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EDIÇÃO 1 / NOVEMBRO 2013<br />

NOME DA SEÇÃO • ASSUNTO<br />

<strong>YOUR</strong><br />

1


NOME DA SEÇÃO • ASSUNTO<br />

COLEÇÃO VERÃO 2014<br />

NOME DA SEÇÃO • ASSUNTO<br />

2 3


NOME DA SEÇÃO • ASSUNTO<br />

EDITORIAL<br />

Aos 20 e poucos anos a paciência e<br />

a calma para longas leituras já não é a<br />

mesma. <strong>YOUR</strong> chega para mudar o padrão<br />

das revistas atuais e quabrar a ideia<br />

de que jovens são impacientes e não<br />

gostam de ler. Aqui você leitor, tem voz e<br />

pode contribuir com o nosso conteúdo.<br />

A edição mensal vai tem sua estréia com<br />

matérias exclusivas feitas a partir da<br />

opinião de nossoa usuários. Com base<br />

em u estudo prévio de 2 anos, <strong>YOUR</strong><br />

magazine foi elaborada para que o dia a<br />

dia passe mais rápido e seja mais dinâmico.<br />

Cultura e comportamento jovem<br />

serão os focos abordados a cada mês e<br />

o leitor poderá deixar sua marca sempre<br />

que tiver vontade. Venha conhecer<br />

a nova cara da revista jovem brasileira.<br />

CAPA • Apontado como um dos melhores ábuns lançados<br />

no Brasil em 2011, Nó Na Orelha abriu portas para<br />

o rapper Criolo. Em entrevista completa conta como<br />

lida com a música e suas criações.<br />

NOME ARTISTA DA INDEPENDENTE SEÇÃO • ASSUNTO • ILUSTRAÇÃO<br />

EXPEDIENTE<br />

Conselho editorial NATHALIA CAMARGO<br />

Projeto Gráfico NATHALIA CAMARGO<br />

Tradução NATHALIA CAMARGO<br />

Revisão de texto NATHALIA CAMARGO<br />

Editor chefe NATHALIA CAMARGO<br />

Quer aparecer na nossa próxima edição?<br />

revistayour@editoraone.com.br<br />

(11) 98797 3307<br />

(11) 3396 9633<br />

Rua Augusta, 1348, Sala 11<br />

São Paulo - SP<br />

“ACREDITO QUE A<br />

ILUSTRAÇÃO É UM<br />

HOBBIE PARA MIM.”<br />

Filho de Espanhóis e<br />

nascido em Salvador,<br />

Andrés Amoedo Justo,<br />

22, é formado em<br />

Design Gráfico pela<br />

Universidade Estadual<br />

da Bahia e atualmente<br />

atua como Business Designer<br />

em um escritório<br />

de Inovação e T.I de<br />

São Paulo.<br />

4 5


NOME DA SEÇÃO • ASSUNTO<br />

SUMÁRIO<br />

15 MINUTOS<br />

SAÚDE E BEM ESTAR 8<br />

COLETIVO LUMIKA 9<br />

ENTREVISTA<br />

CRIOLO 10 - 13<br />

ESPECIAL<br />

SÃO PAULO 14 - 17<br />

TENDÊNCIA E MODA<br />

VERÃO 2014 18<br />

COMPRAS 19<br />

SPOTLIGHT<br />

CURITIBA, PR 20 - 21<br />

PROGRAME-SE<br />

DEZEMBRO 22<br />

6 7


15 NOME MINUTOS DA SEÇÃO • SAÚDE • ASSUNTO E BEM ESTAR<br />

ACORDE DE BEM COM A VIDA<br />

É curioso que todo mundo se preocupe<br />

com a qualidade do sono, mas pouca<br />

gente dê bola para o momento de<br />

despertar, que é tão importante quanto<br />

o descanso. Tudo bem que nem sempre<br />

despertamos tão zerados assim. Nesses<br />

casos, você tem um motivo a mais para<br />

investir em um começo de dia relaxante.<br />

Tanto a medicina oriental quanto a<br />

alopática concordam: despertar sem<br />

sobressaltos é fundamental para a saúde<br />

do corpo e da mente. “Devemos<br />

acordar lentamente, bem devagarinho,<br />

fazendo respiração e alongamento”,<br />

afirma o médico Aderson Moreira da<br />

Rocha, da Associação Brasileira de<br />

Ayurveda. Eis o primeiro passo para<br />

ter um bom dia de verdade.<br />

Ninguém ignora que a vida diária é<br />

atarefada. O resultado você também<br />

conhece: estresse, ansiedade, frustração,<br />

tédio e até problemas cardíacos.<br />

“Geralmente, durante o sono, o coração<br />

funciona de uma maneira diferente,<br />

porque estamos em repouso. Podemos<br />

dizer que o coração bate mais<br />

devagar. Ao acordar, precisamos dar<br />

um tempo para ele recuperar o ritmo”,<br />

diz a neurologista Dalva Poyares, especialista<br />

em insones da Unifesp.<br />

Então por que a gente insiste na correria?<br />

Para a professora de filosofia Dulce<br />

Critelli, da PUC de São Paulo, há uma<br />

epidemia de pressa. “Nossa sociedade<br />

