Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
mineralização da matéria orgânica, justificando o <strong>de</strong>créscimo dos teores <strong>de</strong> carbono<br />
orgânico, respectivamente <strong>de</strong> 145,1 – 98,5 g/dm 3 (Tabela 3).<br />
Tabela 03: Granulometria, carbono orgânico (C), capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> troca catiônica (T) e saturação por<br />
Perfil (P)<br />
Amostra (A) Hor.<br />
bases (V%) dos perfis e amostras do transecto A. Hor. – horizonte.<br />
Areia<br />
grossa<br />
Granulometria (g/kg)<br />
Areia<br />
Fina<br />
Silte Argila<br />
C<br />
(g/dm 3 )<br />
T<br />
(cmolc/kg)<br />
A1 H 37,0 15,0 648,0 300,0 145,1 20,85 55<br />
P1 H 60,0 39,5 600,0 300,0 133,8 15,75 23<br />
A2 H 17,5 18,5 664,0 300,0 103,8 18,22 28<br />
P2 A 31,5 7,0 561,5 400,0 98,5 13,26 41<br />
AC 103,5 59,5 462,0 375,0 62,6 8,86 20<br />
C 140,5 48,5 311,0 500,0 30,7 6,85 27<br />
A textura dos solos varia <strong>de</strong> média a argilosa (Tabela 03), situação comum<br />
aos solos evoluídos a partir do basalto (FILHO et al., 1987; BOGNOLA et al., 2002),<br />
porém apresenta baixo grau <strong>de</strong> evolução.<br />
Vale frisar que os dados granulométricos dos solos da pedossequência<br />
<strong>de</strong>notam altos teores <strong>de</strong> silte, todavia, estes <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar superestimados <strong>em</strong> razão<br />
dos altos índices <strong>de</strong> carbono, fator importante no processo <strong>de</strong> floculação <strong>de</strong><br />
partículas coloidais (tabela 3). Além do fato <strong>de</strong> que os solos evoluídos a partir da<br />
mineralização dos basaltos geram, conhecidamente, solos ricos <strong>em</strong> argilominerais<br />
(FILHO et al., 1987).<br />
Quanto à trofia do sist<strong>em</strong>a, os solos são predominant<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>ssaturados,<br />
marcado por distrofias nos perfis 1 e 2 e na amostra 2. Anômala a esta situação, a<br />
amostra 1 é o único volume eutrófico do transecto (Tabela 3).<br />
Os fatores que levaram, dominant<strong>em</strong>ente, à distrofia dos volumes que<br />
constitu<strong>em</strong> a pedossequência estão relacionados aos altos índices pluviométricos<br />
(Figura 3) associados à posição a jusante do afloramento rochoso, incorrendo <strong>em</strong><br />
forte lixiviação das bases trocáveis. Melo e Alleoni (2009) citam que estas estão<br />
comumente disponíveis no solo para absorção e adsorção e, portanto são r<strong>em</strong>ovidas<br />
facilmente do sist<strong>em</strong>a pela ação da lixiviação.<br />
Todavia, o pedon que inicia o transecto, mesmo <strong>em</strong> situação <strong>de</strong> r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong><br />
íons por lixiviação, contém saturação <strong>de</strong> 55 %, o maior valor para o transecto. Muito<br />
possivelmente os fatores condicionantes para esta manutenção <strong>de</strong> bases é<br />
presença do contato lítico, associado aos elevados teores <strong>de</strong> matéria orgânica<br />
V<br />
(%)<br />
44