strong>de</strong> Preservação do Meio<br />
Ambiente e da Vida) possui viveiro <strong>de</strong> mudas nativas que são plantadas <strong>em</strong> terras<br />
<strong>de</strong> pequenos agricultores e proprietários da região, b<strong>em</strong> como realizado<br />
enriquecimento <strong>em</strong> florestas secundárias (SCHÄFFER; PROCHNOW, 2002).<br />
Outro grupo <strong>em</strong> Santa Catarina sugere a técnica <strong>de</strong> nucleação como forma<br />
<strong>de</strong> recuperar ambientes (REIS et al., 2007). Nesta, espécies promotoras favorec<strong>em</strong><br />
o estabelecimento <strong>de</strong> outras espécies e, <strong>de</strong>sta forma, aceleram o processo <strong>de</strong><br />
sucessão. Bechara et al. (2007) mostraram resultados satisfatórios <strong>em</strong> uma área <strong>de</strong><br />
restinga <strong>em</strong> Santa Catarina on<strong>de</strong> foram implantadas as técnicas <strong>de</strong> nucleação.<br />
A presença <strong>de</strong> gramíneas exóticas dificulta o processo <strong>de</strong> regeneração<br />
natural, b<strong>em</strong> como interfere <strong>em</strong> plantios <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> interesse agrícola e plantios<br />
<strong>de</strong> restauração (KISSMANN; GROTH, 1997; PETENON; PIVELLO, 2008).<br />
Mais especificamente, espécies do gênero Brachiaria (Trin.) Griseb. <strong>em</strong><br />
razão <strong>de</strong> sua extensa utilização no Brasil, t<strong>em</strong> prejudicado sobr<strong>em</strong>aneira os plantios<br />
promovendo competição ou até mesmo inibição do <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
O gênero Brachiaria é formado por plantas herbáceas, perenes ou anuais,<br />
eretas ou <strong>de</strong>cumbentes (BRITO; RODELLA, 2002). Inclui cerca <strong>de</strong> 100 espécies que<br />
ocorr<strong>em</strong> nas regiões tropicais e subtropicais dos h<strong>em</strong>isférios norte e sul, porém, o<br />
local <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> das principais espécies <strong>de</strong> valor agronômico é a África oriental<br />
(VALLE et al., 2008). A adaptação das braquiárias, como popularmente são<br />
conhecidas, é muito ampla, ocorrendo comumente <strong>em</strong> vegetação <strong>de</strong> savana, mas<br />
também abrang<strong>em</strong> várzeas inundáveis, margens <strong>de</strong> florestas e até regiões<br />
s<strong>em</strong>i<strong>de</strong>sérticas.<br />
As espécies B. arrecta, B. brizantha, B. <strong>de</strong>cumbens, B. dictyoneura, B.<br />
humidicola, B. mutica e B. ruziziensis são as mais utilizadas como plantas<br />
forrageiras (VALLE et al., 2008).<br />
A presença <strong>de</strong>ssas gramíneas <strong>em</strong> plantios florestais e agrícolas promove<br />
intensa competição e resulta <strong>em</strong> aumentos nos custos <strong>de</strong> produção, pois é<br />
necessário o controle <strong>de</strong>ssas plantas infestantes (LORENZI, 1982). Acrescenta o<br />
autor que essas plantas apresentam mecanismos que permit<strong>em</strong> maior sobrevivência<br />
mediante adversida<strong>de</strong>s, tais como gran<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> s<strong>em</strong>entes e mecanismos<br />
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