está montada sobre trabalho e resultados.<br />

Parece que todo o tempo livre tem<br />

que ser ocupado por uma atividade<br />

produtiva. Se estiver ociosa, a pessoa<br />

se sente culpada”. Segundo ela, muita<br />

gente se entrega de bom grado a esse<br />

problema. “Como a pressa desconcentra<br />

e dispersa, isso é um alívio para<br />

muitos, porque estar cheio de tarefas é<br />

uma grande desculpa para não se ocupar<br />

consigo mesmo”.<br />

OS PRIMEIROS INSTANTES DA MANHÃ<br />

DITAM O RITMO DO DIA.<br />

VÁ DEVAGAR, RESPIRE,<br />

ALONGUE-SE!<br />

O ideal seria cultivar o hábito de dormir<br />

sempre na mesma hora, o que faz<br />

o corpo despertar naturalmente, na<br />

mesma hora. Ao tomar banho, aproveite<br />

para fazer um exercício de respiração.<br />

A água limpa o corpo e o exercício<br />

de respiração limpa a mente das<br />

frustrações do dia anterior. Coloque<br />

uma roupa limpa e tome um café da<br />

manhã reforçado. Espreguiçar-se, bocejar,<br />

fazer alongamentos, arrumar o<br />

quarto, tomar um banho energizante e<br />

caprichar no café da manhã levam um<br />

tempo, sim. Mas dizer um “bom dia”<br />

sincero vale a pena. Experimente!<br />

Reportagem: Marina Motta<br />

Edição: Lígia Scalise<br />

Imagem: Marcelo Zocchio<br />

Reportagem: Marina Motta<br />

Edição: Lígia Scalise<br />

Imagem: Marcelo Zocchio<br />

WEBSÉRIE<br />

LEVE-ME PRA SAIR<br />

Quando se tem 16 anos, tudo pode acontecer<br />

em uma festa! “Leve-me pra sair: websérie” é o<br />

novo trabalho do Coletivo Lumika que aborda<br />

a temática da diversidade sexual, explorando<br />

momentos de jovens durante uma madrugada<br />

longa e cheia de acontecimentos.<br />

A websérie será lançada em 9 episódios curtos<br />

que trazem a tona discussões que procupam<br />

como: intolerância, formação de identidade,<br />

machismos e liberdade de expressão. Foi<br />

pensando nessa complexidade que o Coletivo<br />

Lumika produziu conetúdos extras, como o depoimento<br />

direto de cada personagem, a serem<br />

lançados entre episódios - que é pra ninguém<br />

perder nenhum detalhe importante dessa trama.<br />

Toda segudna, quarta e sexta acompanhe<br />

a websérie, os deposimentos e os making ofs<br />

respectivamente em nosso canal do Youtube.<br />

PODEMOS TE LEVAR PARA SAIR?<br />

Somos jovens que acreditam em outros jovens.<br />

Produzir conteúdo sobre diversidade sexual é<br />

nosso jeito de dizer que estamos aqui, questionando,<br />

estimulando e fazendo a nossa parte.<br />

O Lumika acredita que o mundo está mudando<br />

pra melhor, que os jovens são catalisadores de<br />

mudanças e estão sedentos por novos diálogos.<br />

O Coletivo Lumika foi criado em 2011 em São<br />

Paulo e quer mudar o mundo, pretencioso assim.<br />

https://www.facebook.com/coletivolumika<br />

http://lumika.art.br/<br />

8 9<br />

NOME 15 MIUNTOS DA SEÇÃO • COLETIVO • ASSUNTO LUMIKA


NOME DA SEÇÃO ENTREVISTA • ASSUNTO • CRIOLO<br />

Apontado como um dos melhores ábuns lançados no Brasil<br />

em 2011, Nó Na Orelha abriu portas para o rapper Criolo. Há<br />

23 anos difundindo a cultura do rap nacional pelos quatro<br />

cantos do país, Kleber Cavalnte Gomes, o Criolo Doido, ou<br />

"só" Criolo agora, viu sua música, antes restrita aos admiradores<br />

do hip hop, romper barreiras e chegar a ouvidos nunca<br />

antes imaginados.<br />

Nó Na Orelha marca uma nova fase na carreira de Criolo.<br />

Além do rap, o disco traz bolero, samba, brega, reggae. Desde<br />

que Criolo disponibilizou o download gratuito do álbum<br />

através de seu site oficial, mais de 50 mil pessoas se renderam<br />

a essa mistura inrotulável de diversos gêneros da música brasileira<br />

e mundial. Nó Na Orelha é um muito de tudo.<br />

Em longa conversa com o ObaOba, Criolo fala de seu passado<br />

desconhecido para a grande maioria das pessoas que baixou<br />

ou comprou Nó Na “UM Orelha, LABIRINTO tenta explicar MÍSTICO o processo de composição<br />

