Prof°. Mateus Ciucci 1° Ano Vespertino - ALUB

Prof°. Mateus Ciucci
1° Ano – Vespertino
Classicismo Alemão
‘O teatro é um daqueles negócios que menos se prestam a um tratamento planejado; a todo
momento depende-se inteiramente do tempo e da contemporaneidade: aquilo que o autor
quer escrever, o ator, interpretar, o público, ver e ouvir, é isto que tiraniza os administradores e
os desapossa de qualquer juízo próprio’. (BERTHOLD, 1968, p. 413).
Passagem escrita por Goethe no Jornal de Luxo e de Moda, sobre o mais sistematicamente
planejado programa cultural já tentado no teatro alemão.
Características:
- Goethe em Weimar – resultado de cuidadoso e árduo trabalho preliminar, uma tentativa de
transfigurar os prosaicos tijolos de um ensemble inadequado nos átrios de mármore dos altos
ideais.
- Entre Goethe e Schiller, houve uma colaboração de resultou numa harmonia entre criação
poética e teatro conhecidos na Inglaterra nos dias de Shakespeare, a Espanha, nos de Calderón
e a França, nos de Molière;
Romantismo
‘O clássico é o que é saudável, o romantismo é o que é doente’ (Goethe).
Tentou-se distinguir o classicismo do romantismo a partir de contrastes como
Lei e gênio / completeza e infinitude
Intelecto e emoção / arte objetiva e arte subjetiva
Forma fechada e forma aberta
- Aspectos superficiais porém;
- De 1800 a 1830 – deixou-se de incluir a pintura e a poesia no romantismo;
- Autores expressivos do Romantismo alemão:
Irmãos Schlegel, Tieck, Novalis, Wackenroder, Dichterkreis de Heidelberg, E.T.A. Hoffman;
- Diz-se que acometeu o mundo numa epidemia. Era cosmopolita e, ao mesmo tempo,
despertava impulsos nacionais nos países individuais.
SOBRE A POESIA
- ‘A poesia romântica é uma poesia progressiva universal (...) Pretende primeiro mesclar e logo
fundir a poesia à prosa, a literatura criativa à crítica, a poesia da arte à poesia da natureza. (...)
Ela sozinha é infinita, da mesma forma que ela é sozinha é livre, e sua primeira lei é que o livrearbítrio
do poeta não reconhece nenhuma lei superior’.
- ‘Para dentro vai o caminho misterioso’.
SOBRE O TEATRO

- Dito arte dirigida para fora, socializante foi associado à época a técnicas de palco e padrões
sociológicos e organizacionais, cujos princípios parecem, à primeira vista, ter escapado a
qualquer influência saliente do movimento romântico.
- Impacto na estrutura íntima do drama, na interpretação e na representação cênica;
- Teatro da corte, ópera da corte / teatros municipais e do Estado;
- Teatros independentes construídos por cidadãos que os consideravam suas próprias
instituições culturais;
- Schicksalstragödie – F. Schiller: conflito da personalidade moral livre com os poderes da
história, torna-se um retrato da família burguesa.
- O povo entrega-se ao verso escrito, lia sobre moda, poesia e teatro em almanaques poéticos
e livros de bolso, e em sua literatura de entretenimento desenvolvia um gosto pelo horrível –
expresso no palco nas peças de fantasmas;
- Crescente comercialização do teatro / Grandes cidades da Europa e estímulo da tendência ao
estrelato no palco / Sedutores contratos vindos da América e atração de atores românticos,
especialmente os de Londres para NY, Filadélfia e Boston;
- Primado da imaginação livre, criativa, tentativa de construir uma ponte sobre o abismo entre
o finito e o infinito por meio da ironia romântica, a peça espirituosa com a ilusão e o autoanulamento
(todas as formas de autocriação e auto-aniquilamento) conferiram ao drama do
romantismo suas características improvisacionais, fragmentárias e tendentes ao arabesco;
- Influência de Shakespeare no que diz respeito à desintegração romântica da forma
‘Então tomam-no por um espírito selvagem, sublime (...) que estudou apenas a Natureza, que
se abandona por completo à sua paixão e inspiração, e depois vai em frente e escreve o que
quer que seja – bom e mau, sublime e ordinário, tudo desordenadamente’ (Príncipe Zerbino).
- August Wilhelm Schlegel, Ludwig Tieck e colaboradores – tradução alemã de Shakespeare
como recriação congenial no espírito do início do século XIX; É por meio dos românticos
alemães que a França, a Espanha, Itália e Rússia aprendem a admirar Shakespeare;
- Iluminação a gás introduzida no Teatro de Drury Lane e Covent Garden