PERDAS DE SOLO E NUTRIENTES POR EROSÃO HÍDRICA EM ...
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RESUMO<br />
Este trabalho teve como objetivo geral avaliar diferentes métodos de preparo de solo para o<br />
plantio de Pinus taeda, em relação ao processo de erosão hídrica, em duas áreas de<br />
reflorestamento localizadas ao Norte do Estado de Santa Catarina, com solos de texturas e<br />
declividades diferenciadas. As áreas selecionadas foram: No Município de Três Barras -<br />
Argissolo Vermelho Escuro Álico, com textura muito argilosa e declividade entre 3 e 5% e,<br />
no Município de Itaiópolis - Argissolo Vermelho Distrófico Típico com textura argilosa e<br />
declividade entre 9 e 12%. Foram quantificadas as perdas de solo e nutrientes geradas em<br />
cada método de preparo, e realizadas análises das propriedades físico – hídricas, químicas e<br />
mecânicas do solo nas duas áreas experimentais. Os métodos de preparo do solo adotados<br />
(tratamentos) foram: “Morro Abaixo”- com uso de subsolador combinado com grades no<br />
sentido do declive; “Cortando declive” – o mesmo implemento utilizado em nível; “Sem<br />
preparo”- ausência de preparo de solo ou seja, nenhum revolvimento e plantio sobre o<br />
resíduo e “Covas” – coveamento mecanizado na linha de plantio. As parcelas experimentais<br />
(tratamentos) com dimensões de 20 x 25 m foram instaladas em 2003 e avaliadas pelo<br />
período de um ano. A quantificação das perdas de solo e água dos tratamentos foi efetuada<br />
através da instalação de uma calha coletora de enxurrada (Roda Coshocton) na porção<br />
inferior de cada parcela. Foram encontradas diferenças significativas para a porosidade total,<br />
macro e microporosidade nas duas áreas experimentais. Nas duas localidades o método de<br />
preparo “Morro Abaixo” de forma geral manifestou as maiores perdas de solo e nutrientes.<br />
Na área experimental de Itaiópolis este tratamento manifestou perdas de solo 3,5 vezes<br />
maiores que os tratamentos “Cortando declive” e “Sem preparo” e praticamente o dobro do<br />
tratamento “Covas”. Na avaliação das propriedades físico – hídricas e resistência mecânica<br />
não foram obtidos valores considerados críticos nesta localidade. Na área experimental de<br />
Três Barras as perdas de solo no tratamento “Morro abaixo” manifestaram valores de perdas<br />
de solo cerca de 3,5 vezes em relação ao “Cortando declive”, 2,5 vezes em relação ao<br />
“Covas” e praticamente 6,5 vezes em relação à área sem preparo. Nesta localidade as<br />
propriedades físico – hídricas não mostraram valores críticos no entanto a resistência<br />
mecânica do solo manifestou diferenças significativas demonstrando compactação do solo<br />
na ausência de preparo. Na área de Itaiópolis constatou-se que o preparo do solo deve ser<br />
realizado priorizando a contenção do processo erosivo, enquanto que em Três Barras, além<br />
desta função o método de preparo do solo adotado deve levar em consideração também a<br />
preocupação com a recuperação do solo compactado.<br />
Palavras chave: reflorestamento, erosão hídrica do solo, física do solo.<br />
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