e criação do disco e exalta sua comunidade, o Grajaú,<br />

na Zona Sul de São ONDE Paulo, o OS Nordeste GRAFITES e o povo GRITAM brasileiro. Veja<br />

a entrevista completa:<br />

NÃO DÁ PRA DESCREVER”<br />

[NÃO] EXISTE AMOR EM SP<br />

Apontado como um dos melhores ábuns lançados no Brasil<br />

em 2011, Nó Na Orelha abriu portas para o rapper Criolo.<br />

Há 23 anos difundindo a cultura do rap nacional pelos quatro<br />

cantos do país, Kleber Cavalnte Gomes, o Criolo Doido,<br />

ou "só" Criolo agora, viu sua música, antes restrita aos admiradores<br />

do hip hop, romper barreiras e chegar a ouvidos<br />

nunca antes imaginados.<br />

Nó Na Orelha marca uma nova fase na carreira de Criolo.<br />

Além do rap, o disco traz bolero, samba, brega, reggae. Desde<br />

que Criolo disponibilizou o download gratuito do álbum<br />

através de seu site oficial, mais de 50 mil pessoas se renderam<br />

a essa mistura inrotulável de diversos gêneros da música<br />

brasileira e mundial. Nó Na Orelha é um muito de tudo.<br />

Em longa conversa com o ObaOba, Criolo fala de seu passado<br />

desconhecido para a grande maioria das pessoas que<br />

baixou ou comprou Nó Na Orelha, tenta explicar o processo<br />

de composição e criação do disco e exalta sua comunidade,<br />

o Grajaú, na Zona Sul de São Paulo, o Nordeste e o povo<br />

brasileiro. Veja a entrevista completa:<br />

COMO É PRA VOCÊ, QUE ESTÁ NO CORRE HÁ 23 ANOS, DE REPENTE VER TEU NOME<br />

NA BOCA DE TODO MUNDO E SEU DISCO SENDO AMPLAMENTE ELOGIADO PELA CRÍTICA<br />

ESPECIALIZADA?<br />

Eu não vejo como de repente. “De repente” seria se eu tivesse<br />

começado o corre esse ano e as coisas tivessem acontecendo<br />

esse ano. Eu acho que tudo isso é fruto de 23 anos de correria.<br />

São 23 anos de batalha, se tivesse que acontecer alguma coisa,<br />

ia acontecer, foi gradativo. Eu não vejo como um lance do<br />

tipo “Nossa, cara. Nunca aconteceu nada”. Dentro da história<br />

do rap nacional, eu procurei construir muitas coisas, já visitei<br />

vários lugares do país graças ao rap. O rap nacional tem uma<br />

rede forte, uma comunicação forte. Eu acredito que tudo isso<br />

que eu aprendi com o hip hop foi me dando base e força para<br />

fazer tudo isso que eu faço. E agora aconteceu de um número<br />

maior de pessoas de outros universos musicais terem contato<br />

com minha música. Mas não enxergo como “de repente”. De<br />

repente seria se eu tivesse começado minha história com música<br />

há um ano.<br />

ENTREVISTA • CRIOLO<br />

10 11


ENTREVISTA • CRIOLO<br />

E O QUE TE MOTIVOU A DAR ESSE NOVO OLHAR PARA A TUA CARREIRA E COLOCAR<br />

UM BREGA, UM SAMBA, UM REGGAE E OUTROS DIVERSOS ELEMENTOS MUSICAIS<br />

ALÉM DO RAP NO TEU TRABALHO?<br />

Para muitas pessoas é novidade, porque elas são de outro<br />

universo e estão tendo contato com a minha pessoa e com<br />

a minha arte agora, mas eu já faço isso há 10 anos. Porque<br />

meus pais são nordestinos, então eu tenho toda uma cultura<br />

bonita da música do Nordeste do nosso país. Porque o<br />

Grajaú, bairro onde eu moro, tem um milhão de habitantes<br />

e tem pessoas de todos os lugares do Brasil. Toda hora<br />

você tem informação cultural de vários pontos desse país/<br />

continente. É uma coisa natural. Eu não pensei “Agora eu<br />

vou misturar isso com aquilo pra ver no que dá”. Foi tudo<br />

muito natural. É o dia a dia, as pessoas que estão ao meu<br />

redor, as pessoas do meu bairro, as pessoas que fazem rap<br />

de altíssima qualidade que eu convivo e que eu conheci em<br />

vários lugares do Brasil. Essa história toda já tem mais de<br />

10 anos.<br />

VOCÊ ACHA QUE SE O NÓ NA ORELHA NÃO TIVESSE SIDO DISPONIBILIZADO PARA<br />

DOWNLOAD GRATUITO NO TEU SITE (MAIS DE 50 MIL PESSOAS BAIXARAM O DISCO<br />

EM MENOS DE UM MÊS) A REPERCUSSÃO SERIA A MESMA?<br />

