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Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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3.1 INTRODUÇÃO<br />

Ambientes fluviais são formações florestais que ocupam as superfícies<br />

marginais dos corpos hídricos e que variam na sua florística <strong>de</strong> acordo com a<br />

dinâmica interativa entre o ecossist<strong>em</strong>a aquático e terrestre (IBGE, 1992;<br />

RODRIGUES; GALDOLFI, 2009).<br />

As florestas fluviais exerc<strong>em</strong> funções <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a<br />

manutenção e estabilida<strong>de</strong> dos processos hidrológicos, tais como a proteção das<br />

margens <strong>de</strong> rios, lagos, igarapés e nascentes, prevenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamentos e<br />

assoreamentos, além do controle da infiltração <strong>de</strong> água da chuva, mantendo assim a<br />

capacida<strong>de</strong> original <strong>de</strong> escoamento dos leitos (WADT, 2003).<br />

Os canais fluviais pod<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminar diferentes condicionamentos para o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> florestas que o circundam, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhando um papel <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

importância na escultura da superfície terrestre (SUGUIO; BIGARELLA, 1979). O rio,<br />

portanto, representa um vetor que influi na composição das comunida<strong>de</strong>s florestais.<br />

As áreas <strong>de</strong> planície são influenciadas pelas inundações e pelas variações<br />

do lençol freático que, juntamente com as características pedológicas, condicionam<br />

os regimes hídricos do solo <strong>em</strong> saturados, s<strong>em</strong>i-saturados e não saturados<br />

(CURCIO et al., 2006). Segundo estes autores, as espécies se estabelec<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

acordo com o regime hídrico do solo e se enquadram <strong>em</strong> grupos hidrofuncionais:<br />

hidrófilas, higrófilas e mesófilas, correspon<strong>de</strong>ndo a espécies adaptadas,<br />

respectivamente, aos solos hidromórficos, s<strong>em</strong>i-hidromórficos e não-hidromórficos.<br />

As variações estruturais e florísticas <strong>de</strong> florestas fluviais são, portanto,<br />

resultado da interação da geologia, do traçado dos rios, topografia local, tipos <strong>de</strong><br />

solo e níveis <strong>de</strong> saturação, além do regime pluviométrico (CURCIO et al., 2006;<br />

LIMA; ZAKIA, 2009).<br />

Os ambientes fluviais foram alterados e mal utilizados nos meios rurais e<br />

urbanos associados à inexistência <strong>de</strong> planejamento prévio, que tenha <strong>de</strong>limitado<br />

áreas que <strong>de</strong>veriam ser ocupadas para agricultura e urbanização, e áreas que<br />

<strong>de</strong>veriam ser preservadas <strong>em</strong> função <strong>de</strong> suas características ambientais ou legais<br />

(RODRIGUES; GANDOLFI, 2009).<br />

No estado <strong>de</strong> Santa Catarina, especificamente, as florestas que recobr<strong>em</strong> o<br />

Vale do Itajaí pertenc<strong>em</strong> ao bioma Mata Atlântica, mais especificamente à unida<strong>de</strong><br />

fitoecológica Floresta Ombrófila Densa, que são representadas atualmente por<br />

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