Quando eu coloquei para download gratuito no site, eu<br />

quis facilitar o diálogo, não criei barreiras, deixei disponível.<br />

E é uma coisa muito louca. Quando você deixa disponível,<br />

você não está impondo. O álbum está lá para quem quiser<br />

baixar. Quem quis baixar, baixou. Quem quis comentar,<br />

comentou. Então esse processo que vai além das minhas<br />

mãos foi muito natural. E foi muito natural para as outras<br />

pessoas também. E eu não sei explicar porque tudo isso<br />

aconteceu. Acho que o pessoal sentiu que a gente procurou<br />

dividir. O dom que a gente recebe não é nosso, existe<br />

algum motivo. Se é que eu tenho algum dom.<br />

Talvez eu nem tenha...<br />

CLARO QUE VOCÊ TEM UM DOM, CRIOLO...<br />

Se eu tenho um dom, todo brasileiro tem, no mínimo, 10,<br />

20, 30 dons. O povo brasileiro é um povo que... meu Deus<br />

do céu... é minha fonte de inspiração todos os dias, para a<br />

luta, para a arte. A sagacidade de você ter uma família, e<br />

você ser um cara honesto, um cara digno, que passa bons<br />

exemplos para o seu filho, um cara que sabe valorizar sua<br />

comunidade e ganha um ou dois salários mínimos por mês.<br />

Se for olhar por esse lado... meu Deus do céu... todos os<br />

dias a gente aprende com qualquer pessoa. `As vezes o<br />

cara que está passando alí do outro lado da rua tem uma<br />

história de vida que te surpreende. Em relação a minha<br />

música, acho que as coisas que desaguaram nesse Nó<br />

Na Orelha aconteceram porque pela primeira vez eu tive<br />

a oportunidade de fazer algo dessa magnitude, mas eu já<br />

faço isso há mais de uma década.<br />

NO TEU DISCO, VOCÊ FALA DE SABOTAGE, CHICO BUARQUE, FELA KUTI. VOCÊ NÃO SE<br />

PRENDE A RÓTULOS MUSICAIS PARA OUVIR AS COISAS QUE VOCÊ GOSTA?<br />

Tudo é música. O que nos conecta são os seres humanos<br />

que estão escutando, são os corações, a vontade de fazer<br />

música. A vontade de um cara que quer ser DJ é a mesma<br />

vontade de um cara que quer tocar violão. Ele quer ter<br />

contato com essa arte, ele quer fazer parte, ele quer que<br />

isso exista na história da vida dele. É uma relação diferente.<br />

Muitas pessoas querem fazer música para fazer parte da<br />

história da música brasileira e muita gente quer fazer música<br />

para que a música faça parte da história de suas vidas.<br />

E é isso que nos liga.<br />

E POR QUE VOCÊ ABANDONOU O “DOIDO” NO SEU NOME ARTÍSTICO A PARTIR DO<br />

LANÇAMENTO DO NÓ NA ORELHA?<br />

Eu abandonei o “Doido” porque eu já tenho 23 anos na<br />

música rap, e há 10 anos eu já faço diversas outras coisas<br />

que pouquíssimas pessoas sabiam até agora, mas mesmo<br />

assim eu ainda precisaria viver mais 200 anos e contribuir<br />

muito, não só cantando, mas em outras ações também, para<br />

poder receber esse elogio de “Doido”.<br />

Reportagem: Diego Ávila<br />

Edição: Denise Freire<br />

Imagens: Marcelo Zocchio<br />

AUTOR DO DISCO MAIS ELOGIADO DO ANO DECLARA:<br />

“TODO MUNDO TEM FOME. SE NÃO É<br />

DE FEIJÃO E FARINHA, É DE AMOR!”<br />

NOME ENTREVISTA DA SEÇÃO • CRIOLO • ASSUNTO<br />

12 13


NOME DA SEÇÃO ESPECIAL • ASSUNTO •SÃO PAULO<br />

SELVA DE<br />

CONCRETO<br />

E QUEM VEM DE OUTRO SONHO FELIZ DE<br />

CIDADE APRENDE DEPRESSA A CHAMAR-TE<br />

DE REALIDADE PORQUE ÉS O AVESSO DO<br />

AVESSO, DO AVESSO DO AVESSO<br />

{SAMPA, CAETANO VELOSO}<br />

São Paulo, Sampa ou a Terra da Garoa é um berço<br />

cultural nacional e internacional, onde misturas musicais,<br />

gastronômicas e de estilo se combinam. É considerada<br />

polo cultural no Brasil e uma das principais capitais culturais<br />

da América Latina.<br />

Terra do poeta romancista Mario de Andrade e do escritor<br />

Oswald de Andrade. Cidade de origem de influenciadores<br />

musicais, como: Os Mutantes, Ultraje a Rigor, Rita<br />

Lee, Demônios da Garoa, Titãs e Ira.<br />

Representada e cantada pelo baiano Caetano Veloso<br />

na música Sampa: “Alguma coisa acontece no meu coração/Que<br />

só quando cruza a Ipiranga e a avenida São<br />

João” e pelo pai do samba paulista, Adoniran Barbosa,<br />

em Trem das Onze “Moro em Jaçanã/Se eu perder esse<br />

trem/ Que sai agora às onze horas/ Só amanhã de manhã”.<br />

– Eleita popularmente como música-símbolo da cidade.<br />

Fundada em 1554, a capital paulista oferece oportunidades<br />

de um novo mundo. É onde as pessoas vão à procura<br />

de realizar seu sonho, emprego, negócios ou diversão.<br />

Grandes negociações do mercado imobiliário nacional<br />

estão concentradas em São Paulo, afinal é o principal<br />

centro financeiro e corporativo da América do Sul.<br />

Só em 2012 o número de inscritos no CRECI-SP passou<br />

de 47.954 corretores de imóveis. Em novembro do mesmo<br />

ano, a cidade concentrou 20,57% das 23.797 unidades<br />

residenciais lançadas na capital desde janeiro. Este desempenho,<br />

recorde no ano, supera de longe os números<br />

de outubro e ultrapassa o resultado do mesmo período<br />

de 2011, quando o mercado imobiliário mostrava sinais<br />

de maior aquecimento. Ao todo, 4.894 imóveis na planta<br />

foram colocados à venda em São Paulo, distribuídos em<br />

48 novos empreendimentos.<br />

ESPECIAL • SÃO PAULO<br />

Reportagem: Ricardo Almeida<br />

Edição: Fábio Mendes<br />

Imagens: Marcelo Zocchio<br />

14 15


ESPECIAL • SÃO PAULO<br />

JULES MARTIN E JOAQUIM EUGÊNIO DE LIMA<br />

OS RESPONSÁVEIS PELA CRIAÇÃO DO VIADUTO<br />

DO CHÁ E DA AVENIDA PAULISTA: IDEIAS QUE DE-<br />

RAM MAIS MOBILIDADE A SÃO PAULO SURGIRAM<br />

DA CABEÇA DOS ESTRANGEIROS<br />

O Viaduto do Chá libertou São Paulo do sufoco que a<br />

confinava aos limites da colina em que foi fundada. A<br />

Avenida Paulista expandiu-lhe os limites até o alto do morro<br />

que serve de divisor de águas entre os rios Tietê e Pinheiros.<br />

São as duas mais marcantes obras do período de<br />

transição entre a sonolenta cidade colonial e a metrópole.<br />

Por coincidência, surgiram da cabeça de dois estrangeiros<br />

— o francês Jules Martin e o uruguaio Joaquim Eugênio<br />

de Lima.<br />

Jules Victor André Martin (Montiers, França, 1832-São<br />

Paulo, 1906) chegou ao Brasil em 1868 e, depois de uma<br />

passagem por Sorocaba, radicou-se na capital da província.<br />

Dotado para o desenho, ele, que estudara belas-artes<br />

em Marselha, inaugurou em São Paulo, em 1870, uma<br />

oficina litográfica, a primeira da cidade. Entre outros trabalhos,<br />

ali imprimiria mapas de São Paulo de sua autoria<br />

— tanto da província quanto da capital — e projetos<br />

urbanísticos que pretendia ver implantados na cidade. Um<br />

deles previa uma galeria coberta que, serpenteando pelas<br />

ruas do centro, abrigaria quatro andares de lojas. Não<br />

vingou. Outro imaginava um viaduto que uniria a colina<br />

histórica ao outro lado do Vale do Anhangabaú, onde se<br />

situava o morro conhecido como “do Chá”, assim chamado<br />

por causa das plantações de chá que por ali vicejavam.<br />

Aquela área começava a ser urbanizada. Nas chácaras<br />

pertencentes ao marechal José Arouche de Toledo Rendon<br />

e ao barão de Itapetininga — ambos cultivadores de chá<br />

—, traçavam-se ruas e vendiam-se terrenos. Não tinha<br />

mais sentido a canseira de descer a encosta da colina de<br />

um lado, atravessar a ponte sobre o Riacho Anhangabaú,<br />

lá embaixo, e subir a encosta do morro do outro lado.<br />

Em 1877, Jules Martin desenhou, apresentou à Câmara<br />

Municipal e pendurou à porta da oficina seu projeto de<br />

viaduto. Em 1879, modificou-o. Agora, em vez de suspensa,<br />

a ponte se assentava sobre um aterro, com uma passagem<br />

em arco, embaixo, por onde continuaria a fluir o<br />

Anhangabaú. Em 1885, ganhou da Câmara a concessão<br />

para realizar o projeto.<br />

A Avenida Paulista foi inaugurada em 8 de dezembro de<br />

1891. Jules Martin é autor de uma aquarela em que registra<br />

o evento. Joaquim Eugênio de Lima traçou também<br />

ruas que corriam paralelas ou de atravessado à nova via,<br />

chamando-as de “alamedas” e batizando- as com o nome<br />

de cidades paulistas: Santos, Itu, Ribeirão Preto, Lorena...<br />

Com o novo bairro, a classe endinheirada da cidade galgava<br />

mais um degrau, no afã de afastarse dos baixios<br />

próximos aos rios, lugares considerados insalubres. Se o<br />

primeiro bairro rico, o dos Campos Elíseos, ainda ficava<br />

na parte mais baixa da área de expansão urbana, o segundo,<br />

Higienópolis, já começara a subir. Com a Avenida<br />

Paulista, chegava-se ao topo. Tão nova quanto a avenida<br />

seria a elite que ali se instalaria. Se os barões do café<br />

dominavam nos Campos Elíseos e em Higienópolis, a<br />

Paulista seria o lugar de preferência dos industriais, inclusive<br />

o maior deles, que em vez de um nome paulista da<br />

gema ostentava o de Francisco Matarazzo.<br />

DA MULA PARA O TREM: SINAL DE MODERNIDADE<br />

EM 1867 FOI INAUGURADA A SÃO PAULO RAIL-<br />

WAY, POPULARMENTE CONHECIDA COMO “A IN-<br />

GLESA”, ESTRADA DE FERRO QUE LIGAVA SANTOS<br />

A JUNDIAÍ<br />

A passagem da mula para o trem constituiu-se num momento<br />

de eufórico encontro de São Paulo com essa entidade<br />

sedutora mas esquiva, reconfortante mas tantas<br />

vezes ilusória, chamada “modernidade”. Nada contra a<br />

mula, muito pelo contrário. As mulas, durante três séculos,<br />

foram as responsáveis pela conexão de São Paulo com o<br />

restante do Brasil. Fortunas paulistas se fizeram empreitando<br />

as tropas de mulas que abasteciam as vilas surgidas<br />

junto às minas de ouro das Gerais. Antes de as mulas,<br />

animais fortes e resistentes, se disseminarem como o melhor<br />

meio de transporte, no Brasil, um paulista só tinha<br />

duas opções para descer e subir a Serra do Mar ou embrenhar-se<br />

pelo sertão: a pé ou carregado por outro ser<br />

humano, no caso um índio. No lombo da mula dom Pedro<br />

I subiu a Serra do Mar para, ao chegar ao Ipiranga... já<br />

se sabe. A cidade de São Paulo, situada no caminho entre<br />

o sul, de onde vinha a carne e onde eram criadas as<br />

próprias mulas, e, na outra ponta, o Rio de Janeiro, as<br />

Minas Gerais ou a Bahia, foi ponto de pouso das tropas.<br />

Os pousos conjugavam um pasto para as mulas com um<br />

rancho onde dormiam e se alimentavam os tropeiros. Os<br />

pousos de São Paulo ficavam nos matagais às margens do<br />

Rio Anhangabaú, no espaço onde hoje ficam o Largo da<br />

Memória e a Praça da Bandeira. O fato de ser pouso de<br />

tropa revela o caráter rústico da São Paulo de um período<br />

que vai além da metade do século XIX. Mas ainda bem que<br />

era pouso de tropa. A circunstância de estar no caminho a<br />

conservava no mapa. Livrou-a do esquecimento.<br />

Eis que, em 1867, é inaugurada a São Paulo Railway,<br />

popularmente conhecida como “a Inglesa”, estrada de<br />

ferro que ligava Santos a Jundiaí. O trem é a outra face da<br />

moeda que, com o café, vai propiciar a arrancada pau-<br />

lista. Antes dele, o café era transportado no lombo das<br />

mulas. Enquanto a produção esteve confinada ao Vale do<br />

Paraíba, o sistema ainda se manteve viável, pela proximidade<br />

com o litoral. Mas o avanço dos cafezais para o interior<br />

paulista tornou urgente um sistema de transporte que<br />

abreviasse o tempo, garantisse a segurança e a durabilidade<br />

da mercadoria e diminuísse a despesa do transporte<br />

até o porto. Sem o trem não haveria a enorme expansão<br />

do cultivo do café. Mas sem o café também não haveria<br />

nem o capital nem o motivo para investir nos trens. É nesse<br />

sentido que são duas faces da mesma moeda.<br />

Em São Paulo se instalou o melhor comércio. Fixaram<br />

residência na cidade os maiores fazendeiros, levantando<br />

suas mansões nos novos bairros de Campos Elíseos e Higienópolis.<br />

Apareceram hotéis e restaurantes. O bonde de<br />

burro, que ao surgir, em 1872, já significava um avanço,<br />

foi substituído pelo bonde elétrico em 1900. No despontar<br />

do século XX, São Paulo já estava na plataforma de lançamento<br />

para virar metrópole.<br />

ESPECIAL • SÃO PAULO<br />

16 17


TENDÊNCIA NOME DA SEÇÃO E MODA • ASSUNTO • VERÃO 2014<br />

A REGRA É:<br />

EVITE TONS<br />

MUITO PRÓXIMOS<br />

À COR DOS<br />

CABELOS E PELE.<br />

Imagem: Lívia Dabague<br />

MIX DE ESTAMPAS<br />

Animal print, motivos geométricos – listras e poás, principalmente<br />

-, desenhos abstratos e estampas florais; todas as gravuras<br />

lado a lado para a temporada Verão 2014. Passados os<br />

principais desfiles da temporada, sabe-se que, cores vibrantes<br />

e alegres combinadas retornam à moda; como não poderia<br />

deixar de ser, tons energéticos entram em cena. Entre tons de<br />

rosa, do verde-esmeralda, vermelho, amarelo e do azul, harmonizados<br />

pelo branco e preto, o mix de estampas é tendência.<br />

Produções monocromáticas ou em cores vivas; diferentes motivos<br />

se misturam nesse verão 2014. Como tendência o mix<br />

de estampas Verão 2014 traz como diferencial a composição<br />

dos tons; o “ton sur ton” dá espaço às cores aliadas a tons fechados,<br />

ao preto e branco. Não menos em alta, é sabido que<br />

motivos animais, flores e outros se aplicam a um mesmo visual<br />

quando combinados às listras, quadriculados e afins.<br />

As cores são capazes de harmonizar o visual quando utilizadas<br />

corretamente: Às morenas, cores vivas, como o violeta,<br />

laranja e rosa são indicadas, assim como os tons pastel; Peles<br />

amarelas pedem por tons escuros, como azuis, violetas, ocres,<br />

cinzas e afins; As negras, por sua vez, adaptam-se praticamente<br />

a toda gama de cores; os tons fortes são os mais indicados;<br />

Loiras, porém, podem investir no preto ou vermelho, tal<br />

como no turquesa, e evitar tons pastel.<br />

COMO VESTIR O MIX DE ESTAMPAS NO DIA A DIA?<br />

Escolher uma cor harmônica contida em uma estampa e outra<br />

é uma das principais dicas para vestir o mix de estampas<br />

corretamente, bem como mesclar gravuras variadas em preto<br />

e branco. No verão, alie estampas gráficas ao visual combinadas<br />

a outros prints, ou seja: listras e florais, poás e animal<br />

print, por exemplo.<br />

18 19<br />

R$ 99<br />

COLCCI<br />

R$ 140<br />

CAVALERA<br />

R$ 129<br />

LACOSTE<br />

QUANTO CUSTA•ONDE COMPRA<br />

R$ 79<br />

BRIXON<br />

R$ 199<br />

COLCCI<br />

R$ 99<br />

CAVALERA<br />

R$ 250<br />

VANS<br />

NOME TENDÊNCIA DA SEÇÃO E MODA • ASSUNTO • COMPRAS


SPOTLIGHT NOME DA NACIONAL SEÇÃO • • ASSUNTO CURITIBA, PR<br />

Imagens: I HATE FLASH<br />

O BARBA HAMBURGUERIA<br />

VOCÊ VAI FICAR COM A IMPRESSÃO DE<br />

QUE JÁ VIU ESSE BAR EM ALGUM FILME,<br />

COMO ALTA FIDELIDADE, ESTRELADO<br />

PELO ATOR AMERICANO JOHN CUSACK<br />

É uma reunião de gente bonita de cepas<br />

variadas: dos modernos que viraram<br />

clientes de primeira hora - leia-se<br />

meninas de sapatilha de oncinha, tatuadas,<br />

com regata de caveira, e rapazes<br />

de xadrez e piercing no nariz - a patricinhas<br />

e mauricinhos com roupas de<br />

grife. Embalados pela trilha sonora de<br />

rock, todos parecem dispostos a trocar<br />

ideias, fazer novas amizades e… Enfim,<br />

não é à toa que o lugar foi eleito como<br />

point de pessoas livres e desimpedidas.<br />

“Tem muita gente que chega aqui sozinha”,<br />

diz a publicitária carioca Marina<br />

Nogueira Ramos, 28 anos, que há três<br />

anos criou O Barba.<br />

O cardápio do bar oferece diversos<br />

tipos de hambúrguer, que podem ser<br />

montados com variadas combinações<br />

de recheio. Apreciadores de carne escolhem<br />

ent re os discos feitos de corte<br />

bovino ou de calabresa e bacon,<br />

enquanto os vegetarianos dispõem do<br />

sempre elogiado hambúrguer de batata<br />

com ervilha - o de feijão com beterraba<br />

e o de grão-de-bico completam a<br />

lista. Rua Vicente Machado, 578 e 642,<br />

Batel, Curitiba. Seg a Dom 18h30 / 01h00.<br />

(41) (41) 3322-7506<br />

Imagens: Felipe Trindade<br />

FEIRA DO LARGO DA ORDEM<br />

A Feira de Arte e Artesanato do Largo<br />

da Ordem, também conhecida como a<br />

Feirinha do Largo, é um espaço multicultural<br />

em um setor histórico da cidade.<br />

Freqüentada pelos curitibanos é um<br />

dos prazeres que nós não dispensamos<br />

pelo menos uma vez ou outra e é também<br />

um dos pontos mais procurados<br />

pelos turistas que visitam a cidade.<br />

E mesmo quem não quer gastar dinheiro<br />

pode garantir um bom passeio pelo<br />

centro histórico da cidade, conferindo<br />

atrações como a Igreja da Ordem, o<br />

Memorial de Curitiba. Se você quiser<br />

ver todas as coisas com tranqüilidade é<br />

sempre bom chegar cedo, pois a partir<br />

das 11h, principalmente em dias de sol,<br />

fica muito cheio e meio complicado até<br />

de andar. Apesar da quantidade de<br />

pessoas o ambiente é limpo, seguro e<br />

agradável. Logo após passear e fazer<br />

suas compras você pode sentar e almoçar<br />

em algum restaurante ou até mesmo<br />

saborear um delicioso pastel, salgados<br />

variados, açai, sorvete, etc. Rua Kellers,<br />

160 - São Francisco, Curitiba - PR,<br />

Domingo 9h as 21h (41) 3349-4420<br />

A FEIRINHA RECEBE A CADA<br />

DOMINGO UMA MÉDIA DE<br />

15 MIL VISITANTES<br />

SPOTLIGHT NACIONAL • CURITIBA, PR<br />

20<br />

21


PROGRAME-SE • AGENDA DEZEMBRO<br />

PROGRAME-SE<br />

NOME DA SEÇÃO • ASSUNTO<br />

Após um longo período fora<br />

do país, o DJ Eduardo Quagliato<br />

volta ao brasil para<br />

uma turnê exclusiva. São<br />

Paulo, Porto Alegre, Curitiba<br />

e Rio de Janeiro são os principais<br />

lugares onde o artista<br />

deve passar no próximo<br />

mês de dezembro.<br />

www.duquagliato.com<br />

Etapa Nacional do Vans<br />

Champion 2013 acontece<br />

entre os dias 25 e 27 de<br />

dezembro e as inscrições<br />

podem ser feitas até 31 de<br />

novembro. O valor varia de<br />

acordo com a categoria do<br />

competidor. Mais infos consulte<br />

nosso site.<br />

/vanschamp013.com<br />

Está aberta a temporada<br />

de comédia em pé de São<br />

Paulo. Fábio Porchat, Márcio<br />

Ballas e Gredório Duvivier<br />

são uma das atrações<br />

que marcam a noite dessa<br />

sexta-feira no teatro da<br />

Augusta. Ingressos no local.<br />

Outras informações:<br />

(11) 3224 5677<br />

Exposição Escher chega a<br />

São Paulo e permanece em<br />

cartaz até Janeiro/2014. Os<br />

ingressos podem ser retirados<br />

no local do evento ou<br />

antecipado através do site<br />

www.ingresso.com/eshersp<br />

Para maiores informações:<br />

www.maiscultura.com/sp<br />

Marcelo Camelo e sua banda<br />

recomeçam turnê pelo<br />

Brasil com o mais novo<br />

álbum “Solo e Cia”. Segundo<br />

o cantor e compositor<br />

esse deve ser um divisor de<br />

águas e traz algumas surpresas<br />

e participações especiais.<br />

Mais informações:<br />

www.mcamelo.com.br/scia<br />

THE ONLY SHOT THAT GIVES YOU WINGS<br />

22 23


NOME DA SEÇÃO • ASSUNTO<br />

24

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